sábado, 30 de julho de 2022

DEUS RESPONDE AS NOSSAS ORAÇÕES

 

Cristianismo. www.suaescolha.com. Texto de Marilyn Adamson. DEUS RESPONDE AS NOSSAS ORAÇÕES. Você conhece alguém que realmente confia em Deus? Quando era ateia, uma grande amiga minha costumava me contar toda semana algo específico pelo que ela estava orando, na certeza de que Deus iria tomar providências. E toda semana eu costumava contemplar Deus agindo de maneira incomum para responder suas orações. Você sabe como é difícil para uma ateia observar fatos como esses, semana após semana? Depois de um certo tempo, dizer que não passava de “coincidências” se tornou um argumento muito fraco. Então, por que Deus respondia as orações da minha amiga? A maior razão para isso é porque ela tinha um relacionamento íntimo com Ele, desejava segui-lo e, realmente ouvia o que Ele tinha a dizer. Em sua mente, Deus tinha o direito de dirigir sua vida e ela o fazia se sentir bem-vindo para fazer justamente isso! Quando ela orava por determinada coisa, era porque, de certa forma, se sentia muito confortável ao se achegar a Deus com suas necessidades, suas preocupações, ou qualquer assunto referente a sua vida. Além disso, estava convencida, pelo que lia na Bíblia, que Deus queria mesmo que ela descansasse nele assim. Ela basicamente colocava em prática o que esta frase bíblica diz: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve.” (1 João 5,14) “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos estão atentos à sua oração, mas a face do Senhor está contra os que praticam o mal.” (1 Pedro 3,12). Então, por que Deus nem sempre responde às orações de todos? Pode ser porque nem todos tenham um relacionamento com Ele. Eles devem saber que Deus existe, devem até adorar a Deus de vez em quando. Mas esses que nunca parecem ter suas orações respondidas, provavelmente não desenvolveram um relacionamento com Deus. Além disso, eles nunca devem ter recebido de Deus perdão completo de seus pecados. “O que uma coisa tem a ver com a outra?”, você deve estar se perguntando. Aqui está a explicação: “Certamente, o braço do Senhor não está encolhido para salvar, nem seu ouvido fechado para ouvir. Mas suas iniqüidades separaram vocês de Deus. Seus pecados esconderam a face dele de vocês, então ele não os irá ouvir.” (Isaías 59,12). É muito natural sentir essa separação de Deus. Quando as pessoas se voltam para Ele a fim de colocá-lo a par de algo, ou para pedir algo, o que geralmente elas fazem? Começam dizendo: “Deus, eu realmente preciso da tua ajuda neste problema (…)”. E aí há uma pausa, seguida de: “Eu sei que não sou uma pessoa perfeita, que realmente não tenho direito nenhum de te pedir isso (…)”. Existe um conhecimento pessoal de pecados e fracassos. E a pessoa sabe que Deus está ciente disso também. Há uma noção de: “Com quem penso que estou brincando?”. O que eles não devem saber é como podem receber o perdão de Deus por todos os seus pecados e como podem desenvolver um relacionamento pessoal com Deus, para que então Ele possa ouvi-los. Este é o fundamento básico para que Deus responda suas orações. Como Orar: O Fundamento Básico. Primeiro você deve começar um relacionamento com Deus. Imagine que um rapaz chamado Marcos decide pedir ao reitor da Universidade de Federal do Rio de Janeiro (alguém que ele nem ao menos conhece) que autorize o empréstimo de um carro para ele. Marcos teria chance nula de conseguir ser atendido. (Estamos presumindo que o reitor da UFRJ não seja idiota). Por outro lado, se a filha deste mesmo reitor pedisse a seu pai que autorizasse um empréstimo de carro para ela, não haveria problema algum. Um relacionamento pessoal conta muito. Com Deus, quando alguém é verdadeiramente seu filho, quando alguém pertence a Ele, Ele o conhece e ouve suas orações. Jesus disse: “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão.” (João 10,14, 27-28). Quando o assunto é Deus, você realmente o conhece? E Ele conhece você? Você tem um relacionamento com Ele que garanta a resposta de suas orações? Ou Deus está bem distante, sendo apenas um conceito em sua vida? Se Deus está distante, ou você não tem certeza de que o conhece, aqui está uma maneira de começar a se relacionar com Ele agora mesmo: Conhecendo Deus pessoalmenteSerá que Deus vai responder sua oração definitivamente? Para aqueles que realmente o conhecem e descansam nele, Jesus parece ser muito generoso em sua oferta: “Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido.” (João 15,7) “Permanecer” em Cristo e ter as palavras dele dentro de nós significa que conduzimos nossas vidas sob o comando dele, descansando nele, ouvindo o que Ele tem a dizer. Assim, estaremos aptos a pedir a Deus qualquer coisa que desejarmos e Ele responderá. Aqui está outra vantagem: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos.” (1 João 5,14-15) Deus responde nossas orações de acordo com a sua vontade (e de acordo com a sua sabedoria, seu amor por nós, sua santidade (…). Nós erramos ao assumirmos que sabemos qual é a vontade de Deus, quando somente alguma coisa faz sentido para nós! Nós assumimos que há somente uma “resposta” correta para cada oração específica, tendo a certeza de que AQUELA é a vontade de Deus. E é aí que fica mais difícil. Nós vivemos dentro dos limites do tempo e do conhecimento. Temos apenas informações limitadas sobre cada situação e sabemos algumas implicações de ações futuras nessas determinadas situações. O entendimento de Deus é ilimitado. Como um evento ocorre no curso da vida ou da história é apenas algo que Ele já sabe. E Ele deve ter propósitos muito além daqueles que podemos imaginar. Logo, Deus não fará algo simplesmente porque determinamos que essa deveria ser a sua vontade. O que é preciso? O que Deus está inclinado a fazer? Páginas e páginas poderiam ser preenchidas com as intenções de Deus para nós. A Bíblia inteira é uma descrição do tipo de relacionamento que Deus quer que experimentemos com Ele e do tipo de vida que Ele quer nos dar. Aqui estão alguns exemplos: “(…) o Senhor espera o momento de ser bondoso com vocês; ele ainda se levantará para mostrar-lhes compaixão. Pois o Senhor é Deus de justiça. Como são felizes todos os que nele esperam!” (Isaías 30,18 ) Você captou isso? Como alguém que se levanta de sua cadeira para oferecer ajuda, “Ele se levanta para lhe mostrar compaixão”. “Este é o Deus cujo caminho é perfeito; a palavra do Senhor é comprovadamente genuína. Ele é um escudo para todos os que nele se refugiam.” (Salmo 18,30) “O Senhor se deleita naqueles que o temem [reverenciam], que colocam sua esperança em seu leal amor.” (Salmo 147,14).De qualquer maneira, a maior demonstração do amor e da compaixão de Deus por você é expressa pelas seguintes palavras de Jesus: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (João 15,13 ), que nada mais é do que o que Cristo fez por nós. Então, “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará, juntamente com ele, gratuitamente todas as coisas?” (Romanos 8,32). E o que dizer das orações “não respondidas”?Certamente as pessoas ficam doentes e até morrem; problemas financeiros são reais, e toda sorte de situações difíceis é passível de acontecer na vida de qualquer um. O que fazer então? Deus nos diz para levar todas as nossas preocupações a Ele. Mesmo quando a situação parecer irremediável, “Lancem sobre ele toda ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.” (1 Pedro 5,7) As circunstâncias podem parecer estar fora de controle, mas não estão. Quando o mundo inteiro estiver desabando, Deus ainda pode e sempre poderá segurá-lo em suas mãos. É aí que uma pessoa pode se sentir muito agradecida por ter o privilégio de conhecer a Deus. “Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.” (Filipenses 4,5-7) Deus pode providenciar soluções para os seus problemas além do que você considera ser possível. Provavelmente, qualquer cristão pode listar exemplos como esse em suas próprias vidas. Mas se as circunstâncias não melhorarem, Deus ainda pode nos dar a sua paz em meio a tudo isso. Jesus disse: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo.” (João 14,27). É neste ponto (quando as circunstâncias ainda estiverem difíceis) que Deus nos pede para continuar a confiar nele – para “andar pela fé, não pela visão”, diz a Bíblia. Mas não é uma fé cega; é baseada no caráter de Deus. Um carro viajando pela ponte Rio-Niterói é totalmente sustentado pela integridade da ponte. Não importa o que o motorista possa estar sentindo, ou pensando, ou discutindo com o passageiro do outro assento. O que faz o carro chegar seguramente ao outro lado da ponte é a integridade dela, na qual o motorista resolveu confiar. Do mesmo modo, Deus nos pede para confiarmos em sua integridade, seu caráter, sua compaixão, amor, sabedoria, retidão e justiça em nossa defesa. Ele diz: “Eu tenho amado com amor eterno; com amor leal a atraí.” (Jeremias 31:3 ) “Confie nele todo o tempo, ó povo. Coloque diante dele o coração, pois ele é o nosso refúgio.” (Salmo 62,8). Em Resumo (…) Como Orar. Deus se ofereceu para responder as orações de seus filhos (aqueles que receberam Jesus em suas vidas e buscam segui-lo). Ele nos pede para levar qualquer preocupação até Ele em oração, pois Ele agirá por nós de acordo com a sua vontade. Enquanto lidamos com dificuldades, temos de lançar sobre Ele nossas aflições e receber dele a paz que desafia as circunstâncias. A base da nossa esperança e fé é a pessoa de Deus. Quanto mais o conhecermos, mais aptos estaremos a confiar nele. Para saber mais sobre o caráter de Deus, por favor leia o artigo “Quem é Deus?” ou outros artigos neste site. A razão das nossas orações é o caráter de Deus. A primeira oração que Deus responde é a oração em que você expressa o seu desejo de começar um relacionamento com Ele. www.suaescolha.com. Abraço. Davi

 

quinta-feira, 28 de julho de 2022

AQUILO QUE NÃO OUSAMOS FALAR

 

Gnosticismo. www.gnosisonline.org.br. Texto de Sonia Milano. AQUILO QUE NÃO OUSAMOS FALAR. A cor do Raio feminino é magenta com dourado. Contém fórmulas e ingredientes para a humanidade e seu alento se derrama como um suspiro sobre o deserto da atualidade. Tudo na Criação está sujeito a ciclos regidos por uma Inteligência Cósmica. Condicionados pela necessidade e ritmo, nutrem e influenciam a humanidade como suas células, com diferentes qualidades e em momentos diferentes, alternando, marcando eras e determinando sua expressão. O ingrediente que define uma era como fase evolutiva inicialmente desperta uma qualidade interna no ser humano e eventualmente se manifesta como um movimento coletivo. Dirige o propósito imediato da Raça durante sua atividade. Nossa civilização encontra-se na fase final de um grande ciclo de 5.000 anos e isto não deve ser confundido com o final dos grandes movimentos de K’atun dos maias. A influência dos raios de gênero qualifica a expressão social que impulsiona uma civilização: os ciclos maias se relacionam com o ritmo da liderança solar e a evolução. Até agora, a atividade decretada para nossa terra, necessária para o crescimento e expansão, tem sido puramente linear, conquistadora, construtiva e regida pelo Raio Masculino. No entanto, a influência feminina vem se intensificando. Graças a uma educação massiva e ao sistema de redes globais que nos colocam em comunicação uns com os outros, as mulheres se sentem compelidas a participar e se apossar de uma realidade muito mais ampla e profunda que a de nossas avós. Sentimo-nos atraídas pelas expressões que até agora tem sido exclusivamente dos homens. Aproxima-se o Raio Feminino e, uma vez instalado, durará outro ciclo de 5.000 anos. Da última vez, o raio masculino ativou-se em 2.500 a.C. Viu nascer, entre outras estruturas, Stonehenge, iniciando uma expansão física e material da humanidade. O Raio Feminino se manifestará plenamente em 2.500 d.C. e verá nascer uma rede sustentável de paz que, estando ainda no seu início, achamos inconcebível. Reintroduz um sistema muito antigo de correspondências dimensionais onde predominam a percepção sutil e dos múltiplos níveis, as causas sobre os efeitos, o grupo ou a família planetária e a conexão com o transcendente. A Inteligência cósmica que cuida do planeta e do sistema solar tem pouca relação com a vontade humana. Nestes momentos, remove na mulher nostalgias inexplicáveis, sonhos que parecem impossíveis e conexões no nível da inteligência desconhecida. Como humanidade, estamos digerindo tudo isto pouco a pouco, mais lentamente do que está ocorrendo em nosso interior. Esta falta de sincronização é a razão que está por trás dos desastres, tanto naturais quanto humanos. A pressão se torna incontrolável. As mulheres respondem ao chamado desta força nascente de maneira potente e espontânea. Sabemos de tudo o que anda mal em nosso planeta, não porque esteja equivocado, mas porque sentimos que falta algo. Incomoda-nos, porque o que “falta” somos nós mesmas. Como mães que somos, nós sabemos disto. É acionado um alarme que desperta nossa percepção vinculada ao poder da visão e da afinação interiores. Sabemos, mas, todavia, não sabemos que sabemos nem para onde estamos indo. O equilíbrio que buscamos desesperadamente e a harmonia que ansiamos são meros passos intermediários e preparatórios para o que, na realidade, não se trata nem de ajuste nem de negociação. É uma mudança total de perspectiva que se instala gradualmente com a influência crescente de emissões cósmicas. Não é questão de retaliação nem de tirar o poder do homem. Trata-se de introduzir nova perspectiva e novo método. Na realidade, o alcance da mulher não se manifesta pela competição ou pela imposição. Possuímos um sistema feminino próprio que apenas agora começamos a conhecer. Para ativá-lo e instalá-lo, a mulher desperta para o fato de que é ela que atrai o que todos anseiam. A mulher afeta seu ambiente com emanações sutis que podem ser físicas, emocionais, mentais ou espirituais. Nosso mundo, nossas aptidões, nosso valor residem numa conexão profundíssima com a riqueza da fonte cósmica em nosso interior. Desconhecemos isto porque nosso papel durante este ciclo que se encerra foi outro: o de apoiar o homem na execução da sua tarefa particular. Este objetivo já foi cumprido. Conscientizada, tudo na estrutura da mulher serve a propósitos espirituais. O fato de que a mulher é, fisicamente, um polo magnético irresistível para o homem e que ele tenha reagido a isto de maneira dominante e repressora, não muda o fato de que somos uma força atrativa incontrolável e que não pode ser alterada, reprimida ou escondida. Somos geradoras e esta função se estende a todos os níveis de manifestação e, neste momento, mais do que nunca. Possuímos outro polo magnético igualmente potente que passa despercebido no sistema atual de valores. Somos extremamente sensíveis às mínimas sutilezas das frequências do universo. Somos sacerdotisas veladas. As emoções da mulher são fortíssimas, mas a expressão do pensamento aparece como ilógica, vaga e difusa. A mulher sabe o que sente, mas não sabe como situá-lo dentro de um quadro maior. Sua comunicação acontece através de insinuações, espaços vazios, gestos e mensagens telepáticas variadas e diferentes. Seu mecanismo reflete uma realidade multidimensional, simultânea e atemporal que atua de forma subliminar e indireta. Sendo holística e multissensorial, na maioria das vezes, nem ela sabe o que sabe. Por sua mente receptiva, pela atração magnética do seu corpo e pela modulação contínua de suas variadíssimas emoções… atrai, prepara e gesta mundos. Constantemente o reconhecimento do que é a mulher começa com ela mesma. Requer sair das expectativas e comodismos do passado, da programação coletiva planetária. Trata-se de outro tipo de inteligência aplicada a todos os aspectos da sociedade. A mulher, com sua estrutura peculiar, é fundamental. Trata-se de um salto quântico e não de competição. Com ou sem nossa aprovação, apesar dos obstáculos e resistências de um mundo que se desmorona, uma transformação radical está sendo gestada, da qual não poderemos escapar. Brotará uma estrutura de flexibilidade sem precedentes. O feminino nascente é simultaneidade, multidimensionalidade, flexibilidade, sutileza e expansão que abraça uma profunda humanização. O futuro agora depende de um sentir e não de um pensar isento de ternura e de vulnerabilidade. Nisto está a chave do nosso desenvolvimento e o acesso às capacidades superiores que não se “fazem” nem se “veem”. Serão sentidas, vividas e conhecidas. A era que se iniciou em 2.500 a.C. teve como propósito contribuir com normas, regras e medidas, definir territórios, desenvolver a ciência e o conhecimento explorando e redefinindo nações, raças e grupos culturais. O resultado é nossa sociedade global: a forma que reforça o material e a sobrevivência, a força física e linear que se impõe tanto para criar como para destruir, a que deu luz à autoridade do homem sobre a mulher e ao reinado do intelecto, da ciência e das organizações religiosas. A transição da expressão de gênero de um ciclo para o outro é difícil. Estende-se a toda a estrutura que tem se esmerado na aplicação da força pela competência, no acúmulo de poder e de todas as formas de força física representativa do combate, da dominação da matéria e do reino animal, resistindo a qualquer mudança e vestígio de ineficiência e inconveniência. Hoje, vivemos a experiência da realidade sequencial de maneira estranha. Parece que o tempo se detém e se acelera ao mesmo tempo. Estes são momentos de introspecção e revisão, de impotência, de entrega e de abertura ao desconhecido. Além da dinâmica dos gêneros representada pelos seres humanos, o masculino coexiste com o feminino e, mesmo que muitos tentem preservar o status quo procurando o equilíbrio, o destino cósmico pede uma mudança qualitativa. Estamos entrando em uma era dirigida pela inteligência superior do coração que, longe de ser emocional, é uma inteligência holística e abre os portais da percepção atemporal. Os ditames da Inteligência cósmica são, por um lado, um realinhamento que corresponde ao final do quinto ciclo maia e, por outro, uma transição para o ripo de sociedade que estabelecerá a Terra como Planeta da Paz no centro galáctico deste sistema. O raio feminino será o instrumento. A mudança social vai ocorrer através da força feminina encarnada. O gênero masculino não é construído para isto. A mudança surge por meio da experiência da mulher, suas reverberações psicofísicas e sua ascensão à inteligência dinâmica do coração. Então, por reverberação, esta energia será amadurecida e, com a ajuda do gênero masculino, poderá ser implantada na Terra. O homem não deixará de ser homem no sentido mais nobre do termo, mas, neste ciclo que se inicia, irá se descobrir em uma nova e mais gloriosa expressão como líder e mestre sensível. Progressivamente, a conscientização feminina emitirá uma substância-qualidade-força coesiva que representará a rede da Mãe do Mundo. Do seu seio, nasceremos todos. www.gnosisonline.org.br. Abraço.

terça-feira, 26 de julho de 2022

O CONSUMISMO E SEUS MALES

 

Islamismo. www.mesquitadobras.org.br. Por Armed Ismail. O CONSUMISMO E SEUS MALES.  O estilo de vida que se tornou predominante nas sociedades modernas, marcado pelo consumismo, tem sido objeto do estudo e da preocupação dos cientistas sociais e filósofos nas últimas décadas. Especialmente agora que se verifica a sua expansão por todos os continentes, formando algo que seus adeptos e propagandistas afirmam ser a nova cultura global que reflete, segundo eles, a marca da vida moderna. Há uma forte tendência entre os intelectuais críticos da cultura de massa a concordar em torno de certas características deletérias presentes nos padrões comportamentais típicos da sociedade de consumo. Padrões que parecem sugerir uma “nova religião” que substitui os templos pelos shopping centers e que, mais do que isso: “transforma os templos e a própria experiência místico-religiosa numa reprodução do mercado submetida à mesma lógica do capital e da competição. Ao mesmo tempo, seus efeitos têm contribuído de modo considerável para a desestruturação dos valores éticos e a identidade cultural dos povos, para o agravamento das desigualdades e de quase todos os males sociais. A estreita relação entre consumismo e violência torna-se um tema desconcertante para uma sociedade que venera o dinheiro e que assume o consumismo como um ritual dessa veneração; e que por outro lado, se vê submersa numa condição crônica de sintomas ameaçadores, tais como a violência e a criminalidade. Se na década de 60 do século passado, filósofos e cientistas sociais se dedicaram a entender os mecanismos sociais, econômicos e políticos que produziram a cultura de massa e o consumismo, na atualidade, os mesmos se encontram voltados para as consequências a médio e a longo prazo de uma progressiva e global onda de consumismo. A adoção, numa escala jamais vista, do que se pode denominar de um estilo predatório de vida, o qual demanda um consumo incessante de recursos naturais, maior do que o planeta pode suportar, torna-se agora um novo e mais ameaçador sintoma. Estudiosos do meio ambiente sustentam que no caso de um país como a China, o mais populoso da terra, integrar-se a onda consumista de maneira a que todos os seus cidadãos alcancem o mesmo poder de consumo do cidadão médio americano, será uma catástrofe planetária. Uma Percepção Distorcida da Realidade. Tais evidências nos parecem suficientes para demonstrar que esse estilo de vida é essencialmente pecaminoso e contrário às diretrizes divinas. Sua origem reside numa distorcida percepção da realidade e da condição espiritual do ser humano. A perspectiva do comportamento consumista é a do acúmulo e do estabelecimento do valor da vida nos bens materiais. Essa perspectiva só se torna possível com a ausência dos valores espirituais superiores; e isso explica o processo de degeneração dos valores éticos que acompanha uma sociedade submetida à lógica do consumo. O Alcorão Sagrado aborda esse tema a partir de uma descrição de um conjunto de características que definem esse estado de concepção materialista da vida, e que se tornam predominantes nos indivíduos quando reduzem suas expectativas a vida neste mundo. O Livro de Allah, orientação por excelência para nossa felicidade neste mundo e no além, descreve a vida neste mundo para despertar nossa consciência e nos libertar das falsas expectativas e diz: “Sabei que a vida terrena é tão-somente jogo e diversão, veleidades, mútua vanglória e rivalidade, com respeito à multiplicação de bens e filhos; é como a chuva, que compraz aos cultivadores, por vivificar a plantação; logo, completa-se o seu crescimento e a verás amarelada e transformada em feno. Na outra vida haverá castigos severos, indulgência e complacência de Deus. Que é vida terrena, senão um prazer ilusório?”. (C.57 – V.20). Com toda clareza o versículo sagrado define em poucas palavras, o resumo do que é o esforço humano em alcançar metas que satisfaçam seu ego neste mundo e o quão inúteis são suas pretensões, desde que não esteja atento para o significado maior de sua vida. Vemos, pois, que a tendência materialista que produziu o consumismo no mundo moderno se baseia numa total inconsciência quanto ao verdadeiro propósito da vida, e isso leva o indivíduo a tomar a si próprio como medida para todas as coisas. Esta visão hedonista o incapacita de perceber o profundo engano que o move. É interessante notar que o Islam, diferentemente da maioria dos filósofos modernos, aborda o problema de uma ótica focada no indivíduo e no âmago de seu ser. Isto é, não se limita aos sintomas (dos quais o consumismo é apenas um exemplo) ou às manifestações que terminam por surgir no tecido social. Ao contrário, diagnostica o problema essencial que habita o coração do homem e que o arrasta a um estado de miséria existencial e mais do que isso, oferece os meios de saná-lo. A abordagem sociológica e filosófica tende a situar o problema nos fenômenos históricos e econômicos que produziram o que se denomina “cultura de massa”. Não há dúvida sobre a importância dos mecanismos cada vez mais eficientes dessa cultura global do consumo, que em menos de um século tornou-se um poder que desafia culturas e tradições milenares impondo seus valores. Contudo, o Islam identifica o processo dessa degeneração cultural e social dentro dos indivíduos, ressaltando que a solução disso se encontra na vontade e na natureza do homem. Entender o padrão psicológico que define esse estado de distorção da realidade espiritual, nos parece fundamental para que percebamos o que é essencialmente esta tendência materialista que se manifesta na forma do consumismo. Esse padrão psicológico possui um conjunto de características, das quais as principais são: • O condicionamento ao desperdício. • O culto ao supérfluo e o gosto pela frivolidade. • A ostentação e a vaidade. • A inclinação ao que é falso. • A busca incessante do lazer. • O limitado entendimento da realidade da vida. Estas seis características resumem a essência do comportamento humano condicionado e submetido ao que chamamos hoje de “cultura de massa”. Essa incessante máquina de produzir “o Novo” e transformar desejos em “necessidades” num processo de sedução das mentes e dos corações no qual os indivíduos se tornam também “mercadoria”. Sem o sentirem se tornam desprovidos de um senso crítico ao ponto que seus valores e aspirações não são senão os valores e as aspirações da “massa” definidos pela máquina de produção e propaganda. Na realidade, essas características tornaram-se predominantes a medida que as sociedades sofreram um processo de decadência em seus valores tradicionais e os laços comunitários foram substituídos pela competição individualista. Como resultado, o que temos verificado é um irônico estado de infelicidade, frustração e solidão instalado na sociedade moderna, a despeito de tanto consumo de bens materiais e das inovações e comodidades ao alcance de tantas pessoas. A diretriz divina do Islam foi proporcionada pela misericórdia de Allah para libertar o gênero humano de todas as formas de escravidão. E esse padrão psicológico acima descrito é sem dúvida, uma prisão produzida na mente e no coração. Agora que abordamos o processo desse padrão psicológico que escraviza o homem a uma visão materialista, vejamos como o Islam nos orienta para que nos libertemos dele. O Condicionamento ao Desperdício. A desconexão com a sabedoria tradicional que se fundamentava numa relação direta com a natureza produziu o condicionamento ao desperdício. O Islam nos ensina que tudo o que a natureza nos proporciona é um bem, uma dádiva divina em relação a qual estamos comprometidos em fazer uso sábio. A inclinação ao desperdício surge a partir de uma incorreta noção da natureza e do valor dos benefícios que nos cercam. Diz o Sagrado Alcorão: “Deus foi Quem criou os céus e a terra e é Quem envia a água do céu, com a qual produz os frutos para o vosso sustento! Submeteu, para vós, os navios que, com a Sua anuência, singram os mares, e submeteu, para vós, os rios. (C.14 – V.32). E diz ainda: “Ó filhos de Adão, revesti-vos de vosso melhor atavio quando fordes às mesquitas; comei e bebei; porém, não vos excedais, porque Ele não aprecia os perdulários.” (C.7 – V.31). Assim, somos lembrados de que os benefícios e dádivas provém de Allah e não são produtos do acaso. Não podemos viver dirigidos por um sentido destrutivo de esbanjar tudo o que está a nosso alcance. Não detemos a posse absoluta de nenhuma das dádivas que provém de Deus, e portanto, devemos lembrar que as mesmas foram criadas para todas as criaturas, o que naturalmente não nos dá o direito de agirmos como “donos exclusivos”. É lamentável que tenha se tornado comum, por exemplo, o desperdício de água, pela simples razão de que “se possa pagar por ela”. O Islam nos ensina que tal atitude é uma forma de desrespeitar os direitos dos outros, não importa o pretexto que se use para tal. O remédio para esse condicionamento ao desperdício é adquirir a consciência de que todos os benefícios e recursos materiais que nos são dados provém da bondade de Allah e que a moderação no usufruto deles é um meio de adquirir felicidade neste mundo e no além. O Culto ao Supérfluo e o gosto pela Frivolidade. Trata-se de uma extensão natural do condicionamento ao desperdício. É um elemento importante do consumismo um apelo a eleger o supérfluo como uma necessidade vital. O Islam nos ensina a buscar a paz de espírito no cultivo da reflexão e na prática da bondade. Reflexão é o melhor antídoto para não fazermos de nossa própria mente o nosso pior inimigo. Isto é, considerar corretamente os nossos desejos e inclinações, descobrir qual o propósito que nos move, e então buscar o que for melhor e não o que seja conveniente aos nossos caprichos. Saibamos que não alcançaremos paz de espírito e felicidade segundo o número de peças de roupa que tenhamos em nosso guarda-roupa ou a quantidade de objetos que consigamos comprar e acumular em nossas casas. E é exatamente nisso que consiste o culto ao supérfluo e o gosto pela frivolidade: depositar expectativas de que essas coisas nos farão felizes e satisfeitos quando, na verdade, isso é impossível. Tal escolha e modo de pensar não leva senão a frustração, a angústia e ao medo da vida. Não por acaso, os que não crêem no que Deus revelou e que vivem segundo suas próprias concepções, são os que fazem dessas coisas a meta de suas vidas. Despendem grandes esforços e recursos para buscar satisfação naquilo que é supérfluo ou em preocupações com o que é leviano, até que a morte lhes chegue e reduza tudo isso a nada. Alguém que deseje escapar dessa armadilha da mente, deve preencher seu coração com a lembrança de Deus, examinar seu próprio coração à luz da orientação divina e se o fizer sinceramente, encontrará satisfação e clareza de entendimento. Substituir maus hábitos por bons embora nos pareça difícil, é uma tarefa que é facilitada quando substituímos nossos conceitos sobre a importância das coisas, e isso é possível quando adotamos o conhecimento correto proveniente do Livro de Allah, dos ensinamentos do Profeta (saas) e dos Imames de sua Casa (as). A Ostentação e a Vaidade. Como consequência lógica da anterior, esta característica se faz presente e se fundamenta na mesma visão incorreta sobre a condição humana no mundo. A busca de afirmação e segurança nos leva de maneira equivocada a acreditar que o nosso valor como pessoa é o resultado do quanto possamos incrementar nossa aparência e ostentar perante os demais os bens materiais que adquirimos. A palavra “sofisticação” ganhou uma posição de prestígio e distinção no mundo moderno; sintetiza a medida predominante que distingue o valor das coisas, ou ao menos a medida consagrada pela máquina de consumo. O grande equívoco neste caso se encontra na própria palavra “sofisticação” que significa apenas “falsidade, falácia, aparência enganosa”. Similar equívoco nos induz a supor que seremos mais felizes do que hoje somos se amanhã possuirmos mais e melhores bens de consumo, e, no entanto, esta é uma competição perdida; o culto ao “novo” decreta que tal esforço está fadado a frustração na medida que jamais há um fim para a “necessidade” de adquirir e ostentar. Então o que vemos é uma constante insatisfação e infelicidade instalada nas pessoas que, ironicamente possuem muito e do melhor e que não podem dizer-se de modo algum mais felizes do que aquelas que pouco ou nada tem. Esta constatação deveria por si só servir as pessoas para despertarem desse estado de autoengano. Não há qualquer possibilidade de libertar-se desse jugo senão reconhecer que toda Grandeza e Majestade pertence a Deus . O islã nos alerta para o fato de que a ostentação e a vaidade em qualquer maneira que se manifeste estão condenadas a encontrarem a ruína neste mundo ainda , desde que o tempo desfaz a boa aparência e o acúmulo de bens não nos livra do envelhecimento , da doença ou da morte. A Inclinação ao Que é Falso. Esta inclinação tem como principal fundamento a inconsciente tendência a negar aquilo que não “corresponde aos nossos desejos”. Enquanto uma pessoa elege seus próprios caprichos e desejos como “medida para a verdade” estará submetido a influência de tudo o que é falso e enganoso; porque a natureza da falsidade é conformar-se aos desejos humanos para atrair e dominar os incautos. Assim, vemos que a essência da propaganda e da publicidade é manipular nossos medos, nossos complexos e problemas pessoais. E atualmente essas técnicas tem sido empregadas mesmo em nome da “religião”; seitas e organizações religiosas com cuidadosas “encenações” prometem a “solução fácil” para os problemas e a satisfação dos desejos utilizando os mesmos métodos da publicidade. O Islam nos ensina que “soluções fáceis” e satisfação dos desejos são as principais armas que Xaitan utiliza para iludir os humanos e arrastá-los para a perdição neste mundo e no além. Ninguém pode livrar-se dessas armadilhas a menos que busque a compreensão da Verdade Revelada, não segundo seus caprichos pessoais tampouco com o intuito de conformar a Orientação Divina a seus desejos. Ou seja, somente renegando a adoração a nossos desejos e caprichos e buscando a adoração sincera a Deus alguém pode ser liberto dessa prisão da mente e do coração que o submete a falsidade. Ao contrário das características anteriores, esta não é um hábito a ser substituído, é, antes, uma má inclinação que sugere um desvio de caráter. Requer uma reforma pessoal a partir de uma atenta autocrítica, que possibilite a pessoa abandonar a visão egocêntrica que a leva a rejeitar o que não esteja de acordo com seus desejos. A Busca Incessante do Lazer. Esta característica, que tem sido explorada pela máquina de consumo, se apoia na reconhecida necessidade humana de um tempo para o lazer no qual a mente se refaça das atividades e tarefas da vida. Contudo, o que se constata em nossa época é uma obsessiva busca de lazer e entretenimento que reflete uma inconsciente e constante “fuga” da realidade. Como resultado, podemos dizer a visão da vida e do mundo que essas pessoas possuem é mais o produto de uma mescla de sonhos, projeções, sensações induzidas artificialmente e desejos inconscientes do que percepção da realidade. O Islam nos orienta a não negligenciarmos nem a necessidade do lazer e da distração tampouco renunciarmos a nossa obrigação de raciocinar sobre as questões essenciais da vida. Nos orienta a buscarmos o conhecimento da realidade espiritual e pautarmos nossas ações e escolhas segundo a diretriz divina, e não vivermos como se a nossa existência se passasse num imenso playground. Não há outro remédio para libertar o humano desse engodo para o qual sua própria mente o induz senão o reconhecimento da efemeridade da vida terrena e de seu objetivo real, tal como os profetas e mensageiros (as) predicaram. Ninguém, pois, que seja sensato tratará sua própria vida com semelhante descaso se tornar-se consciente de seu verdadeiro propósito. O Limitado Entendimento da Realidade da Vida.  Sendo a fonte de todas as características anteriores, esta é, na verdade, a que se puder ser eliminada, todas as outras o serão. O Sagrado Alcorão exemplifica a essência dessa mentalidade tacanha dizendo: “Distinguem tão-somente o aparente da vida terrena; porém, estão alheios quanto à outra vida. Porventura não refletem em si mesmos? Deus não criou os céus, a terra e o que existe entre ambos, senão com prudência e por um término prefixado. Porém, certamente muitos dos humanos negam o comparecimento ante o seu Senhor (quando da Ressurreição). (C.30 V.7 e 8). Os versículos sagrados descrevem a condição dessas pessoas definindo sua limitação de entendimento quer sobre a vida, sobre si próprios e sobre o mundo que os cerca; o que os leva a não acreditar na promessa divina do acerto de contas no dia do juízo. Em razão disso vivem de modo similar aos animais irracionais: para comer, beber, acumular, acasalar e satisfazer suas paixões, sem jamais considerar seriamente a razão de sua estada no mundo. É precisamente essa alienação da realidade espiritual que produziu inúmeras falsas concepções sobre o significado da existência; todas elas em harmonia com as conveniências e as inclinações pessoais. Quer os sistemas filosóficos ateístas ou a pura amoralidade, preconizam algo que pode se definir como “a ideologia do viver bem”. Segundo os que a seguem desde que “não há outra vida senão esta, o ser humano deve gozar o máximo dos prazeres do mundo”. O Sagrado Alcorão menciona a estes dizendo: “Não tens reparado, naquele que idolatrou a sua concupiscência! Deus extraviou-o com conhecimento, sigilando os seus ouvidos e o seu coração, e cobriu a sua visão. Quem o iluminará, depois de Deus (tê-lo desencaminhado)? Não meditais, pois? E dizem: Não há vida, além da terrena. Vivemos e morremos, e não nos aniquilará senão o tempo! Porém, com respeito a isso, carecem de conhecimento e não fazem mais do que conjecturar”. (C.45 - 23 e 24). Embora tal mentalidade não seja algo novo na história humana, podemos dizer que nessa como em nenhuma outra época tornou-se predominante. Alguns dos filósofos e cientistas sociais defendem a tese de que em razão da decadência do pensamento religioso e da ética revolucionária no ocidente, a chamada ideologia do “viver bem” efetivada pela lógica do consumo tornou-se algo como uma “nova religião” que prega a “felicidade possível nesse mundo”. Costumes e modas como o consumismo, a troca de casais, a gastronomia, o culto ao entretenimento, os esportes de alto risco, o consumo de drogas ou os jogos de azar são alguns exemplos da manifestação dessa mentalidade. Chega a ser impressionante que mesmo pessoas que se dizem religiosas quando perguntadas sobre suas concepções sobre a vida após a morte e um possível julgamento de Deus ou a existência do paraíso e do inferno, respondem que não acreditam senão na vida neste mundo. O Sagrado Alcorão resume a condição e o destino dessas pessoas dizendo: “Aqueles que não esperam o Nosso encontro, comprazem-se com a vida terrena, conformando-se com ela, e negligenciam os Nossos versículos.” (C.10 – V.7) “Quanto àqueles que preferem a vida terrena e seus encantos, far-lhes-emos desfrutar de suas obras, durante ela, e sem diminuição. Serão aqueles que não obterão não vida futura senão o fogo infernal; e tudo quanto tiverem feito aqui tornar-se-á sem efeito e será vão tudo quanto fizerem.”(C.11 – V.15 e 16). Assim, receberão no além na medida da consequência de sua descrença e suas obras más perdurarão enquanto suas eventuais boas obras se desvanecerão. Diante de tudo o que foi exposto aqui, percebemos que a oportunidade que nos é dada neste mundo deve ser aproveitada antes que a morte nos surpreenda. Não resta outra solução senão despertarmos para a realidade espiritual, e esse despertar significa libertar-se de todas as visões limitadas e falsas que pretendem escravizar nossa mente e nosso coração. Sanar a alma, tal como sanar o corpo significa adotar o tratamento adequado. Um homem fisicamente doente se apressa e se preocupa em buscar a cura, e, no entanto, prevalece no ser humano uma incompreensível tendência a negligenciar a doença de sua própria alma. Ao olhar ao nosso redor, vemos a todo instante os efeitos maléficos da mentalidade materialista e irreligiosa, vemos uma infelicidade que se aprofunda a despeito de tanta “alegria e prazer artificiais que o sistema proporciona”. Julgamos que a paz e a segurança possam ser garantidas pelo poder do cartão de crédito e, no entanto, não podemos explicar a depressão, a angústia e mesmo o suicídio de tantos “bem sucedidos”. Imam Asssadeq (as) disse: “aquele que devota seu coração a este mundo estará sujeito a três condições: preocupação sem fim, insaciáveis desejos e fútil esperança.” Possa Allah nos conceder a compreensão correta das coisas tal como são e nos guiar para o melhor neste mundo e no além. www.mesquitadobras.org.br. Abraço. Davi

domingo, 24 de julho de 2022

O QUE A NOSSA MORTE SIGNIFICA

 

Budismo. www.budismomoderno.org.br. O QUE A NOSSA MORTE SIGNIFICA? A nossa morte é a separação permanente entre o nosso corpo e a nossa mente. Podemos experienciar muitas separações temporárias do nosso corpo e mente, mas elas não são a nossa morte. Por exemplo, quando aqueles que concluíram seu treino na prática conhecida como “transferência de consciência” entram em meditação, a mente deles se separa do corpo. O corpo desses meditadores permanece onde estão meditando, mas a mente vai para uma Terra Pura e, então, retorna para o corpo deles. À noite, durante os sonhos, nosso corpo permanece na cama, mas a nossa mente vai para diversos lugares do mundo do sonho e, então, retorna para o nosso corpo. Essas separações de nosso corpo e mente não são a nossa morte, porque essas separações são apenas temporárias. Na morte, nossa mente separa-se permanentemente do nosso corpo. O nosso corpo permanece no local de sua vida, mas a nossa mente vai para os diversos lugares das nossas vidas futuras, como um pássaro deixando um ninho e voando para outro. Isso mostra claramente a existência das nossas incontáveis vidas futuras e que a natureza e a função do nosso corpo e da nossa mente são muito diferentes. Nosso corpo é uma forma visual que possui cor e formato, mas nossa mente é um continuum sem forma que sempre carece de cor e formato. A natureza da nossa mente é um vazio semelhante ao espaço, e ela atua percebendo ou entendendo objetos – essa é a sua função. Por meio disso, podemos compreender que o nosso cérebro não é a nossa mente. O cérebro é simplesmente uma parte do nosso corpo que, por exemplo, pode ser fotografado, ao passo que não podemos fazer o mesmo com a nossa mente. Podemos não ficar felizes ao ouvir sobre a nossa morte, mas contemplar e meditar sobre a morte é muito importante para a efetividade da nossa prática de Dharma. O motivo é que contemplar e meditar sobre a morte impede o principal obstáculo à nossa prática de Dharma – a preguiça do apego às coisas desta vida – e nos encoraja a praticar o puro Dharma agora. Se fizermos isso, realizaremos o verdadeiro sentido da vida humana antes da nossa morte. Como meditar sobre a morte. Primeiro, fazemos a seguinte contemplação: Com certeza, eu vou morrer. Não há nenhuma maneira de impedir que o meu corpo finalmente decaia. Dia após dia, momento após momento, a minha vida está se esvaindo. Eu não tenho ideia alguma de quando morrerei: a hora da morte é completamente incerta. Muitas pessoas jovens morrem antes de seus pais; outras, no momento, em que nascem – não há certezas neste mundo. Além disso, há muitas causas de morte prematura. As vidas de muitas pessoas fortes e saudáveis são destruídas em acidentes. Não há garantia de que não morrerei hoje. Tendo contemplado repetidamente esses pontos, repetimos mentalmente muitas e muitas vezes “pode ser que eu morra hoje, pode ser que eu morra hoje” e concentramo-nos no sentimento que isso evoca. Transformamos a nossa mente no sentimento “pode ser que eu morra hoje” e permanecemos estritamente focados nesse sentimento pelo maior tempo possível. Devemos praticar essa meditação repetidamente, até acreditarmos espontaneamente todos os dias: “pode ser que eu morra hoje”. Por fim, chegaremos à conclusão: “Já que terei de partir cedo deste mundo, não há sentido em ficar apegado às coisas desta vida. Em vez disso, a partir de agora devotarei toda a minha vida para praticar o Dharma pura e sinceramente”. Então, mantemos essa determinação dia e noite. Durante o intervalo entre meditações devemos, sem preguiça, aplicar esforço em nossa prática de Dharma. Realizando que os prazeres mundanos são enganosos e que eles nos distraem de usarmos nossa vida de uma maneira significativa, devemos abandonar o apego por eles. Dessa maneira, podemos eliminar o principal obstáculo à pura prática de Dharma. Os perigos de um renascimento inferior. O propósito desta explicação é encorajarmo-nos a preparar uma proteção contra os perigos de um renascimento inferior. Se não fizermos isso agora, enquanto temos uma vida humana com suas liberdades e dotes e a oportunidade para fazê-lo, será tarde demais quando tivermos qualquer um dos três renascimentos inferiores; além disso, será extremamente difícil obter uma preciosa vida humana novamente. Diz-se que é mais fácil para os seres humanos obterem a iluminação que para seres como os animais obterem um precioso renascimento humano. Compreendendo isso, vamos nos encorajar a abandonar não-virtude, ou ações negativas; praticar virtude, ou ações positivas; e buscar refúgio em Buda, Dharma e Sangha (os supremos amigos espirituais). Essa é a nossa verdadeira proteção. Cometer ações não virtuosas é a causa principal de renascimento inferior, ao passo que praticar virtude e buscar refúgio em Buda, Dharma e Sangha são as causas principais de um precioso renascimento humano – um renascimento no qual temos a oportunidade de obter a libertação permanente de todo o sofrimento. Ações não virtuosas graves são a causa principal de renascimento como um ser-do-inferno, ações não virtuosas medianas são a causa principal de renascimento como um fantasma faminto, e ações não virtuosas menores são a causa principal de renascimento como um animal. Existem muitos exemplos dados nas escrituras budistas sobre como as ações não virtuosas conduzem a renascimentos nos três reinos inferiores. Havia uma vez um caçador cuja esposa vinha de uma família de criadores de animais. Após morrer, ele renasceu como uma vaca, pertencendo à família de sua mulher. Então, um açougueiro comprou essa vaca, abateu-a e vendeu a carne. O caçador renasceu sete vezes como uma vaca, pertencendo à mesma família, e, dessa maneira, veio a se tornar o alimento de outras pessoas. No Tibete há um lago chamado Yamdroktso, onde muitas pessoas da cidade próxima costumavam passar suas vidas pescando. Certa vez, um grande iogue com clarividência visitou a cidade e disse: “eu vejo que as pessoas desta cidade e os peixes deste lago estão continuamente trocando suas posições”. O que ele quis dizer é que as pessoas da cidade que gostavam de pescar estavam renascendo como peixes, o alimento de outras pessoas, e os peixes no lago estavam renascendo como as pessoas que gostavam de pescar. Dessa maneira, trocando seus aspectos físicos, eles estavam continuamente matando e comendo uns aos outros. Esse ciclo de infortúnio continuou geração após geração. Como meditar sobre os perigos de um renascimento inferior. Primeiro, fazemos a seguinte contemplação: Quando o óleo de uma lamparina é consumido, a chama se extingue porque ela é produzida pelo óleo; mas, quando o nosso corpo morre, a nossa consciência não se extingue, porque a consciência não é produzida pelo corpo. Quando morremos, nossa mente tem de deixar este corpo atual, que é apenas uma morada temporária, e encontrar outro corpo, assim como um pássaro deixando um ninho e voando para outro. A nossa mente não tem liberdade de permanecer e não tem escolha para aonde ir. Somos soprados para o lugar do nosso próximo renascimento pelos ventos das nossas ações, ou carma (nossa boa ou má fortuna). Se o carma que amadurecer na hora da nossa morte for negativo, com toda a certeza teremos um renascimento inferior. Carma negativo grave causa renascimento no inferno, carma negativo mediano causa renascimento como fantasma faminto, e carma negativo menor causa renascimento como um animal. É muito fácil cometer carma negativo grave. Por exemplo, ao simplesmente esmagar um mosquito com raiva, criamos a causa para renascer no inferno. Nesta e em todas as nossas incontáveis vidas anteriores, cometemos muitas ações negativas graves. A não ser que já tenhamos purificado essas ações pela prática sincera de confissão, suas potencialidades permanecem em nosso continuum mental, e qualquer uma dessas potencialidades negativas poderá amadurecer quando morrermos. Mantendo isso em mente, devemos nos perguntar: “Se eu morrer hoje, onde estarei amanhã? É muito provável que eu me encontre no reino animal, entre os fantasmas famintos ou no inferno. Se alguém hoje me chamasse de vaca estúpida, acharia difícil tolerar isso, mas o que eu faria se realmente me tornasse uma vaca, um porco ou um peixe – o alimento de seres humanos?”. Tendo contemplado repetidamente esses pontos e compreendido como os seres nos reinos inferiores, tais como os animais, experienciam sofrimento, geramos um forte medo de renascer nos reinos inferiores. Essa sensação de medo é o objeto da nossa meditação. Retemos, então, essa sensação sem esquecê-la; a nossa mente deve permanecer estritamente focada nessa sensação de medo pelo maior tempo possível. Se perdermos o objeto da nossa meditação, renovamos a sensação de medo recordando-a imediatamente ou repetindo a contemplação. Durante o intervalo entre meditações, devemos tentar nunca nos esquecer da nossa sensação de medo de renascer nos reinos inferiores. Em geral, medo é algo sem sentido, mas o medo gerado por meio da contemplação e meditação acima tem um imenso significado, porque ele surge da sabedoria e não da ignorância. Esse medo é a principal causa de buscar refúgio em Buda, Dharma e Sangha, a verdadeira proteção contratais perigos, e nos ajuda a sermos conscienciosos e atentos em evitar ações não virtuosas. Página 36. www.budismomoderno.org.br. Abraço. Davi.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

FADAS

 

Teosofia.  Livro O Reino dos Devas e dos Espíritos da Natureza. Texto de Geoffrey Hodson (1886-1983). FADAS. De todos os habitantes do Reino da Fantasia que pude observar, a “fada” autêntica, tal como a descrita neste capítulo, é aquela cujo contato me proporcionou o maior prazer e com quem sinto uma afinidade maior. A fim de ajudar o leitor a visualizar claramente o aspecto de uma fada, recomendo o estudo das fotografias de fadas que ilustram o livro de Sir Arthur Conan Doyle (1859-1930), The Coming of the Faireis (O Advento das Fadas). Pessoalmente, estou convencido da bona fides (de boa-fé) das duas moças que tiraram as fotografias. Passei algumas semanas na companhia delas e de seus familiares e certifiquei-me da autenticidade de suas clarividências, bem como da presença de fadas exatamente iguais às fotografadas no vale de Cottingly – Reino Unido, e da absoluta honestidade de todos os envolvidos no caso. UMA FADA DOURADA. No jardim, 17 de outubro de 1921. A sua coloração é positivamente clara, ela é risonha e cheia de alegria, possui uma expressão franca e destemida e é rodeada por uma aura dourada, em que se pode delinear o contorno de suas asas. Observa-se também uma ponta de travessura em sua pose e fisionomia, como se ela se preparasse para pregar alguma peça nos pobres mortais que se dispõem a estuda-la. Sua atitude se transforma subitamente e ela se põe séria. Esticando ao máximo os braços, mergulha num estado de concentração que tem por efeito reduzir o tamanho de sua aura e interiorizar lhe as energias. Após manter-se nesse estado por cerca de quinze segundos, ela liberta toda a energia represada, que se propaga por todas as direções sob a forma de fluxos energéticos dourados e parece afetar todos os talos e flores que se acham ao seu alcance. Ela se encontra no meio de crisântemos (grupos de ervas arbustivas e de cheiro forte; pertencem a família das margaridas). A vibração que já se fazia presente no local, provavelmente por causa de atividades similares de sua parte, é então reforçada. Outro efeito dessa operação é fazer com que o duplo astral da moita brilhe com redobrada intensidade, efeito este que se pode notar também nas raízes. FADAS DA ILHA LE MANX – Reino Unido. Nas encostas ocidentais do Snaefell. Agosto de 1922. Encontramos uma raça encantadora desse “povinho” quando escalávamos a montanha, a partir de Sulby Glen, uma raça que se distinguia, em muitos pontos, dos espíritos da Natureza ingleses. Tendo de dez a quinze centímetros de altura, seu aspecto sugere, em miniatura, homens e mulheres de eras muito remotas. Ao contrário de seus irmãos do continente, eles se movem calmamente, quase com languidez (moleza), pela encosta da colina. Seus olhos, que têm uma expressão suave e sonhadora, são amendoados e estreitos. O rosto ostenta um perpétuo sorriso; os traços são bem proporcionados, embora o queixo seja excessivamente recuado. Parece haver representantes de ambos os sexos, as mulheres trajando longos vestidos estampados e coloridos e os homens com vestimentas feitas de um material lustroso, parecido com a seda, predominando uma cor azul escuro de brilho elétrico. Sugerem vagamente um cavalheiro e uma dama do período Stuart da Inglaterra (1603-1714), mas suponho que as suas figuras sejam modeladas com base em povos bem mais antigos. Produzem uma música suave, semelhante ao som de uma flauta, e que, provindo simultaneamente de várias fontes, causa um efeito como que de um gorjeio (trinado que os pássaros fazem quando cantam). Eles dançam e brincam na encosta da colina, que se mostra povoada por um sem número dessas criaturas. Ocasionalmente, surgia no meio deles uma criatura que lembrava um pouco um gnomo, embora provida de patas traseiras como as de um animal. Estas criaturinhas não possuem asas e carecem de intensa vitalidade que caracteriza todas as outras espécies de fadas com que nos deparamos. A sua consciência mal chega a influir sobre suas formas: algumas delas dão a impressão de estar caminhando enquanto dormem. São extremamente gentis e cordiais em seu relacionamento mútuo, exprimindo antes amor, do que alegria. A sua existência é das mais pacíficas e sossegadas, quase como num sonho. O núcleo vital parece estar localizado exatamente na parte mais estreita do dorso, no ponto de ligação entre os corpos físicos e astral, flutuando este um pouquinho atrás e acima daquele. É uma criatura informe cujas cores predominantes são o rosa e o prateado, que apresentam uma intensa luminosidade. Parece estar parcialmente incorporada. Trata-se, provavelmente, de uma raça bastante antiga, a ponto de se encontrar em vias de extinção. FADAS. Kendal, dezembro de 1922. Aqui vive uma variedade bastante atraente de fadas. Elas possuem a expressão mais suave e gentil que já me foi dado ver, à exceção talvez das fadas da Atlântida (o continente perdido, submerso em provavelmente 10.986 AC, nas profundezas frias e escuras do oceano Atlântico) observadas nas encostas ocidentais do Snaefell. São verdadeiramente belas e se deslocam da maneira mais delicada possível, com extrema graça e beleza. Uma delas nos avistou, mas não parecia estar amedrontada. Com a mão direita, ela suspende o vestido diáfano (transparente), no qual se podem discernir as cores rosa e branco. Com a esquerda, carrega algum objeto que no momento não consigo identificar; seus membros se mostram descobertos, seus cabelos são longos e soltos e em torno da cabeça piscam pequenos pontos de luz, tal uma grinalda; é tão formoso o seu porte que, não fosse a falta total de autoconsciência e a perfeita candura transmitida pela expressão do rosto e dos olhos, eu teria julgado que ela posava. Vejo por todos os lados outros exemplares tão belos como este, os quais se distinguem entre si por algum ínfimo pormenor. Uma delas, que se encontra de costas para mim, possui cabelos longos e escuros, que caem livremente bem abaixo da cintura; o seu braço, alvo e belo, estende-se à sua frente e um pouco para o lado à medida em que ela caminha lentamente pelo bosque. O lugar parece ser o próprio Reino da Fantasia, e se houvesse tempo eu poderia passar horas descrevendo as suas criaturas. Preston,1922. Um belo espírito da Natureza, do sexo feminino, exatamente igual a um pequeno deva das árvores, tem sua morada numa espessa sebe das redondezas, por onde proliferam amoreiras silvestres, plantas rasteiras e espinheiros avermelhados. Obviamente, processos similares àqueles que ocorrem com as árvores verificam-se também nas extensas sebes (arbustos). Este espírito da Natureza constitui uma atração toda especial. Possui cerca de um metro ou um metro e trinta de altura, veste uma roupa leve, um vestido ondulante e transparente, e olha direto para nós, com um sorriso dos mais francos e cordiais. Demonstra uma incrível vitalidade e dá a impressão de manter em perfeito equilíbrio uma grande energia dinâmica. A sua aura é singularmente intensa, assemelhando-se a uma nuvem, com tons suaves, porém radiosos, na qual piscam e se irradiam deslumbrantes feixes de luz. As suas cores não tem paralelo com as cores conhecidas, em matéria de delicadeza, abrangendo matizes suaves de rosa claro, verde claro, lavanda e azul celeste, perpassados continuamente por brilhantes feixes luminosos. Ela se encontra num estado de exaltada felicidade. A título de experiência, submeti-me voluntariamente ao forte fascínio de sua presença e, por algum tempo, inconsciente do meu corpo, porém suficientemente desperto para retornar a ele quando assim o desejasse, experimentei um pouco da radiante e jubilosa felicidade que parece constituir o estado permanente de todos os habitantes do Reino de Fantasia. Um contato mais direto oferece riscos; exige um esforço supremo, o abandonarmos a existência carnal para uma vez mais retornarmos a ela. 26 de setembro de 1921. Numa clareira, a poucas milhas de casa. Árvores belas e velhas, apresentando já a sua coloração outonal, um ribeirão que corre suavemente e a luz do Sol de outono que tudo banha. A superfície destes campos acha-se densamente povoada por fadas, por duendes, elfos, e por uma espécie de criatura da relva, algo entre um elfo e um duende, embora de tamanho menor e aparentemente menos evoluída que ambos. As fadas adejam pelo lugar com seus breves voos, assumindo poses muito graciosas. Manifestam em seu mais lato grau virtudes como a despreocupação, a graça e a joia de viver. Algumas delas voam pelo lugar separadamente. Entre um pouso e outro, observam uma pequena pausa. Parecem transportar alguma coisa que, a cada pouso, é transmitida à relva ou às flores; pelo menos, tocam com as mãos o terreno em que vão aterrissar, como se estivessem aplicando-lhe alguma substância, para, em seguida, tornarem a levantar voo rapidamente. São visíveis mais claramente nos momentos em que vão pousar ou levantar voo; depois de pousar, desaparecem de vista. São fêmeas. Os seus vestidos costumam ser de cor branca ou rosa clara, sendo justos e confeccionados de um material lustroso, com textura extremamente fina, preso à altura da cintura e brilhando como uma madrepérola de várias cores. As pernas e os braços mostram-se a descoberto. As asas são pequenas e alongadas, de formato oval. FADAS DANÇARINAS. Cottingly. Agosto de 1927. Uma intensa radiação luminosa espalha-se pelos campos, sendo visível a uma distância de quinhentos metros. Ela é ocasionada pela chegada de um grupo de fadas que se acham sob o controle de uma fada superior, bastante severa e taxativa em suas ordens, exercendo uma autoridade incontestável. Elas se espalham num círculo cada vez maior à sua volta e, à medida em que o fazem, uma suave incandescência alastra-se pela relva. De dois minutos para cá, desde que elas passaram a voar até o alto das árvores e daí de volta ao chão, o círculo expandiu-se até alcançar um diâmetro aproximado de três metros e meio, achando-se magnificamente iluminado. Cada um dos integrantes desse bando de fadas está em contato com a fada que as conduz, posicionada no centro do círculo e um pouquinho mais acima do que as outras, devido à ação de jatos de luz. Tais juros apresentam variados matizes de amarelo, com propensão para o laranja, convergindo para o centro e ali fundindo-se à aura, podendo observar-se ainda um continuo fluxo, para o centro ou vice-versa, em volta deles. A forma assim produzida apresenta-se tal qual uma compoteira (vaso de vidro ou louça com tampa) invertida, fazendo a fada dirigente as vezes de suporte, e as linhas luminosas, que fluem segundo uma curva graciosa e uniforme, o bojo. Suas atividades ininterruptas estavam engendrando uma forma mais complexa ainda, mas infelizmente o adiantado da hora nos obriga a partir. Lake District. Agosto de 1922. Um grupo de fadas dança e dá cambalhotas sobre um pequeno platô do outro lado do ribeirão. Seus corpos possuem formas femininas e sua principal vestimenta é de cor azul clara; suas asas, que possuem um formato quase oval, agitam-se constantemente enquanto elas dançam, em círculo e de mãos dadas. Algumas delas trazem um cinturão folgado, do qual pende um instrumento parecido com uma corneta. Todas estão recobertas por um material que serve para ocultar as suas figuras, mais do que se observa geralmente entre essa espécie de espíritos da Natureza. Medem aproximadamente quinze centímetros. Os cabelos, que em todas elas são de cor marrom, apresentam desde as tonalidades mais claras até as quase negras. A figura da fada apresenta uma cor rosa clara bastante esmaecida, verificando-se também, em quase todos os casos, uma cor azul clara na aura e nas asas. Elas estão representando alguma coisa não muito diversa de uma dança folclórica; e suponho que seja o seu pensamento que engendra inúmeras e minúsculas margaridas que aparecem e desaparecem, às vezes sob a forma de uma única flor, outras vezes reunidas em grinaldas ou coroas. Elas descarregam, na atmosfera, considerável quantidade de uma energia especial sob a forma de faíscas prateadas. O efeito produzido por esse espetáculo de eletricidade em miniatura, fluindo através de suas auras e do curioso alumbramento ou névoa em que todo o grupo é banhado, é dos mais belos. Esta névoa alcança uma altura de vinte a vinte e cinco centímetros, atingindo o seu ponto mais alto acima do centro do grupo. O seu efeito sobre as fadas é o de proporcionar-lhes um sentimento de completo isolamento. De fato, as outras espécies de espíritos da Natureza que se acham na vizinhança mantêm-se afastadas da esfera encantada. Agora, elas modificam a sua formação e passam a realizar uma evolução bastante complexa, produzindo eixos radiais através do círculo. Elas não permanecem exatamente no mesmo lugar, pois, quando o grupo se move, a aura isolada também o acompanha. A dança, que é também um ritual, lembra certos personagens dos Lanceiros. Possuem um apurado senso de ritmo, pois, apesar de seus movimentos espontâneos e livres, conseguem “manter o passo”. Enquanto eu as observo, uma figura cor de rosa, semelhante a um glóbulo ou a um coração, desenvolveu-se lentamente no centro do círculo, descarregando a cada pulsação uma força que flui segundo finas linhas ou estrias. O invólucro áurico expandiu-se consideravelmente, e não deixa de lembrar uma grande compoteira de vidro invertida. Parecem alimentar a ideia de que estão constituindo um edifício, pois agora surgem divisões radiais, extremamente finas e brilhantes, que dividem a fundação em compartimentos. Aos poucos, o grupo vai deixando o meu campo de visão. Lancashire. 1921. Estamos rodeados por um grupo de encantadoras fadas dançarinas. Elas sorriem, cheias de alegria. A líder, nesse caso, é uma figura feminina com provavelmente sessenta centímetros de altura, envolvida por roupagens transparentes e ondulantes. Na sua testa, há uma estrela. Possui grandes asas que refletem matizes pálidos e delicados, do rosa à lavanda; com a rapidez de seus movimentos, entretanto, o efeito produzido é branco. Os cabelos são finos e castanhos dourados e, ao contrário das fadas menos evoluídas, caem para trás e se confundem com as forças fluentes menos evoluídas, caem para trás e se confundem com as forças fluente da aura. A sua figura é perfeitamente proporcionada, com formas arredondadas como as de uma garotinha. Na mão direita, ela segura uma varinha de condão. Embora sua expressão seja de pureza e ingenuidade, o rosto transmite ao mesmo tempo uma decidida impressão de força. Isso se nota particularmente nos olhos azuis e abertos, que ardem como chama e tem todo o aspecto de fogo vivo. A testa é alta e imponente, os traços são pequenos e redondos, as pequeninas orelhas constituem um poema de perfeição física. Não existe nenhuma angulosidade neste figura de uma beleza transcendental. O porte da cabeça, do pescoço e dos ombros é majestoso, sendo toda a sua pose um modelo de graça e beleza. Uma radiação azul clara envolve essa gloriosa criatura, tornando-se ainda mais bela, enquanto jatos de luz dourada partem de sua cabeça e a circundam. A parte inferior da aura é cor de rosa e iluminada por uma luz branca. Ela tem consciência de nossa presença e, por isso, permaneceu graciosamente imóvel para que essa descrição pudesse ser feita. Ela  ergue a sua varinha de condão que possui aproximadamente o comprimento de seu antebraço e brilha com uma luz branca, ardendo com uma luz amarelada nas extremidades. Ela se reclina graciosamente, exatamente como uma prima dona faria para agradecer a uma plateia educada. Ouve-se uma música um tanto tênue e remota, demasiado sutil para que eu possa representá-la, uma música que seria como que produzida por minúsculas agulhas, delicadamente entoada e marcada pela batida de martelos também minúsculos. Trata-se antes de uma série de tinidos do que de uma melodia contínua, talvez porque eu seja incapaz de captá-la integralmente. O grupo, então, levanta voo e desaparece no ar. Livro O Reino dos Devas e dos Espíritos da Natureza. Ótimo. Abraços.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

DA INUTILIDADE DOS ÍDOLOS

 

Cristianismo. www.ecclesia.com.br/biblioteca/pais. DA INUTILIDADE DOS ÍDOLOS em São Cipriano de Cártago. Esse Pai da Igreja falecido em 258 da Era Cristã. Estes que não são deuses, os quais as pessoas comuns adoram, são conhecidos por isto. Eles eram anteriormente reis, que por conta de suas memórias reais começaram a ser adorados por seus povos, mesmo depois de mortos. Desde então templos foram erigidos em honra deles; desde então imagens foram esculpidas para conservar as expressões do falecido; e homens sacrificaram vítimas, e celebraram dias de festas, com a intenção de lhes dar honras. Então, para os que vieram depois, estes ritos tornaram-se sagrados, os quais, primeiramente, foram adotados como um conforto. E agora vamos ver se esta verdade é sensata em casos particulares. 2. Melicertes e Leucothea são precipitados no mar, e tornam-se divindades do mar. Os Castores morreram periodicamente, para que possam viver. Esculápio é atingido por um raio para que possa se transformar em um deus. Hércules, para que possa se transformar em um deus, é queimado nas chamas de Oeta. Apolo alimentou os rebanhos de Admeto; Netuno erigiu muralhas para Laomedon, e infelizmente não recebeu pagamento por seu trabalho. A caverna de Júpiter é para ser vista em Creta, e sua sepultura é mostrada; e é manifestado que Saturno foi expulso por ele, e que por ele Lácio recebeu seu nome, como sendo seu esconderijo. Ele foi o primeiro que ensinou a grafar as letras; ele foi o primeiro que ensinou a cunhar dinheiro na Itália e, além disso, o tesouro é chamado tesouro de Saturno. E ele também foi o cultivador da vida rústica, e por isso é representado como um homem velho carregando uma foice. Jano o recebeu com hospitalidade quando ele foi expulso e é chamado Janículo. O mês de janeiro recebe seu nome dele. Ele mesmo é retratado com duas faces pois, posto no meio, parece olhar igualmente em direção ao começo e ao fim do ano. O Mauri, de fato, manifestamente adora reis, e não oculta seus nomes por nenhum disfarce. 3. Por causa disso a religião politeísta muda a cada nação e província, na medida em que nenhum deus é adorado por todos, mas cada um adora o seu ancestral de forma peculiar. Para comprovar que isso é assim, Alexandre, o Grande, escreveu em um volume endereçado a sua mãe que, através de seu poder, a doutrina dos deuses que era mantida em segredo foi aberta a ele por um sacerdote, pois esta era a memória dos ancestrais e reis que eram realmente mantidas, e que por causa disso os ritos de adoração e sacrifício cresceram. Mas se deuses nasciam em qualquer tempo, por que eles não nascem atualmente também? A menos que, de fato, Júpiter tenha crescido muito velho, ou a faculdade de suportar tenha reprovado Juno. 4. Mas porque pensais que os deuses podem valer-se em nome dos Romanos, quando vê-se que não podem fazer nada por si mesmos? Pois sabemos que os deuses dos Romanos são ingênuos. Rômulo foi feito deus pelo falso testemunho de Próculo, e Pico, e Tiberino, e Pilumno, e Cônso, que como um deus da traição teve que ser adorado, apenas como se ele tivesse sido um deus dos advogados, quando sua perfídia resultou no estupro de Sabines. Tácio também criou e adorou a deusa Cloacina; Hortílio, Terror e Pálida. Logo, eu não sei por quem, Febre foi dedicada, e Acca e Flora às prostitutas. Estes são os deuses romanos. Mas Marte é um traciano, Júpiter é cretense; Juno é de Argiva ou da Sâmia ou de Cartago; Diana é de Tauro e a mãe dos deuses, de Ida; há ainda os monstros egípcios, que não são deuses, os quais seguramente, se tivessem algum poder, teriam preservado a eles mesmos e aos seus povos. Certamente há entre os romanos, também, o vencido Penates, o qual o fugitivo Aeneas introduziu com a finalidade de ser adorado. Há também Vênus, mais desonrada pelos seus atos em Roma que por ter sido ferida, de acordo com Homero. 5. Reinos não se elevam à supremacia através do mérito, mas sim pelo acaso. Um dos impérios foi formado pela união dos assírios, medos e persas; e nós sabemos, também, que os gregos e egípcios tiveram seu período de glória. Depois, pela variação de poder, o período de glória passou para os romanos e para outros. Mas se retornarmos às suas origens, ficaremos corados. Tais povos foram unidos pela imoralidade e por seus crimes, e a impunidade de seus crimes cresceu; e seu rei tornou-se um criminoso, pois Rômulo tornou-se um fratricida. Eles roubam, praticam a violência, enganam na intenção de aumentar a população do Estado; seus casamentos consistem na quebra da hospitalidade e em lutas cruéis com seus sogros. O consulado, além disso, é o mais alto grau de honra, em Roma, pois sabemos que o consulado existe desde que o reino foi fundado. Brutus pôs seus filhos à morte, para que a consideração de sua dignidade pudesse aumentar pela aprovação de sua maldade. O reino romano, entretanto, não cresceu da santidade da religião, nem da sorte e do augúrio, mas mantém seu tempo marcado dentro de um limite definido. Além disso, Régulo observava a adivinhação pelo vôo dos pássaros, mas foi feito prisioneiro; e Mancino observava suas obrigações religiosas, mas foi subjugado. Paulo tinha galinhas que se alimentavam, mas foi morto em Cannae. Caio César desprezou os augúrios e as previsões que se opunham ao envio de seus navios à África antes do inverno, e facilmente navegou e conquistou-a. 6. De todos os estes, porém, o princípio é o mesmo que engana e ilude, e com truques que escondem a verdade, conduzem um crédulo simples e tolo ao erro. Eles são espíritos impuros e vagantes que, depois de terem sido macerados em vícios terrestres, partiram do vigor celestial deles pelo contágio de terra, e não cessam, quando arruínam eles mesmos, de buscar a ruína de outros; e quando se degradam, infundem em outros o erro de sua própria degradação. Estes demônios os poetas também reconhecem, e Sócrates declarou que ele foi instruído e regido pela guarda de um demônio; e por isso os Magos têm um poder tanto para dano como para escárnio, de quem, porém, Hostanes diz que a forma do verdadeiro Deus não pode ser vista, e declara que anjos ficam rodando em volta do trono dEle. Em que Platão também concorda no mesmo princípio, e, mantendo um Deus, chama o reto de anjos ou demônios. Além disso, Hermes Trismegisto fala de um Deus, e confessa que Ele é incompreensível e além de nossa estimação. 7. Estes espíritos, então, estão espreitando debaixo das estátuas e imagens consagradas: eles inspiram os peitos de seus profetas com seu sopro, animam as fibras das entranhas, dirigem os vôos dos pássaros, regem os lotes, dá eficiência aos oráculos, sempre estão misturando falsidade com verdade, porque são ambos enganados e enganadores; eles perturbam suas vidas, eles inquietam seus sonos; seus espíritos também rastejam em seus, secretamente atormentando suas mentes; torcem seus membros, destroem suas saúdes, excitam doenças para forçar sua adoração, de forma que quando o altar está saturado com o vapor das pilhas de gado, lhes dá a impressão de terem soltado o que tinham ligado, e assim pareça terem efetuado uma cura. O único remédio deles é quando seus próprios danos cessam; nem têm eles qualquer outro desejo além de chamar os homens para longe de Deus, e os levar para longe da compreensão da verdadeira religião, levando-os para a superstição com respeito a eles mesmos; e desde que eles mesmos estão debaixo do castigo, (desejam) buscar para eles companheiros no castigo, os quais podem, pelo engano deles, torná-los cúmplices em seus crimes. Porém, estes, quando forçados por nós através do verdadeiro Deus, imediatamente se rendem, e são constrangidos a saírem dos corpos possuídos. Você pode vê-los na nossa voz, e pela operação da majestade escondida, atingidos duramente com faixas, queimado com fogo, esticados com o aumento de um castigo crescente, uivando, gemendo, pedindo, confessando de onde eles vieram e quando partem, até mesmo ouvindo falar dessas muitas pessoas que os adoram, e qualquer um que pula adiante imediatamente ou desaparecendo gradualmente, até mesmo como a fé do sofredor vem em ajuda, ou a graça dos efeitos de curandeiro. Consequentemente, eles urgem as pessoas comuns para detestarem nosso nome, de forma que os homens começam a nos odiar antes deles nos conhecerem, pois conhecendo-nos ou eles deveriam nos imitar, ou eles não teriam motivo para condenar-nos. 8. Portanto o único Senhor de tudo é Deus. Sendo sublime, não pode possivelmente ter qualquer obrigação, pois só ele possui todo o poder. Além disso, nos deixe pegar emprestado uma ilustração para o governo divino da terra. Sempre que se fez uma aliança em realeza não começaram elas em boa fé e terminaram em derramamento de sangue? Assim a fraternidade do Tébanos estava quebrada, e a discórdia durou até mesmo na morte, na desunião de suas cinzas. E um reino não pode conter os gêmeos romanos, embora o abrigo de um útero os tenha segurado. Pompéia e César eram parceiros, e não mantiveram o laço de sua relação no poder invejoso deles. Não deve você se maravilhar disto em relação ao homem, já que nisto estão todos os consentimentos da natureza. As abelhas têm um rei; os rebanhos têm um líder e uma regra. Suficiente é a Regra do mundo todo; quem comanda todas as coisas, tudo o que eles são, com sua Palavra, os dispõe por sua Sabedoria, e os realiza por seu poder. 9. Ele não pode ser visto - Ele é muito luminoso para visão; nem compreendido - Ele é muito puro para nosso discernimento; nem calculado - Ele é muito grande para nossa percepção; e, portanto, nós só estamos O calculando meritoriamente quando nós dizemos que Ele é inconcebível. Mas que templo pode ter Deus, de quem templo o mundo inteiro é? E enquanto o homem mora longe e distante, devia eu me calar sobre o poder de tal grande majestade dentro de um edifício pequeno? Ele deve ser dedicado em nossa mente; em nosso peito Ele deve ser consagrado. Nem deve você perguntar o nome de Deus. Deus é o nome dele. Entre esses há necessidade de nomes onde uma multidão é para ele distinguido por apropriadas características de títulos. Para Deus que é só, pertence todo o nome de Deus; então Ele é único, e Ele na sua totalidade está em todos os lugares. Pois até mesmo as pessoas comuns em muitas coisas naturalmente confessam Deus, quando suas mentes e almas são prevenidas de seu autor e origem. Nós frequentemente ouvimos dizer: “Ó Deus,” e “Deus vê” e “Eu recomendo para Deus” e “Deus o dá,” e “Como vai Deus,” e “Se Deus deveria conceder”; “E esta é a mesma altura de pecadores, recusar o conhecimento dele”, o qual você não pode conhecer. 10. Mas aquele Cristo é o caminho pelo qual a salvação passou a nós, pois esta é a maneira, o plano, pois esta maneira, é o meio. Em primeiro lugar, um favor com Deus foi dado aos judeus. Assim eles de velhos eram íntegros; assim seus antepassados eram obedientes aos compromissos religiosos deles. Por isso, com eles, suas regras sublimes floresceram, e a grandeza da raça deles avançou. Mas subsequentemente tornando-se negligentes de disciplina, orgulhosos, e erguendo a cabeça com confiança aos seus pais, eles menosprezaram os preceitos divinos, e perderam o favor conferido neles. Mas como o profano se tornou a vida deles, a ofensa para a religião violada deles foi contraída, até eles mesmos agüentam testemunhar, desde que, embora eles estejam calados com suas vozes, eles confessem isto pelo seu fim. Se espalhado e se desgarrado, eles vagam; desterrados da própria terra deles, eles são lançados na hospitalidade de estranhos. 11. Além disso, Deus previamente tinha predito que isto aconteceria, de como as eras passariam, e que o fim do mundo estava próximo; Deus irá juntar para Ele todas as nações, e as pessoas, e lugares, adoradores muito melhores em obediência e mais fortes na fé, de que tiraria o presente divino de clemência que os judeus tinham recebido e tinham perdido por menosprezarem suas ordenações religiosas. Portanto, desta clemência e graça são enviados a Palavra e Filho de Deus como o dispensador e mestre, o qual por todos os profetas antigos foi anunciado como o iluminador e professor da raça humana. Ele é o poder de Deus, Ele é a razão, Ele é sabedoria e glória; Ele foi concebido por uma virgem; por ação do Santo Espírito, Ele é dotado com carne; Deus é entrosado com homem. Este é nosso Deus, este é Cristo que, como o mediador dos dois, tornou-se homem, o qual Ele pode conduzir para o Pai. O que o homem é, Cristo estava disposto ser, para que o homem também possa ser o que o Cristo é. 12. E os judeus sabiam que o Cristo estava para vir, pois Ele sempre foi anunciado a eles pelos profetas. Mas o advento dele, sendo significado a eles duplamente - primeiro, o que deveria descarregar o ofício e exemplo de um homem; segundo, o outro que deveria declará-lo como Deus - eles não entenderam o primeiro advento que precedeu, como sendo escondido em sua paixão, mas acreditam no único que será manifesto em poder. Mas para que os judeus não pudessem entender isto, era em razão do deserto de seus pecados. Eles foram castigados, assim, pela cegueira de sua sabedoria e inteligência. Eles eram desmerecedores da vida, tiveram a vida ante seus olhos, e não a viram. 13. Então quando Cristo Jesus, conforme o que tinha sido previamente predito pelos profetas, arrebanhar para longe dos homens os demônios por sua palavra, e pelo comando de sua voz erguer os paralíticos, limpar os leprosos, iluminar os cegos, der o poder de movimento para os mancos, elevar os mortos novamente, compelir os elementos para O obedecer como servos, os ventos para O servir, os mares para O obedecer, as mais baixas regiões para render culto a Ele, os judeus, que tinham acreditado nele somente pela humildade de sua carne e corpo, O consideraram como um feiticeiro pela autoridade de seu poder. Seus mestres e líderes, isto é, aqueles a quem Ele subjugou tanto pela sabedoria como pelo conhecimento, inflamados com ira e estimulados com indignação, finalmente O agarraram e O entregaram a Pôncio Pilatos, que era então o procurador da Síria em nome dos romanos, exigindo com urgência sua violenta e obstinada crucifixão e morte. 14. Que eles fariam isto, Ele também tinha predito; e o testemunho de todos os profetas O tinha precedido de certa forma, que era necessário que Ele sofresse; não que Ele pudesse sentir a morte, mas que Ele poderia conquistar a morte, e que, quando Ele deveria ter sofrido, Ele deveria retornar novamente ao céu, para mostrar o poder da majestade divina. Então o curso de eventos cumpriu a promessa. Pois quando crucificado, o ofício do executor sendo antecipado, Ele de próprio teve seu espírito tomado, e no terceiro dia, livremente ressuscitou da morte. Ele apareceu aos seus discípulos como Ele tinha sido. Ele deu a si mesmo para o reconhecimento daqueles que o viram, reunidos juntos com Ele; e sendo evidente pela substância de sua existência corporal completamente existente, Ele retirou-se durante quarenta dias nos quais eles poderiam ter sido instruídos por Ele nos preceitos da vida, e poderiam aprender o que eles estavam para ensinar. Então, em uma nuvem que os rodeou, Ele foi erguido para o céu como um conquistador que Ele poderia trazer ao Pai, Homem o qual Ele amou, quem Ele pôs acima, quem Ele protegeu da morte; logo virá do céu para o castigo do diabo e para o julgamento da raça humana, com a força de um vingador e com o poder de um juiz; ainda os discípulos, espalhados em cima do mundo, à licitação que seu Mestre e Deus deu adiante seus preceitos para salvação, homens para guiar os cegos até a luz, e deu olhos aos cegos e ignorantes para o reconhecimento da verdade. 15. E como a prova poderia não ser menos significativa, e a confissão de Cristo poderia não ser uma questão de prazer, eles são experimentados por torturas, através de crucificações, por muitos tipos de castigos. A dor, que é o teste da verdade, é trazida para mostrar que Cristo, o Filho de Deus, o qual é confiado aos homens por suas vidas, não só poderia ser anunciado pela voz, mas pelo testemunho dos sofrimentos. Então nós O acompanhamos, nós O seguimos, nós O temos como o Guia de nosso caminho, a Fonte da luz, o Autor da salvação, prometendo tanto o Pai como o céu para esses que buscam e acreditam. O que o Cristo é, nós os cristãos deveremos ser, se nós imitarmos o Cristo. www.ecclesia.com.br/biblioteca. Abraço. Davi

segunda-feira, 18 de julho de 2022

O JUDAÍSMO E OS SIGNOS DO ZODÍACO

 

Judaísmo. www.morasha.com.br. O JUDAÍSMO E OS SIGNOS DO ZODÍACO. Segundo a Torá é totalmente proibido consultar astrólogos ou horóscopo; entretanto, o Talmud nos diz que astros e planetas oferecem influência sobre criaturas e que o astro (mazal) pode tornar a pessoa mais rica e mais sábia. O judaísmo acredita na influência dos astros sobre as pessoas e as criaturas em geral? O judaísmo não duvida que há um sistema inteiro de constelações, astros e planetas que exercem influência sobre as criaturas. Aliás, o Talmud nos diz que "Malchuta deará ke'en malchuta derakiá". "O reinado aqui é um reflexo do Reinado Celeste", da mesma forma que um rei possui ministros e tem a sua corte, assim também funciona nas alturas. Então, não há dúvida de que os habitantes da "mansão Celeste" têm influência. O Talmud, no Tratado Shabat, ensina que o mazal, o astro, exerce influência sobre a pessoa. Rabi Chanina disse que o mazal pode tornar a pessoa mais rica ou mais sábia. Nossos sábios dizem que não se deve tirar sangue de uma pessoa na terça-feira, pois este dia recebe influência do planeta Marte (o planeta vermelho), astro ligado a assuntos de guerra, sangue, pragas e desastres. A influência dos astros sobre o mundo mineral e vegetal é óbvia. As marés e até o ciclo menstrual dependem dos planetas. O Talmud afirma que não há grama que cresça sem que o seu astro a influencie. Aliás, um dos sinais da Galut é que os fluxos e energia Divina passem por um encadeamento do qual fazem parte as constelações, os astros e os anjos padrões que influenciam todas as criaturas físicas. Existe, sim, uma influência celeste sobre todas as criaturas, desde os minerais até os seres humanos. O grande mestre, Rabi Isaac Luria, o Arizal, disse que o embrião só se torna perfeito a partir do sétimo mês, quando já passou pela influência de sete planetas principais e importantes. Até lá, pode faltar algo no desenvolvimento do embrião. Rabi Avraham Ibn Ezra diz que cada povo e cada lugar físico é dependente do seu astro. Por exemplo, o povo de Yishmael (os árabes) depende de escorpião. Já os persas são influenciados por sagitário, os romanos por libra, e assim por diante. Se há uma influência celeste e uma predestinação, como fica o livre-arbítrio e a responsabilidade do indivíduo? A influência celeste é apenas uma tendência, pois a pessoa pode ter uma inclinação para certos hábitos, certos comportamentos, mas nada é absoluto e a pessoa pode combatê-la. O livre-arbítrio, a livre escolha, continua sempre e a pessoa pode lutar contra a sua inclinação tentando melhorar. Por exemplo, o Talmud ensina que aquele que nasce na terça-feira, dia sob a influência do planeta Marte (Marte em hebraico é maadim, que se origina da palavra dam, sangue ou o planeta vermelho), terá um caráter sangüinário e apreciará o sangue de tal maneira que poderá chegar a ser um assassino. Dizem os nossos sábios que, para o seu bem, ele deveria tornar-se um mohel ou um shochet; em outras palavras, deveria canalizar essa tendência. Ou seja, não há nada absoluto e a influência astrológica é apenas uma tendência eventual. Prova disto é o dito dos nossos sábios: "Tudo está nas mãos de D'us, exceto o temor a D'us." O comportamento correto está totalmente entregue ao homem. O Zohar, livro básico da Cabalá, menciona algo muito interessante. Diz que: "O povo de Israel ficou sob a influência dos astros até a outorga da Torá no Monte Sinai. A partir do momento em que recebeu a Torá, o povo deixou de depender das estrelas e constelações. Obviamente, quando alguém se afasta dos caminhos da Torá, volta a receber esta influência natural dos astros." Isto fica claro nas palavras dos nossos sábios: "Ein mazal leIsrael", ou seja, o povo de Israel não depende do mazal e das constelações. Cada um continua com o seu livre-arbítrio. Através da oração e dos bons atos é possível modificar o mazal (influência astral) para o bem. A melhor prova bíblica disto está no fato de o próprio Abraão, pai da nação judia, ter visto nas estrelas que não teria filhos. D'us elevou-o acima das estrelas e mostrou-lhe que Abraão teria filhos, como de fato nasceu já na sua velhice o segundo patriarca, Isaac. É permitido a um judeu consultar astrólogos ou horóscopos? Totalmente proibido. Encontramos em vários lugares na própria Torá e no Talmud proibições sobre este procedimento. Na Torá está escrito explicitamente: "Tamim tihiê im Hashem Elokecha." (Deuteronômio 18:13). "Seja íntegro com Hashem, seu D'us." Consultar astrólogos ou horóscopos demonstra falta de integridade. Devemos ter fé absoluta em D'us, que Ele dirige o mundo e sabe como e quando fazer, sempre da melhor forma para o ser humano. O homem não deve procurar conhecer e prever o futuro ou os desígnios Divinos. Também consta na Torá claramente (Deuteronômio 18:10) que não haverá entre nós feiticeiros, quiromantes e assim por diante. Também o Talmud nos diz que não podíamos consultar os caldeus, que eram astrólogos. Da mesma forma, mencionamos de passagem que os judeus não procuram necromantes (Deuteronômio 18:11), as pessoas que chamam os mortos através do espiritismo. Aliás, o próprio Talmud fala que esta técnica não funciona no Shabat, nem esses médiuns conseguem chamá-los, uma prova clara de que o Shabat é realmente o descanso das almas. Esta proibição em consultar astrólogos não diminui em nada os conhecimentos da astronomia e astrologia. Os judeus sempre possuíram conhecimentos profundos nestas ciências, como os grandes rabinos Saadia Gaon, Shmuel HaNaguid, Ibn Ezra, Gershônides, Nachmânides, Isaac Abarbanel, Isaac Abohab e assim por diante. Isto, porém, ocorria apenas no âmbito do conhecimento. Por exemplo, Pedro Álvares Cabral, para chegar ao Brasil, utilizou mapas do famoso rabino Zacuto, grande erudito em astronomia e cartografia. O conhecimento não implica em comportamento. Os judeus nunca consultaram a astrologia para determinar se deviam ou não exercer determinada atividade, cientes de que, afinal, o comportamento do homem era o determinante, a cada instante, do seu destino. Judeus não consultam quiromantes e astrólogos, nem sequer os horóscopos impressos nos jornais. Isto não faz parte dos nossos hábitos de leitura. Muitas vezes alguém lê o horóscopo pela manhã e lá está escrito que não terá sucesso em seu trabalho durante o dia. Este fato o deixa deprimido, o que ocasiona, realmente, um dia fracassado... É por este motivo que nos refreamos de qualquer leitura para deixar o nosso livre-arbítrio intacto, para optar sempre pelo bem, mantendo a confiança e o otimismo. É permitido aos não judeus consultar os astros? Sim. De acordo com o código da lei judaica, não há proibição para um não-judeu consultar astrólogos, horóscopos ou até mesmo se comportar de acordo com a influên-cia dos astros, os desígnios celestes. Prova disto é um versículo explícito na Torá (Deuteronômio 4:19) onde D'us diz: "Você poderia levantar seus olhos para o céu e, ao ver o sol, a lua, as estrelas e todas as hostes celestes, deixar-se induzir (...) todavia o Eterno, teu D'us os deu e repartiu para as nações abaixo do céu." Também encontramos um versículo parecido nos livros dos profetas, onde Jeremias (10:2) diz: "Assim, disse o Eterno, (...) não se deixem impressionar perante os signos celestiais porque as nações se deixam impressionar perante eles." Então, não é proibido que as nações consultem o horóscopo. E os símbolos do zodíaco? Têm ligação com o judaísmo? Sem dúvida. Já que o nosso calendário é lunar, e os símbolos do zodíaco correspondem ao mês lunar, então cada um dos nossos meses corresponde a um desses símbolos. Isto não ocorre por acaso, como é possível perceber em alguns exemplos. O primeiro mês do ano, Nissan, o seu signo é capricórnio - carneiro - e, justamente no mês de Nissan, sabemos que há o cordeiro pascal; o carneiro é o mês do corban de Pessach. É o mês no qual nós também vencemos os egípcios, que adoravam e veneravam este animal. O segundo mês do ano é touro. Observando bem, podemos notar que os dois primeiros meses do ano são animais. Isto porque nestes dois meses trabalhamos com a nossa alma animal a fim de melhorar a nossa má inclinação para receber a Torá no terceiro mês, que é o mês de Sivan, gêmeos. E gêmeos, que são dois, representam a comunicação, a outorga da Torá, o casamento entre D'us e o povo de Israel, que muitas vezes seus amores são semelhantes a gêmeos. Gêmeos também representa a Torá escrita e a Torá oral, pois a Torá sempre foi dupla, e foi outorgada por uma dupla, Moshé e Aaron, parecidos como gêmeos. O signo do sexto mês, o mês de Elul, é virgem, que representa a pureza, o branco, a santidade. O mês de Elul é exatamente o mês da pureza, da teshuvá, do retorno a D'us. O mês no qual fazemos os preparativos para Rosh Hashaná. O mês seguinte é balança, Tishrei, quando D'us julga a humanidade e coloca os nossos atos em uma balança e realmente decide como será o próximo ano. Segue-se Cheshvan, cujo símbolo é escorpião, um inseto que vive nas águas. Cheshvan, de fato, é o mês do dilúvio, quando começou a famosa inundação que quase destruiu a humanidade. Sabemos que, em hebraico, escorpião é acrav, que se escreve também acar beit, aquele que destrói a casa, destrói o mundo. O dilúvio quase destruiu o beit, o universo. E poderíamos prosseguir com cada um dos meses para demonstrar como eles correspondem entre si. Aliás, temos dois destes símbolos do zodíaco que estão no plural: gêmeos, que é o mês de Sivan, e peixes, o mês de Adar. Peixes vivem na água, um símbolo de pureza e Adar é o mês da festa de Purim, o mês da volta, da pureza, do retorno a D'us na época de Mordechai. Adar, entretanto, possui o símbolo no plural porque de vez em quando subdivide-se em Adar I e Adar II. Por isto o signo de peixes, no plural, é mantido para ambos os meses, quando ocorre um ano bissexto, com 13 meses. Os nossos sábios nos dizem que quando Yaacov e Essav resolveram dividir a sua influência sobre os meses, Yaacov escolheu Nissan e Iyar, carneiro e touro, enquanto Essav ficou com Tamuz e Av, câncer e leão. Como vimos, estes são meses difíceis para o nosso povo, são meses nos quais os descendentes de Essav - Roma - causaram uma grande aflição para o povo de Israel. Ocorre que no mês de Sivan ambos têm a mesma influência. Por isso, o signo é gêmeos, pois Yaacov e Essav eram irmãos gêmeos. Existe uma correlação entre os doze signos do zodíaco e as doze tribos de Israel? É óbvio que existe uma correlação entre ambos. Há doze meses judaicos e doze signos do zodíaco, denominados mazalot, e há doze tribos de Israel e o Arizal explica que há uma correlação, uma afinidade entre eles. Vejamos alguns exemplos: O mês de Nissan, cujo símbolo é carneiro, representa a tribo de Yehudá, que é a dinastia que gerou o rei David. Os reis, os monarcas, os líderes, são sempre descendentes da tribo de Yehudá. Nissan é o primeiro mês, a Torá (Êxodo 12:2) diz: "Hachodesh haze lachem rosh chodashim", este mês será para vocês o líder dos meses. Lachem tem as mesmas letras que melech, rei, e aqui percebemos a conexão com Yehudá, que sempre foi o primeiro a viajar no deserto e cujos descendentes são os reis de Israel. O segundo mês é touro, o mês de Iyar, que de acordo com os nossos sábios representa a tribo de Yissachar. Iyar representa o preparo para receber a Torá; é o mês no qual as pessoas se imergem no estudo da Torá ao máximo. Esta é a tribo de Yissachar, pois os nossos sábios ensinam que Yissachar era composta por grandes eruditos, já que todos eram muito diligentes no estudo da Torá. (Pelo fato de eles serem financiados por Zevulun, que eram os armadores e os comer-ciantes. Aliás, disto surge o assunto de gêmeos. Zevulun e Yissachar são como gêmeos, o símbolo do próximo mês.) Yissachar são os grandes sábios que exceleram no conhecimento da astronomia, sendo representados pelo mês de Iyar, o mês de preparo para o recebimento da Torá, o mês do Ômer. Então temos o próximo mês, Sivan, gêmeos, o mês de Zevulun. Zevulun vem da palavra zevul, firmamento, uma das conotações de céu. E justamente neste terceiro mês se juntaram céu e terra e houve comunicação entre a parte espiritual e material na revelação do Sinai. O quarto mês é Tamuz, cuja tribo é Reuven. Temos aqui, novamente, uma alusão interessante, porque os próximos meses, Reuven e Shimon, câncer e leão, são dois meses que demonstram ser negativos e sob a influência de Essav. Dois episódios aconteceram com a tribo de Reuven e de Shimon, que corresponde a Tamuz e Av. Infelizmente, parte da tribo de Reuven rebelou-se contra Moshe na época da revolta de Corach, fato que resultou, obviamente, em coisas negativas para o povo de Israel. Também no mês de Av nós temos uma relação com Shimon. Sabemos que a tribo de Shimon também enfrentou um episódio negativo quando um de seus líderes se juntou abertamente com uma midianita, filha de um príncipe de Midian, a famosa Cozbi, um episódio assimilatório que resultou em muitos mortos. Estes dois eventos com Reuven e Shimon corres-pondem ao que ocorreu com o povo de Israel em Tamuz e Av, os dois meses de câncer e leão. Da mesma maneira podería-mos prosseguir com todos os meses do calendário, demonstrando que há, sem dúvida alguma, uma correlação entre os doze signos e as doze tribos. Ao nos aprofundar-mos no zodíaco, veremos que também cada um dos 12 meses sofre uma influência de um planeta específico. O mês de Nissan, por exemplo, é o planeta Marte, Iyar é Vênus, Sivan é Mercúrio e assim por diante. Cada mês judaico, que já possui o seu símbolo e já tem a sua tribo, também corresponde a uma parte do corpo humano. Por exemplo, o mês de Nissan é a cabeça, Tamuz (Reuven) corresponde à visão, e Av (Shimon) é o sentido da audição. O coração é o mês de Tishrei, o famoso mês das festas que está se aproximando. Que D'us ajude o nosso coração a se voltar para o Todo-Poderoso neste mês de Tishrei, o mês do balanço, no qual D'us julga a humanidade. Que todos tenham um ano feliz, um shaná tová umetuká, amém! www.morasha.com.br. Abraço. Davi