sábado, 19 de abril de 2014

A Trindade Divina em Gênesis 22: 1-19.

Amigos. Saúde e paz. Pensemos em Gênesis 22: 1-19 e, vislumbremos a trindade divina de uma maneira despegada da ortodoxia e dogmatismo tradicionais.  Interessante usar a alegoria na narrativa do texto citado. Imagino que Abraão representa Deus – Pai que ordenou-lhe sacrificasse seu filho; mostrando as coordenadas de como e onde fazê-lo. O Pai planeja, elabora e executa os acontecimentos. O Pai como nossa origem deve ser honrado e obedecido. Há benção especifica para este preceito na lei divina. Abraão aprendera esta lição em seu lar mesmo não conhecendo conceitualmente a Deus. É presumível que o ambiente familiar onde Abraão vivera quando criança, era permeado por uma normalidade de valores morais e espirituais. Tendemos a discriminá-lo, rebaixando-o por ser um ambiente idólatra. Abraão foi criado em um alto padrão de comportamento e caráter. Sua família tinha riquezas e escravos. Isaque é figura do Deus – Filho; aquele que entregou-se voluntariamente resignado. Suponho que Isaque tenha montado no jumento, pois a caminhada foi longa de três dias e ele era jovem, talvez um adolescente. A lenha do holocausto foi posto sobre Isaque. Uma semelhança impressionante com Jesus. O Filho de Deus vicariamente ofereceu-se por nós. Ele entrou triunfalmente em Jerusalém montado em um jumentinho. A caminhada até o monte Moriá pode representar, o percurso da cidade de Jerusalém até ao monte Gólgota. A lenha tipifica a cruz onde Cristo foi crucificado. Pense no cutelo  (foice) na mão de Abraão. Como entender que o Deus -  Pai vitimou foi próprio Filho. A graça divina é única para fazer perceber o mistério deste fato. Acho que Abraão apesar de ser velho era fisicamente forte. Deus  manifesta-se na finitude humana e expressa-se na infinitude existencial; para além do tempo. Nesta argumentação quem poderia tipificar o Deus – Espírito Santo ? Aqui damos um salto parabólico e, simbolizamos o jumento da narrativa como representação do Espírito Santo. Este deduzo ser impersonificado fazendo-se aparecer em fatos; se necessário materializando-se. Estranhamos tal conjectura. Horrorizaria qualquer teólogo. Este falaria é heresia. Ainda bem que estamos noutros tempos, pois, se fosse na idade média tal declaração era fogueira na certa. Mas é plausível ao lembrarmos que após o batismo de jesus, uma pomba pousou em sua cabeça. Cogito ser o argumento lógico. Razoável a comparação  com o jumento. Na verdade nossos preconceitos extrapolam a esfera do humano e, entramos no reino animal e vegetal. Pondero que estamos dentro da proposta inicial dum desprender do religiosismo e, refletindo uma possível  interpretação do texto. Gênesis 49: 10-12 tem, um lindo texto poético sobre o jumento. Nele o animal está amarrado a uma parreira  (videira) e, come seu fruto passando por um processo de transformação. Desmistifica o formalismo quanto a ele. Portanto o Deus Eterno manifesta-se de maneira simultânea, uma convivência hormônica nas três pessoas da trindade. Uma imanência e transcendência na finitude e, para além da infinitude. Abraços. Davi.

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