sexta-feira, 10 de março de 2017

37 PRÁTICAS DE UM BODHISATTVA.



Budismo. O QUE É UM BODHISATTVA? A palavra bodhisattva vem da junção de Bodhi que significa sabedoria de Budha, e sattva, seres sensíveis. O Bodhisattva já atingiu o seu estado de iluminação tendo por isso a coragem para enfrentar e superar o mal que se manifesta dentro de si e na vida dos outros. Ajuda os outros seres humanos a atingirem o mesmo, o estado de iluminação e de plena felicidade, através das suas ações de benevolência e compaixão pelo próximo. O Bodhisattva compreende melhor a vida e seus ensinamentos assim como não se deixa dominar por desejos mundanos, sendo caracterizado pelo seu altruísmo, beneficiando a vida dos outros recebendo o sofrimento como meio para iluminar a sua própria vida. No estado de Bodhisattva vivem o desapego a bens materiais e com as pessoas, a sua ajuda nunca causará dependência e nunca cairá no sofrimento de outros.  No coração de um Bodhisattva existe a pureza de um amor incondicional de acreditar e realizar a felicidade. Todos os seres humanos conseguem alcançar este estado de iluminação, não interessa a sua religião, seja qual for a fé, tem que ser estudada, entendida e interiorizada de forma a que o seu Eu interior possa ser compreendido. www.aumagic.blogspot.com.   O QUE É UMA BODHICITTA? Quando somos capazes de construir nossa Sangha (comunidade espiritual), para achar nosso verdadeiro lar e nosso nome verdadeiro, e também despertar a sabedoria da não discriminação, a energia da bochicitta se torna viva dentro de nós. Bodhicitta é a palavra sânscrita que significa mente do amor, a mente do despertar. Bohi é despertar e Citta é mente. Bodhicitta é o desejo profundo de vier nossa vida de maneira bonita e ser uma luz para os outros de maneira que também vivam de forma bonita. Estamos conscientes de todos os nossos ancestrais praticando conosco. Sabemos que estamos conectados a todas as coisas vivas. Com esta consciência nosso sofrimento não nos devasta. Pelo contrário, nos dá mais compaixão pelos outros. A cada vez que ficamos atentos, somos um Budha. Na verdade, todos podem ser um Budha (...) pelo menos por alguns minutos! Quando estamos refrescados, quando estamos amáveis, quando não estamos com raiva, quando podemos sorrir, somos muito parecidos com um Budha. Nesse exato momento, a maioria de nós é um Budha em tempo parcial, mas é possível aprender como se tornar um Budha em tempo integral. Significa que podemos ser felizes o dia todo, porque os elementos de frescor, calma e amor nos fazem felizes. Praticar meditação é trazer mais frescor, calma, alegria e amor para dentro de nós. No passado, houve um tempo em que éramos assim, muito perto de sermos um Budha. Podemos sempre ser um Budha – sólidos, sorridentes, sem raiva, sem ciúmes. A primeira coisa que o budha disse quando obteve a iluminação foi: “Que estranho! Todos têm a natureza de Budha em si, mas não sabem”. Reconhecer o fato que todos têm a natureza de Budha nos faz sentir muito melhor e nos dá esperanças para o futuro. A prática real, a verdadeira prática é permitir que cada momento da nossa vida diária seja um momento cheio de alegria. Isto é possível graças à nossa natureza de Budha, o poder da atenção e da concentração gerado por cada um de nós e também gerado pela nossa Sangha. www.viverconsciente.com.    37 PRÁTICAS DE UM BODHISSATVA. Homenagem a Amoghapasha Lokeshavara. Prostro-me, sempre respeitosamente, através de minhas três portas, perante os gurus supremos e o Guardião Avalokiteshvara o qual, vendo que os fenômenos não vêm e nem vão, esforça-se apenas para o benefício dos seres errantes. Os Bhudas totalmente iluminados, fonte de benefícios e felicidade, surgiram da realização do dharma sagrado. E mais, como isso dependeu de eles conhecerem suas práticas, eu devo explicar a prática dos bodhisattvas. (1) A prática do bodhisattva é, agora que obtivemos essa excelente embarcação (o nascimento humano), com folgas e oportunidades e difícil de encontrar; escutar, pensar e meditar continuamente, dia e noite, para livrar a si e aos outros do oceano do samsara incontrolavelmente recorrente. (2) A prática do bodhisattva é deixar sua terra natal, onde o apego aos amigos o deixa agitado como a água, a raiva aos inimigos o queima como o fogo e a ingenuidade, que o faz esquecer o que deve ser adotado e o que deve ser abandonado, o encobre na escuridão. (3) A prática do bodhisattva é amparar-se na solicitude; livrando-se de objetos nocivos, as emoções e atitudes perturbadoras são gradualmente contidas; sem distrações, as práticas construtivas naturalmente aumentam; e adquirindo clareza de consciência, a confiança no dharma cresce. (4) A prática de um bodhisattva é desistir de se preocupar exclusivamente com a vida atual, na qual amigos e parentes que estão há muito tempo juntos devem ir cada qual para o seu lado; riqueza e posses adquiridas com esforço terão que ser deixadas para trás; e a consciência, o hóspede, deve partir do corpo, sua hospedaria. (5) A prática de um bodhisattva é livrar-se das amizades destrutivas com quem, quando nos associamos, as três emoções venenosas crescem, as ações de escutar, pensar e meditar se deterioram, e o amor e compaixão tornam-se nulos. (6) A prática de um bodhisattva é ter mais apreço por seu venerado mestre espiritual do que por seu próprio corpo pois, ao confiarmos (nosso desenvolvimento) ao mestre, nossos defeitos definham e as boas qualidades se expandem como uma lua crescente. (7) A prática de um bodhisattva é tomar a direção segura das Joias Supremas, buscando a proteção daqueles que nunca nos enganarão — já que, a quem os deuses mundanos podem proteger se eles mesmos ainda estão confinados na prisão do samsara? (8) A prática de um bodhisattva é nunca cometer qualquer ação negativa, mesmo que isso lhe custe a vida, pois O Sábio declarou que os sofrimentos extremamente difíceis de suportar dos renascimentos em estados piores são o resultado das ações negativas. (9) A prática de um bodhisattva é interessar-se pelo estado supremo e imperturbável da liberação, uma vez que os prazeres dos três planos de existência compulsiva são fenômenos que perecem em um mero instante, como o orvalho nas pontas das folha de grama. (10) A prática de um bodhisattva é desenvolver o ideal de bodhichitta para liberar inúmeros seres, pois se nossas mães, que cuidaram de nós desde tempos sem princípio estão sofrendo, o que faríamos com (apenas) a nossa felicidade? (11) A prática de um bodhisattva é trocar, com pureza, sua felicidade pessoal pelo sofrimento alheio, porque (todo) o sofrimento, sem exceção, vem de desejarmos nossa própria felicidade, enquanto um Bhuda totalmente iluminado nasce da atitude de desejar o bem-estar dos outros. (12) A prática de um bodhisattva é, mesmo que alguém, sob domínio de um desejo muito forte, nos roube ou faça com que alguém roube toda a nossa riqueza, dedicar a essa pessoa seu (próprio) corpo, recursos e ações construtivas dos três tempos. (13) A prática de um bodhisattva é, mesmo não tendo cometido o mínimo deslize, se alguém tentar cortar nossa cabeça, tomar para si as consequências negativas de seu ato, através do poder da compaixão. (14) A prática de um bodhisattva é, mesmo que alguém divulgue, em milhares, milhões ou bilhões de mundos, todo tipo de coisas desagradáveis a nosso respeito, retribuir falando das boas qualidades dessa pessoa, com uma atitude amorosa. (15) A prática de um bodhisattva é, mesmo que alguém exponha nossos defeitos ou fale mal (de nós) no meio de um grupo de muitos seres errantes, cumprimentá-lo respeitosamente, identificando-o como (nosso) professor espiritual. (16) A prática de um bodhisattva é, mesmo que uma pessoa de quem tenhamos cuidado e estimado como nosso próprio filho considerar-nos um inimigo, ter uma afeição especial por ela, como a de uma mãe pelo filho (que foi) atingido por uma doença. (17) A prática de um bodhisattva é, mesmo que um indivíduo igual ou inferior a nós, nos insultasse, tomado por arrogância, recebê-lo respeitosamente na coroa de nossa cabeça, como um guru. (18) A prática de um bodhisattva é, mesmo não tendo um sustento e sendo constantemente insultado pelas pessoas, ou tendo uma terrível doença, ou (sendo) atormentado por espíritos, aceitar, como retribuição, as forças negativas e o sofrimento dos seres errantes e não desencorajar-se. (19) A prática de um bodhisattva é, mesmo sendo docemente elogiado, cumprimentado por muitos seres errantes, ou tendo obtido (riquezas) comparáveis à fortuna de Vaishravana (O Guardião da Riqueza), nunca ser dissimulado, dizendo que a prosperidade mundana não tem essência. (20) A prática de um bodhisattva é domar seu continuum mental com as forças armadas do amor e da compaixão, porque, se não tivermos subjugado o inimigo - que é a nossa própria hostilidade, mesmo que subjuguemos um inimigo externo, mais (inimigos) surgirão. (21) A prática de um bodhisattva é abandonar qualquer objeto que faça nosso apego aumentar, pois os objetos do desejo são como água salgada: quanto mais (os) aproveitamos, (mais) a sede aumenta. (22) A prática de um bodhisattva é não trazer à mente as qualidades inerentes dos objetos e da mente que os tomou (como objetos), percebendo apenas como as coisas são. Não importa como as coisas pareçam (ser), elas vêm de nossa mente; e a mente em si é, desde o início, separada dos extremos da fabricação mental (23) A prática de um bodhisattva é, ao encontrar-se com objetos agradáveis, não tomá-los como verdadeiramente existentes, mesmo que pareçam (ser) bonitos, como um arco-íris de verão, e (assim) livrar-se do aferramento (prender com “ferro”) e do apego. (24) A prática de um bodhisattva é, quando encontrar situações adversas, vê-las como enganadoras, pois muitos sofrimentos são como a morte de um filho em um sonho, e tomar (tais) aparências enganadoras com verdade é um cansativo desperdício. (25) A prática de um bodhisattva é doar generosamente, sem esperar algo em troca ou que algum karma amadureça, pois se aqueles que desejam a iluminação tem que doar até seu corpo; o que então dizer de suas posses? (26) A prática de um bodhisattva é guardar autodisciplina sem intuitos mundanos, pois se sem disciplina não conseguimos nem satisfazer nossos próprios propósitos, querer satisfazer os propósitos alheios é uma piada. (27) A prática de um bodhisattva é criar o hábito de ser paciente, sem hostilidade ou repulsa (em relação) à quem quer que seja, porque, para um bodhisattva que deseja ser rico em força positiva, todos os que o machucam são como tesouros de pedras preciosas. (28) A prática de um bodhisattva é exercer perseverança, a fonte das boas qualidades, para servir ao propósito de todos os seres errantes, pois vemos que mesmo os shravakas e os pratyekabuddhas, que buscam atingir apenas o seu próprio propósito, têm tamanha perseverança que ignorariam um fogo que tivesse começado em suas próprias mãos. (29) A prática de um bodhisattva é transformar em hábito a estabilidade mental que supera com pureza as quatro (absorções) sem forma, através da percepção de que um estado mental excepcionalmente perceptivo, totalmente imbuído de um estado tranquilo e assentado, pode derrotar completamente as emoções e atitudes perturbadoras. (30) A prática de um bodhisattva é fazer da consciência discriminativa, que acompanha os métodos e que não formula conceitos sobre os três círculos, um hábito. Porque sem a consciência discriminativa, as cinco atitudes de vasto alcance não geram a iluminação completa (31) A prática de um bodhisattva é examinar continuamente o autoengano e livrar-se dele porque, se não examinarmos nosso autoengano, é possível que cometamos alguma ação não dharmica usando uma fachada dharmica. (32) A prática de um bodhisattva é não falar dos defeitos de uma pessoa que entrou no (caminho) Mahayana, porque se, sob o poder das emoções e atitudes perturbadoras, falarmos sobre os defeitos dos que são bodhisattvas, nós nos degeneraremos. (33) A prática de um bodhisattva é livrar-se do apego à casa dos parentes e amigos e à casa de patronos porque, sob o poder de (querer) ganhos e respeito, podemos discutir com os outros e nossa atividade de escutar, pensar e meditar irá declinar. (34) A prática de um bodhisattva é livrar-se da linguagem grosseira, desagradável à mente alheia, pois palavras grosseiras perturbam a mente dos outros e fazem com que nosso comportamento de bodhisattva decline. (35) A prática de um bodhisattva é fazer com que os (nossos) serviçais da presença mental e da atenção segurem as armas opositoras, e forçosamente destruam as emoções e atitudes perturbadoras, como o apego e assim por diante, logo que surgirem porque, quando nos habituamos a emoções e atitudes perturbadoras, é difícil aos oponentes fazerem com que recuem. (36) Em suma, a prática de um bodhisattva é (trabalhar) para realizar o propósito dos outros, mantendo continuamente a presença mental e a atenção, para saber em que condição a mente se encontra, qualquer que seja o comportamento que estejamos tendo. (37) A prática de um bodhisattva é, com consciência discriminativa e total pureza dos três círculos, dedicar à iluminação as forças construtivas conseguidas com esses esforços, para eliminar o sofrimento de infinitos seres errantes. Tendo seguido a palavra dos seres sagrados e o significado do que foi declarado nos sutras, tantras e nos tratados, eu organizei (essas) práticas, trinta e sete, para aqueles que desejam treinar no caminho do bodhisattva. Por minha inteligência ser fraca e minha educação formal escassa, elas podem não estar na métrica poética que agrada aos eruditos. Mas por eu ter me baseado nos sutras e nas palavras dos santos, acredito que (essas) práticas de bodhisattvas não sejam enganadoras. No entanto, como é difícil para um tolo como eu compreender a profundidade das grandes ondas do comportamento bodhisattva, eu peço aos santos que sejam pacientes com minha montanha de falhas, como contradições, falta de conexão e coisas do gênero. Pela força construtiva que surgir disso, que todos os seres errantes, através da bodhichitta suprema, profunda e convencional, tornem-se iguais ao Guardião Avalokiteshvara, que nunca estabelece morada nos extremos compulsivos da existência samsárica ou da complacência do nirvana. Isso foi composto na caverna de Rinchen em Ngulchu pelo disciplinado monge Togmey, um professor de escrituras e lógica, para benefício próprio e alheio. www.studybuddhism.com. Abraço. Davi.

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