O presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (1958-
), aceitou na noite desta quarta-feira (02/12) o pedido de impeachment
impetrado contra a presidente Dilma Rousseff pelo jurista Hélio Bicudo (1922-
), juntamente com o advogado Miguel Reale Junior (1944-
) e a livre docente da USP Janaina Conceição Paschoal. Pressuponho ser
uma manobra política caracterizada como ato de vingança e chantagem do deputado, já que, ameaçado
no Conselho de Ética da Casa da perda de seu mandato, não tendo votos para
livrá-lo da quase certa cassação, pressiona do outro lado, para que a presidente
Dilma (1947- ) seja "intimada" a perder
seu posto de mandatária do país. Já Cunha por duas vezes através de manobras políticas "obstruiu" os trabalhos na Comissão de Ética, impedindo que começasse o trâmite do processo de sua cassação. É tremendamente penoso e triste, constatar que
nossa atual legislatura (tempo de duração dos mandatos na assembleia
constituída pelo voto popular) é das piores que se tem notícia até hoje. Falo
isso com relação aos Congressistas Nacionais onde mais de
quarenta deles estão sendo indiciados pelo Ministério Público Federal por
lavagem de dinheiro, desvios de recursos públicos e propinas de empreiteiras e
construtoras. Naturalmente com as devidas ressalvas e exceções daqueles parlamentares que
honram o voto dos que os elegeram cumprindo sua missão com respeito
e deferência. É contraditório e sem legitimidade esse processo de impeachment,
pois será conduzido pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha, que é alvo de
denúncias no Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro; tendo supostamente recibo propina no valor de R$ 45 milhões de reais
do Banco BTG Pactual do bilionário brasileiro Andrês Esteves (1968- ); isso conforme depoimento de um dos
favorecidos com o instituto da delação premiada no caso da Operação Lava Jato empreendida pela Polícia Federal. Cunha e
família são suspeitos de terem contas bancárias na Suíça sem registros
declaratórios na Receita Federal. Ao contrário dessas irregularidades praticada pelo deputado, não há nenhuma denúncia de desviou, ocultação ou apropriação indébita de valor monetário relacionada a presidente Dilma. Até onde
se consta sua vida pessoal e pública é exemplar, sendo isenta de inquirições
jurídicas comparadas a bens e numerários. Esse processo de impedimento está precocemente morto
por não ter apoio popular, embasamento jurídico consistente e faltando elementos
legais que contribuam com seu prosseguimento na Comissão Especial instaurada
para analisá-lo na Câmara dos Deputados. "O pedido atual de impeachment
[de Dilma] está precocemente morto", mas isso não quer dizer que o
horizonte seja fácil, pelo contrário. A avaliação é do colunista e sociólogo da
Folha Demétrio Magnoli (1958- ), que participou da transmissão ao
vivo da "TV Folha" desta quarta-feira (04/11). Participaram da mesa a
também colunista Natuza Nery, que edita o "Painel", e o repórter
especial Fernando Canzian. "A sustentação nas pedaladas fiscais é frágil,
não há uma prova cabal de contaminação da campanha [eleitoral de Dilma] com
dinheiro da Petrobras. E ele se fragiliza ainda mais com a conexão do pedido de
impeachment com Eduardo Cunha [presidente da Câmara], isso o mata, pois fica
contaminado com a figura de um bandido como organizador", avalia Magnoli.
Entretanto, isso não quer dizer que Dilma sobreviverá ao cenário econômico,
principalmente no extrato menos favorecido da população. "A situação é tão
dramática, e as ações [do governo] tão inúteis, que acho que um futuro não tão
próximo o mandato continua em risco. E as investigações da Lava Jato ainda
podem revelar provas", afirma. Para ele, as duas grandes manifestações
realizadas neste ano, com milhares nas ruas, foram interpretadas como um
desânimo genérico com ações do governo, não especialmente pelo impeachment. Para
ele, é preciso um apoio maciço da população para que ganhe força. "Isso
vai pesar no fim do ano, com a divulgação de números ainda piores da economia,
quando a sensação de pessimismo será maior", diz Natuza, por sua vez.
Oposição. Sobre a postura da oposição no atual cenário de crise, Magnoli avalia
que o "PSDB é uma vergonha". "Eles se penduraram na corda do
impeachment e lá ficaram. Estão focados em um objetivo que não podem realizar.
E com isso se tornaram reféns de caciques do PMDB, como Renan Calheiros
(1955- ). Se tornaram linhas auxiliares
de Eduardo Cunha. E no lugar de apresentarem uma plataforma política pro pós
Dilma, o que o PMDB acabou fazendo com um documento, o PSDB resolveu brincar no
pátio das crianças. Na hora de votar coisas importantes, como o fator
previdenciário, eles votaram contra sua própria herança. Aí vimos o PT votando
a favor de algo criado por Fernando Henrique". Na opinião do colunista, os
tucanos deveriam ter ido aos microfones, um atrás do outro, e martelar que aquilo
era o PT reconhecendo a boa decisão do PSDB do passado. Para ele, o PSDB tem
colocado em prática um "suicídio partidário". "O critério de
atuação parlamentar do PSDB é votar contra o Planalto. E isso, diante da
opinião pública com mais informação, revela uma crise profunda, de rumos e de
moral, em parte", diz ele. "O perigo é acabar sem as duas coisas, sem
plataforma e sem impeachment", pondera Canzian. http://www.m.folha.uol.com.br. O
painel da TV Folha com os três colunistas do jornal (04/11) mostrou as facetas atuais
da política brasileira comprometidas com o idealismo e o facciosismo. Herança
do coronelismo e voto de cabresto impingido pelos grandes latifundiários e
empresários do café na época da república Velha (1889-1930). Nesse período
dominava o cenário político a chamada fórmula do café com leite. O estado de
Minas Gerais e São Paulo revezavam no comando do governo federal, elegendo a
maioria dos presidentes da República numa explícita oligarquia administrativa. "O
primeiro foi Prudente de Morais no período de (1894-1898) e o décimo segundo
foi Júlio Prestes que eleito não chegou a tomar posse por causa da Revolução de
1930. Ele disputou as eleições em março de 1930 contra Getúlio Vargas. Venceu
com mais de 300.000 votos de diferença, mas como era hábito nas eleições da
República Velha, o resultado oficial foi recebido com descrédito pelos
candidatos derrotados. Prestes foi o primeiro brasileiro a ocupar a capa da
revista norte americana The Time, na edição de junho de 1930". Depois de
120 anos as coisas parecem não ter mudado muito em relação a maneira
estereotipada da política brasileira conduzir a vida pública nacional. Atuando
explicitamente nos desmandos, barganhas, corporativismo e favorecimentos
pessoais de envolvidos em negociatas e tráficos de influências. A
"morte" precoce do pedido de impeachment da presidenta Dilma é
sustentado por um dos colunistas sob duas premissas: as pedaladas fiscais não
tem argumento consistente e não existe provas concretas, até agora, de dinheiro
corrompido na campanha eleitoral do ano passado. Outro ponto recorrente quanto
a esse aspecto é que o presidente Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, não tem
condição moral, ética e nem jurídica para chefiar esse
processo. Pesa sobre ele no Conselho de Ética da Casa, uma representação de
quebra de decoro parlamentar por supostamente mentir quando indagado na
Comissão Parlamentar de Inquérito, sobre a Operação Lava Jato, se tinha contas bancárias
na Suíça. Foi denunciado pelo Ministério Público Federal ao Supremo Tribunal
Federal por lavagem de dinheiro e corrupção passiva; processo ainda em
diligência esperando formalmente por uma decisão da Corte Suprema. Esse
colunista tem dúvidas da sobrevivência política da presidente Dilma nos extratos
sociais menos favorecidos. Isso se justifica quanto ao esforço que o governo
vem fazendo a que não sejam feitos nenhum corte nos Programas de Assistência
Social (Bolsa Família, Bolsa Escola, Minha Casa Minha Vida, Prouni, Sisu, Fies,
Pronatec e outros) aos brasileiros de baixa renda. O orçamento federal de
2015 reservou a estes programas a quantia de R$ 35 bilhões de reais, sendo que
o Bolsa Família leva desse total R$ 28 bilhões de reais. Para 2016 o orçamento
será mantido segundo fontes do governo. Mas há dificuldade de fazê-lo pois com
as despesas superando as receitas e a Lei de Responsabilidade Fiscal devendo
ser adequada ao orçamento; precisará ser feito um milagre para ser mantida a
quantia desse ano (2015) para o próximo (2016). Penso que é necessário esse
empenho, a meu ver, uma conquista da sociedade brasileira essa ajuda, apesar de
mínima, aos nossos queridos pares que por circunstâncias especiais não tiveram
as mesmas oportunidades que outros de ascenderem a cadeia produtiva e social.
Essa fraternidade e irmandade em relação aos desafortunados tem simbolicamente
sustentado o atual governo no poder, devendo ela ser mantida, na minha opinião.
Mesmo sendo acusada de assistencialismo eleitoreiro, vista por alguns como
prática de dominação sem que seja adotada uma política de tirá-las da carência.
Segundo o colunista as manifestações populares realizadas este ano tinha alvo
as ações do governo que não tiveram resultados objetivos e não propriamente o
impedimento da presidente Dilma conforme propaga a oposição. É sugerido que
os números ruins da economia nesse final de ano poderão aumentar a sensação de
pessimismo da população com novas demonstrações de insatisfação. Discordo desse
argumento pois os fatos políticos, em evidência, tem mais influência na
população, aja vista o massacre midiático aos eventos, que acabam entorpecendo
a opinião pública. O PSDB é uma vergonha, eles se penduraram na corda do
impeachment e lá ficaram, afirma um dos colunistas. Uma observação pertinente;
desde que o resultado das urnas foi oficialmente anunciado, os oposicionistas,
liderados por esse partido começaram as articulações para questionar a
legitimidade do resultado do pleito. Tentando encontrar brecha na legislação
eleitoral e procurando suposta base na jurisprudência, vários pedidos de
impedimento contra a presidente Dilma foram apresentados. A maioria como se
sabe, foi rejeitado pelos analistas técnicos da Câmara dos Deputados por
não ter consistência jurídica. Um continua sobrevivendo; o impetrado pelo jurista
Hélio Bicudo e o advogado Miguel Reale Júnior, que acabou sendo aceito pelo Cunha, mesmo a contragosto das evidências contrárias dos técnicos da Casa. Mas especialistas avaliam que
também carece de argumentação plausível para que seja levado adiante, além do
que está em descrédito ante a opinião pública por implicitamente envolver jogo
de interesse do presidente Cunha. Ele usa-o como moeda de troca, caso seu
pedido de quebra de decoro parlamentar seja aceito no Conselho de Ética; dando
prosseguimento a cassação de seu mandato no parlamento. O critério de atuação do
PSDB é votar contra o Planalto. Inadmissível imaginarmos que os partidos
políticos não tomam os problemas do país como prioridade de seus discursos, mas
brigando entre si, promovem um corporativismo alheio aos interesses nacional.
Isso é uma falta de respeito com os votantes e com a sociedade brasileira que
os elegeu. Essa insistência do PSDB em continuar com esse discurso unilateral
mesquinho, interesseiro e oportunista candidata os a continuarem na retaguarda
da política nacional. Comprometendo seus proeminentes pares na disputa a
cadeira da presidência da República em 2018, pois desalinhados com as
prioridades nacionais se perdem nos meandros e periferia dos assuntos sociais
com sua oratória vazia e afastada de temas de relevância popular. Pondero que talvez esse seja um dos motivos pelos quais essa sigla partidária não elegerá o futuro presidente do Brasil. Tive muita
esperança ao ver o senador Aécio Neves numa foto com o guru indiano brasileiro
Sri Prem Baba (1965- ). "O guru,
por exemplo, acredita que a felicidade está dentro do ser humano, e não em
circunstâncias externas, como o poder”, por exemplo. Ele continua, “ao observar
as inquietudes do ser humano, percebemos que existe o desejo de encontrar
caminhos para uma vida mais harmoniosa. Mas a grande maioria não sabe como
alcançar esses objetivos e é conduzida pela crença de que a felicidade depende
de circunstâncias externas. A verdade é que tudo o que buscamos se encontra
dentro de nós mesmos. E isso só se realiza fora quando conseguimos nos libertar
das nossas confusões internas”, disse ele. O guru também afirma que “as mágoas
e ressentimentos que Aécio tem alimentado desde sua derrota em outubro de 2014,
são o caminho para a infelicidade”. "Sinto que é tempo de construir uma
nova política e uma nova economia em que o ser humano esteja em primeiro lugar
e não a falsa ideia de poder. Sinto que a única saída para a humanidade é fazer
com que o autoconhecimento se torne política pública. Para começar, um
governante, no mínimo, precisaria se conhecer melhor. Do contrário, a nação
estará nas mãos de uma criança ferida, cheia de mágoas, ressentimento e pactos
de vingança". Baba prega ainda a paz entre irmãos, e não o ódio estimulado
por guerras políticas. "O conflito está na mente. A separação é somente
uma ilusão criada pela mente condicionada. A espiritualidade não divide, ela
une. O Eu maior é indivisível. Se você está em comunhão com o Ser, onde quer
que esteja você estará presente e inteiro. Você será capaz de transformar um
lugar comum em um santuário. Tudo se torna sagrado porque a sacralidade emerge
dessa inteireza, a paz e a pureza, nascem da presença’, afirma o Baba. http://www.tribunahoje.com.br. Vendo
algumas aparições e comentários recentes do senador Aécio Neves nos noticiários, após o encontro com o guru
brasileiro, percebi que sua postura continua intransigente e sectária. Uma
agressividade nas colocações verbais, falta de bom senso e moderação em
situações de pressão e urgência. Temperamental e ante estadista são claramente
percebidos, como exemplo, no ícone do PSDB. Comportamentos que não inspiram
confiança nem modelo para crianças, jovens e adultos. Precisa mudar da água pro
vinho se ainda tem pretensões ao cargo
de líder de uma nação como o Brasil. Aparentemente poucas lições foram
aprendidas pelo senador e colocadas em prática após o encontro que teve com Sri
Prem Baba. Suponho que não renovou seu desejo de continuar o “discipulado” com
o eminente guru, uma pena, pois grandes mudanças poderiam ser empreendidas em
seu caráter. Aqui podemos incluir a fala do brasileiro mais rico atualmente
Jorge Paulo Lemann (1939- ), que ao comentar a situação política atual,
no jornal Folha de São Paulo, afirmou: "que a polarização política trava o
progresso do País e defendeu que os ex presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e
Fernando Henrique Cardozo dialoguem. Em entrevista para o jornal durante evento
organizado pela Fundação Lemann, cujo conselho ele preside, na Universidade
Columbia, em Nova York, USA, na sexta-feira (20/11), ele ressaltou: o pessoal
não se entende. Até Fernando Henrique e Lula. Eles foram amigos, já trabalharam
juntos e ai ficou nessa ciumeira de o Lula querer ser Fernando Henrique e
Fernando Henrique querer ser Lula. Tem de se unir por algumas coisas, disse,
vamos conversar que é importante, continuou". Lemann, cujo patrimônio é
avaliado em R$ 83,7 bilhões, segundo a Forbes, ainda disse achar que o PMDB
fica ali no meio, observou. "Acho que o PMDB vai saltar fora desse governo
daqui a pouco. Ai que as coisas vão acontecer". Lemann afirmou que
discursos idealistas não ajudam a construir soluções práticas. "Está cheio
de gente no Brasil que acha que igualdade é um beleza. Eu acho igualdade uma
beleza também, só que não funciona. Igualdade de oportunidade, isso sim. Agora,
igualdade por igualdade (...). As pessoas não são iguais". O empresário
destacou ainda que "incomoda que, no Brasil, as pessoas sejam tão
preocupadas sobre ser de direita e ser de esquerda" e poucos falam sobre o
que deveria ser feito, sobre o que é prático e o que pode ajudar o país. http://www.uol.com.br. A postura facciosa e
idealista do PSDB, e de grande parte dos partidos, comprometem sua agenda
programa, distanciando-os dos eleitores, criando um clima de desconfiança e
insegurança quanto ao trabalho desempenhado por seus parlamentares. Triste
constatar que a maioria dos nossos congressistas legislam em causa própria.
Incluindo as corporações, organizações e instituições financeiras que os
ajudaram a conquistar seu mandato como representante do povo ou dos estados.
Nessa circunstância os interesses populares acabam ficando para segundo plano.
Esperamos que com o início do próximo ano (2016) um sentimento de fé e
confiança alcance a todos os brasileiros e nossos políticos pensem e reflitam
de maneira conscienciosa sobre os problemas nacionais. Principalmente nossa
grave crise econômica, trazendo soluções e fazendo sua parte de forma honrada e
respeitosa no processo legislativo em andamento. Não obstruindo pautas de
medidas urgentes e relevantes para o desenvolvimento e segurança das
instituições de nosso Estado Democrático de Direto. Essa leitura é complementar aos que
desejarem conhecer o rito do processo de impedimento da presidente Dilma na
Câmara dos Deputados e no Senado Federal. O processo no entanto pode durar
vários meses até que haja uma definição, o que deve ocorrer somente em 2016.
“1. Leitura da denuncia. A decisão deverá ser publicada ainda na quarta-feira
(02/12) no diário oficial da Câmara dos Deputados, e deverá ser lida no
plenário na quinta-feira (03/12). Em seguida, será entregue a uma comissão
especial, com representantes de todos os partidos, de acordo com a devida
proporção. 2. Defesa. Caso a denuncia seja acolhida, a presidente Dilma terá
até dez sessões da Câmara para se manifestar. 3. Parecer. Depois de a
presidente apresentar sua defesa, a comissão especial terá até cinco sessões de
prazo para apresentar o seu parecer. O parecer deverá ser lido na íntegra no
plenário da Câmara. 4. Votação nominal. Quarenta e oito horas depois da
apresentação do parecer sobre a denuncia, o documento deverá ser incluído na
“ordem do dia” da Câmara. Só então ele será votado, nominalmente, pelos 513
deputados. A abertura do processo de impeachment será autorizada pela Câmara
caso o pedido tenha pelo menos dois terços dos votos da Câmara, ou 342 votos.
Se os deputados decidirem que a denuncia não deve ser objeto de deliberação, o
pedido de impeachment é arquivado. 5. Envio ao Senado Federal. Se a Câmara
decidir pela instauração do processo, o pedido será encaminhado ao Senado, que
é a Casa responsável pela sua tramitação. Na prática, a Câmara decidirá se o
processo deve ser ou não aberto, mas é no Senado Federal que ele irá tramitar.
6. Afastamento. Se o Senado instaurar o processo de impeachment, a presidente
Dilma é automaticamente afastada de suas funções e terá seu salário reduzido
pela metade. Ela deve deixar suas atribuições e as residenciais oficiais em
Brasília. 7. Processo. O Senado tem 180 dias para finalizar o processo, durante
os quais a presidente Dilma terá oportunidade
de se manifestar a respeito. Se o processo não for finalizado em 180
dias, a presidente retorna as suas funções enquanto o processo termina a
tramitação. 8 Votação. Para que o impeachment seja aprovado pelo menos dois
terços dos senadores, 54 votos, precisam ser favoráveis dos 81 senadores. 9. Se
inocentada. Se for “inocentada”, a presidente Dilma retoma as suas funções
imediatamente. 10. Se culpada. Se for considerada “culpada” Dilma Rousseff será
novamente afastada e impedida de concorrer a cargo eletivo por oito anos. 11.
Vice assume. No caso de culpa, a partir do momento em que a presidente Dilma
for afastada de suas funções, o vice presidente Michel Temer (1940- ) assume o cargo. 12. Novas eleições. Se
Temer estiver definitivamente impedido de exercer a função (em caso de
cassação, morte ou renúncia, por exemplo) novas eleições serão convocadas em
até 90 dias. Como o processo de impeachment ocorre nos dois primeiros anos do
mandato, as eleições serão diretas”. http://www.uol.com.br.
Considero que esse processo de impeachment não passa da fase 4, sendo arquivado na Câmara dos Deputados por inconsistência de provas
e falta de legalidade jurídica. Estamos com a pior “safra” de políticos no
Brasil desde que se instaurou a Nova República (1985) depois da ditadura
militar. Sinceramente acho difícil que a Comissão Especial instituída pela
Câmara para analisar o impedimento da presidente Dilma, aprove o requerimento para
que dê início ao processo de “julgamento” no Senado Federal. Na Câmara 2/3 dos
deputados, ou seja, 342 votos dos 513 deverão ser favoráveis ao impedimento. Um
número considerado elevado mesmo para os oposicionistas mais otimistas,
defensores da medida. Caso essa façanha se concretize, no Senado serão mais 2/3
de votos, ou seja, 54 senadores dos 81 deverão dizer sim ao impeachment. Desse
modo a presidente Dilma será definitivamente afastada do cargo assumindo o vice presidente Michel Temer. Um grande diferencial nesse “julgamento” será o apoio popular que
presumo esfriou a muito tempo. Alguns supõem que as manifestações de rua
ocorridas em abril, março e agosto desse ano, foram mais voltadas para criticar
a política econômica administrada pelo governo do que propriamente pedir o
impedimento da Dilma. Sem o referendar do povo o processo perde legitimidade,
enfraquecendo sua já frágil tese de legalidade jurídica. Esperemos para ver o
que acontecerá nos próximos dias ou meses subsequentes. Abraço. Davi.
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