terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Atma.

Teosofia. Na Índia há uma árvore que os Brâmanes e Hindus consideram como a representação setenária (as sete partes) do homem. Ela é pequena e contem sete galhos folheados. As sete partes do homem, por sua vez, se dividem em duas; uma de quatro, quaternário, partes e outra de três, tríade, partes. Essa divisão bipartite do homem traz uma melhor compreensão de suas características físicas (densas, espessas) e espirituais (fluida, volátil). Grosso modo podemos exemplificar como aquilo que é material e o que é imaterial. No cristianismo temos a clássica divisão do ser humano como: corpo, alma e espírito. O corpo é a parte material, a alma e o espírito é a parte espiritual. O pensamento teosófico baseado nas tradições orientais (hindus), expande estes aspecto dando (alguns em sânscrito) novos nomes e aplicando conceitos mais abrangente e refinados. Esse assunto é recorrente, pois quando falamos do humano num de seus aspectos, precisamos comentar os outros para uma abrangência mais precisa do raciocínio a ser usado. A bipartição humana é formada da parte inferior chamada quaternário e da parte superior chamada tríade. A camada inferior contém: o corpo físico, o corpo etérico, o corpo astral e o manas inferior (alma humana). Essa categoria é a representação de nossa personalidade. É importante para os futuros renascimentos que "ela" seja completamente desintegrada após a nossa morte, pois como o centro dos desejos, apegos e vontades mundanos "ela" age involuindo nosso progresso espiritual. Não havendo um desprender adequado da personalidade, (pós mortem) nosso carma precisará ser compensado dentro de reencarnações reparadoras e retificadoras. Por conseguinte a  personalidade passará por um doloroso estágio de eliminação. Uma boa analogia está em Mateus 25: 30 "Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores, ali haverá pranto e ranger de dentes". A camada superior contêm: o manas superior (alma espiritual), buddhi e atma. Esta classe é a tipificação de nossa individualidade. Ela é a instância onde reviveremos nossas futuras reencarnações. A compreensão é que nossa vida atual é o resultado das vidas passadas que vivemos. A doutrina esotérica mensura pelo menos 777 novos renascimentos. Isso apenas no plano humano, pensando em nosso planeta terra onde se imagina começar nosso percurso evolutivo de consciência plena. A individualidade é perdurável pela eternidade. Acendendo em um desenvolvimento e progresso contínuos até a completude com o Espírito Universal. A questão que se coloca diz respeito a luta do ego inferior (personalidade) com o ego superior (individualidade). São dois "magnetismo" onde um é negativo e o outro positivo. O negativo deseja apenas  os prazeres mundanos e materialistas. Satisfação própria, saciedade, compromissos com vontades efêmeras e ilusórias. O positivo busca percorrer a Senda Espiritual. Mateus 7: 14 "E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que o encontrem". Este percurso sinuoso e difícil é para aqueles que desejam alcançar o nirvana (gozo e conforto entre os períodos dos renascimentos) ou descanso por seu trabalho de beatitudes e méritos para com seu próximo. Um lugar de consolo. Lucas 16: 22 "E aconteceu que o mendigo (Lázaro) morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão". Seu carma foi reparado em vidas passadas e na atual. Nosso grande desafio nesta encarnação é vivermos mais nossa individualidade (a busca pelas coisas espirituais) desgrudando-nos da personalidade (o apego exagerado ao hedonismo, narcisismo e futilidades temporais). O tema desta palestra é Atma (Monada). O conteúdo desta exposição está num livro chamado Doutrina Secreta da escritora Helena P. Blavatsky (1831-1891). Vimos que Buddhi é o envoltório da chispa divina (raio luminoso ou monada) que descendo a terra iniciou o processo evolutivo humano mineralizando um fragmento de rocha. Um famoso texto da tradição mística judaica contido na cabala diz: Do mineral tornou-se vegetal, do vegetal tornou-se animal, do animal tornou-se homem, do homem tornou-se espírito e do espírito tornou-se deus. Interessante que estudos avanços no campo da física quântica e a nanofísica comprovam níveis de consciência nesses elementos citados anteriormente. Nos minerais é justificado a presença de primitivas formas de consciências latentes. Como exemplos temos os cristais de rochas. Eles com suas formas (poliedros, tetraedros, hexágonos, cubos) geométricas vistos em laboratórios, microscopicamente realizam mudanças de interações de partículas. Nas plantas isso é bastante visível a olho nu. Elas voltando se para a posição do sol, procuram uma melhor adaptação para realizarem o processo de fotossíntese, fundamental para a produção de seus nutrientes e trocas gasosas com o meio ambiente. Os animais são alvos de estudos deste os tempos de Ivan Pavlov (1849-1936). Ele com sua psicologia experimental percebeu uma  pré evoluída consciência nesses bichos. Quem tem um em casa reconhece as suas (afetos, sentimentos, gostos, vontades, alegrias, tristezas) expressões parecidas com as humanas. Cães, gatos, macacos e ratos são usados pela ciência investigativa nas mais diversas experiências. A psicologia e outros ramos da tecno ciência tem nos cães e outros animais objetos de estudos (cobaias) para após resultados estatísticos comprovados aplicarem em seres humanos. Fatos como esses revelam uma consciência mais adiante nesses animais que em espécies menos evoluídas. A monada está velada em (latente) cada um desses estágios evolutivos do homem. Salmos 82: 6 "Eu disse: Vós sois deuses e, todos vós filhos do Altíssimo". Atma é o Espírito Universal, A Consciência Cósmica, O Deus Eterno o idealizador, promotor, assegurador, realizador e finalizador do processo evolutivo universal. Este raio luminoso (monada) é uma partícula de Atma. Quem primeiro formulou esta teoria foi o filósofo alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716). Ele concebia a monada como um bilionésimo fragmento de átomo. Uma substância segundo ele indestrutível e indissolúvel. Esta monada ou raio vinda de um dos planetas de nosso sistema solar incidiria sobre um ínfimo grão de rocha desencadeando assim o processo evolutivo da vida humana. Isso em um tempo passado que não conseguimos mensurar no espaço matematicamente. A monada encapsulada em Atma é o princípio ativador da existência humana. Ela perfaz as várias raças raízes onde encarnamos, reencarnamos e desencarnamos cumprindo o que determina (carma) a lei da causa e do efeito. Segundo o pensamento teosófico vivemos a quinta raça raiz de um total de sete raças raízes. A primeira raça é a dos nascidos por si. Os sem mente. A segunda raça é a dos nascidos do suor. Os sem osso. A terceira raça é a dos nascidos do ovo. Os Lemurianos que eram  gigantes. A quarta raça é a dos Atlântes. Também eram  gigantes. A quinta raça é a atual (nossa) chamada de Ariana. A sexta raça será mais desenvolvida que a quinta. A sétima raça será mais desenvolvida que a sexta. Nesses dois últimos estágios os indivíduos terão uma consciência muitíssimo evoluída. Duas glândulas cerebrais tem sido (século passado e neste) objeto de estudo da ciência. A glândula pineal segundo recentes pesquisas tem propriedades psíquicas de tele transporte através de suas partículas atômicas abre-se a possibilidade de comunicação com outras consciências menos e mais evoluídas que a nossa. O hipotálamo com formato de uma amêndoa liga o sistema nervoso ao sistema endócrino. Ele é o produtor dos hormônios que ativam as emoções e a sexualidade. Pesquisas e investigações científicas (esotéricas) realizadas nesse órgão esperam para num futuro, grandíssimo desenvolvimento da áudio vidência (audição de infra e ultra sons) e a clarividência (leitura e transmissão de pensamentos com outras pessoas. Também percepção de infra e ultra cores. O que a neurociência tem chamado de "ativação" do sexto e do sétimo sentidos humanos. Completando-se assim o ciclo evolutivo cósmico. Este assunto que abordamos é de um nível de compreensão mais apurado, envolvendo uma considerável abstração lógica para entender suas premissas e pressupostos. Uma matéria que deve ser investigada e analisada demoradamente (anos) com acuidade e perícia. Abraço. Davi.            

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