sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

LIVRO. PROPÓSITO - A CORAGEM DE SER QUEM SOMOS



Espiritualidade. PREFÁCIO. “Depois de passar dos 40 anos e vencer um câncer que me colocou à beira do abismo, estou a pergunta: quem sou eu? E para quê? Qual é o significado dessa minha existência? Senti que eu estava sendo chamado para olhar de modo mais atento para essas e outras questões, então pedi para o meu ser mais profundo que me abrisse as portas do conhecimento. Até então eu já tinha entendido, com os chacoalhões da vida, que apesar de pouco (ou nada) sabermos sobre os mistérios da existência, o único jeito de vibrarmos num outro luar é através da experiência do amor. Só o amor é capaz de transformar tudo, curar, elevar nossa consciência. Então uma voz interna já me dizia que talvez esse fosse o sentido de tudo, a razão de estarmos aqui encarnados: aprendermos (ou reaprendermos) a amar. O que eu não sabia era: por que é tão difícil abrir o coração para amar de verdade, desinteressadamente? E eu não sabia sequer que tinha essa dificuldade. Então, numa perfeita sincronia, o meu caminho cruzou com o do Prem Baba, que desde então tem me ajudado muito a entender o sentido que busco, a caminhar rumo à consciência do propósito da minha alma, a me abrir para ouvir o comando do meu coração. Porém, para alcançar esse aprendizado, precisarei continuar passando pelo processo de purificação, olhar para minha sombra (ou maldade), para minhas dores, meus condicionamentos, abrir os porões para poder limpá-los, iluminá-los. E tudo isso requer muita coragem! Este livro é sobre o Propósito e seu estudo abrange tanta coisa, tem tantas vertentes! Aqui Prem Baba põe luz sobre o tema com a clareza própria de um líder espiritual, sugere caminhos, práticas e exercícios que podem facilitar os processos e entendimentos. Sabemos que estamos alinhados com nosso Propósito quando encontramos um motivo real para acordarmos e vivermos o dia com alegria! E esse motivo, em última análise, é vivermos o amor! Prem tem me ensinado bastante sobre isso e talvez faça parte do meu Propósito dividir meu caminha com vocês Namastê! (saudação hindu que diz: o Deus que está em mim felicita o Deus que está em você). Reynaldo Gianecchini (1972-  ), ator e modelo brasileiro. Texto de Sri Prem Baba (1951-  ). INTRODUÇÃO. Talvez o maior infortúnio do ser humano tenha sido, em algum momento da sua jornada, ter acreditado ser o centro da criação. Nossa inteligência nos proporcionou muitas conquistas. Conseguimos um certo domínio sobre a matéria e com isso passamos a agir como se a natureza existisse somente para nos servir. O ego, enquanto símbolo da individualidade, tomou conta da nossa experiência na Terra. Essa visão limitada nos conduziu ao esquecimento de quem somos e do que viemos fazer aqui. E hoje sofremos de uma profunda doença chamada egoísmo, que nos leva a manifestar um grau insustentável de desrespeito à natureza e aos outros seres humanos, além de uma profunda ignorância em relação ao significado da vida. No decorrer dos séculos, temos usado nossa inteligência para reafirmar essa visão autocentrada e para provar que somos superiores a tudo e a todos. O ego, que é apenas um veículo para a experiência da alma neste plano, tornou-se o imperador máximo, e o individualismo tomou proporções brutais. Perdemos a conexão com nossa identidade espiritual e com a própria razão de estarmos aqui. Deixamos de nos questionar sobre o sentido da vida, e isso aprofundou o esquecimento da nossa essência e dos valores intrínsecos a ela. A teoria que considera o Universo como o produto de um acidente cósmico (o Big Bang) sustenta a visão materialista de que não existe um propósito para a vida. Se somos produto de um acidente, estamos aqui por acaso. E se estamos aqui por acaso, não há um propósito para a nossa existência. Essa ideia, porém, decorre da nossa incapacidade de explicar, através dos métodos científicos, o que está por trás do mistério da criação. E isso é o que nos leva a negar o espírito e a acreditar que não existe nada além do corpo e da matéria. Mas esse materialismo é o que tem impedido a nossa evolução, não somente espiritual, mas também material! Porque, dessa maneira, estamos nos tornando cada vez mais cegos e ignorantes em relação ao nosso próprio poder. A ideia de que somos apenas um corpo combinada à crença de que somos superiores a tudo é o que sustenta a indiferença diante da destruição do nosso planeta e o ceticismo em relação à espiritualidade. Desconsiderando até mesmo as descobertas não tão recentes da Física, continuamos cultivando uma visão estritamente materialista da vida. Enquanto indivíduos e sociedade, seguimos negando a existência de um espírito único que dá vida e interconecta todos os seres vivos e a natureza. Tudo isso, porém, faz parte dos desafios da experiência humana na Terra, pois nós estamos aqui justamente para realizar a lembrança de quem somos e do que viemos fazer. O esquecimento, apesar de ser um instrumento de aprendizado nesse jogo da vida, quando levado ao extremo, se torna um grande obstáculo para a expansão da consciência. A maioria não tem a mínima ideia do que veio fazer aqui e nem chega a se perguntar. Estamos nos aproximando de um ponto crítico, no qual uma virada se faz necessária. É como se estivéssemos mais perto do final de um grande projeto e estivéssemos sendo pressionados a cumprir nossa missão. Alguns dizem que o prazo final já passou e que não tem mais jeito. Outros acreditam que ainda temos chances de realizar nossa meta. Eu acredito que, para sermos bem sucedidos, precisaremos passar por grandes transformações. Em primeiro lugar, precisamos nos abrir para a verdade de que somos seres espirituais vivendo uma experiência na Terra e que nós todos temos uma missão comum, porque, sem essa consciência, estamos fadados à extinção. QUEM SOU EU? O QUE EU VIM FAZER AQUI? É parte de nossa missão chegar à resposta para essas perguntas. Estamos constantemente sendo levados a questionar e a encontrar soluções para questões como essas. O tempo todo somos convidados a perceber e compreender o Mistério. A natureza tem enviado mensagens bem claras de que chegou a hora de despertar do sonho do esquecimento e de acordar para a realidade. Tornou-se inaceitável que, com tanta informação disponível sobre a insustentabilidade do nosso estilo de vida, continuemos agindo sem a mínima consciência ecológica. Tornou-se inconcebível que ainda sejamos tão céticos e fechados para a percepção da realidade maior, que transcende a matéria, pois é esse fechamento que nos impede de ter acesso ao propósito da vida. Eu, como um mestre espiritual, mas principalmente como um ser humano consciente, tenho a obrigação de dizer a verdade, por mais dolorosa que ela possa ser: nós, seres humanos, estamos caminhando para um grande fracasso. Até este ponto da nossa passagem aqui na Terra, não fomos capazes de encontrar essa tão desejada felicidade. E isso ocorre pelo fato de estarmos buscando no lugar errado – fora de nós. A felicidade não está no futuro, nos bens materiais ou na opinião que os outros têm sobre nós. Ela está aqui e agora, dentro de nós. Precisamos ter coragem e humildade para abrir mão do orgulho e assumir nossos erros. Precisamos nos curar do egoísmo. E somente o autoconhecimento pode trazer essa cura. E foi justamente com o intento de oferecer instrumentos que possibilitam e facilitam o processo de autoconhecimento, mas principalmente com o intuito de dar movimento a uma energia capaz de impulsionar uma verdadeira transformação, que eu decidi escrever este livro. Todos e cada um de nós viemos para este plano com uma missão, um propósito a ser realizado. E apesar de, na superfície, não sermos iguais e termos diferentes qualidades, estamos unidos por um propósito único que, em última instância, é a expansão da consciência. E a consciência se expande através do amor. Por isso costumo dizer que o nosso trabalho enquanto seres humanos é despertar o amor, em todos e em todos os lugares. Podemos comparar o processo de expansão da consciência ao desenvolvimento de uma árvore. A raiz representa nossas memórias, nossas heranças, nossos ancestrais, ou seja, nossa história na Terra. Ao mesmo tempo em que nos mantém aterrados, a raiz não nos deixa cair. Ela é o que dá sustentação ao tronco da árvore, que, por sua vez, representa nossos valores e virtudes consolidados. Quanto mais forte o tronco, mais alto podemos chegar. Os galhos representam os desdobramentos das nossas virtudes em dons e talentos: as folhas representam o impulso de vida e a nossa eterna capacidade de renovação. E quando conseguimos nos tornar canais do amor, através dos nossos dons e talentos, brotam flores e frutos que representam justamente o que viemos realizar, o que viemos oferecer ou entregar ao mundo. As flores e os frutos representam a manifestação ou a realização do nosso propósito de vida. Agora eu quero convidar você a embarcar comigo numa jornada rumo à expansão da consciência. Trata-se de uma aventura cheia de incertezas e desafios que nos leva da semente ao fruto, da Terra ao céu, do esquecimento à lembrança, do estado de adormecimento ao estado de consciência desperta. Uma jornada que revela os infinitos desdobramentos do amor – esse poder que nos habita, nos move e  nos liberta. O amor é a semente, a seiva e o sabor do fruto. Ele é a beleza e a fragrância da flor. O início, o meio e o fim. Despertar o amor é o motivo de estarmos aqui. Que a transmissão contida neste livro possa servir de inspiração e guia para o seu caminhar. Livro: Propósito – A Coragem de Ser Quem Somos. Abraço. Davi.

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