Teosofia.
Texto de Damodar K. Mavalankar (1857). Tradução de Izar G. Tauceda. É um
conhecido axioma que a verdade existe apesar do erro humano, e que quem quiser
conhecer a verdade deve elevar-se a seu nível e não tentar a ridícula tarefa de
arrastá-la para seu padrão. Cada metafísico sabe que a Verdade Absoluta é a
Eterna Realidade que sobrevive a todos os fenômenos transitórios. O prefácio do Livro
Isis Sem Véu de Helena P. Blavatsky (1831-1891) expressa essa ideia muito
claramente quando diz: O homem e partidos, seitas e escolas são apenas meros
efêmeros do dia do mundo. Só a VERDADE, colocada sobre sua rocha adamantina é
eterna e suprema. A linguagem pertence ao mundo da relatividade, enquanto a
Verdade é a Realidade Absoluta. Portanto, é inútil supor que qualquer
linguagem, embora antiga ou sublime, possa expressar a Verdade Absoluta. Esta
última existe no mundo das ideias, e o ideal pode ser percebido pelo sentido
que pertence a esse mundo (...). As palavras podem simplesmente vestir as
ideias, mas nenhuma quantidade de palavras pode transmitir uma ideia a
alguém que seja incapaz de percebê-la.
Cada um de nós tem dentro de si a capacidade latente ou um sentido adormecido
que pode conhecer a Verdade Abstrata, embora o desenvolvimento desse sentido,
ou falando mais corretamente, a assimilação de nosso intelecto com esse sentido
superior, possa variar em diferentes pessoas, de acordo com as circunstâncias,
educação e disciplina. Esse sentido superior, que é a nós vivencia momentos
quando, estando em relação com esse sentido superior, compreendemos as verdades
eternas. A única questão é como nos focamos inteiramente nesse sentido
superior. Compreendendo diretamente essa verdade, pomo-nos diante do ocultismo.
O ocultismo ensina a seus aficionados o tipo de treinamento que lhe trará este
desenvolvimento. Nunca dogmatiza, mas apenas recomenda certos métodos que a
experiência de eras provou ser o melhor para o propósito. E assim como a
harmonia da natureza consiste em discordância sinfônica, assim também a
harmonia do treinamento oculto (em outras palavras, o progresso humano
individual) consiste em detalhes discordantes. O alcance do Ocultismo, sendo um
estudo de natureza, tanto em seu aspecto fenomenal como numenal e sua
organização, está em exata harmonia com o plano da natureza. Constituições
diferentes requerem detalhes diferente de treinamento, e homens diferentes
podem captar melhor a ideia em expressões diferente. Essa necessidade fez
surgir diferentes escolas de ocultismo, cujo âmbito e ideal são os mesmos, mas
diferem em modos de expressão e métodos de procedimentos. Nem mesmo os
estudantes da mesma escola necessariamente têm uniformidade de treinamento,
isto mostra porque, geralmente, até que certo estágio seja atingido, o Chela
(discípulo) é deixado à vontade, e porque nunca recebe instruções verbais ou
escritas a respeito das verdades da natureza. Isso também sugere o sentido de
deixar o neófito (principiante na investigação oculta) passar por determinado
tipo de sono por certo período antes de cada iniciação. E seu sucesso ou
fracasso depende de sua capacidade para assimilação da Verdade Abstrata que
seus sentidos superiores percebem. Contudo, assim como a unidade é a derradeira
possibilidade da natureza, assim há uma certa escola de ocultismo que lida
apenas com o processo sintético, e para a qual todas as escolas, que usam
métodos analíticos em que só pode existir a diversidade, devem submissão. Um
leitor cuidadoso perceberá então o absurdo do dogmatismo que quer para seus
métodos uma aplicação Universal. Portanto, o que significa para a filosofia
Advaita ser idêntica à Doutrina Arhat, é que a meta final ou a última
possibilidade de ambas é a mesma. O processo sintético é um, porque lida apenas
com verdades eternas, a Verdade Abstrata, o numenal. E essas duas filosofias
são apresentadas juntas, porque em seus métodos analíticos, elas prosseguem em
linhas paralelas, uma, vindo do ponto ou centro. Como tal, cada uma é o
complemento da outra e pode-se dizer que nenhuma é totalmente completa. Deve
ser lembrado aqui que a doutrina advaita não se inicia com Shankaracharya, nem
a filosofia Arhat tem sua origem com Gautama Budha. Eles foram apenas os
últimos expositores desses dois sistemas que existiram desde tempos imemoriais.
Alguns podem compreender melhor a verdade de um ponto subjetivo, enquanto
outros devem prosseguir pelo objetivo. Esses dois sistemas são, portanto, tão
antigos quanto o próprio ocultismo, enquanto as últimas fases da Doutrina
Esotérica são apenas outro aspecto de qualquer destas duas, os detalhes sendo
modificados de acordo com as faculdades de compreensão das pessoas
interessadas, como também de outras circunstâncias ambientais. Foram inúmeras as
tentativas para reviver o conhecimento dessa verdade. Desse modo, sugerir que a
presente seja a primeira tentativa na história do mundo é um erro que aqueles,
cujo senso apenas despertou para a gloriosa Realidade, estão perto de cometer.
Já se afirmou que a difusão do conhecimento não se limita a um processo.
Aqueles que o possuem não devem ter ciúmes, guardando-o por qualquer motivo
egoísta. Na verdade, tal disposição mental impede a possibilidade de atingir o
conhecimento. Eles têm, em todas as oportunidades, tentado por todos os meios
disponíveis dar seus benefícios à humanidade. Em certa época, indubitavelmente,
eles tiveram que ficar contentes em dá-lo apenas a alguns estudantes
escolhidos, que, devemos lembrar, são diferentes da humanidade comum apenas
numa coisa essencial: que, através de treinamento anormal, eles entram
comparativamente num processo de auto evolução num curto período de tempo, o
que a humanidade comum levaria eras incontáveis para atingir durante o curso da
evolução comum. Quem conhece a história do Conde São German e as obras do
falecido Lord Bulwer Lytton (1803-1873) não precisa que lhe digam que, durante
os cem anos passados, foram feitos constantes esforços para despertar nas raças
presentes uma noção de conhecimento que lhes assegurasse progresso e garantisse
felicidade futura. Além disso, não se deve esquecer que espalhar conhecimento
de verdades filosóficas é apenas uma pequena fração do importante trabalho no
qual os ocultistas estão engajados. Sempre que as circunstâncias os compelem a
sair da vista do mundo, eles ficam mais ativamente engajados em arranjar e
guiar a corrente dos acontecimentos, as vezes influenciando a mente das
pessoas, em outras, fazendo surgir, tanto quanto possível, essas combinações de
forças que fazem surgir uma forma superior de evolução e este outro importante
trabalho no plano espiritual. Eles têm que fazer, e estão fazendo este trabalho
agora. Assim, em realidade, pouco sabe o público sobre o que eles pedem quando
se candidatam ao discipulado. Eles devem, então, jurar a si mesmos assistir os
MAHATMAS nesse trabalho espiritual pelo processo de auto evolução porque a
energia dispendida por eles no ato de auto purificação tem um efeito dinâmico e
produz grandes resultados no plano espiritual. Além disso, eles gradualmente se
preparam para assumir um papel ativo no grande trabalho. Talvez agora
compreendamos porque O ADEPTO SE TORNA. ELE NÃO É FEITO e porque ele é a rara eflorescência da época (...). A grande
dificuldade que uma mente filosófica comum tem é aceitar a ideia de que a consciência e a inteligência originam-se na
não consciência e na não inteligência. Embora um intelecto metafísico obstruso
(cabalístico) possa compreender, ou melhor, perceber subjetivamente o ponto em
qualquer caso, o presente estado não desenvolvido da humanidade pode conceber
as verdades superiores somente de um ponto de vista objetivo. Assim como somos
obrigados a falar do pôr do Sol na linguagem comum, embora saibamos que não é o
movimento do Sol a que nos referimos, e assim como no sistema geocêntrico
falamos como se a Terra tivesse um ponto fixo, no centro do Universo, para que
a imatura mente do estudante possa entender nossos ensinamentos, da mesma
maneira a Verdade Abstrata tem de ser notada por um intelecto metafísico não
muito aguçado. Assim podemos dizer que o budismo é vedantismo racional, e que o
vedantismo é budismo transcendental (...). A Vida Uma permeia TUDO. Podemos
também acrescentar que a consciência e a inteligência também permeiam TUDO.
Essas três são potencialmente inerentes em toda parte. E não falamos a vida de
um mineral, nem de sua consciência e inteligência. Essas existem nele somente
potencialmente. A diferenciação que resulta na individualização ainda não está
completa. Um pedaço de ouro, de prata, de cobre ou de qualquer outro metal ou
uma pedra (...) não tem o sentido de existência separada, porque a mônada
mineral (a partícula existência, originária, que evoluirá o ser nos inúmeros
processos de renascimento e encarnação até mergulhar no oceano do Logos Divino
de onde ela saiu) está individualizada. É só no reino animal que um sentido de
personalidade começa a se formar. Mas de tudo isso um ocultista não dirá que a
vida, a consciência e a inteligência não existem potencialmente nos minerais.
Portanto veremos que, embora a consciência e a inteligência existam em toda
parte, nem todos os objetos são conscientes e inteligentes. Quando a latente
potencialidade se desenvolve até o estágio da individualização pela Lei da
Evolução Cósmica, separa o sujeito do objeto, ou melhor, o sujeito cai em
Upadhi, e um estado de consciência ou inteligência pessoal é realizado. Mas a
consciência e inteligência absolutas, que não têm Upadhi, não podem ser
conscientes ou inteligentes porque não há dualidade, nada que desperte a
inteligência ou a consciência. Por isso os Upanishads dizem que Parabrahaman
não tem consciência nem inteligência, porque esses estados podem ser conhecidos
por nós somente devido a nossa individualização, enquanto não podemos, por
nosso estado pessoal diferenciado, conceber a consciência ou inteligência não
dualista indiferenciada. Se não houvesse consciência ou inteligência na
Natureza, seria absurdo falar da Lei do Karma ou de cada causa produzindo seu
correspondente efeito. Numa das cartas publicadas em O Mundo Oculto, o Mahatman
diz que a matéria é indestrutível e pergunta se os modernos cientistas podem
dizer porque a Natureza conscientemente prefere que a matéria continue
indestrutível sob forma orgânica e não inorgânica. Essa é uma ideia muito interessante
a respeito do assunto que tratamos. No começo de nossos estudos, estamos aptos
a ser enganados pela suposição de que nossa Terra, a cadeia planetária ou o
sistema solar sejam o infinito e que a eternidade possa ser medida por números.
Muitas e muitas vezes, os Mahatmas advertiram-nos sobre esse erro, e, mesmo
assim, agora e então, tentamos limitar o infinito a nosso padrão, em vez de nos
esforçarmos para nos expandirmos até seus conceitos. Naturalmente isso levou
alguns a um sentido de isolamento e a
esquecer que a mesma Lei da Evolução Cósmica, que nos trouxe a nosso presente
estágio de diferenciação individual, tende a nos levar gradualmente a condição
indiferenciada original. Esses se deixam imbuir tanto com o sentido da
personalidade que tentam rebelar-se contra a ideia da Absoluta Unidade,
forçando-se assim a um estado de isolamento e empenham-se em dirigir a Lei
Cósmica, que deve ter seu curso; e o resultado natural é aniquilamento através dos espasmos da desintegração. Isso
constitui a ponte, o perigoso ponto na evolução a que se referiu o Alfred Percy Sinnett (1840-1921) em seu livro
Budismo Esotérico. Porque o egoísmo, que é o resultado de um forte sentimento
de personalidade, é prejudicial ao progresso espiritual. É isso que constitui a
diferença entre magia branca e magia negra. E é essa tendência a que se refere
quando fala no fim de uma Raça. Nesse período, toda humanidade se separa em
duas classes: os Adeptos da boa Lei e os Feiticeiros (ou Dugpas). Estamos indo
rápido para esse período; e, para salvar a humanidade de um cataclisma que deve
atingir aqueles que vão contra os propósitos da Natureza, os Mahatmas, que
estão trabalhando com ela, estão se esforçando para difundir o conhecimento de
maneira a evitar um abuso dela tanto quanto possível. Portanto, devemos lembrar
constantemente que o presente não é o ápice da evolução e que, se não quisermos
ser aniquilados, não devemos permitir ser influenciados por um sentimento de
isolamento pessoal e consequentes
vaidades mundanas. Este mundo não é o infinito, nem nosso Sistema Solar,
nem a expansão imensurável de nossos sentidos físicos pode ter conhecimento
dele. Todos estes e mais são apenas um ínfimo átomo da Absoluta Infinidade. A
ideia de personalidade está limitada a nossos sentidos físicos, que,
pertencendo ao RupaLoka (mundo das formas), deve desaparecer, pois não vemos em
qualquer parte uma forma permanente. Tudo está sujeito à mudança, e quanto mais
vivemos na personalidade transitória, mas incorremos no perigo da morte final,
ou aniquilação total. Somente o sétimo princípio, o Adi Budha é a Realidade
Absoluta. Contudo, o ponto de vista objetivo acrescenta mais adiante que
Dharma, o veículo do sétimo princípio ou seu Upadhi, é coexistente com seu
Senhor e Mestre, o Adi Budha; porque se diz que nada pode surgir do nada. Uma
forma mais correta de expressar a ideia séria que no estado de Pralaya o sexto
princípio existe no sétimo como uma potencialidade eterna para se manifestar
durante o período de atividade cósmica. Vistos assim, ambos o sétimo e o sexto
princípio é a única Realidade, já que permanece imutável tanto durante a
atividade cósmica como também durante o descanso cósmico. Enquanto o sexto
princípio, o Upadhi, embora absorvido no sétimo durante o Pralaya, está mudando
durante o Manvantar, primeiro diferenciando-se para voltar a sua condição
indiferenciada conforme se aproxima a
época para o Pralaya. Ora, a doutrina Vedantina diz que Parabrahman é a
Realidade Absoluta que nunca muda, e é, portanto, idêntica ao Adi Budha dos Arhats.
Mulaprakriti, esse aspecto de Parabrahman, na época do Manvantara, emana de si
Purusha e Prakriti, e, assim, sofre mudanças durante o período de atividade
cósmica. Como Purusha é uma força que permanece completamente imutável, é esse
aspecto de Mulaprakriti que é idêntico a Parabarhman. Por isso é que Purusha é
considerado ser o mesmo que Parabrahman, ou a Realidade Absoluta. Enquanto que
Prakriti, a matéria cósmica direrenciada constantemente sofre mudanças, e,
portanto, impermanente, forma a base da evolução fenomenal. Esse é um ponto de
vista puramente subjetivo do qual o senhor Subba Row (1856-1890) estava
discutindo com o falecido Swami de Almora que dizia ser um advaita. Um leitor
cuidadoso perceberá que não há contradição envolvida nas afirmações de Subba
Row quando ele diz, de um ponto de vista objetivo, que Mulaprakriti e Purusha
são eternos, e quando, de um ponto de vista subjetivo, diz que Purusha é a
única Realidade eterna. Seu crítico inconscientemente misturou os dois pontos
de vista ao separar extratos de dois artigos diferentes escritos de dois pontos
de vista diferentes e imagina que o senhor Subba Row cometeu um erro. Agora
daremos atenção a ideia dos Dhyan Chohanas, já foi dito acima que o sexto e o
sétimo princípios são os mesmos em todos, e essa ideia ficará clara para todos
aqueles que lerem com cuidado as notas anteriores sobre isso. Na filosofia
Advaita, os Dhyan Chohans correspondem a Iswara, o Demiurgo. Não há Iswara
consciente fora do 7º princípio de Maya como vulgarmente entendido. Essa era a
ideia que Subba Row queria transmitir quando disse: as expressões que implicam
a existência de um Iswara consciente que se encontram aqui e ali nos Upanishads
não devem ser feitas literalmente. Portanto a afirmação de Subba Row não é perfeitamente
inexplicável nem audaciosa porque é consistente com o ensinamento de
Shankaracharya. Os Dhyan Chochans, que representam o agregado da inteligência
cósmica, são os artífices imediatos dos mundos, e, portanto, idênticos a
Iswara, a Mente Demiúrgica. Mas suas consciências e inteligências pertencem ao
sexto e sétimo estados da matéria. São esses que não podemos conhecer enquanto
preferimos permanecer em nosso isolamento e não transferir nossa
individualidade ao sexto e ao sétimo princípio. Como artífices dos mundos, eles
são os primeiros princípios do Universo, embora, ao mesmo tempo, sejam o
resultado da Evolução Cósmica. É um entendimento incorreto sobre a consciência
dos Dhyan Chohans que deu lugar à noção vulgar corrente de Deus. Os teístas
dogmáticos não sabem que está a seu alcance tornarem-se Dhyan Chohans ou
Iswara, ou, ao menos, que tem em si esta potencialidade latente par se elevarem
a esta eminência espiritual caso trabalhem com a Natureza. Eles não se conhecem
e permitem ser afastados e enterrados num sentimento de isolamento pessoal,
vendo a Natureza como algo afastado de si. Assim, eles se afastam do espírito
da Natureza, que é a única eterna Realidade Absoluta, e apressam sua própria
desintegração (...). De um ponto de vista subjetivo, é um absurdo falar de local e tempo, já que o último é um
mero termo relativo e como tal restrito apenas ao fenômeno. O espaço abstrato e
a eternidade são indivisíveis, e assim, tentar determinar tempo e lugar como se
fossem realidades absolutas, não é metafísico nem filosófico. Contudo, é
essencial um ponto de vista objetivo, como já mencionamos. Na economia da
Natureza, tudo está certo em seu lugar, e ignorar um certo plano é tão ilógico
quanto superestimá-lo. O verdadeiro conhecimento consiste num reto sentido de
discernimento: ser capaz de perceber qual fenômeno efetua qual função, e como
utilizá-la para o progresso e a felicidade humanos. Tanto os pontos de vista
subjetivo e objetivo como os métodos indutivo e dedutivo são essenciais para
atingir o verdadeiro conhecimento que é o verdadeiro poder. Agora diremos
algumas palavras em conexão com a ideia de Budha. Quando o senhor Subba Row
fala sobre o aspecto histórico de Budha, ele provavelmente se refere a Gautama
Budha, que foi um personagem histórico. Ao mesmo tempo, devemos lembrar que
cada entidade que se identifica com esse raio da sabedoria divina, representado
por Gautama, é um Budha. Assim, é evidente que só pode haver um Budha por vez,
o mais elevado tipo desse raio particular do Adeptado. Maio de 1884. Extraído
do Livro The Service of Humanity. Abraço. Davi.
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