Judaísmo. O Significado dos Dez Mandamentos. A festa de Shavuot,
comemorada na Diáspora no sexto e sétimo dia do mês hebraico de Sivan, é a data
na qual celebramos Matan Torá – a Entrega da Torá. É importante notar, contudo,
que a transmissão da Torá não ocorreu em um único dia – mas sim, o Todo
Poderoso a transmitiu a Moshé, que a ensinou ao Povo Judeu durante os 40 anos
de sua permanência no Deserto do Sinai. Shavuot celebra a Entrega
da Torá por ter sido nessa data que D’us Se revelou ao Povo Judeu no Monte
Sinai e proclamou os Dez Mandamentos. “Dez Mandamentos” é uma tradução errônea
das palavras hebraicas Asseret HaDibrot, que significam “As
Dez Proclamações”. Para simplificar, neste artigo nos referiremos aos Asseret
HaDibrot como os “Dez Mandamentos”, mas devemos ter em mente que essa
tradução é imprecisa e até mesmo capciosa, pois a Torá não contém apenas dez,
mas 613 mandamentos básicos. Excetuando-se seu Quarto Mandamento – a guarda do
Shabat –, os demais são mandamentos de caráter amplo. Eles sequer mencionam as
leis mais básicas do Judaísmo, como o estudo da Torá, a caridade e boas ações,
a circuncisão, a colocação de Tefilin e as orações, as festas
judaicas e outros. Qual, então, o significado dos Dez Mandamentos? Por que
razão D’us os distinguiu dos demais e os inscreveu em duas Tábuas – cada uma
com cinco mandamentos – as quais Moshé trouxe do Monte Sinai? O significado é
que D’us os transmitiu diretamente ao Povo Judeu quando de Sua revelação no
Monte Sinai. Os demais mandamentos, o Todo Poderoso os transmitiu a Moshé.
Podemos inferir que talvez a razão para D’us ter transmitido esses Dez Mandamentos
diretamente à Nação Judaica tenha sido, como ensinou o Rabi Saadia Gaon, por
serem um resumo dos 613 mandamentos da Torá. Isso significa que todo mandamento
da Torá é um desdobramento de um dos Dez Mandamentos. Por exemplo, nestes não
há menção ao cumprimento das festividades judaicas –Rosh Hashaná, Yom
Kipur, Pessach etc. –, mas eles são desdobramentos do
Quarto Mandamento – da guarda do Shabat. De fato, a Torá ocasionalmente se
refere a certas festas judaicas pelo nome de “Shabat” (como na passagem sobre o
mandamento da Contagem do Omer), e a quase totalidade das leis
de Yom Tov advém das de Shabat. O significado de
Shavuot. O significado de Shavuot não reside tanto nos Dez
Mandamentos em si, mas sim, no fato de o Todo Poderoso Se ter revelado a um
povo inteiro – milhões de pessoas – nessa ocasião. A Divina Revelação no Sinai
ocorreu 50 dias após o Êxodo e foi o evento mais grandioso na história humana –
incomparavelmente superior a todos os milagres ocorridos no Egito, inclusive a
divisão do Mar. Essa foi a única vez na História em que o Infinito Se revelou,
pública e explicitamente, a um número tão grande de seres humanos. A verdadeira
religião – não a fé cega ou a mitologia – veio ao mundo em Shavuot.
Nessa data, a crença em D’us se tornou o conhecimento de D’us. A partir de
então, já não era preciso olhar para os céus e se perguntar se existia um D’us,
e, se houvesse, se Ele estaria envolvido com Sua Criação. Eles vivenciaram a
Divina Presença tão claramente quanto o olho humano pode enxergar a
materialidade. Eles ouviram a Voz Divina e entenderam que D’us está intimamente
envolvido com o mundo que Ele criou. Antes do Sinai, o Todo Poderoso somente Se
havia revelado a alguns poucos e seletos, como os Patriarcas – Avraham, Itzchak
e Yaakov. Antes do Sinai, acreditar em D’us significava crer nesses indivíduos
que afirmavam que o Criador dos Céus e da Terra se revelara a eles. Se não
tivesse ocorrido a Divina Revelação pública no Sinai, o Judaísmo se apoiaria
apenas nas alegações dessas pessoas, e nós teríamos que levar em conta a
possibilidade de que a Revelação Divina “particular” que os Patriarcas alegavam
ter vivenciado tinha sido um sonho ou produto de sua imaginação. O fato de que
eles podiam realizar milagres não significa que eram verdadeiros profetas.
Pois, convenhamos, os feiticeiros egípcios, que eram malignos e adoravam
ídolos, também conseguiam feitos sobrenaturais. Eles também conseguiam
transformar um cajado em uma serpente e as águas do Egito em sangue. Como
escreveu Maimônides, milagres não provam nada. A palavra de um homem, não
importa quão sábio, sagrado ou espiritualmente poderoso seja, nada prova. Por
essa razão, D’us Se fez ver perante todo o Povo Judeu, mesmo perante aqueles
que não eram dignos de vivenciar tão magna Revelação. A aparição pública e
explícita de D’us deixou pouco, ou nenhum espaço para dúvida, agnosticismo ou
ateísmo. Três milhões de pessoas, simultaneamente, contemplaram a Presença
Divina. Todos eles viram o mesmo fenômeno, ouviram a mesma Voz e vivenciaram a
mesmíssima experiência enquanto estavam despertos e plenamente conscientes. O
que D’us proferiu no Monte Sinai tem importância secundária. Importância
primária merece o fato de Ele ter aparecido diante de um povo inteiro. A partir
de então, o Povo Judeu não precisava mais confiar na fé ou na palavra de outro
ser humano – nem na de Moshé – para se relacionar com D’us. No Sinai, D’us Se
havia revelado a cada um dos judeus. Merece destaque o fato de o primeiro dos
Dez Mandamentos – “Eu sou o Eterno, Teu D’us, que te tirei da terra do Egito,
da casa dos escravos” – estar na segunda pessoa do singular. Isto significa que
D’us não se dirige ao povo como um todo. Ele fala diretamente a cada judeu,
individualmente – a todos os 3 milhões que estavam presentes no Monte Sinai. Implicações
dos Dez Mandamentos. O Midrash relata que quando o “Santo,
Bendito o Seu Nome, concedeu a Torá no Monte Sinai, nenhum pássaro trinou,
nenhuma ave voou, nenhum boi mugiu, nenhum anjo ascendeu, nenhum serafim bradou
‘Sagrado’. O mar não ondulou e nenhuma criatura emitiu som algum. Todo o vasto
Universo silenciou e emudeceu. E foi naquele momento que a Voz se fez ouvir,
proclamando: ‘Eu sou o Eterno, teu D’us’ (Shemot Rabá, 29:9). Essa
passagem do Midrash enfatiza que a Revelação Divina no Sinai
foi um evento singular na História da humanidade. Apesar da descrição feita na
Torá – as nuvens pesadas, o trovão e os raios, o alto toque do Shofar –
não conseguimos, de fato, entender a profundidade do que nossos antepassados
ouviram e viram quando D’us Se revelou a eles. Certamente, não há como
descrever a grandiosidade do que seja para o finito estar face a face com o
Infinito. No sexto dia de Sivan, os judeus vivenciaram o maior dos
milagres. As Dez Pragas e a divisão do Mar nada parecem comparadas à revelação
da Divina Presença. No Egito, eles haviam testemunhado “o dedo de D’us”, que
quebrara as leis da natureza para os libertar. No Sinai, acabavam de
testemunhar a própria Presença Divina. Contudo, quando o Todo Poderoso Se
revelou ao Povo Judeu, qual foi Sua mensagem a eles? “Sejam leais a seu D’us,
respeitem seus pais, não matem, não roubem, não cometam adultério e não
corrompam a justiça”. O que há de tão especial nesses mandamentos? Diante do
extraordinário evento no Monte Sinai, o conteúdo dos Dez Mandamentos até parece
frustrante. O Mensageiro é incomparável, mas Sua mensagem não foi arrebatadora.
Os Dez Mandamentos não parecem incluir nenhum conteúdo especial ou novo.
Excetuando-se o mandamento relativo à guarda do Shabat – que nem era novidade
para muitos judeus – não há nada nos demais que transcenda os limites da moral
universal. Como o disse um sábio judeu, “Teria D’us descido do Monte Sinai, com
trovões e raios e um poderoso toque de Shofar, para nos informar
sobre o mandamento de ‘não roubar’”? O próprio homem poderia ter redigido tais
leis. Na verdade, os códigos de lei de várias outras civilizações eram
semelhantes aos Dez Mandamentos. Excetuando-se alguns indivíduos dementes,
qualquer pessoa entende que uma sociedade não pode permitir o assassinato, o
roubo ou a corrupção da justiça. O que há, então, de tão especial nos Dez
Mandamentos? D’us se fez ver a um povo apenas uma vez. Não teria o Todo
Poderoso algo mais original a nos legar? Não poderia ter-nos transmitido
segredos místicos – quiçá alguns dos ensinamentos mencionados no Zohar?
A resposta é que a grandeza dos Asseret HaDibrot não reside
tanto em seu conteúdo, mas em seu contexto. Do ponto de vista prático, faz
pouca diferença que sistema estabelece a proibição de matar ou roubar – se a
Torá ou as leis do país. Tais atos são proibidos por ambos os códigos e as
pessoas têm de viver de acordo com ambos. Contudo, há uma tremenda diferença
entre a ordem “Não matarás”, cujo propósito é reger a vida normal da sociedade
e o “Não matarás” contido nos Dez Mandamentos. A proibição do assassinato no
código criminal de cada nação é um contrato civil, uma convenção cultural
própria de um determinado período histórico, e não um princípio absoluto e uma
afirmação do valor da vida. Em contraste, o “Não matarás” dos Dez Mandamentos é
uma ordem absoluta, que independe do fato de a sociedade tolerar ou poder viver
com a mesma ou não. Diferentemente da moralidade prática, as ordens da Torá são
expressões de santidade, de conexão com o Divino. Em outras palavras, se alguém
não matar nem roubar apenas porque a sociedade o puniria se o fizesse, como
essa pessoa agiria se a sociedade quebrasse – se adviesse o caos e não mais
houvesse juízes e policiais? Como agiria se estivesse acima da lei? Um homem do
povo talvez não mate nem roube por temer as autoridades, mas e os poderosos e
os ditadores? Quando uma lei, mesmo óbvia como “Não matarás” advém de D’us, esta
se aplica a todos, em todas as circunstâncias. Não importa se o país está no
caos ou se a pessoa é poderosa. D’us, por definição, é Onisciente, Onipresente
e atemporal. Um ser humano que não mata nem rouba em virtude da Lei de D’us não
o fará mesmo se ele não for punido pelas autoridades legais ou pela sociedade
após tê-lo feito. Ele não roubará nem fará falcatruas, porque mesmo se ele for
um poderoso e estiver acima da lei, ele continua dependendo de D’us, que tudo
sabe e tudo vê. Diferentemente das leis do homem, os Dez Mandamentos não são
adaptáveis nem podem ser ignorados. Eles se aplicam a todos, sem exceção. A
pessoa pode furtar-se à lei e fraudar o judiciário, mas ninguém jamais se
esconde ou ludibria D’us. A singularidade dos Dez Mandamentos, portanto, é sua
Origem. Como a Torá é Divina, a mesma é incomparável a qualquer sistema de leis
e regulamentos, convenções e costumes. Abarca todos os seus mandamentos, ainda
que sejam simples e evidentes, com uma nova dimensão – a dimensão do sublime e
do eterno – e com uma conexão que alcança a Origem de Tudo. As leis e
regulamentos da sociedade encontram-se todos em uma “dimensão horizontal” – ou
seja, de homem para homem. Esses regulamentos se referem aos relacionamentos
interpessoais e são criados e executados para manter uma sociedade funcional e
saudável. Por outro lado, o sistema de leis da Torá é um sistema “vertical”,
que diz respeito ao relacionamento entre o homem e D’us, entre as pessoas e a
Origem de Tudo, da vida e da existência. Portanto, a singularidade dos Dez
Mandamentos não reside em seu conteúdo – que pode não trazer nada de novo ou
complexo - mas na mudança fundamental que eles criaram no significado da vida.
Quando D’us Se fez ver no Monte Sinai e proclamou os Dez Mandamentos, o mundo
mudou para sempre. O homem descobriu que havia um D’us e, talvez ainda mais
significativo, que esse D’us está profundamente envolvido com os assuntos
humanos. No Sinai, o homem descobriu que ele não é o juiz e legislador supremo
do mundo; que é D’us – e não o homem – quem determina o que é bom e o que é
mau, o que é permitido e o que é proibido. Os Dez Mandamentos que D’us
transmitiu ao Povo Judeu transmitiram uma clara Mensagem Divina a toda a
humanidade: não é você quem dita como o Meu mundo será governado, pois Eu sou a
Origem da Lei e eu o responsabilizarei por seus atos, hoje ou no futuro, nesta
vida ou na vida futura. O que os judeus ouviram no monte Sinai. Como
D’us havia prometido a Moshé (Êxodo, 19:9), a Revelação Divina no Sinai faria
com que o povo acreditasse nele e nos profetas posteriores, pois veriam e
ouviriam como D’us falara com os homens. Ao contemplar a Presença Divina, cada
um dos membros da Nação Judaica vivenciou uma profecia; portanto, eles jamais
duvidariam da existência Divina e de seu envolvimento com Seu mundo. Tampouco
duvidariam de que as profecias eram realidade. O que, exatamente, as pessoas
ouviram quando D’us lhes falou no Monte Sinai? O Midrash (Mechiltá)
ensina que D’us recitou todos os Dez Mandamentos de uma só vez – o que significa
que todo o Povo Judeu os ouviu diretamente da Origem Divina. Os Sábios,
contudo, ensinam que Moshé ensinou 611 dos 613 mandamentos da Torá aos judeus
(simbolizando o valor numérico da palavra Torá, que é 611). E os dois primeiros
mandamentos eles ouviram diretamente de D’us (Talmud, Makot 24a).
Rashi (1040-1105) e Nachmânides (1135-1204) explicam que o Povo Judeu ouviu, de
fato, todos os Asseret HaDibrot ao mesmo tempo da Fonte
Divina, mas como as palavras foram proferidas em um mesmo e único instante, como
só mesmo o Eterno poderia fazê-lo, eles não puderam compreendê-las. Depois,
D’us começou a repeti-las, palavra por palavra, para que as pessoas pudessem
entender. Após os dois primeiros mandamentos, o povo disse a Moshé que não
sobreviveriam à intensa santidade da comunicação direta com D’us, pedindo que
ele lhes ensinasse o restante (Deuteronômio, 5: 22-24). Portanto, ouviram todos
os mandamentos diretamente do Criador, mas Moshé lhes ensinou oito deles. Em
vista da explicação acima, podemos entender porque bastou ao Povo Judeu ouvir
os dois primeiros dos Dez Mandamentos. O primeiro deles impõe que o homem
conheça D’us – que admita e honre a Sua Existência, Presença e Vontade. O
segundo mandamento, que proíbe qualquer forma de idolatria, nos ensina que
precisamos ser leais e obedientes a D’us. O primeiro mandamento está em
linguagem afirmativa: “Eu sou o Eterno, teu D’us”, enquanto o segundo é uma
frase negativa: “Não terás outros deuses diante de Mim”. Nossos Sábios ensinam
que o primeiro contém todos os mandamentos positivos da Torá e seus
desdobramentos. Transmite-nos a noção de que, como sabemos e reconhecemos que
há um D’us, que é nosso Criador e Rei, devemos executar Seus desejos. Se Ele
nos ordena comer Matzáem Pessach, precisamos fazê-lo
simples e exclusivamente porque essa é Sua Vontade. O segundo mandamento
simboliza todos os mandamentos negativos da Torá – as leis das ordens de “não
fazer algo”. “Não terás outros deuses em Minha Presença” significa que nenhuma
outra força no Universo, inclusive nossos próprios desejos, podem competir,
muito menos ter precedência, sobre a Vontade Divina. Nosso desejo de
comer Chametz em Pessach não pode ter
precedência sobre a ordem de D’us de não fazê-lo. Mudar as Leis de D’us para
atender nossos desejos e conveniências é, em essência, “aceitar outros deuses”
na Presença Divina. Portanto, o primeiro mandamento, “Eu sou o Eterno, teu
D’us” significa cumprir os 248 mandamentos positivos da Torá. O segundo, que
diz “Não terás outros deuses diante de Mim”, significa obedecer aos 365
mandamentos negativos da Torá. Vemos, então, que os dois primeiros
mandamentos são a base de toda a Torá – a Vontade e Sabedoria do Infinito. Eles
nos ensinam que nosso vínculo com D’us é forjado tanto por cumprir Sua Vontade
e, quando necessário, por submeter nossa vontade perante a d’Ele. Quando um ser
humano cumpre as leis da Torá, não por coincidirem com as de seu país ou da
sociedade, mas simplesmente por serem a Vontade de D’us, ele vive em um plano
mais elevado – acima dos vícios, reveses e males do mundo. Seus pés devem
permanecer na Terra e ele deve continuar envolvido com os assuntos humanos, mas
sua alma se entrelaça com um Ser que é Infinito e atemporal. A Voz Perpétua
que emana do Sinai. Dizem nossos Sábios que cada dia uma Voz Celestial
clama a partir do Monte Sinai, conclamando-nos a retornar à Verdade das
Verdades. O Baal Shem Tov, fundador do Movimento Chassídico, perguntou: “Qual o
propósito dessa Voz se ninguém a ouve?”. E ele mesmo respondeu: “Mas todos a
ouvimos”. Cada vez que damos um passo na direção certa – especialmente se nossa
decisão de fazê-lo é inesperada e uma total divergência de nossa forma de
pensar – isso significa que nossa alma captou um eco da Voz Divina que
ininterruptamente nos chama a partir do Monte Sinai. Cada vez que fazemos
algo de forma certa porque algo dentro de nós nos compele a fazê-lo, e cada vez
que vencemos a tentação e nos abstemos de fazer algo errado, isso significa que
nossa alma está atendendo ao chamado da Voz Divina, que nossos antepassados
ouviram no Monte Sinai há mais de 3.000 anos, e que continua a reverberar
eternamente. Shavuot – data em que todo o Povo Judeu se viu diante
da Presença Divina e ouviu Sua Voz no Monte Sinai – é particularmente
auspicioso para que cada um dos judeus faça boas resoluções e tome medidas para
chegar mais perto do Altíssimo. Isso se consegue, antes de mais nada,
internalizando a mensagem transmitida pelos Asseret Há Dibrot,
particularmente pelos dois primeiros mandamentos, que cada judeu ouviu
claramente no Monte Sinai: existe um D’us e no Universo inteiro, por Ele
criado, nada mais existe a não ser Ele. http://www.morasha.com.br.
Abraço. Davi.
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