No final da semana
passada (09 e 10/05) foi comemorado a Celebração do 70º Aniversário do Fim da
Segunda Guerra Mundial. “Apesar de 8 de maio de 1945 ter entrado para a
história como o dia em que os países aliados derrotaram a Alemanha nazista, a
data não marca o fim oficial da Segunda Guerra Mundial. Embora as operações
militares tenham terminado em solo europeu a partir desse momento, os combates
prosseguiram no Pacífico. No Extremo Oriente, o Japão continuou a combater os
exércitos aliados, e somente o trágico lançamento de duas bombas atômicas sobre
Hiroshima e Nagasaki, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, conseguiu obrigar o
país asiático a assinar sua capitulação em 2 de setembro. Só então a Segunda
Guerra Mundial chegou, de fato, ao fim. A capitulação alemã foi discutida no
início de maio de 1945. Com o fim evidente da guerra, o governo nazista
preferiu não oferecer nenhuma resistência aos vencedores. O almirante Karl
Dönitz (1891-1980), que depois do suicídio de Hitler (1889-1945), em 30 de
abril de 1945, havia assumido o comando do Terceiro Reich, enviou o general
Alfred Jodl (1890-1946) ao quartel-general dos Estados Unidos, na cidade
francesa de Reims, para negociar os termos da rendição. O encerramento do
segundo conflito global marca uma importante diferença em relação ao seu
predecessor. Se a Primeira Guerra Mundial havia terminado em 1918 com um
armistício, ou seja, um acordo entre os países beligerantes para que as
hostilidades fossem suspensas, a Segunda Guerra Mundial só chegou ao fim após a
capitulação de duas das principais potências envolvidas: Alemanha e Japão. A
capitulação alemã foi discutida no início de maio de 1945. Com o fim evidente
da guerra, o governo nazista preferiu não oferecer nenhuma resistência aos
vencedores. No dia 7 de maio, às 2h40 da madrugada, o ato de capitulação
incondicional da Alemanha foi assinado na presença do general americano Walter
Bedell-Smith (1895-1948), do general soviético Ivan Susloparov (1897-1974) e do
general francês François Sevez (1891-1948). Segundo o acordo, os combates
deveriam cessar precisamente às 23h01 do dia 8 de maio. Mas a notícia da
assinatura da rendição correu o mundo já na manhã do dia 8, o que obrigou os
chefes de três dos quatros países aliados, Harry Truman (1884-1972), nos
Estados Unidos; Winston Churchill (1874-1965), no Reino Unido; e Charles de
Gaulle (1890-1972), na França, a anunciar oficialmente o fim dos enfrentamentos
às 15 horas. A partir de então, o dia 8 de maio se tornou a data símbolo da
vitória sobre a Alemanha nazista. A cerimônia de assinatura da capitulação em
Reims, no entanto, não foi suficiente para o líder do quarto país Aliado, a
União Soviética. Joseph Stalin queria que a rendição incondicional fosse
assinada no coração do Terceiro Reich: Berlim. Uma nova reunião foi então organizada
no subúrbio da cidade alemã, ocupada na época pelo exército soviético. O
encontro começou na noite do dia 8 de maio e terminou precisamente aos 28
minutos do dia 9. É por isso que a União Soviética, e atualmente a Rússia,
celebra o aniversário da capitulação alemã um dia depois que a maioria dos
países europeus. O conflito, no entanto, ainda não havia chegado ao fim. Foi
preciso esperar até o dia 2 de setembro para que o Japão assinasse a
capitulação que encerraria definitivamente a Segunda Guerra Mundial, mais de
quatro meses depois que as armas se calaram na Europa". http://www2uol.com.br. Controvérsias a parte,
a guerra é sempre insana, injustiça e sem motivo razoável à que seja iniciada
ou estabelecida. Isso quando pensamos que a paz e harmonia entre os povos deve
ser o modelo para gerir as nações no processo sustentável de desenvolvimento e
interesses mútuos e contínuos. Esse capítulo da Segunda Guerra Mundial, parece,
está vivamente presente na memória dos líderes Europeus atuais. Penso ser isso
bom, pois quando relembramos do passado temos condições de projetar um futuro
melhor, aprendendo com os próprios erros e procurando não mais cometê-los como
crianças inocentes e ingênuas. Por outro lado, a lembrança acaba trazendo a
tona algumas "feridas" nacionais que ainda não foram totalmente
curadas, fazendo surgir uma animosidade psicológica que continua latentes
mesmo após mais de cinco décadas. Isso soa como sinal de alerta, para que a
diplomacia responsável e os interesses realmente prioritários sejam colocados à
mesa de negociação tentando dirimir as divergência e criando um ambiente de solidariedade
e harmonia, imprescindíveis para a segurança do continente europeu. Todos somos
conscientes dos horrores da Segunda Guerra Mundial, mesmo nós brasileiro, que
entramos nela no finalzinho, após um navio brasileiro ter sido afundado na
costa do estado do Rio Grande do Norte, segundo consta nos manuais de história.
Infelizmente mais de 60 milhões de pessoas perderam suas vidas em solo europeu
e outras quase 100 mil em solo japonês. As atrocidades dos campos de
concentrados na Polônia foram coisas terríveis tal a brutalidade animalesca
infringida contra seres humanos. Evidentemente nenhum de nós deseja que isso se
repita, e precisamos fazer nossa parte nesse processo, não deixando apenas para
os líderes governamentais essa tarefa. Plantando a semente da conciliação e
entendimento entre os diferente povos, assumimos um compromisso pacífico de
fraternidade com os desiguais, usando um coração de tolerância e magnanimidade
para acolhê-lo e supri-lo com amor ou
intenção de amor se não conseguimos a princípio demonstrar simpatia ou
empatia. Um pequeno gesto fará uma grande diferença positiva no mundo visível
que influência os mundos que não percebemos e nem tocamos. “O presidente russo,
Vladimir Putin (1952- ), agradeceu
neste sábado (9) a "contribuição dos aliados" para a vitória de 1945
sobre a Alemanha nazista, apesar da ausência de líderes ocidentais na
celebração em Moscou do 70º aniversário do fim da Segunda Guerra. Deve-se
lembrar que foi o Exército russo que, após uma invasão a Berlim, colocou um ponto
final na guerra contra a Alemanha. Também estiveram em Moscou o cubano Raúl
Castro (1931- ) e o
venezuelano Nicolás Maduro (1962- ),
entre outros líderes mundiais. "A União Soviética participou das batalhas
mais sangrentas", disse o presidente russo em seu discurso, referindo-se
aos mais de 25 milhões de soviéticos que morreram na guerra, declarou Putin em
um discurso para 16 mil soldados reunidos na Praça Vermelha, antes do início de
um gigantesco desfile militar. Apesar da ausência de líderes ocidentais, que
reprovam a Rússia por seu papel no conflito na Ucrânia,
Putin conseguiu reunir os presidentes chinês, Xi Jin Ping (1953- ), e o indiano, Pranab Mukherjee (1935- ), e o colega egípcio, Abdel Fattah Al Sisi
(1954- ). "Agradeço aos povos de
Reino Unido, França e Estados Unidos por sua contribuição para a vitória.
Agradeço aos diferentes países antifascistas que participaram dos combates
contra os nazistas nas fileiras da resistência e na clandestinidade",
declarou, antes de respeitar um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra. Com
suas palavras de agradecimento, Putin quis se mostrar conciliador com os
ocidentais, e não citou a ameaça do governo pró ocidental da Ucrânia. Mais
tarde, em uma recepção aos líderes presentes em Moscou, Putin acrescentou que
"o espírito de aliança criado na Segunda Guerra Mundial deveria servir,
hoje, de exemplo". O desfile militar na Praça Vermelha de Moscou teve a
presença de 20 líderes estrangeiros, diante de centenas de milhares de
espectadores. A comemoração coincide com a forte tensão diplomática envolvendo
a Rússia e os países ocidentais. As poucas autoridades europeias presentes em
Moscou, entre elas representantes tchecos e eslovacos e o chanceler francês,
Laurent Fabius (1946- ), não assistiram
ao desfile militar. A chanceler alemã, Angela
Merkel (1954- ), tampouco
esteve hoje em Moscou (09/05), embora seja esperada neste domingo (10/05) para
se reunir com Vladimir Putin e visitar o túmulo do Soldado
Desconhecido. A ausência de europeus não parece preocupar o presidente russo,
que mantém sua popularidade intacta, em um país onde a vitória de 1945
tornou-se quase um mito. Há dias, Moscou
e as grandes cidades russas preparavam a comemoração desta Grande Guerra
Patriótica, nome pelo qual é conhecida na Rússia a Segunda Guerra Mundial desde
os tempos da União Soviética. Até mesmo a figura de Stalin, ditador responsável
pela morte de milhões de soviéticos, parecia estar sendo reabilitada nos
últimos meses”. Http://www.g1.com.br. Um país
que perdeu 25 milhões de soldados na 2ª Guerra Mundial, sendo seus
deslocamentos militares estratégicos no final do conflito determinantes à
derrota dos nazistas e o fim do conflito, merece comemorar com toda pompa,
honra e reverência aos seus militares mortos, a celebração em homenagem a esse
memorável dia. Os principais países dos BRINCS estiverem presentes
representados por seus líderes, numa demonstração que esse grupo econômico
continua coeso e sintonizado politicamente. Uma pena, mesmo, o Brasil ter
perdido essa oportunidade de se manifestar em Moscou nesse importante ato
histórico. Acho que a ausência dos principais líderes europeus não ofuscou a
festa na Praça Vermelha, apesar das divergências políticas e econômicas com a
Europa ser motivos de entraves diplomáticos, criando um clima de desconfiança
de ambos os lados. Os russos festejaram sua vitória nesse conflito mundial,
sendo isso justo e coerente. A fala do presidente russo Putin: “O espírito de
aliança criado na Segunda Guerra Mundial deveria servir, hoje, de exemplo”. Seu
tom conciliador demonstra um espírito aberto ao diálogo para que se chegue a
bom termo, onde as divergências e diferenças com a liderança europeia seja
superada, voltando a normalidade econômica e política, imprescindível para a
estabilidade do continente. Seu agradecimento aos povos ocidentais que
participaram do conflito dividindo com eles o privilégio da conquista, é prova
de maturidade e valorização do “outro” no processo de integração com o “eu”,
trazendo harmonia na diversidade e unidade na cooperação. “Angela Merkel e Vladimir Putin discordaram
neste domingo (10/05) sobre o pacto de não agressão firmado em 1939 entre a
Alemanha nazista e a União Soviética, com o presidente russo afirmando que foi
inevitável e a chanceler alemã qualificando de "ilegítima" a divisão
da Polônia. Os dois líderes se manifestaram sobre este momento chave da
história europeia do século XX em uma entrevista coletiva por ocasião da visita
de Merkel à capital russa pelo 70º aniversário da vitória sobre as tropas
nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Em agosto de 1939, Alemanha
e União Soviética firmaram um tratado de não agressão, chamado pacto Molotov
Ribbentrop, que incluía uma série de protocolos secretos sobre a divisão da
Polônia entre as duas potências e a anexação dos países bálticos à URSS. Estes
protocolos, mantidos em segredo durante 50 anos, foram revelados em 1989, após
a Perestroika promovida por Mikhail Gorbachov (1931- ). Para Putin, o pacto foi uma forma de se
evitar um confronto direto com a Alemanha de Adolf Hitler. "A União
Soviética fez um trabalho gigantesco em favor de uma resistência coletiva ao
nazismo na Alemanha (...) e para formar um bloco antifascista na Europa".
"Este pacto tinha um sentido da perspectiva de se garantir a segurança da
União Soviética". Já Merkel disse ser "difícil compreender o pacto
Molotov Ribbentrop sem ter em conta a cláusula secreta que previa a divisão da
Polônia e a anexação dos países bálticos". "Deste ponto de vista,
acredito que não foi correto, que estava sobre uma base ilegítima",
declarou a chanceler em Moscou”. http://www.g1.com.br.
Não quero entrar no mérito do pacto Molotov Ribbentrop, porque não conheço seu
conteúdo e considero um apêndice em relação ao que ocorreu em Moscou no sábado
(09/05). Aparentemente cada um, Putin e Merkel, tem sua razão e justificativa,
quando se posicionam em relação a esse documento. Mas mesmo Merkel não estando
presente (09/05) ao desfile militar em homenagem a vitória sobre os nazistas,
sua presença em Moscou no domingo (10/05) para conversações e sentimento quanto
a essa celebração, mostrou, em minha opinião, um gesto de boa vontade e
esperança à que se encontre um caminho onde a Europa, mesmo com suas diferenças
possa trilhar junto com a Rússia a estrada da concordância e compreensão.
Sabendo separar o essencial do acessório, o principal do secundário nesse
intrincado processo de entendimento e reciprocidade para o bem e a fraternidade
dos povos. Segundo analistas políticos a médio prazo os caminhos da Rússia e
Alemanha se cruzarão para o bem da Europa e do mundo, pois os dois países
coincidem em muitos aspectos comportamentais. A metodologia usada nesse estudo
é sócio histórica onde ambos tem semelhanças de potencialidade psicológicas. Os
alemães mesmo “liderando” a União Europeia, principalmente, pela forte economia
e robustas reservas cambiais, praticamente sustentando e dando suporto ao bloco
econômico europeu, historicamente tem suas raízes do lado asiático. Aja vista a
importância que tem hoje o Banco Central Alemão no atual sistema de moeda
única, cobrindo “rombos” nas economias de alguns países como no caso da Grécia.
Assim, suponho, os alemães têm em sua personalidade nacional mais elementos
eurasianos que europeus. Há base dessa leitura é a abstração genética e sócio
cultural. Queria ter elementos científicos para comprovar o que estou falando,
mas lamentavelmente não os tenho. A União Europeia perde autenticidade sem a
adesão de quase 50% de seus membros ao Euro, a moeda oficial do bloco, criando
uma bolha política e dissintonia em questões econômicas e sócio políticas.
Também a influente Inglaterra, usando ainda a libra esterlina, com sua forte
economia e superávit fiscal, coisa raríssima no bloco, a exceção da Alemanha,
parece, caminhar em outra via em relação aos demais países da União Europeia. Inclusive a reeleição de David Cameron (1966- ) no dia 07/05 fortalece a ideia da saída da Grã Bretanha da União Europa. Isso compromete
as esperanças de unidade e harmonia em decisões importante, que afetam a todos
os membros. Quando a Alemanha começar a agir com mais personalidade e menos
“dependência” dos demais países do bloco, assumindo uma posição de
proeminência, presumo, que será melhor para todos os europeus. Abraço.
Davi.
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