Uma
reflexão para pensar a segunda vinda de Cristo. Joel 2:31 “O sol se
converterá em trevas e a lua em sangue, antes que venha
o grande e terrível dia do Senhor”. Um assunto que tem recebido
destaque (a lua se converter em sangue) na mídia nestes dias. Este
assunto tem estreita relação com o povo judeu. Os eclipses lunares são
fenômenos normais mas, esses em que a lua recebe uma coloração
avermelhada é raro. Aconteceu na terça-feira o primeiro fato, (15/04)
próximo a pascoa cristã. Os demais serão nas seguintes datas (08/10) com
ligação à festa dos tabernáculos. (04/04/15) em plena páscoa judaica e,
em (20/09/15). As três ultimas ocorrências
destes eventos foram em 1492 quando da expulsão dos judeus da península
ibérica. Em 1948 data em que renascia Israel como nação. E no ano de
1967 na guerra dos seis dias (Yom Kippur) vencida por Israel contra as
nações árabes. O que isso significa para os
cristãos? É a pergunta que se deve fazer. Aqui farei algumas
considerações pessoais, sem pretensão de chegar a qualquer “verdade” ou
iniciar novos conceitos escatológicos. São hipóteses para que você
discordando ou aceitando possa, divergir ou admitir. Assuntos
como esses e alguns similares, projetam na “mente” cristã o despertar
da visão profética da segunda vinda de CRISTO. Apocalipse 20: 6 “Bem
aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição: sobre
estes não tem poder a segunda morte: mas serão
sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”. As duas
maiores religiosidade ocidentais (cristãs e judaicas) compartilham deste
mesmo ideal. Claro que com peculiaridades distintas e em certos pontos
irreconciliáveis. Os cristãos (em sua maioria)
protestantes parecem colocarem esta “visão” num patamar espiritualizado
(a maior promessa bíblica) do ultimo nível de elevação divina. Tudo é
feito e pensado com este propósito. O milenarismo (ensinamento que nos
últimos dias CRISTO estabelecerá seu reino
na terra, restaurando e começando um novo período de paz, justiça e
felicidade no planeta) como recompensa é a garantia de uma vida melhor
e, a realização do sonho que tudo o que faltou, poderá ser alcançado e
desfrutado neste novo “paraíso” que terá início.
Eventos “similares” a esses precipitam o entusiasmo cristão e, mostram
um excesso de “crendice” que ofusca a importância da volta de CRISTO.
Esta onda de exacerbado otimismo produz (o fim do mundo) um negativismo
profético. Vem acompanhado da notícia da “hecatombe
planetária” concorrendo com um ideal tão nobre e digno. A expectativa
do “medo” acaba sufocando, a visão do reino milenar. Os cristãos (em sua
maioria) católicos não demonstram esta euforia (quanto a volta do
Senhor) em suas convivências religiosas. Têm objetivos
mais humanos (fraternidade) que evidenciam sua fé e crença. Priorizam
trabalhos com pastorais de presídios, crianças, desabrigados, mães
adolescentes e outros. Esperam a volta de CRISTO comedidamente sem um
sentimento de “sensacionalismo” espiritual. Os judeus
parecem ser os “legítimos” guardiães desta promessa. Romanos 3: 1,2
“Qual é logo a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?
Muitas, em todas as maneira, porque, primeiramente, os oráculos de Deus
lhes foram confiados”. Como foram tremendamente
experimentados em sofrimentos e angustias. Estiveram por quase 2000
anos sem pátria, como desterrados e peregrinos no mundo. Quando se
fixavam em uma nação (a perseguição com mortes e humilhações físicas e
psicológicas os fustigavam) poucos anos depois precisavam
sair apressadamente. Do contrário eram eliminados. Aprenderam a ter fé e
confiar em DEUS pelas circunstancias (boas e ruins) cotidianas. Pra
eles a vinda do (MASHIACHE BEN YOUSSEF) Messias redentor/Salvador de
Israel é imprescindível. Os judeus sempre laboraram
por (consciência de fraternidade universal) questões humanitária para o
progresso das nações. Prova disso é que desde 1901 o Prêmio Nobel foi
entregue para 700 personalidades que, se destacaram nos mais variados
ramos da pesquisa científica dos quais 152 pessoas
eram judias. Infelizmente até agora nenhum brasileiro foi digno deste
mérito. Eles esperam o MESSIAS desde tempos remotos. Isaias 9; 6 “Um
menino vos nasceu, um filho se vos deu. O governo esta sobre os seus
ombros. E seu nome será Maravilhoso Conselheiro,
Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz”. Esta promessa ainda
não (O CRISTO em quem cremos pra eles, não é seu MESSIAS. Os judeus
messiânicos sim reconhecem O CRISTO como seu MESSIAS e salvador mas, são
uma “pequena” minoria) se cumpriu para os judeus
e aguardam isso com grande expectativa. Eles pensam num MESSIAS que
restaurará a glória do povo judeu. Concluirá a repatriação dos 4 milhões
de judeus que ainda estão espalhados pelas nações e, esperam que o
território seja duplicado para abrigar seus demais
patrícios que retornarem em perfeita paz e harmonia. Enxergam esta
“profecia” numa esfera humana e pessoal, desvinculada dum espiritualismo
onde tudo no planeta (como num passo de mágica) será recuperado e
refeito. Entendo que os judeus mostram sobriedade
e paciência quanto a este “glorioso evento” pois, em seu calendário
“religioso”, o que é usado para os rituais da (lei) torá e, os
cerimoniais e ensinamentos das tradições (talmud), estão vivendo no ano
5774. Pensando nos dias da criação, onde Deus no sétimo
dia depois de fazer o homem a sua imagem e semelhança. Também os
animais domésticos e selváticos; resolveu repousar. Gênesis 1; 31 “E viu
Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi tarde e
manhã, o dia sexto”. No sétimo dia o Criador descansou.
Segundo algumas tradições místicas judaica o ano 6999 do “seu”
calendário é o limite para a volta do MESSIAS. Pela nossa hipotética
(fictícia e imaginária) contagem faltariam ainda 1225 anos. Até 3239 (não
estaremos vivos para comprovar a veracidade desta teoria
mas, nossos descendentes estarão aqui na terra) os judeus aguardam seu
MESSIAS. Lamentações 3: 22 “As misericórdias do Senhor são as causas de
não sermos consumidos, porque elas não tem mim”, mas as coisas não são tão simples assim previsíveis pois todas os prognósticos demonstram lisonja e imprudência como é dito em Mateus 24: 36 "Mas daquele dia e hora ninguém sabe nem os anjos do céu mas unicamente meu Pai" e confirmando em II Pedro 3: 8 "Mas amados não ignoreis uma coisa que um dia para o Senhor é como mil anos e mil anos como um dia". Os judeus aguardam este
fato não como um evento (vinda do Messias)
repentino e espetacular mas, um processo histórico (pela cultura,
sociedade, costumes, tradições e religiosidade) construído por eles
desde os patriarcas até hoje. A vinda do Messias (profética, histórica e
espiritualmente) coincidirá com a segunda vinda de
Cristo. Isso baseado em estudos hermenêuticos das (cristã e judaica)
duas tradições que comentamos. Os cristãos usam apenas a revelação (não
que isso seja insuficiente) das Escrituras Sagradas e a fé como veículo
de confiança. Pessoalmente, pondero a teoria
judaica quanto a segunda vinda de Cristo/Messias como a que mais
simpatizo. Isso não quer dizer que (o que percebo) seja “verdade” e
muito menos que acontecerá assim. O ETERNO é misterioso em tudo o que
faz. Nunca conheceremos seus desígnios enigmáticos. Romanos
3: 33,34 “Ó profundida das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência
de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis são
os seus caminhos! Por que quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem
foi seu conselheiro?”. Saúde e ótima (pessach)
páscoa. Abraço. Davi.
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