segunda-feira, 29 de junho de 2015

É Como Escalar uma Montanha.



Texto de Greg Martin (1984-  ). Muitas vezes eu me encontro conversando com pessoas lutando com profundos problemas existenciais. Qual é minha missão? E por que me aborrecer a respeito de ter ou não uma missão ou um propósito na vida? Por que não simplesmente aproveitar a vida? Será que isto não é um propósito mais que suficiente? A gente acaba descobrindo que não é. Nossa felicidade depende das respostas à importantes questões a respeito do propósito de nossas vidas. Às vezes parece que outros são fortes e que nós somos fracos. No entanto todos nós temos ambas, força e fraqueza dentro de nós, por causa da posse mútua dos dez mundos. No entanto a questão não é quem é mais forte ou mais fraco. Em vez disto o que realmente importa é QUANDO alguém é forte e QUANDO alguém é fraco. Uma coisa ficou clara para mim: Nós somos fortes quando temos algo importante para fazer. E somos fracos quando nada mais nos importa. Muitas vezes eu ouço que as pessoas têm dificuldade em levantar para ir ao trabalho ou à escola em tempo, mas não têm as mesmas dificuldades em pular da cama para algo de que eles gostam como esquiar, surfar, lazer ou algo assim (...). Quando eu era criança, diariamente era uma batalha para arrastar-me para fora  da cama e ficar pronto para chegar na escola a tempo, mas para ir pescar com o meu pai, Oba! Eu ia da cama para o barco em milésimos de segundo. Se algo importa a você, este algo movê-lo-á. Sem o senso de propósito nós seremos regidos pelas nossas fraquezas, nossas obsessões, nossos vícios, nossas emoções, e a violência estará no controle.    A pessoa com coisas importantes para fazer, encontrará força de vontade e vigor surgidos do fundo do ser e não encontrará problemas em resistir onde outros fracassam e sucumbem. Propósito, determinação, é uma força irresistível. Quando eu vejo as doenças sociais da adição, raiva e violência, me parece claro que estamos enfrentando uma praga epidêmica de falta de propósitos. É por isso que um dos grandes benefícios da nossa prática budista, benefício a respeito do qual nós não falamos o suficiente, é acordar para o senso do significado e do propósito em nossas vidas. Uma vez que nos sentimos insignificantes e sem forças, comecemos a sentir que somos importantes e que fazemos a diferença nas vidas de outras pessoas, na verdade do mundo, nós vivemos com maior vigor e alegria. Entrelaçados com a questão da nossa missão,  vemos que ela é inseparável da nossa luta pela felicidade. Mas então, o que é a missão de cada um? Esta  preocupação comum está no alto da lista das grandes questões da vida. Quando indagado a respeito disto com uma pessoa jovem, o senhor Ikeda, da SGI, respondeu em “O Rumo da Juventude”, que não precisa ser algo glamoroso ou extraordinário. Pessoas regulares, vivendo vidas regulares, também são importantes. Ele simplesmente disse, sua missão é escalar a montanha que está a sua frente. Qualquer que seja a montanha, isto é, problema ou dificuldade, que estivermos enfrentando, vamos sobrepujá-lo, vamos resolvê-lo, escalemos a montanha. E então, quando chegarmos ao topo, olharemos ao redor e descobriremos novos picos, novas montanhas para escalar. E outras novas, após outra (...).  Nós nunca alcançaremos um platô (planalto) livre de problemas, mas continuemos a escalar, do começo ao fim de nossas vidas. Também não devemos nos angustiar em escolher a montanha certa para escalar, como se nossa missão fosse pré destinada ou pré ordenada. Pegue a melhor que puder e escale-a. Na análise final, o ponto mais importante não é tanto o tamanho ou quão comovente é o resumo das montanhas importantes que alguém tenha escalado. Mais importante, é que neste processo de sobrepujar um problema após outro, escalando uma montanha após outra, nós nos tornamos exímios alpinistas. O objetivo da prática budista é o caminho para a felicidade absoluta e duradoura. Tem muito mais a ver com tornar-se uma pessoa melhor, do que escalar uma montanha importante. Nosso propósito, portanto, é revelar o maravilhoso e verdadeiro ser humano, de caráter lentamente desenvolvido. Este potencial,  somente poderá ser revelado lentamente, triunfando sobre uma infindável ordem de verdadeiros e excelentes obstáculos. Escalando montanhas, produz-se excelentes alpinistas. Vencendo obstáculos, modela-se excelentes pessoas. Missão, portanto, é transformar os obstáculos, associados com o nosso carma em matéria prima, com a qual desenvolvemos e manifestamos  nossa excelência, como seres humanos, nossa felicidade duradoura. Nosso carma torna-se nossa missão. http://maisbelashistoriasbudistas.com.br. Abraço. Davi.

sábado, 27 de junho de 2015

Do Livro Peça e Será Atendido.



VI. Parte II. A lei da atração é a mais poderosa do Universo. Qual é o tamanho de suas diferenças vibráteis? Veja dois exemplos. Existe uma enorme diferença vibrátil entre os pensamentos de amor por seu parceiro ou parceira e os pensamentos do que você rejeita e gostaria que fosse diferente nele ou nela. O relacionamento entre vocês dois reflete sempre seus pensamentos predominantes, pois mesmo que não tenha consciência deles, são os que criam a relação. O desejo de melhorar sua situação financeira não poderá se realizar enquanto você sentir inveja da sorte do seu vizinho, pois a vibração do seu desejo e a vibração dos seus sentimentos de inveja são diferentes. Compreender o poder de suas vibrações ajuda você a criar deliberadamente sua própria realidade. Com o tempo e a prática, descobrirá que todos os seus desejos podem ser realizados, pois como já dissemos: não há nada que você não possa ser, fazer ou ter. É você quem convoca sua energia vibrátil. Você é Consciência. Você é Energia. Você é Vibração. Você é Eletricidade. Você é a Fonte de Energia. Você é criador. Você é Líder dos seus pensamentos. Embora possa lhe parecer estranho, é importante começar a aceitar a ideia de que você é um Ser Vibrátil, porque vive em um Universo Vibrátil em que as leis que o governam são vibráteis. Depois que você se harmonizar conscientemente com as Leis do Universo e entender por que as coisas respondem de uma determinada forma, dúvidas e medos darão lugar a conhecimento e confiança, inseguranças serão substituídas por certezas, e a alegria voltará como premissa básica da sua experiência. Quando seus desejos e crenças são vibrações correspondentes. Vamos repetir pra que você absorva: Os semelhantes se atraem, por isso a vibração do seu Ser deve corresponder à vibração do seu desejo, para que a manifestação concreta dele seja totalmente recebida por você. Você não pode se concentrar na ausência daquilo que deseja e achar que vai recebe-lo, pois a frequência vibrátil da ausência é diferente da frequência vibrátil da presença. Isto é as vibrações de seus desejos e de suas crenças devem estar sintonizadas para que você receba o que deseja. Quando você identifica, consciente ou inconscientemente, suas preferências pessoais, a Fonte que adora você e o escuta responde imediatamente à vibração de seu pedido, seja ou não colocado em palavras. Por isso, não importa o que você peça, seja de que forma for, seu pedido é ouvido e respondido todas as vezes, sem exceções. Quando pede, você é sempre atendido. Redescoberta da arte de permitir seu Bem Estar natural. Vamos entrar agora numa questão da maior importância; a  Arte da Permissão. Ela consiste em permitir que o Bem Estar do Universo flua de forma constante e irrestrita para a sua experiência. É a arte de permitir que o Bem Estar, que constitui cada partícula do que você é. Continue a fluir pelo seu Ser enquanto você viver. A Arte da Permissão é a arte de não resistir ao Bem Estar que você merece; o Bem Estar que é natural; o Bem Estar que é o seu legado, a sua Fonte  e o seu Ser verdadeiro. Abra as comportas e deixe o Bem Estar fluir para dentro de você. No lugar onde você se encontra neste exato momento, veja-se como o beneficiário do poderoso Fluxo do Bem Estar. Tente imaginar que está se se deixando levar pela corrente desse fluxo formidável. Sorria e procure aceitar que você o merece. É claro que essa capacidade de sentir que merece o poderoso Fluxo do Bem Estar depende do que esteja acontecendo na sua vida. Em algumas circunstância, você se sente uma pessoa de muita sorte: em outras, nem tanto. Preste atenção! Quando você se sente uma pessoa de sorte e espera que boas coisas fluam para você, isso indica que se encontra num estado de permissão. Mas quando se sente perseguido, e não espera receber boas coisas, está num nível de resistência. Desejamos que ao continuar a ler e reler nossa mensagem você consiga ir se libertando de qualquer hábito de pensamento que o leve a rejeitar o Fluxo do Bem Estar. Queremos que entenda, que se não fossem os pensamentos resistentes, aqueles adquiridos durante o trajeto físico e que não estão em alinhamento vibrátil com o fluxo do Bem Estar, você seria um receptor total desse fluxo, pois você é uma extensão literal dele. Portanto, você é totalmente responsável por permitir, ou não, a entrada do Bem Estar. Não estamos dizendo que seja fácil, pois os  acontecimentos e as pessoas que o cercam podem influenciá-lo para permitir ou rejeitar esse fluxo. Mas de fato, só depende mesmo de você. Você pode abrir as comportas e deixar o Bem Estar entrar, ou pode escolher pensamentos que o mantenham afastado daquilo que é seu. Mas mesmo que você decida resistir a ela, o fluxo está correndo constantemente para você. Ele nunca acaba, nunca se cansa, está sempre à sua espera. Você está na posição perfeita para começar. Nada precisa mudar nas circunstâncias que o cercam para você começar a permitir deliberadamente sua conexão com o Fluxo do Bem Estar. Você pode estar na cadeia, com uma doença terminal, falido, ou em meio a um divórcio. Ainda assim, está no lugar perfeito para começar. Também queremos que entenda que isso não requer muito tempo. Requer apenas uma compreensão simples das Leis do Universo e uma determinação para avançar rumo ao estado de permitir a conexão. Quando você dirige seu carro de um lugar para outro, tem consciência de quais são o ponto de partida e o de chegada. Você sabe e aceita que não pode chegar ao seu destino instantaneamente, que será necessário percorrer uma determinada distância, num certo tempo. Embora possa ficar ansioso para chegar logo, e talvez até se canse com a viagem, você enfrenta o percurso sem pensar em dar meio volta e retornar ao ponto de partida. Você não anuncia aos quatro ventos sua incapacidade de realizar a jornada. Você aceita a distância entre o ponto de partida e o lugar para onde deseja ir e continua seguindo na direção dele. Você sabe o que deve fazer e faz o que é necessário. O mesmo acontece com o trajeto entre o lugar onde você está agora e aquele aonde deseja chegar. Abraço. Davi.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Do Livro Peça e Será Atendido.



V. Entender a Base do Universo faz com que tudo se encaixe. Existe uma corrente que passa através de tudo. Ela é a base do Universo, existe em todo o seu mundo físico. Alguns têm conhecimento dessa Energia, mas a maioria dos seres humanos a desconhece. No entanto, todos são afetados por ela. Quando você começar a tomar consciência dessa Energia Essencial que é a base de todas as coisas, passará a entender tudo sobre sua  própria experiência. Compreenderá também mais claramente as experiências das pessoas ao seu redor. Uma fórmula consistente traz resultados consistentes. Tomar consciência dessa Energia e entende-la lhe dará uma fórmula para compreender seu mundo e obter resultados consistentes. Eles serão de tal forma concretos que você será muito mais capaz de prever suas experiências futuras e de compreender suas experiências passadas de outra maneira. Você nunca mais se sentirá como vítima, no passado ou no futuro, nunca mais terá medo de que coisas indesejadas apareçam repentinamente em sua vida. Finalmente, entenderá que é capaz de controlar sua própria experiência. E se dará conta do seu poder criador ao perceber que tudo converge para ajuda-lo a realizar seus próprios desejos. Todos têm esse potencial, alguns o estão realizando, e você vai aprender como fazê-lo. Será extremamente gratificante saber que cada um dos seus desejos pode ser totalmente realizado! Você é um Ser vibrátil em um ambiente vibrátil. Você pode sentir se está permitindo ou impedindo sua conexão completa com a Energia Essencial. Sabe como? Já falamos disso: quanto melhor você se sente, mais está permitindo a conexão; quanto pior você se sente, menos está permitindo a conexão; sentir-se mal é sinal de que você está resistindo à conexão com a sua Fonte. Você é um Ser Vibrátil, e tudo que experimenta em seu ambiente físico é vibrátil. Com os olhos, por exemplo, você converte a vibração em algo que vê. Com os ouvidos, converte a vibração nos sons que ouve. O nariz, a língua e as pontas dos dedos estão convertendo as vibrações nos cheiros, gostos e toques que o ajudam a entender o seu mundo. As emoções são os mais sofisticados intérpretes das vibrações. VI. Parte I.  A lei da atração é a mais poderosa do Universo. Todo pensamento vibra, todo pensamento emite um sinal e todo pensamento atrai de volta um sinal correspondente. Chamamos esse processo de Lei da Atração. Em que consiste? Leia com bastante atenção, pois este é um ponto importante e, no entanto, simples: coisas com vibrações semelhantes se atraem. Um exemplo para você entender melhor. É o mesmo princípio que atua quando você liga o rádio e o ajusta para receber o sinal de uma torre de transmissão. Você não espera que uma música transmitida na frequência 101 FM seja recebida quando o rádio estiver sintonizado em 98,6 FM. Você sabe que as frequências do rádio devem coincidir. O mesmo acontece com a Lei da Atração. Como suas experiências fazem com que você emita seus desejos em forma de vibração, você deve encontrar maneiras de manter-se em harmonia vibrátil com esses desejos para que eles se realizem. De que forma? A que você está dando atenção? Aquilo a que você está dando atenção fará com que você emita uma vibração. Essas vibrações correspondem ao seu pedido. Aqui se encontra seu ponto de atração. Se você deseja algo que no momento não tem, basta concentrar sua atenção nessa coisa. Segundo a Lei da Atração, ela virá até você, pois, ao pensar positivamente na coisa ou na experiência que deseja ter, você emite uma vibração que faz com que essa coisa ou experiência venha até você. Mas o contrário pode acontecer quando, ao desejar algo, você concentra sua atenção no fato de não tê-lo. Nesse caso, a Lei da Atração continuará a corresponder à vibração de não ter o que deseja, e ele não virá. É assim que a Lei funciona. Como posso saber o que estou atraindo? Então, o segredo para atrair algo que você deseja é entrar em harmonia vibrátil com esse desejo. Sabe qual é a forma mais fácil de fazer isso? É imaginar-se tendo essa determinada coisa. Faça de conta que ela já faz parte da sua experiência e deixe seus pensamentos fluírem rum ao prazer de experimentá-la. A medida que você praticar esses pensamentos e começar a oferecer essa vibração regularmente, estará permitindo que o objeto do desejo venha para você. Preste atenção para ver se está concentrando sua atenção na posse do objeto do seu desejo ou na ausência dele. Quando a vibração dos seus pensamentos corresponde ao seu desejo, você se sente bem, suas emoções são de contentamento, expectativa otimista e alegria. Mas se você se concentrar na falta daquilo que deseja, sentirá pessimismo, preocupação, desânimo, raiva, insegurança e depressão. Vamos repetir isso até você ficar bem consciente. A medida que tomar consciência de suas emoções, saberá como está lidando com seu Processo Criador e passará a entender por que as coisas acontecem dessa ou daquela maneira. Suas emoções lhe oferecem um sistema de orientação maravilhoso. Se prestar atenção nelas, será capaz de direcionar-se para tudo o que desejar. Você consegue aquilo em que pensa, querendo ou não. Segundo a poderosa Lei Universal da Atração, você atrai para si a essência daquilo que ocupa predominantemente seus pensamentos. Por isso, se pensar intensamente nas coisas que deseja, sua experiência de vida refletirá essas coisas. Mas se estiver pensando constantemente nas coisas que não deseja, sua experiência de vida também refletirá essas coisas. Pensar em qualquer coisa é como planejar um evento futuro. Quando você pensa com gosto, está planejando. Quando pensa com preocupação, também está planejando. Mas preocupar-se significa usar a imaginação para criar algo que você não deseja. Não se esqueça: todo pensamento, toda ideia, todo Ser, tudo é vibrátil. Por isso, quando você concentra sua atenção em algo, mesmo que por um breve período, a vibração do seu Ser começa a refletir  a vibração daquilo a que você está dando atenção. Quanto mais você pensa em uma coisa, mais vibra como ela; e quanto mais você vibra como ela, mais a atrai. Enquanto sua vibração não for diferente, essa tendência continuará a aumentar. Quando sua vibração mudar, as coisas que correspondem a essa nova vibração serão atraídas para você por você. Quando você entende a Lei da Atração, nunca é surpreendido pelo que ocorre em sua vida, pois compreende que, através do seu próprio processo de pensamento, convidou cada pedacinho  daquela experiência para entrar. Nada pode acontecer em sua experiência de vida sem o convite que parte do seu pensamento. Como não há exceções à poderosa Lei da Atração, é fácil entende-la. Quando você compreender que obtêm o que pensa, e quando se der conta do que está pensando, você se tornará capaz de controlar totalmente sua própria experiência. Abraço. Davi.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Budismo e a Doutrina Cristã da Criação.



Texto de Greg Martin (1984-  ). Como foi criado o mundo, em outras palavras, o universo? Esta interrogação tem mantido perplexos aos seres humanos através de todos os tempos. A mitologia, a ciência e a religião nasceram dessa permanente busca. Os dez primeiros capítulos da Bíblia, Gênesis 1-10 formam a pedra angular das três principais tradições religiosas do ocidente, judaísmo, cristianismo e islamismo. Eles nos relatam a história da Criação. Deus criou o universo e tudo o que nele existe, incluindo a terra, o céu, a luz, as plantas e os animais, em seis dias, descansando no sétimo dia. Ele criou o primeiro homem, Adão, soprando a alma ao pó para depois dar-lhe como morada o Jardim do Éden. Deus criou a primeira mulher, Eva, da costela de Adão, para proporcionar-lhe uma companheira. Enganada por uma serpente, Eva desobedeceu as ordens dadas por Deus ao comer a maçã da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ao mesmo tempo, ela convence Adão para que faça o mesmo. O castigo infringido por Deus a condena ao alumbramento com dor e à servidão ao marido. Deus expulsa ambos do Jardim. Transcorreram várias gerações e Deus não estava feliz com os resultados de sua criação, particularmente porque a maldade imperava no mundo. Disse-lhe a Noé que construísse uma grande embarcação, e colocasse nela casais de todos os animais que habitavam a terra e a sua família. Depois provocou uma grande inundação que exterminou todos os seres vivos da face da terra. Após 150 dias as águas se retiraram e a embarcação de Noé ficou depositada no topo do Monte Ararat. Um novo começo se inicia para a humanidade a partir dos descendentes de Noé. Estes são os pontos básicos da historia da criação, tal como a relata o livro do Gênesis. Deus é o criador original de tudo o que existe ex nihilo (criado do nada). Em épocas anteriores esta história era aceita como um fato inquestionável e como a palavra divina e irrefutável de Deus. Hoje em dia há os que ainda professam esta crença. A captura e deportação do povo judeu à Babilônia por parte de Nabucodonosor no ano 587 AC, onde permaneceram por cinquenta anos (duas gerações), colocou o povo judeu em contato direto e de maneira frequente com as influências do oriente revelada nos hindus, persas e babilônicos. Durante este período, no seu exílio o povo judeu entrou em contato com mitos e lendas do oriente, particularmente da Índia e do Irã, convertendo-se os mesmos em parte da tradição judaica. Dentro destes encontram-se os mitos da criação e a ideia tomada dos ensinamentos do zoroastrismo, particularmente a profecia de um redentor ou salvador. A história da criação não é original dos cristãos, ou dos judeus. Os elementos chaves datam de fontes anteriores ao Antigo Testamento e provêm de áreas geográficas, tais como a Índia, o Oriente Médio, e Grécia. A criação do universo, o mundo e os primeiros seres humanos, partindo do conceito de uno que depois se converte em dois, são temas comuns em algumas das tradições mais antigas. As origens do mito do dilúvio são, também mais antigas. Referências aos mesmos se encontram nos textos da escritura cuneiforme dos sumérios ao redor dos anos 2000 – 1750 AC. Todos os elementos essenciais a respeito da história sobre a criação do mundo encontram-se em fontes pagãs de maior antiguidade. A ideia da criação ex nihilo nem sempre foi parte da doutrina cristã. A comunidade dos primeiros cristãos não tinha uma posição monolítica a esse respeito. Não foi senão até o dia 20 de maio do ano 325 no Conselho de Niceia que esta doutrina tornou-se oficial sob a supervisão do imperador romano Constantino. É interessante notar que as famosas palavras de abertura do Evangelho de João nos dão um ponto de partida ligeiramente diferente a respeito da criação: “No início existia o Verbo, o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. “Verbo” é uma tradução do grego logos, e refere-se a um princípio integrador (lei) que cria a ordem no cosmos. A semelhança com o conceito budista do Dharma, o que nós denominamos Lei Mística, é surpreendente. Tanto o oriente como o ocidente, compartilham histórias mitológicas sobre a criação. Porém, por volta de 1500, quando os pensadores da Reforma questionavam a veracidade destas histórias, os muçulmanos estudavam que o paraíso e o inferno eram assuntos internos a cada indivíduo, os cabalistas advertiam aos seus discípulos a não tomar a mitologia de maneira literal; porém, a maioria dos cristãos ainda insistiam que o narrado nestas histórias ajustava-se aos fatos reais, ou seja, eram certos e verdadeiros em todos seus detalhes e aspectos. Desta forma, inicia-se o longo conflito entre o cristianismo e a ciência, ou com maior precisão, o conflito entre dois pontos de vista científicos, separados por 6000 anos, um data de 4000 AC e o outro de 2000 DC. A interpretação literal do mito da criação em qualquer religião ou cultura tem a desafortunada consequência de obrigar às pessoas a escolher entre o coração que anseia acreditar, e o cérebro, que vê que o argumento não é consistente com a observação objetiva dos fenômenos. Os mitos sobre a criação no oriente, ainda quanto um tanto similares na superfície (a final de contas, são a fonte de onde emanam os mitos do ocidente), porém, são essencial e fundamentalmente diferentes dos do ocidente, num aspecto importante. Os primeiros, geralmente não apresentam distinção entre Deus e o ser humano. O divino encontra “aqui dentro”. No ocidente, porém, de acordo com a Bíblia, o Criador é diferente, separado e “lá fora”, dando-se, assim, o caso de que existe uma brecha intransponível entre ambos. O Budismo, porém, tem como intenção ajudar aos fiéis a realizar a vivência de sua identidade original na própria vida, aquela identidade que é una com a força criativa, ou Lei Mística. Dentro do cristianismo, a igualdade com o Criador não é possível. O cristianismo tem como propósito restaurar a relação com este “outro” ser absoluto. Qual é o ponto de vista budista a respeito de nossas origens? As antigas tradições da Índia indicam que os budistas entendiam que o universo era ordenado por ciclos recorrentes de mundos que se manifestavam e desapareciam. Cada ciclo tinha seu término em dilúvio ou fogo. Estes ciclos de formações e destruições de mundos duravam bilhões de anos e ocorriam em todo o universo. Das cinzas ou lodo que resultavam da destruição, um novo ciclo nascia. Este ciclo não tem início nem fim. Mundos e universos eram criados e destruídos como parte de um ciclo interminável de nascimento e morte que operava em escala cósmica. Para os budistas, então, não existe uma criação no sentido da história bíblica. O universo se formou quando as condições necessárias se deram, baseadas na lei de causa e efeito inerente na própria natureza do universo. Da mesma forma como surge, desaparece. Mas não há uma causa original, como não há um final. O universo é infinito, sem limites de tempo e espaço. “O universo em si mesmo é um ser vital que contém o potencial da vida que desenvolve-se de diferentes formas; é, portanto, definido como a entidade de vida mais grandiosa”. Os cosmólogos, hoje em dia, postulam a teoria de um universo dinâmico, em fluxo constante. Onde, num ponto, o universo parece ter nascido da causa do “big bang” original e encontra-se em constante expansão, em tanto que, em outro ponto parece encontrar-se num processo de contração e extinção. Mas o universo em si não tem começo ou fim. Este ponto está de acordo com a perspectiva budista.  A Lei Mística é o nome que damos a esta lei de causalidade subjacente que opera eternamente através do universo inteiro. Quando as condições são propícias, surgem planetas. Quando as condições são adequadas, a vida evolui. O oceano gera ondas. O universo gera vida. A vida evolui para o despertar e a iluminação. O potencial para a vida, para a vida iluminada, existe na própria essência do universo, é uma lei mística natural. Dado que o ritmo universal apoia a vida, podemos descrever a natureza do universo como benevolente. Há os que dão, a esta capacidade inerente criadora para construir o mundo, ao potencial de gerar o universo, o nome de Deus; nós o chamamos Lei Mística de Nam myoho rengue kyo. http://www.maisbelashistoriasbudistas.com.br. Abraço. Davi.