Texto de Greg Martin (1984- ).
Muitas vezes eu me encontro conversando com pessoas lutando com profundos
problemas existenciais. Qual é minha missão? E por que me aborrecer a respeito
de ter ou não uma missão ou um propósito na vida? Por que não simplesmente
aproveitar a vida? Será que isto não é um propósito mais que suficiente? A gente acaba
descobrindo que não é. Nossa felicidade depende das respostas à importantes
questões a respeito do propósito de nossas vidas. Às vezes parece que
outros são fortes e que nós somos fracos. No entanto todos nós temos ambas,
força e fraqueza dentro de nós, por causa da posse mútua dos dez mundos. No
entanto a questão não é quem é mais forte ou mais fraco. Em vez disto o que
realmente importa é QUANDO alguém é forte e QUANDO alguém é fraco. Uma coisa
ficou clara para mim: Nós somos fortes quando temos algo importante para fazer.
E somos fracos quando nada mais nos importa. Muitas vezes eu ouço que as
pessoas têm dificuldade em levantar para ir ao trabalho ou à escola em tempo,
mas não têm as mesmas dificuldades em pular da cama para algo de que eles
gostam como esquiar, surfar, lazer ou algo assim (...). Quando eu era criança,
diariamente era uma batalha para arrastar-me para fora da cama e ficar
pronto para chegar na escola a tempo, mas para ir pescar com o meu pai, Oba! Eu
ia da cama para o barco em milésimos de segundo. Se algo importa a você, este
algo movê-lo-á. Sem o senso de propósito nós seremos regidos pelas
nossas fraquezas, nossas obsessões, nossos vícios, nossas emoções, e a
violência estará no controle. A pessoa com coisas importantes
para fazer, encontrará força de vontade e vigor surgidos do fundo do ser e não
encontrará problemas em resistir onde outros fracassam e sucumbem. Propósito,
determinação, é uma força irresistível. Quando eu vejo as doenças sociais da
adição, raiva e violência, me parece claro que estamos enfrentando uma praga
epidêmica de falta de propósitos. É por isso que um dos grandes
benefícios da nossa prática budista, benefício a respeito do qual nós não
falamos o suficiente, é acordar para o senso do significado e do propósito em
nossas vidas. Uma vez que nos sentimos insignificantes e sem forças, comecemos
a sentir que somos importantes e que fazemos a diferença nas vidas de outras
pessoas, na verdade do mundo, nós vivemos com maior vigor e alegria.
Entrelaçados com a questão da nossa missão, vemos que ela é inseparável
da nossa luta pela felicidade. Mas então, o que é a missão de cada um?
Esta preocupação comum está no alto da lista das grandes questões da
vida. Quando indagado a respeito disto com uma pessoa jovem, o senhor Ikeda, da
SGI, respondeu em “O Rumo da Juventude”, que não precisa ser algo glamoroso ou
extraordinário. Pessoas regulares, vivendo vidas regulares, também são
importantes. Ele simplesmente disse, sua missão é escalar a montanha que está a
sua frente. Qualquer que seja a montanha, isto é, problema ou
dificuldade, que estivermos enfrentando, vamos sobrepujá-lo, vamos resolvê-lo,
escalemos a montanha. E então, quando chegarmos ao topo, olharemos ao redor e
descobriremos novos picos, novas montanhas para escalar. E outras novas, após
outra (...). Nós nunca alcançaremos um platô (planalto) livre de
problemas, mas continuemos a escalar, do começo ao fim de nossas vidas. Também
não devemos nos angustiar em escolher a montanha certa para escalar, como se
nossa missão fosse pré destinada ou pré ordenada. Pegue a melhor que puder e
escale-a. Na análise final, o ponto mais importante não é tanto o tamanho ou
quão comovente é o resumo das montanhas importantes que alguém tenha escalado.
Mais importante, é que neste processo de sobrepujar um problema após outro,
escalando uma montanha após outra, nós nos tornamos exímios alpinistas. O
objetivo da prática budista é o caminho para a felicidade absoluta e duradoura.
Tem muito mais a ver com tornar-se uma pessoa melhor, do que escalar uma
montanha importante. Nosso propósito, portanto, é revelar o maravilhoso
e verdadeiro ser humano, de caráter lentamente desenvolvido. Este
potencial, somente poderá ser revelado lentamente, triunfando sobre uma
infindável ordem de verdadeiros e excelentes obstáculos. Escalando
montanhas, produz-se excelentes alpinistas. Vencendo obstáculos, modela-se
excelentes pessoas. Missão, portanto, é transformar os obstáculos, associados
com o nosso carma em matéria prima, com a qual desenvolvemos e
manifestamos nossa excelência, como seres humanos, nossa felicidade
duradoura. Nosso carma torna-se nossa missão. http://maisbelashistoriasbudistas.com.br.
Abraço. Davi.
segunda-feira, 29 de junho de 2015
sábado, 27 de junho de 2015
Do Livro Peça e Será Atendido.
VI.
Parte II. A lei da atração é a mais poderosa do Universo. Qual é o tamanho de
suas diferenças vibráteis? Veja dois exemplos. Existe uma enorme diferença
vibrátil entre os pensamentos de amor por seu parceiro ou parceira e os
pensamentos do que você rejeita e gostaria que fosse diferente nele ou nela. O
relacionamento entre vocês dois reflete sempre seus pensamentos predominantes,
pois mesmo que não tenha consciência deles, são os que criam a relação. O
desejo de melhorar sua situação financeira não poderá se realizar enquanto você
sentir inveja da sorte do seu vizinho, pois a vibração do seu desejo e a
vibração dos seus sentimentos de inveja são diferentes. Compreender o poder de
suas vibrações ajuda você a criar deliberadamente sua própria realidade. Com o
tempo e a prática, descobrirá que todos os seus desejos podem ser realizados,
pois como já dissemos: não há nada que você não possa ser, fazer ou ter. É você
quem convoca sua energia vibrátil. Você é Consciência. Você é Energia. Você é
Vibração. Você é Eletricidade. Você é a Fonte de Energia. Você é criador. Você
é Líder dos seus pensamentos. Embora possa lhe parecer estranho, é importante
começar a aceitar a ideia de que você é um Ser Vibrátil, porque vive em um
Universo Vibrátil em que as leis que o governam são vibráteis. Depois que você
se harmonizar conscientemente com as Leis do Universo e entender por que as
coisas respondem de uma determinada forma, dúvidas e medos darão lugar a
conhecimento e confiança, inseguranças serão substituídas por certezas, e a
alegria voltará como premissa básica da sua experiência. Quando seus desejos e
crenças são vibrações correspondentes. Vamos repetir pra que você absorva: Os
semelhantes se atraem, por isso a vibração do seu Ser deve corresponder à
vibração do seu desejo, para que a manifestação concreta dele seja totalmente
recebida por você. Você não pode se concentrar na ausência daquilo que deseja e
achar que vai recebe-lo, pois a frequência vibrátil da ausência é diferente da
frequência vibrátil da presença. Isto é as vibrações de seus desejos e de suas
crenças devem estar sintonizadas para que você receba o que deseja. Quando você
identifica, consciente ou inconscientemente, suas preferências pessoais, a
Fonte que adora você e o escuta responde imediatamente à vibração de seu
pedido, seja ou não colocado em palavras. Por isso, não importa o que você
peça, seja de que forma for, seu pedido é ouvido e respondido todas as vezes,
sem exceções. Quando pede, você é sempre atendido. Redescoberta da arte de
permitir seu Bem Estar natural. Vamos entrar agora numa questão da maior
importância; a Arte da Permissão. Ela
consiste em permitir que o Bem Estar do Universo flua de forma constante e
irrestrita para a sua experiência. É a arte de permitir que o Bem Estar, que
constitui cada partícula do que você é. Continue a fluir pelo seu Ser enquanto
você viver. A Arte da Permissão é a arte de não resistir ao Bem Estar que você
merece; o Bem Estar que é natural; o Bem Estar que é o seu legado, a sua Fonte e o seu Ser verdadeiro. Abra as comportas e
deixe o Bem Estar fluir para dentro de você. No lugar onde você se encontra
neste exato momento, veja-se como o beneficiário do poderoso Fluxo do Bem
Estar. Tente imaginar que está se se deixando levar pela corrente desse fluxo
formidável. Sorria e procure aceitar que você o merece. É claro que essa
capacidade de sentir que merece o poderoso Fluxo do Bem Estar depende do que
esteja acontecendo na sua vida. Em algumas circunstância, você se sente uma
pessoa de muita sorte: em outras, nem tanto. Preste atenção! Quando você se
sente uma pessoa de sorte e espera que boas coisas fluam para você, isso indica
que se encontra num estado de permissão. Mas quando se sente perseguido, e não
espera receber boas coisas, está num nível de resistência. Desejamos que ao
continuar a ler e reler nossa mensagem você consiga ir se libertando de
qualquer hábito de pensamento que o leve a rejeitar o Fluxo do Bem Estar.
Queremos que entenda, que se não fossem os pensamentos resistentes, aqueles
adquiridos durante o trajeto físico e que não estão em alinhamento vibrátil com
o fluxo do Bem Estar, você seria um receptor total desse fluxo, pois você é uma
extensão literal dele. Portanto, você é totalmente responsável por permitir, ou
não, a entrada do Bem Estar. Não estamos dizendo que seja fácil, pois os acontecimentos e as pessoas que o cercam
podem influenciá-lo para permitir ou rejeitar esse fluxo. Mas de fato, só
depende mesmo de você. Você pode abrir as comportas e deixar o Bem Estar
entrar, ou pode escolher pensamentos que o mantenham afastado daquilo que é
seu. Mas mesmo que você decida resistir a ela, o fluxo está correndo
constantemente para você. Ele nunca acaba, nunca se cansa, está sempre à sua
espera. Você está na posição perfeita para começar. Nada precisa mudar nas
circunstâncias que o cercam para você começar a permitir deliberadamente sua
conexão com o Fluxo do Bem Estar. Você pode estar na cadeia, com uma doença
terminal, falido, ou em meio a um divórcio. Ainda assim, está no lugar perfeito
para começar. Também queremos que entenda que isso não requer muito tempo.
Requer apenas uma compreensão simples das Leis do Universo e uma determinação
para avançar rumo ao estado de permitir a conexão. Quando você dirige seu carro
de um lugar para outro, tem consciência de quais são o ponto de partida e o de
chegada. Você sabe e aceita que não pode chegar ao seu destino
instantaneamente, que será necessário percorrer uma determinada distância, num
certo tempo. Embora possa ficar ansioso para chegar logo, e talvez até se canse
com a viagem, você enfrenta o percurso sem pensar em dar meio volta e retornar
ao ponto de partida. Você não anuncia aos quatro ventos sua incapacidade de
realizar a jornada. Você aceita a distância entre o ponto de partida e o lugar
para onde deseja ir e continua seguindo na direção dele. Você sabe o que deve
fazer e faz o que é necessário. O mesmo acontece com o trajeto entre o lugar
onde você está agora e aquele aonde deseja chegar. Abraço. Davi.
sexta-feira, 26 de junho de 2015
Do Livro Peça e Será Atendido.
V.
Entender a Base do Universo faz com que tudo se encaixe. Existe uma corrente
que passa através de tudo. Ela é a base do Universo, existe em todo o seu mundo
físico. Alguns têm conhecimento dessa Energia, mas a maioria dos seres humanos
a desconhece. No entanto, todos são afetados por ela. Quando você começar a
tomar consciência dessa Energia Essencial que é a base de todas as coisas,
passará a entender tudo sobre sua
própria experiência. Compreenderá também mais claramente as experiências
das pessoas ao seu redor. Uma fórmula consistente traz resultados consistentes.
Tomar consciência dessa Energia e entende-la lhe dará uma fórmula para
compreender seu mundo e obter resultados consistentes. Eles serão de tal forma
concretos que você será muito mais capaz de prever suas experiências futuras e
de compreender suas experiências passadas de outra maneira. Você nunca mais se
sentirá como vítima, no passado ou no futuro, nunca mais terá medo de que
coisas indesejadas apareçam repentinamente em sua vida. Finalmente, entenderá
que é capaz de controlar sua própria experiência. E se dará conta do seu poder
criador ao perceber que tudo converge para ajuda-lo a realizar seus próprios
desejos. Todos têm esse potencial, alguns o estão realizando, e você vai
aprender como fazê-lo. Será extremamente gratificante saber que cada um dos
seus desejos pode ser totalmente realizado! Você é um Ser vibrátil em um
ambiente vibrátil. Você pode sentir se está permitindo ou impedindo sua conexão
completa com a Energia Essencial. Sabe como? Já falamos disso: quanto melhor
você se sente, mais está permitindo a conexão; quanto pior você se sente, menos
está permitindo a conexão; sentir-se mal é sinal de que você está resistindo à
conexão com a sua Fonte. Você é um Ser Vibrátil, e tudo que experimenta em seu
ambiente físico é vibrátil. Com os olhos, por exemplo, você converte a vibração
em algo que vê. Com os ouvidos, converte a vibração nos sons que ouve. O nariz,
a língua e as pontas dos dedos estão convertendo as vibrações nos cheiros, gostos
e toques que o ajudam a entender o seu mundo. As emoções são os mais
sofisticados intérpretes das vibrações. VI. Parte I. A lei da atração é a mais poderosa do
Universo. Todo pensamento vibra, todo pensamento emite um sinal e todo
pensamento atrai de volta um sinal correspondente. Chamamos esse processo de
Lei da Atração. Em que consiste? Leia com bastante atenção, pois este é um
ponto importante e, no entanto, simples: coisas com vibrações semelhantes se
atraem. Um exemplo para você entender melhor. É o mesmo princípio que atua
quando você liga o rádio e o ajusta para receber o sinal de uma torre de
transmissão. Você não espera que uma música transmitida na frequência 101 FM
seja recebida quando o rádio estiver sintonizado em 98,6 FM. Você sabe que as
frequências do rádio devem coincidir. O mesmo acontece com a Lei da Atração.
Como suas experiências fazem com que você emita seus desejos em forma de
vibração, você deve encontrar maneiras de manter-se em harmonia vibrátil com
esses desejos para que eles se realizem. De que forma? A que você está dando
atenção? Aquilo a que você está dando atenção fará com que você emita uma
vibração. Essas vibrações correspondem ao seu pedido. Aqui se encontra seu
ponto de atração. Se você deseja algo que no momento não tem, basta concentrar
sua atenção nessa coisa. Segundo a Lei da Atração, ela virá até você, pois, ao
pensar positivamente na coisa ou na experiência que deseja ter, você emite uma
vibração que faz com que essa coisa ou experiência venha até você. Mas o contrário
pode acontecer quando, ao desejar algo, você concentra sua atenção no fato de
não tê-lo. Nesse caso, a Lei da Atração continuará a corresponder à vibração de
não ter o que deseja, e ele não virá. É assim que a Lei funciona. Como posso
saber o que estou atraindo? Então, o segredo para atrair algo que você deseja é
entrar em harmonia vibrátil com esse desejo. Sabe qual é a forma mais fácil de
fazer isso? É imaginar-se tendo essa determinada coisa. Faça de conta que ela
já faz parte da sua experiência e deixe seus pensamentos fluírem rum ao prazer
de experimentá-la. A medida que você praticar esses pensamentos e começar a
oferecer essa vibração regularmente, estará permitindo que o objeto do desejo
venha para você. Preste atenção para ver se está concentrando sua atenção na
posse do objeto do seu desejo ou na ausência dele. Quando a vibração dos seus
pensamentos corresponde ao seu desejo, você se sente bem, suas emoções são de
contentamento, expectativa otimista e alegria. Mas se você se concentrar na falta
daquilo que deseja, sentirá pessimismo, preocupação, desânimo, raiva,
insegurança e depressão. Vamos repetir isso até você ficar bem consciente. A
medida que tomar consciência de suas emoções, saberá como está lidando com seu
Processo Criador e passará a entender por que as coisas acontecem dessa ou
daquela maneira. Suas emoções lhe oferecem um sistema de orientação
maravilhoso. Se prestar atenção nelas, será capaz de direcionar-se para tudo o
que desejar. Você consegue aquilo em que pensa, querendo ou não. Segundo a
poderosa Lei Universal da Atração, você atrai para si a essência daquilo que
ocupa predominantemente seus pensamentos. Por isso, se pensar intensamente nas
coisas que deseja, sua experiência de vida refletirá essas coisas. Mas se
estiver pensando constantemente nas coisas que não deseja, sua experiência de
vida também refletirá essas coisas. Pensar em qualquer coisa é como planejar um
evento futuro. Quando você pensa com gosto, está planejando. Quando pensa com
preocupação, também está planejando. Mas preocupar-se significa usar a
imaginação para criar algo que você não deseja. Não se esqueça: todo
pensamento, toda ideia, todo Ser, tudo é vibrátil. Por isso, quando você
concentra sua atenção em algo, mesmo que por um breve período, a vibração do
seu Ser começa a refletir a vibração
daquilo a que você está dando atenção. Quanto mais você pensa em uma coisa,
mais vibra como ela; e quanto mais você vibra como ela, mais a atrai. Enquanto
sua vibração não for diferente, essa tendência continuará a aumentar. Quando
sua vibração mudar, as coisas que correspondem a essa nova vibração serão
atraídas para você por você. Quando você entende a Lei da Atração, nunca é
surpreendido pelo que ocorre em sua vida, pois compreende que, através do seu
próprio processo de pensamento, convidou cada pedacinho daquela experiência para entrar. Nada pode
acontecer em sua experiência de vida sem o convite que parte do seu pensamento.
Como não há exceções à poderosa Lei da Atração, é fácil entende-la. Quando você
compreender que obtêm o que pensa, e quando se der conta do que está pensando,
você se tornará capaz de controlar totalmente sua própria experiência. Abraço.
Davi.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
Budismo e a Doutrina Cristã da Criação.
Texto de Greg Martin (1984- ).
Como foi criado o mundo, em outras palavras, o universo? Esta interrogação tem
mantido perplexos aos seres humanos através de todos os tempos. A mitologia, a
ciência e a religião nasceram dessa permanente busca. Os dez primeiros
capítulos da Bíblia, Gênesis 1-10 formam a pedra angular das três principais
tradições religiosas do ocidente, judaísmo, cristianismo e islamismo. Eles nos
relatam a história da Criação. Deus criou o universo e tudo o que nele existe,
incluindo a terra, o céu, a luz, as plantas e os animais, em seis dias,
descansando no sétimo dia. Ele criou o primeiro homem, Adão, soprando a alma ao
pó para depois dar-lhe como morada o Jardim do Éden. Deus criou a primeira
mulher, Eva, da costela de Adão, para proporcionar-lhe uma companheira. Enganada por uma
serpente, Eva desobedeceu as ordens dadas por Deus ao comer a maçã da árvore do
conhecimento do bem e do mal. Ao mesmo tempo, ela convence Adão para que faça o
mesmo. O castigo infringido por Deus a condena ao alumbramento com dor e à
servidão ao marido. Deus expulsa ambos do Jardim. Transcorreram várias
gerações e Deus não estava feliz com os resultados de sua criação,
particularmente porque a maldade imperava no mundo. Disse-lhe a Noé que
construísse uma grande embarcação, e colocasse nela casais de todos os animais
que habitavam a terra e a sua família. Depois provocou uma grande inundação que
exterminou todos os seres vivos da face da terra. Após 150 dias as águas se
retiraram e a embarcação de Noé ficou depositada no topo do Monte Ararat. Um
novo começo se inicia para a humanidade a partir dos descendentes de Noé. Estes
são os pontos básicos da historia da criação, tal como a relata o livro do
Gênesis. Deus é o criador original de tudo o que existe ex nihilo (criado
do nada). Em épocas anteriores esta história era aceita como um fato
inquestionável e como a palavra divina e irrefutável de Deus. Hoje em dia há os
que ainda professam esta crença. A captura e deportação do povo judeu à
Babilônia por parte de Nabucodonosor no ano 587 AC, onde permaneceram por
cinquenta anos (duas gerações), colocou o povo judeu em contato direto e de
maneira frequente com as influências do oriente revelada nos hindus, persas e babilônicos.
Durante este período, no seu exílio o povo judeu entrou em contato com mitos e
lendas do oriente, particularmente da Índia e do Irã, convertendo-se os mesmos
em parte da tradição judaica. Dentro destes encontram-se os mitos da criação e
a ideia tomada dos ensinamentos do zoroastrismo, particularmente a
profecia de um redentor ou salvador. A história da criação não é original
dos cristãos, ou dos judeus. Os elementos chaves datam de fontes anteriores ao
Antigo Testamento e provêm de áreas geográficas, tais como a Índia, o Oriente
Médio, e Grécia. A criação do universo, o mundo e os primeiros seres humanos,
partindo do conceito de uno que depois se converte em dois,
são temas comuns em algumas das tradições mais antigas. As origens do mito
do dilúvio são, também mais antigas. Referências aos mesmos se encontram nos
textos da escritura cuneiforme dos sumérios ao redor dos anos 2000 – 1750 AC.
Todos os elementos essenciais a respeito da história sobre a criação do mundo
encontram-se em fontes pagãs de maior antiguidade. A ideia da
criação ex nihilo nem sempre foi parte da doutrina cristã. A
comunidade dos primeiros cristãos não tinha uma posição monolítica a esse
respeito. Não foi senão até o dia 20 de maio do ano 325 no Conselho de Niceia
que esta doutrina tornou-se oficial sob a supervisão do imperador romano
Constantino. É interessante notar que as famosas palavras de abertura do Evangelho de
João nos dão um ponto de partida ligeiramente diferente a respeito da criação:
“No início existia o Verbo, o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.
“Verbo” é uma tradução do grego logos, e refere-se a um princípio
integrador (lei) que cria a ordem no cosmos. A semelhança com o conceito
budista do Dharma, o que nós denominamos Lei Mística, é surpreendente. Tanto o oriente como
o ocidente, compartilham histórias mitológicas sobre a criação. Porém, por
volta de 1500, quando os pensadores da Reforma questionavam a veracidade destas
histórias, os muçulmanos estudavam que o paraíso e o inferno eram assuntos
internos a cada indivíduo, os cabalistas advertiam aos seus discípulos a não
tomar a mitologia de maneira literal; porém, a maioria dos cristãos ainda
insistiam que o narrado nestas histórias ajustava-se aos fatos reais, ou seja,
eram certos e verdadeiros em todos seus detalhes e aspectos. Desta forma,
inicia-se o longo conflito entre o cristianismo e a ciência, ou com maior
precisão, o conflito entre dois pontos de vista científicos, separados por 6000
anos, um data de 4000 AC e o outro de 2000 DC. A interpretação
literal do mito da criação em qualquer religião ou cultura tem a desafortunada
consequência de obrigar às pessoas a escolher entre o coração que anseia
acreditar, e o cérebro, que vê que o argumento não é consistente com a
observação objetiva dos fenômenos. Os mitos sobre a criação no oriente,
ainda quanto um tanto similares na superfície (a final de contas, são a fonte
de onde emanam os mitos do ocidente), porém, são essencial e fundamentalmente
diferentes dos do ocidente, num aspecto importante. Os primeiros, geralmente
não apresentam distinção entre Deus e o ser humano. O divino encontra “aqui
dentro”. No ocidente, porém, de acordo com a Bíblia, o Criador é diferente,
separado e “lá fora”, dando-se, assim, o caso de que existe uma brecha
intransponível entre ambos. O Budismo, porém, tem como intenção ajudar aos
fiéis a realizar a vivência de sua identidade original na própria
vida, aquela identidade que é una com a força criativa, ou Lei Mística. Dentro
do cristianismo, a igualdade com o Criador não é possível. O cristianismo tem
como propósito restaurar a relação com este “outro” ser
absoluto. Qual é o ponto de vista budista a respeito de nossas origens? As antigas
tradições da Índia indicam que os budistas entendiam que o universo era
ordenado por ciclos recorrentes de mundos que se manifestavam e desapareciam.
Cada ciclo tinha seu término em dilúvio ou fogo. Estes ciclos de formações e
destruições de mundos duravam bilhões de anos e ocorriam em todo o universo.
Das cinzas ou lodo que resultavam da destruição, um novo ciclo nascia. Este
ciclo não tem início nem fim. Mundos e universos eram criados e destruídos como
parte de um ciclo interminável de nascimento e morte que operava em escala
cósmica. Para os budistas, então, não existe uma criação no sentido da história
bíblica. O universo se formou quando as condições necessárias se deram,
baseadas na lei de causa e efeito inerente na própria natureza do universo. Da
mesma forma como surge, desaparece. Mas não há uma causa original, como não há
um final. O universo é infinito, sem limites de tempo e espaço. “O universo em
si mesmo é um ser vital que contém o potencial da vida que desenvolve-se de
diferentes formas; é, portanto, definido como a entidade de vida mais
grandiosa”. Os cosmólogos, hoje em dia, postulam a teoria de um universo dinâmico,
em fluxo constante. Onde, num ponto, o universo parece ter nascido da causa do
“big bang” original e encontra-se em constante expansão, em tanto que, em outro
ponto parece encontrar-se num processo de contração e extinção. Mas o universo
em si não tem começo ou fim. Este ponto está de acordo com a perspectiva
budista. A Lei Mística é o nome que damos a esta lei de causalidade
subjacente que opera eternamente através do universo inteiro. Quando as
condições são propícias, surgem planetas. Quando as condições são adequadas, a
vida evolui. O oceano gera ondas. O universo gera vida. A vida evolui para o
despertar e a iluminação. O potencial para a vida, para a vida
iluminada, existe na própria essência do universo, é uma lei mística natural.
Dado que o ritmo universal apoia a vida, podemos descrever a natureza do
universo como benevolente. Há os que dão, a esta capacidade inerente criadora
para construir o mundo, ao potencial de gerar o universo, o nome de Deus; nós o
chamamos Lei Mística de Nam myoho rengue kyo. http://www.maisbelashistoriasbudistas.com.br.
Abraço. Davi.
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