quinta-feira, 17 de abril de 2014

A lua se converterá em sangue

Uma reflexão para pensar a segunda vinda de Cristo. Joel 2:31 “O sol se converterá em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”. Um assunto que tem recebido destaque (a lua se converter em sangue) na mídia nestes dias. Este assunto tem estreita relação com o povo judeu. Os eclipses lunares são fenômenos normais mas, esses em que a lua recebe uma coloração avermelhada é raro. Aconteceu na terça-feira o primeiro fato, (15/04) próximo a pascoa cristã. Os demais serão nas seguintes datas (08/10) com ligação à festa dos tabernáculos. (04/04/15) em plena páscoa judaica e, em (20/09/15). As três ultimas ocorrências destes eventos foram em 1492 quando da expulsão dos judeus da península ibérica. Em 1948 data em que renascia Israel como nação. E no ano de 1967 na guerra dos seis dias (Yom Kippur) vencida por Israel contra as nações árabes. O que isso significa para os cristãos? É a pergunta que se deve fazer. Aqui farei algumas considerações pessoais, sem pretensão de chegar a qualquer “verdade” ou iniciar novos conceitos escatológicos. São hipóteses para que você discordando ou aceitando possa, divergir ou admitir. Assuntos como esses e alguns similares, projetam na “mente” cristã o despertar da visão profética da segunda vinda de CRISTO. Apocalipse 20: 6 “Bem aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes não tem poder a segunda morte: mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”. As duas maiores religiosidade ocidentais (cristãs e judaicas) compartilham deste mesmo ideal. Claro que com peculiaridades distintas e em certos pontos irreconciliáveis. Os cristãos (em sua maioria) protestantes parecem colocarem esta “visão” num patamar espiritualizado (a maior promessa bíblica) do ultimo nível de elevação divina. Tudo é feito e pensado com este propósito. O milenarismo (ensinamento que nos últimos dias CRISTO estabelecerá seu reino na terra, restaurando e começando um novo período de paz, justiça e felicidade no planeta) como recompensa é a garantia de uma vida melhor e, a realização do sonho que tudo o que faltou, poderá ser alcançado e desfrutado neste novo “paraíso” que terá início. Eventos “similares” a esses precipitam o entusiasmo cristão e, mostram  um excesso de “crendice” que ofusca a importância da volta de CRISTO. Esta onda de exacerbado otimismo produz (o fim do mundo) um negativismo profético. Vem acompanhado da notícia da “hecatombe planetária” concorrendo com um ideal tão nobre e digno. A expectativa do “medo” acaba sufocando, a visão do reino milenar. Os cristãos (em sua maioria) católicos não demonstram esta euforia (quanto a volta do Senhor) em suas convivências religiosas. Têm objetivos mais humanos (fraternidade) que evidenciam sua fé e crença. Priorizam trabalhos com pastorais de presídios, crianças, desabrigados, mães adolescentes e outros. Esperam a volta de CRISTO comedidamente sem um sentimento de “sensacionalismo” espiritual. Os judeus parecem ser os “legítimos” guardiães desta promessa. Romanos 3: 1,2 “Qual é logo a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muitas, em todas as maneira, porque, primeiramente, os oráculos de Deus lhes foram confiados”. Como foram tremendamente experimentados em sofrimentos e angustias. Estiveram por quase 2000 anos sem pátria, como desterrados e peregrinos no mundo. Quando se fixavam em uma nação (a perseguição com mortes e humilhações físicas e psicológicas os fustigavam) poucos anos depois precisavam sair apressadamente. Do contrário eram eliminados. Aprenderam a ter fé e confiar em DEUS pelas circunstancias (boas e ruins) cotidianas. Pra eles a vinda do (MASHIACHE BEN YOUSSEF) Messias redentor/Salvador de Israel é imprescindível. Os judeus sempre laboraram por (consciência de fraternidade universal) questões humanitária para o progresso das nações. Prova disso é que desde 1901 o Prêmio Nobel foi entregue para 700 personalidades que, se destacaram nos mais variados ramos da pesquisa científica dos quais 152 pessoas eram judias. Infelizmente até agora nenhum brasileiro foi digno deste mérito. Eles esperam o MESSIAS desde tempos remotos. Isaias 9; 6 “Um menino vos nasceu, um filho se vos deu. O governo esta sobre os seus ombros. E seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz”. Esta promessa ainda não (O CRISTO em quem cremos pra eles, não é seu MESSIAS. Os judeus messiânicos sim reconhecem O CRISTO como seu MESSIAS e salvador mas, são uma “pequena” minoria) se cumpriu para os judeus e aguardam isso com grande expectativa. Eles pensam num MESSIAS que restaurará a glória do povo judeu. Concluirá a repatriação dos 4 milhões de judeus que ainda estão espalhados pelas nações e, esperam que o território seja duplicado para abrigar seus demais patrícios que retornarem em perfeita paz e harmonia. Enxergam esta “profecia” numa esfera humana e pessoal, desvinculada dum espiritualismo onde tudo no planeta (como num passo de mágica) será recuperado e refeito. Entendo que os judeus mostram sobriedade e paciência quanto a este “glorioso evento” pois, em seu calendário “religioso”, o que é usado para os rituais da (lei) torá e, os cerimoniais e ensinamentos das tradições (talmud), estão vivendo no ano 5774. Pensando nos dias da criação, onde Deus no sétimo dia depois de fazer o homem a sua imagem e semelhança. Também os animais domésticos e selváticos; resolveu repousar. Gênesis 1; 31 “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi tarde e manhã, o dia sexto”. No sétimo dia o Criador descansou. Segundo algumas tradições místicas judaica o ano 6999 do “seu” calendário é o limite para a volta do MESSIAS. Pela nossa hipotética (fictícia e imaginária) contagem faltariam ainda 1225 anos. Até 3239 (não estaremos vivos para comprovar a veracidade desta teoria mas, nossos descendentes estarão aqui na terra) os judeus aguardam seu MESSIAS. Lamentações 3: 22 “As misericórdias do Senhor são as causas de não sermos consumidos, porque elas não tem mim”, mas as coisas não são tão simples assim previsíveis pois todas os prognósticos demonstram lisonja e imprudência como é dito em Mateus 24: 36 "Mas daquele dia e hora ninguém sabe nem os anjos do céu mas unicamente meu Pai" e confirmando em II Pedro 3: 8 "Mas amados não ignoreis uma coisa que um dia para o Senhor é como mil anos e mil anos como um dia". Os judeus aguardam este fato não como um evento (vinda do Messias) repentino e espetacular mas, um processo histórico (pela cultura, sociedade, costumes, tradições e religiosidade) construído por eles desde os patriarcas até hoje. A vinda do Messias (profética, histórica e espiritualmente) coincidirá com a segunda vinda de Cristo. Isso baseado em estudos hermenêuticos das (cristã e judaica) duas tradições que comentamos. Os cristãos usam apenas a revelação (não que isso seja insuficiente) das Escrituras Sagradas e a fé como veículo de confiança. Pessoalmente, pondero a teoria judaica quanto a segunda vinda de Cristo/Messias como a que mais simpatizo. Isso não quer dizer que (o que percebo) seja “verdade” e muito menos que acontecerá assim. O ETERNO é misterioso em tudo o que faz. Nunca conheceremos seus desígnios enigmáticos. Romanos 3: 33,34 “Ó profundida das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis são os seus caminhos! Por que quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?”. Saúde e ótima (pessach) páscoa. Abraço. Davi.     

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