domingo, 27 de julho de 2014

Antropogênesis - As Sete Raças Raízes.

(C.035) O tema desse assunto está baseado no livro A Doutrina Secreta (1888) de Helena P. Blavatsky (1831-1891) onde alguns conceitos diferentes daqueles que pensamos como cristãos que têm apoio nas Sagradas Escrituras são abordados como verdades relacionados ao criacionismo. Em contraposição a esses argumentos bíblicos temos as teorias esboçadas pelo cientista inglês Charles Darwin  sobre o evolucionismo que dentre outras coisas sugere que os humanos são primos dos símios (macacos) descendendo dos mesmo. A teosofia difere basicamente dos dois aspectos mas se assemelhando ao evolucionismo com pressupostos científicos antagônicos  pois entendendo o evolucionismo sobre o processo da espiritualidade. Assim o substância vital da matéria a monada é germinada em um dos planetas de nosso sistema solar dando início ao seu percurso evolucionário alcançando as partes mais densas da matéria. Sucintamente esse processo começa no chocar um fragmento de elemental, prosseguindo numa poeira mineral, a seguir a vida se transforma num vegetal, depois a consciência desperta em instintos coletivos de animal e o ápice da mentalidade como humano. Esse sistema evolucionário está alicerçado nos princípios setenários humanos (corpo físico, etério, emocional, mental concreto e abstrato, alma espiritual, alma divina e Espírito Divino) onde a monada sendo matéria e espírito vitaliza e energiza cada um desses aspecto chegando na completude do Todo. Ela faz um percurso de descensão e ascensão nos reinos da natureza evoluindo a matéria, a mente e o espírito nesses reinos culminando com o homem perfeito ou espiritual. Após essa breve introdução iniciamos nosso assunto específico. "Como percebemos nos textos sobre Antropologia Gnóstica, a Evolução de uma Alma-Planetária, ou seja, o conjunto de todas as Essências espirituais que se manifestam em um planeta, é de certa maneira semelhante à Evolução de um indivíduo. Uma alma individual se reencarna, passa de um corpo a outro. A Alma-Planetária passa de um planeta a outro de acordo com Leis predeterminadas pelos Deuses siderais E como se processa a Evolução de uma humanidade em um planeta? Como a da Terra, por exemplo? Uma humanidade planetária nasce, evolui e se desenvolve, evoluindo e involuindo em sete etapas planetárias definidas com grande precisão matemática. Essas sete etapas são didaticamente chamadas de Sete Raças-Raízes, ou Raças Planetárias.A vida que evoluiu e involuiu em um antiquíssimo planeta, que hoje é a nossa desolada Lua (chamada também de Terra-Lua ou Terra-Selene), reencarnou-se no planeta Terra. Aqui, numa nova etapa,  deverá evoluir e involuir, formando ao todo sete expressões civilizatórias, chamadas esotericamente de “7 Raças”, que, sob o ponto de vista teosófico e gnóstico, são:PRIMEIRA RAÇA-RAIZ OU PROTO PLASMÁTICA. Habitou o que hoje conhecemos como a Calota Polar Norte, a Terra de Asgard, citada em antiquíssimas tradições como a distante Thule paradisíaca dos nórdicos e dos astecas, a Ilha de Cristal. A Raça Polar (como também é chamada esta poderosa Raça) se desenvolveu em um ambiente totalmente distinto ao atual. Naquela época a Terra era propriamente semi etérica, semi física, as montanhas conservavam sua transparência e a Terra toda resplandecia gloriosamente com uma belíssima cor azul etérica intensa. Produto maravilhoso de incessantes evoluções e transformações que outrora se iniciaram desde o estado germinal primitivo. A primeira Raça surgiu das dimensões superiores completa e perfeita. Inquestionavelmente a primeira Raça jamais possuiu elementos rudimentares nem fogos incipientes. Para o bem da Grande Causa lançaremos em forma enfática o seguinte enunciado: Antes que a primeira Raça humana saísse da quarta coordenada para se fazer visível e tangível no mundo tridimensional esta teve que gestar-se completamente dentro do Jagad-Yoni a (matriz do mundo). Extraordinária humanidade primogênia, andróginos sublimes totalmente divinos, seres inefáveis mais além do bem e do mal.Protótipos de perfeição eterna para todos os tempos, seres excelentes semi físicos, semi etéricos, com corpos protoplasmáticos indestrutíveis de bela cor negra, elásticos e dúcteis, capazes de flutuar na atmosfera. Com o material plástico e etéreo desta Terra primogênia foram construídos cidades, palácios e templos grandiosos. Resultam interessantíssimos os Rituais Cósmicos dessa época. A construção dos Templos era perfeita. Nas vestiduras se combinavam as cores branca e preta para representar a luta entre o espírito e a matéria. Os símbolos e objetos de trabalho eram usados invertidos para representar o Drama que se projeta nos séculos: o descenso do espírito até a matéria. A vida estava até agora materializando-se e deveria a isso dar-se uma expressão simbólica. Sua escritura gráfica foram os caracteres rúnicos, de grande poder esotérico. É ostensível que todos esses seres ingentes eram os fogos sagrados personificados dos poderes mais ocultos da Natureza.Essa foi a Idade o fissiparismo, aquelas criaturas se reproduziam mediante o ato sexual fissíparo, (segundo se tem visto na divisão da célula nucleada, onde o núcleo se divide en dos subnúcleos, os quais se multiplicam como entidades independentes). Naqueles seres andróginos (elementos masculino e feminino perfeitamente integrados) a energia sexual operava de forma diferente à atual, e em determinado momento o organismo original do pai-mãe se dividia em duas metades exatas, multiplicando-se para o exterior como entidades independentes, processo similar à multiplicação por bipartição ou divisão celular. O filho andrógino sustentava-se por um tempo de seu pai-mãe. Cada um desses acontecimentos da reprodução original, primeva, era celebrado com rituais e festas.Inquestionavelmente, a Ilha Sagrada, morada do primeiro homem do último mortal divino, ainda existe na quarta dimensão como insólita morada dos Filhos do Crepúsculo, Pais Preceptores da humanidade.Terra do amanhecer, mansão imperecedoura, celeste paraíso de clima primaveral por ali, nos mares ignotos do Polo Norte. Magnífico luzeiro no Setentrião, esse Éden da quarta coordenada, continente firme em meio ao grande oceano.“Nem por terra nem por mar se consegue chegar à Terra Sagrada" repete veementemente a tradição helênica. “Só o voo do espírito pode conduzir a ela”, dizem com grande solenidade os velhos sábios do mundo oriental. SEGUNDA RAÇA-RAIZ OU HIPERBÓREA. Essa raça apareceu no cenário terrestre como resultado das incessantes transformaçoes que, através do tempo a 1ª Grande Raça Raíz experimentou. Habitou as regiões boreais que como ferradura continental circundam a Calota Polar Norte, ocupando o atual norte da Ásia, Groenlândia, Suécia, Noruega, Islândia, Finlândia etc., estendendo-se até as Ilhas Britânicas. Essa foi uma época de variadíssimas mutações na Natureza. Grande diversidade de espécies foi gestada no tubo de ensaio da Natureza cujos três Reinos ainda não estavam de todo diferenciadas. O clima era tropical e a terra coberta de grande vegetação.O ser humano continuava sendo andrógino, reproduzindo-se por brotação, sistema que continua ativo nos vegetais.É impossível encontrarem-se restos das primeiras Raças primevas porque a Terra estava constituída de proto matéria, semi etérica e semi física. Só nas Memórias da Natureza os grandes clarividentes podem estudar a história dessas Raças. TERCEIRA RAÇA-RAIZ OU LEMURIANA. Dessa segunda classe de andróginos divinos procedeu-se por sua vez a terceira Raça-raiz, os Duplos, gigantes hermafroditas, colossais, imponentes. A civilização lemúrica floresceu maravilhosa no Continente Mu ou Lemúria, vulcânica terra no Oceano Pacífico. O planeta chegou a um alto grau de materialidade, próprio desta Ronda físico-química. Como todas as formas de então existentes na Terra, o homem era de estatura gigantesca. A reprodução era por geração ovípara, produzindo como seres hermafroditas, e, mais tarde, com o predomínio de um só sexo, até que por fim nasceram do ovo machos e fêmeas. Na quinta sub-raça lemuriana (pois cada grande Raça é formada de 7 sub-raças), começa o ovo a queda e retida no seio materno, e a criatura nasce débil e desvalida. Por último, na sexta e sétima sub-raças já é geral a geração por ajuntamento de sexos. A reprodução sexual se fazia então sob a direção dos Kummaras, seres divinais que regiam os templos. Porém, na segunda metade do período lemúrico, começaram a fornicar, ou seja, a desperdiçar o esperma sagrado, ainda que tão só o faziam para dar continuação da espécie. Então, os Deuses castigaram a humanidade pecadora (Adão-Eva), expulsando-os para fora do Éden paradisíaco, a Terra Prometida, onde os rios de água pura de vida manam leite e mel. O ser humano expressava-se na Linguagem Universal, o seu Verbo tendo poder sobre o fogo, o ar, a água e a terra. Podia perceber a aura dos mundos no espaço infinito, e dispunha de maravilhosas faculdades espirituais que foi perdendo, como consequência do Pecado Original. Esta foi uma época de instabilidade na superfície terrestre, devido à constante formação de vulcões e de novas terras. Ao final, por meio de 10 mil anos de gigantescos terremotos e maremotos, o gigantesco continente Mu foi se desmembrando e fundindo-se nas ondas do Oceano Pacífico. Encontramos seus vestígios na Ilha da Páscoa, Austrália, Nova Guiné, Tasmânia a Oceania etc. (Muito se tem discutido sobre o Paraíso Terrenal). “Realmente, esse Paraíso existiu e foi o continente da Lemúria, situado no Oceano Pacífico. Essa foi a primeira terra seca que houve no mundo. A temperatura era extremamente quente". O intensíssimo calor e o vapor das águas nublavam a atmosfera e os homens respiravam por guelras, como os peixes. Os Homens da Época Polar e da Época Hiperbórea e princípios da Época Lemúrica eram hermafroditas e se reproduziam como se reproduzem os micróbios hermafroditas. Nos primeiros tempos da Lemúria, a espécie humana quase não se distinguia das espécies animais; porém, através de 150 mil anos de evolução os lemurianos chegaram a um grau de civilização tão grandiosa que nós, os Ários, estamos ainda muito distantes de alcançar. Essa era a Idade de Ouro, essa era a idade dos Titãs. Esses foram os tempos deliciosos da Arcádia. Os tempos em que não existia o meu ou o teu, porque tudo era de todos. Esses foram os tempos em que os rios manavam leite e mel.A imaginação dos homens era um espelho inefável onde se refletia solenemente o panorama dos céus estrelados de Urânia. O homem sabia que sua vida era vida dos Deuses, e ele sabia dedilhar a Lira estremecia os âmbitos divinos com suas deliciosas melodias. O artista que manejava o cinzel se inspirava na sabedoria eterna e dava a suas delicadas esculturas a terrível majestade de Deus.Oh! A Época dos Titãs, a época em que os rios manavam leite e mel… Os lemures foram de grande estatura e tinham ampla fronte, usavam simbólicas túnicas, branca à frente e preta atrás, tiveram naves voadoras e aparelhos propulsionados a energia atômica, iluminavam-se com energia atômica, e chegaram a um altíssimo grau de cultura. (Em nosso livro O Matrimônio Perfeito falamos amplamente sobre este particular). Esses eram os tempos da Arcádia: o homem sabia escutar, nas sete vogais da Natureza, a voz dos Deuses, e essas sete vogais (I-E-O-U-A-M-S) ressoavam no corpo dos lemures, com toda a música inefável dos compassados Ritmos do Fogo. O corpo dos lemurianos era uma harpa milagrosa onde soavam as sete vogais da Natureza com essa tremenda euforia do Cosmo. Quando chegava a noite, todos os seres humanos adormeciam como inocentes criaturas no seio da Mãe Natureza, afagados pelo canto dulcíssimo e comovedor dos Deuses, e quando a aurora raiava, o Sol trazia diáfanas alegrias e não tenebrosas penas. Os casais da Arcádia eram matrimônios gnósticos. O homem só efetuava o conúbio sexual sob as ordens dos Elohim, e como num sacrifício no Altar do matrimônio para brindar corpos às almas que necessitavam reencarnar-se. Desconhecia-se por completo a fornicação e não existia a dor no parto. Através de muitos milhares de anos de constantes terremotos e erupções vulcânicas, a Lemúria foi fundindo-se nas embravecidas ondas do Pacífico. Em tempo, surgia do fundo do oceano o Continente Atlante. QUARTA RAÇA-RAIZ OU ATLANTE. Depois que a humanidade hermafrodita se dividiu em sexos opostos, transformados pela Natureza e máquinas portadoras de criaturas, surgiu a quarta Raça-Raíz sobre o geológico cenário atlante localizado no oceano que leva seu nome.Foi engendrada pela terceira Raça há uns 8 milhões de anos, cujo fim o Manu da quarta Raça escolheu dentre a anterior os tipos mais adequados, a quem conduziu à imperecedoura Terra Sagrada para livrá-los do cataclismo lemuriano. A Atlântida ocupava quase toda a área atualmente coberta pela parte setentrional do Oceano Atlântico, chegando pelo nordeste até a Escócia, pelo norte até o Labrador (Canadá) e cobrindo pelo Sul a maior parte do Brasil. Os atlantes – de estatura superior à atual – possuíram uma alta tecnologia, a que combinaram com a magia, porém, ao final degeneraram-se e foram destruídos. Helena P. Blavatsky, referindo-se à Atlântida, diz textualmente em suas estâncias antropológicas: “Construíram templos para o corpo humano, renderam culto a homens e mulheres. Então, cessou de funcionar o terceiro olho (o olho da intuição e da dupla visão). Construíram enormes cidades, lavrando suas próprias imagens segundo seu tamanho e semelhança, e as adoraram…”. Fogos internos já haviam destruído a terra de seus pais (la Lemúria) e a água ameaçava a Quarta Raça (a Atlântida). Sucessivos cataclismos acabaram com a Atlântida, cujo final foi reconstituído em todas as tradições antigas como o Dilúvio Universal. A época da submersão da Atlântida foi realmente uma era de câmbios geológicos. Emergiram do seio profundo dos mares outras terras firmes que formaram novas ilhas e novos continentes. QUINTA RAÇA-RAIZ OU ARIANA. Já há 1 milhão de anos que o Manu Vaivasvata (o Noé bíblico) selecionou de entre a sub-Raça proto-semítica da Raça Atlante as sementes da quinta Raça-Mãe e as conduziu à imperecedoura Terra Sagrada. Idade após idade, foi modelando o núcleo da humanidade futura. Aqueles que lograram cristalizar as virtudes da Alma acompanharam o Manu em seu êxodo à Ásia Central, onde morou por longo tempo, fixando ali a residência da Raça, cujos galhos haveriam de ramificar-se em diversa direções. Eis agora as sete sub-raças ou galhos do tronco ariano atlante: A primeira sub-raça se desenvolveu no Planalto Central da Ásia, de forma mais concreta na região do Tibete e teve uma poderosa civilização esotérica. A segunda sub-raça floresceu no sul da Ásia, na época pré-védica, e então foi conhecida a sabedoria dos Rishis do Hindustão, os esplendores do antigo Império Chinês etc. A terceira sub-raça se desenvolveu maravilhosamente no Egito (de direta ascendência atlante), Pérsia, Caldeia etc. A quarta sub-raça resplandeceu com as civilizações da Grécia e de Roma. A quinta sub-raça foi perfeitamente manifestada na Alemanha, Inglaterra e outros países. A sexta sub-raça resultou da mescla dos espanhóis e portugueses com as raças autóctones da América. A sétima sub-raça está perfeitamente manifestada no resultado de todas essas mesclas de diversas raças, tal como hoje o podemos evidenciar no território dos Estados Unidos. Nossa atual Raça terminará com um grande cataclismo. A Sexta Raça (Raça Koradhi) viverá em uma Terra transformada (a Quinta Ronda, ou Etérica; veja o texto sobre as Rondas Planetárias) e a sétima será a última. Depois dessas Sete Raças, a Terra se converterá em uma nova lua. Como disse no início esse texto está baseado no livro a Doutrina Secreta da Helena Blavatsky e como esclarecimento quanto a não sermos descendentes diretos dos símios (macacos) conforme a teoria Darwinista ela explica que essa espécie foi nas encarnações anteriores um acidente de percurso algo como um bebe que na gestação teve deformações em seu DNA nascendo (sem cérebro) anencéfalo. Isso provocou um erro pois esses animais esotericamente falando tem duplo DNA (humano e animal) por esse motivo são tendentes a desaparecerem como espécies nas futuras raças raízes. Diferentemente também da doutrina espírita da origem do homem pois essa se baseia na evolução Darwinista ou seja viemos dos reinos inferiores da criação. Mas Charles Darwin só concebe a evolução material deixando algumas lacunas em sua teoria como por exemplo as especialidades que os seres adquirem das necessidades ambientais. Solução que foi concebida por Alfred Russel Wallace (1823-1866) que passou a conceber o espírito como princípio diretor a reger as formas materiais. Apesar de ter elaborado a teoria evolucionista juntamente com Darwin ele foi relegado ao esquecimento por se ocupar do espiritismo para elucidar essa questão sendo esses pontos abordados no Livro dos Espíritos (1857) escrito por Allan Kardec (1804-1869). Vê-se que o elemento religioso e dogmático contaminou o ensinamento espírita quanto a evolução assumindo uma crendice assim fugindo de argumento científicos e lógicos como os explorados pela Blavatsky em sua obra já citada. Quanto a origem do homem no (criacionismo) todos conhecemos a versão das Sagradas Escrituras Cristã em Gênesis 1 - 3 não carecendo comentários adicionais. Abraço. Davi.   

  

quarta-feira, 23 de julho de 2014

A Mulher o Pescoço que conduz e Mobiliza o Homem.


Olá! amigos leitores. Inauguro a partir desse texto crônicas do cotidiano algumas situações verídicas ocorrida em minha convivência relacional esperando que de alguma forma ajude vocês a também entenderem seus conflitos e questionamentos ou quem sabe confundir tudo de uma vez. Deixando claro que cada situação é única e incomparável então as que serão apresentadas a partir de agora em nenhum momento devem servir de modelo ou padrão mesmo que pareçam similares pois cada indivíduo tem suas particularidades e singularidades apesar de termos semelhanças somos um microcosmo diversificado e com níveis de evolução espiritual diferentes. A filosofia existencialista entre os seus principais pensadores como Soren Kierkegaard (1813-1855) e Jean Paul Sartre (1905-1980) postulam a vida humana como um paradoxo irreconciliável e inexplicável. A princípio não teremos respostas para nossos questionamentos mais profundos e mesmo que queiramos compreensões elas estão num vazio inatingível e impenetrável. Então porque perguntas se não obteremos resposta? Bem essa é uma questão lógica e ilógica pois opino que na verdade queremos é satisfazer nossa curiosidade e não mensurar a realidade da existência. Também sinto que mesmo  tendo as respostas elas não nos convenceriam quanto as nossas necessidades emocionais, sentimentais e espirituais. Um bom exemplo seria quando lemos um livro de auto ajuda entendemos os princípios ali passados gostando daquela fala mágica com formulas prontas e cliches trazendo a solução completa para aquela situação específica que estamos passando. Aplicamos aqueles conceitos uma semana, duas semanas, um mês e parece que a coisa funciona mas logo reconhecemos que simplesmente nos acomodamos a um modelo prefabricado começando a sair do padrão que estávamos enquadrado voltando para a realidade da falta de confiança e segurança. Percebendo assim que foi uma experiência paliativa e não preventiva iniciamos o retorno a nossa condição original que expressam angústia, tédio e melancolia. A psicanálise pra quem tem uma situação financeira melhor é um bom instrumento de entendimento da nossa profundidade consciente e inconsciente. Mas Sigmund Freud (1856-1939) tem um texto de seus primeiros escritos chamado de Análise Terminável e Análise Interminável onde aborda que o analisado (paciente) está sempre atrás de respostas mas a psicanálise esta sempre atrás de perguntas a princípio uma contradição. Entretanto não são as respostas que nos trarão conforto e segurança mas a compreensão de que estaremos no intervalo entre uma e a outra situação assim não chegaremos as respostas e nem entenderemos as perguntas suficientemente. Quanto mais você se analisa mais perceberá que seu inconsciente é um poço sem fim, um começo sem início, um terminar sem acabar, um vazio com muito conteúdo. Assim quase todas as análises psicanalíticas são intermináveis pois somos criatura e criador, espírito e matéria, Deus e homem, anjo e demônio, visível e invisível, personalidade e individualidade somos um pouco do Tudo e um pouco do Nada. Mas é bom entrar nesse mundo da natureza humana mostrado em seu percurso histórico e existencial sendo o Ser no Tempo e o Tempo no Ser a manifestação do temporal e do eterno pois o infinito entra no finito e o finito se introduz no infinito. Como disse no início os fatos e os personagens são reais sendo alterados seus nomes (usarei as letras do alfabeto hebraico para os homens e o grego para as mulheres) guardando a privacidade de cada indivíduo que compõe a história da vida humana. Falarei do casamento do Rhat  e da Alfa mas antes teve alguns antecedentes. As irmãs cajazeiras - é uma alusão a telenovela chamada O Bem Amado que foi ao ar na televisão brasileira em 1973 - (Iota, Gama e Delta) foi quem fizeram o bolo lá em casa e como sempre Delta somente olha as irmãs trabalhando entretanto é sempre um ambiente agradável com muitas brincadeira. Elas estão mais juntas principalmente depois que Gama raramente vai as reuniões e até seu nome foi retirado da lista das irmãs que servem na igreja Sigma mas tem tido outras atividades como massagem terapêutica, está voltando pra Escola de Música, compõe música sendo remunerada pelas canções e foi convidada pra grava. Assim consegue vencer o esquecimento do Resh seu marido com outras amizades pois ele está totalmente envolvido com as atividades (um grupo cristão) do Fruto da Sabedoria. Uma situação de risco mas é através delas que pela livre escolha vivemos e vencemos os medos e os desenganos. Iota também é ajudada tendo assim uma esfera para compartilhar seus momentos de receios expondo seus temores e expectativas quanto ao futuro e todas elas ganham. Voltando ao início da narrativa Rhat é um rapaz que gostamos muito pois conhecemos sua história desde o nascimento e já ainda no ventre da mãe foi rejeitado pois ela por várias vezes tomou remédio pra abortar mas ele venceu essa terrível injustiça cometida contra sua vida. Abandonado pela mãe (que não compareceu ao seu casamento) uma criança bem fraquinha e desnutrida foi cuidada e criada pela Ômega (mãe da Delta) com muito amor e carinho tanto que em consideração a ela entrou na igreja com seu Avô. Pra esclarecer ele é filho do Zayin irmão da Delta. Rhat viveu a maior parte de sua espiritualidade na Fruto da Sabedoria mas depois que conheceu a Alfa (ela é de um grupo cristão) acabou saindo. Como era dito quando estávamos por lá "nossos jovens não podem se misturar com os de outras tribos" e um incidente marcou essa despedida pois uma irmã postou no facebook que ele havia se desviado da "Igreja" e perdido o primeiro amor. Mas o Rhat com sua humildade e coração amoroso até onde sei não respondeu essa irmã por sua maneira imprudente e insensata ao se dirigir a ele publicamente dando a sábia resposta do silencio. O Pastor um paranaense (quem nasce no Estado do Paraná - Brasil) com forte sotaque sulista e bem extrovertido iniciou sua prédica em Éfesios 5: 31 "Deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher tornando-se os dois uma só carne". Falou que o homem é o cabeça da mulher sendo ela o pescoço que conduz e mobiliza a cabeça para onde quer. Assim essa ideia que o homem é quem manda no lar é falsa pois a mulher com sua sensatez e espírito de liderança percebe as necessidade com uma visão mais apurada. Achei interessante essa premissa pois segundo dados oficiais no Brasil metade dos lares são chefiados por mulheres com tendência até o final do século XXI de aumentar (e muito) essa estatística. Ainda não tinha visto uma abordagem liberal como essa de um assunto que todos os preletores machistamente inferiorizam a mulher colocando-a numa posição de sujeição. Teve coragem é visão crítica usando a sensatez num momento onde se costuma ressaltar apenas os conceitos bíblicos. Disse que quando casou tinha apenas alguns talheres e uma caixa de papelão como mesa de cozinha sendo que o indispensável mesmo é apenas um bom colchão e nesse momento houve risos no auditório. Rhat e Alfa são um casal bastante jovem com 21 anos ambos casando-se praticamente sem nada de utensílios ou móveis para o lar indo morar na casa de seu avô inclusive não realizaram o tradicional chá de cozinha. O Pastor enfatizou que os casais precisam ser amigos um do outro (esposa amiga e esposa amigo) isso impede que o laço do relacionamento seja corroído pela ferrugem do ciúme. Pois o matrimônio deve ser baseado no companheirismo, respeito, cumplicidade e responsabilidade de ambos. Um ponto que discordei foi quando se falou de blindar o casamento pois penso que não seja esse o caminho mas precisamos pela aprendizagem e experiências mútuas estarmos dispostos a reconciliarmos com nosso cônjuge sempre que necessário nos desapegando de nossas opiniões fortes aceitando também a opinião as vezes diferente dele.  Fico imaginando que precisamos nos casamentos mencionar mais a reconciliação e o perdão lembrando daquele texto que Pedro pergunta a Jesus quantas vezes devemos perdoar nosso próximo (cônjuge). Pedro pensava que era sete vezes mas Jesus disse que não apenas sete vezes mas setenta vezes sete. O Mestre nos diz que sempre devemos perdoar nosso cônjuge em nossa encarnação atual nas questões de infidelidade se eventualmente surgirem. Há um curioso texto nas Sagradas Escrituras em Jeremias 3: 1 "Eles dizem: Se um homem despedir sua mulher e ela o deixar e se juntar a outro homem porventura tornará ele outra vez a ela? Não se poluirá de todo aquela terra? Ora tu te prostituístes com muitos amantes mas ainda assim torna para mim diz o Senhor". Aqui há o argumento do perdão pois mesmo na condição de traído por sua esposa (tipificada pelo povo de Israel) YHWH ou Jeová ainda assim retoma o matrimônio pelo amor incondicional que tem para com sua amada sendo um exemplo pra nós homens e mulheres. Pois nessa mesma situação pensamos imediatamente em romper o relacionamento dando carta de divórcio esquecendo que o arrependimento vindo de um coração sincero e contrito é capaz de restaurar aquilo que foi quebrado assim aprendamos a dar chances para que o amor vencer as barreiras e os desenganos. Quando chega aquele momento das promessas e juras no casamento não gosto achando desnecessários vendo como protocolo sendo assim uma questão de opção e no meu caso não mencionaria. Promete ser fiel na alegria e na tristeza ( ... ) como ser fiel antecipadamente se o relacionamento precisará ser construído pela história de ambos sendo ilógico e um prognóstico religioso que não trás acréscimo positivo para a convivência do futuro casal. O Budismo tem conceitos mais flexíveis em relação ao matrimônio não sendo considerado um dever religioso mas uma opção pessoal assim do ponto de vista dessa religião o casamento nem é sagrado nem não sagrado. Isso faz uma tremenda diferença pois o peso do aspecto religioso e sagrado colocado nas costas dos nubentes depois casados é insuportável onde as pessoas se enlaçam com a obrigação de serem fieis uma a outra até a morte coisa ilógica e racionalmente impossível. Como prometer fidelidade numa situação que ainda será construída pela história de ambos onde eventos imprevisíveis acontecerão ora para o bem ora para o mal agindo como equilíbrio para discernir o certo do errado, o verdadeiro do falso no relacionamento. A cumplicidade, respeito e companheirismo são em minha opinião fundamentais para sedimentar o relacionamento conjugal e mesmo assim os percalços sucedem-se (infidelidade) não sendo essa situação condição inequívoca para um divórcio ou separação. Mas pela compreensão, misericórdia, perdão, arrependimento e reconciliação pode-se reparar o amor restaurando o companheirismo novamente. São situações que acabam surgindo devido a nossa humanidade ainda está bastante apegada a personalidade (parte inferior) terrena. Que buscando pela vontade nos desejos e prazeres a satisfação transitória acaba produzindo um enorme sentimento de culpa e tristeza atrasando nosso percurso espiritual evolucionário estabelecendo dívidas cármicas que deverão ser infalivelmente retificadas na encarnação atual e dependendo do grau nas futuras encarnações. Essas causas negativas geram efeitos prejudiciais inclusive no carma coletivo ou familiar pois renascemos em ambientes similares a nossa vida passada e aquilo que fizemos de danoso ao nosso próximo deveremos quitar essa dívida com ele também renascido nas futuras encarnações. Isso mostra que precisamos da misericórdia do YHWH Eterno para não cometermos qualquer infortúnio físico, moral ou psicológico contra nossos irmãos e amigos pois como dizem as Escrituras Sagradas em Mateus 7: 2,3 "Não julgueis para que não sejais julgados. Porque com o juízo que julgardes sereis julgados e com a medida que tiverdes medidos vos medirão a vós". Outro texto bíblico dentro desse assunto onde se diz que tudo o que o homem (mulher) semear isso também ceifará está em Mateus 5: 25,26 "Concilia-te depressa com o teu adversário enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial de justiça e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo". São palavras duríssimas que devemos levar ao coração e refletirmos antes de cometermos qualquer ato vicioso, lascivo ou imoral contra quem seja mas YHWH O Eterno é tão compassivo que providenciou o perdão e o arrependimento como nobres sentimentos para com quem amamos e pela reconciliação podemos pagar nossa dívida continuando nosso percurso pela Senda Espiritual. Precisamos urgentemente desenvolver nossa individualidade espiritual (parte superior) pela oração, contemplação, meditação e auto conhecimento sendo realidade transcendente ligada ao Espírito Divino sendo imortal e eterna evoluindo nosso ser através do corpo astral sendo representado pela mentalidade abstrata, imaginação, emoção e nossa divina consciência. Voltando ao evento (cerimônia de casamento) a ministração do Preletor foi boa pois se usou uma linguagem acessível com momentos de descontração criando um ambiente leve e agradável do início ao fim. Nas circunstâncias como essas acontecem coisas inprevisíveis e são momentos de revemos pessoas que em outras situações não seriam possíveis assim conversamos com um casal que conhecemos em 1991 quando Delta e Iota foram ao primeiro Congresso Espiritual. Eles apesar de também irem a esse Congresso nunca participaram na Fruto da Sabedoria e Delta voltou tão empolgada que achei a época que ela tinha recebido uma (tempos idos) lavagem cerebral. Também encontramos o Gimet e a Qoppa  um casal de irmãos da Fruto da Sabedoria do Tsadik com quem tivemos uma convivência bem próxima e amam muito ao Senhor (estando por lá desde 1985) tanto que geralmente os vemos alegres e dispostos (têm um filho dependente químico e outro com pressão alta ambos jovens) mesmo nas situações adversas. Eles fazem questão de falar conosco quando nos encontramos sendo um exemplo de confiança e perseverança Naquele que tudo tem debaixo de seu senhorio e governo. Conheço um pouco da história desse casal pois se encontraram em uma boate antes do casamentos se gostaram e contraíram matrimônio mas acontece que ele tinha um problema (epilepsia) que só revelou para ela depois de casados. Foi difícil ela enfrentar essa situação (presenciamos na convivência) pois ele periodicamente tinha crises com perda da memória e recolhimento de alguns dias para se refazer da angústia e tristeza advindas dessa circunstância mas Qoppa sempre cuidou e entendeu seu marido amando-o e respeitando-o nós momentos de sobriedade e também nas adversidades físicas e emocionais. Mas percebemos que foi a presença do Eterno que preservou, fortaleceu e continua edificando os dois em seu amor, graça e misericórdia sendo pra mim um exemplo de coragem e determinação pela vida.Tive uma grata surpresa ao encontrar o Yod nesse evento e dei-lhe um abraço bem demorado e após na churrascaria tiramos fotos juntos. Rhat e Alfa estavam lindos bem magrinhos os dois e recordei que antes de casar (1982) eu estava com 56 quilos e minha esposa com 45 quilos estando linda até hoje. Creio que Omega (no devachan) donde está ficou muito alegre e comovida (pois ela era alguém de um coração fraterno e um espírito acolhedor) com o que viu sábado passado no enlace matrimonial de seu querido netinho com uma moça de boa índole e disposta a lutar junto com o Rhat evoluindo pela Senda Espiritual. Finalizando Iota e Gama cantaram lindamente (dueto) uma música ópera com o título The Prayer cantada em inglês e italiano arrancando aplausos dos presentes. A última estrofe da canção diz: “Concede-nos uma fé que nos salve. Sonhamos um mundo sem mais violência. Um mundo de justiça e esperança em que cada um dê a mão a seu próximo. Símbolo de paz e fraternidade”. Abraço. Davi.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Quem é Jesus Cristo?


As ponderações a seguir são fruto de um artigo que li recentemente dos Testemunhas de Jeová uma denominação cristã com ramificações em todo o mundo ocidental difundindo seus ensinamentos que até onde compreendo têm duas vertentes principais a auto afirmação de Jeová Deus como o absoluto e proeminente entre as demais pessoas da Trindade Divina e o sétimo dia (sábado) como um requisito (mandamento da lei divina terminativo) para o discípulo de Jeová alcançar o Reino de Deus. Esse será futuramente estabelecido na terra restaurada sendo um novo céu e uma nova terra onde habitarão a justiça. Havendo também um controverso ponto entre os Testemunhas de Jeová quanto a execução do Cristo ou seu sacrifício vicário que segundo eles baseados em tradições antigas dos Persas, Assírios, Gregos e Romanos foi realizado em uma estaca de madeira e não em uma cruz. Uma questão espinhosa pois esse ponto já é pacífico em todas as religiões cristãs chegando eles a tomar essa doutrina como um dogma de fé tentando comprovar essa argumentação nos círculos especializados (academias teológicas) que discutem as doutrinas cristãs. Eles têm também uma estranha doutrina muito contestadas entre os teólogos modernos pois creem que vivemos no que a Bíblia chama de últimos dias que antecedem o dia do Armagedom no qual no reino de Deus de mil anos às mãos de Jesus (O Messias) e de 144 mil humanos escolhidos será implantado sobre a terra. O adoradores de Jeová sobreviverão a conflagração mundial e poderão viver eternamente ao contrário dos que forem considerados merecedores da destruição eterna. Entendem a expressão (fim do mundo) com referência ao término e substituição do atual sistema de coisas incluindo a sociedade humana as instituições e os governos. Opino ser bastante mesquinho alguns desses conceitos sendo irracionalmente ilógico num mundo de mais de 7 bilhões de pessoas hoje imaginar que apenas 144 mil viverão o milênio e o que acontecerá com os restantes 6.999.856.000 jogar todos no inferno? É impensável essa terrível cena onde indivíduos estejam eternamente agonizando e sendo fustigado Mc 9: 44 "Onde o bicho não morre e o fogo nunca se apaga" uma atrocidade sem fim e hoje não mais acredito nesse conceito de inferno. Prefiro pensar num Deus cheio de amor e misericórdia que conduzirá todas as pessoas do planeta pela evolução a sua origem final e primeira que é Ele próprio. Mas abordaremos sucintamente apenas a questão de Quem é Jesus Cristo partindo do princípio que estaremos no campo das opiniões e digressões filosóficas sem o extremismo teológico querendo impor qualquer verdade apenas discutindo os fatos a luz das teorias antigas sobre esse tema deixando pra você leitor tirar suas próprias conclusões dentro de seu ponto de vista. Antes de darmos inicio as observações é bom dizer aos leitores que aqui no Brasil temos  problemas sérios com duas palavras (seita e heresia) que em outros países ocidentais cristãos não chegam a esses termos depreciativos. Pois desde tempo antigos essas expressões têm uma forte carga negativa chegando a ser modelos estereotipados de revelações em religiões contemporâneas coisas que não são vista assim em países orientais  com tradições espiritualistas antigas. Então no Brasil quando você diz que tal religião é uma seita quer dizer que ela não tem legitimidade como espiritualidade para evoluir o ser na encarnação atual nem nas encarnações futuras. Coisa que não concordo dentro da visão integracional e harmoniosa que estamos entendendo os vários ensinamentos filosóficos religiosos dentro da perspectiva da tolerância e compreensão tentando nos desarmar de nossos preconceitos e dogmas estreitantes aceitando pelo dialogo as divergentes opiniões advindas dos conceitos que cada espiritualidade carrega intrinsecamente. Nessa perspectiva não creditando como dogmas de fé os conceitos teológicos mas conformando-os a maneiras de evoluir o espírito pelo caminho da Senda Espiritual. Entretanto se percebe que esse conceito de seita tem caído em desuso sendo aceito no meio esotérico cristão como uma diferenciação de doutrina desapegada da tradição dominante pois hermeneutas moderno e exegetas atuais não mais sublimam esse termo de forma pejorativa como dantes. Com a palavra heresia as coisas são piores um termo exclusivista pois desde os primeiros séculos da era cristã foi sinônimo de satanização e demonização. A intolerância religiosa por causa dessa palavra (heresia) condenou pessoas honesta, piedosas e tementes a Deus como hereges acusados de blasfêmia e sem um julgamento foram impiedosamente queimadas nas fogueiras vivas. Outros crucificados assim também alguns executados sumariamente simplesmente porque discordavam de pontos de vistas dogmáticos instituídos pela igreja ou divergiam de ensinamentos exotéricos divulgados como verdade absoluta que não poderiam de maneira nenhuma serem questionados. Assim essa palavra (heresia) em minha opinião deveria ser tirada dos léxicos da língua português mas graças a Deus esse termo também encontra-se em descostume pois sociólogos, antropólogos e linguistas atuais desaconselham seu uso não mais cabendo num contexto globalizado. Isso devido as tradições e culturas tenderem a um entrelaçamento de conceitos e pressuposto comuns pelos dialogos nas convivência pacífica e ordeira. Além disso como a metafísica filosófica diz quem pode ter o prumo da verdade ou ser o seu fiel da balança. Buda foi sábio ao dizer "Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação se você vê que algo concorda com a razão e que conduz ao bem e ao benefício de todos aceite-o e viva-o". Iniciando o tema para uma visão global do assunto Quem é Jesus Cristo precisamos evocar alguns fatos da história da igreja mais especificamente O Concílio de Constantinopla II no ano 451 de nova era. Nele os Bispos, Prelados e Doutores da Igreja se reuniram para deliberarem dentre outras coisas sobre o Monofisismo e o Diofisismo duas doutrinas que até essa época causavam divisão entre as várias correntes teológicas existentes. O Monofisismo conceituava que O Cristo tinha apenas uma natureza a Divina portanto Deus em essência e totalidade mas o Diofisismo preconizava que O Cristo tinha duas naturezas a Divina e a Humana. Sendo interessante dizer que até essa data a Igreja entendia O Cristo como tendo apenas a natureza Divina (Monofisismo) revelada numa manifestação do Deus Eterno que encarnou-se como homem sem sua essência perfeitíssima. Então nesse dito Concílio houve uma radical mudança de posição e a Igreja adotou a posição Diofisista concordando que O Cristo tinha duas naturezas a Divina e a Humana. Isso desagradou o lado Oriental da Igreja causando um grande cisma (racha) entre os Cardeais, Bispos e Doutores em teologia. Assim as Igrejas Ortodoxas Orientais da Armênia, Copta do Egito, Antioquia, Constantinopla e a Igreja Católica de Jerusalém se desvincularam do Catolicismo Romano Ocidental instituindo seus próprios Sumo Pontífices (Papas), Cardeais, Bispos e Padres isolando Catolicismo Romano que ficou na defesa da dupla natureza do Cristo. Portanto como podem perceber essa questão é profunda rendendo perdas importantes para a unidade da Igreja que já não existia desde 451 sendo um sonho que muitos movimentos cristãos ao longo do tempo aventuraram-se a ressuscitar mas sem sucesso. Agora entremos no texto propriamente dito sendo que no fundo a questão é essa a qual me reportei acima pois os Testemunhas de Jeová em minha opinião enfatizam o Monofisismo onde O Cristo é identificado em sua humanidade como uma manifestação da Deidade. Assim Jeová sobressai como o principal da Trindade Divina em contraposição aos demais cristãos que compreendem o Cristo como sendo a segunda pessoa da trindade onde o Pai é a primeira e o Espírito Santo é a terceira tendo todos a mesma essência e substância onde somente O Cristo passou pelo processo da encarnação tornando-se homem. Cogito que esse ponto de vista dos Testemunhas de Jeová é coerente com sua teoria de que O Cristo é O Messias que virá pra reinar na terra com poder e glória num governo soberano restaurando todas as coisas desde os reinos elemental, mineral, vegetal, animal até o humano estabelecendo a paz e a harmonia universal tão desejada pelos povos da terra. Essa é uma ideia plausível corroborada pelos Judeus que esperam O Messias com essa visão de restauração da glória do Novo Reino de Israel que regerá todas as nações para a glória do Eterno Deus conduzindo-as a adoração Ao Verdadeiro Supremo Criador do Universo. Um aspecto teológico divergente das facções Protestantes e Católicas tradicionais que mais passivamente tem um olhar ilusório e utópico sobre o advento do Messias imaginando a Igreja num plano espiritual junto com O Cristo comandando as hostis invisíveis e os mundos superiores transcendentes como num sonho que ao chegar a vigília tudo se desvanece. Mas reconheço que há muitas dificuldades na argumentação desse texto (Quem é Jesus Cristo) como é sabido que as dissertações fechadas como essa (referência ao artigo publicado na revista eletrônica dos Testemunhas de Jeová com o título Quem é Jesus Cristo) buscam nos induzir a acreditar no que está sendo dito e somos enganados na leitura pois há uma forte carga dogmática (conceitos absolutos passados como verdades) e sabemos que isso não procede. Prova disso é que ao confrontarmos essas premissas com outras opiniões relacionadas ao tema abrimos brechas argumentativa contrárias ao que se mencionou assim quando é dito que "O Ungido é O Cristo que é O Messias não temos como checar essa informação a luz de outras vertentes a não ser as Sagradas Escrituras mas comparando esse período dito anteriormente com a tradição Judaica veremos que o Cristo dos Cristãos não é necessariamente O Messias dos Judeus. Um fato comprova o que estou falando pois os Judeus esperam ansiosamente que o Templo em Jerusalém (e não o que a Igreja Universal erigiu como réplica desse na região do Tatuapé em São Paulo capital) seja por eles restaurado para voltarem a oferecer os sacrifícios de animais como ovelhas, bois, aves. Essa exigência e imprescindível nas ordenanças do Talmud para a adoração de YHWH (o nome de Deus na tradição mística judaica da cabala é inominável) com a autorização dO Messias entronizado que chegando reparar tudo o que está fora da ordem dos rituais e cerimoniais judaicos. Assim para os judeus O Messias Rei que governará no milênio será um Mestre Místico ou um Homem Perfeito portanto diferente desse que nós Cristãos imaginamos como Um Ser Superior Humano e Divino que reinará no plano espiritual. Falando da minha experiência atual penso que devemos procurar entender mais a natureza humana de Jesus O Cristo pois a teologia infelizmente desvinculando-se da filosofia principalmente a partir dos escritos de Santo Agostinho (354-430) introduziu uma hermenêutica alicerçada em valores absolutos. Esse fato confundiu o referencial filosófico de prumo (Sabedoria Mística Antiga) que balanceava os conceitos transcendentes humanizando-os a níveis existenciais investigativos onde as várias tradições espiritualistas principalmente a oriental assumiam uma postura de influência nos escritos religiosos de tradição cristã, judaica e islâmica. Essa terrível perde afastou as tradições espiritualistas orientais das ocidentais fazendo-as caminhar separadamente assim os cristãos se viram no direito de julgar o pensamento religioso oriental como inferior, selvagem e descontextual. Desse modo a tolerância e compreensão que haviam onde estudiosos budistas, hinduístas e confucionistas juntamente com cristãos, muçulmanos e judeus sentando-se a mesa na mesma Academia do Saber em Alexandria no Egito (séculos II a V) para discutiram assuntos pertinentes a religião e espiritualidade não mais aconteciam. O Cristianismo com essa atitude cortou seu elo de ligação com as demais religiosidade isolando-se no mundo teológico criando seus próprios dogmas e crenças tornando-se extreitante e exclusivas considerando-se o único detentor das verdades divinas. Como humano Jesus manifestou sua fraqueza, necessidade de comer, vestir, trabalhar, se relacionar com as pessoas, ter sentimento por alguém, até desejos sexuais, sentir-se triste, entediado, momentos de angústia, ansiedade, depressões. Não entendo porque a teologia cristã considera escandaloso enfatizar a humanidade de Jesus sendo ele homem e como tal passou e sofreu tudo isso então que mau há em vê-lo dependente de seu Pai e as vezes chorando como uma criança sem saber porque deveria morrer pela humanidade. Quando penso em Jesus assim fico amando-o mais por saber que pôde vencer tantas tentações e quem sabe caiu em algumas mas foi ao seu Pai alcançando a graça do perdão e arrependimento. Sua Humanidade pra mim o torna mais Deus que sua Divindade sendo assim que hoje consigo desfrutar o seu amor, pureza e santidade um Deus Humano mais Humano que Deus. Quanto ao reino milenar em questão de data opino que isso não ocorrerá em nossa encarnação atual e penso que o calendário judaico religioso (não o civil que é o mesmo nosso) é uma ótima base de referencia pra isso e eles (judeus) estão no ano 5774 e confrontando com os dias da criação o Criador descansou no sétimo dia nesse simbologia alegórica seria o ano 7000 que começaria o reino milenar. Assim supostamente faltariam 1226 anos para a volta dO Messias mas calma pois toda previsão no fundo quanto a esse evento é insensatez e temeridade sendo que as palavras do Mestre Jesus devem ser refletidas quando diz Mateus 24: 35,36 "O céu e a terra passarão mas as minhas palavras não hão de passar. Mas daquele dia e hora ninguém sabe nem os anjos do céu mas unicamente o Pai". Também o apóstolo Pedro complementa ao dizer em II Pedro 3: 8 "Mas amados não ignoreis uma coisa que um dia para o Senhor é como mil anos e mil anos como um dia" assim os mistérios maiores de YHWH são para aqueles que tem um coração místico singelo e puro diante Dele. Desse modo alguns mistérios maiores nunca serão revelados nem em futuras encarnações mas quem sabe na próxima Raça Raiz (estamos vivendo a quinta raça raiz que vem existindo um milhão de anos atrás) que é a sexta pois a humanidade rudimentarmente espiritualizada em sua grande maioria não está preparada para receber esses ensinamentos esotéricos profundos. Pois  estão sendo guardados por Iniciados e Mestre de Sabedoria como Jesus O Cristo. Ele é um Homem Perfeito vivendo na esfera do mundo invisível e manifestando-se quando necessário a seus discípulos atuais em momentos e de forma diversa como João fala em seu evangelho  João 14: 26 "Mas Aquele Consolador o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito". O Consolador que é Ele mesmo já veio e está no mundo sendo isso incrivelmente paradoxal amigos leitores como podemos esperar alguém que já chegou estando conosco sendo que nenhuma lógica filosófica modal, epistêmica, deôntica, temporal, paraconsistente e paracompleta conseguem explicar essa premissa misteriosa. Abraço. Davi.           

segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Que é a Reencarnação.

(C.035) A reencarna é um mistério para muitos porque há uma certa dificuldade de compreender a permanência que existe através de repetidas encarnações sabendo eles que o corpo nasce e morre e se dissolve mas suas mentes estão tão identificadas com o corpo em suas relações e sua ambientação que são incapazes de se dissociar dele pensando em si mesmos como pessoas como corpos de natureza física e portanto não conseguem ver onde neles pode estar o poder de encarnar através de uma vida e outra. A teosofia apresenta uma visão ampliada ao mostrar que o homem não é o seu corpo porque o corpo está continuamente mudando e que o homem não é sua mente porque ele está constantemente a mudar de opinião mas que existe no homem algo permanente que é a sua identidade através de todos os tipos de personificações não houvendo nenhuma mudança em nossa identidade desde a infância até os dias atuais. O corpo mudou o ambiente mudou mas a identidade permanece a mesma e não vai mudar daqui para a frente apesar de todas as alterações no corpo ou na mente ou nas circunstâncias só aquilo que é imutável em nós é real nada que muda é real só o que é real percebe a mudança não podendo ver a mudança. Só o que é constante percebe a mudança apenas o permanente pode perceber a impermanência por menos que o percebamos há algo em nós que é eterno e imutável sendo esta alguma coisa imutável constante e imortal em nós não está distante de qualquer partícula nem de qualquer ser havendo apenas uma vida no mundo à qual nós pertencemos assim como todos os outros seres nós todos viemos da mesma Fonte Única - e não de muitas fontes e estamos trilhando o mesmo caminho para o mesmo grande objetivo. Os antigos diziam que o Eu Divino está em todos os seres mas não brilha em todos pois aquilo que é real é interior e pode ser reconhecido por qualquer ser humano dentro de si mesmo mas todo ser humano precisa da compreensão de que é capaz de brilhar e manifestar o Deus interior ainda que todos os seres o expressem apenas parcialmente se então a Fonte é a mesma em todos os seres – e a fonte é o Espírito Único -  por que há tantas formas tantas personalidades tantas individualizações? A teosofia mostra que tudo isso são desenvolvimentos e  nos movemos, vivemos e temos nosso ser neste grande Oceano da Vida que é ao mesmo tempo Consciência e Espírito entretanto  esse oceano é separável em suas gotas constituintes sendo essa separação realizada por meio do grande processo da evolução mesmo nos reinos abaixo de nós que são da mesma Fonte a tendência a se separar em gotas de consciência individualizada acontece em grau cada vez maior. No reino animal as espécies que estão mais próximas de nós se aproximam da autoconsciência mas nós como seres humanos já chegamos a esse estágio no qual cada um é uma gota constituinte do grande oceano da Consciência assim como acontece com um oceano de água em que cada gota contém todos os elementos do grande todo assim também cada gota constituinte da humanidade - um ser humano - contém em si  todos os elementos do grande universo o mesmo poder existe em todos nós no entanto desde onde nós estamos na escada da existência podemos ver muitos seres abaixo de nós e outros seres maiores acima de nós. A humanidade está agora construindo a ponte de pensamento uma ponte de idéias que conecta o inferior ao superior contudo o propósito da encarnação ou da nossa descida à matéria não é apenas obter mais conhecimento da matéria mas também ajudar os reinos inferiores para que subam até onde estamos sendo nós como deuses para os reinos inferiores então é o nosso impulso que traz a eles felicidade ou sofrimento também é a nossa visão errada do propósito da vida que faz da Natureza algo tão duro  que provoca toda a angústia e as catástrofes que nos afligem em ciclones, tornados [1] , doenças e pestilências de todo tipo assim tudo isso é criado por nós próprios e por quê? Porque há uma sublimação dos reinos  mineral, vegetal e animal em nossos corpos e esses reinos têm vida em si mesmos onde cada célula do nosso corpo tem o seu nascimento, sua juventude, maturidade, decadência, e sua morte e a sua reencarnação nessa conceituação estamos impulsionando cada uma dessas vidas conforme o pensamento a vontade ou sentimento que temos no sentido de ajudar ou de prejudicar os outros assim essas vidas saem de nós para o bem ou para o mal e voltam para seus reinos como boas ou más portanto devido à nossa falta de compreensão da nossa própria e verdadeira natureza e sem ter uma compreensão da fraternidade universal estamos desempenhando mal nossos deveres neste plano e ajudamos imperfeitamente  a evolução dos reinos inferiores.Nós só percebemos a nossa responsabilidade para com eles quando  vemos que todo ser está no seu caminho para cima que tudo o que vive acima do homem foi humano algum dia que todos os seres abaixo do homem serão em um momento futuro elevados ao nível da humanidade quando nós tivermos ido mais além que  todas as formas todos os seres e todas as individualizações são apenas aspectos do Espírito Único então do ponto de vista de que  este Espírito Único e imutável está em tudo - e de que ele é a causa de todo desenvolvimento evolutivo a causa de todas as encarnações - onde está podemos perguntar o nosso poder de carregar de uma vida para outra aquilo que vemos e que sabemos?  Como é preservada a continuidade do conhecimento adquirido através da observação e da experiência?  De que modo a individualidade é mantida como tal? Devemos lembrar-nos de que éramos seres auto-conscientes quando este planeta começou alguns até mesmo eram auto-conscientes quando esse sistema solar começou porque há uma diferença nos graus de desenvolvimento de diferentes seres humanos. Se o planeta e sistema solar começaram em um estado de substância primordial ou matéria nebulosa como diz a Ciência  então devemos ter tido corpos feitos daquele tipo de substância. Naquela substância mais refinada estavam todas as possibilidades de cada grau de materialidade e por causa disso todas as mudanças de matérias gradualmente mais densas ocorreram dentro do verdadeiro corpo da matéria primordial e toda a experiência está dentro desse corpo ocorrendo nosso nascimento dentro desse corpo onde tudo o que nos ocorre está dentro do corpo - um corpo de uma natureza que não muda ao longo de todo o Manvântara [2] sendo cada corpo de substância mais sutil de natureza interna que é o real recipiente do indivíduo nele o indivíduo  vive se move e tem o seu ser e mesmo a grande glória e delicadeza daquele corpo  não é o homem mas apenas a veste mais elevada da Alma. O  Verdadeiro Homem que somos é o Homem que foi é e que sempre será para quem a hora da morte nunca vai chegar - o Homem  pensador o Homem observador - sempre pensando e agindo continuamente sendo a vida uma só e O Espírito é um só a Consciência também é única sendo esses três  um - uma trindade - e nós somos esta trindade assim todas as alterações de forma e substância são produzidas através do Espírito e da Consciência que se expressam nas várias formas de vida. Nós somos este Espírito Único. Cada um de nós se posiciona na vasta congregação de seres neste grande universo vendo e sabendo aquilo que consegue perceber através dos instrumentos que tem nós somos a Trindade - o Pai, o Filho e o Espírito Santo ou na linguagem teosófica somos Atma, Buddhi e Manas. Atma é o Espírito Único que não pertence a ninguém mas a todos Buddhi é a experiência sublimada de todo o passado e Manas é o poder do pensamento o pensador o homem o homem imortal assim não havendo ser humano sem o Espírito e não havendo ser humano sem a experiência do passado mas a mente é o reino da criação, das idéias e o próprio Espírito apesar de todo o seu poder age de acordo com as idéias que estão na mente. Na obra A Voz do Silêncio [ de Helena Blavatsky]  diz "A mente é como um espelho ela reúne poeira enquanto reflete". A mente necessita da sabedoria da alma para afastar o pó pois aquilo que chamamos de mente é apenas um refletor que apresenta conforme a treinamos diferentes imagens assim o Espírito age para o bem ou para o mal de acordo com as idéias vistas existindo o mal no mundo? É o poder do Espírito que o causou e existe o bem no mundo? É o poder do Espírito que o causou porque há apenas um poder contudo a distorção desse poder traz o mal o seu direcionamento correto traz o bem. Devemos abandonar a idéia de que somos seres pobres, fracos e miseráveis que não podem fazer nada por si mesmos enquanto mantivermos essa idéia nunca faremos nada mas temos de adotar a outra idéia - a ideia de que somos Espírito, somos imortais e quando percebermos o que isso significa esse poder irá fluir diretamente em nós e através de nós sem restrições de qualquer tipo salvo aquelas que surgem dos instrumentos que nós mesmos tornamos imperfeitos portanto devemos abandonar a idéia de que somos este corpo físico pobre, miserável, limitado, sobre o qual temos tão pouco controle. Nós não podemos parar as batidas do coração não podemos parar a respiração sem destruir o corpo não podemos interromper a constante dissociação de matéria que acontece nele nem impedir sua dissolução final entretanto algumas pessoas falam de fazer “demonstrações” contra a morte mas seria o mesmo que protestar contra a queda das folhas das árvores quando chegam as rajadas de vento do inverno pois a morte acontecerá sempre e há uma grande vantagem nisso contudo se não conseguíssemos trocar de corpos como haveria qualquer possibilidade de avanço? Será que estamos tão satisfeitos com nossos corpos atuais que não desejamos mudar? Certamente que não pois há apenas uma coisa nesta vida que pode ser preservada permanentemente e esta coisa é a natureza espiritual a grande compaixão divina que podemos traduzir pela palavra “amor”.Nós somos os Eus Superiores reencarnantes que continuarão a renascer até que a grande tarefa à qual nos propusemos esteja concluída sendo essa tarefa  a elevação de toda a humanidade para o estágio mais elevado possível de perfeição numa Terra deste tipo nós encarnamos de tempos em tempos para a preservação do que é correto para a destruição da maldade e o estabelecimento da justiça portanto é para isso que estamos aqui quer saibamos ou não e devemos alcançar um reconhecimento da imortalidade na nossa própria natureza antes de poder libertar-nos da angústia que aflige a humanidade por toda parte nos mantendo em contato e em  sintonia com o grande propósito da natureza que é a evolução da Alma e em função do qual existe todo o universo.[1]  “É a nossa visão errada do propósito da vida que faz da Natureza algo tão duro;  que provoca toda a angústia e as catástrofes que nos afligem em ciclones, tornados...”.   Nesta frase, Robert Crosbie (1849-1919) menciona a relação direta que há entre os pensamentos e as ações da humanidade de um lado e os ciclos geológicos e ecológicos do planeta Terra de outro lado. A humanidade responde de certo modo pela vida mental do planeta.  Cada vez que a vida do planeta decai no plano da mente da humanidade a vida geológica também decai. O  processo é regulado pela Lei dos Ciclos.  Todos os níveis de consciência estão carmicamente interligados e interagem ativamente entre si.  (Nota do editor de www.FilosofiaEsoterica.com .) [2] Manvântara: um período de manifestação do Universo ou de um sistema solar. Cada Manvântara é seguido de um Pralaya ou período de descanso e depois surge outro Manvântara. (Nota do editor de www.FilosofiaEsoterica.com .)O texto acima foi traduzido da obra “The Friendly Philosopher”, de Robert Crosbie,  Theosophy Company, Los Angeles. Primeira edição, 1934, terceira edição, 2008,  416 pp., ver pp. 234 -239. Achei importante e esclarecedor esse texto sobre a Reencarnação um assunto simples mas complexo devido a nossos dogmas acumulados a décadas em nossas crenças assim apenas ouvindo falar sobre o tema nos fechamos e impedimos que a visão filosófica que os antigos cristãos primitivos tinham e compreendiam sem questionamentos pois eram ensinamentos - reencarnação -  exotéricos passados inclusive para as crianças com idades de aprendizagem escolar fazendo parte das doutrinas da Igreja Católica Unificada até o século VI quando no Concílio de Constantinopla II (553) a questão deveria ser revisada dando-se um parecer favorável ou contrário em forma terminativa. O Imperador Romano a época era Justiniano I (482-565) que indiretamente era o chefe da Igreja Cristã Bizantina. O Papa Silvério I (480-557) por simpatizar com a doutrina da reencarnação e não querendo assinar a lei para que ela fosse retirada da ortodoxia clerical oficial foi destituído do cargo e condenado por traição morrendo no exílio deixado sem pão e nem água por inanição. Assim o Imperador para referendar o decreto no Concílio nomeou para Papa Virgílio (537-555) que contrário a imposição do edito por estar sendo feita de maneira política e sem uma avaliação filosófica criteriosa já que a época a maioria dos doutores da Igreja em exegese  aceitavam o ensinamento da reencarnação normalmente dessa maneira Virgílio desobedecendo a ordem do Imperador não compareceu a sessão deliberativa do Concílio que decidiria o veto sobre a doutrina da Reencarnação sendo também deposto acusado de perjuro foi exilado por oito anos e de regresso a Roma morre antes de chegar a cidade então o Colégio de Cardeais sem seu representante máximo decidiram a revelia excluir dos dogmas oficiais da Igreja Católica a doutrina da Reencarnação em 5 de maio de 553 sendo esse mais um triste capítulo da história do Cristianismo que sob ameaças, intrigas e mortes aprovaram uma lei que convinha aos interesses pessoais de alguns Cardeais  e do soberano que representava o Império Romano naqueles dias. É isso amigos leitores. Beijo. Davi.  

domingo, 13 de julho de 2014

A Morte. Parte II.

(C.034) Estamos dialogando com o escritor australiano Charles W. Leadbeater (1854-1934) que escreveu o artigo que abordaremos a seguir e recordando na parte I vimos um pouco de sua trajetória histórica e em que contexto social e espiritual participou contribuindo com seu legado produzido por sua experiência ao longo do tempo sendo as mudanças de opinião uma constante em sua vida mas fica claro que sua passagem pela Sociedade Teosófica deixou-lhe marcam profundas que carregou até o fim de seus dias pois a partir dessa experiência direcionou e embasou todos os seus escritos posteriores então comecemos. "Um dos resultados práticos mais importantes de uma profunda compreensão da verdade teosófica é a completa mudança que ela necessariamente provoca em nossa atitude com relação à morte. Não podemos calcular a vasta quantidade de dor verdadeiramente desnecessária de terror e de miséria que a humanidade em conjunto tem sofrido devido simplesmente à sua ignorância e superstição com respeito a este assunto chamado morte. Há entre nós uma quantidade enorme de crenças falsas e tolas a esse respeito que causaram um mal indizível no passado e que estão causando um sofrimento indescritível atualmente sendo sua erradicação um dos maiores benefícios que se poderia oferecer à espécie humana assim esse benefício é imediatamente conferido pelo conhecimento teosófico àqueles que por causa do seu estudo de filosofia em vidas passadas acham-se agora capazes de aceitá-lo. Ele imediatamente retira da morte todo o seu terror e muito da sua dor e nos permite vê-la em sua verdadeira proporção entendendo o seu lugar no esquema da nossa evolução enquanto a morte é considerada o fim da vida como um portal para um país sombrio amedrontador e desconhecido não é sem razão que seja considerada com muito temor senão com inegável terror uma vez que apesar de todo ensinamento religioso em contrário tenha sido essa a visão universalmente adotada no ocidente muitos horrores terríveis surgiram em torno da morte tendo-se tornado assuntos usuais aceitos às cegas por muitas pessoas que deveriam ter melhor compreensão sobre os mesmos assim toda a horrível parafernália lúgubre relativa ao luto não representa mais que um anúncio da ignorância de grande parte das pessoas. O homem que começa a entender o que significa a morte de imediato deixa de lado toda essa falsa aparência por considerá-la infantil pois o ato de chorar a morte de um amigo simplesmente porque envolve para si mesmo a dor de uma aparente separação torna-se logo que reconhecido uma mostra de egoísmo não podendo deixar de sentir a angústia da separação temporária mas pode evitar que a sua própria dor se torne um empecilho para o amigo que morreu. O homem que começa a entender o que significa a morte sabe que não precisa haver temor ou pesar pelo falecimento caso ocorra com ele mesmo ou com aqueles a quem ama já acontecendo com todos eles tantas vezes antes que nada há de incomum nisso mas em vez de representá-lo como uma terrível rainha dos horrores seria mais apropriado e mais sensível simbolizá-lo como um anjo empunhando uma chave dourada para nos admitir nos reinos gloriosos da vida superior. Esse homem compreende de maneira muito definida que a vida é contínua e que a perda do corpo físico nada mais é que deixar de lado uma vestimenta o que de modo algum modifica o homem real que é o usuário da vestimenta vendo que a morte é simplesmente uma promoção de uma vida que é mais de cinquenta por cento física para outra que é totalmente astral e portanto muitíssimo superior. Assim para si mesmo ele com toda a sinceridade lhe dá as boas vindas e quando diz respeito aqueles a quem ama imediatamente reconhece a grande vantagem que é para eles embora não possa deixar de sentir uma certa ponta de lamento egoísta por estar temporariamente separado dele mas ele também sabe que essa separação é só aparente e não real sabendo que os assim chamados mortos estão ainda próximos a ele e que basta livrar-se temporariamente do seu corpo físico durante o sono para estar lado a lado com os mesmos e conversar com eles como fazia antes. O homem que começa a entender o que significa a morte vê de maneira clara que o mundo é uno e que as mesmas leis divinas regem a sua totalidade seja ele visível ou invisível à visão física consequentemente ele não tem qualquer sentimento de nervosismo ou estranheza ao passar de uma parte para a outra e nenhum tipo de incerteza quanto ao que irá encontrar do outro lado do véu assim a totalidade do mundo invisível está tão clara e completamente mapeada para ele pelo trabalho dos investigadores teosóficos que este se torna tão bem conhecido quanto a vida física desse modo ele está preparado para adentrá-lo sem hesitação quando quer que possa ser melhor pra a sua evolução. Para detalhes mais abrangentes dos vários estágios dessa vida mais elevada devemos remeter o leitor aos livros especialmente direcionados a esse assunto aqui basta dizer que as condições pelas quais o homem passa são precisamente aquelas que ele preparou para si mesmo sendo os desejos e pensamentos que ele incentivou dentro de si durante a sua vida terrena tomam forma como entidades vivas definidas pairando à sua volta e reagindo sobre ele até que a energia que ele armazenou dentro delas se esgote. Se tais pensamentos e desejos tiverem sido poderosa e persistentemente maus os acompanhantes assim criados podem ser deveras terríveis mas felizmente tais casos formam uma diminuta minoria entre os habitantes do mundo astral entretanto o pior que o homem comum geralmente provê para si mesmo após a morte é uma existência inútil e insuportavelmente tediosa destituída de todo interesse racional a sequência natural de uma vida desperdiçada em auto indulgência, trivialidades e diz que me diz que aqui na terra. A esse tédio sob certas circunstâncias pode-se juntar um efetivo sofrimento se o homem em sua vida física permitiu que um forte desejo físico se impusesse a ele um exemplo tornando-se escravo de vícios como avareza, sensualidade ou embriaguez ele preparou para si muito sofrimento expiatório após a morte pois ao perder o corpo físico ele de modo algum perde seus desejos e paixões permanecendo tão vivos quanto antes ou melhor eles se tornam ainda mais ativos quando não têm mais as partículas pesadas da matéria densa para pôr em movimento. O que ele perde é o poder de satisfazer essas paixões de modo que elas permanecem como desejos torturante, atormentadores não satisfeitos e sem possibilidade de satisfação contudo ver-se-á que isso se torna um verdadeiro inferno para o desafortunado embora temporário uma vez que com o passar do tempo tais desejos devam se auto consumir despendendo sua energia no próprio sofrimento que produzem sendo um destino terrível é verdade todavia há dois pontos que temos de reter na mente com relação a esse aspecto primeiro que o homem não apenas se impôs isso mas que ele próprio determinou a sua duração e intensidade permitindo a esse desejo alcançar uma certa força durante a sua vida na terra e agora deve enfrentá-lo e controlá-lo. Se durante a vida física ele fez esforços para reprimir ou resistir a esse desejo terá agora tanto menos dificuldade em sobrepujá-lo criando para si o monstro contra o qual tem de agora lutar qualquer que seja a força que o seu antagonista possua é justamente de fora mas é simplesmente obra sua segundo o sofrimento que ele desse modo se impõe é para si a única maneira de escapar todavia se lhe fosse possível evitá-lo e atravessar a vida astral sem esse desgaste gradual dos desejos inferiores qual seria o resultado? Obviamente ele adentraria sua próxima vida física inteiramente sob o domínio dessas paixões seria um alcoólatra nato, um sensualista, um avarento e muito antes de ser possível ensinar-lhe que deveria tentar controlar tais paixões elas teriam se fortalecido demais para serem controladas mas elas o teriam escravizado corpo, alma e assim uma outra vida seria desperdiçada outra oportunidade seria perdida desse modo entrando num círculo vicioso do qual parece não haver escapatória e sua evolução seria retardada indefinidamente. O esquema divino não é imperfeito assim pois a paixão se exaure durante a vida astral e o homem retorna à existência física sem ela sendo verdade que a fraqueza mental que permitiu dominá-lo ainda está lá verdade também que para essa nova vida astral ele construiu para si um corpo astral capaz de expressar exatamente as mesmas paixões que anteriormente de modo que não seria difícil para ele voltar à sua antiga vida prejudicial mas o Ego Superior ou o Eu Superior sendo a alma individual imortal teve uma lição terrível e certamente fará todo esforço pra evitar que sua manifestação inferior repita aquele mesmo erro de novamente cair sob o domínio daquela paixão possuindo os germes daquela paixão dentro de si mas se fez por merecer bons e sábios genitores estes ajudarão a desenvolver o que de bom há nele e a evitar o mal assim os germes permanecerão sem dar frutos e atrofiarão sendo que na vida seguinte após essa eles não mais aparecerão dessa forma lentamente o homem vence seus defeitos e desenvolve virtudes para substituí-los. (Abro uma exceção nesse momento e parabenizo todos os leitores alemães pela extraordinária conquista do Campeonato Mundial de Futebol Fifa 2014 pela Seleção Alemã aqui no Brasil 13 de julho derrotando a guerreira Seleção da Argentina nos minutos finais do segundo tempo da prorrogação por 1 a zero sendo agora quatro títulos mundiais 1954, 1974, 1990 e 2014 inquestionavelmente foram os melhores com todas as honrarias e méritos parabéns). Por outro lado o homem que é inteligente e prestativo que compreende as condições dessa existência não física e que cuida de se adaptar a elas e fazer delas o melhor descobrindo e descortinando ante ele uma vista esplêndida de oportunidades tanto para a aquisição de conhecimento novo quanto para a execução de trabalho útil descobrindo também que a vida além desse corpo denso possui uma nitidez e brilho diante dos quais todas as alegrias terrestres são como o luar ante a luz do sol e que através do seu conhecimento claro e sua calma confiança o poder da vida eterna brilha sobre todos ao seu redor podendo tornar-se um centro de paz e alegria inexprimível para centenas de seus semelhantes e pode fazer mais bem em poucos anos daquela existência astral do que jamais poderia ter feito na vida física mais longa. Ele está ciente também de que diante dele encontra-se um outro estágio ainda maior dessa maravilhosa vida post mortem assim como por seus desejos e pensamentos inferiores ele construiu para si o ambiente de sua vida astral da mesma maneira construiu com pensamentos elevados e aspirações mais nobres uma vida no mundo celeste pois o céu não é um sonho mas uma das realidade viva e gloriosa não é uma cidade distante além das estrelas com portões de pérolas e ruas de ouro reservada para a habitação de uns poucos favorecidos mas um estado de consciência pelo qual todo homem passará durante o intervalo entre suas vidas na terra não sendo um lugar de moradia eterna verdadeiramente mas uma condição de indescritível felicidade que se estende através de muitos séculos e não só isso pois embora contenha a realidade que permeia todas as melhores e mais espirituais ideias de céu que foram propagada em várias religiões não deve de modo algum ser considerado somente a partir desse ponto de vista. É um reino da natureza que é de extrema importância para nós um mundo vasto e esplêndido de intensa vida no qual estamos vivendo agora como nos períodos entre as encarnações físicas mas nossa falta de desenvolvimento e as limitações que nos são impostas por essa veste de carne que não nos permitem compreender completamente que toda a glória mais elevada do céu está a nossa volta aqui e agora e que as influências que emanam daquele mundo estão sempre agindo sobre nós basta que as entendamos e recebamos assim por mais possível que parecer ao homem comum essa é a mais plena das realidades para o ocultista mas para aqueles que ainda não compreenderam essa verdade fundamental podemos apenas repetir o conselho do instrutor budista "não reclame nem chore nem ore porém abra os olhos e veja que toda luz  está ao seu redor se você simplesmente retirar a venda dos olhos e olhar perceberá que é tão bela, tão maravilhosa, tão além do que qualquer homem possa ter sonhado ou suplicado e está ai para todo o sempre". Quando o corpo astral que é o veículo do pensamento inferior e do desejo gradualmente se desgasta e é deixado para trás o homem vê-se residindo naquele veículo superior de matéria mais refinada a que temos chamado corpo mental sendo esse veículo capaz de responder as vibrações que lhe chegam vindas da matéria correspondente no mundo externo a matéria do plano mental pois acabou o seu tempo de purgatório e a parte inferior de sua natureza exauriu-se permanecendo apenas os pensamentos e as aspirações superiores que ele desenvolveu durante a sua vida na terra. Esses amontoam-se criando uma espécie de concha a sua volta de modo que ele é capaz de responder a certos tipos de vibrações nessa matéria mais refinada onde esses pensamentos que o cercam são os poderes pelos quais ele atrai a riqueza do plano celeste sendo esse plano mental um reflexo da Mente Divina um armazém de extensão infinita do qual a pessoa que está desfrutando do céu é capaz de extrair somente aquilo que está de acordo com o poder de seus próprios pensamentos e aspirações gerados durante as vidas físicas e astral. Todas as religiões falam da bem aventurança do céu todavia poucas colocaram diante de nós com clareza essa ideia pioneira que explica racionalmente como tal felicidade é possível igualmente para todos que é realmente a chave mestra da concepção o fato de que cada homem cria o seu próprio céu pela seleção dos inefáveis esplendores do pensamento do próprio Deus assim um homem decide por si mesmo tanto a extensão quanto o caráter da sua vida celeste pelas causas que gera durante sua vida terrena portanto ele não pode obter senão exatamente aquilo que mereceu e exatamente a qualidade de alegria que melhor condiz com as suas idiossincrasias por conseguinte  um mundo no qual todo ser devido ao fato de sua consciência estar ali deve estar desfrutando a mais elevada bem aventurança espiritual que seja capaz vivendo num mundo cujo poder de resposta à sua aspiração é limitado apenas pela sua capacidade de respirar". Essa foi a exposição de Leadbeater sobre esse tema que sempre nos inquieta quando ponderamos sobre ele mas aqui se percebe a morte como uma extensão da vida sendo um reflexo daquilo que praticamos de virtudes e vícios na encarnação atual. Abraço. Davi. 

A Morte. Parte I.

(C.033) Faremos algumas ponderações a seguir sobre o tema A Morte usando um texto do escritor australiano Charles Webster Leadbeater (1854-1934) mas antes falaremos sucintamente sobre sua vida assim ele foi sacerdote da Igreja Anglicana e bispo da Igreja Católica Liberal escritor, orador, maçom e uma das personalidades mais influentes da Sociedade Teosófica. Ainda menino Leadbeater foi levado para o Brasil por seu pai acompanhado pelo irmão Gerard sendo seu pai um empreiteiro de obras de estrada de ferro e realizava viagens a trabalho voltando do Brasil à Inglaterra ingressou na Universidade de Oxford sendo obrigado a deixar a instituição quando o banco onde sua família depositava os recursos financeiros faliu entretanto como mérito em seus estudos teológicos recebeu no ano de 1878 as ordens sacras de sacerdote anglicano pelo Bispo de Winchester exercendo suas funções na Igreja de Bramshott - Hampshire - Reino Unido e seu tio por linha materna era o proeminente clérigo anglicano William Wolfe Capes (1834-1914). Continuou no ofício religioso até 1883 quando entrou em contato com os ensinamentos da Teosofia como expostos por Helena P. Blavatsky (1831-1891) abandonando o sacerdócio e seguindo com ela para a Índia onde teria recebido uma carta do Mahatma Koot Hoomi aceitando-o como discípulo assim Leadbeater tomou os votos budista ao viver no Ceilão (Skri Lanka) por anos também por muito tempo morou na sede da Sociedade Teosófica em Adyar na Índia onde segundo afirmou desenvolveu poderes psíquicos notadamente a clarividência. Na Sociedade Teosófica tornou-se grande orador proferindo palestras por todo o mundo e também ativo colaborador e amigo da segunda presidenta internacional desse movimento filosófico esotérico Annie Besant (1847-1933) com a qual editou em conjunto vários livros de pesquisas retornando à Londres foi iniciado na Maçonaria Mista da Obediência Maçônica Le Droit Humain onde atingiu o grau 33º mas em 1906 um complô tentou denegrir sua imagem e moral sendo acusado de pederastia por um de seus alunos Hubbert Van Hook (1862-1933) à época com 24 anos de idade mas um de seus biógrafos Peter Michel afirma que essas acusações tinham origem suspeita naqueles que Leadbeater considerava seus inimigos pessoais como Alexander Fullerton, Herbert Burrows e Hilda Martyn assim para evitar um escândalo dentro da S. T. ele dela desligou-se nesse mesmo ano (1906) embora tenha dado continuidade a seu trabalho como escritor e clarividente. Entretanto no final de 1908 os membros da Sociedade teosófica votaram a favor da readmissão de Leadbeater assim aceitando a decisão da Comunidade Teosófica retornou a Adyar - Índia em 1909 descobrindo o jovem Jiddu krishnamurti (1895-1986) para o qual previu uma existência como um Mestre Espiritual advogando que Krishnamurti era o veículo escolhido para a vinda desse Iluminado algo como O Messias no Judaísmo ou O Cristo no Cristianismo um Instrutor do mundo que os teosofistas estavam aguardando há muito tempo. O novo Mestre seria assim como Buda, Zoroastro, Moisés e Maomé criador e divulgador de uma nova religião que iria mudar os destinos da humanidade assim após dois anos foi fundada a Ordem Internacional da Estrela do Oriente tendo Khrisnamurti como chefe com o objetivo de reunir aqueles que acreditavam nesse acontecimento preparando a opinião pública para o seu aparecimento angariando recursos por meu de doações sendo que Leadbeater passou ainda algum tempo na Índia supervisionando a preparação de Krishnamurti até decidindo-se ir para a Austrália em 1915 onde passou a residir em Sidney entrando em contato com James Ingall Wedgwood sendo que em 1916 juntamente com ele participou da reformulação da Igreja Velho Católica da Holanda resultando na fundação da Igreja Católica Liberal para a qual Wedgwood (1883-1951) foi o primeiro Bispo presidente e Leadbeater foi presidente da ICL de 1923 até o ano de sua morte 1934. Aos leitores mais ávidos e desejos de saber o desfecho da história de Jiddu Krishnamurti como membro da Sociedade Teosófia e esse plano de torná-lo uma espécie de Messias do século XX o relato está detalhado na mensagem Documentário sobre Jiddu Krishnamurti do dia 23 de abril de 2014 nesse Mosaico Espiritual mas adiantando digamos que esse fato foi um aprendizado no seio da direção do S. T. percebemos isso quando assistimos a filmagem dos eventos reais que Krishnamurti escolheu seu próprio caminho enveredando por um Teísmo cético e desprovido de religiosidade mas que segundo ele na minha opinião uma opção para também alcançarmos a evolução espiritual com ênfase na fraternidade humana e a pedagogia das virtudes nos relacionamentos começando das primeiras fases escolares assim fundou alguns institutos educacionais com essa filosofia que continuam até hoje através da Fundação Internacional Krishnamurti essa semente que tem se espalhado pelo mundo afora. Cogito que foi uma lição que a Sociedade Teosófica precisava passar para reconhecer que o caminho de volta para o Logos Divino não deve ser reinventado pois ele já está pronto e são diversos bastando a nós discípulos da Senda Espiritual pela tolerância, compreensão e boa vontade para com todas as religiosidade e espiritualidades criarmos pelo dialogo e amor ao próximo seja qual for sua opinião dando-nos as mãos e com humildade aprendermos uns com os outros fazendo da verdade do outro não um dogma ou crença que nos afaste ou distancie mas entendendo sua opinião como uma maneira de vida que se adequa a prática que evoluirá na espiritualidade que pela individualidade superior alcançara na interação das demais filosofias e religiosidades o caminho para a completude com a Mente Universal. Como gastamos esse tempo falando do escritor deixemos pra abordar propriamente o assunto na parte II. Abraço. Davi.