Amigos. Saúde e paz. Pensemos em Gênesis 22: 1-19 e,
vislumbremos a trindade divina de uma maneira despegada da ortodoxia e
dogmatismo tradicionais. Interessante
usar a alegoria na narrativa do texto citado. Imagino que Abraão
representa Deus – Pai que ordenou-lhe sacrificasse seu filho; mostrando
as coordenadas de como e onde fazê-lo. O Pai planeja, elabora e executa
os acontecimentos. O Pai como nossa origem deve
ser honrado e obedecido. Há benção especifica para este preceito na lei
divina. Abraão aprendera esta lição em seu lar mesmo não conhecendo
conceitualmente a Deus. É presumível que o ambiente familiar onde Abraão
vivera quando criança, era permeado por uma
normalidade de valores morais e espirituais. Tendemos a discriminá-lo,
rebaixando-o por ser um ambiente idólatra. Abraão foi criado em um alto
padrão de comportamento e caráter. Sua família tinha riquezas e
escravos. Isaque é figura do Deus – Filho; aquele
que entregou-se voluntariamente resignado. Suponho que Isaque tenha
montado no jumento, pois a caminhada foi longa de três dias e ele era
jovem, talvez um adolescente. A lenha do holocausto foi posto sobre
Isaque. Uma semelhança impressionante com Jesus. O
Filho de Deus vicariamente ofereceu-se por nós. Ele entrou triunfalmente
em Jerusalém montado em um jumentinho. A caminhada até o monte Moriá
pode representar, o percurso da cidade de Jerusalém até ao monte
Gólgota. A lenha tipifica a cruz onde Cristo foi crucificado.
Pense no cutelo (foice) na mão de Abraão. Como entender que o Deus -
Pai vitimou foi próprio Filho. A graça divina é única para fazer
perceber o mistério deste fato. Acho que Abraão apesar de ser velho era
fisicamente forte. Deus manifesta-se na finitude
humana e expressa-se na infinitude existencial; para além do tempo.
Nesta argumentação quem poderia tipificar o Deus – Espírito Santo ? Aqui
damos um salto parabólico e, simbolizamos o jumento da narrativa como
representação do Espírito Santo. Este deduzo ser
impersonificado fazendo-se aparecer em fatos; se necessário
materializando-se. Estranhamos tal conjectura. Horrorizaria qualquer
teólogo. Este falaria é heresia. Ainda bem que estamos noutros tempos,
pois, se fosse na idade média tal declaração era fogueira
na certa. Mas é plausível ao lembrarmos que após o batismo de jesus, uma
pomba pousou em sua cabeça. Cogito ser o argumento lógico. Razoável a
comparação com o jumento. Na verdade nossos preconceitos extrapolam a
esfera do humano e, entramos no reino animal
e vegetal. Pondero que estamos dentro da proposta inicial dum desprender
do religiosismo e, refletindo uma possível interpretação do texto.
Gênesis 49: 10-12 tem, um lindo texto poético sobre o jumento. Nele o
animal está amarrado a uma parreira (videira) e, come seu fruto passando por um processo de transformação.
Desmistifica o formalismo quanto a ele. Portanto o Deus Eterno
manifesta-se de maneira simultânea, uma convivência hormônica nas três
pessoas da trindade. Uma imanência e transcendência na finitude
e, para além da infinitude. Abraços. Davi.
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