Teosofia.
O tema desse assunto está baseado no livro A Doutrina Secreta (1888) de Helena
P. Blavatsky (1831-1891) onde alguns conceitos diferentes daqueles que pensamos
como cristãos que têm apoio nas Sagradas Escrituras são abordados como verdades
relacionados ao criacionismo. Em contraposição a esses argumentos bíblicos
temos as teorias esboçadas pelo cientista inglês Charles Darwin
(1809-1882) sobre o evolucionismo que dentre outras coisas sugere que os
humanos são primos dos símios (macacos) descendendo dos mesmo. A teosofia
difere basicamente dos dois aspectos, mas se assemelhando ao evolucionismo com
pressupostos científicos antagônicos, pois entende o evolucionismo sobre
o processo da espiritualidade. Assim a substância vital da matéria a monada é germinada
num dos planetas de nosso sistema solar dando início ao seu percurso
evolucionário alcançando as partes mais densas da matéria. Sucintamente esse
processo começa no chocar um fragmento de elemental (seres primários da criação
divina, que atuam na geração e sustentação da natureza), prosseguindo numa
poeira mineral, a seguir a vida se transforma num vegetal, depois a consciência
desperta em instintos coletivos de animal e o ápice da mentalidade como humano.
Esse sistema evolucionário está alicerçado nos princípios setenários humanos
(corpo físico, etério, emocional, mental concreto e abstrato, alma espiritual,
alma divina e Espírito Divino). Onde a monada sendo matéria e espírito vitaliza
e energiza cada um desses aspecto chegando na completude do Todo. Ela faz um
percurso de descensão e ascensão nos reinos da natureza evoluindo a matéria, a
mente e o espírito nesses reinos culminando com o homem perfeito ou espiritual.
Após essa breve introdução iniciamos nosso assunto específico. "Como
percebemos nos textos sobre Antropologia Gnóstica, a Evolução de uma Alma
Planetária, ou seja, o conjunto de todas as Essências espirituais que se
manifestam num planeta, é de certa maneira semelhante à Evolução de um
indivíduo. Uma alma individual se reencarna, passa de um corpo a outro. A Alma
Planetária passa de um planeta a outro de acordo com Leis predeterminadas pelos
Deuses siderais. E como se processa a Evolução de uma humanidade em um planeta?
Como a da Terra, por exemplo? Uma humanidade planetária nasce, evolui e se
desenvolve, evoluindo e involuindo em sete etapas planetárias definidas com
grande precisão matemática. Essas sete etapas são didaticamente chamadas de
Sete Raças Raízes, ou Raças Planetárias. A vida que evoluiu e involuiu em um
antiquíssimo planeta, que hoje é a nossa desolada Lua (chamada também de Terra
Lua ou Terra Selene), reencarnou-se no planeta Terra. Aqui, numa nova
etapa, deverá evoluir e involuir, formando ao todo sete expressões
civilizatórias, chamadas esotericamente de “Sete Raças”, que, sob o ponto de
vista teosófico e gnóstico, são: PRIMEIRA RAÇA-RAIZ OU PROTO PLASMÁTICA.
Habitou o que hoje conhecemos como a Calota Polar Norte, a Terra de Asgard,
citada em antiquíssimas tradições como a distante Thule paradisíaca dos
nórdicos e dos astecas, a Ilha de Cristal. A Raça Polar (como também é chamada
esta poderosa Raça) se desenvolveu em um ambiente totalmente distinto ao atual.
Naquela época a Terra era propriamente semi etérica, semi física, as montanhas
conservavam sua transparência e a Terra toda resplandecia gloriosamente com uma
belíssima cor azul etérica intensa. Produto maravilhoso de incessantes
evoluções e transformações que outrora se iniciaram desde o estado germinal
primitiva. A primeira Raça surgiu das dimensões superiores completa e perfeita.
Inquestionavelmente a primeira Raça jamais possuiu elementos rudimentares nem
fogos incipientes. Para o bem da Grande Causa lançaremos em forma enfática o
seguinte enunciado: Antes que a primeira Raça humana saísse da quarta
coordenada para se fazer visível e tangível no mundo tridimensional esta teve
que gestar-se completamente dentro do Jagad Yoni a matriz do mundo.
Extraordinária humanidade primogênia, andróginos sublimes totalmente divinos,
seres inefáveis mais além do bem e do mal. Protótipos de perfeição eterna para
todos os tempos, seres excelentes semi físicos, semi etéricos, com corpos
protoplasmáticos indestrutíveis de bela cor negra, elásticos e dúcteis, capazes
de flutuar na atmosfera. Com o material plástico e etéreo desta Terra primogênia
foram construídos cidades, palácios e templos grandiosos. Resultam
interessantíssimos os Rituais Cósmicos dessa época. A construção dos Templos
era perfeita. Nas vestiduras se combinavam as cores branca e preta para
representar a luta entre o espírito e a matéria. Os símbolos e objetos de
trabalho eram usados invertidos para representar o Drama que se projeta nos
séculos: o descenso do espírito até a matéria. A vida estava até agora
materializando-se e deveria a isso dar-se uma expressão simbólica. Sua
escritura gráfica foram os caracteres rúnicos, de grande poder esotérico. É
ostensível que todos esses seres ingentes eram os fogos sagrados personificados
dos poderes mais ocultos da Natureza. Essa foi a Idade do fissiparismo, aquelas
criaturas se reproduziam mediante o ato sexual fissíparo, (segundo se tem visto
na divisão da célula nucleada, onde o núcleo se divide em subnúcleos, os quais
se multiplicam como entidades independentes). Naqueles seres andróginos
(elementos masculino e feminino perfeitamente integrados) a energia sexual
operava de forma diferente à atual, e em determinado momento o organismo
original do pai mãe se dividia em duas metades exatas, multiplicando-se para o
exterior como entidades independentes, processo similar à multiplicação por
bipartição ou divisão celular. O filho andrógino sustentava-se por um tempo de
seu pai mãe. Cada um desses acontecimentos da reprodução original, primeva, era
celebrado com rituais e festas. Inquestionavelmente, a Ilha Sagrada, morada do
primeiro homem do último mortal divino, ainda existe na quarta dimensão como
insólita morada dos Filhos do Crepúsculo, Pais Preceptores da humanidade. Terra
do amanhecer, mansão imperecedoura, celeste paraíso de clima primaveral por
ali, nos mares ignotos do Polo Norte. Magnífico luzeiro no Setentrião, esse
Éden da quarta coordenada, continente firme em meio ao grande oceano. “Nem por
terra nem por mar se consegue chegar à Terra Sagrada" repete veementemente
a tradição helênica. “Só o voo do espírito pode conduzir a ela”, dizem com
grande solenidade os velhos sábios do mundo oriental. SEGUNDA RAÇA RAIZ OU
HIPERBÓREA. Essa raça apareceu no cenário terrestre como resultado das
incessantes transformações que, através do tempo a Primeira Grande Raça Raíz
experimentou. Habitou as regiões boreais que como ferradura continental
circundam a Calota Polar Norte, ocupando o atual norte da Ásia, Groenlândia,
Suécia, Noruega, Islândia, Finlândia etc., estendendo-se até as Ilhas
Britânicas. Essa foi uma época de variadíssimas mutações na Natureza. Grande
diversidade de espécies foi gestada no tubo de ensaio da Natureza cujos três
Reinos ainda não estavam de todo diferenciadas. O clima era tropical e a terra
coberta de grande vegetação.O ser humano continuava sendo andrógino, reproduzindo-se
por brotação, sistema que continua ativo nos vegetais.É impossível
encontrarem-se restos das primeiras Raças primevas porque a Terra estava
constituída de proto matéria, semi etérica e semi física. Só nas Memórias da
Natureza os grandes clarividentes podem estudar a história dessas Raças.
TERCEIRA RAÇA-RAIZ OU LEMURIANA. Dessa segunda classe de andróginos divinos
procedeu-se por sua vez a terceira Raça-raiz, os Duplos, gigantes
hermafroditas, colossais, imponentes. A civilização lemúrica floresceu maravilhosa
no Continente Mu ou Lemúria, vulcânica terra no Oceano Pacífico. O planeta
chegou a um alto grau de materialidade, próprio desta Ronda físico-química.
Como todas as formas de então existentes na Terra, o homem era de estatura
gigantesca. A reprodução era por geração ovípara, produzindo como seres
hermafroditas, e, mais tarde, com o predomínio de um só sexo, até que por fim
nasceram do ovo machos e fêmeas. Na quinta sub-raça lemuriana (pois cada
grande Raça é formada de 7 sub-raças), começa o ovo a queda e retida no
seio materno, e a criatura nasce débil e desvalida. Por último, na sexta e
sétima sub-raças já é geral a geração por ajuntamento de sexos. A reprodução
sexual se fazia então sob a direção dos Kummaras, seres divinais que regiam os
templos. Porém, na segunda metade do período lemúrico, começaram a fornicar, ou
seja, a desperdiçar o esperma sagrado, ainda que tão só o faziam para dar
continuação da espécie. Então, os Deuses castigaram a humanidade pecadora
(Adão-Eva), expulsando-os para fora do Éden paradisíaco, a Terra Prometida,
onde os rios de água pura de vida manam leite e mel. O ser humano expressava-se
na Linguagem Universal, o seu Verbo tendo poder sobre o fogo, o ar, a água e a
terra. Podia perceber a aura dos mundos no espaço infinito, e dispunha de
maravilhosas faculdades espirituais que foi perdendo, como consequência do
Pecado Original. Esta foi uma época de instabilidade na superfície terrestre,
devido à constante formação de vulcões e de novas terras. Ao final, por meio de
10 mil anos de gigantescos terremotos e maremotos, o gigantesco continente Mu
foi se desmembrando e fundindo-se nas ondas do Oceano Pacífico. Encontramos
seus vestígios na Ilha da Páscoa (Chile), Austrália, Nova Guiné, Tasmânia a
Oceania etc. (Muito se tem discutido sobre o Paraíso Terrenal). “Realmente,
esse Paraíso existiu e foi o continente da Lemúria, situado no Oceano Pacífico.
Essa foi a primeira terra seca que houve no mundo. A temperatura era
extremamente quente". O intensíssimo calor e o vapor das águas nublavam a
atmosfera e os homens respiravam por guelras, como os peixes. Os Homens da
Época Polar e da Época Hiperbórea e princípios da Época Lemúrica eram
hermafroditas e se reproduziam como se reproduzem os micróbios hermafroditas. Nos
primeiros tempos da Lemúria, a espécie humana quase não se distinguia das
espécies animais; porém, através de 150 mil anos de evolução os lemurianos
chegaram a um grau de civilização tão grandiosa que nós, os Arianos, estamos
ainda muito distantes de alcançar. Essa era a Idade de Ouro, essa era a idade
dos Titãs. Esses foram os tempos deliciosos da Arcádia. Os tempos em que não
existia o meu ou o teu, porque tudo era de todos. Esses foram os tempos em que
os rios manavam leite e mel. A imaginação dos homens era um espelho inefável
onde se refletia solenemente o panorama dos céus estrelados de Urânia. O homem
sabia que sua vida era vida dos Deuses, e ele sabia dedilhar a Lira estremecia
os âmbitos divinos com suas deliciosas melodias. O artista que manejava o
cinzel se inspirava na sabedoria eterna e dava a suas delicadas esculturas a
terrível majestade de Deus. Oh! A Época dos Titãs, a época em que os rios
manavam leite e mel (...). Os lemures foram de grande estatura e tinham ampla
fronte, usavam simbólicas túnicas, branca à frente e preta atrás, tiveram naves
voadoras e aparelhos propulsionados a energia atômica, iluminavam-se com
energia atômica, e chegaram a um altíssimo grau de cultura. (Em nosso livro O
Matrimônio Perfeito falamos amplamente sobre este particular). Esses eram
os tempos da Arcádia: o homem sabia escutar, nas sete vogais da Natureza, a voz
dos Deuses, e essas sete vogais (I-E-O-U-A-M-S) ressoavam no corpo dos lemures,
com toda a música inefável dos compassados Ritmos do Fogo. O corpo dos lemurianos
era uma harpa milagrosa onde soavam as sete vogais da Natureza com essa
tremenda euforia do Cosmo. Quando chegava a noite, todos os seres humanos
adormeciam como inocentes criaturas no seio da Mãe Natureza, afagados pelo
canto dulcíssimo e comovedor dos Deuses, e quando a aurora raiava, o Sol trazia
diáfanas (que permite a passagem da luz) alegrias e não tenebrosas penas. Os
casais da Arcádia eram matrimônios gnósticos. O homem só efetuava o conúbio
(casamento) sexual sob as ordens dos Elohim, e como num sacrifício no Altar do
matrimônio para brindar corpos às almas que necessitavam reencarnar-se.
Desconhecia-se por completo a fornicação e não existia a dor no parto. Através
de muitos milhares de anos de constantes terremotos e erupções vulcânicas, a
Lemúria foi fundindo-se nas embravecidas ondas do Pacífico. Em tempo, surgia do
fundo do oceano o Continente Atlante. QUARTA RAÇA-RAIZ OU ATLANTE. Depois que a
humanidade hermafrodita se dividiu em sexos opostos, transformados pela
Natureza e máquinas portadoras de criaturas, surgiu a quarta Raça Raíz sobre o
geológico cenário atlante localizado no oceano que leva seu nome. Foi
engendrada pela terceira Raça há uns 8 milhões de anos, cujo fim o Manu (Noé)
da quarta Raça escolheu dentre a anterior os tipos mais adequados, a quem
conduziu à imperecedoura Terra Sagrada para livrá-los do cataclismo lemuriano.
A Atlântida ocupava quase toda a área atualmente coberta pela parte
setentrional do Oceano Atlântico, chegando pelo nordeste até a Escócia, pelo
norte até o Labrador (Canadá) e cobrindo pelo Sul a maior parte do Brasil. Os
atlantes, de estatura superior à atual, possuíram uma alta tecnologia, a que
combinaram com a magia, porém, ao final degeneraram-se e foram destruídos.
Helena P. Blavatsky, referindo-se à Atlântida, diz textualmente em suas
estâncias antropológicas: “Construíram templos para o corpo humano, renderam
culto a homens e mulheres. Então, cessou de funcionar o terceiro olho (o
olho da intuição e da dupla visão). Construíram enormes cidades, lavrando
suas próprias imagens segundo seu tamanho e semelhança, e as adorara (...).”.
Fogos internos já haviam destruído a terra de seus pais (la Lemúria) e a
água ameaçava a Quarta Raça (a Atlântida). Sucessivos cataclismos
acabaram com a Atlântida, cujo final foi reconstituído em todas as tradições
antigas como o Dilúvio Universal. A época da submersão da Atlântida foi
realmente uma era de câmbios (trocas) geológicos. Emergiram do seio profundo
dos mares outras terras firmes que formaram novas ilhas e novos continentes.
QUINTA RAÇA RAIZ OU ARIANA. Já há 1 milhão de anos que o Manu Vaivasvata (o Noé
bíblico) selecionou de entre a sub-Raça proto semítica da Raça Atlante as
sementes da quinta Raça Mãe e as conduziu à imperecedoura Terra Sagrada. Idade
após idade, foi modelando o núcleo da humanidade futura. Aqueles que lograram
cristalizar as virtudes da Alma acompanharam o Manu em seu êxodo à Ásia
Central, onde morou por longo tempo, fixando ali a residência da Raça, cujos
galhos haveriam de ramificar-se em diversa direções. Eis agora as sete
sub-raças ou galhos do tronco ariano atlante: A primeira sub-raça se
desenvolveu no Planalto Central da Ásia, de forma mais concreta na região do
Tibete e teve uma poderosa civilização esotérica. A segunda sub-raça floresceu
no sul da Ásia, na época pré Védica, e então, foi conhecida a sabedoria dos
Rishis do Hindustão, os esplendores do antigo Império Chinês etc. A terceira
sub-raça se desenvolveu maravilhosamente no Egito (de direta ascendência
atlante), Pérsia, Caldeia etc. A quarta sub-raça resplandeceu com as
civilizações da Grécia e de Roma. A quinta sub-raça foi
perfeitamente manifestada na Alemanha, Inglaterra e outros países. A sexta sub
raça resultou da mescla dos espanhóis e portugueses com as raças autóctones da
América. A sétima sub-raça está perfeitamente manifestada no resultado de todas
essas mesclas de diversas raças, tal como hoje o podemos evidenciar no
território dos Estados Unidos. Nossa atual Raça terminará com um grande
cataclismo (hecatombe = mortandade). A Sexta Raça (Raça Koradhi) viverá em uma
Terra transformada (a Quinta Ronda, ou Etérica; veja o texto sobre as Rondas
Planetárias) e a sétima será a última. Depois dessas Sete Raças, a Terra se
converterá em uma nova lua”. Como disse no início esse texto está baseado no
livro a Doutrina Secreta da Helena Blavatsky e como esclarecimento quanto a não
sermos descendentes diretos dos símios (macacos) conforme a teoria Darwinista
ela explica que essa espécie foi nas encarnações anteriores um acidente de percurso,
algo como um bebe que na gestação teve deformações em seu DNA nascendo
(parcialmente ou sem cérebro) anencéfalo. Isso provocou um erro pois esses
animais (símios) esotericamente falando tem duplo DNA (humano e animal) por
esse motivo são tendentes a desaparecerem como espécies nas futuras Raças
Raízes. Diferentemente também da doutrina espírita da origem do homem, pois
essa se baseia na evolução Darwinista ou seja viemos dos reinos inferiores da
criação. Mas Charles Darwin só concebe a evolução material deixando algumas
lacunas em sua teoria como por exemplo as especialidades que os seres adquirem
das necessidades ambientais. Solução que foi concebida por Alfred Russel
Wallace (1823-1866) que passou a conceber o espírito como princípio diretor a
reger as formas materiais. Apesar de ter elaborado a teoria evolucionista
juntamente com Darwin ele foi relegado ao esquecimento por se ocupar do
espiritismo para elucidar essa questão, sendo esses pontos abordados no Livro
dos Espíritos (1857) escrito por Allan Kardec (1804-1869). Vê-se que o elemento
religioso e dogmático contaminou o ensinamento espírita quanto a evolução
assumindo uma crendice, assim fugindo de argumento científicos e lógicos como
os explorados pela Blavatsky em sua obra já citada. Quanto a origem do homem no
(criacionismo) todos conhecemos a versão das Sagradas Escrituras Cristã em
Gênesis capítulos um a três não carecendo comentários adicionais. Abraço.
Davi.
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