sábado, 19 de abril de 2014

Abraão amigo de Deus.

Isaías 41:8 “ Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo”. Na epístola aos Hebreus é dito uma frase: pela fé Abraão. Como homem de fé, Abraão em conduta  foi provado. Também em nosso cotidiano somos experimentados. Reprovados, podemos arrepender-nos e recomeçar. Aprovados, foi a misericórdia de Deus por nós e, crescemos neste aspecto. O texto em epígrafe (Gênesis 22: 1-19) é bem direto quanto ao oferecimento de Isaque em holocausto. Talvez seja possível inferir que, Abraão teve um dialogo com Deus e, somos propensos a imaginar seu desespero. Como, o filho prometido queres de voltar? Não acredito. Agonia e angústia até que, resolveu obedecer. É sensato cogitar que ele guardou segredo quanto ao fato pois, se Sara soubesse, o desfecho poderia ser outro. Há coisas que devem ser reveladas em eventos contingentes mas, outras precisam ser ocultadas por necessidades. A” moral “ divina é superior a ética humana . Ela esta para além do bem e do mal. A figura de Isaque é um tipo de Cristo; aquele que foi levado ao sacrifício vicário sem reclamar. Apesar de surpreender-se com o fato, Isaque, em momento nenhum esquiva-se da missão proposta pelo pai. O jumento é símbolo da humildade que é irmã da submissão a Deus. A frase, ao terceiro dia, já denotava um possível milagre no cume da montanha de Moriá. A lenha sobre os ombros de Isaque é, uma figura da cruz que Cristo levou por nós. A representação dos pecados da humanidade. O cutelo ( a faca ) na mão de Abraão lembra, a espada com a qual o soldado romano perfurou o coração de Jesus. A caminhada de Abraão e Isaque até a montanha remete-nos para a via sacra ou dolorosa. Eu no lugar de Abraão pensaria. Mas, que Deus é esse que manda-me sacrificar meu filho. Será que Ele perdeu o juízo. Humanamente impossível entender. Moriá é símbolo do monte gólgota ou caveira onde, o Cristo foi crucificado. O período: Deus proverá para se o cordeiro, mostra a confiança de Abraão que Deus faria um milagre. Não havia nenhum cordeiro para o sacrifício e, como oferece-lo? O cordeiro é uma figura de Cristo na narração. Edificou Abraão um altar. Cristo foi pregado na cruz; mãos e pés perfurados; sangue jorrando da face por causa da coroa de espinhos. Ao centro entre dois ladrões, seminu. Uma cena terrível de vergonha e dor. Ele abandonado pelo Pai, entrega seu espírito. Isaque deixou-se amarrar no altar sem reagir ou murmurar. Em minha experiência não deixou-me amarrar e, murmuro sempre; não sou sacrificado, fico inteiro e a carne completamente intacta. Deus tenha misericórdia de mim. O anjo do Senhor impediu que Abraão sacrificasse seu filho. Opino que  fé é metade razão e metade sentimento; um salto no escuro. Fomos contaminados pela vulgarização da fé e, entendo que precisamos rever este conceito, baseado em nossa experiência pessoal . Então imagino que Abraão teve medo e, pensasse que realmente poderia assassinar seu filho. Nosso senso comum quer crer que tudo já estava determinado. Na presciência  divina sim, mas, na realidade existencial de Abraão não. Sou propenso a intuir um Deus surpresa, misterioso e imprevisível até, nos fatos e situações mais previsíveis. Conjecturo que Abraão escondeu-se debaixo do amor, misericórdia e graça divina . A fé tem dois lados, imagino, a certeza e a incerteza. A unilateralidade da fé como crença, faz-nos enfatizar mais o milagre do que, Aquele que o realiza. Caímos em um ceticismo cristão. O texto de Gênesis 22 mostra claramente que, Abraão valoriza e evidencia o Deus provedor no acontecimento. O prodígio do aparecimento do cordeiro, é um aspecto de um quadro impregnado pelo Deus que tudo prove. Ele está em tudo e em todos. No nada, no vazio e no abismo. Da escuridão como sua morada originária, Ele manifestasse como luz para produzir a vida em sua plenitude. Gênesis 1: 2, 3. "Havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz ; e houve luz. Saúde. Davi.

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