Astrologia.
Texto de Emma Costet de Mascheville
(1903-1980). Capítulo III. OS PLANETAS E AS CASAS I. CADA PLANO OU SIGNO tem um
planeta de vibração idêntica, que por isso é chamado seu planeta regente. Se
comparamos a essência da vida, que estudamos pelo espectro, a um átomo, os
Planetas são os elétrons que, girando, produzem a variação das formas. Para o
signo de ÁRIES, o regente é o planeta MARTE. Para TOURO, É VÊNUS. Para GÊMEOS,
é MERCÚRIO. Para CÂNCER é a LUA. Para LEÃO, é o SOL. Para VIRGEM é MERCÚRIO.
Para LIBRA é VÊNUS. Estes dois últimos signos são regidos pelos mesmos planetas
que regem GÊMEOS e TOURO, respectivamente. Para ESCORPIÃO, é PLUTÃO. Para
SAGITÁRIO é JÚPITER. Para CAPRICÓRNIO é SATURNO. Para AQUÁRIO é URANO. Antes
regido por SATURNO. Para PEIXES é NETURNO. Antes regido por JÚPITER. Para
sentirmos de fato a maneira pela qual os Planetas agem sobre a Terra, fiz um
esquema que deve ser utilizado durante a leitura desde capítulo, e que inicia
na página 60 do livro. Sendo o Sol o astro central, é o que dá a vida, o que
irradia, governa e exerce a disciplina sobre todo o Sistema Solar. Ao
desenharmos um horóscopo, só não tomamos o Sol como centro porque é a vibração
projetada para a Terra que calculamos. O Sol irradia para os Planetas, e eles
transmitem a luz solar juntamente com a vibração própria de cada um para a
Terra. No início, cerca de dois bilhões de anos atrás, a Terra rodeou-se de uma
camada de nuvens vulcânicas que impediam que a luz e as vibrações irradiadas
pelo Sol e pelos Planetas chegassem até aqui. A luz e as vibrações eram assim
repelidas para o espaço. Os cientistas temiam que fenômeno semelhante
acontecesse com os astronautas quando regressassem e fossem repelidos pelos
cinturões magnéticos, perdendo-se para sempre no cosmo. (Essa camada protetora
em volta da Terra é conhecida como Cinturão de Van Allen). Este fato ocorre com
a maioria das vibrações cósmicas que não conseguem chegar a Terra. Entretanto,
a Lua, que não tem esta atmosfera, é o satélite que absorve e transmite toda a
irradiação do Sol e dos outros Planetas para a Terra, influenciando a vida para
o crescimento. Por outro lado, quando a Lua está minguante, o magnetismo e a
gravidade da Terra fazem desenvolver as raízes, isto é, atraem a vida para o
centro da Terra. Quando a Lua sobe no horizonte, sobem as águas, e quando ela
desce no horizonte, as águas recolhem-se, dando-nos as marés dos nossos oceanos
e mares. Quando então, há cerca de dois bilhões de anos, as densas nuvens
vulcânicas tornaram-se suficientemente rarefeitas, a Lua conseguiu enviar até a superfície da Terra os raios e vibrações
próprias, as recebidas do Sol e as dos outros Planetas. Estas vibrações e
energias cósmicas, refletidas pela Lua, desenvolveram na água a vida orgânica,
criando a primeira célula, a primeira matéria viva, pelo intercâmbio do Sol, da
Lua e da Terra. Fecundou-se, então, a vida, a partir dessa primeira célula
orgânica, desenvolvendo-se até atingir a maravilhosa organização de células que
é o ser humano. Vamos estudar agora o esquema da influência do Sol, da Lua e
dos outros Planetas sobre a Terra. Neste esquema estão todos os Planetas com
seus nomes, além da Terra. Primeiro os cinco Planetas visíveis que são:
MERCÚRIO, VÊNUS, MARTE, JÚPITER E SATURNO. Estes cinco Planetas agem sobre os
nossos cinco sentidos no plano concreto. Para além, estão os planetas
invisíveis, que só vemos com telescópios, que são URANO, NETUNO e PLUTÃO, e que
agem no plano abstrato. A sucessão apresentada no esquema é a mesma das órbitas
dos Planetas, na ordem do seu afastamento do Sol – de MERCÚRIO, o mais próximo,
até PLUTÃO, o mais afastado. Provavelmente, já estão se aproximando ou sendo
descobertos os dois que faltam para que tenhamos para cada signo um astro.
Alguns autores referem-se a esses dois Planetas como sendo VULCANO, simbolizado
por um homem com o pé rachado, e que será regente do signo de VIRGO, e VESTA,
doador de Luz, que será regente de LIBRA ou BALANÇA. Nosso esquema está
dividido em três colunas, além da coluna dos astros: a primeira coluna
demonstra o crescimento da vida, exemplificada no crescimento das plantas. A
segunda, as energias desenvolvidas por esse crescimento, e a terceira demonstra
o crescimento do homem. MERCÚRIO: Movimento – divisão e multiplicação.
Assimilação – adaptação e comércio. Aprender – inteligência, interesse,
ver-ouvir e caminhar-falar. A primeira reação da célula é movimentar-se para
dividir-se multiplicar-se; temos, então, o plano de Mercúrio, o primeiro plano,
no qual a célula, após se multiplicar, assimila o que está em redor e procura
adaptar-se ao seu meio ambiente. Daí compreendemos que MERCÚRIO é o Planeta que
rega todos os movimentos, inclusive o comércio. Uma vez organizadas as células
num ser humano, na criança, sua primeira reação é movimentar-se, interessar-se
pelo que se passa ao seu redor; assimilando o que está à sua volta, ela
desenvolve sua inteligência e aprende a ver, ouvir, falar e caminhar. Tudo isso
está no plano de MERCÚRIO. O Segundo Plano: VÊNUS – embelezamento e florescer.
União – harmonia, amor e arte. Sentir – deseja, gostar, amar, confortar e
satisfazer os sentidos. No Plano de VÊNUS a natureza trata do embelezamento da
espécie, porque os dois lados que se dividiram devem novamente se unir. E para
que haja o desejo, a tentação da aproximação, é necessário este florescer,
embelezar, para que se concretize a união, a harmonia, o amor, a arte. A
segunda reação do homem é sentir, desejar, amar, gostar, querer o conforto, a
satisfação. O segundo desejo que a criança desenvolve é a procura da satisfação
de seus sentidos, o querer mamar, e daí surge na vida humana tudo o que rege os
nossos desejos, nosso sentir, a procura do nosso conforto, o embelezamento, a
arte, o gozar e gostar. O Terceiro
Plano: MARTE – energia e força criador. Ação – independente, iniciativa,
decisão e crescer. Agir – querer, lutar, enfrentar, competir e vencer. Depois
da união dos seres, forma-se a energia. Depois que a planta germinou, ela dá um
impulso para cima, para crescer. Ela desenvolve força e luta para crescer e
chegar antes das outras à luz do Sol. Isso é o Planeta MARTE: esta luta para
chegar primeiro ao Sol, esta energia, iniciativa, ação, força de vontade,
decisão, vontade de crescer e de ser independente. E o homem, no terceiro
plano, terá que se desenvolver. A partir do conviver, do aprender através
daquilo que assimila do meio ambiente, ele desenvolve os seus sentidos e
desejos, para, então, entrar em luta e ação, para alcançar um lugar ao Sol,
enfrentando, competindo, até vencer e alcançar a sua independência. O Quarto
Plano: Júpiter – desenvolver e fruto. Proteção – saúde, justiça e merecer.
Haver – fortuna, fartura, colher, valor, crédito, reconhecimento, oportunidades
e talentos. Depois que a planta cresceu, e conforme tenha crescido, terá o seu
merecimento, irá desenvolver os frutos. O quarto plano após a Lua e a Terra é o
desenvolver dos frutos. O fruto é a proteção da vida para que a semente possa
desenvolver-se com saúde, sem ser ferida, conseguindo o amadurecimento natural
no tempo e no ritmo certos, aos poucos. O fruto é a justiça, o merecimento, e
no ser humano, JÚPITER será aquelel que produz haveres; conforme o homem tenha
agido, ele receberá os seus haveres, sua fortuna, sua fartura, sua colheita dos
valores, o crédito, o sucesso, o desenvolvimento dos seus talentos e das suas
capacidades, porque a fortuna não é somente representada por bens materiais,
mas também pelas realizações em todos os campos, por tudo o que se obtém como
fruto. Por exemplo, conheço gente muito pobre que tem JÚPITER na décima
primeira casa, e cuja riqueza é representada pelas amizades e esperanças. O
QUINTO PLANO: SATURNO: Perpetuação – tronco raiz e semente. Abnegação –
reserva, conservação, segurança e raciocínio razão. Dever – responsabilidade,
firmar, construir, saber, cálculo, experiência e resultados. Após o
amadurecimento do fruto, a planta desenvolve a vontade de perpetuação, de
prosseguir na vida, e para poder crescer, ela se abnega, despe-se de tudo o que
é desnecessário. Nesta abnegação, a planta deixa cair as folhas, os frutos e os
galhos verdes, ficando somente com o tronco, a raiz e as sementes, os elementos
essenciais para poder perpetuar-se, para poder continuar, para ter segurança a
fim de penetrar numa nva fase de evolução. No caso do ser humano, depois de
adquirir os haveres, deles advêm os deveres e as responsabilidades, o dever de
deixar bases seguras para o futuro. Então vem a razão, o raciocínio, a
economia, o senso de responsabilidade, o aproveitar das experiências, dando ao
homem o saber, o firmar, o aprofundar, o construir para deixar bases firmes e
raízes seguras para o futuro. Assim compreendemos o Planeta SATURNO, que é
representado por uma cruz e uma âncora. A cruz simbolizando o sacrifício, a
abnegação, e âncora simbolizando o lançar bases e raízes para o futuro. O SEXTO
PLANO: URANO. Impulso dinâmico da natureza e eletricidade. Liberdade –
entusiasmo e esperança. Progresso – renovar, inspirar, originalidade, invenção,
repentino, revolução e ciência. Até o quinto plano, estudamos os Planetas
visíveis que agem sobre a parte concreta da natureza. Ao desenvolver este
assunto, chegando a este ponto, não sabia como continuar, pois compreender o
plano abstrato era bem mais difícil, e esbarrei em URANO, o primeiro dos
Planetas abstratos. Qual seria mesmo a sua influência sobre a natureza? Depois
de muita meditação, numa determinada manhã, levantei-me as quatro horas e fui
para a sala de estudos, onde havia, sobre uma mesa, uma folhagem com algumas
sementes na casca. Raciocinando, julgava que o símbolo com o “H” de William
Herschel (1738-1822) – o descobridor desse Planeta – não era o mais indicado
para representar URANO. Que o círculo com um ponto central, representando a
vida interna, encimado por uma seta vertical, representando a força impulsiva,
era o símbolo que melhor expressava a maneira de ser de URANO, que é aquele
dinamismo para subir verticalmente, diferindo de MARTE que é a energia dirigida
para um alvo. A esta altura de meu raciocínio, no momento em que, desenhando,
levantei a flecha vertical que indicava a força impulsiva, uma semente da
folhagem rompeu a casca ou castanha, num estalido característico, saltando para
o outro lado da mesa. Este fenômeno natural, oportuno e místico, levou-me a
compreender a vibração e a influência de URANO, dando sequência a meu
raciocínio. A partir daí compreendi que URANO é a força dinâmica da natureza
que não quer que a semente caia sobre a mesma raiz (o que conduziria ao
enfraquecimento e à degeneração das espécies), mas quer que ela pule para
longe, quer o progresso. Do dever e do saber que levamos mais adiante, nascem a
ciência e o progresso: URANO, que é o Planeta da liberdade, do impulso, da
originalidade, da invenção e da inspiração, renova levando adiante as energias
geradas na natureza de uma maneira impulsiva. O SÉTIMO PLANO: NETUNO. Absorver
– água e fluidos. Visão com amor Universal – misticismo e faculdades psíquicas.
Sonho – imaginação, mundo melhor, fé, intuição e iniciação. Depois que a
semente, impulsionada por URANO, afasta-se de suas raízes e entra no plano de
NETUNO, precisa absorver água. NETUNO, representa a água: é o absorver de
fluídos, de forças. É o Planeta das faculdades psíquicas. Conforme o ser humano
absorve do meio ambiente, forma-se o seu estado psíquico: esclarecido,
intoxicado ou envenenado. O ser humano, quando está perto do mar, contempla o
Universo e começa a sonhar com mundos melhores; desenvolve a fé, a intuição, o
misticismo. Vem a ele a visão, a intuição, a imaginação de outros mundos. O mar
reflete o céu e a igualdade. A uniformidade e a harmonia de suas gotinhas é
para o ser humano um símbolo de igualdade entre os homens. Meditando sobre o
mar, ele chega a compreender a fraternidade, o amor Universal, desenvolvendo
daí a caridade, a iniciação, o esclarecimento e todo o misticismo. O OITAVO
PLANO: PLUTÃO. Vulcão – poderes latentes e desabrochar. Consciência –
capacidade e talentos. Organizar – criar, redimir, renascer, curar, transmutar
e regenerar. Após a semente ter ficado impregnada de água, pela ação de NETUNO,
passa para o plano de PLUTÃO, que é o vulcão. O vulcão abre a Terra para jogar
as forças radiativas internas para fora, e a semente faz a mesma coisa: tem de
abrir-se para libertar o poder, a força criadora que está armazenada dentro
dela. Ao desabrochar as forças latentes, a consciência irá manifestar-se. Ela é
o fogo Universal interno, o fogo sagrado manifestando as suas capacidades e os
seus talentos. O ser humano irá então se conscientizar, procurar organizar,
criar, redimir, regenerar, curar, transmutar e renascer, como renasce a
plantinha através da semente. EVOLUÇÃO E EDUCAÇÃO. Como vimos no início, os
cinco primeiros Planetas agem sobre os cinco sentidos que captam o concreto, o
visível; e os três últimos – URANO, NETUNO E PLUTÃO – agem sobre os sentidos
que captam o abstrato, o invisível, desenvolvendo a inspiração, a intuição e a
consciência. Se uma criança perde um dos sentidos regidos por MERCÚRIO – o ver,
ouvir, falar, caminhar – ela automaticamente desenvolverá a inspiração, a
intuição. Está é a razão por que, creio eu, nascem atualmente tantas crianças
excepcionais; não se trata de decadência ou de doença como muitas vezes se
pensa: não se vê a razão disso, mas julgo que o fato é provocado pelo início da
Era de AQUÁRIOS, que faz com que a criança perca um dos sentidos para
desenvolver o “sexto” sentido e obrigar também os pais a se desenvolverem, para
que possam lidar com essa criança. Desde a Antiguidade até as gerações de
meados de nosso século, a educação começa por aquilo que era assimilado do meio
ambiente, conforme o “chão batido” ou o “tapete” onde o homem era criado,
formando daí seu intelecto, sua inteligência, seu aprender, para depois
alcançar as lutas, os haveres e no fim os deveres; e o ser humano imaginava o
abstrato como aquilo que tinha visto em criança: o pai que tudo lhe dava, e
através dessa sensibilidade que ele desenvolvia do aprender, voltando à origem,
chegava ao entender. Porém, desde o ano de 1943, aproximadamente, até agora e
até o ano 2000 ( estamos no ano 2017), os três Planetas abstratos – URANO,
NETURNO E PLUTÃO – estão numa posição tão forte que as novas gerações
desenvolvem o intelecto e a inteligência em sentido contrário: o que elas não
captam, não vêm, é o Plano de MERCÚRIO, o primeiro plano, para elas, já é o
plano abstrato. A criança que nasce hoje tem desde pequena uma consciência e já
mostra saber aquilo que quer. Essa posição dos três Planetas abstratos produz a
arte abstrata, produz a ficção científica: ninguém mais lê romances de
histórias “normais”, mas sim os de ficção científica. Produz o desenvolvimento
da parapsicologia, produz todo o interesse por uma nova compreensão do mundo
abstrato. A busca do espaço mostra que de fato esses três Planetas, nos últimos
tempos, imprimiram um impulso tão forte que na formação do indivíduo surgem em
primeiro lugar esses três planos, fazendo com que as novas gerações comecem com
PLUTÃO, que é o desabrochar daquilo que sentem dentro de si, com NETUNO, sonham
com mundos melhores e, segundo estejam esclarecidas ou não esclarecidas
(intoxicadas), elas procuram criar um mundo novo de uma maneira fictícia,
imaginária, utilizando para isso os tóxicos, e querem a liberdade antes da
responsabilidade. Livro Luz e Sombra – Elementos Básicos de Astrologia. Abraço.
Davi.
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