terça-feira, 22 de abril de 2014

Teosofia ou Sabedoria Divina.

(C.001). Assisti a uma palestra sábado (15/02) com o título: Teosofia ou Sabedoria Divina. Foi na verdade a aula inaugural do Curso de Introdução ao Pensamento Teosófico. Foi ministrada pelo presidente da S.T. no Brasil Ricardo Lindermann. Serão várias aulas ao longo do ano de 2014. Sempre nesse mesmo dia conforme agendado no site. O expositor parece que é filósofo, pois fez mestrado sobre Orígenes de Alexandria (185-254) e, doutorado sobre Soren Kierkegaard (1813-1855). Tentarei recordar de alguns assuntos abordado enumerando para facilitar o acompanhamento do assunto. (1). A biblioteca de Alexandria no Egito foi (século III) no mundo antigo um referencial de tradições, culturas e conhecimentos. Com seus mais de 700 mil rolos de pergaminhos e papiros era fonte de pesquisa e estudos para sábios, filósofos e cientistas da época. Conta-se que Orígenes (182-254) de Alexandria foi um dos fundadores e incentivadores dessa casa dos saberes escritos. Ele era de tradição cristã e segundo consta difundia os ensinamentos do MESTRE em suas apologias e dissertações. Orígenes estudou Platão (472 AC 347), Pitágoras (571 AC 497) e Plotino (472 AC 347) entrando em contato com postulados sobre o Uno, o Logos, a Consciência Universal, o espírito humano, a alma transcendente e transmigradora, matéria, substância, forma, reencarnação e outros temas. Orígenes era de ascendência latina e influenciou em seus estudos (filósofos e religiosos) importantes "pais da igreja" como: Clemente de Alexandria (150-215), Inácio (68-107), Policarpo (69-155), Justino (100-165), Irineu (130-200), Cipriano (200-258) e Agostinho (354-430). A biblioteca de Alexandria foi alvo de três tentivas de destruição. Primeiro no ano zero de nossa era, depois no ano de 415 e finalmente o incêndio  de 610. Todos estes números são aproximados. A última investida foi fatal destruindo e dando  cabo ao celeiro das sementes do saberes da humanidade quase que totalmente, pois seus papiros e pergaminhos que representavam o acervo bibliográfico foram pulverizados. O imperador romano do oriente Justiniano (483-565) foi o responsável por esta abominação selvageria. Os cristãos até o século V tinham tradições e rituais universalizados interagindo com a natureza e o cosmo onde eram inseridos como conteúdo do TODO, O ETERNO, a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL. Não interessava para o império dominante da época (O Romano) cultivar em seus súditos conceitos contrários ao "monoteísmo" e a autoridade suprema do Rei - deus. Mas um milagre aconteceu, pois dos milhares de livros escritos por Orígenes apenas três foram preservados neles estando conservados os princípios dos academicistas (Platão, Pitágoras e Plotino) da Grécia Antiga comentado e praticado pelos primitivos cristãos. Os livros remanescentes de Orígenes são raríssimos, mas estão disponíveis na língua alemã e traduzidos para o português em pouquíssimas versões atuais. (2). Pitágoras segundo algumas fontes, muito provavelmente encontrou-se com Sidarta (Buda) Gautama (563 AC 483) ainda bem jovem. Aprendeu com o "Iluminado" e aplicou estes conceitos em sua filosofia. O CRISTO teve um ministério de 3 anos e meio na região da Palestina sendo curtíssimo em relação ao Buda que pregou por 45 anos sua mensagem nos campos e montanhas da Índia. Algumas tradições orientais dizem que O CRISTO leu quando jovem os escritos do Buda fazendo algumas ponderações recorrentes. O ensinamento dos dois coincidem quando você  lê o livro O Evangelho de Buda do Yogi Kharishnanda que foi publicado pela Ed. Pensamentos em muitos pontos. (3). A Teosofia moderna tem seu marco inicial estabelecido em 1875 na cidade de Nova Iorque (EUA) com a Senhora Helena Blavatski (1831-1891). Um livro muito divulgado desta autora é a Doutrina Secreta onde está todo o arcabouço teórico do ensinamento atual desta Sociedade. Alguns conceitos principais como a lei de retribuição (ou carma) são  tomados num aspecto científico, pois estão relacionados a lei da ação e reação onde toda causa produz um efeito. Gálatas 6: 7 "Tudo o que o homem semear isso também colherá". As beatitudes e os malefícios que praticamos serão recompensados ou punidos, (com o atenuante de repará-los) nesta vida e nas outras vidas que ainda passaremos. Interessante que nesta lógica não há lugar para a "danação" (inferno) eterna que os cristãos tanto proclamam. Aqui os delitos são quitados de forma justa para que o peregrino da senda Espiritual possa entrar no nirvana (o encontro com a Consciência Universal) em completa pureza e santidade. A doutrina do inferno como a conhecemos literalmente é logicamente refutada pela Teosofia. Marcos 7: 47, 48 " ... sereis lançados no fogo do inferno. Onde o seu bicho não morre e o fogo nunca se apaga". Um Deus que cobra juros eternos de pecados temporais demonstra brutalidade e desumanidade. (4). Dois pressupostos definidos o "exoterismo" que é o ensinamento (exterior) tornado público e aberto para interessados em  geral sendo evidenciados nas doutrinas e preceitos gerais. Um exemplo do MESTRE em Mateus 13: 13 "Por isso falo por parábolas, porque eles vendo não vêm, e, ouvindo não ouvem nem compreendem". As multidões ouviam e não entendiam. O esoterismo são os ensinamentos (internos) ocultos e hermético passados apenas para os iniciados na senda espiritual. Daniel 2: 22 "Ele revela o profundo e o escondido, conhece o que está em trevas e com Ele mora a luz".  Esses são para aqueles que tem compromisso e responsabilidade com aquilo que ouvem, pois estarão vivendo num estágio mais apurado onde as formas e rituais dão lugar aos mistérios maiores e comunhão profunda, íntima e transcendente com o MESTRE. Mateus 13: 11 "Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado". Neste ponto mostrou-se o perigo de adentrar aos "mistérios" ocultos sem orientação adequada. Há pelo menos 17 aspectos que podem levar o iniciando sem orientação a extremos perigos como a magia negra, necromancia, espiritismo "barato" e outras formas do gênero. coisas condenadas veementemente pela Sociedade Teosófica onde a Senhora  Blavatski diz que "estes que percorrem esses caminhos aleatoriamente estão sujeitos aos piores horrores presentes e futuros tendo possíveis mortes terríveis e fustigamentos físicos e psíquicos por demônios e seres inferiores malignos". Um alerta que deve ser considerado com sobriedade. (5). Existe forte influência dos astros (planetas) em nossas vidas. O princípio da origem encarnada na monada, um fragmento de átomo cósmico evoluirá no ser humano e essa monada sendo um feixe de luz deu início através do mineral, planta, animal e o hominídeo a vida orgânica do indivíduo. O filósofo alemão Gottfried Leibniz (1646-1716) foi quem primeiro esboçou os postulados da monada. Segundo "ele" uma substância simples (infinitesimamente pequena) indissolúvel e indestrutível. Cada corpo material localizado no quaternário inferior tem seu ego inferior. O ego superior está em nossa alma localizada na tríade superior. Somos seres setenários (7 partes) e esbocei somente 2 divisões. Nosso ego está ligado a um dos astros (planetas) existentes. Isso no campo astral produzindo reações e implicações em nossa vida presente e nas futuras vidas que teremos. (6). Os orientais (hindus, budistas, brâmanes e confucionistas) não "entendem" a noção de (antropomorfismo) um Deus Pessoal. Compreendem um Deus que está em tudo e em todos. Colossenses 3: 11 "Mas, CRISTO é tudo e em todos". Numa partícula de poeira o Elemento Divino está presente, em uma gota de água ELE se encontra. Num pigmento de uma asa de borboleta ELE é achado. É contraditório e ilógico para os orientalistas uma redenção substitutiva à procuração onde outra pessoa deve ser punida em lugar daquele que cometeu o pecado quitando a dívida por ela, ao contrário os orientais teorizam que a redenção é feita pelo próprio indivíduo através de um longuíssimo processo de evolução onde os carmas negativos e positivos influenciarão as futuras reencarnações. Outros conceitos foram mencionados, mas acho melhor parar. Com amizade. Davi.    

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