terça-feira, 22 de abril de 2014

A Teosofia e a Sociedade Teosófica.

(C.005). Um breve resumo da palestra com o título: A Teosofia e a Sociedade Teosófica. No início da apresentação comentou-se os princípios fundamentais da Teosofia. São basicamente quatro os alicerces que sustentam o Pensamento Teosófico. A fraternidade, a tolerância, o conhecimento e os mestres. Grosso modo caracterizou-se esses aspectos. (1). A Fraternidade Universal (convivência equilibrada e agradável entre várias pessoas. Amor demonstrado pelo próximo; afeto revelado àqueles os quais não se conhece. Associação ou organização com um objetivo determinado, geralmente religioso, social, cultural) é um dos sustentáculos da doutrina Teosófica. Uma pessoa começando a fase de adepto da Teosofia não precisa abrir mão de suas (crenças) princípios e valores. A lei do carma e o sistema evolutivo dos renascimentos não são imprescindíveis nessa fase do neófito (principiante). Mas há, uma relação simbiótica entre esses dois sistemas e a fraternidade humana. Stricto Sensu é difícil concebe-la (fraternidade universal) sem a praticidade e a razoabilidade dessas duas "realidades" místicas. A Teosofia tem três grupos de pessoas; os participantes, os iniciantes e os (adeptos) membros. Pode-se vivenciar os "dois primeiros" estágios (ensinamentos exotéricos), sem um compromisso de tornar-se um adepto. Inclusive permanecer nessas fases sem nenhum constrangimento, esperando a evolução pelo esforço do conhecimento teórico, e a espiritualidade meditativa e contemplativa como busca do auto conhecimento para a unidade com o Logos Divino. Um desenvolvimento democrático e de responsabilidade individual. Um dos pontos altos da Teosofia é a liberdade de expressão (opinião) e o livre pensamento nas relações e convivências. Existe total liberdade quanto a prosseguir estudando os fundamentos da Ciência Esotérica, num ambiente de conhecimento, opinião, aceitação ou rejeição daquilo que se está propondo. Evidentemente o conhecimento deve conectar com sua experiência, para de alguma maneira fazer sentido ouvir as exposições, do contrário, fatalmente o ouvinte desistirá dos encontros, mesmo que aparentemente demonstre algum interesse. Acho que o pensamento Teosófico deve ser um entrelaçar da nossa experiência espiritual, com a diversidade e o desconhecido que sempre estamos vivendo e tentando compreender. (2). A Tolerância (disposição de admitir nos outros modos de pensar, de agir e de sentir diferentes dos nossos. Uma das virtudes mais úteis na vida social) em relação a todas as filosofias e religiões (ocidentais e orientais) culturas, tradições e costumes de todos os povos. Uma tarefa difícil pois, tendemos a sobrepor nossos dogmas e "verdades" como supra valores, recusando confrontar nossa opinião, e não aceitamos o "outro" em seus pontos de vistas. O olhar ao "desigual" é de desconfiança e estranheza. Assim é necessário um desprendimento de nossos (preconceitos) valores morais e éticos para aceitarmos como normais os diferentes, aprendendo a harmonizar os desiguais (valores do outro) com os iguais (nossos valores). Mahatma Ghandi (1869-1948) diz: "A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos". Ghandi em sua sabedoria admiti, penso, que a verdade em sua totalidade, nunca será propriedade de um indivíduo ou mesmo de qualquer instituição ou organização. A verdade como valor absoluto no sentido de posse, é uma irrealidade, estando num campo da abstração e transcendência. Ghandi imagina uma verdade, que deve ser buscada não como uma (concepção alquímica) pedra filosofal ou um elixir da juventude; ideia que os medievais perseguiram obstinadamente, e segundo tradições supostamente fidedignas, incluídas em relatos dedutivamente históricos foram alcançados. Exemplos como Nicolas Flamel (1330-1418) e Roger Bacon (1214-1294) foram bem sucedidos nessa busca por riquezas e longevidade, e segundo consta os relatos históricos ajudaram no que puderam os mais carente, dividindo com eles as riquezas advindas do conhecimento que adquiriram transformando metais em ouro.  Mas Ghandi postula a ideia de que todos temos a verdade, entretanto, alguns pagam o preço espiritual para alcançá-la em sua experiência, e outros, infelizmente preferem se enganar agindo descompromissadamente, não querendo reconhecer que para atingir a evolução espiritual da verdade, precisamos trilhar o caminho da abnegação e do altruísmo; o desapego do material e terreno, lutando por encontrar o verdadeiro Eu que se esconde dentro de nossa individualidade interior.  Isso passa inexoravelmente pela fraternidade universal. (3). O conhecimento é um aspecto que as filosofias e religiões orientais dão prioridade. Procuram relacionar os conhecimentos a experimentação e investigação científica. Recorrem à lógica formal e modal (matemática, metafísica, ontologia, epistemologia e ética) para explicar os fenômenos "ocultos". Nesse âmbito promovem a análise dos poderes latentes do psiquismo humano e a averiguação dos mistérios (mineral, vegetal, animal e espiritual) da natureza. Nesses assuntos é indispensável ser um adepto da Sociedade Teosófica, e de outras Escolas Modernas de Ciência Oculta. Nosso caso como principiante é diferente, pois estamos fazendo um estudo a nível de pesquisa e investigação, ainda sem a pretensão de acessar os poderes micro e macro do universo, mas adquirindo um perfil e teorias científicas para, quando chegar esse momento, possivelmente assumir a posição de um candidato para tal propósito. Isso requer responsabilidade e dedicação espiritual e mental, sendo sabatinado por um Guru ou Mestre, que trará a orientação adequada para se percorrer essa Senda Espiritual. Buda diz: "você é seu próprio Mestre", mas aqui a admoestação vêm daqueles que estão adiantados no Caminho, com mais vivencia cognitiva, emocional e sensitiva da espiritualidade, pois ultrapassaram obstáculos e perigos, assim, evoluíram e fortaleceram seu Eu Espiritual. É temerário e perigoso tentar acessar o mundo invisível sem uma consagração pessoal renunciando ao materialismo e apego terreno; do contrário corre-se riscos de danos irreparáveis na mente, no físico e no intelecto do "explorador" desses mistérios. (4). Os Mestres são um assunto que percebi ainda não ter uma unanimidade entre os adeptos da Sociedade Teosófica. Parece como se diz na linguagem jurídica: falta "jurisprudência" específica quanto à matéria. Minha opinião pessoal até onde observei é que realmente "eles" existem. São seres espirituais que vivem no mundo invisível, mas que recorrentemente manifestam-se no mundo visível, quando surge alguma necessidade de se aplicar atitudes de fraternidade e humanidade. Esses Mestre estão ocupados com a luta espiritual contra os seres de regiões inferiores, que usam seus poderes para desestabilizar o micro cosmo humano e o macro cosmo universal. Também trabalham encorajando homens e mulheres que queiram evoluir suas capacidades intelectual e mentais para o bem da humanidade, ajudando no dom para desenvolveram todas as criaturas de todos os reinos, assumindo o desejo pela paz, prosperidade e entendimento entre os povos. Esses Mestres são espíritos desencarnados, que pedagogicamente se aperfeiçoaram ao longo dos inúmeros renascimentos, poderiam passar milhares de anos no Devachan, ou assumir tarefas de voluntariado fraterno em outro mundo, mas preferiram permanecer em nosso mundo visível e invisível cuidando da natureza e incentivando humanos piedosos e dedicados no serviço da filantropia universal.  O livro da Helena P. Blavatsky (1831-1891), Carta dos Hamatmas, é o ponto de partida para esclarecer e desenvolver este fenômeno. A maioria das "cartas" contidas neste livro estão em exposição no Museu de Londres. Se algum dia forem a Londres (Reino Unido) façam uma visita para comprovar. Esta prova fidedigna traz um peso considerável para o argumento da autenticidade dos Mestres. "Eles" são "indivíduos" que passaram por várias encarnações. Foram aperfeiçoados (homens perfeitos)  pela lei (carma) da causa e efeito nos méritos humanos e estão preparados para ajudar a humanidade em seus mais variados aspectos e necessidades. Vivem num plano "astral" com aparições "físicas" e "mentais". Os Mestres poderiam estar viajando pelo cosmo e ajudando outros "seres" em outros mundos, mas abdicaram desta tarefa para exclusivamente servirem aos humanos. Localizado ao norte da cordilheira do Himalaia, o Tibete com suas montanhas, vales e gelo eterno em seus elevados picos, estendendo-se por um planalto de altitude média de 4.900 metros. É governado civil e administrativamente pelo Dalai Lhama. Esse belíssimo lugar é possivelmente a morada desses Mahatmas, Avatares ou Mestres. Um filme (Seven Years in Tibet. Sete anos no Tibete) de 1998, estrelado por Brad Pitt, do diretor Jean Jacques Annaud, mostra este cenário enigmático das montanhas deste território sagrado. Penso que alguns Mahatmas estejam aqui na América do Sul, em lugares exóticos de difícil acesso, como a Terra do Fogo, o Monte Roraima na tríplice fronteira do Brasil, Guianas e Venezuela; o Monte Dedo de Deus e outros sítios antropológicos espalhados pelo mundo; auxiliando aqueles que se dedicam às causas da fraternidade universal. Beijo. Davi.

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