Judaísmo. HOLOCAUSTO. O MASSACRE DE BABI YAR. Em setembro de 1941, Babi
Yar, ravina (depressão no solo produzida pelo trabalho erosivo das águas de escoamento) existente em Kiev, capital da Ucrânia, foi o local de um dos maiores
massacres de judeus em um único lugar, durante a 2ª Guerra Mundial. Em dois
dias apenas, 34 mil judeus, homens, mulheres, crianças e velhos, foram mortos a
tiros. Babi Yar se tornou símbolo do cruel assassinato de judeus perpetrado
pelos Einsatzgruppen e do persistente não reconhecimento da memória judaica. Em
1961, o poeta russo Yevgeny Yevtushenko (1932-
), em seu poema “Babi Yar”, fez um apelo para que os terríveis
acontecimentos não fossem relegados ao esquecimento. “(..) A erva selvagem
murmura sobre Babi Yar. As árvores olham agourentas como os
verdugos. Aqui tudo grita em silêncio, e, tirando meu boné,
sinto-me grisalho, lentamente. E eu, também, tornei-me um berro
tonitruante, sem som, pelos muitos milhares aqui enterrados. Eu
sou cada velhinho aqui abatido a tiros. Eu sou cada
criança aqui abatida a tiros. Nada será esquecido, dentro de mim
(...)”. HOLOCAUSTO NA UCRÂNIA. A Operação Barba rosa, invasão da antiga
União Soviética por Adolf Hitler (1889-1945), lançada em 22 de junho de 1941,
foi decisiva no Holocausto, pois deu início ao genocídio de judeus. A matança
sistemática de judeus no leste da Europa começou no primeiro dia da invasão
alemã. As forças nazistas rapidamente ocuparam a Ucrânia, o leste da Polônia, a
Letônia, Estônia e Lituânia, a Bielorrússia e o oeste da República Russa. Assim
que o exército alemão ocupava alguma área da ex União Soviética, os Einsatzgruppen (Esquadrões
da morte móveis das SS) entravam em ação, fuzilando os judeus. Estima-se que
mais de 1,5 milhão foram executados dessa forma. Uma das “tarefas” dos Einsatzgruppen era
organizar, entre a população local, indivíduos dispostos a perpetrar ou a
participar do assassinatos em massa de judeus. Na Ucrânia não foi difícil;
centenas de milhares colaboraram entusiasticamente com os nazistas. Sem tal
participação, teria sido impossível que as matanças atingissem a escala que de
fato tiveram. Antes mesmo de os nazistas ir em frente com a “solução radical do
problema judaico através da execução a tiros de todos os judeus”, milhares de
ucranianos foram os responsáveis por sangrentos pogroms. Outros milhares
tornaram-se guardas nos campos de extermínio. A ajuda da polícia ucraniana
permitiu aos nazistas rapidamente identificar e reunir os judeus que, a seguir,
eram conduzidos para locais ermos onde, um a um, família após família – homens
e mulheres, velhos e crianças – eram brutalmente assassinados a tiros. KIEV –
RÚSSIA. A cidade de Kiev acabou caindo em mãos alemãs após 45 dias de batalha,
em 19 de setembro de 1941. Acredita-se que cerca de 70% dos 225 mil judeus (20
% da população da cidade) que viviam em Kiev conseguiram deixar a cidade a
tempo. A maioria dos que ficaram eram os que não tinham condição de fugir:
mulheres, crianças, velhos e doentes. Desde o primeiro dia da ocupação, os
judeus perceberam as “faces radiantes” de muitos ucranianos, como recordou mais
tarde uma testemunha ocular, Konstantin Miroshnik, então com 16 anos. Um dos
vizinhos ucranianos dissera a seu avô, “Leib, seu poder judaico chegou ao fim,
uma nova ordem começará agora, portanto tenha em mente, você terá contas a
acertar (...)”. No segundo dia da ocupação, policiais ucranianos apareceram nas
ruas portando braçadeiras e anunciando que faziam parte da “Organização de
Nacionalistas Ucranianos” (OUN), organização liderada por Stepan Bandera
(1909-1959). Por alguns dias os judeus não foram molestados. Em 21 de setembro,
após ter sido submetido a humilhações públicas, foi assassinado Shlomo Glozman,
um dos líderes comunitários de Kiev, junto com nove outros dos mais
respeitáveis membros da comunidade. Durante os primeiros dias da ocupação
alemã, duas grandes explosões, aparentemente desencadeadas por engenheiros
militares soviéticos, destruíram o prédio onde havia se instalado o
quartel-general alemão e parte do centro da cidade. Os alemães usaram esses
atos de sabotagem como pretexto para dar início à matança dos judeus de Kiev.
Em 27 e 28 de setembro, os nazistas colocaram cartazes em russo e ucraniano por
toda a cidade, convocando os judeus para o “reassentamento”. “Ordena-se a
todos os judeus residentes de Kiev e suas vizinhanças que compareçam à esquina
das ruas Melnyk e Dokterivsky, às 8 horas da manhã de 2ª feira, 29 de setembro
de 1941, portando documentos, dinheiro, roupas de baixo, etc. Aqueles que não
comparecerem serão fuzilados. Aqueles que entrarem nas casas evacuadas por
judeus e roubarem pertences destas casas serão fuzilados”. Mais de 30 mil se
apresentaram. Nos dias 29 e 30, véspera de Yom Kipur, os judeus
foram levados a Babi Yar, uma ravina nos arredores da cidade. Acreditavam que
seriam embarcados em trens para um reassentamento. A multidão de homens,
mulheres e crianças era grande o bastante para que ninguém se desse conta do
que estava para acontecer, a não ser tarde demais. Um dos comandantes do Einsatzkommando chegou
a se gabar, dias mais tarde, que, por causa de “nosso talento especial para a
organização, os judeus acreditaram, até o momento de serem executados, que
estavam realmente sendo enviados para um reassentamento”. O massacre foi realizado
em dois dias, pela unidade C do Einsatzgruppen, apoiada por membros
de um batalhão das Waffen-SS. Unidades da polícia ucraniana foram usadas para
agrupar e conduzir os judeus até o local de fuzilamento. Logo após a guerra, um
cidadão não judeu, o vigia do velho cemitério judaico próximo a Babi Yar,
contou que testemunhara “cenas horríveis de dor e desespero”. Ao relatar os
fatídicos acontecimentos contou: “Eu vi policiais ucranianos formarem um
corredor e levar os judeus apavorados para a enorme clareira, onde, com
bastões, aos gritos e utilizando cães que arrancavam pedaços dos corpos das
pessoas, os judeus eram forçados a se despirem totalmente, a formar filas e,
então, dirigir-se em colunas de dois para a boca da ravina. Ao escutarem o
barulho das metralhadoras que estavam abatendo os judeus do grupo logo à
frente, percebiam o que os esperava, mas não tinham mais como escapar. Ao
chegar à boca da ravina, encontravam-se na beira do precipício, a 20, 25 metros
de altura, e do outro lado havia metralhadoras alemãs disparando. (...). Então
os próximos 100 eram trazidos, e tudo se repetia. Os policiais pegaram as
crianças pelas pernas e as jogaram vivas dentro do Yar. Naquela noite, os
alemães fizeram desmoronar as paredes da ravina e enterraram as pessoas sob uma
espessa camada de terra. Mas a terra moveu-se ainda por muito tempo, porque
judeus feridos e ainda vivos se moviam, desesperados”. Dina Pronicheva
(1911-1977) foi uma dentre os poucos judeus a escapar com vida. Assim como
centenas dos que foram alvejados, não morreu. Mas diferentemente da maioria dos
que caíram vivos na vala, ela conseguiu evitar ser sufocada e escapou. Após a
guerra, Dina contou os horrores de Babi Yar ao escritor russo Anatoli Kuznetsov
(1929-1979), que publicou a história, primeiro na Rússia, em 1966, e na
Inglaterra em 1970, sob o pseudônimo de A. Anatoli. Dina contou que enquanto
estava ainda soterrada ouvia por todo lado e por baixo ela, sons abafados,
gemidos, pessoas se sufocando e chorando. A massa de corpos movia-se ligeiramente
conforme se acomodava e se espremia, através do movimento dos que ainda viviam.
Lembrou como os soldados iam até a borda e iluminavam os corpos com suas
lanternas, atirando com seus revólveres sobre os que ainda pareciam vivos. Ao
se referir ao massacre, Elie Wiesel escreveu que “testemunhas oculares disseram
que, por meses após as mortes, o solo de Babi Yar continuava a esguichar
guêiseres de sangue”. Após dois dias de assassinatos, a unidade do Einsatzkommando mandou
para Berlim um relatório sobre a ação: em dois dias, 33.771 judeus haviam sido
exterminados em Babi Yar e os “operadores” das metralhadoras haviam sido
auxiliados pelos milicianos ucranianos. Nos meses seguintes, os nazistas
utilizaram Babi Yar como um local de execução para prisioneiros de guerra
soviéticos e para “ciganos”. O número de executados talvez jamais seja
conhecido. DESTRUINDO PROVAS. Em março de 1944, a ex-URSS inicia a ofensiva na
Bielorrússia. À medida que os exércitos alemães iam batendo em retirada frente
ao inexorável avanço russo, eram instruídos a destruir as evidências dos
assassinatos em massa. Um comando especial foi incumbido de ir aos locais dos
massacres realizados pelos Einsatzgruppen. Teriam que exumar e
queimar cadáveres e ossos e espalhar as cinzas. Na maioria dos locais foram
construídas piras maciças. Cada pira podia consumir 3.500 corpos e ardia até
dez dias. Mas a quantidade de mortos enterrados na ravina de Babi Yar não
permitia esse “modus operandi”. Lembrou posteriormente o comandante da
operação: “A terra sobre a imensa cova comum foi removida; os corpos foram
cobertos com material inflamável e incendiados. Demorou cerca de dois dias para
que a tumba ardesse até o fundo”. A terrível tarefa foi realizada por mais de
400 judeus e prisioneiros de guerra soviéticos. Eles sabiam que assim que o
trabalho se encerrasse todos seriam mortos, sabiam que os nazistas não iriam
deixar testemunhas de seus crimes. As mortes já vinham ocorrendo; no primeiro
mês, 70 dos prisioneiros foram mortos em execuções realizadas toda a noite
pelos guardas, para se divertirem. Os prisioneiros famintos e doentes
trabalhavam com grilhões nos tornozelos, guardados por SS armados com
submetralhadoras e acompanhados por cães treinados para matar. Os guardas
dirigiam-se aos judeus chamando-os de “Leichen”, cadáveres. Mas, como
escreveu o historiador Reuben Ainsztein (1917-1981), um dos principais autores
ingleses sobre o tema do Holocausto, “naqueles homens seminus impregnados de
carne putrefata, cujos corpos estavam comidos por sarna e cobertos com uma
camada de lama e fuligem, e nos quais restava tão pouca força física,
sobrevivia um espírito que desafiava tudo o que os nazistas tinham feito ou
poderiam fazer-lhes. Nos homens em quem as SS viam apenas cadáveres
andantes, maturava uma determinação de que ao menos um deles precisava
sobreviver para contar ao mundo o que haviam visto em Babi Yar”. Eles traçaram
planos. Entre os idealizadores, havia um soldado judeu do Exército Vermelho,
Vladimir Davydov, que acabou testemunhando em Nuremberg. A escala de represália
eliminava fugas individuais. Após a fuga de um soldado não judeu do Exército
Vermelho, Fyodor Zavertanny, os alemães fuzilaram 12 dos prisioneiros e o SS
encarregado dos guardas, que tinha supervisionado o grupo de Zavertanny.
Uma fuga em massa era a única esperança. Mas os prisioneiros precisariam de um
milagre, pois para poder fugir teriam que encontrar uma chave que pudesse abrir
o cadeado do bunker onde eram trancafiados a noite. Eles passaram a procurar
por quaisquer chaves que tivessem sobrado dentre os milhares de cadáveres
apodrecendo e suas roupas em decomposição. Em 20 de setembro, o milagre
aconteceu: um dos prisioneiros encontrou uma chave que servia no cadeado. Nove
dias depois, no 3º aniversário do massacre, 325 judeus e prisioneiros de guerra
soviéticos fugiram. Desses, 311 foram fuzilados durante a fuga e apenas 14
alcançaram esconderijos, quatro ficaram por 20 dias em uma chaminé de uma
fábrica desativada e dois foram escondidos sob o galinheiro por duas
ucranianas, Natalya e Antonina Petrenko. Em 6 de novembro, cinco semanas após a
fuga, os 14 sobreviventes estavam entre os que recepcionaram o vitorioso
Exército Vermelho que entrava em Kiev. Todos eles se juntaram às fileiras.
Quatro deles, todos judeus, foram posteriormente mortos em ação contra os
alemães, e dez sobreviveram à guerra. Dois judeus, Vladimir Davydov e David
Budnik, prestariam depoimento, em 1946, no Tribunal de Nuremberg, sobre o
massacre de Babi Yar. ATITUDE SOVIÉTICA. Na Kiev libertada, judeus sobreviventes
e familiares dos judeus massacrados foram até a ravina, no local da execução.
Lembra uma testemunha: “Descemos até o fundo. Ficamos parados, chorando.
Juntamos os ossos queimados de braços, pernas”. Após o Exército Vermelho
retomar o controle de Kiev, Babi Yar foi transformado num local de internamento
de prisioneiros alemães e operou até 1946, quando foi totalmente demolido. Nos
anos seguintes ao término da 2ª Guerra, os judeus que retornaram a Kiev, assim
como os demais na antiga União Soviética, quiseram erguer um memorial em
homenagem aos judeus assassinados em Babi Yar, mas essas tentativas foram
sistematicamente rechaçadas pelas autoridades soviéticas. Desde a retomada da
cidade, o governo desestimulou qualquer ênfase ao massacre de Babi Yar como sendo
uma barbárie direcionada apenas aos judeus – queriam que a tragédia fosse
lembrada como um crime cometido contra a população de Kiev e o povo soviético
todo. A primeira versão do texto sobre o terrível massacre ocorrido em Kiev
mencionava os judeus. “Os bandidos hitleristas cometeram assassinato em massa
da população judaica. Eles o anunciaram em 29 de setembro de 1941, dizendo que
todos os judeus deveriam estar na esquina das ruas Melnikov e Dokterev portando
seus documentos, dinheiros e valores. Os carniceiros os conduziram a pé para
Babi Yar, apossaram-se de seus pertences e lá os abateram a tiros”. Mas ao ser
oficialmente publicado, os judeus não eram mais mencionados: “Os bandidos
hitleristas trouxeram milhares de civis à esquina das ruas Melnikov e Dokterev”.
Diversas tentativas de se erguer um memorial judaico no local dos massacres
foram adiadas. Em outubro de 1959, o escritor Viktor Nekrasov publicou um
artigo protestando contra a intenção de erguer um parque com um estádio de
futebol em Babi Yar e construir uma represa na outra ponta da ravina. Nos anos
após o término da guerra, Babi Yar enchera-se de entulho, lama e água,
formando, na descrição de uma testemunha, “um lago profundo imóvel (...). De longe,
parecia esverdeado, como se as lágrimas das pessoas que lá tinham sido mortas
houvessem brotado do solo”. As autoridades municipais de Kiev concordaram, a
princípio, em erguer um monumento, mas insistiam em que fosse dedicado aos
cidadãos soviéticos, sem mencionar o fato de serem judeus. No final, até mesmo
essa decisão não foi levada adiante e as obras da represa foram iniciadas. Uma
noite, em 1961, a represa construída pela prefeitura ruiu e torrentes de água,
argila líquida e lama, misturadas com restos de ossos humanos, jorraram nas
ruas de Kiev abaixo. A enxurrada provocou vários incêndios, destruiu uma
garagem e, ao atingir a estação de bondes, virou os bondes, enterrando vivos
todos os que estavam na estação e a bordo dos bondes. Nessa noite, enquanto os
soldados estavam ocupados escavando em busca dos mortos e procurando
sobreviventes na lama, uma segunda onda de argila líquida irrompeu de Yar,
causando mais estrago e morte. Nos dois desastres, 24 pessoas foram mortas.
Alguns dias depois, quando um bonde passou pelo local do desastre, uma velha ucraniana
começou repentinamente a gritar: “Foram os judeus que fizeram isso. Estão se
vingando de nós”. À medida que as décadas passaram, muitos sobreviventes e os
parentes dos sobreviventes procuraram retornar aos cenários de seu próprio
sofrimento ou de sua família. Para os judeus da antiga União Soviética, Babi
Yar, assim como outros locais de assassinato em massa de judeus, tornaram-se
lugares de peregrinação solene. Visitar locais como Babi Yar, em Kiev, Rumbuli,
perto de Riga, Ponar, fora de Vilnius, ou a cova da Rua Ratomskaya, em Minsk,
tornou-se um meio de renovar e afirmar seu sentido de identidade judaica. Em
setembro de 1966, decorridos 25 anos do massacre, Babi Yar se tornou ponto de
encontro para os ativistas judeus. Nos anos seguintes, os ativistas de várias
partes do país vinham participar do evento em memória dos judeus assassinados,
atendendo às convocações, a despeito do empenho das autoridades em evitar
qualquer manifestação. Em 1971, no mínimo 1.000 pessoas participaram da
cerimônia de recordação. O interesse em Babi Yar atingiu seu ponto alto em
1961, no 20o aniversário do massacre, quando o poeta russo Yevgeny Yevtushenko
publicou seu poema “Babi Yar” na Literaturnaia Gazeta. O poema
se identificava com o sofrimento judeu, particularmente com as vítimas judias
do nazismo, insistindo que enquanto existisse antissemitismo na ex-URSS sua
sociedade não poderia ser genuinamente internacionalista. O trabalho evocou um
amplo protesto, inclusive uma censura do Premier Nikita Khrushchev. A intelligentsia liberal,
no entanto, recebeu-o com aplausos, e o compositor Dimitri Shostakovich
musicou-o em sua 13a Sinfonia, que logo foi banida pelas autoridades. Somente
em 1976, ergueu-se um monumento, mesmo assim, sem fazer qualquer menção
específica às vítimas judias, referindo-se apenas “aos cidadãos de Kiev e
prisioneiros de guerra”. Apenas após o advento da Perestroika, a
política soviética mudou. No final da década de 1980, colocou-se uma placa em
iídiche, sem, no entanto, haver menção especial aos judeus. Em 1988, o
aniversário da aktion de setembro de 1941 foi relembrado em
grande escala em uma manifestação em Moscou e outra em Babi Yar. Em setembro de
1991, grupos ucranianos e judaicos, patrocinados pelo governo da Ucrânia,
organizaram em Kiev um evento de grande porte em memória dos judeus
assassinados em Babi Yar. Nas principais ruas foram colocadas fotos dos judeus
mortos, houve vários dias de conferências, encontros, exposições, concertos e
discursos, além da publicação de um livro memorial. No dia 29 foi inaugurado um
monumento em feitio de menorá (candelabro sagrado, com sete braços. Originalmente em ouro e cheio com óleo de oliva, sendo permanentemente aceso no Templo em Jerusalém, representando hoje o emblema do Estado de Israel. Em junho de 2013, o Fórum Mundial de
Judeus de Língua Russa anunciou que um novo complexo memorial será erguido no
local do massacre de Babi Yar. Além de um centro judaico e de uma sinagoga,
haverá uma exposição de material histórico com roupas e pertences dos judeus
assassinados, documentos dos arquivos nazistas e entrevistas com sobreviventes.
1. Os testemunhos estão documentados na obra de Martin Gilbert, “Holocausto,
História dos Judeus da Europa na Segunda Guerra Mundial”. www.morasha.com.br. Abraço. Davi.
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