sábado, 19 de abril de 2014

Entrevista na Rede Canção Nova.

Amigos e irmãos boa tarde. É bom nos reencontrarmos novamente.  Semana passada assisti uma interessante entrevista; na Rede Canção Nova. O clérigo Fábio de Melo, que também é cantor; testemunhava de suas experiências pessoais. Discorria sobre a dificuldade que temos de administrar as perdas que passamos, no transcurso de nossa vida. Antes de sua ordenação dois eventos o marcaram profundamente. No depoimento até onde percebi, não o lembro mencionando seu pai. Deu a entender que as recordações dele não lhe traziam alegria. Talvez tenha se “separado” de sua mãe ainda quando era criança. Ou quem sabe abandonara a família. Contou que sua irmã morrera inesperadamente em um trágico acidente de automóvel. Uma perda irreparável. Algo de uma tristeza indescritível. A família ficou desolada por algumas semanas. Ele, sua mãe e, seu irmão, consolavam-se mutuamente. Tempos depois seu irmão foi apanhado pela polícia, transportando droga; indo de uma cidade a outra. Confessou o crime foi detido e posteriormente encarcerado. O que impressionou o padre foi que sua mãe, em lágrimas narrou que a dor da perda da filha comparava-se com a dor da prisão do filho. As duas ausências tinha a mesma fonte afetiva. Uma permanente, a outra aparentemente ininterrupta. Quando amamos alguém; sua ausência é uma parte de nós, que permanece presentificada em nossa lembrança. Isso mostra a importância do outro como um construtor de nossa história. Achei o testemunho corajoso e sincero ao mesmo tempo. Ele como conhecido na mídia, um religioso inserido num contexto institucional, com responsabilidade quanto a organização mas, sem medo de expor seu passado. Continuou falando que em seu serviço sacerdotal enfatizava mais sua humanidade. Reconhecesse alguém fragilizado e dependente do outro. Envolvesse com o próximo ao ponto de sentir seu sofrimento e tristeza. Entende que Jesus em seu ministério pastoral se realizava, destacando sua humanidade. Isso em situações em que visitava as pessoas em suas casas, na rua, na praça, no templo, no poço, no mercado, na festa de casamento. Queria sempre prosar com elas; sem um interesse de convencê-las para um rebanho. Simplesmente esta em suas companhias desfrutando uma felicidade mútua. Concluindo enumero algumas lições. Primeiro precisamos da infinita graça divina, como consolo e conforto para superar as perdas daqueles a quem amamos. No filme FORREST GRUMP há uma linda frase. “A morte faz parte da vida mas, queria que não fizesse”. Segundo é importante que as pessoas percebam quem realmente somos. Isso desmistifica a carapuça espiritual que nos envolve, como se fossemos seres extraterrestres. Um suposto grupo elitizado superior que, tem privilégios ao contatar o Eterno Deus. Uma mentira, desmascarada quando expomos nossos fracassos e, procuramos ser mais autênticos e menos mentirosos. Terceiro a nossa expressão humana, baseada nas convivências nos “aterrissa” na terra. Assim podemos valorizar nossa experiência e a do outro. No estágio espirituoso vivemos um futuro distante e inatingível. Pautamos nossa existência sobre o signo do prognóstico celestial. Penso que é hora de vivermos mais o aqui e o agora; o momento e o instante. O futuro se fundi no presente e, o presente é a realidade do futuro. Abraços. Davi.  

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