segunda-feira, 6 de março de 2017

OS PLANETAS E AS CASAS I.



Astrologia. Texto de Emma Costet  de Mascheville (1903-1980). Capítulo III. OS PLANETAS E AS CASAS I. CADA PLANO OU SIGNO tem um planeta de vibração idêntica, que por isso é chamado seu planeta regente. Se comparamos a essência da vida, que estudamos pelo espectro, a um átomo, os Planetas são os elétrons que, girando, produzem a variação das formas. Para o signo de ÁRIES, o regente é o planeta MARTE. Para TOURO, É VÊNUS. Para GÊMEOS, é MERCÚRIO. Para CÂNCER é a LUA. Para LEÃO, é o SOL. Para VIRGEM é MERCÚRIO. Para LIBRA é VÊNUS. Estes dois últimos signos são regidos pelos mesmos planetas que regem GÊMEOS e TOURO, respectivamente. Para ESCORPIÃO, é PLUTÃO. Para SAGITÁRIO é JÚPITER. Para CAPRICÓRNIO é SATURNO. Para AQUÁRIO é URANO. Antes regido por SATURNO. Para PEIXES é NETURNO. Antes regido por JÚPITER. Para sentirmos de fato a maneira pela qual os Planetas agem sobre a Terra, fiz um esquema que deve ser utilizado durante a leitura desde capítulo, e que inicia na página 60 do livro. Sendo o Sol o astro central, é o que dá a vida, o que irradia, governa e exerce a disciplina sobre todo o Sistema Solar. Ao desenharmos um horóscopo, só não tomamos o Sol como centro porque é a vibração projetada para a Terra que calculamos. O Sol irradia para os Planetas, e eles transmitem a luz solar juntamente com a vibração própria de cada um para a Terra. No início, cerca de dois bilhões de anos atrás, a Terra rodeou-se de uma camada de nuvens vulcânicas que impediam que a luz e as vibrações irradiadas pelo Sol e pelos Planetas chegassem até aqui. A luz e as vibrações eram assim repelidas para o espaço. Os cientistas temiam que fenômeno semelhante acontecesse com os astronautas quando regressassem e fossem repelidos pelos cinturões magnéticos, perdendo-se para sempre no cosmo. (Essa camada protetora em volta da Terra é conhecida como Cinturão de Van Allen). Este fato ocorre com a maioria das vibrações cósmicas que não conseguem chegar a Terra. Entretanto, a Lua, que não tem esta atmosfera, é o satélite que absorve e transmite toda a irradiação do Sol e dos outros Planetas para a Terra, influenciando a vida para o crescimento. Por outro lado, quando a Lua está minguante, o magnetismo e a gravidade da Terra fazem desenvolver as raízes, isto é, atraem a vida para o centro da Terra. Quando a Lua sobe no horizonte, sobem as águas, e quando ela desce no horizonte, as águas recolhem-se, dando-nos as marés dos nossos oceanos e mares. Quando então, há cerca de dois bilhões de anos, as densas nuvens vulcânicas tornaram-se suficientemente rarefeitas, a Lua  conseguiu enviar até a  superfície da Terra os raios e vibrações próprias, as recebidas do Sol e as dos outros Planetas. Estas vibrações e energias cósmicas, refletidas pela Lua, desenvolveram na água a vida orgânica, criando a primeira célula, a primeira matéria viva, pelo intercâmbio do Sol, da Lua e da Terra. Fecundou-se, então, a vida, a partir dessa primeira célula orgânica, desenvolvendo-se até atingir a maravilhosa organização de células que é o ser humano. Vamos estudar agora o esquema da influência do Sol, da Lua e dos outros Planetas sobre a Terra. Neste esquema estão todos os Planetas com seus nomes, além da Terra. Primeiro os cinco Planetas visíveis que são: MERCÚRIO, VÊNUS, MARTE, JÚPITER E SATURNO. Estes cinco Planetas agem sobre os nossos cinco sentidos no plano concreto. Para além, estão os planetas invisíveis, que só vemos com telescópios, que são URANO, NETUNO e PLUTÃO, e que agem no plano abstrato. A sucessão apresentada no esquema é a mesma das órbitas dos Planetas, na ordem do seu afastamento do Sol – de MERCÚRIO, o mais próximo, até PLUTÃO, o mais afastado. Provavelmente, já estão se aproximando ou sendo descobertos os dois que faltam para que tenhamos para cada signo um astro. Alguns autores referem-se a esses dois Planetas como sendo VULCANO, simbolizado por um homem com o pé rachado, e que será regente do signo de VIRGO, e VESTA, doador de Luz, que será regente de LIBRA ou BALANÇA. Nosso esquema está dividido em três colunas, além da coluna dos astros: a primeira coluna demonstra o crescimento da vida, exemplificada no crescimento das plantas. A segunda, as energias desenvolvidas por esse crescimento, e a terceira demonstra o crescimento do homem. MERCÚRIO: Movimento – divisão e multiplicação. Assimilação – adaptação e comércio. Aprender – inteligência, interesse, ver-ouvir e caminhar-falar. A primeira reação da célula é movimentar-se para dividir-se multiplicar-se; temos, então, o plano de Mercúrio, o primeiro plano, no qual a célula, após se multiplicar, assimila o que está em redor e procura adaptar-se ao seu meio ambiente. Daí compreendemos que MERCÚRIO é o Planeta que rega todos os movimentos, inclusive o comércio. Uma vez organizadas as células num ser humano, na criança, sua primeira reação é movimentar-se, interessar-se pelo que se passa ao seu redor; assimilando o que está à sua volta, ela desenvolve sua inteligência e aprende a ver, ouvir, falar e caminhar. Tudo isso está no plano de MERCÚRIO. O Segundo Plano: VÊNUS – embelezamento e florescer. União – harmonia, amor e arte. Sentir – deseja, gostar, amar, confortar e satisfazer os sentidos. No Plano de VÊNUS a natureza trata do embelezamento da espécie, porque os dois lados que se dividiram devem novamente se unir. E para que haja o desejo, a tentação da aproximação, é necessário este florescer, embelezar, para que se concretize a união, a harmonia, o amor, a arte. A segunda reação do homem é sentir, desejar, amar, gostar, querer o conforto, a satisfação. O segundo desejo que a criança desenvolve é a procura da satisfação de seus sentidos, o querer mamar, e daí surge na vida humana tudo o que rege os nossos desejos, nosso sentir, a procura do nosso conforto, o embelezamento, a arte, o gozar e gostar.  O Terceiro Plano: MARTE – energia e força criador. Ação – independente, iniciativa, decisão e crescer. Agir – querer, lutar, enfrentar, competir e vencer. Depois da união dos seres, forma-se a energia. Depois que a planta germinou, ela dá um impulso para cima, para crescer. Ela desenvolve força e luta para crescer e chegar antes das outras à luz do Sol. Isso é o Planeta MARTE: esta luta para chegar primeiro ao Sol, esta energia, iniciativa, ação, força de vontade, decisão, vontade de crescer e de ser independente. E o homem, no terceiro plano, terá que se desenvolver. A partir do conviver, do aprender através daquilo que assimila do meio ambiente, ele desenvolve os seus sentidos e desejos, para, então, entrar em luta e ação, para alcançar um lugar ao Sol, enfrentando, competindo, até vencer e alcançar a sua independência. O Quarto Plano: Júpiter – desenvolver e fruto. Proteção – saúde, justiça e merecer. Haver – fortuna, fartura, colher, valor, crédito, reconhecimento, oportunidades e talentos. Depois que a planta cresceu, e conforme tenha crescido, terá o seu merecimento, irá desenvolver os frutos. O quarto plano após a Lua e a Terra é o desenvolver dos frutos. O fruto é a proteção da vida para que a semente possa desenvolver-se com saúde, sem ser ferida, conseguindo o amadurecimento natural no tempo e no ritmo certos, aos poucos. O fruto é a justiça, o merecimento, e no ser humano, JÚPITER será aquelel que produz haveres; conforme o homem tenha agido, ele receberá os seus haveres, sua fortuna, sua fartura, sua colheita dos valores, o crédito, o sucesso, o desenvolvimento dos seus talentos e das suas capacidades, porque a fortuna não é somente representada por bens materiais, mas também pelas realizações em todos os campos, por tudo o que se obtém como fruto. Por exemplo, conheço gente muito pobre que tem JÚPITER na décima primeira casa, e cuja riqueza é representada pelas amizades e esperanças. O QUINTO PLANO: SATURNO: Perpetuação – tronco raiz e semente. Abnegação – reserva, conservação, segurança e raciocínio razão. Dever – responsabilidade, firmar, construir, saber, cálculo, experiência e resultados. Após o amadurecimento do fruto, a planta desenvolve a vontade de perpetuação, de prosseguir na vida, e para poder crescer, ela se abnega, despe-se de tudo o que é desnecessário. Nesta abnegação, a planta deixa cair as folhas, os frutos e os galhos verdes, ficando somente com o tronco, a raiz e as sementes, os elementos essenciais para poder perpetuar-se, para poder continuar, para ter segurança a fim de penetrar numa nva fase de evolução. No caso do ser humano, depois de adquirir os haveres, deles advêm os deveres e as responsabilidades, o dever de deixar bases seguras para o futuro. Então vem a razão, o raciocínio, a economia, o senso de responsabilidade, o aproveitar das experiências, dando ao homem o saber, o firmar, o aprofundar, o construir para deixar bases firmes e raízes seguras para o futuro. Assim compreendemos o Planeta SATURNO, que é representado por uma cruz e uma âncora. A cruz simbolizando o sacrifício, a abnegação, e âncora simbolizando o lançar bases e raízes para o futuro. O SEXTO PLANO: URANO. Impulso dinâmico da natureza e eletricidade. Liberdade – entusiasmo e esperança. Progresso – renovar, inspirar, originalidade, invenção, repentino, revolução e ciência. Até o quinto plano, estudamos os Planetas visíveis que agem sobre a parte concreta da natureza. Ao desenvolver este assunto, chegando a este ponto, não sabia como continuar, pois compreender o plano abstrato era bem mais difícil, e esbarrei em URANO, o primeiro dos Planetas abstratos. Qual seria mesmo a sua influência sobre a natureza? Depois de muita meditação, numa determinada manhã, levantei-me as quatro horas e fui para a sala de estudos, onde havia, sobre uma mesa, uma folhagem com algumas sementes na casca. Raciocinando, julgava que o símbolo com o “H” de William Herschel (1738-1822) – o descobridor desse Planeta – não era o mais indicado para representar URANO. Que o círculo com um ponto central, representando a vida interna, encimado por uma seta vertical, representando a força impulsiva, era o símbolo que melhor expressava a maneira de ser de URANO, que é aquele dinamismo para subir verticalmente, diferindo de MARTE que é a energia dirigida para um alvo. A esta altura de meu raciocínio, no momento em que, desenhando, levantei a flecha vertical que indicava a força impulsiva, uma semente da folhagem rompeu a casca ou castanha, num estalido característico, saltando para o outro lado da mesa. Este fenômeno natural, oportuno e místico, levou-me a compreender a vibração e a influência de URANO, dando sequência a meu raciocínio. A partir daí compreendi que URANO é a força dinâmica da natureza que não quer que a semente caia sobre a mesma raiz (o que conduziria ao enfraquecimento e à degeneração das espécies), mas quer que ela pule para longe, quer o progresso. Do dever e do saber que levamos mais adiante, nascem a ciência e o progresso: URANO, que é o Planeta da liberdade, do impulso, da originalidade, da invenção e da inspiração, renova levando adiante as energias geradas na natureza de uma maneira impulsiva. O SÉTIMO PLANO: NETUNO. Absorver – água e fluidos. Visão com amor Universal – misticismo e faculdades psíquicas. Sonho – imaginação, mundo melhor, fé, intuição e iniciação. Depois que a semente, impulsionada por URANO, afasta-se de suas raízes e entra no plano de NETUNO, precisa absorver água. NETUNO, representa a água: é o absorver de fluídos, de forças. É o Planeta das faculdades psíquicas. Conforme o ser humano absorve do meio ambiente, forma-se o seu estado psíquico: esclarecido, intoxicado ou envenenado. O ser humano, quando está perto do mar, contempla o Universo e começa a sonhar com mundos melhores; desenvolve a fé, a intuição, o misticismo. Vem a ele a visão, a intuição, a imaginação de outros mundos. O mar reflete o céu e a igualdade. A uniformidade e a harmonia de suas gotinhas é para o ser humano um símbolo de igualdade entre os homens. Meditando sobre o mar, ele chega a compreender a fraternidade, o amor Universal, desenvolvendo daí a caridade, a iniciação, o esclarecimento e todo o misticismo. O OITAVO PLANO: PLUTÃO. Vulcão – poderes latentes e desabrochar. Consciência – capacidade e talentos. Organizar – criar, redimir, renascer, curar, transmutar e regenerar. Após a semente ter ficado impregnada de água, pela ação de NETUNO, passa para o plano de PLUTÃO, que é o vulcão. O vulcão abre a Terra para jogar as forças radiativas internas para fora, e a semente faz a mesma coisa: tem de abrir-se para libertar o poder, a força criadora que está armazenada dentro dela. Ao desabrochar as forças latentes, a consciência irá manifestar-se. Ela é o fogo Universal interno, o fogo sagrado manifestando as suas capacidades e os seus talentos. O ser humano irá então se conscientizar, procurar organizar, criar, redimir, regenerar, curar, transmutar e renascer, como renasce a plantinha através da semente. EVOLUÇÃO E EDUCAÇÃO. Como vimos no início, os cinco primeiros Planetas agem sobre os cinco sentidos que captam o concreto, o visível; e os três últimos – URANO, NETUNO E PLUTÃO – agem sobre os sentidos que captam o abstrato, o invisível, desenvolvendo a inspiração, a intuição e a consciência. Se uma criança perde um dos sentidos regidos por MERCÚRIO – o ver, ouvir, falar, caminhar – ela automaticamente desenvolverá a inspiração, a intuição. Está é a razão por que, creio eu, nascem atualmente tantas crianças excepcionais; não se trata de decadência ou de doença como muitas vezes se pensa: não se vê a razão disso, mas julgo que o fato é provocado pelo início da Era de AQUÁRIOS, que faz com que a criança perca um dos sentidos para desenvolver o “sexto” sentido e obrigar também os pais a se desenvolverem, para que possam lidar com essa criança. Desde a Antiguidade até as gerações de meados de nosso século, a educação começa por aquilo que era assimilado do meio ambiente, conforme o “chão batido” ou o “tapete” onde o homem era criado, formando daí seu intelecto, sua inteligência, seu aprender, para depois alcançar as lutas, os haveres e no fim os deveres; e o ser humano imaginava o abstrato como aquilo que tinha visto em criança: o pai que tudo lhe dava, e através dessa sensibilidade que ele desenvolvia do aprender, voltando à origem, chegava ao entender. Porém, desde o ano de 1943, aproximadamente, até agora e até o ano 2000 ( estamos no ano 2017), os três Planetas abstratos – URANO, NETURNO E PLUTÃO – estão numa posição tão forte que as novas gerações desenvolvem o intelecto e a inteligência em sentido contrário: o que elas não captam, não vêm, é o Plano de MERCÚRIO, o primeiro plano, para elas, já é o plano abstrato. A criança que nasce hoje tem desde pequena uma consciência e já mostra saber aquilo que quer. Essa posição dos três Planetas abstratos produz a arte abstrata, produz a ficção científica: ninguém mais lê romances de histórias “normais”, mas sim os de ficção científica. Produz o desenvolvimento da parapsicologia, produz todo o interesse por uma nova compreensão do mundo abstrato. A busca do espaço mostra que de fato esses três Planetas, nos últimos tempos, imprimiram um impulso tão forte que na formação do indivíduo surgem em primeiro lugar esses três planos, fazendo com que as novas gerações comecem com PLUTÃO, que é o desabrochar daquilo que sentem dentro de si, com NETUNO, sonham com mundos melhores e, segundo estejam esclarecidas ou não esclarecidas (intoxicadas), elas procuram criar um mundo novo de uma maneira fictícia, imaginária, utilizando para isso os tóxicos, e querem a liberdade antes da responsabilidade. Livro Luz e Sombra – Elementos Básicos de Astrologia. Abraço. Davi.

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