Amigos, Saúde e paz. Quero meditar com vocês sobre
um texto bíblico em Daniel 3:35 . “ Nem deixes de ter pena de nós.
Cumpre a promessa que fizeste a Abraão, teu amigo, a
Isaque, teu servo, e a Jacó, teu escolhido “. Bíblia Sagrada na
linguagem de hoje. Edições Paulinas. O âmbito da narrativa mostra um
decreto real do imperador Nabucodonosor que foi violado pelos três
amigos de Daniel (Azarias, Misael e Ananias). Neste edito
todos os habitantes da província ao som de uma trombeta deveriam adorar a
estátua erigida na planície do reino em homenagem ao monarca. Ele era
narcisista (apreciava sua própria imagem) e considerava-se deus entre
seus súditos. Evidentemente os três companheiros
de Daniel não concordavam com esta ideia nunca amariam outro deus somente o Grande Eu Sou. Assim foram lançados na fornalha acessa sete
vezes mais por infringirem a ordem real. O anjo do Senhor esteve com
eles dentro do fogo e nada lhes aconteceu. Pensemos
em alguns aspecto. O narcisismo em menor ou maior grau
descaracteriza-nos como indivíduos sendo uma patologia fundamentada na auto
imagem como uma representação daquilo que aparentemente não somos vinculada a um pseudo
eu encerrado em uma imaginação que caracteriza o endeusamento do sujeito individualizando a criatura que deseja assemelhar-se ao criador. Inquietante esta situação
pois no contexto do livro de Daniel o rei enlouqueceu e por sete anos
comeu capim como um boi sendo acometido por uma metamorfose terrível tornando-se uma quimera (monstro mitológico) uma mescla de homem
com animal. Chama a atenção a cumplicidade no relacionamento dos três
amigos pois havia harmonia e definição no propósito comum de não dobrar-se
ante a imagem. As amizades saudáveis se constroem no tempo singularizam
nossa história e dão sentido a nossa experiência
humana. Deus não os livrou do fogo mas esteve com eles na fornalha. Há
algo em mim que cogita não querer passar pelo sofrimento parecendo que
mensuramos a agrura como castigo pois estando desconsolados concluímos que o motivo é que precisamos passar por uma punição para aplacar a culpa de nossa consciência. Entendo que existe em nós um suposto masoquismo (prazer na dor) inconsciente onde usamos a culpa como desculpa para
pela expiação sermos recompensados sendo esse o motivo penso porque não reconhecemos o significado intrínseco de nosso sofrimento. Precisamos tocar mais a amplidão
da graça divina em seu infinito amor e sua imensurável misericórdia. O
louvor e a oração de Azarías no início de nosso comentário é atraente pois os
patriarcas referidos mostram a origem dos costumes e cultural do povo
Judeu uma tipificação da unidade na diversidade onde
Abraão ilustra o Deus-Pai, Isaque denota o Deus-Filho e Jacó simboliza o
Deus-Espírito Santo. Os três substantivos citados trazem conotações
individuais quando os compreendemos num ambiente de humanidade relacional onde a convivência com o outro nos constrói, desconstroi
e reconstrói. O refazer contínuo existencial mostrado nos relacionamentos de amizades para com o outro servos para com Deus e escolhidos para conosco assim nessa perspectiva imaginamos Deus como
comunitário e relacional onde Pai, Filho e Espírito Santo interagem e
reagem numa unanimidade e totalidade incomparável desse modo como servos precisamos adequar-nos a esta sincronia divina. Abraços.
Nenhum comentário:
Postar um comentário