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O QUE É O ISLÃ. Vamos falar francamente. Os não-muçulmanos quase nunca
estudam o Islã até que eles tenham exaurido as religiões à sua
disposição. Apenas após terem ficado insatisfeitos com as religiões que
lhes são familiares, como Judaísmo, Cristianismo e todos os “ismos” – Budismo,
Taoísmo, Hinduísmo (e, como minha filha mais jovem uma vez acrescentou,
“turismo”) - eles consideram o Islã. Talvez outras religiões não respondam as
grandes questões da vida, como “Quem nos fez?”. “Por que estamos aqui?” Talvez
outras religiões não reconciliem injustiças da vida com um Criador justo. Talvez encontremos hipocrisia no clero, dogmas de fé insustentáveis no
cânone, ou corrupção na escritura. Qualquer que seja a razão, nós
percebemos falhas nas religiões à nossa disposição, e procuramos em outro
lugar. E o último “outro lugar” é o Islã. Os muçulmanos não gostam de me
ouvir dizer que o Islã é o “último outro lugar”. Mas é. Apesar do
fato de os muçulmanos consistirem de um quarto a um quinto da população do
mundo, a mídia não-muçulmana difama o Islã com calúnias tão horríveis que
poucos não-muçulmanos veem a religião de uma perspectiva positiva.
Assim, ele é normalmente a última religião que as pessoas
investigam. Um outro problema é que quando os não-muçulmanos chegam a examinar
o Islã, outras religiões já aumentaram seu ceticismo: se toda escritura
“divina” que já vimos é corrupta, como pode a escritura islâmica ser diferente?
Se charlatães manipularam religiões para adequá-las a seus desejos, como
podemos imaginar que o mesmo não aconteceu com o Islã? A reposta pode ser dada
em poucas linhas, mas requer livros para explicar. A resposta curta é
essa: existe um Deus. Ele é justo e Ele quer que alcancemos a recompensa
do paraíso. Entretanto, Deus nos colocou nessa vida terrena como um
teste, para identificar os valorosos dos que não têm valor. E nós
estaremos perdidos se formos deixados por nossa própria conta. Por que?
Porque nós não sabemos o que Ele quer de nós. Nós não podemos
navegar pelas turbulências dessa vida sem sua orientação e, portanto, Ele nos
deu orientação em forma de revelação. Certamente, as religiões anteriores foram
corrompidas e é por isso que temos uma cadeia de
revelação. Pergunte a si mesmo: por que Deus enviaria outra revelação se
as escrituras anteriores continuassem puras? Apenas se as escrituras
anteriores estivessem corrompidas Deus precisaria enviar outra revelação, para
manter a humanidade no caminho reto de Seu desígnio. Então nós devemos esperar que
as escrituras anteriores estejam corrompidas, e devemos esperar que a revelação
final esteja pura e inalterada. Se for impura, ela também deve ser
substituída, porque nós não podemos imaginar um Deus amoroso nos deixando
desencaminhados. Ou nós podemos imaginar é Deus nos
dando uma escritura, e os homens corrompendo-a; Deus nos dando outra escritura
e homens corrompendo-a de novo (...) e de novo, e de novo. Até Deus
enviar uma revelação final que Ele promete preservar até o fim dos tempos. Os
muçulmanos consideram que essa revelação final é o Alcorão Sagrado.
Considere isso (...) vale a pena. Então, retornemos ao título desse
artigo: Por que Islã? Por que devemos acreditar que o Islã é a religião
da verdade, a religião que possui a revelação final e pura? “Ó, apenas confie
em mim.” Quantas vezes você ouviu isso? Um comediante famoso costumava
brincar que as pessoas de cidades diferentes amaldiçoam umas às outras de
maneiras diferentes. Em Chicago, eles amaldiçoam a pessoa de uma forma,
em Los Angeles eles amaldiçoam a pessoa de outra forma, mas em Nova Iorque elas
apenas dizem, “Confie em mim.” Então, não confie em mim – confie em nosso
Criador. Leia o Alcorão, leia livros e estude bons websites. Mas o
que quer que você faça, comece, leve isso a sério, e ore para o nosso Criador
guiar você. A sua vida pode não depender disso, mas a sua alma com certeza
depende. I. O ÂMAGO DO ISLÃ. Entre as bênçãos e favores que
Deus concedeu à humanidade está a de Ele ter concedido uma habilidade inata
para identificar e reconhecer Sua existência. Ele colocou essa
consciência de forma profunda em seus corações, como uma disposição natural que
não foi alterada desde que os primeiros seres humanos foram criados. Além
disso, Ele reforçou essa disposição natural com os sinais que colocou na
Criação que testificam Sua existência. Entretanto, uma vez que não é
possível para os seres humanos terem um conhecimento detalhado de Deus exceto
através de revelação vinda Dele, Deus enviou Seu Mensageiros para ensinar às
pessoas sobre seu Criador, a Quem eles devem adorar. Esses Mensageiros
também trouxeram com eles os detalhes de como adorar Deus, porque tais detalhes
não podem ser conhecidos exceto através de revelação. Esses dois
princípios foram as coisas mais importantes que os Mensageiros de todas as
revelações divinas trouxeram de Deus. Com base nisso, todas as revelações
divinas têm tido os mesmos objetivos sublimes, que são: 1. Afirmar a UNICIDADE DE DEUS – o Criador louvado e glorificado – em Sua essência e Seus atributos. 2.
Afirmar que DEUS SOMENTE DEVE SER ADORADO e que nenhum outro ser deve ser
adorado junto com Ele ou ao invés Dele. 3. PROTEGER O BEM-ESTAR HUMANO e se
opor à corrupção e ao mal. Assim, tudo que protege a fé, a vida, a razão,
a fortuna e a linhagem são parte desse bem-estar humano que a religião
protege. Por outro lado, qualquer coisa que coloque em perigo essas cinco
necessidades universais é uma forma de corrupção a qual a religião se opõe e
proíbe. 4. CONVIDAR AS PESSOAS a esse alto nível de virtude, valores morais e
costumes nobres. O objetivo supremo de toda Mensagem Divina tem sido o mesmo:
guiar as pessoas a Deus, torná-las conscientes Dele, e fazê-las adorar somente
a Ele. Cada Mensagem Divina veio para fortalecer esse significado, e as
palavras que se seguem foram repetidas nos idiomas de todos os Mensageiros:
“Adorai a Deus, não existe outro deus exceto Ele.” Essa mensagem foi
transmitida à humanidade pelos profetas e mensageiros que Deus enviou a toda
nação. Todos esses mensageiros vieram com essa mesma mensagem, a mensagem
do Islã. Todas as Mensagens Divinas vieram para fazer com que a vida das
pessoas fosse de submissão voluntária a Deus. Por essa razão, todas elas
compartilham o nome de “Islã”, ou “submissão” derivada da palavra “Salam”, ou
“paz”, em árabe. Islã, nesse sentido, foi a religião de todos os
profetas, mas por que vemos variações diferentes da religião de Deus se todas
emanaram da mesma fonte? A resposta divide-se em duas partes. A
primeira razão é que como resultado da passagem do tempo, e devido ao fato de
que as religiões anteriores não estavam sob a proteção divina de Deus, elas
sofreram muita mudança e variação. Como resultado, nós vemos que as
verdades fundamentais que foram trazidas por todos os mensageiros agora diferem
de uma religião para outra, com a diferença mais aparente sendo o princípio
estrito da crença e adoração de Deus e Deus somente. A segunda razão para essa
variação é que Deus, em Sua infinita Sabedoria e Vontade eterna, decretou que
todas as missões divinas anteriores à mensagem final do Islã trazida por
Muhammad, que Deus o exalte, fossem limitadas a um período de tempo
específico. Como resultado, suas leis e metodologias lidavam com as
condições específicas das pessoas para as quais tinham sido dirigidas. A
humanidade passou por numerosos períodos de orientação, desorientação,
integridade e desvio, da era mais primitiva ao auge de civilização. A
orientação divina acompanhou a humanidade ao longo de tudo isso, sempre
provendo as soluções e remédios apropriados. Essa foi a essência da disparidade
que existiu entre as diferentes religiões. Esse desacordo nunca foi além
das particularidades da Lei Divina. Cada manifestação da Lei era dirigida
a problemas particulares do povo para o qual foi enviada. Entretanto, as
áreas de acordo foram significativas e muitas, como os fundamentos da fé; os
princípios e objetivos básicos da Lei Divina, como proteger a fé, vida, razão,
fortuna e linhagem e estabelecer justiça na terra; e certas proibições
fundamentais, algumas das mais importantes sendo cometer idolatria, fornicação,
assassinato, roubo e dar falso testemunho. Além disso, elas também
concordavam sobre virtudes morais como honestidade, justiça, caridade,
gentileza, castidade, retidão e misericórdia. Esses princípios e outros
são permanentes e eternos; eles são a essência de todas as Mensagens Divinas e
interligam todas elas. II. AS ORIGENS DO ISLÃ. Mas onde a mensagem de
Muhammad, que Deus o exalte, se encaixa com as mensagens anteriores reveladas
por Deus? Uma breve história dos profetas pode esclarecer esse ponto. O
primeiro humano, Adão, seguiu o Islã, no sentido de que ele foi orientado a
adorar a Deus somente e a ninguém mais e cumpriu Seus mandamentos. Mas
com a passagem do tempo e a dispersão da humanidade pela terra, as pessoas se
desviaram dessa mensagem e começaram a direcionar a adoração a outros ao invés
de, ou junto com, Deus. Alguns passaram a adorar os virtuosos entre eles
que morreram, enquanto outros passaram a adorar espíritos e forças da
natureza. Foi então que Deus começou a enviar mensageiros para a
humanidade, orientando-a de volta à adoração de Deus somente, algo que estava
de acordo com sua verdadeira natureza, e a alertá-la das graves conseqüências
de dirigir qualquer tipo de adoração para outros além Dele. O primeiro desses
mensageiros foi Noé, que foi enviado para pregar essa mensagem do Islã ao seu
povo, após eles começarem a adorar seus antepassados virtuosos junto com
Deus. Noé conclamou o seu povo a abandonar a adoração de seus ídolos, e
lhes ordenou a voltar para a adoração de Deus somente. Alguns deles
seguiram os ensinamentos de Noé, enquanto a maioria descreu nele. Aqueles
que seguiram Noé foram seguidores do Islã, ou muçulmanos, enquanto aqueles que
não o fizeram, permaneceram em sua descrença e foram punidos por fazê-lo. Depois
de Noé, Deus enviou mensageiros a toda nação que se desviou da Verdade, para
trazê-los de volta à ela. Essa Verdade foi a mesma ao longo do tempo:
rejeitar todos os objetos de adoração e direcionar toda a adoração sem exceção
para Deus, o Criador e Senhor de tudo e ninguém mais, e cumprir Seus
mandamentos. Mas como mencionado antes, como cada nação diferia com
relação ao seu estilo de vida, idioma, e cultura, mensageiros específicos foram
enviados para nações específicas por um período específico de tempo. Deus
enviou mensageiros para todas as nações, e para o Reino da Babilônia Ele enviou
Abraão – um dos primeiros e maiores profetas – que conclamou seu povo a
rejeitar a adoração dos ídolos aos quais eles eram devotados. Ele os
chamou para o Islã, mas eles o rejeitaram e até tentaram matá-lo. Deus
submeteu Abraão a muitos testes e ele se saiu bem em todos eles. Por seus
muitos sacrifícios, Deus proclamou que Ele faria surgir de sua descendência uma
grande nação e que dela escolheria profetas. Toda vez que pessoas de sua
descendência começavam a se desviar da Verdade, que era adorar a ninguém exceto
Deus e obedecer Seus mandamentos, Deus enviava um outro mensageiro para
trazê-los de volta à Verdade. Consequentemente, nós vemos que muitos profetas
enviados eram da descendência de Abraão, como seus dois filhos Isaque e Ismael,
junto com Jacó (Israel), José, Davi, Salomão, Moisés e, claro, Jesus, para
mencionar uns poucos, que a Paz e as Bênçãos de Deus estejam sobre todos
eles. Cada profeta foi enviado para os Filhos de Israel (os judeus)
quando eles se desviaram da verdadeira religião de Deus, e se tornou
obrigatório para eles seguir o mensageiro que lhes era enviado e obedecer seus
mandamentos. Todos os mensageiros vieram com a mesma mensagem, rejeitar a
adoração de todos os outros seres exceto Deus e obedecer Seus
mandamentos. Alguns descreram nos profetas, enquanto outros creram. Aqueles que acreditaram foram seguidores do Islã, ou muçulmanos. Dentre esses
mensageiros estava Muhammad, que Deus o exalte, da descendência de Ismael, o
filho de Abraão, que Deus o exalte, que foi enviado como um mensageiro para
suceder Jesus. Muhammad, que Deus o exalte, pregou a mesma mensagem do
Islã como os profetas e mensageiros anteriores – direcionar toda a adoração para
Deus somente e ninguém mais e obedecer a Seus mandamentos – nos quais os
seguidores dos profetas anteriores se desviaram. Como podemos ver, o Profeta
Muhammad, que Deus o exalte, não foi o fundador de uma nova religião, como
muitas pessoas equivocadamente pensam, mas ele foi enviado como o Profeta Final
do Islã. Ao revelar Sua mensagem final a Muhammad, que é uma mensagem
eterna e universal para toda a humanidade, Deus finalmente cumpriu a promessa
que fez a Abraão. Assim como era obrigatório para aqueles que estavam vivos
seguir a mensagem do último da sucessão de profetas que lhes foi enviado, se
torna obrigatório sobre toda a humanidade seguir a mensagem de Muhammad. Deus
prometeu que essa mensagem permaneceria inalterada e adequada para todos os tempos
e lugares. É suficiente dizer que o caminho do Islã é o mesmo do profeta
Abraão, porque tanto a Bíblia quanto o Alcorão retratam Abraão como um exemplo
proeminente de alguém que se submeteu completamente a Deus e dirigiu adoração a
Ele somente e ninguém mais, e sem quaisquer intermediários. Quando isso é
entendido, fica claro que o Islã tem a mensagem mais contínua e universal do
que qualquer outra religião, porque todos os profetas e mensageiros foram
“muçulmanos”, ou seja, aqueles que se submeteram à vontade de Deus, e eles
pregaram o “Islã”, ou seja, a submissão à vontade de Deus Todo-Poderoso ao
adorá-Lo exclusivamente e obedecer Seus mandamentos. Assim nós vemos que
aqueles que se chamam muçulmanos hoje não seguem uma religião nova; ao
contrário, eles seguem a religião e mensagem de todos os profetas e mensageiros
que foram enviados à humanidade pelo comando de Deus, também conhecida como
Islã. A palavra “Islã” é uma palavra árabe que significa literalmente
“submissão a Deus”, e os muçulmanos são aqueles que voluntariamente se submetem
e ativamente obedecem a Deus, vivendo de acordo com Sua mensagem. III. AS
CRENÇAS ESSENCIAIS DO ISLÃ. 1 – CRENÇA EM DEUS. O Islã mantém um monoteísmo estrito e a crença em Deus forma
o âmago de sua fé. O Islã ensina a crença em um Deus que não dá à luz e
nem nasceu, e não compartilha a Sua custódia do mundo. Ele apenas dá a
vida, causa a morte, traz o bem, causa aflição, e provê o sustento para a Sua
criação. Deus no Islã é o único Criador, Senhor, Sustentador, Governante,
Juiz e Salvador do universo. Ele não tem iguais em Suas qualidades e
habilidades, como conhecimento e poder. Toda a adoração, veneração e
reverência devem ser direcionadas a Deus e ninguém mais. Qualquer ruptura
desses conceitos nega a base do Islã. 2 – CRENÇA NOS
ANJOS. Os aderentes do Islã devem crer no mundo Invisível como mencionado no
Alcorão. Os anjos são os emissários de Deus desse mundo, cada qual com
uma tarefa específica. Eles não têm livre arbítrio ou capacidade de
desobedecer; é parte de sua natureza serem servos zelosos de Deus. Os anjos não
devem ser tomados como semideuses ou objetos de louvor ou veneração; eles são
meros servos de Deus obedecendo todos os Seus comandos. 3 – CRENÇA NOS PROFETAS E MENSAGEIROS. O Islã é uma religião universal e inclusiva. Os
muçulmanos acreditam nos profetas, não apenas no Profeta Muhammad, que Deus o
exalte, mas nos profetas hebreus, incluindo Abraão e Moisés, assim como nos
profetas do Novo Testamento, Jesus e João Batista. O Islã ensina que Deus
não enviou profetas apenas para os judeus e cristãos, ao contrário, Ele enviou
profetas para todas as nações no mundo com uma mensagem central: adorar somente
a Deus. Os muçulmanos devem acreditar em todos os profetas enviados por
Deus mencionados no Alcorão, sem fazer qualquer distinção entre eles.
Muhammad foi enviado com a mensagem final, e não existe profeta depois
dele. Sua mensagem é final e eterna, e através dele Deus completou Sua
Mensagem para a humanidade. 4 – CRENÇA NOS
TEXTOS SAGRADOS. Os muçulmanos acreditam em certos livros que Deus enviou para a
humanidade através de Seus profetas. Esses livros incluem os Livros de
Abraão, o Torá de Moisés, os Salmos de Davi, e o Evangelho de Jesus
Cristo. Todos esses livros tinham a mesma fonte (Deus), a mesma mensagem,
e todos foram revelados em verdade. Isso não significa que eles tenham
sido preservados em verdade. Os muçulmanos (e muitos outros eruditos
judeus e cristãos e historiadores) acham que os livros em existência hoje não
são as escrituras originais, que de fato foram perdidas, mudadas, e/ou
traduzidas repetidas vezes, perdendo a mensagem original. Assim como os
cristãos veem o Novo Testamento como cumprimento e complemento do Velho
Testamento, os muçulmanos acreditam que o Profeta Muhammad recebeu revelações
de Deus através do anjo Gabriel para corrigir erros humanos que tinham
penetrado nas escrituras e doutrinas do Judaísmo, Cristianismo e todas as
outras religiões. Essa revelação é o Alcorão, revelado na língua árabe, e
encontrado hoje em sua forma original. Ele procura guiar a humanidade em
todos os aspectos da vida; espiritual, temporal, individual e coletivo.
Contém orientações para a conduzir a vida, relata estórias e parábolas,
descreve os atributos de Deus e fala das melhores regras para governar a vida
social. Tem orientações para todos, em todo lugar e para todos os
tempos. Milhões de pessoas hoje memorizaram o Alcorão, e todas as cópias
do Alcorão encontradas hoje e no passado são idênticas. Deus prometeu que
Ele protegeria o Alcorão de mudanças até o final dos tempos, de modo que a
Orientação pudesse ser clara para a humanidade e a mensagem de todos os
profetas ficasse disponível para aqueles que a buscasse. 5 – CRENÇA NA VIDA APÓS A MORTE. Os muçulmanos acreditam que chegará um dia quando toda a
criação perecerá e ressuscitará para ser julgada por seus atos: o Dia do Juízo.
Nesse dia, todos se reunirão na presença de Deus e cada indivíduo será
questionado sobre sua vida no mundo e como ele a viveu. Aqueles que
tiveram crenças corretas sobre Deus e a vida, e acompanharam sua crença com
atos virtuosos entrarão no Paraíso, mesmo que tenham que pagar por alguns de
seus pecados no Inferno se Deus em Sua Infinita Justiça optar por não perdoa-los. Quanto
aqueles que caíram no politeísmo em suas muitas faces, entrarão no Inferno, sem
nunca saírem dele. 6 – CRENÇA NO DECRETO DIVINO. O Islã
afirma que Deus tem pleno poder e conhecimento de todas as coisas, e que nada
acontece exceto por Sua Vontade e com Seu conhecimento total. O que é
conhecido como decreto divino, sorte ou “destino” é conhecido em árabe como
al-Qadr. O destino de cada criatura já é conhecido por Deus. Essa crença,
entretanto, não contradiz a ideia do livre arbítrio do homem para escolher seu
curso de ação. Deus não nos força a fazer nada; nós podemos escolher se O
obedecemos ou desobedecemos. A nossa escolha é conhecida por Deus mesmo
antes de a fazermos. Nós não sabemos qual é o nosso destino; mas Deus
sabe o destino de todas as coisas. Portanto, nós devemos ter fé firme de que o
que quer que nos aconteça, está de acordo com a vontade de Deus e com o Seu
pleno conhecimento. Podem haver coisas que acontecem nesse mundo que nós
não compreendemos, mas devemos confiar que Deus tem sabedoria em todas as
coisas. IV. ADORAÇÃO ISLÂMICA. 1) A DECLARAÇÃO DE FÉ. Um muçulmano é
aquele que testemunha que “ninguém merece adoração exceto Deus e Muhammad é o
mensageiro de Deus.” Essa declaração é conhecida como a “shahada”
(testemunho). Deus é o nome árabe para Deus, assim como Yahweh é o
nome hebraico para Deus. Ao fazer essa proclamação simples uma pessoa se torna
muçulmana. A proclamação afirma a crença absoluta do Islã na unicidade de
Deus, Seu direito exclusivo a ser adorado, assim como a doutrina de que
associar qualquer outra coisa com Deus é um pecado imperdoável, como lemos no
Alcorão: “Deus não perdoa quem Lhe associa com outra divindade, mas
perdoa a quem quiser por todas as outras coisas. Aquele que associa
parceiros a Deus inventou um terrível pecado.” (Alcorão 4:48). A
segunda parte do testemunho de fé afirma que Muhammad, que Deus o exalte, é um
profeta de Deus como Abraão, Moisés e Jesus foram antes dele. Muhammad
trouxe a última e final revelação. Ao aceitar Muhammad como o “selo dos
profetas,” os muçulmanos acreditam que sua profecia confirma e cumpre todas as
mensagens reveladas, começando com a de Adão. Além disso, Muhammad serve
como modelo através de sua vida exemplar. O empenho do crente para seguir
o exemplo de Muhammad reflete a ênfase do Islã na prática e ação. 2) A ORAÇÃO (SALAH). Os muçulmanos fazem adoração cinco
vezes ao dia: ao nascer do dia, ao meio-dia, no meio da tarde, no pôr-do-sol e
à noite. Isso ajuda a manter os crentes conscientes de Deus no estresse
de trabalho e família. Recompõe o foco espiritual, reafirma a
dependência total em Deus, e coloca as preocupações mundanas dentro da
perspectiva do último julgamento e da vida após a morte. As orações
consistem de ficar de pé, se curvar, ajoelhar, colocar a testa no chão e
sentar. A Oração é um meio através do qual é mantida a relação entre Deus
e Sua criação. Inclui recitações do Alcorão, louvores a Deus, orações
para perdão e outras súplicas. A oração é uma expressão de submissão,
humildade e adoração a Deus. As orações podem ser oferecidas em qualquer
local limpo, individualmente ou em grupo, em uma mesquita ou em casa, no trabalho
ou na estrada, em locais fechados ou ao ar livre. É preferível orar com
outros como um corpo unido na adoração a Deus, demonstrando disciplina,
irmandade, igualdade e solidariedade. Enquanto se preparam para orar, os
muçulmanos se voltam para Meca, a cidade sagrada centrada em torno da Caaba, a
casa de Deus construída por Abraão e seu filho Ismael. 3) A CARIDADE COMPULSÓRIA (ZAKAH). No Islã, o
verdadeiro dono de tudo é Deus, não o homem. As pessoas recebem fortuna
como uma custódia de Deus. O Zakah é adoração e
agradecimento a Deus demonstrados pelo apoio aos pobres, e através do qual a
fortuna é purificada. Requer uma contribuição anual de 2,5% da fortuna e
bens de um indivíduo. Portanto, o Zakah não é uma mera
“caridade”, é uma obrigação sobre aqueles que receberam suas fortunas de Deus
atender as necessidades dos membros menos afortunados da comunidade. O Zakah é
usado para dar apoio aos pobres, órfãos e viúvas, ajudar os endividados e, nos
velhos tempos, para libertar escravos. 4) O JEJUM DO RAMADÃ (SAWM). O Ramadã é o nono mês do calendário lunar islâmico, que é passado em
jejum. Os muçulmanos saudáveis, se abstém de comida, bebida e atividade
sexual da alvorada ao pôr-do-sol. O jejum desenvolve a espiritualidade, dependência
em Deus, e provoca a identificação com os menos afortunados. Uma oração
especial da noite também é mantida nas mesquitas nas quais são ouvidas
recitações do Alcorão. As famílias se levantam antes do nascer do sol e
fazem sua primeira refeição do dia para sustentá-los até o pôr-do-sol. O
mês de Ramadã termina com uma das maiores celebrações islâmicas, a Festa da
Quebra do Jejum, chamada Eid al-Fitr, que é marcada por alegria, visitas
familiares, e troca de presentes. 5) O
QUINTO PILAR É A PEREGRINAÇÃO, ou HAJI, à Meca na Arábia Saudita. Pelo menos uma
vez na vida, todo muçulmano adulto que é física e financeiramente capaz deve
sacrificar tempo, fortuna, status, e confortos habituais da vida para fazer a
peregrinação, se colocando totalmente a serviço de Deus. Todo ano mais de
dois milhões de crentes de uma diversidade de culturas e línguas viajam de todo
o mundo para a cidade sagrada de Meca, para responder ao chamado de Deus. QUEM SÃO OS MUÇULMANOS? A palavra árabe “muçulmano” significa literalmente
“alguém que está em estado de Islã (submissão à vontade e lei de Deus)”.
A mensagem do Islã é para o mundo inteiro, e qualquer um que aceite essa
mensagem se torna um muçulmano. Existem mais de um bilhão de muçulmanos
no mundo todo. Os muçulmanos representam a maioria da população em
cinqüenta e seis países. Muitas pessoas ficam surpresas em saber que a
maioria dos muçulmanos não é árabe. Embora a maioria dos árabes seja
muçulmana, existem árabes que são cristãos, judeus e ateus. Apenas 20%
dos 1,2 bilhões de muçulmanos do mundo vêm de países árabes. Existem
populações muçulmanas significativas na Índia, China, Repúblicas da Ásia
Central, Rússia, Europa e América. Se alguém der uma olhada nos vários povos
que vivem no Mundo Muçulmano - da Nigéria a Bósnia e do Marrocos a Indonésia -
é fácil ver que os muçulmanos vêm de raças, grupos étnicos, culturas e
nacionalidades diferentes. O Islã sempre foi uma mensagem universal para
todos os povos. O Islã é a segunda maior religião no mundo e em breve
será a segunda maior religião na América. Ainda assim, poucas pessoas
sabem o que é o Islã.
Sobre o autor: Laurence B. Brown, MD, é o autor de dois livros
publicados. Seu primeiro livro, The First and Final Commandment (O
Primeiro e o Último Mandamento), é uma análise da alegação de continuidade
de revelação do Judaísmo ao Cristianismo e ao Islã. Seu segundo livro, Bearing
True Witness (Testemunho Verdadeiro), é uma breve cartilha islâmica. Os
próximos livros são um thriller histórico, The Eighth Scroll (O Oitavo
Manuscrito), e uma segunda edição de The First and Final Commandment (O
Primeiro e o Último Mandamento), reescrita e dividida em dois livros, MisGod’ed e
sua continuação, God’ed. www.islamreligion.com.br. Abraço. Davi