sexta-feira, 31 de maio de 2019

O QUE É O ISLÃ


Islamismo. www.islareligion.com.br. O QUE É O ISLÃ. Vamos falar francamente.  Os não-muçulmanos quase nunca estudam o Islã até que eles tenham exaurido as religiões à sua disposição.  Apenas após terem ficado insatisfeitos com as religiões que lhes são familiares, como Judaísmo, Cristianismo e todos os “ismos” – Budismo, Taoísmo, Hinduísmo (e, como minha filha mais jovem uma vez acrescentou, “turismo”) - eles consideram o Islã. Talvez outras religiões não respondam as grandes questões da vida, como “Quem nos fez?”. “Por que estamos aqui?” Talvez outras religiões não reconciliem injustiças da vida com um Criador justo. Talvez encontremos hipocrisia no clero, dogmas de fé insustentáveis no cânone, ou corrupção na escritura.  Qualquer que seja a razão, nós percebemos falhas nas religiões à nossa disposição, e procuramos em outro lugar.  E o último “outro lugar” é o Islã. Os muçulmanos não gostam de me ouvir dizer que o Islã é o “último outro lugar”.  Mas é.  Apesar do fato de os muçulmanos consistirem de um quarto a um quinto da população do mundo, a mídia não-muçulmana difama o Islã com calúnias tão horríveis que poucos não-muçulmanos veem a religião de uma perspectiva positiva.   Assim, ele é normalmente a última religião que as pessoas investigam. Um outro problema é que quando os não-muçulmanos chegam a examinar o Islã, outras religiões já aumentaram seu ceticismo: se toda escritura “divina” que já vimos é corrupta, como pode a escritura islâmica ser diferente?  Se charlatães manipularam religiões para adequá-las a seus desejos, como podemos imaginar que o mesmo não aconteceu com o Islã? A reposta pode ser dada em poucas linhas, mas requer livros para explicar.  A resposta curta é essa: existe um Deus.  Ele é justo e Ele quer que alcancemos a recompensa do paraíso.   Entretanto, Deus nos colocou nessa vida terrena como um teste, para identificar os valorosos dos que não têm valor.  E nós estaremos perdidos se formos deixados por nossa própria conta.  Por que?  Porque nós não sabemos o que Ele quer de nós.  Nós não podemos navegar pelas turbulências dessa vida sem sua orientação e, portanto, Ele nos deu orientação em forma de revelação. Certamente, as religiões anteriores foram corrompidas e é por isso que temos uma cadeia de revelação.  Pergunte a si mesmo: por que Deus enviaria outra revelação se as escrituras anteriores continuassem puras?  Apenas se as escrituras anteriores estivessem corrompidas Deus precisaria enviar outra revelação, para manter a humanidade no caminho reto de Seu desígnio. Então nós devemos esperar que as escrituras anteriores estejam corrompidas, e devemos esperar que a revelação final esteja pura e inalterada.  Se for impura, ela também deve ser substituída, porque nós não podemos imaginar um Deus amoroso nos deixando desencaminhados.  Ou nós podemos imaginar é Deus nos dando uma escritura, e os homens corrompendo-a; Deus nos dando outra escritura e homens corrompendo-a de novo (...) e de novo, e de novo.  Até Deus enviar uma revelação final que Ele promete preservar até o fim dos tempos. Os muçulmanos consideram que essa revelação final é o Alcorão Sagrado.  Considere isso (...) vale a pena.  Então, retornemos ao título desse artigo: Por que Islã?  Por que devemos acreditar que o Islã é a religião da verdade, a religião que possui a revelação final e pura? “Ó, apenas confie em mim.” Quantas vezes você ouviu isso?  Um comediante famoso costumava brincar que as pessoas de cidades diferentes amaldiçoam umas às outras de maneiras diferentes.  Em Chicago, eles amaldiçoam a pessoa de uma forma, em Los Angeles eles amaldiçoam a pessoa de outra forma, mas em Nova Iorque elas apenas dizem, “Confie em mim.” Então, não confie em mim – confie em nosso Criador.  Leia o Alcorão, leia livros e estude bons websites.  Mas o que quer que você faça, comece, leve isso a sério, e ore para o nosso Criador guiar você. A sua vida pode não depender disso, mas a sua alma com certeza depende. I. O ÂMAGO DO ISLÃ. Entre as bênçãos e favores que Deus concedeu à humanidade está a de Ele ter concedido uma habilidade inata para identificar e reconhecer Sua existência.   Ele colocou essa consciência de forma profunda em seus corações, como uma disposição natural que não foi alterada desde que os primeiros seres humanos foram criados.  Além disso, Ele reforçou essa disposição natural com os sinais que colocou na Criação que testificam Sua existência.  Entretanto, uma vez que não é possível para os seres humanos terem um conhecimento detalhado de Deus exceto através de revelação vinda Dele, Deus enviou Seu Mensageiros para ensinar às pessoas sobre seu Criador, a Quem eles devem adorar.  Esses Mensageiros também trouxeram com eles os detalhes de como adorar Deus, porque tais detalhes não podem ser conhecidos exceto através de revelação.  Esses dois princípios foram as coisas mais importantes que os Mensageiros de todas as revelações divinas trouxeram de Deus.  Com base nisso, todas as revelações divinas têm tido os mesmos objetivos sublimes, que são: 1. Afirmar a UNICIDADE DE DEUS – o Criador louvado e glorificado – em Sua essência e Seus atributos. 2. Afirmar que DEUS SOMENTE DEVE SER ADORADO e que nenhum outro ser deve ser adorado junto com Ele ou ao invés Dele. 3. PROTEGER O BEM-ESTAR HUMANO e se opor à corrupção e ao mal.  Assim, tudo que protege a fé, a vida, a razão, a fortuna e a linhagem são parte desse bem-estar humano que a religião protege.  Por outro lado, qualquer coisa que coloque em perigo essas cinco necessidades universais é uma forma de corrupção a qual a religião se opõe e proíbe. 4. CONVIDAR AS PESSOAS a esse alto nível de virtude, valores morais e costumes nobres. O objetivo supremo de toda Mensagem Divina tem sido o mesmo: guiar as pessoas a Deus, torná-las conscientes Dele, e fazê-las adorar somente a Ele.  Cada Mensagem Divina veio para fortalecer esse significado, e as palavras que se seguem foram repetidas nos idiomas de todos os Mensageiros: “Adorai a Deus, não existe outro deus exceto Ele.” Essa mensagem foi transmitida à humanidade pelos profetas e mensageiros que Deus enviou a toda nação.  Todos esses mensageiros vieram com essa mesma mensagem, a mensagem do Islã. Todas as Mensagens Divinas vieram para fazer com que a vida das pessoas fosse de submissão voluntária a Deus.  Por essa razão, todas elas compartilham o nome de “Islã”, ou “submissão” derivada da palavra “Salam”, ou “paz”, em árabe.  Islã, nesse sentido, foi a religião de todos os profetas, mas por que vemos variações diferentes da religião de Deus se todas emanaram da mesma fonte? A resposta divide-se em duas partes. A primeira razão é que como resultado da passagem do tempo, e devido ao fato de que as religiões anteriores não estavam sob a proteção divina de Deus, elas sofreram muita mudança e variação.  Como resultado, nós vemos que as verdades fundamentais que foram trazidas por todos os mensageiros agora diferem de uma religião para outra, com a diferença mais aparente sendo o princípio estrito da crença e adoração de Deus e Deus somente. A segunda razão para essa variação é que Deus, em Sua infinita Sabedoria e Vontade eterna, decretou que todas as missões divinas anteriores à mensagem final do Islã trazida por Muhammad, que Deus o exalte, fossem limitadas a um período de tempo específico.  Como resultado, suas leis e metodologias lidavam com as condições específicas das pessoas para as quais tinham sido dirigidas. A humanidade passou por numerosos períodos de orientação, desorientação, integridade e desvio, da era mais primitiva ao auge de civilização.  A orientação divina acompanhou a humanidade ao longo de tudo isso, sempre provendo as soluções e remédios apropriados. Essa foi a essência da disparidade que existiu entre as diferentes religiões.  Esse desacordo nunca foi além das particularidades da Lei Divina. Cada manifestação da Lei era dirigida a problemas particulares do povo para o qual foi enviada.  Entretanto, as áreas de acordo foram significativas e muitas, como os fundamentos da fé; os princípios e objetivos básicos da Lei Divina, como proteger a fé, vida, razão, fortuna e linhagem e estabelecer justiça na terra; e certas proibições fundamentais, algumas das mais importantes sendo cometer idolatria, fornicação, assassinato, roubo e dar falso testemunho.  Além disso, elas também concordavam sobre virtudes morais como honestidade, justiça, caridade, gentileza, castidade, retidão e misericórdia.  Esses princípios e outros são permanentes e eternos; eles são a essência de todas as Mensagens Divinas e interligam todas elas. II. AS ORIGENS DO ISLÃ. Mas onde a mensagem de Muhammad, que Deus o exalte, se encaixa com as mensagens anteriores reveladas por Deus?  Uma breve história dos profetas pode esclarecer esse ponto. O primeiro humano, Adão, seguiu o Islã, no sentido de que ele foi orientado a adorar a Deus somente e a ninguém mais e cumpriu Seus mandamentos.  Mas com a passagem do tempo e a dispersão da humanidade pela terra, as pessoas se desviaram dessa mensagem e começaram a direcionar a adoração a outros ao invés de, ou junto com, Deus.  Alguns passaram a adorar os virtuosos entre eles que morreram, enquanto outros passaram a adorar espíritos e forças da natureza.  Foi então que Deus começou a enviar mensageiros para a humanidade, orientando-a de volta à adoração de Deus somente, algo que estava de acordo com sua verdadeira natureza, e a alertá-la das graves conseqüências de dirigir qualquer tipo de adoração para outros além Dele. O primeiro desses mensageiros foi Noé, que foi enviado para pregar essa mensagem do Islã ao seu povo, após eles começarem a adorar seus antepassados virtuosos junto com Deus.  Noé conclamou o seu povo a abandonar a adoração de seus ídolos, e lhes ordenou a voltar para a adoração de Deus somente. Alguns deles seguiram os ensinamentos de Noé, enquanto a maioria descreu nele. Aqueles que seguiram Noé foram seguidores do Islã, ou muçulmanos, enquanto aqueles que não o fizeram, permaneceram em sua descrença e foram punidos por fazê-lo. Depois de Noé, Deus enviou mensageiros a toda nação que se desviou da Verdade, para trazê-los de volta à ela. Essa Verdade foi a mesma ao longo do tempo: rejeitar todos os objetos de adoração e direcionar toda a adoração sem exceção para Deus, o Criador e Senhor de tudo e ninguém mais, e cumprir Seus mandamentos. Mas como mencionado antes, como cada nação diferia com relação ao seu estilo de vida, idioma, e cultura, mensageiros específicos foram enviados para nações específicas por um período específico de tempo. Deus enviou mensageiros para todas as nações, e para o Reino da Babilônia Ele enviou Abraão – um dos primeiros e maiores profetas – que conclamou seu povo a rejeitar a adoração dos ídolos aos quais eles eram devotados. Ele os chamou para o Islã, mas eles o rejeitaram e até tentaram matá-lo. Deus submeteu Abraão a muitos testes e ele se saiu bem em todos eles. Por seus muitos sacrifícios, Deus proclamou que Ele faria surgir de sua descendência uma grande nação e que dela escolheria profetas.  Toda vez que pessoas de sua descendência começavam a se desviar da Verdade, que era adorar a ninguém exceto Deus e obedecer Seus mandamentos, Deus enviava um outro mensageiro para trazê-los de volta à Verdade. Consequentemente, nós vemos que muitos profetas enviados eram da descendência de Abraão, como seus dois filhos Isaque e Ismael, junto com Jacó (Israel), José, Davi, Salomão, Moisés e, claro, Jesus, para mencionar uns poucos, que a Paz e as Bênçãos de Deus estejam sobre todos eles.  Cada profeta foi enviado para os Filhos de Israel (os judeus) quando eles se desviaram da verdadeira religião de Deus, e se tornou obrigatório para eles seguir o mensageiro que lhes era enviado e obedecer seus mandamentos. Todos os mensageiros vieram com a mesma mensagem, rejeitar a adoração de todos os outros seres exceto Deus e obedecer Seus mandamentos. Alguns descreram nos profetas, enquanto outros creram. Aqueles que acreditaram foram seguidores do Islã, ou muçulmanos. Dentre esses mensageiros estava Muhammad, que Deus o exalte, da descendência de Ismael, o filho de Abraão, que Deus o exalte, que foi enviado como um mensageiro para suceder Jesus.  Muhammad, que Deus o exalte, pregou a mesma mensagem do Islã como os profetas e mensageiros anteriores – direcionar toda a adoração para Deus somente e ninguém mais e obedecer a Seus mandamentos – nos quais os seguidores dos profetas anteriores se desviaram. Como podemos ver, o Profeta Muhammad, que Deus o exalte, não foi o fundador de uma nova religião, como muitas pessoas equivocadamente pensam, mas ele foi enviado como o Profeta Final do Islã. Ao revelar Sua mensagem final a Muhammad, que é uma mensagem eterna e universal para toda a humanidade, Deus finalmente cumpriu a promessa que fez a Abraão. Assim como era obrigatório para aqueles que estavam vivos seguir a mensagem do último da sucessão de profetas que lhes foi enviado, se torna obrigatório sobre toda a humanidade seguir a mensagem de Muhammad. Deus prometeu que essa mensagem permaneceria inalterada e adequada para todos os tempos e lugares. É suficiente dizer que o caminho do Islã é o mesmo do profeta Abraão, porque tanto a Bíblia quanto o Alcorão retratam Abraão como um exemplo proeminente de alguém que se submeteu completamente a Deus e dirigiu adoração a Ele somente e ninguém mais, e sem quaisquer intermediários. Quando isso é entendido, fica claro que o Islã tem a mensagem mais contínua e universal do que qualquer outra religião, porque todos os profetas e mensageiros foram “muçulmanos”, ou seja, aqueles que se submeteram à vontade de Deus, e eles pregaram o “Islã”, ou seja, a submissão à vontade de Deus Todo-Poderoso ao adorá-Lo exclusivamente e obedecer Seus mandamentos. Assim nós vemos que aqueles que se chamam muçulmanos hoje não seguem uma religião nova; ao contrário, eles seguem a religião e mensagem de todos os profetas e mensageiros que foram enviados à humanidade pelo comando de Deus, também conhecida como Islã. A palavra “Islã” é uma palavra árabe que significa literalmente “submissão a Deus”, e os muçulmanos são aqueles que voluntariamente se submetem e ativamente obedecem a Deus, vivendo de acordo com Sua mensagem. III. AS CRENÇAS ESSENCIAIS DO ISLÃ. 1 – CRENÇA EM DEUS. O Islã mantém um monoteísmo estrito e a crença em Deus forma o âmago de sua fé.  O Islã ensina a crença em um Deus que não dá à luz e nem nasceu, e não compartilha a Sua custódia do mundo.  Ele apenas dá a vida, causa a morte, traz o bem, causa aflição, e provê o sustento para a Sua criação.  Deus no Islã é o único Criador, Senhor, Sustentador, Governante, Juiz e Salvador do universo.  Ele não tem iguais em Suas qualidades e habilidades, como conhecimento e poder.  Toda a adoração, veneração e reverência devem ser direcionadas a Deus e ninguém mais.  Qualquer ruptura desses conceitos nega a base do Islã. 2 – CRENÇA NOS ANJOS. Os aderentes do Islã devem crer no mundo Invisível como mencionado no Alcorão.  Os anjos são os emissários de Deus desse mundo, cada qual com uma tarefa específica. Eles não têm livre arbítrio ou capacidade de desobedecer; é parte de sua natureza serem servos zelosos de Deus. Os anjos não devem ser tomados como semideuses ou objetos de louvor ou veneração; eles são meros servos de Deus obedecendo todos os Seus comandos. 3 – CRENÇA NOS PROFETAS E MENSAGEIROS. O Islã é uma religião universal e inclusiva.  Os muçulmanos acreditam nos profetas, não apenas no Profeta Muhammad, que Deus o exalte, mas nos profetas hebreus, incluindo Abraão e Moisés, assim como nos profetas do Novo Testamento, Jesus e João Batista. O Islã ensina que Deus não enviou profetas apenas para os judeus e cristãos, ao contrário, Ele enviou profetas para todas as nações no mundo com uma mensagem central: adorar somente a Deus.  Os muçulmanos devem acreditar em todos os profetas enviados por Deus mencionados no Alcorão, sem fazer qualquer distinção entre eles.  Muhammad foi enviado com a mensagem final, e não existe profeta depois dele.  Sua mensagem é final e eterna, e através dele Deus completou Sua Mensagem para a humanidade. 4 – CRENÇA NOS TEXTOS SAGRADOS. Os muçulmanos acreditam em certos livros que Deus enviou para a humanidade através de Seus profetas.  Esses livros incluem os Livros de Abraão, o Torá de Moisés, os Salmos de Davi, e o Evangelho de Jesus Cristo.  Todos esses livros tinham a mesma fonte (Deus), a mesma mensagem, e todos foram revelados em verdade.  Isso não significa que eles tenham sido preservados em verdade.  Os muçulmanos (e muitos outros eruditos judeus e cristãos e historiadores) acham que os livros em existência hoje não são as escrituras originais, que de fato foram perdidas, mudadas, e/ou traduzidas repetidas vezes, perdendo a mensagem original. Assim como os cristãos veem o Novo Testamento como cumprimento e complemento do Velho Testamento, os muçulmanos acreditam que o Profeta Muhammad recebeu revelações de Deus através do anjo Gabriel para corrigir erros humanos que tinham penetrado nas escrituras e doutrinas do Judaísmo, Cristianismo e todas as outras religiões.  Essa revelação é o Alcorão, revelado na língua árabe, e encontrado hoje em sua forma original.  Ele procura guiar a humanidade em todos os aspectos da vida; espiritual, temporal, individual e coletivo.  Contém orientações para a conduzir a vida, relata estórias e parábolas, descreve os atributos de Deus e fala das melhores regras para governar a vida social.  Tem orientações para todos, em todo lugar e para todos os tempos.  Milhões de pessoas hoje memorizaram o Alcorão, e todas as cópias do Alcorão encontradas hoje e no passado são idênticas.  Deus prometeu que Ele protegeria o Alcorão de mudanças até o final dos tempos, de modo que a Orientação pudesse ser clara para a humanidade e a mensagem de todos os profetas ficasse disponível para aqueles que a buscasse. 5 – CRENÇA NA VIDA APÓS A MORTE. Os muçulmanos acreditam que chegará um dia quando toda a criação perecerá e ressuscitará para ser julgada por seus atos: o Dia do Juízo.  Nesse dia, todos se reunirão na presença de Deus e cada indivíduo será questionado sobre sua vida no mundo e como ele a viveu.  Aqueles que tiveram crenças corretas sobre Deus e a vida, e acompanharam sua crença com atos virtuosos entrarão no Paraíso, mesmo que tenham que pagar por alguns de seus pecados no Inferno se Deus em Sua Infinita Justiça optar por não perdoa-los. Quanto aqueles que caíram no politeísmo em suas muitas faces, entrarão no Inferno, sem nunca saírem dele. 6 – CRENÇA NO DECRETO DIVINO. O Islã afirma que Deus tem pleno poder e conhecimento de todas as coisas, e que nada acontece exceto por Sua Vontade e com Seu conhecimento total.  O que é conhecido como decreto divino, sorte ou “destino” é conhecido em árabe como al-Qadr.  O destino de cada criatura já é conhecido por Deus. Essa crença, entretanto, não contradiz a ideia do livre arbítrio do homem para escolher seu curso de ação.  Deus não nos força a fazer nada; nós podemos escolher se O obedecemos ou desobedecemos.  A nossa escolha é conhecida por Deus mesmo antes de a fazermos.  Nós não sabemos qual é o nosso destino; mas Deus sabe o destino de todas as coisas. Portanto, nós devemos ter fé firme de que o que quer que nos aconteça, está de acordo com a vontade de Deus e com o Seu pleno conhecimento.  Podem haver coisas que acontecem nesse mundo que nós não compreendemos, mas devemos confiar que Deus tem sabedoria em todas as coisas. IV. ADORAÇÃO ISLÂMICA. 1) A DECLARAÇÃO DE FÉ. Um muçulmano é aquele que testemunha que “ninguém merece adoração exceto Deus e Muhammad é o mensageiro de Deus.”  Essa declaração é conhecida como a “shahada” (testemunho).  Deus é o nome árabe para Deus, assim como Yahweh é o nome hebraico para Deus. Ao fazer essa proclamação simples uma pessoa se torna muçulmana.  A proclamação afirma a crença absoluta do Islã na unicidade de Deus, Seu direito exclusivo a ser adorado, assim como a doutrina de que associar qualquer outra coisa com Deus é um pecado imperdoável, como lemos no Alcorão: “Deus não perdoa quem Lhe associa com outra divindade, mas perdoa a quem quiser por todas as outras coisas.  Aquele que associa parceiros a Deus inventou um terrível pecado.” (Alcorão 4:48). A segunda parte do testemunho de fé afirma que Muhammad, que Deus o exalte, é um profeta de Deus como Abraão, Moisés e Jesus foram antes dele.  Muhammad trouxe a última e final revelação.  Ao aceitar Muhammad como o “selo dos profetas,” os muçulmanos acreditam que sua profecia confirma e cumpre todas as mensagens reveladas, começando com a de Adão.  Além disso, Muhammad serve como modelo através de sua vida exemplar.  O empenho do crente para seguir o exemplo de Muhammad reflete a ênfase do Islã na prática e ação. 2) A ORAÇÃO (SALAH). Os muçulmanos fazem adoração cinco vezes ao dia: ao nascer do dia, ao meio-dia, no meio da tarde, no pôr-do-sol e à noite.  Isso ajuda a manter os crentes conscientes de Deus no estresse de trabalho e família.   Recompõe o foco espiritual, reafirma a dependência total em Deus, e coloca as preocupações mundanas dentro da perspectiva do último julgamento e da vida após a morte. As orações consistem de ficar de pé, se curvar, ajoelhar, colocar a testa no chão e sentar.  A Oração é um meio através do qual é mantida a relação entre Deus e Sua criação.  Inclui recitações do Alcorão, louvores a Deus, orações para perdão e outras súplicas. A oração é uma expressão de submissão, humildade e adoração a Deus.  As orações podem ser oferecidas em qualquer local limpo, individualmente ou em grupo, em uma mesquita ou em casa, no trabalho ou na estrada, em locais fechados ou ao ar livre. É preferível orar com outros como um corpo unido na adoração a Deus, demonstrando disciplina, irmandade, igualdade e solidariedade.  Enquanto se preparam para orar, os muçulmanos se voltam para Meca, a cidade sagrada centrada em torno da Caaba, a casa de Deus construída por Abraão e seu filho Ismael. 3) A CARIDADE COMPULSÓRIA (ZAKAH). No Islã, o verdadeiro dono de tudo é Deus, não o homem.  As pessoas recebem fortuna como uma custódia de Deus. O Zakah é adoração e agradecimento a Deus demonstrados pelo apoio aos pobres, e através do qual a fortuna é purificada. Requer uma contribuição anual de 2,5% da fortuna e bens de um indivíduo.  Portanto, o Zakah não é uma mera “caridade”, é uma obrigação sobre aqueles que receberam suas fortunas de Deus atender as necessidades dos membros menos afortunados da comunidade. O Zakah é usado para dar apoio aos pobres, órfãos e viúvas, ajudar os endividados e, nos velhos tempos, para libertar escravos. 4) O JEJUM DO RAMADÃ (SAWM). O Ramadã é o nono mês do calendário lunar islâmico, que é passado em jejum.  Os muçulmanos saudáveis, se abstém de comida, bebida e atividade sexual da alvorada ao pôr-do-sol.  O jejum desenvolve a espiritualidade, dependência em Deus, e provoca a identificação com os menos afortunados.  Uma oração especial da noite também é mantida nas mesquitas nas quais são ouvidas recitações do Alcorão.  As famílias se levantam antes do nascer do sol e fazem sua primeira refeição do dia para sustentá-los até o pôr-do-sol.  O mês de Ramadã termina com uma das maiores celebrações islâmicas, a Festa da Quebra do Jejum, chamada Eid al-Fitr, que é marcada por alegria, visitas familiares, e troca de presentes. 5) O QUINTO PILAR É A PEREGRINAÇÃO, ou HAJI, à Meca na Arábia Saudita. Pelo menos uma vez na vida, todo muçulmano adulto que é física e financeiramente capaz deve sacrificar tempo, fortuna, status, e confortos habituais da vida para fazer a peregrinação, se colocando totalmente a serviço de Deus.  Todo ano mais de dois milhões de crentes de uma diversidade de culturas e línguas viajam de todo o mundo para a cidade sagrada de Meca, para responder ao chamado de Deus. QUEM SÃO OS MUÇULMANOS? A palavra árabe “muçulmano” significa literalmente “alguém que está em estado de Islã (submissão à vontade e lei de Deus)”.  A mensagem do Islã é para o mundo inteiro, e qualquer um que aceite essa mensagem se torna um muçulmano.  Existem mais de um bilhão de muçulmanos no mundo todo.  Os muçulmanos representam a maioria da população em cinqüenta e seis países. Muitas pessoas ficam surpresas em saber que a maioria dos muçulmanos não é árabe. Embora a maioria dos árabes seja muçulmana, existem árabes que são cristãos, judeus e ateus.  Apenas 20% dos 1,2 bilhões de muçulmanos do mundo vêm de países árabes. Existem populações muçulmanas significativas na Índia, China, Repúblicas da Ásia Central, Rússia, Europa e América.  Se alguém der uma olhada nos vários povos que vivem no Mundo Muçulmano - da Nigéria a Bósnia e do Marrocos a Indonésia - é fácil ver que os muçulmanos vêm de raças, grupos étnicos, culturas e nacionalidades diferentes. O Islã sempre foi uma mensagem universal para todos os povos.  O Islã é a segunda maior religião no mundo e em breve será a segunda maior religião na América.  Ainda assim, poucas pessoas sabem o que é o Islã. 


Sobre o autor: Laurence B. Brown, MD, é o autor de dois livros publicados.  Seu primeiro livro, The First and Final Commandment (O Primeiro e o Último Mandamento), é uma análise da alegação de continuidade de revelação do Judaísmo ao Cristianismo e ao Islã.  Seu segundo livro, Bearing True Witness (Testemunho Verdadeiro), é uma breve cartilha islâmica.  Os próximos livros são um thriller histórico, The Eighth Scroll (O Oitavo Manuscrito), e uma segunda edição de The First and Final Commandment (O Primeiro e o Último Mandamento), reescrita e dividida em dois livros, MisGod’ed e sua continuação, God’ed. www.islamreligion.com.br. Abraço. Davi





quinta-feira, 30 de maio de 2019

RELACIONAMENTO DO SIGNO DE SAGITÁRIO COM OUTROS SIGNOS


Zodíaco. www.universa.uol.com.br. Sinastria (1) dos Signos. RELACIONAMENTO DO SIGNO DE SAGITÁRIO (23 de novembro a 21 de dezembro) COM OUTROS SIGNOS.

SAGITÁRIO E ÁRIES. São dois signos de Fogo: apaixonados, confiantes, amantes de aventuras e da liberdade. Se cultivarem juntos temas mais elevados, filosóficos, espirituais e transcendentais, o relacionamento será frutífero. Devem ter interesses em comum, ao mesmo tempo em que buscam respeitar o espaço e a individualidade do outro. Caso contrário, os conflitos serão inevitáveis. Sexualmente são muito compatíveis. Investir na criatividade, cumplicidade e espontaneidade, explorando sempre novas formas de expressar o amor, tanto físico quanto emocional é um bom caminho. Mas tem potencial explosivo: Marte e Júpiter, seus planetas regentes, garantem uma energia expansiva para uma relação franca, com boa química e boa comunicação, mas também pode levar a discussões com ataques de ira. Ambos gostam de emoções fortes, e neste sentido, foram feitos um para o outro. Sagitário tende a proporcionar a Áries momentos descontraídos e ensiná-lo a ter mais foco; e Áries tem o poder de instigar sagitário a ter mais garra e coragem para suas conquistas. SAGITÁRIO E TOURO. Este é um encontro de dois signos com qualidades muito diferentes, mas que pode ter forte atração física no início. Sagitário é regido por Júpiter, enquanto Touro por Vênus: esses planetas indicam que são sexualmente compatíveis. Mas para que resulte numa relação duradoura, ambos precisam superar e tolerar suas características díspares. Sagitário é um signo aventureiro, idealista, expansivo, entusiasmado e sociável. Gosta de desafios constantes, de viajar, precisa de espaço e liberdade para ir e vir. Touro é pacato, tranquilo, familiar, caseiro e prefere lidar com as questões concretas do mundo real. Uma parceria de trabalho entre eles tem chance de ser proveitosa. É importante que desistam de um tentar mudar o outro. Touro deve aprender a ser mais flexível e mais extrovertido, e Sagitário a valorizar a casa, a família, o conforto do lar. O senso prático e a prudência de Touro servirão como um fio terra para o casal. Se existir amor, aos poucos aprenderão a se complementar e a respeitar seus temperamentos distintos. SAGITÁRIO E GÊMEOS. Eis aqui uma combinação entre dois signos opostos, porém complementares. É possível que haja muita química e paixão no início, mas, com o tempo, será necessário trabalhar as diferenças. Os dois devem estar predispostos e agir com inteligência e comprometimento para que a relação perdure. Se conseguirem se complementar, ao invés de competirem entre si, o relacionamento funcionará a longo prazo. Ambos também gostam de aventuras, liberdade, viagens, conhecimento e sociabilidade. Gêmeos pode aprender muito com a franqueza, o entusiasmo e a generosidade de Sagitário, enquanto o sagitariano se sentirá atraído pela leveza, adaptabilidade, inteligência, atrevimento e alegria do geminiano. O ponto forte é que sabem respeitar suas individualidades. O risco é o de valorizarem tanto a liberdade que o relacionamento se esfrie com o decorrer do tempo. Mas eles podem se apoiar, se compreender e se motivar diante da variedade de desafios que surgirão em suas vidas. SAGITÁRIO E CÂNCER. Essa é uma união de dois signos com temperamentos bem diversos. Câncer é um signo de Água, retraído, tímido, intimista, apegado e emotivo. Sagitário é de Fogo: confiante, extrovertido, aventureiro e expansivo. Portanto, um relacionamento duradouro entre eles parece pouco provável, a não ser que estejam dispostos a se compreenderem e a se complementarem. A irreverência e a franqueza de Sagitário podem ferir os sentimentos de Câncer. Os melindres, as cobranças e as chantagens emocionais do canceriano são difíceis de serem suportadas pelo sagitariano, que gosta de espaço e liberdade. Passados os momentos tensos, posteriormente até darão muitas risadas juntos dessas lembranças. Com o tempo, a sensibilidade e a compreensão de Câncer, combinadas com a energia e a franqueza de Sagitário, têm chance de resultar numa parceria produtiva. Sagitário, embora seja independente por natureza, aprecia o ombro e o colo de um companheiro tão romântico e acolhedor. Por sua vez, o canceriano tem oportunidade de ter valiosas lições sobre otimismo, entusiasmo, bom humor e leveza. SAGITÁRIO E LEÃO. O que se vê aqui é uma parceria dinâmica e favorável, já que ambos são signos do elemento Fogo: entusiasmados, extrovertidos, criativos, confiantes e aventureiros. Uma união como essa promete movimento, novidades, viagens, esportes e ricas experiências. Na vida sexual, contam com uma energia ardente, vibrante e apaixonada. Mas vale lembrar que Leão precisa moderar seu autoritarismo, pois Sagitário é amante da liberdade. É possível que haja alguns atritos, já que são orgulhosos e impetuosos. Na hora de defender suas ideias e convicções, devem se abertos para ouvir e compreender os pontos de vista do outro. Isso pode fazer com que aproveitem melhor seu tempo juntos. De qualquer forma, têm muitos interesses em comum: Sagitário conta com a generosidade e a natureza expansiva de Júpiter, seu regente; e Leão com o brilho e o calor benevolente do Sol. Também são generosos, de bem com a vida e têm muito bom humor. O entusiasmo contagiante e a positividade da parceria será a fórmula para o sucesso: eles acumulam força suficiente para atingir metas elevadas e ambiciosas. SAGITÁRIO E VIRGEM. A princípio, é possível que Sagitário admire a inteligência, a capacidade de discernimento e o senso crítico de Virgem. Por sua vez, Virgem se interessará pelos conhecimentos e pelo senso de justiça de Sagitário. Mas depois as diferenças tendem a prevalecer. Sagitário busca liberdade, aventuras e conquistas. Virgem procura estabilidade, praticidade e segurança. Sagitário é corajoso, otimista, entusiasmado e bem-humorado. Virgem é prudente, cauteloso, racional, sério e reservado. No quesito sexual, há diferenças de estilo. Virgem é mais tímido e retraído, enquanto Sagitário gosta de experimentar. Ambos cultivam estímulo intelectual, a parceria nos estudos, apreciam o diálogo e programas culturais. Virgem traz mais organização e incentivos para os talentos e as ambições de Sagitário, que pode trabalhar um pouco mais a objetividade. Sagitário se sentirá, com certeza, mais confortável e seguro, graças à estabilidade proporcionada por Virgem. Ao mesmo tempo, o nativo de Virgem irá se inspirar com o espírito corajoso, confiante e entusiasmado de Sagitário. SAGITÁRIO E LIBRA. Há muita coisa em comum entre esses dois signos. Portanto, existe a possibilidade para um bom entendimento, tanto para projetos profissionais quanto para questões afetivas. Ambos apreciam o conhecimento, as novidades, a beleza, as artes e a vida social. Serão excelentes companheiros para estudos, festas, eventos, viagens e aventuras. Mas existem características díspares: Libra é romântico e adora fazer tudo a dois; já Sagitário, precisa de espaço e liberdade para ir e vir. Também cultivam um profundo senso de justiça. A combinação de um signo de Ar (Libra) com um signo de Fogo (Sagitário) sempre gera combustão. Podem, inclusive, contar com muita química e paixão na vida íntima. Mas Sagitário deve tomar cuidado com sua sinceridade para não ferir os sentimentos de Libra. Geralmente, será Libra quem vai fazer propostas, trazer ideias e tomar iniciativas, já que é um signo cardinal, e Sagitário, um signo mutável. Por sua vez, Sagitário, corresponderá com seu entusiasmo, sua confiança e sua generosidade, sempre aberto para expandir seus horizontes. SAGITÁRIO E ESCORPIÃO. É bem possível que haja forte atração sexual entre esses dois signos. Mas as chances de um relacionamento que perdure são poucas, a não ser que existam outros pontos favoráveis em seus mapas astrológicos. Escorpião é apaixonado, intenso, emotivo, introspectivo e tende a ser ciumento e possessivo. Sagitário é idealista, expansivo, aventureiro, independente e necessita de espaço e liberdade. É preciso compreensão e respeito por suas naturezas tão diferentes para que a união funcione. Sagitário é sincero, direto e espontâneo, sendo assim, deve ter cuidado com essa sinceridade para não ferir os sentimentos do escorpiano. Por outro lado, Escorpião passará dias remoendo o que sente até que consiga se abrir. Ambos podem ferir, mas de formas diferentes. Escorpião é mais estratégico, Sagitário é mais impulsivo. Na via positiva, Escorpião é leal, protetor e carinhoso. Sagitário é divertido, confiante e otimista. Por trás do mistério de Escorpião, Sagitário, descobrirá uma essência terna, e Escorpião verá em Sagitário um incentivador para seus projetos mais ambiciosos. SAGITÁRIO E SAGITÁRIO. Essa dupla descobrirá muitas afinidades, entretanto enfrentará alguns choques e desafios. O que Sagitário mais ama é ter espaço e liberdade para viagens, aventuras, busca de conhecimento, experiências e amigos. Quer fazer muita coisa, conhecer outras culturas, praticar esportes, visitar lugares desconhecidos. O casal pode fazer tudo isso junto, mas quem fica em casa para cuidar dos filhos, das plantas ou dos animais? Sexualmente, é possível que exista muito fogo e paixão. Ambos procuram viver experiências atípicas, gostam de se arriscar em "áreas proibidas" ou situações inesperadas. A união tem chance de ser muito produtiva também para estudos, carreira acadêmica e projetos profissionais. Sagitário é franco, sincero e extrovertido. Por vezes se acha o dono da verdade, o que tende a gerar conflitos, com ferozes agressões. É importante que cultivem respeito, compreensão e um diálogo amoroso, se quiserem que a parceria funcione. O sagitariano confia em sua boa sorte, mas teme perder sua liberdade. Por isso é importante que na relação cada um tenha seu próprio espaço. SAGITÁRIO E CAPRICÓRNIO. Numa união de dois signos com naturezas tão distintas é fundamental que ambos se conheçam e se respeitem para que possam se complementar. Sagitário é extrovertido, alegre, confiante, entusiasmado e aventureiro. Capricórnio é pragmático, objetivo, conservador, tranquilo, sério e reservado, além de valorizar o comprometimento, o que provoca preocupação em Sagitário, que sentirá que sua liberdade corre perigo. O otimismo de Sagitário incomodará o cauteloso capricorniano, enquanto seu pessimismo poderá deprimir o espírito alegre de Sagitário. Mas se houver amor e disposição, é possível que ocorra o contrário: Capricórnio aprendendo grandes lições sobre confiança, fé, bom humor, coragem e expansividade; e Sagitário aprendendo com Capricórnio a ser mais estruturado, determinado, prudente prático e responsável. O sagitariano é, alguma vezes, desorganizado, cômico e engraçado. O capricorniano é sensato e seguro, gosta de saber em que terreno está pisando. Se ambos se comprometerem com os mesmos objetivos, é possível que formem uma parceria muito produtiva, inclusive para projetos profissionais, compensando as fraquezas de um com as virtudes do outro. SAGITÁRIO E AQUÁRIO. São signos que amam a liberdade e a independência. Talvez haja atração, cumplicidade e uma grande paixão no início, mas, após um tempo, o relacionamento tende a se esfriar. Os dois são pouco práticos, gostam da vida social e cultural, de estar com amigos e são sedentos por conhecimento, formando um casal dinâmico e divertido. É possível que no quesito sexual haja boa compatibilidade, com propostas ousadas e muita experimentação, sem preconceitos. Aquário é mental, curioso, excêntrico e contestador. Sagitário é expansivo, confiante, entusiasmado e aventureiro. Essa união sempre gera movimento e criatividade. Profissionalmente, há chances de uma parceria frutífera, desde que cultivem doses de prudência e praticidade. Aquário é avesso às regras, não gosta de mediocridade nem de hipocrisia e está sempre envolvido em causas humanitárias. Sagitário é generoso, filosófico, preocupado com questões ligadas à justiça. Porém, é preciso que mantenham a calma e o diálogo, pois ambos têm tendência para explodir em fúria, com palavras duras e dolorosas. Mas também sabem perdoar e não costumam guardar mágoas. SAGITÁRIO E PEIXES. Vemos nessa combinação um encontro de um signo aventureiro (Sagitário) com um signo sonhador (Peixes). É bem possível que sejam excelentes companheiros para viagens, estudos e programas culturais. Sexualmente, o clima tende a ser de romance, paixão e erotismo. Peixes se sentirá atraído pelo alto-astral, energia e confiança de Sagitário, que se encantará com a sensibilidade e a inspiração de Peixes, cujo perfil é romântico e sedutor. O pisciano quer atenção, envolvimento e comprometimento, enquanto o sagitariano precisa de espaço e liberdade. A franqueza por vezes exagerada de Sagitário pode ferir os sentimentos de Peixes. Por outro lado, Sagitário tem tendência a se entediar com a fragilidade, o sentimentalismo e a introspeção pisciana. Profissionalmente são bons colaboradores: Sagitário com sua confiança, coragem e sabedoria; e Peixes com sua intuição, sensibilidade e criatividade. Sagitário quer aprender, buscar sabedoria, conhecer outras culturas, outras religiões e compartilhar conhecimentos. Peixes quer encontrar inspiração nas artes, nos assuntos místicos e nas experiências transcendentais.

Referência: (1). Sinastria – é uma técnica utilizada na astrologia para verificar o grau de compatibilidade numa relação (afetiva, profissional ou familiar) entre duas pessoas. Esse procedimento faz uso do MAPA ASTRAL, recorrendo aos perfis astrológicos de um indivíduo e seu parceiro. Requer encontrar um profissional, caso deseje realizar o método do mapa, recomendado e capacitado na ciência astrológica. Deve ter registro profissional na instituição ou sindicato que regula a prática em sua região ou estado. Abraço.




quarta-feira, 29 de maio de 2019

TERCEIRA CÁTEDRA - A ORIGEM DO ANIMAL INTELECTUAL.


Gnosticismo. www.gnosisonline.org.br. Texto de Samael Aun Weor (1917-1977). TERCEIRA CÁTEDRA – A ORIGEM DO ANIMAL INTELECTUAL. Chegou a hora de se fazer certas análises com relação ao homem. Em nome da verdade, tornamos a afirmar que a antropologia meramente materialista nada sabe sobre a origem do homem. Em cátedras passadas, fizemos alguns estudos sumários; agora vamos nos aprofundar um pouco mais nessa questão. Pensemos por um momento nos tempos mesozoicos do nosso mundo, na era dos répteis. Na verdade, o homem já existia antes. Claro que a antropologia materialista o nega. Mas, na verdade, a antropologia meramente profana desconhece a origem real do ser humano. A antropologia materialista não quer que o homem exista antes da era quartenária; nega-lhe a possibilidade de ter existido durante o período cenozoico, o que resulta manifestamente absurdo. No entanto, há coisas que deixam alguém pensando: por que certas espécies como o plesiossauro e o pterodáctilo puderam sobreviver durante tanto tempo e no fim morreram, deles sobrando nada mais que restos em alguns dos principais museus? Apesar de essas espécies terem falecido, terem se extinguido da superfície da terra, como o homem seguiu existindo? Por que se extinguiram todas as espécies da era mesozoica? Como é que os seres humanos não se extinguiram? Tantas espécies desapareceram e os seres humanos continuam vivos, como é isso? Que explicação poderia dar a ciência materialista? É lógico que não dá nenhuma. Obviamente, a espécie humana deveria ter desaparecido. Se os seus contemporâneos desapareceram, também os seres humanos deveriam ter sido eclipsados da face da terra, porém continuam. Isto nos permite inferir a existência do ser humano bem antes da era quaternária e ainda bem antes da época dos répteis ou da idade carbonífera. Temos os direitos de discutir a existência dos seres humanos em tempos que estão além do período mesozoico. Tal direito confere-nos precisamente o fato concreto de que todas as espécies da era terciária e quaternária tenham desaparecido e, no entanto, seu contemporâneo, o homem, prossiga sua existência. Se as outras espécies se esfumaram, por indução devemos dizer que o animal intelectual chamado homem, por não ter desaparecido, deve ter existido além da era mesozoica e da idade carbonífera. Os fatos o estão demonstrando; fatos são fatos e diante deles temos de nos render. Uma coisa é terrivelmente certa; a Bíblia fala-nos por exemplo de serpentes voadoras e Jó cita ao Leviatã. O Zohar afirma de forma enfática que a serpente tentadora do Éden era um camelo voador. Não será demais recordar que na Alemanha se encontrou uma espécie de camelo voador. Refiro-me aos restos fósseis que puderam ser perfeitamente organizados pelos antropólogos. Tem 78 pés de altura, é gigantesco, possui um pescoço comprido semelhante ao dos camelos e está provido de asas membranosas. Quando se observa o corpo daqueles restos fósseis, pode-se evidenciar que, na verdade, se trata de uma serpente voadora, semelhante ao camelo quanto ao seu longo pescoço. Seria talvez o Leviatã? Que diriam a respeito os antropólogos? Obviamente, esse sáurio ou, melhor diríamos, mosassauro é no fundo unicamente o que sobrou daquilo que foram as serpentes voadoras dos tempos arcaicos da nossa Terra. Concluiremos dizendo que o mosassauro tem mais relação com os ofídios do que com os lacertílios. Aprofundemo-nos na questão. Há muitos aspectos nesse campo da antropologia. Na Biblioteca Imperial de Pequim havia umas pinturas nas quais se observava alguns plesiossauros e alguns pterodáctilos. Perguntamos: Como é possível que os antigos, que nada sabiam de paleontologia ou de paleontografia conhecessem espécies já extintas da época dos répteis? O antes exposto seria algo sem explicação se não fosse a possibilidade de o cérebro humano poder desenvolver certas capacidades e faculdades do tipo transcendental. Faculdades que permitem o estudo da história da natureza e do homem no fundo mesmo das memórias que jazem ocultas em tudo que é, foi e será. Na realidade, na verdade, meus estimados amigos, temos de saber que o homem atual de modo algum é o homem real. Na única coisa que poderíamos estar de acordo com os antropólogos profanos é na questão do animal intelectual. Que este venha desde a era quaternária ou dos finais da era terciária é algo que de modo algum negaríamos. Antes de tudo, convém se fazer uma plena diferenciação entre o homem e o animal intelectual. O homem verdadeiro existiu antes da idade carbonífera e dos tempos mesozoicos. Esse homem verdadeiro viveu na época dos répteis também. Infelizmente, algum desses seres humanos autênticos degeneraram terrivelmente no final da era terciária, durante o mioceno. Misturaram-se absurdamente como já foi por mim dito com alguns animais selvagens e desse cruzamento resultaram certos símios gigantescos. Por sua vez, esses espécimes misturaram-se com outras bestas subumanas e disso tudo resultaram os macacos que conhecemos e certas evoluções de alguns tipos de humanoides. Tais humanoides seguiram se reproduzindo incessantemente durante a era quaternária. E também depois, nesta época em que nos encontramos. Esses humanoides são, pois, a humanidade atual, mistura de homens autênticos com animais da natureza. Agora sim se poderá ver a diferença que há entre os homens reais da primeira, segunda e terceira raças e os animais intelectuais da quarta e quinta raças, sendo esta última em que nos encontremos. Mas, não devemos desanimar por causa disso. Os germes para o retorno ao homem estão nas glândulas sexuais; não há quem não os carregue, posto que são resultado do homem com o animal. Se o homem contém tais germes, existe a possibilidade de que se eleve ao verdadeiro estado humano. Isso sim (...). Há que se trabalhar com estes germes. Há que se conhecer os mistérios do sexo para se poder criar o homem autêntico dentro de cada um. Infelizmente, os antropólogos materialistas creem que são homens. Desconhecem completamente os mistérios do sexo e inventam múltiplas teorias sobre a origem da humanidade. Nenhuma dessas teorias pode dar resultados úteis. Penso que todas as especulações dos antropólogos materialistas estão causando um dano gravíssimo aos povos. É lamentável que a antropologia materialista esteja corrompendo a raça humana, que já está bastante degenerada e com essas fantasias cada dia se degenera mais. Nós como gnósticos e antropólogos, temos de julgar severamente aos antropólogos materialistas, esses que dizem só acreditar no que veem e no entanto estão a crer no que não viram, em utopias tão absurdas quanto aquela de que somos filhos do ratão ou a de que nosso antepassado mandril foi um elegante cavalheiro. Temos de procurar a origem desta quinta raça humana à qual pertencemos pela Caxemira, pelo planalto central do Tibete, pelo Euxímio etc. Não quero afirmar que as regiões citadas tenham sido o único berço da raça atual, porém em nome da verdade, há que se dizer que tais lugares da Terra foram muito importantes para a origem da raça humana. Refiro-me especificamente à pessoas da quinta raça. Existiram cinco raças no mundo que correspondem a cinco épocas diferentes. Em primeiro lugar, vem a raça protoplasmática, depois os hiperbóreos, seguem-se os lemurianos, os atlantes e por fim vem a nossa raça ariana. Nós iremos desenvolvendo através destas cátedras a história de cada raça, ainda que de forma rápida, juntando uma descrição dos cenários nos quais se desenvolveram. Agora, limito-me a dizer que os homens da primeira raça moravam na calota polar norte, na Ilha Sagrada. Naqueles tempos, a calota polar norte ocupava a zona equatorial. Inquestionavelmente, a forma de vida daquela raça era bem diferente da atual e sobretudo a antropologia materialista na da conhece dela. Ainda mais, estas afirmações em nada concordam com a famosa Pangaea ou grande continente primitivo. Portanto, ao dizermos tais declarações, nos expomos à zombaria dos antropólogos profanos. Eles desconhecem totalmente a mecânica celeste. Não sabem que existe um processo de revolução dos eixos terrestres. Pensam que a Terra manteve sempre a mesma posição com relação ao Sol. É óbvio que por tal motivo inventaram a sua Pangaea, posto que lhes resulta mais cômodo do que estudar astronomia. Os hiperbóreos viveram nessa ferradura que rodeia o polo norte. A Inglaterra e até a Irlanda pertenceram às terras dos hiperbóreos. Também fazia parte o Alasca, pois que todas essas regiões formam uma ferradura em torno da calota polar norte. A Lemúria existiu mais tarde, no Oceano Pacífico; era um enorme continente que cobria toda a área do Pacífico. Quanto à Atlântida, esta existiu depois no local onde está o oceano que leva seu nome. Portanto, a fisionomia do globo terrestre mudou muitas vezes. Cinco aspectos ou cenários teve o mundo, nos quais se desenvolveram cinco raças. Não podemos aspirar a que os senhores da antropologia materialista aceitem tudo isto. Inquestionavelmente é algo impossível porque eles pensam que sabem tudo, quando não somente ignoram, como ainda, isto é o pior, ignoram que ignoram. Os sequazes do absurdo propõem-se a atacar a gênese bíblica. Em seu afã anticlerical inventaram essas especulações que abundam por aqui e acolá. Não querem sequer entender o que significa a palavra Éden. Em sua etimologia, embasada numa raiz grega que a explica, Éden quer dizer VOLUPTUOSIDADE. Assim, pois, Éden quer dizer VOLUPTUOSIDADE. O Éden é o próprio sexo. Toda a gênese da Bíblia é uma obra de alquimia que nada tem a ver com relatos históricos. Aquele Éden que outrora se situou na Mesopotâmia, entre o Tigre e o Eufrates, converteu-se mais tarde na escola dos magos da Caldeia, os aleim. Esse Éden tem alguma relação com o famoso Adi-Vareha dos antigos lemurianos e até com o Jardim da Hespérides do continente atlante. O Éden é o sexo, mas isto os antropólogos do materialismo jamais aceitariam e muito menos os grandes Mistérios Sexuais da Caldeia, da Índia, da Babilônia, do México e do Egito. Na Lemúria, a reprodução efetuava-se pelo sistema de kriyashakti. Isto ocorreu durante a época do mesozoico, muito antes de a raça humana cair na geração animal. Bem sabemos nós que essa raça caiu no período terciário, ou seja, durante a época do Mioceno. Os verdadeiros homens da era mesozoica reproduziam por kriya shakti, o poder da vontade e da inteligência. Eles eram homens legítimos e seu sistema de reprodução não seria aceito modernamente pelos intelectuais. O kriya shakti, o sistema de reprodução dos homens verdadeiros, é um sistema sagrado que causaria riso e repulsa entre os antropólogos materialistas; sentir-se-iam como que ofendidos. Nessa época, o sexo era considerado sagrado e jamais se ejaculava o esperma santo. O esperma era considerado como matéria venerável. Um único esperma que escapasse tornava a matriz fecunda. A raça humana possuía ingentes poderes e faculdades extra sensoriais que lhes permitiam conhecer as maravilhas do universo e do cosmos. Por isso, diz-se que viviam em estado paradisíaco. Porém, quando o homem caiu na geração animal, isto é, quando começou a ejacular a entidade sêmen, precipitou-se na involução. Isso aconteceu na terceira parte do Eoceno. Foi nessa época que o homem caído chegou a se misturar com animais. Daí nasceu o animal intelectual. Definitivamente, o animal intelectual não poderia jamais aceitar o sistema de reprodução por kriyashakti precisamente por sua condição animal. O sistema de kriya shakti não é para animais intelectuais e sim para homens. Trata-se de dois reinos bem diferentes. Assim que, não surpreende a nós que os animais intelectuais da antropologia materialista repilam este sistema de reprodução. Como quer que, apesar de tudo, os germes do homem estão em nossas glândulas endócrinas, é óbvio que, se trabalharmos com o sistema de kriya shakti, poderemos regenerar o cérebro e desenvolver dentro da natureza fisiológica e psicossomática ao homem real, ao homem verdadeiro. Porém, repito, isto não agrada aos animais intelectuais. A Gnose difundiu por todas as partes os mistérios do sexo. Se bem que o gnosticismo universal tenha aceitado o sistema de reprodução por kriya shakti, também não é menos certo que milhões de animais intelectuais o rechaçaram e não podemos criticá-los, posto que são isso: animais intelectuais, produto da relação sexual de certos homens que degeneraram na época terciária com animais da natureza. Como poderia esse produto de homens e animais aceitar um sistema sexual que não lhes pertence? Impossível! Assim que, vale a pena refletirmos um pouco. Vamos agora entrar num tema bastante importante a fim de que reflitam sobre ele. Afinal de contas, de onde surgiram as espécies vivas? De onde surgiu esta natureza? Por que teríamos de aceitar o dogma da evolução? Chegou o momento de nos aprofundarmos um pouco nessa questão. Em minha segunda cátedra, disse que a espécie humana havia se desenvolvido em outras dimensões. Afirmei também que os senhores materialistas não aceitavam as dimensões superiores. Eles querem manter-nos à força no dogma tridimensional de Euclides; são como o porco que a todas as horas quer estar na pocilga e não saber de nada que não se pareça com ela. Porém, nós não aceitamos dogmas. A eles não lhes consta todas as crenças que afirmaram, como a de que o homem venha do macaco. Darwin nunca disse que o homem vinha do macaco. Ele apenas afirmou que o homem e o macaco tinham um antecessor comum, logo Darwin abriu uma porta e nada mais. Charles Robert Darwin nunca se conformou com o relato bíblico da Criação, pois Deus aparecia como um castigador dos não crentes. No entanto, não quis que Marx lhe dedicasse a edição inglesa de O Capital porque não desejava que seu nome ficasse vinculado aos ataques à religião. Não obstante, ele sempre conservou uma fé vaga na Divindade. Nos estados de dúvida extrema nunca foi ateu. Isto é, nunca negou a existência de um Deus, declara em sua autobiografia. Sentia horror por tudo o que fizesse sofrer a outrem. Não admitia o sofrimento que o patrão infligia no escravo ou um homem a um animal. Dito horror foi uma das causas que o levaram a abandonar a religião. Darwin não era materialista; investigava. Ele apenas abriu uma saída. Isso é tudo. A nós cabe aproveitar essa porta e mergulhar no mistério. Se tudo o que há até agora são hipóteses, como diz Haeckel, quem na verdade assegura de forma enfática que a geologia ou a filogenia sejam ciências exatas? Se as teorias de um dia desaparecem no outro, se os senhores estão afirmando o que nunca viram, se estão mentindo dessa forma, então não podemos nem devemos dar-lhes crédito. Portanto, temos que apelar à sabedoria dos antigos ensinada pelo gnosticismo. Que a raça humana tenha se desenvolvido em outras dimensões, isso é um impossível para a ciência materialista, porém uma realidade para os gnósticos. Se os antigos sábios podiam falar do plessiossauro, se podiam mencionar a diferentes feras da época dos répteis primitivos e ainda mais do período carbonífero sem saber de paleontologia, sem ter esse jargão na cabeça, é porque possuíam faculdades extraordinárias, que podem ser desenvolvidas e que residem no cérebro humano. Os antropólogos materialistas poderiam afirmar que já conhecem o cérebro humano? É óbvio que não! Ademais, afirmo que nem a ciência médica conhece o corpo humano. Acreditam que conhecem, porém não o conhecem. Mas, enfim, qual é a origem da humanidade, da Terra, das raças e da natureza? De tudo o que foi, é e será? Isto é o que temos para refletir agora. Que nos dizem os nahoas sobre o omeyocan? O que é omeyocan? Diz-se que no omeyocan só há vento e trevas. Assim afirmam os nahoas. Chama-se o omeyocan, devido ao vento e às trevas, também de yoalli ehecatl e isto nos deve convidar a refletir. Que nos diria o mundo oriental sobre o omeyocan, os eruditos do nosso país e os ocidentais? Uma vez estive falando sobre o que é a matéria em si mesma. Disse que sua forma podia ser destruída, mas que como substância a matéria continuava em outras dimensões e que, por fim, a Terra, a substância ou o germe da Terra era depositado no espaço profundo do universo, na dimensão zero desconhecida. Também afirmei que essa substância era o Iliaster. A semente ficaria depositada nas profundezas do espaço infinito esperando a hora de uma nova manifestação cósmica. Assim quando morre uma árvore, fica sua semente e nela estão todas as possibilidades para um novo desenvolvimento, para uma nova árvore. Quando um mundo morre, resta uma semente ou matéria homogênea, insípida, incolor, inodora e insubstancial depositada no seio da eterna Mãe do espaço, Essa, semente, com relação ao uno é duas. Não devemos esquecer que para se ser um se precisa ser dois e que o uno se sente dois. Essa Terra caótica, primitiva, é o germe do mundo; depositado na Mãe Espaço é o omeyocan, um verdadeiro paraíso que durante o tempo de inatividade vibra felicíssimo. Chama-se também de yoalli ehecatl ao omeyocan devido ao vento e às trevas e também porque Ehecatl é o Deus do movimento cósmico, o Deus do Vento. Yoalli ehecatl, o grande movimento cósmico do omeyocan, é o lugar onde reina a autêntica felicidade do mundo, felicidade profunda e inesgotável. Há dias e noites cósmicas. Quando a Terra está em estado germinal, quando um mundo qualquer se encontra em estado de germe, depositado no seio do espaço profundo, dorme e sendo dois é um. Depois de um certo período de inatividade, o impulso elétrico, o furacão elétrico, faz com que os aspectos negativos entrem em atividade. Por isso, se diz que, no omeyocan, há ventos e trevas. Não querendo dizer trevas no sentindo corrente da palavra. Usamos uma forma alegórica de falar. Recordemos que nos Mistérios egípcios, os sacerdotes aproximavam-se do neófito e diziam-lhe no ouvido: Osíris é um Deus Negro. Não que fosse negro; acontece que a luz do espírito puro, a luz da grande realidade, é trevas para o intelecto. Por isso, se diz que, no omeyocan, só há trevas e vento, isto é, movimento cósmico, de onde emana a luz incriada e de onde desabrocha o movimento universal representado por Ehecatl. No omeyocan, amontoa-se a quietude infinita antes da manifestação do Logos Solar, a unidade múltipla perfeita. O Logos Solar, na sagrada terra de Anahuac, sempre foi chamado de Quetzalcoatl. Quetzalcoatl como Logos existe indubitavelmente muito antes de qualquer manifestação cósmica. O omeyocan é o umbigo do universo, onde o infinitamente grande rebenta no infinitamente pequeno através de recíprocos redemoinhos que vibram e palpitam intensamente. Lá o grande e o pequeno se encontram, o macrocosmo e o microcosmo se encontram. Com a aurora do universo, o furacão elétrico faz com que os átomos palpitem na forma de redemoinhos dentro do omeyocan, dentro do umbigo do universo, dentro da matriz cósmica que é o dois. No omeyocan, o tloque nahuaque é tempestade noturna de todas as possibilidades. Quando o movimento elétrico, o furacão elétrico, o torvelinho elétrico, faz girar todos esses átomos dentro da matéria caótica, persiste todas as possibilidades da vida universal. Assim o escreveram sempre os melhores autores de cosmogênese. O Omeyocan, o Senhor da Noite, o negro Tezcatlipoca, nega-se, rebenta-se em luz e nasce o fecundo universo que Quetzalcoatl, o Logos Solar, maneja. Tezcatlipoca representa à Lua e ao Deus-Mãe em seu aspecto feminino. O omeyocan é precisamente isso, o Deus-Mãe, a matriz do mundo. Por isso, se diz que Tezcatlipoca explode em luz e a mãe incha como flor de lótus. Finalmente, nasce o universo que de fato o Logos fecunda. Em nahuatl diz-se que Quetzalcoatl então dirige e maneja esse universo que surge para a existência. O Logos, a Unidade Múltipla Perfeita, é radical, mas, mesmo assim, desdobra-se em 49 fogos para trabalhar com o nascente universo. Inquestionavelmente, é justamente o Logos Quetzalcoatl quem dirige esse universo, a consciência cósmica governando, dirigindo, o que é, foi e será (…). Estou perfeitamente seguro que a antropologia oficial não aceitaria esta concepção de Quetzalcoatl. Não temos dúvida de que a antropologia materialista repele ao Logos, o qual se encontra na tradição mexicana. Eles não querem nada com a sabedoria do México. A antropologia materialista ao rechaçar a Quetzalcoatl como verdadeiro governante do universo coloca-se de fato contra o próprio México. Assim que, meus queridos amigos, vale a pena que reflitamos um pouco. Tampouco convém que formemos do nosso senhor Quetzalcoatl uma concepção antropomórfica, não! Repito: Quetzalcoatl é uma unidade múltipla perfeita; ele é o Demiurgo dos gregos ou Logos de Platão, o Princípio Ingente da natureza fazendo vibrar a cada átomo, fazendo estremecer a cada átomo. Ele é o fogo criador do primeiro instante. Os sequazes do materialismo antropológico jamais poderiam assegurar que conhecem o fogo. Não o conhecem e muito menos a eletricidade. A nós nos interessa o fogo do fogo e o conhecimento profundo da eletricidade. Eles julgam e consideram o fogo como sendo um produto da combustão, mas se enganam. Na verdade, se esfregamos um palito de fósforo, vemos que surge o fogo. Dirão eles que isso é produto da combustão. Não senhor! A combustão é que é um produto do fogo. A mão que risca o fósforo tem fogo para se movimentar e mesmo o fogo está latente dentro do próprio fósforo. Basta que se elimine o envoltório de matérias químicas do palito, mediante a fricção, para que surja o fogo. O fogo existe antes do palito de fósforo ser aceso e isto é algo desconhecido para a química. O fogo em si mesmo é o Logos, o princípio inteligente fundamental da natureza. Que conste que nós jamais defenderíamos a um deus antropomórfico, o qual tanto desagrada aos materialistas! Não, nós estamos unicamente dando ênfase ao que dizemos: que a natureza tem Princípios Inteligentes e que a soma deles é Quetzalcoatl,  o Demiurgo dos gregos, o Logos dos platônicos, a unidade múltipla perfeita latente em todo átomo, em todo corpúsculo que vem à vida e em toda a criatura que existe sob o sol. Não resta a menor dúvida, queridos amigos, que o monoteísmo causou um grande mal à humanidade porque em consequência dele apareceu o materialismo e o ateísmo. Digo também, que o Politeísmo, levado ao extremo, causou por sua vez o monoteísmo, e dele surgiu o ateísmo materialista. O Politeísmo, tendo degenerado, deu origem ao monoteísmo antropomórfico e deste, devido aos abusos dos vários cleros religiosos, frutificou o materialismo. Se nós aceitamos Princípios Inteligentes na natureza e no cosmos, como fundamento de toda a maquinaria da relatividade, não desconhecemos que, no fundo, A VARIEDADE É UNIDADE. Conceituo que num futuro próximo a humanidade terá de voltar ao politeísmo, mas de uma forma monística transcendental. Deverá se equilibrar, do ponto de vista espiritual, entre o monoteísmo e o politeísmo. Somente assim poderá ser iniciada uma renovação dos princípios e uma revolução completa da consciência. (Samael Aun Weor, Antropologia Gnóstica). www.gnosisonline.org.br. Davi


terça-feira, 28 de maio de 2019

MISHKAN - O TABERNÁCULO


Judaísmo. www.morasha.com.br. MISHKAN – O TABERNÁCULO. “E Me farão um santuário, e Eu morarei entre eles” (Êxodo 25:8). Uma pergunta intrigante com a qual se debatem teólogos e filósofos é por que D’us teria se dado ao trabalho de criar o Universo. Como um Ser Perfeito é, por definição, completo, sem nada lhe faltar, o que O teria levado à decisão de criar os mundos, físico e espiritual, e todos os seres que os habitam? O Midrash Tanchuma responde, enigmaticamente, que D’us criou o mundo porque Ele desejava ter uma morada nos mundos inferiores. O Rabi Shneur Zalman de Liadi, fundador da dinastia Chabad-Lubavitch e autor de obras cabalistas seminais, explica em seu Likutei Amarim (Sefer HaTanya) que: “É disso que se trata o homem (…). É este o propósito de sua criação e da criação de todos os mundos, o superior e o inferior: para que fosse feito para D’us uma morada nos mundos inferiores”. A primeira dessas moradas a ser erguida – que serve como protótipo para o empenho de construir uma morada para D’us no mundo físico – foi o Mishkan, o Tabernáculo – santuário portátil construído pelos Filhos de Israel no Deserto de Sinai, após o Recebimento da Torá no Monte Sinai. Quinze substâncias físicas – entre as quais ouro, prata, cobre, madeira, lã, linho, peles de animais, óleo, especiarias e pedras preciosas – representando uma amostra representativa dos recursos minerais, vegetais e animais do universo físico, bem como dos recursos humanos investidos em sua manufatura, foram usados para erguer o Mishkan. Esse edifício, construído por seres humanos e dedicado ao serviço de D’us, foi o local físico onde D’us escolheu para se comungar com o homem. Sua descrição na Torá é longa e minuciosa. Uma boa parte do Livro de Êxodo – nada menos que 13 capítulos – são repletos de detalhes sobre a construção do Tabernáculo, desde as dimensões de cada pilar às cores que compõem cada tapeçaria. É intrigante que a descrição do Miskhan na Torá seja tão longa e elaborada, pois quem estuda o Talmud sabe que os Cinco Livros de Moisés são extraordinariamente sucintos. Cada uma de suas letras, tendo sido escritas por D’us e transmitidas a Moshé, tem significado. Como demonstrado no Talmud, a Torá transmite muitas leis complexas por meio de um único versículo ou mesmo uma única palavra ou letra. Por que, então, dedica 13 de seus capítulos a detalhes sobre o Tabernáculo, se apenas dedica um único capítulo a seu relato da criação do Universo, e apenas três à Revelação Divina no Sinai? A resposta é que o próprio propósito da criação do Universo foi incorporado pelo Mishkan. Assim sendo, cada detalhe é importante. Por exemplo, é necessário definir – como faz o Talmud – as 39 formas de trabalho criativo – desde arar até tecer ou escrever – envolvidas na construção do Mishkan. Pois aqui se situa o protótipo para o trabalho de nossa vida de tornar nosso mundo e nossa existência uma morada para D’us. Microcosmo do Universo: Os Três Domínios. Midrash e a Cabalá descrevem o Mishkan como um microcosmo do ser humano, do universo físico e da Criação como um todo. Os utensílios do Mishkan, por exemplo, representavam os vários órgãos e sentidos do homem. A Arca da Aliança, que continha as Tábuas do Testemunho, correspondia à mente e ao dom da fala.  A Menorá – candelabro de sete braços, que era aceso diariamente – representava o sentido da visão. O Shulchan – a Mesa que continha o “pão sagrado” – simbolizava o sentido do paladar. O Altar Interior, sobre o qual era queimado o incenso, Ketoret, correspondia ao sentido do olfato, ao passo que o Altar Exterior, para o qual as oferendas de sacrifícios de animais e de alimentos eram levadas, representava o aparelho digestivo. Em um dos seus cadernos manuscritos (Reshimot) descobertos após seu falecimento, o Lubavitcher Rebe, Rabi Menachem Mendel Schneerson (1902-1994), resume comentários de Rabenu Bechayei, Rabi Moshe Isserlis (o Ramá), Rabi Yeshayahu Horowitz (o Shelá HaKadosh), e de outros Sábios acerca de como os domínios básicos do Mishkan são comparáveis às divisões na criação do Universo, no Tempo e na alma comunitária do Povo Judeu. Maimônides (1135-1204) – o maior filósofo judeu e um dos maiores legisladores em Torá – descreve o Universo como consistindo de três estratos: matéria não refinada – a Terra e todos os seus seres terrestres; matéria refinada – as estrelas e os corpos celestes; e os seres puramente espirituais – entidades que não possuem matéria, como os anjos.  O Tempo também pode ser dividido em três domínios: os seis dias de trabalho (que correspondem à matéria não refinada); o Shabat – Dia Sagrado (matéria refinada), e o Yom Kipur – Shabat dos Shabatot – a data mais sagrada do calendário judaico: um dia no qual os judeus, que se abstêm dos prazeres físicos e se dedicam integralmente ao serviço de D’us, são comparados aos anjos (entidades sem matéria). Entre as almas do Povo Judeu, também encontramos três domínios primários. Onze das Doze Tribos de Israel eram Israelim, cuja vida era dedicada, em geral, aos assuntos da vida material – líderes, empresários, mercadores, fazendeiros e soldados. Houve também a Tribo de Levi, constituída pelos Cohanim e Levi’im, cujo serviço no Miskhan, e, mais tarde, no Templo Sagrado de Jerusalém, envolvia o refinamento e a elevação do mundo material. Finalmente, entre os Cohanim havia o Cohen Gadol, o Sumo Sacerdote, cujo propósito era personificar as maiores alturas espirituais que o ser humano pode alcançar. No Mishkan – a Morada de D’us na Terra – esses três domínios eram representados pelo Pátio, o Lugar Santo (a câmara externa) e o Santo dos Santos (a câmara interna e mais santificada de todas). No Pátio do Tabernáculo eram realizados os elementos mais terrenos e materiais do Serviço Divino. Era nesse domínio que os Cohanim lavavam suas mãos e seus pés para se purificarem de seu contato com o mundo material, antes de iniciar seu serviço. Era no Pátio que os sacrifícios de animais, Korbanot, eram realizados. Era também lá que a gordura dos sacrifícios, simbolizando o excesso de materialidade na vida do ser humano, era queimada sobre o Altar Exterior, e onde as cinzas da Menorá e do Altar Interior – que simbolizavam o desperdício – eram depositadas. O segundo domínio do Mishkan era o Lugar Santo (a câmara externa). Somente os Cohanim tinham permissão de lá entrar. O Lugar Santo abrigava os elementos mais refinados do Serviço do Templo: a Menorá, o Altar Interior (no qual o incenso diário era queimado) e o Shulchan – a Mesa que continha o “pão sagrado”, comido pelos Cohanim no Shabat. O terceiro domínio e o mais sagrado de todos era o “Santo dos Santos”, que abrigava a Arca da Aliança.  O Talmud ensina que a entrada no Santo dos Santos era proibida a todos – mesmo os anjos e demais criaturas celestiais. A única exceção era o Cohen Gadol, que lá podia entrar – mas apenas em Yom Kipur – o dia mais sagrado do calendário judaico. O Santo dos Santos representava a total transcendência de materialidade no serviço do homem a D’us. A Arca e o Altar: o Cabalista e o Legislador. É evidente que o Santo dos Santos era mais sagrado que o Lugar Santo, e que este era mais sagrado do que o Pátio. Mas, qual dos domínios do Mishkan representava sua principal função? De acordo com Nachmânides, Cabalista e um dos maiores comentaristas da Torá e do Talmud, a essência do Mishkan, Morada Divina na Terra, era seu núcleo espiritual: o Santo dos Santos, onde repousava a Arca da Aliança. Como escreveu Nachmânides: “A principal finalidade do Santuário é servir como lugar de repouso para a Presença Divina. Isso ocorre na Arca da Aliança, pois D’us disse a Moshé: ‘Comungarei contigo lá, falando contigo por cima do Kaporet (a cobertura dourada da Arca da Aliança)’. Por essa razão, a Torá inicia sua descrição do Mishkan com a Arca da Aliança e o Kaporet” (Nachmânides, comentário sobre Êxodo 25:1). Segundo Maimônides, no entanto, o ponto focal do Mishkan era o Altar Exterior, onde as oferendas de farinha e de vinho e os sacrifícios de animais eram ofertadas diariamente. Maimônides define o Santuário como “uma casa para D’us destinada à oferenda de sacrifícios...” (Mishnê Torá, Leis do Templo Sagrado 1:1). Contrariamente a Nachmânides, Maimônides defende que o eixo do Tabernáculo, em torno do qual tudo revolvia, era o Pátio, não o Santo dos Santos. A discussão sobre o ponto central do Mishkan não é meramente filosófica e acadêmica. Tem profundas ramificações que podem afetar nossa compreensão do propósito da Criação e dos mandamentos da Torá. Levanta a questão de como definir o conceito de um local e estrutura físicos, que serve de Morada para D’us no mundo físico. Por um lado, a Morada de D’us na Terra pode ser um domínio no qual e através do qual D’us optou por Se revelar ao homem. Por outro, pode também ser um lugar no qual e através do qual o homem sirva a D’us. O Mishkan serviu a ambos os propósitos. Foi o lugar de onde D’us se comunicou com Moshé. Era, pois, um domínio de onde D’us chegava aos seres humanos: onde o homem finito podia testemunhar e vivenciar a Presença do Infinito. Mas o Mishkan foi, também, um local físico onde o homem oferecia suas posses físicas e seu serviço a D’us. Qual dessas duas funções é a principal? Qual das duas serve e facilita a outra? Seria a Morada de D’us na Terra um meio para o Altíssimo se achegar ao homem ou seria um portal de onde o homem poderia aproximar-se de D’us? O Rebe de Lubavitch explica que as diferentes perspectivas expressas por Nachmânides e Maimônides refletem as duas vertentes da Torá que esses dois grandes Sábios representam. Para Nachmânides, místico e Cabalista, o ponto focal do Mishkan está em seu núcleo espiritual: o Santo dos Santos, onde apenas a mais transcendente das almas – o Cohen Gadol – podia entrar, e apenas no dia mais sagrado do ano – Yom Kipur. O Santo dos Santos continha a Arca da Aliança, que abrigava as Tábuas do Testemunho, nas quais estavam inscritos os Asseret HaDibrot (os Dez Mandamentos). O Kaporet, a cobertura da Arca, era uma representação das formas sublimes da Carruagem Celestial. A Voz Divina que se propagava do meio dos Querubins, as figuras angelicais que ficavam no topo da Arca, expressavam a essência de uma Morada Divina: um portal para o mundo material através do qual brilha um raio da Luz Infinita de D’us. Se Nachmânides estiver correto – se o Santo dos Santos é o eixo central do Mishkan –, tudo o mais serve apenas para “preparar o terreno” para essa Revelação  – para elevar o homem e o mundo a um estado de receptividade a essa Luz. Para Maimônides – o mestre da Halachá, possivelmente o maior  de todos os legisladores judeus  – a essência do Mishkan residia no Altar, onde eram oferecidos os sacrifícios, que representavam o empenho humano de oferecer, dia-a-dia, elementos materiais de sua vida a D’us. Todo o restante – a luz da Menorá, a fragrância do Ketoret (incenso), e o pão sagrado no Shulchan (a Mesa) – e mesmo as Revelações Divinas que emanavam do Santo dos Santos – são secundárias: são o meio, e não o fim, e se prestam a permitir e ajudar no serviço do homem a seu Criador. Resumindo, Nachmânides defende que a função da Morada de D’us na Terra é servir como um portal onde o Altíssimo faça brilhar sua Luz sobre nós, seres humanos. Segundo Maimônides, no entanto, essa função é permitir que o homem finito cumpra a Vontade Divina, desta forma, ligando-se a Ele. Onde D’us mora, atualmente. Na ausência do Mishkan e do Templo Sagrado de Jerusalém, onde reside D’us Infinito? Onde é Sua Morada na Terra?  Ensina o Talmud: “Desde o dia  em que o Templo foi destruído, o Santo, Bendito Seu Nome, nada tem neste mundo, exceto os quatro cúbitos da Halachá (a Lei Judaica)” (Talmud BavliBerachot 8a).  Isso significa que D’us reside onde quer que o homem estude a Sua Torá e cumpra os Seus mandamentos. D’us decretou muitos mandamentos, que são caminhos para Sua Essência Impenetrável. Alguns desses mandamentos são físicos, outros são espirituais. Doar aos pobres, colocar Tefilin, comer alimentos casher, habitar numa Sucá em Sucot e comer Matzá durante o Seder de Pessach são exemplos de mandamentos Divinos executáveis por meio de ações e objetos físicos. Mas a Torá também contém mandamentos mais espirituais do que físicos, tais como amar e temer a D’us e orar a Ele; estudar e ensinar a Sua Torá; sentir angústia em Tishá b’Av e alegria em Purim. Esses são mandamentos que cumprimos com nossa alma e não com recursos físicos: com nosso coração e nossa mente – com pensamentos, sentimentos e palavras. Qual o nosso propósito neste mundo? Na ausência do Mishkan e do Templo Sagrado de Jerusalém, como o judeu se torna uma Morada para D’us na Terra? Servindo a Ele com nosso corpo e nossas posses materiais ou com nossa alma, mente e coração? Em outras palavras, o que é mais meritório perante o Altíssimo: doar ao pobre ou estudar a Torá? Comer casher ou orar profusa e sinceramente? Uma pergunta similar: Quem está mais próximo de D’us: o empresário filantropo ou o grande sábio? Em outras palavras, qual a parte mais sagrada em nós: nossos atos físicos, do cotidiano, ou nossas aspirações transcendentais? Poder-se-ia dizer que se D’us fosse um Ser físico, os mandamentos físicos seriam a forma preferencial de servi-Lo. Mas D’us é completamente isento de qualquer fisicalidade. Muitos presumem, erroneamente, que D’us é o Ser espiritual supremo. Acreditam, portanto, que a pessoa religiosa é espiritual: ou seja, que é mais importante colocar as palavras do Shemá Israel em nosso coração do que colocar Tefilin, que fisicamente as contém. No entanto, D’us está tão distante da espiritualidade como está da fisicalidade. D’us nem é espiritual nem físico. Ele apenas É. Portanto, nem os mandamentos físicos nem os espirituais da Torá gozam de qualquer forma de superioridade uns sobre os outros. Tenda do  Encontro com D’us. “Estas e estas são as palavras do D’us Vivo”, afirma o Talmud sobre as disputas entre os Sábios sobre interpretações da Torá. Isso significa que todos os pontos de vista deles são válidos, mesmo se a Lei Judaica dá precedência a um sobre os demais. A visão mística, cabalista, expressa por Nachmânides e a perspectiva legal da Halachá apresentada por Maimônides são, ambas, componentes integrais da “Morada de D’us” construída no Deserto do Sinai, e a “Morada de D’us” que todo judeu tem o dever de construir em sua vida. Essa é a razão pela qual a Torá chama o Mishkan de Ohel Moed: “Tenda do Encontro”. Era nela que D’us – ao projetar Sua Luz Infinita sobre a Terra – e o humano e material, querendo chegar aos  Céus – se encontravam.  Isso nos ensina que cada vez que um judeu cumpre a Vontade de D’us, ele se torna receptivo à Luz Divina Infinita: ele próprio se torna uma Morada Divina nos mundos inferiores, realizando, assim, todo o propósito da Criação. Ao mesmo tempo, cada Revelação Divina que emana das Alturas capacita o homem a revelar a Divindade presente, implicitamente, dentro da finitude e materialidade da existência. O Mishkan incluía três domínios  – o Pátio, o Lugar Santo e o Santo dos Santos – porque a missão de “fazer para D’us uma morada nos mundos inferiores” abarca todas as áreas da nossa vida. Os judeus servem a D’us em seus momentos mais exaltados, tais como Yom Kipur (o Santo dos Santos). Eles também O servem em seus esforços para elevar e santificar o mundo, como no Shabat – um dia basicamente dedicado à espiritualidade (o Lugar Sagrado). Mas também devem empenhar-se em fazer uma Morada Divina em suas mais simples atividades do cotidiano, durante os seis dias da semana (o Pátio). O Povo Judeu construiu o primeiro protótipo da Morada de D’us na Terra seguindo instruções muito detalhadas que o Altíssimo transmitiu a Moshé no Sinai. Quando a construção do Mishkan foi completada – quando o último pilar, tapeçaria e divisória foram colocados em seu lugar – D’us fez com que Sua Infinita Presença habitasse o Tabernáculo. Isso capacitou todas as futuras gerações de judeus, e cada judeu em particular, a replicar seus domínios nos recônditos de sua vida. www.morasha.com.br. Abraço.


segunda-feira, 27 de maio de 2019

SEGUNDA CÁTEDRA - A ORIGEM DO HOMEM.


Gnosticismo. www.gnosisonline.org.br. Texto de Samael Aun Weor (1917-1977). SEGUNDA CÁTEDRA – A ORIGEM DO HOMEM. O tema da origem do homem é realmente muito discutível, muito espinhoso. Charles Robert Darwin assentou certos princípios em sua obra que devem ser lembrados pelos antropólogos materialistas. Darwin diz que uma espécie que evolui positivamente, de modo algum poderia descender de outra que evolui negativamente. Charles Darwin (1809-1882) afirmou também que duas espécies similares, porém diferentes, podem fazer referência a um antecessor comum, mas nenhuma proviria da outra. Assim que, conforme vamos avançando nestas análises da antropologia profana, vamos encontrando certas contradições no materialismo. Como é possível que os princípios darwinistas sejam ignorados? Como é possível que ainda hoje em dia exista quem pense que o homem provém do macaco? Inquestionavelmente, os fatos estão falando por si sós e até agora não se encontrou o famoso elo perdido. Onde está? Muito falou-se contra a existência do pai de Manu, o Dhyanchoham, mas, na realidade, somam-se a milhões as pessoas no mundo oriental e ocidental que o aceitam. Ademais, é bem mais lógica tal crença do que a daquele homem-macaco de Haeckel, o qual não passou de mais uma fantasia de seu autor. Os tempos vão passando e ainda não se descobriu em lugar algum da Terra o famoso homem-símio. Onde está o mono que raciocina, que pensa e que tem uma linguagem própria a de todo mundo? Mas, qual é? Esta classe de fantasias literárias não serve, no fundo, para nada. Observe-se, por exemplo, o tamanho dos cérebros: a massa cefálica de um gorila não alcança sequer a terça parte do cérebro de qualquer selvagem do nosso globo terrestre. Faltaria um elo que ligasse o gorila mais adiantado com o selvagem mais atrasado da Austrália. Onde está essa junção? Que foi feito dela? Existe? Fora de dúvida, no continente lemuriano, na era mesozóica, surgiram os primeiros símios. Qual seria a sua origem? A gnose, afirma, de forma enfática, que determinados grupos lemurianos humanos misturaram-se com animais dando origem às espécies simiescas. Haeckel jamais opôs-se ao conceito de que os macacos tenham tido seu nascedouro na Austrália, na Lemúria; ele sempre aceitou a realidade do continente lemuriano. Agora, reflitamos um pouco. Onde se localizava a Lemúria? No oceano pacífico, obviamente. Ela cobria uma extensa zona desse oceano. Através de dez mil anos de terremotos, foi afundando pouco a pouco nas embravecidas ondas, porém restaram alguns vestígios: a Oceania, a Austrália, a ilha da Páscoa, etc. A Lemúria teve realidade. Ocupou seu lugar num tempo longínquo. Isto poderá molestar os antropólogos materialistas partidários da Pangaea. Esses senhores agarraram-se no dogma da Pangaea e nem remotamente aceitam a possibilidade da Lemúria. Que os símios tenham surgido na era cenozóica, no próprio mioceno, terceira parte a contar do eoceno, não tem absolutamente nada de raro! Mas nossas afirmações não terminam aqui. Outras espécies de macacos surgiram também na Atlântida de Platão, continente que também não passa de um mito para os fanáticos materialistas da Pangaea. No entanto, a Atlântida existiu ainda que eles o neguem. Já foi descoberta ainda que eles se oponham. Qualquer um que tenha estudado o solo marinho sabe muito bem que entre a América e a Europa existe uma grande plataforma submarina. Ainda há pouco, alguns cientistas descobriram a Atlântida e se propuseram a explorá-la desde a Espanha. No entanto, era época do regime de Franco e não lhes foi permitido realizar as suas investigações. A Atlântida, portanto não é como se crê uma lenda fantástica, mas uma tremenda realidade. O mapa do mundo em outro tempo era completamente distinto. Tudo vai mudando, até a própria Pangaea dos seguidores de Alfred Wegener (1880-1930) teria de sofrer grandes mudanças. Bem sabemos que os continentes flutuam e tendem a realizar deslocamentos. Dom Mario Roso de Luna o explicou claramente e isso não deve surpreender mais a ninguém. Nisso os fanáticos materialistas da Pangaea estão de acordo, não o negam, porém lhes falta muito ainda para conhecerem as causas de tais flutuações continentais. Considero que se estudassem a Dom Mario Roso de Luna completariam melhor as suas informações. Se pensássemos em nossa Terra como um ovo, a gema seria os continentes que se sustentam sobre a clara. Entre a gema e a clara não faltariam substâncias, líquidos e elementos que a ciência materialista ainda hoje desconhece plenamente. Há quem acredite que certos tipos de superiores, como o gorila – gênero de macaco antropomorfo da África Equatorial; com uma estatura de uns dois metros e um peso máximo de 250 quilos -, o orangotango – do malaio: homem dos bosques; grande macaco antropomorfo da Sumatra e Borneo, altura entre 1,20 e 1,50 metros, arborícola, facilmente domesticável – e o chimpanzé – macaco antropomorfo da África – vem da Lemúria. Também há quem afirme categoricamente que as classes inferiores como os catarríneos, os platirrinos etc., vêm da Atlântida. Nisso, não podemos fazer objeções, porém temos de refletir com profundidade. Atualmente, estão sendo feitos certos comentários muito simpáticos. A ciência materialista inventa todos os dias novas hipóteses. Estabeleceu-se uma cadeia curiosa e ridícula por excelência com relação aos nossos possíveis antepassados. Como rei dessa cadeia aparece o tubarão, do qual descendem, segundo dizem os antropólogos, os lagartos. Teoria ridícula, somente concebível por mentes de lagartos. Depois, prosseguem com o famoso opossum, criatura similar ao crocodilo, um pouquinho mais evoluída, segundo enfatizam. Daí passam, seguindo o curso da grande cadeia de maravilhas, para certo animalzinho ao qual se tem dado modernamente muita importância. Refiro-me de forma enfática aos lêmures. Atribuem-lhe uma placenta discoidal, questão que é refutada pelos zoólogos. Contradições gigantescas são encontradas nos recôncavos da falsa ciência, que prossegue dizendo que os lêmures podem ter existido há uns 150 milhões de anos, de quem descende por sua vez o macaco e por fim o gorila. Nessa fantástica cadeia, o gorila é
o nosso antecessor imediato, o predecessor do homem. Alguns antropólogos, como dizia em minha primeira cátedra, não deixam de encaixar nestes tempos ao pobre ratão e até querem incluí-lo nesta cadeia. Como? De que maneira? Eles e suas teorias! Afirmam com um tom de extraordinária sapiência que o homem era diminuto, microscópico, isto é, tão pequeno que nos assombraríamos hoje ao vê-lo. Em que se baseiam? Em que o ratão é pequeno? Segundo eles, nós também somos filhos do ratão. Não sei em que parte o incluem, se antes dos lêmures ou depois deles. Divulgam que fomos crescendo até chegar à altura de uma grande civilização, perfeita e extraordinária, como a que hoje temos. Nos dias atuais desta grande civilização, o ratão passa a ocupar o primeiro posta nas conferências públicas. Se as coisas continuarem assim, dentro de pouco tempo o governo terá de proibir a matança de ratões, pois segundo eles, são nada menos do que nossos antepassados. Onde estão os elos? Como é possível que do esqualo, assim por assim, apareça da noite para o dia ou através de uns quantos séculos o lagarto? Os milhões de anos passaram e os tubarões seguem tranquilos. Nunca se viu de uma espécie de tubarão, seja no Atlântico ou no pacífico, nascerem novos lagartos. Segundo me consta, os crocodilos ou caimãs que conheço, se não estão demasiado civilizados, e andam pelas ruas inventando teorias, na realidade, não se encontram no mar e sim nos rios ou lagos. Alguém conhece alguma espécie de lagarto que tenha surgido das embravecidas águas do oceano? Bem sabe todo mundo que os lagartos são da água doce. Vimo-los nos grandes rios; isso me consta. Visitei os oceanos e nunca vi ou escutei de algum pescador que se tenha apanhado um lagarto em pleno mar. Pescaram tubarões, porém lagartos… quando? Estamos falando de fatos concretos, claros e definitivos. Onde estariam os laços que ligam o lagarto com o opossum? Onde estão os elos que ligam o opossum com os lêmures, os quais, desprovidos de placenta, são assinalados por Haeckel como uma criatura com placenta discoidal? Prosseguindo, onde estariam os encadeamentos que uniriam os lêmures com o antropoide? Onde estão os elos que relacionam o mono com o gorila e onde estão as junções do gorila com o homem? Quais são? Estamos vendo eventos precisos e observa-se que faltam pontos de conexão. Falar assim porque sim resulta demasiado absurdo. Comentou-se muito sobre a monera, o átomo do abismo aquoso, primeira gota de sal em um oceano silúrico, cheio de lodo no fundo e onde ainda não havia sido depositada a primeira camada de rochas. Mas, qual é a origem da monera? Porventura, poderia se conceber que algo tão extraordinário como o primeiro ponto atômico do protoplasma, tão devidamente organizado e com uma construção tão complexa, pudesse ser o resultado da sorte, do acaso? Entendo que ao se negar os Princípios Inteligentes da Natureza, o tempo vai passando e com ele a antropologia materialista irá sendo destruída pouco a pouco. Os antropólogos materialistas até agora não puderam dizer em que data e como surgiu o homem. Hipóteses e nada mais, hipóteses ridículas, conjecturas que não têm fundamentos sérios. Muito se apela na antropologia materialista à Austrália. Resulta mui socorrida a posição da antropologia oficial ao dizer que as tribos selvagens que vivem na Austrália descendem do macaco. Cientificamente, isso cai por si só. Medidos os cérebros e feitas as confrontações. Vê-se que o cérebro do macaco mais avançado não alcança metade do volume do cérebro de um selvagem australiano. Faltaria, pois, um ponto de união entre ambos. Onde está esse elo? Que o apresentem aqui para que possamos vê-lo. Em minha primeira cátedra, dizia que eles, os senhores do materialismo antropológico, afirmam de uma maneira eloquente que não creem senão no que vêem, mas os fatos estão demonstrando sua falsidade. Estão crendo com firmeza em hipóteses absurdas que jamais viram. Isso de atribuir, de dizer, que nós viemos do tubarão, isso de estabelecer uma cadeia de caprichos, simplesmente por “parecências” morfológicas,, demonstra no fundo a superficialidade levada ao extremo. Se escrevem isso, estão abusando demais da inteligência dos leitores. Se falam e ensinam isso, tornam-se terrivelmente cômicos e até absurdos. Que na Lemúria os homens tenham se misturado com animais, não o colocamos em dúvida. Daí resultaram não somente os símios, porém múltiplas formas monstruosas que ainda hoje tem-se documentação, tanto no Oeste como no Leste do mundo. Citaremos como exemplo certos símios lemurianos estranhos que poderiam servir de mofa aos materialistas superficiais desta época, porém alguém tem de confirmar com coragem o que é verdade. Quero me referir a uma espécie que existiu e que tão rápido se punha em suas mãos e pés, como qualquer símio, como se erguia sobre seus dois pés. Havia os de cara azul e s de cara vermelha. Foram o produto do cruzamento de certos seres humanos com animais subumanos do mioceno, especialmente da era mesozóica. Encontramos referências a seu respeito sobretudo em papiros, códices, tijolos, em antigos monumentos e em manuscritos arcaicos. Assim que, foram múltiplas as formas simiescas que surgiram no velho continente de Mu. Porém como teria surgido o homem? De que maneira? Até agora, todas estas interrogações têm sido um verdadeiro enigma, um quebra-cabeça, para os materialistas seguidores de Darwin, Haeckel; mesmo para os modernos antropólogos. Onde poderíamos achar a origem do homem? Inquestionavelmente, no próprio homem. Em que outro lugar? Agora, tomemos a Austrália concretamente. O que dizem os antropólogos materialistas? Afirmam que as tribos australianas têm como ascendentes aos antropoides. Claro que não podem provar isso, porém o afirmam, acreditam nisso. Vejam todos quão paradoxais resultam esses senhores! Os clãs australianos são os mais primitivos que existem atualmente no mundo. Qual seria a origem da Austrália? Ora, a Austrália é um pedaço da Lemúria, situada no oceano Pacífico, uma terra velha. Onde estarão os antepassados dessas tribos? Falemos de seus corpos físicos. Obviamente, acharemos suas ossadas no fundo do próprio Pacífico. São esqueletos de animais porque os clãs australianos são misturas de homens e animais que passaram por muitas transformações e que atualmente ainda existem. Teria de se observar tais famílias para se dar conta de que se trata do cruzamento de habitantes da antiga Lemúria com certos animais da natureza. Na Austrália há lugares em que o corpo das pessoas tem cabelo tão abundante que mais parece o pelo de animais. Isto dá uma base aparente para que os senhores materialistas digam: Eis aí…são os filhos dos antropoides …nossa teoria está demonstrada … Os antropólogos materialistas são terrivelmente superficiais, não possuem maturidade no entendimento; trata-se de mentes em estado de decrepitude, degeneradas, o que é muito lamentável. Se queremos buscar a origem do homem, temos de conhecer a fundo a ontogenia. Observem os processos de recapitulação do ser humano no ventre materno. A natureza sempre recapitula. Olhem uma semente, o germe de uma árvore, aí está uma árvore em potencial. Só falta que se desenvolva. Para que progrida, precisa de terra, água, ar e sol. A natureza recapitula todos os processos da árvore que serviu de pai nesse germe que se há de desenvolver. Em outros termos, diríamos que a natureza recapitula nesse germe o que há de se desenvolver: os processos pelos quais passou toda a família dessa árvore, toda essa espécie de árvores, as quais vão se desenvolvendo lentamente e crescendo da mesma maneira que as outras árvores ou que a árvore da qual se desprendeu o germe. Há um processo de recapitulação folha por folha até que a árvore dá finalmente o seu fruto e a semente para que outras árvores nasçam e continuem fazendo sempre as mesmas recapitulaçõesObservemos, a natureza recapitula no cosmos todas as suas maravilhas. A cada ano voltam a primavera, o verão, o outono e o inverno. É uma perfeita recapitulação. Assim também, no ventre materno, há recapitulação correta de toda a espécie humana. Ali estão, no ventre humano, todas as fases pelas quais passou o ser humano desde as suas mais antigas origens. Portanto, ninguém poderia negar que o feto, no ventre, passa pelos quatro reinos da natureza. Ele primeiro é pedra (mineral), depois planta, por terceiro é animal e no final homem. Como germe, o corpúsculo é inorgânico. É o óvulo que se desprende do ovário e que vai se unir com a matéria orgânica. A circulação conduz o óvulo até o próprio fundo da matéria para seu desenvolvimento. No segundo aspecto, vemos o estado vegetal: uma espécie de cenoura, redonda em sua base e pontuda na parte superior. Quando se a estuda clinicamente, mais parece uma cebola com diversas capas entre as quais há um líquido maravilhoso. Do umbigo dessa aparente cebola pende a possibilidade do feto como o fruto de uma planta. Eis aí o estado vegetal. Mais tarde, aparece a forma animal. O feto assume o aspecto de um filhote de rã e isto está completamente demonstrado. Por fim, assume a figura humana. As quatro fases, mineral, vegetal, animal e humana, foram recapituladas. Conhecendo-se e analisando o exposto, concluiremos dizendo que a nenhum médico consta ter visto nessas quatro fases do feto a forma do antropoide. Qual foi o cientista que viu, durante o processo de recapitulação fetal, o feto tomar alguma vez o aspecto de um gorila, de um orangotango, dos macacos catarríneos ou dos platirrinos? Portanto, o que a ciência materialista afirma é absurdo! A origem do homem tem de ser procurada no próprio ventre da mulher. Nesses processos de recapitulação está a origem do homem e as fases pelas quais passou. Tampouco apareceu um tubarão no ventre de uma mãe! Que houve com os lêmures, antes mencionados e pelos quais Haeckel se apaixonou? Onde estão? Em que fase da gravidez aparecem? Por que esses senhores querem sair do correto? Por que não buscam a origem do ser humano no próprio ser humano? Por que buscam fora? Todas as leis da natureza existem dentro de cada um. Se não as encontrarmos em nosso interior, muito menos no exterior. Chegamos a um pondo delicado e bastante difícil: que fomos pedra, planta, animal e homem! Isto está bem aceito, mas quando? Como? Que causas primárias e secundárias governaram todos esses processos? Enigmas. Se os senhores materialistas não estivessem tão fanatizados com o dogma da geometria tridimensional de Euclides (306 AC 283), isto poderia ser esclarecido. Tudo seria diferente. Infelizmente, estão empenhados em querer que todos aceitem esse artigo de fé. Querem nos manter engarrafados dentro desse fundamento. Isto é tão absurdo como querer engarrafar a vida universal ou querer encerrar o oceano dentro de um copo de vidro. Que existe uma quarta vertical, uma quarta coordenada, isso é inegável, porém incomoda aos materialistas. No entanto, Einstein, que cooperou na fabricação da bomba atômica, aceitou a quarta dimensão. Na matemática, ninguém pode negar a quarta dimensão, porém às pessoas materialistas desta época nem sequer assim lhes entra este conhecimento de que pode existir outras dimensões superiores na natureza. À força querem que nos encerremos no mundo tridimensional de Euclides. Devido a essa falsa e absurda posição, a física encontra-se totalmente detida em seu avanço. Nesta época, já deveriam existir naves cósmicas capazes de viajar através do infinito, mas isso não será possível enquanto a física permaneça embutida no dogma tridimensional de Euclides. Se esses senhores, que até agora não foram capazes de responder às perguntas: de onde surgiu o homem, em que data, como e quando, aceitassem a possibilidade de uma quarta, quinta, sexta e sétima dimensões, tudo seria diferente. No entanto, estamos seguros que não a aceitarão jamais. Por que? Porque suas mentes estão em processo de franca degeneração devido ao abuso sexual. Nessas condições, não é possível compreender as teses que nós expomos. Para entendê-las, teriam de começar a regenerar o cérebro. Depois, sim, aceitariam nossos postulados gnósticos. Pedra, planta, animal e homem; eis aqui a base de uma antropologia séria. Pensemos agora na forma anterior ao estado humano, em nossos legítimos antecessores. Inquestionavelmente, nos encontraríamos com a vida animal na natureza, porém situada na quarta dimensão. Isto é chocante para o materialismo. No entanto, eram os próprios materialistas que riam de Louis Pasteur e suas teorias, que mofavam dele quando desinfetava os instrumentos cirúrgicos. Não acreditavam nos micro-organismos porque não os viam, mas hoje aceitam. Pode haver vida animal numa quarta coordenada? Mas, é claro que sim! Haverá algum método de comprovação? É óbvio que sim, porém são métodos bem diferentes dos da falsa ciência, já que esta se encontra num estado retardatário. Quem tem esses processos e sistemas? Nós o temos e com muito prazer os ensinamos àqueles que querem de verdade investigar no terreno da ciência pura. Houve vida animal na quarta coordenada? É lógico que houve. Houve vida animal na quinta coordenada? Naturalmente houve! Houve vida mineral na sexta coordenada? Sim, mas esclareço: a vida mineral na sexta coordenada, a vida vegetal na quinta e a animal na quarta de modo algum se pareciam à vida animal, vegetal ou mineral deste mundo meramente físico. Que mais tarde essa vida mineral, vegetal e animal se condensou neste globo terrestre, de matéria tridimensional, não o negamos; isso se fez através do curso de milhões de anos. Como poderíamos definir de alguma maneira os processos evolutivos preliminares da natureza? Esta questão foi devidamente traçada por Gottfried Wilhelm Leibnitz (1646-1716). Refiro-me às mônadas, princípios inteligentes da natureza, ou jibas. Por certo que entre a monera atômica de Haeckel e o zaristripa de Manu, o jiba dos hindus ou a mônada de Leibnitz há um enorme abismo. A monera atômica de Haeckel (1836-1919) está muito longe do que é a verdadeira mônada ou princípio de vida. É certo e de toda verdade que as chispas virginais ou simplesmente mônadas de Leibnitz evoluíram no reino mineral durante a época das grandes atividades da sexta dimensão. As mônadas evoluíram também no reino vegetal na quinta dimensão e depois avançaram para o estado animal na quarta dimensão. Isto é inquestionável. Essas dimensões da natureza poderão ser vistas no futuro com aparelhos de alta precisão ótica. Porém, enquanto não chega este dia, podemos estar seguros que nós, os antropólogos gnósticos, teremos de suportar a mesma zombaria que Pasteur teve de aguentar quando falava dos micróbios. Mas, chegará o momento em que essas dimensões serão perceptíveis através da televisão e então as sátiras terminarão. Por agora, como já lhes disse, tenta-se transformar as ondas sonoras em imagens e quando isto se verificar, todos poderão ver os processos evolutivos e involutivos da natureza. Então, o anticristo da falsa ciência ficará despido diante do veredicto solene da consciência pública. Quanto ao organismo humano, vemos que um princípio é invisível; que à simples vista não se vê nem o óvulo nem o zoosperma, quando começam o processo de concepção, quando a célula primitiva começa a ser germinada. Quem poderia supor que de um zoosperma e de uma célula fertilizada pudesse sair uma criatura? Por acaso, se vê à simples vista? Sabe-se que existem pelo microscópio, é claro.
Assim que, tornando em fatos concretos, as mônadas que passaram pelo reino mineral na sexta dimensão são as mesmas que passaram pelo reino vegetal na quinta e pelo animal na quarta. Foi precisamente no final da quarta dimensão que apareceu certa criatura semelhante ao antropoide. Não era um gorila, um chimpanzé ou algo similar. Ao se aproximar a época de atividade para o mundo tridimensional, tal forma sofreu algumas mudanças e várias metamorfoses, iguais às que sofreu o planeta Terra, tendo finalmente se cristalizado na figura humana. Tenha-se em conta que a morfologia das criaturas humanas e da natureza muda conforme passam os séculos. Inquestionavelmente, a morfologia humana surgiu de acordo com a idade protoplasmática da nossa Terra para vir ter realmente existência. Assim passou pelos períodos hiperbóreo, lemuriano e atlante, alterando-se um pouco até os dias atuais. As criaturas que nos precederam, a antiga raça humana, como o testemunham as tradições do antigo México e de diferentes países, foram gigantes e com o tempo perderam estatura até serem o que atualmente são. A seguir, continuaremos explicando as quatro etapas, mineral, vegetal, animal e humana, exclusivamente dentro da zona tridimensional de Euclides neste mundo chamado Terra. Estou seguro, completamente seguro, que tudo isso ficaria convertido em novos enigmas, sem solução alguma, se, à medida que nos aprofundássemos nestes temas, depois do fracasso da antropologia materialista, não pudéssemos dar a data, o como, o quando e o porquê surgiu o ser humano. Hoje em dia, não há outra saída para os cientistas além da de aceitar a crua realidade das dimensões superiores da natureza e do cosmos. Que o neguem! Têm todo o direito de negar. Que riam! Já se disse: quem ri do que desconhece está a caminho de se tornar idiota. À medida que o tempo vá transcorrendo, a ciência materialista irá ficando despida diante das novas descobertas. Cada afundará mais e mais dentro do poço de sua própria ignorância. Isso do Noé pitecoide com seus três filhos bastardos: o cinocéfalo com rabo, o macaco sem rabo e o homem arbóreo, serve muito bem para um Molière e suas caricaturas. Na verdade, não temos nada de pitecoide em nosso sangue e até agora os fatos têm falado por nós. (Samael Aun Weor, Antropologia Gnóstica).www.gnosisonline.org.br. Abraço. Davi