Islamismo. Monografia de
Zuhra Mohd El Hanini. NOÇÃO DE DIRETO ISLÂMICO. CONCEITO DE ISLAM. A palavra
Islam deriva da palavra salam que significa PAZ, pureza, submissão, obediência,
etc. No sentido religiosos a palavra Islam significa “submissão voluntária à
vontade de Deus e obediência à Sua Lei”. Os adeptos do Islam são denominados
“muçulmanos” que literalmente significa “submisso à vontade de Deus”. A vontade
de Deus é definida como a mais benéfica e clemente, e Sua Lei como a mais
perfeita e equitativa para o fim de servir à humanidade. Contrariamente as
concepções populares errôneas, a questão da submissão voluntária bem como a
obediência as Leis de Deus não implicam de maneira alguma em perda da liberdade
individual ou rendição perante o fatalismo (acontecimento fixados com
antecedência pelo destino), uma vez que se consideramos as pessoas que se
submetem à lei de seu país como bons cidadãos e membros honestos, da mesma
maneira quem se submete à Vontade e Lei de Deus, que é a mais benéfica, é uma
pessoa que segue os mais amplos horizontes da bondade e excelência, pois ganha
a proteção de seus direitos, mostrando sincero respeito pelo direito alheio,
desfrutando de uma liberdade responsável e criadora. Segundo a concepção islâmica
o mundo físico, não humano, não tem possibilidade de escolha por si só, não tem
nenhum caminho voluntário a seguir por sua própria iniciativa, se submetendo
completamente a Lei do Criador. O homem, diferentemente das demais criaturas,
foi dotado das qualidades de inteligência, raciocínio e a capacidade de
escolha, e por este motivo é chamado à submeter-se voluntariamente à obediência
da Lei de Deus, o que o fará coerente com a Verdade e trará a harmonia entre
ele e todos os demais elementos do Universo que necessariamente obedecem a
Deus. O Islam não se trata de uma mera religião, cujos objetivos sejam apenas
guiar o ser humano no aspecto espiritual, mas sim em todos os campos e áreas de
sua vida. A principal característica da ideologia islâmica é o fato de não
aceitar conflitos nem separações significativas entre a vida espiritual e
mundana, não se limitando apenas a purificar a vida espiritual e moral do homem
no sentido restrito da palavra, mas estende-se à todas as esferas da vida,
sendo assim um completo código de vida. Os pilares ou artigos fundamentais da
fé islâmica, em torno dos quais se estabelece toda a Lei islâmica, podem ser
resumidos em seis principais, vejamos resumidamente: PRIMEIRO: A fé em Deus
como o Único Criador, Sustentador, Legislador e Divindade digna de ser adorada
e venerada. O Islam tem sua base na máxima: “Não há outra divindade senão
Deus”. Deus, na concepção islâmica, é Aquele que criou o Universo e tudo que
ele contém, é o criador Supremo, que não possui parceiros em sua soberania, que
não é semelhante a nada e nada é comparável a Ele. O Islam rejeita a
caracterização de Deus em qualquer forma humana. Bem como a comparação de Deus
com qualquer de suas criaturas, sendo o criador de natureza distinta das coisas
criadas, pois caso fosse da mesma natureza que elas, seria perecível e
necessitaria de um criador. Portanto Deus é Auto Suficiente, não dependendo de
nada para sua existência, sendo Eterno e Perpétuo. Devido a isso, os conceitos
de que Deus descansou no sétimo dia da criação ou que Deus foi encarnado em
qualquer ser humano são considerados blasfêmia sob o ponto de vista Islâmico.
Desta forma, o Islam considera a associação de qualquer divindade ou
personalidade com Deus como o maior de todos os pecados. O Alcorão Sagrado sumaria
este argumento no seguinte versículo: Capítulo 23 versículo 91 “Deus não teve
filho algum, nem jamais nenhum outro deus compartilhou com Ele a divindade!
Porque se assim fosse, cada deus ter-se-ia apropriado da sua criação e teriam
prevalecido uns sobre os outros. Glorificado seja Deus de tudo quanto
descrevem! Deus! Capítulo 2 versículo 255. Não há mais divindade além dele.
Vivente, Subsistente, a quem jamais alcança a inatividade ou o sono; Dele é
tudo quanto existe nos céus e na Terra. Quem poderá interceder junto a Ele, sem
a sua anuência? Ele conhece tanto o passado como o futuro, e eles (humanos)
nada conhecem a sua ciência, senão o que Ele permite. O seu trono abrange os
céus e a Terra, cuja preservação não o abate, porque é o Ingente, o Altíssimo”.
Vale ressaltar que o termo Allah, que literalmente significa “Deus Único”
designa o nome pessoal de Deus, senso um termo que não possui número ou gênero,
realçando a unicidade do Criador, diferentemente do termo “Deus” que pode ser
transformado em plural, deuses, ou feminino, deusa. É interessante notar também
que Allah é o nome pessoal de Deus também na língua aramaica, língua em que foi
revelado o Evangelho a Jesus. SEGUNDO: A fé na existência de anjos que, na
concepção islâmica, são seres puramente espirituais, cuja natureza não precisa
de alimentos, bebidas ou sono, não possuem nenhum desejo físico, nem
necessidades materiais, criados por Deus para cumprirem determinadas funções e
passarem dias e noites à seu serviço. A crença nos anjos, deriva do princípio
islâmico que diz que o conhecimento e a verdade não se limitam só ao
conhecimento sensorial ou à percepção sensorial, da mesma forma que à
nossa volta há inúmeras coisas
invisíveis à vista e imperceptíveis aos sentidos, e no entanto, não negamos sua
existência, como por exemplo o gás ou o éter. No entanto, vale ressalvar que
estes não fazem parte da divindade de Deus, sendo apenas um outro tipo de
criação. TERCEIRO: A fé nos Profetas e Mensageiros enviados por Deus. Tais
mensageiros foram notáveis pregadores do bem e verdadeiros campeões da justiça.
Estes foram escolhidos por Deus para ensinar e transmitir à humanidade suas
Mensagens e Orientações e levar a cabo certas tarefas. O ALCORÃO SAGRADO
enumera cerca de 25 profetas e mensageiros, mas afirma a existência de outros
que não foram mencionados, e assevera a igualdade e não discriminação entre
eles. Capítulo 3 versículo 84 “Dize: Cremos em Deus, no que nos foi revelado,
no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Jacó e às tribos, e no que, de seu Senhor,
foi concedido a Moisés, a Jesus e aos profetas, não fazemos distinção alguma
entre eles, porque somos, para Ele, muçulmanos”. Neste contexto, Muhammad Ibn
Abdullah (que a paz esteja sobre ele) aparece como o último dos Profetas e
Mensageiros, trazendo a última mensagem à humanidade, completando os
ensinamentos e mensagens transmitidas anteriormente pelos profetas que o
antecederam. QUARTO. A fé e crença em todos os LIVROS SAGRADOS revelados por
aos Profetas por Deus. Entre esses livros encontra-se a Toráh, os Salmos, o
Evangelho, respectivamente revelados a Moisés, Davi e Jesus, sendo o Alcorão o
último dos livros, revelados por Deus a Muhammad (Maomé). Ocorre, porém, que
muito anteriormente à revelação do Alcorão, as revelações dos demais livros sagrados
encontravam-se algumas adulteradas, outras incompletas ou perdidas, sem suas
cópias originais. Sendo que o mesmo não ocorreu, com o Alcorão, uma vez que se
encontra, comprovadamente, completo e inalterável, desde que foi revelado há
quinze séculos. QUINTO: A fé na predestinação, que é a crença no conhecimento
infinito e completo de Deus e no seu poder de conceber e cumprir seus planos,
não sendo ele indiferente ou neutro para com sua criação. Baseia-se na máxima:
“o conhecimento eterno de Deus antecipa os acontecimentos, e os acontecimentos
verificam-se exatamente conforme o Conhecimento de Deus”. Isso não significa
que o homem não tenha o livre arbítrio ou não seja responsável pelas suas
ações, porque o conhecimento e poder eternos que Deus tem na execução dos seus
planos não impedem o homem de fazer os próprios planos dentro da esfera
limitada do seu poder, mas se as coisas não acontecerem, assim como nós
queremos ou tencionamos, é porque se encontra além da nossa capacidade e
responsabilidade, sendo do domínio de Deus. SEXTO: A fé no Dia do Juízo Final,
que consiste na crença de que este mundo acabará qualquer dia, e os mortos
comparecerão a um juízo final equitativo. Na concepção islâmica, tudo o que
fazemos neste mundo, cada intenção nossa, cada movimento, cada pensamento, cada
palavra que pronunciamos, tudo é contado e registrado e será considerado no Dia
do Juízo Final, quem se tiver evidenciado no bom caminho será recompensado
generosamente por Deus, enquanto que quem não tiver assim cumprido não receberá
os mesmos louvores. Essa crença engloba a questão da fé na existência da
recompensa para os benfeitores n Paraíso e do castigo no Inferno para os
iníquos. Trata-se de uma crença totalmente lógica e benéfica, uma vez que
encaminha o ser humano a buscar constantemente o caminho do bem e afastar-se do
mal. Além disso, esta crença responde questões consideradas “incompreensíveis”
muitas vezes, como o caso daqueles que negligenciam Deus e dedicam-se à
injustiça e opressão ao tempo que possui uma vida prazenteira, enquanto que
outros tem uma vida dedicada ao bem, mas no entanto sofrem as consequências dos
atos dos injustos. Se os culpados podem escapar à lei mundana sem prejuízos e
ainda por cima são mais prósperos, então o que fica para os virtuosos? Quem vai
promover a causa da moralidade e da bondade? Deve existir alguma maneira de
recompensar o bem e pôr fim ao mal, se isso se não faz aqui neste mundo, e
sabemos que não se faz regular ou imediatamente, tem que se fazer algum dia, e
este é o dia do Juízo Final. Uma vez visto tais pilares essenciais do Islam,
tornará mais fácil a compreensão do sistema de leis Islâmicas, que giram em
torno desses princípios de fé em todo o seu contexto, seja em sua aplicação
como em seus objetivos. Universidade da Região da Campanha – Bagé – RS. Editor
do Mosaico. Agência Internacional que
monitora o Estado Islâmico afirma (10/10) que o grupo terrorista sofreu um
pesado revés este ano diminuindo em um quarto sua extensão no Iraque e Síria. Isso
dentre outros fatores graças à atuação da coalização internacional liderada
pelos Estados Unidos. O esforço do governo russo junto com o Iran em combate-los
em território sírio, bem com a ação conjunto da Liga Árabe liderada pela Arábia
Saudita em ataca-lo nos territórios que ocupam. Um fato relevante também são as
recentes mortes de líderes como Abu Bakr Al Baghdadi e Hafiz Saeed Khan. Outra
informação que traz esperança ao tão sofrido povo sírio é que a Organização
Médico Sem Fronteiras, aguarda autorização e garantia do governo Sírio para
atuar na zona de conflito em Aleppo, assistindo aos feridos de guerra. A
situação nessa cidade é desesperadora com ruínas e escombros por todos os lados;
a maioria dos prédios foram atingidos por projéteis e estilhaços de bombas. Bombardeios
constante aos separatista são realizados pelo governo sírio, pois estes fazem de Aleppo seu reduto de resistência.
Com aproximadamente pouco mais de 2 milhões de habitantes (2005) Allepo conta
atualmente com menos da metade desse número que fugiram para outros países tornando-se
refugiados. Mais de 350 mil civis foram mortos em Allepo nos confrontos entre
os separatista e tropas do governo. A cidade possui o incrível número de 35
médicos para cuidar dos feridos de ambos os lados. Sendo que estes não tem experiência acadêmica
quanto a cirurgias e procedimentos de emergência. Assim há urgente necessidade que os
profissionais da Organização Internacional comecem seu trabalho de ajuda
humanitária imediatamente, para diminuir um pouco a dor dessa terrível e
injustificada tragédia que assola o território Sírio. Expondo essa tão preciosa
terra e seu povo a grupos extremistas aproveitadores que usam ideologia
religiosa para fim mesquinhos, egoístas e interesseiros; praticando atos de
crueldade e desumanidade, reprovados por Aláh e peremptoriamente condenados por
sua arrogância e seu fascismo. Além de envergonharem o Sagrado Alcorão e
mancharem de sangue inocente os ditos (Sunnah e Shariah) do Profeta Muhammad.
Receberão a paga pelos seus feitos ignóbeis. Rezemos pelo fim do conflito na
Síria. Que as partes beligerante entrem em acordo o mais depressa possível. Que
a Paz e a harmonia volte a reinar nessa tão importante nação árabe. Que Aláh
seja glorificado e seu Profeta Muhammad eternamente abençoado. Abraço. Davi.
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