Rosa
Cruz. www.fraternidaderosacruz.org.
Livreto Introdutório aos Ensinamentos da Sabedoria do Ocidente. Texto de Max
Heindel (1865-1919). SOMOS ETERNOS.
“Numa nuvem tormentosa sibilando; na asa de Zéfiro, O coro do espírito canta os
hinos sacros do mundo, alegremente Escuta! Ouve suas vozes: "Pelas portas
da morte nós passamos, a Morte não existe; alegrai-vos a vida continua
eternamente". Somos, sempre fomos e sempre o seremos. Somos uma parte da
Eternidade, Mais velha que a Criação, a parte de Um Grande Todo, Cada Alma é
Individual, na sua imortalidade. No tear farfalhante do Tempo, nossa roupagem
formamos, A rede do Pensamento urdidos eternamente; O que é modelada na Terra,
é no céu que planejamos E ao nascer, nossa raça e nossa pátria, já as trazemos
na mente. Brilhamos em uma joia e sobre a onda dançamos e cintilamos em pleno
fogo, a tumba desafiamos através de formas várias em tamanho, gênero e nome A
essência individual é a mesma, é a que sempre carregamos. E quando alcançarmos
o mais elevado grau, 29 A gradação do crescer com nossas mentes relembraremos
para que, elo por elo, possamos juntá-los todos E passo a passo tragar o
caminho que percorremos. Com o tempo saberemos, o que realmente foi feito O que
eleva e enobrece, o certo e a verdade Sem malicia com ninguém, sempre agindo
com bondade, Em e através de nós, a Deus será feita a Vontade”. Aventuramo-nos
a dizer que há somente um pecado: a ignorância; e só uma salvação: o
conhecimento aplicado. Ainda o mais sábio dentre nós sabe muito pouco de tudo
quanto se pode aprender, e ninguém alcançou a perfeição, nem esta pode ser
conseguida numa só e curta vida. Mas observamos que tudo na Natureza tende a se
desenvolver lenta e persistentemente, procurando alcançar estados cada vez mais
elevados; a esse processo chamamos de Evolução. Uma das principais
características da evolução está no fato de que ela se manifesta em períodos
alternados de atividade e repouso. O ativo verão, no qual todas as coisas sobre
a Terra se multiplicam e procriam, é seguido pelo descanso e a inatividade do
inverno. As atividades do dia alternam-se com a quietude da noite. O fluxo dos
oceanos é seguido pelo refluxo das marés. Assim, como todas as coisas se movem
em ciclos, não é razoável supor-se que a vida, que se manifesta sobre a Terra
durante uns poucos anos, se acabe, quando a Morte chega, mas que tão
seguramente como o Sol reaparece pela manhã, depois de ter-se ocultado ao
chegar a noite, também a vida que terminou com a morte de um corpo há de
manifestar-se outra vez num novo veículo e num ambiente diferente. Nossa Terra
pode ser comparada a uma Escola a qual voltamos, vida após vida, para aprender
novas lições, da mesma forma que nossos filhos vão à escola, dia após dia, para
aumentar seus conhecimentos. A criança dorme durante a noite que medeia entre
dois dias de escola, e o espírito também tem seu descanso da vida ativa entre a
morte e um novo nascimento. Há, também, diferentes classes nesta escola do
mundo, que correspondem aos diferentes graus, desde o jardim de infância até a
Universidade. Nas classes inferiores encontramos Espíritos que só frequentaram
a Escola da Vida poucas vezes; estes são os atuais selvagens, mas com o tempo,
far-se-ão mais sábios e melhores do que nós somos agora, e nós mesmos
progrediremos em vidas futuras a alturas espirituais que atualmente nem podemos
conceber. Se formos aplicados na aprendizagem das lições da vida, progrediremos
muito mais depressa nessa escola da vida do que se folgarmos e desperdiçarmos
nosso tempo. Isso obedece aos mesmos princípios que governam nossas
instituições de ensino. Nós não estamos aqui pelo capricho de Deus. Ele não
colocou uns num jardim e outros num deserto, nem tampouco deu a alguns corpos
saudáveis, de modo a poderem viver livres de dores e enfermidades, enquanto
outros foram colocados em pobres circunstâncias que nunca se vêm livres da dor.
Mas o que somos devemos à nossa diligência ou negligência, e o que seremos no
futuro dependerá do que queiramos ser, e não do capricho de um Deus ou de um
destino inexorável. Não importa quais sejam as circunstâncias; está em nós
mesmos o poder de dominá-las, ou seremos dominados por elas, de acordo com a
nossa vontade. Sir Edwin Arnold (1832-1904) exprime esta ideia de modo
magnífico em seu livro A Luz da Ásia: "Os Livros dizem bem, meus Irmãos a
vida de cada homem de sua anterior existência vemos bem o resultado; Trazem
dores e misérias os erros que praticaram, trazem bênçãos infinitas, os acertos
do passado. Cada um tem sua dignidade, como os mais altivos a tem 30 ao redor,
acima e abaixo, com poderes ao dispor, sobre toda a humanidade e sobre tudo o
que vive cada um livremente age causando alegria ou dor. Quem labutou, um
escravo, como príncipe poderá voltar por virtudes alcançadas e por nobre
merecer, quem governou, um rei, em farrapos poderá vagar por todas as coisas
que fez e as que deixou de fazer." Ou então, como disse Ella Wheeler
Wilcox (1850-1919): "Um barco sai para Leste e para o Oeste um outro sai
com o mesmo vento que sopra, numa única direção. E a posição certa das velas e
não o sopro do vento que determina, por certo, o caminho em que eles vão. Os
caminhos do destino são como os ventos do mar conforme nós navegamos ao longo e
através da vida. É a ação da alma que a meta nos vai levar e não a calmaria ou
o constante lutar." Quando queremos que alguém se encarregue de uma
determinada missão, escolhemos uma pessoa que nos pareça particularmente
capacitada para cumpri-la e, assim, havemos de supor que um Ser Divino usaria
pelo menos o mesmo bom-senso, e não escolheria qualquer um para levar esta
mensagem se não estivesse capacitado para isso. Assim, pois, quando lemos na
Bíblia que Sansão foi escolhido para destruir os Filisteus, e que Jeremias foi
predestinado a ser profeta, é muito lógico supor-se que estavam particularmente
aptos para levar a cabo sua missão. João, o Batista, também nasceu para ser o
arauto do Salvador que estava para chegar e para pregar o Reino de Deus, que
deve ocupar o lugar do reinado dos homens. Se essas pessoas não tivessem
recebido uma preparação prévia, como poderiam ter-se desenvolvido para cumprir
suas várias missões e, se foram treinadas, de que modo o foram, se não em vidas
anteriores? Os judeus acreditavam na Doutrina do Renascimento ou, do contrário,
não perguntariam a João, o Batista, se ele era Elias, como está no primeiro
Capitulo do Evangelho de são João. Os Apóstolos de Cristo também sustentavam
essa crença, como podemos ver pelo incidente relatado no Cap.16 de são Mateus,
onde Cristo pergunta-lhes: "Que dizem os homens que Eu, o Filho do Homem,
sou?" E os apóstolos responderam: "Alguns dizem que Tu és João
Batista, outros que es Elias, e outros que es Jeremias, ou um dos
profetas". Nesta ocasião, Cristo assentiu tacitamente com o ensino do
Renascimento, porque não corrigiu seus discípulos, como seria seu dever, em sua
qualidade de Mestre, se verificasse que seus discípulos tinham uma ideia
errônea. Mas a Nicodemos Ele disse inequivocamente: "A não ser que um
homem nasça outra vez, não poderá ver o reino de Deus", e no Cap.11 de São
Mateus, no versículo 14, disse Cristo, referindo-se a João, o Batista:
"Este é Elias". No Cap.17 de São Mateus, no versículo 12, Ele disse:
"Elias já veio, e eles não o conheceram, mas fizeram com ele o que
quiseram...". "então os discípulos compreenderam que Ele lhes falava
de João, o Batista." Assim, pois, nós sustentamos que a Doutrina do
Renascimento oferece para o problema da vida a única solução que está em
harmonia com as Leis da Natureza, que responde aos requisitos éticos da
questão, e nos permite amar a Deus sem anular nossa razão, diante das
desigualdades da vida e das circunstâncias diversas que dão comodidade e
bem-estar, saúde e riqueza a poucos, enquanto tudo isso é negado a tantos
outros. A teoria da hereditariedade, lançada pelos materialistas, aplica-se somente
à forma pois, da mesma maneira que um carpinteiro usa material de determinada
pilha de madeira para construir uma casa na qual há de viver, também o espírito
toma de seus pais a substância com a qual há de construir sua casa. O
carpinteiro não poderia construir uma casa resistente e durável usando madeira
imprópria; e da mesma maneira, o espírito só pode construir um corpo semelhante
ao daqueles de quem tirou o material. Mas a teoria da hereditariedade não se
aplica ao plano moral, pois é fato notório que nas galerias dos criminosos da
América e da Europa não há um caso em que estejam juntos pai e filho. Assim,
embora os filhos dos criminosos tenham herdado tendências para o crime, podem
manter-se fora das malhas da Lei. A hereditariedade também não é vitoriosa no
plano intelectual, porque podem ser citados muitos casos em que um gênio e um
idiota saem da mesma origem. O grande Cuvier, cujo cérebro era aproximadamente
da mesma capacidade do de Daniel Webster (1782-1852) e cujo intelecto foi
igualmente grande, teve cinco filhos que morreram de paralisia geral. O irmão
de Alexandre, o Grande, foi um idiota; em suma, nos sustentamos que deve ser
encontrada outra solução que possa esclarecer esses fatos da vida. A Lei do
Renascimento, junto com sua companheira, a Lei da Causa, explicam tais fatos
satisfatoriamente. Depois de morrermos, após uma vida, tornamos a voltar mais
tarde a Terra, sob circunstâncias determinadas pelo modo pelo qual vivemos
antes. O jogador é atraído para os cassinos e para os hipódromos, para
associar-se a outros de igual gosto; o músico é atraído para as salas de
concertos e conservatórios, para Espíritos que lhe são afins, e o Ego que volta
traz consigo os gostos e aversões que o obrigam a procurar seus pais entre
aqueles da classe a que ele pertence. Mas alguém pode nos apontar agora casos
em que se encontram juntas pessoas de gostos inteiramente diversos, vivendo
vidas torturadas, pelo fato de se verem agrupadas na mesma família, forçadas
pelas circunstâncias a permanecerem ali contra a sua vontade. Isso, porém, não
invalida a Lei, de modo algum. Em cada vida contraímos certas obrigações que
não podemos cumprir na ocasião. Talvez tenhamos fugido a um dever como, por
exemplo, o de atender a um parente inválido, e a morte chegou antes de termos a
compreensão desse nosso erro. Esse parente, por sua vez, pode ter sofrido muito
por nossa negligência e armazenou contra nós uma grande dose de amargura, antes
que a morte terminasse o seu sofrimento. A morte, e a consequente mudança para
outro ambiente, não liquida nossas dívidas desta vida, assim como a mudança de
uma cidade na qual vivemos atualmente não liquida as dívidas que tenhamos
contraído antes da mudança. É, portanto, perfeitamente possível que aqueles
dois que se prejudicaram mutuamente, como descrevemos, venham a ser reunidos
como membros de uma mesma família. Então, mesmo que não se lembrem do mal que
fizeram, a antiga inimizade se manifestará e fará com que se odeiem novamente,
até que a aflição resultante os obrigue a se tolerarem mutuamente e, por fim,
talvez, aprendam a se amar, em vez de se odiarem. Na mente do pesquisador
também se apresenta essa pergunta: Seja estivemos aqui antes, por que não nos
lembramos disso? Mas a essa pergunta podemos responder que, embora a maioria das
pessoas não seja consciente do modo pelo qual passaram suas vidas anteriores,
outras há que tem nítida lembrança de suas vidas passadas. Uma amiga do autor,
por exemplo, quando vivia na França, começou, certo dia, a descrever a seu
filho coisas a respeito de uma certa cidade na qual iam fazer uma excursão de
bicicleta, e o menino exclamou: "Mãe, não precisa me dizer nada disso; eu
conheço essa cidade, porque nela vivi, e nela me mataram". E começou a
descrever a cidade, falando de certa ponte. Posteriormente, o rapaz levou a mãe
até essa ponte e mostrou-lhe o lugar onde havia encontrado a morte há alguns
séculos. Outra amiga, por ocasião de uma viagem a Irlanda, viu uma cena que
reconheceu, e também descreveu aos companheiros uma paisagem que seria vista atrás
de uma volta do caminho, que ela nunca havia visto antes nesta vida; assim, é
preciso admitir que ela havia conservado a memória de uma vida anterior.
Inúmeros outros exemplos poderiam ser citados, nos quais essas minúcias de
memória e vislumbres repentinos revelam-nos fatos de uma vida anterior. O caso
comprovado, no qual uma menina de três anos de idade, em Santa Bárbara,
descreveu sua vida e sua morte já foi relatado no Conceito Rosacruz do Cosmos.
Esta é, talvez, a evidência mais positiva, pois se baseia na narração de uma
menina demasiado pequena para que pudesse ter aprendido a mentir. Porém, essa
teoria da vida não repousa em mera especulação. Este é um dos primeiros fatos
da vida demonstrados ao discípulo de uma Escola de Mistérios. Ensina-o a observar
uma criança a hora da morte, e depois de observá-la no mundo invisível dia após
dia, até que ela volte a renascer um ou dois anos mais tarde. Então, ele sabe
com absoluta certeza que nós voltaremos a Terra, para colher numa vida futura o
que semeamos agora. A razão de escolher-se uma criança de preferência a um
adulto é porque a criança renasce muito rapidamente, pois sua curta vida na
Terra deu muito poucos frutos, e estes são logo assimilados, enquanto o adulto,
que viveu uma longa vida e tinha muita experiência, permanece nos mundos
invisíveis por séculos, de modo que o discípulo não poderia observá-lo desde a
morte até o renascimento. A causa da mortalidade infantil será explicada
posteriormente. Por enquanto, só queremos deixar bem assentado o fato de que
está dentro das possibilidades de cada homem, sem exceção, tornar-se capaz de
chegar ao conhecimento direto daquilo que aqui estamos ensinando. O intervalo
médio entre duas vidas terrestres é de cerca de mil anos. Isto é determinado
pelo movimento do Sol, chamado pelos astrônomos de precessão dos equinócios,
movimento pelo qual o Sol se move através de cada um dos Signos do Zodíaco
cerca de 2.100 anos aproximadamente. Durante esse tempo, as condições sobre a
Terra terão mudado de tal maneira que o Espírito encontrará aqui experiências
inteiramente novas e por isso voltará. Os Grandes Guias da Evolução sempre
conseguem o máximo benefício através das condições que Eles planejam e, como as
experiências nas mesmas condições sociais são muito diferentes para o homem e
para a mulher, o Espírito Humano renasce duas vezes durante os 2.100 anos
medidos pela precessão dos equinócios acima mencionada, nascendo uma vez como
homem e outra como mulher. Esta é a regra, mas ela está sujeita às modificações
que sejam necessárias a fim de facilitar a ceifar aquilo que o Espírito semeou,
como requer a Lei da Causa, que atua em conjunto com a Lei do Renascimento.
Desse modo, um espírito pode ser levado a renascer muito tempo antes que haja
expirado os mil anos, a fim de cumprir certa missão, ou pode ser retido nos
mundos invisíveis até depois do tempo em que deveria renascer, se essa lei
fosse uma lei cega. Mas as Leis da Natureza não são cegas. São Grandes
Inteligências que sempre subordinam as considerações de menor importância aos
fins superiores, e sob sua benéfica orientação estamos progredindo
constantemente, vida após vida, nas condições exatamente adaptadas a cada
indivíduo, até que, com o tempo, alcancemos uma evolução mais elevada e nos
convertamos em Super homens. Oliver Wendel Holmes (1809-1894) expressou tão
magistralmente esta aspiração e sua realização nestas linhas: "Oh!
Minh'alma, constrói para ti mansões mais majestosas, enquanto as estações
passam ligeiramente! Abandona o teu invólucro finalmente; Deixa cada novo
templo, mais nobre que o anterior com cúpula celeste, com domo bem maior, e que
te libertes, decidida, largando tua concha superada nos agitados mares desta
vida." Da obra “Mistérios Rosacruzes”, Cap. II, Max Heindel. Ed.
Pensamento. Livro imprescindível na compreensão da Fraternidade Rosacruz,
Escola Preparatória para a Ordem Rosacruz, a Escola de Mistérios do Ocidente
Nos anos 1907-1908, após ser testado em sinceridade de propósitos,
desprendimento e desejo de servir a humanidade, Max Heindel foi escolhido pelos
Irmãos da Rosa Cruz para divulgar publicamente os Ensinamentos da Sabedoria
Ocidental que ajudariam a preparar a humanidade para a próxima Era de
Fraternidade Universal. Através de intensa autodisciplina e devoção ao serviço,
conquistou o grau de Irmão Leigo ( Iniciado ) na augusta Ordem Rosacruz, a
Escola de Mistérios do Mundo Ocidental. A LEI DIVINA E NOSSAS NECESSIDADES
COTIDIANAS. A LEI de consequência ou de Causa e Efeito é, sem dúvida alguma, a
mais fundamental das leis no destino humano. Convém lembrar, todavia, que não é
uma lei estática. Frequentemente a utilizamos para acionar novas causas que
irão criar novo destino para equilibrar e melhorar o antigo destino que
trouxemos do passado. A Lei de Consequência está intimamente ligada à Lei do
Renascimento, chamada também como de Lei da Reencarnação. Todos nós já vivemos,
no passado, muitas outras vidas na Terra, e haveremos, no futuro, de viver
muitas outras ainda. Em cada uma delas pusemos em ação diversas causas, algumas
das quais só efeitos. Tais efeitos são denominados dívidas do destino. Assim é
que estamos pagando débitos e colhendo prêmios do passado. É a isso que damos o
nome de destino mau ou bom. Cabe nos compreender desde logo, que "caráter
é destino". Destino é reflexo de caráter. Nosso meio ambiente é um espelho
no qual vemos o nosso caráter refletido. Não obstante, existe uma exceção a
essa regra geral. É que em nosso último renascimento pudemos certamente
haver-nos reformado de tal sorte que agora possuímos o que se pode chamar de um
bom caráter, embora possamos continuar tendo sofrimentos e dívidas na presente
existência, apesar de havermos remodelado nossa índole. Isto se deve ao fato de
termos trazido débitos anteriores, os quais estamos pagando, e, como é do
conhecimento geral, quando alguém resgata o que deve, considera, geralmente,
que tal processo é restritivo, limitado e desagradável. Tem, contudo, o consolo
de saber que as dívidas, uma vez quitadas, não mais podem ser pagas outra vez,
ficando, portanto, livre delas por todas as vidas futuras. As tendências de
caráter que mais frequentemente causam mal destino são: a cólera, o temor, o
orgulho, o ódio, a vingança, a sensualidade, o egoísmo, a inveja e a
intolerância. Por conseguinte, a primeira coisa a fazer é analisar nossos
pensamentos habituais e ver se mostram algumas dessas tendências, ainda que
seja em pequena escala. Se assim acontece, comecemos imediatamente a trabalhar
para eliminá-las. Os dois meios principais para obtê-los são uma mudança de
pensamentos e de ação, especialmente para com as demais pessoas. O
"pensamento" é o primordial, e se corrigirmos veremos quase
automaticamente que nosso modo de agir está de acordo com esse pensamento. Isto
nos leva a um fator mais importante da situação, ou seja, o PODER CRIADOR DO
PENSAMENTO. Este poder é o fator mais potente e fundamental da vida humana. O
ditado, segundo o qual "os pensamentos são coisas tangíveis" quase
palpáveis, é uma verdade incontestável. Cada vez que pensamos em algo criamos
uma forma de pensamento que se pode converter em uma força vivente. Flutuam em
redor de nós, em nossa aura, e se torna parte de nossa atmosfera mental, por
consequência, integrante de nossa própria vida. O passo seguinte é a atividade
do pensamento criador que se reveste da substância do desejo e da emoção. Isso
apresenta dois efeitos: primeiro, que pode conduzir-nos à ação correspondente;
segundo, as formas de pensamento que não são acionadas de imediato se armazenam
na memória como normas para uso futuro. Temos-lhes acesso a qualquer tempo.
Podem, portanto, surgir como realidades físicas em nosso meio ambiente,
tornando o bom ou mau, conforme o pensamento que as criou. Assim, se você
deseja mudar a atmosfera em que vive e sua sorte, "mude seus
pensamentos". Desse modo você estará elaborando para si mesmo um novo e
melhor destino que oportunamente surgirá e se manifestará de forma melhor ou de
meio abundante e capaz de suprir as necessidades de sua existência. Os desejos
destrutivos, como sejam, a cólera, a vingança, o ódio, o ressentimento,
principalmente a cólera e o egoísmo, desfiguram e destroem as boas formas de
pensamento que tenhamos formado previamente, retardando-se, desse modo, sua
materialização. Quando nos deixamos arrastar pela cólera ou pela vingança, por
exemplo, dissipando alguma edificante criação mental, a configuração da
correspondente forma de pensamento deve esforçar-se no sentido de uma
restauração para concretizar o bem que anelamos, cuja marcha fora interrompida.
Isso demanda tempo e faz retardar o período em que possa ocorrer uma mudança
favorável em nossa vida, em nossa situação e em nosso ambiente geral. Veja,
então, a grande importância de vigiar nossos pensamentos e emoções. Alguns
perguntarão: "Como possa evitar os maus pensamentos e desejos, mantendo-os
distantes de minha mente?" De fato, às vezes parece impossível evitar que
se infiltrem em nós, mas a resposta é "substituição de pensamentos".
Esta prática se funda no fato de que dois pensamentos não podem ocupar ao mesmo
tempo a mente, à semelhança daquele princípio de física que diz que dois corpos
não podem simultaneamente ocupar o mesmo espaço. Quando você se sentir
perturbado por maus pensamentos de qualquer índole, "substitua-os"
simplesmente "por outros" e concentre -se nestes tão positivamente que
o pensamento ruim ali não possa penetrar. É muito simples e requer apenas
prática para comprovar a singeleza do tratamento. Os maus desejos são excluídos
da mente pelo mesmo processo. O PODER INTERNO – A existência desse poder é o
próximo e mais importante ponto a considerar. Isso é algo acerca do qual os
homens em sua maioria não possuem o mínimo conhecimento, de cuja realidade
sequer suspeitam. Não obstante, o PODER INTERNO é um estupendo fator na vida
humana e sobre ele se apóia o êxito na vida. O PODER INTERNO é o Ego, o
Espírito, o Eu Superior, a Vida que vem de Deus e o poder essencial que mantém
o homem ativo. O PODER INTERNO é o Deus Interno, e o Deus Interno é parte do
Deus Externo, o DEUS do Universo. O PODER INTERNO é o traço pessoal que nos une
a Deus. Para tanto, reflita quão poderoso é este Eu Superior. É
"Onipotente", porque é parte do DEUS do Universo. Esta onipotência,
contudo, está mais ou menos, latente na humanidade de hoje. É função da
evolução desenvolver e converter numa positiva e dinâmica onipotência. Eis o
que gradativamente estamos aprendendo a fazer em nossa vida diária e por meio
de sucessivos renascimentos. Este Poder Interno afeta a personalidade e a vida
cotidiana da seguinte maneira: O Deus Interno que é onipotente e possuidor ao
mesmo tempo de toda sabedoria, está de contínuo enviando mensagem à mente
consciente em forma de intuições, inspirações e idéias originais. Elas nos
dizem o que nosso Eu Superior, em sua sabedora, deseja que façamos. Se
seguirmos essas sugestões e as praticarmos, os resultados em nossa vida serão
construtivos. O fracasso se transformará em vitória, os obstáculos que se
apresentam desaparecerão aos poucos e veremos que tudo começa a atuar
conjuntamente para o bem e para o êxito em todas as coisas da vida. Se não
fizermos caso das intuições do Poder Interno e seguirmos nossos desejos
inferiores, bem como as extraviadas inclinações da personalidade, observaremos
que nossas dificuldades aumentarão e nossa caminhada pela vida será mais árdua.
Vemos quão importante é estar alerta para captar as ideias e intuições do Poder
Interno e pô-las em execução. Essas mensagens podem perceber-se de modo mais
efetivo, quando a mente consciente se acalma e, muito em particular, quando
estabelece momentos de quietude absoluta para a meditação, a fim de que, uma
vez repousada a mente, o Poder Interno possa falar-nos e "nós
ouvi-lo". Não obstante, esse Poder nos fala e envia-nos mensagens durante
todo o tempo, apesar de estarmos ativos. A Consciência é outra das mensagens do
Poder Interno que faríamos bem em obedecer. Se seguíssemos exclusivamente as
direções desse Poder, cada vez se tornariam mais claros seus tons, reformando
gradualmente nossas vidas e convertendo em sucessos nossos fracassos. Devemos
cultivar a crença na existência do Poder Interno e acreditar em sua habilidade
para transformar nossas vidas. Esta crença é o cabo, o circuito elétrico que
nos põe em contato com o referido Poder. Se estabelecemos nítida ligação entre
esse Poder e nossa consciência (mente consciente) os resultados serão melhores
porque então o Ego pode emitir suas mensagens com maior limpidez e efetividade.
O descrer dessas coisas fundamentais impede a ligação e pode ainda chegar a
destruí-la. Então isso nos deixa mais ou menos sem a orientação e a sabedoria
do Deus Interno, ficando ao desamparo e expostos a todas as decepções. Veja
como a crença nesse Poder é de grande importância. Alguns o chamam FÉ, fé em
DEUS; porém, é a mesma coisa, ou seja, fé no Deus Interno e em seu poder, que é
parte integrante do DEUS Externo e Sua Onipotência. Se ouvirmos e obedecermos
às sugestões e direções que emanam do Poder Interno, o temor e a ansiedade
desaparecem por completo e obtemos equilíbrio, fator indispensável para um
desfecho feliz. Perdemos todo temor à vida e mesmo à morte. Sabemos que tudo
está determinado com sabedoria e que o resultado será BOM. Por estar o Banco
Universal amparado pelo Universo jamais poderá falir. Você nunca pode rá perder
ou ser iludido em algo que realmente lhe pertence. "Só se realizará a
própria vontade". Não há, em hipótese alguma, erros no crédito cósmico, no
qual esse Banco se desenvolve e opera. Se seu destino e seu progresso não são o
que você gostaria que fossem é sem dúvida porque seu crédito no Banco Universal
esgotou-se temporariamente. Neste caso, não há outro remédio senão apressar-se
a fazer novos depósitos. Como já dissemos, os depósitos a seu favor se realizam
por meio de um trabalho edificante, altruísta e autodisciplinado. Você pode
estar certo de que seu empenho nesse sentido logo melhorará grandemente AS
OPORTUNIDADES E AS CIRCUNSTÂNCIAS. Veja você como seu destino é criado
"por você mesmo", que a sorte e a casualidade são apenas aparentes e
que na realidade foram criadas por você no passado. Você está envolto na materialização
de seus próprios atos e pensamentos. Vencer tendências indesejáveis e
reconstruir e reformar seu caráter, eis o meio mais indicado para efetuar
depósitos no BANCO UNIVERSAL. O "provimento universal" do qual falam
tão frequentemente os estudantes de Metafísica é simplesmente outro dos nomes
do BANCO UNIVERSAL. Muitos estudantes parecem acreditar que podem obter um
provimento completo de tudo o que necessitam com o só repetir algumas
afirmações. Enganam-se, todavia, quando julgam que podem sacar contra o BANCO
sem fazer antes a cobertura necessária. Isto equivale a "procurar obter as
coisas gratuitamente". Ninguém deve exigir a concretização de um desejo
específico sem antes deixá-lo em mãos do Senhor, que pode atuar sabiamente. Nós
não possuímos nem o direito nem a Sua Sabedoria. Porque, se exigirmos a
realização de alguns de nossos pensamentos, expomo-nos a equivocar-nos e obter
algo que "verdadeiramente" não desejamos. Algumas pessoas não
conseguem ter progresso espiritual e material, porque inconsciente ou
ignorantemente violam a Lei de Causa e Efeito, a Suprema Lei de DAR E RECEBER.
Há, sem dúvida, uma lei cósmica administrada por Forças Invisíveis, segundo a
qual para receber é necessário primeiro dar. Compartindo o que possuímos,
abrimos o canal que nos permite uma inundação de coisas almejáveis em nossas
vidas. CRISTO, o Divino Mestre do gênero humano, ensina a existência desta lei
no Evangelho de S. Lucas, quando diz "Dai e ser-vos-á dado; boa medida
concentrada, sacudida e transbordante vos deitarão no vosso regaço, porque com
a mesma com que medirdes também vos medirão" (6-38). A compreensão, a
aceitação desta lei e um esforço inteligente por obedecê-la trarão, a seu
devido tempo, mudança favorável em nossas vidas. A Regra de Ouro (Lucas 6-31)
"E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma forma fazei-lhes
vós" contém, igualmente, um importante princípio psicológico. Esta regra é
inequívoca; ela nos diz em definitivo que façamos sempre o bem aos demais,
sejam quais forem as circunstâncias, apesar do que eles nos façam a nós. A
regra é impessoal; a conduta de outrem nada tem a ver com nosso caso. Se
desrespeitarmos essa regra, obteremos infalivelmente maus resultados. Pondo -a
em execução, à época oportuna ela nos trará um efetivo melhoramento em nosso
ambiente e em nossas condições materiais e espirituais. Ela nos dá
individualidade atrativa, magnética, o que nos torna atraentes para os demais
e, ao mesmo tempo, não nos deixará faltar ajuda e a cooperação na realização de
nossos projetos e anseios. Cria ainda uma força magnética que é o meio de
aumentar o êxito sob todos os aspectos. Não permitamos nunca que o rancor por
alguma desconsideração que tenhamos recebido nos impeça de fazer o que
gostaríamos que outros nos fizessem. É realmente benéfico seguir a Regra de
Ouro, que não é um simples ideal religioso. Há outros dois ou três princípios
metafísicos ou psicológicos que devemos conhecer e que aumentarão nosso
progresso em matéria de trabalho, bem como no abastecimento de nossas necessidades
de ordem material e espiritual. Procurar o BEM em todas as coisas e em todas as
situações, apesar da adversidade das aparências é um deles. O simples fato de
BUSCAR O BEM constrói uma forma de pensamento que com o tempo se converterá em
um bem maior, mais sucesso e condições favoráveis. BUSCAR O BEM é como começar
uma bola de neve que aumenta de tamanho à medida que desce de uma montanha.
Essa é também a propriedade de toda forma pensamento. Todas as da mesma índole
se combinam e crescem rapidamente. Isso se aplica na busca do bem, o qual pode
ser aumentado, em nossa esfera social, de modo definido, com a prática desse
princípio. O elogio ao Bem, é uma extensão do mesmo princípio e um raio de sol,
a luz da alma. Ele propicia o bom augúrio e o êxito a tudo que é superior.
Incentive tudo de bem que encontre nas demais pessoas, ainda que o motivo seja
insignificante e, sobretudo, não se esqueça de louvar e agradecer ao PODER
INTERNO, cada dia, por sua vida, sua orientação e pelo abastecimento de todas as
necessidades espirituais e materiais. Tudo se origina desse PODER. O PERDÃO é
outra prática que não devemos esquecer. O perdão é científico. Ele traz consigo
as forças dos planos invisíveis que nos cercam. Dissolve as formas de
pensamento de ódio, vingança, egoísmo e má vontade, assim como impede que se
materialize em adversidade. O rancor, a inveja, o egoísmo, a vindita
frequentemente se transmudam em alguma das condições mais infelizes da vida,
especialmente se se continua habitualmente a emitir pensamentos nesse sentido.
O ódio é a força mais destrutiva do Universo, e o rancor e a vingança são fases
do ódio. A vingança é a mais mortal das paixões, é absolutamente certo que
impede o sucesso em todos os campos. Apesar do que possa acontecer, não se deve
ter rancor nem ceder a pensamentos negativos. Você pode ter certeza de que se
alguém lhe fez injustiça, a Lei invisível trará a ele merecida retribuição. Diz
a Bíblia "Amados, não vos vingueis. Eu recompensarei a cada um, segundo o
seu merecimento", disse o Senhor. Não tome a vingança por suas próprias
mãos, porque a única coisa que você obterá é desencadear forças psicológicas
que mais tarde ou mais cedo reagirão sobre você mesmo, com desvantagem. Diz a
regra: "Perdoa tudo e mantém-te perdoando sempre, apesar de toda
inclinação pessoal, e nada perderás, como erroneamente possas supor". Isso
evoca à mente um princípio de vital importância e interesse sobre o êxito:
"Fazer a vontade de outra é o ácido para provar o amor". A Bíblia o
confirma ao ensinar: "Faze as pazes com teu adversário". A vontade
própria é o amor próprio e o amor próprio é uma fase do ódio para com os
outros. A aplicação deste princípio é particularmente valiosa quando queremos
evitar desmandos e extinguir os que tenha começado. Naturalmente não devemos
fazer a vontade a quem comete uma injustiça conosco ou em relação a terceiros.
Devemos sacrificar as nossas inclinações e vantagens, ajustando-nos quanto
possível às ideias de nosso adversário, satisfazendo-lhe o sentido de justiça.
Por esse meio converteremos em nosso amigo. Fazer com que predomine sempre a
nossa vontade é obstruir o restabelecimento do êxito da cooperação amistosa.
Muito se tem falado sobre a CONFISSÃO. É provável que você não conceda a menor
importância. Deve ter pensado, com certeza, que confessar as más ações a um
sacerdote ou a um ministro não tem qualquer efeito. Não obstante, há notável
princípio metafísico oculto na confissão, que é o seguinte: a confissão faz
desaparecer a força emocional constituída por formas de pensamento sobre as
nossas faltas do passado, liberando e ajudando-nos a restaurar o equilíbrio e a
calma. Quando se comete uma falta que produz temor, vergonha, cólera, etc, essa
forma de pensamento penetra profundamente na subconsciência e ali fermenta.
Especialmente se o mal não foi sanado na época oportuna. Formas de pensamento
de tal natureza podem fermentar no subconsciente durante anos e com o tempo
gerar o que se conhece por "complexos" e "neuroses". Se
temos muitos desses complexos enterrados na subconsciência, perdemos
gradativamente o equilíbrio e nos tornamos nervosos e neuróticos. Eis onde a
confissão atua. Por seu intermédio liberta-se a energia emocional dos complexos
que se dissolvem, não voltando a molestar-nos. A confissão não precisa ser
necessariamente feita a um sacerdote ou ministro de qualquer religião. Pode-se
fazer diretamente à pessoa a quem se prejudicou ou ainda a alguém de absoluta
confiança. Podemos também auto confessarmos ao EU SUPERIOR. Chamamos a esse
confessório de "Retrospecção". Devemos realizá-lo toda as noites ao
deitar-nos, começando por analisar os últimos acontecimentos do dia té chegar
aos primeiros da manhã. Para que a Retrospecção surta efeito é indispensável o
maior sentimento de contrição, uma vez que através dele nos purificamos,
desfazendo a força emocional contida nos complexos ocultos. Grande número de
pessoa têm encontrado na confissão, em qualquer da formas, alívio incrível, e
sempre é seguida por singular aumento de êxito em todos os setores da vida.
Donde se conclui que será uma ideia excelente a de estender o princípio da
confissão ou retrospecção aos anos anteriores de nossa existência, a fim de
esclarecer os complexos que penetram em nosso subconsciente, impedindo -nos
totalmente qualquer evento feliz. Tal processo pode chamar-se de retrospecção
retardada, conforme ensina a Filosofia Rosacruz. A melhor forma de efetuá-la
será por escrito. Sente -se e escreva em linhas gerais os acontecimentos do
passado que lhe tenham causado temor, cólera, vergonha, etc, etc. Faça o máximo
possível cada vez e assim continue até que haja revisado toda a sua vida. Aos
poucos notará maravilhoso alívio mental e emocional, que oportunamente se
refletirá em forma de melhoria das condições materiais e espirituais. Esses
escritos devem fazer-se em segredo, omitindo os nomes de seus personagens.
Terminada, essa autoconfissão escrita deve ser destruída. Durante a vida não se
pode obter êxito verdadeiro se não se possui razoável saúde, motivo por que
devemos considerar a SAÚDE como fator de importância para a satisfação das
necessidades de ordem material. Devemos ter sempre em mira a força vital
emanada de nosso PODER INTERNO, o Ego. Se algo se interpõe entre a influência
desta vida em nosso corpo e nossa personalidade, isso acarretará uma saúde
precária. É possível aprisionar o Ego atrás de uma nuvem de errôneas formas de
pensamento, falsas crenças, etc., de sorte que a corrente constitutiva da
força, da vida do Ego, se reduz decididamente. Se emitirmos formas de
pensamentos destrutivas, como temor, cólera, sensualidade, egoísmo, etc. que
limitam e se acreditarmos no poder do mal sobre nós, tudo isso tende a encerrar
o Ego, e "como crê" que está limitado na vida, realmente o estará.
Para a SAÚDE é necessário que a pessoa, a mente e a vontade cooperem com o Ego
e se repilam toda forma de pensamento restritivo. Além disso, é possível
construir um instrumento com o qual se perfure e destrua a atual nuvem de
pensamentos. Tal instrumento são NOVAS formas mentais de fé, de fortaleza, de
otimismo, de onipotência do PODER INTERNO, do êxito e de certeza de que todas
as coisas boas são atingíveis. Construa novas formas de pensamentos nessa
direção e elas se combinarão entre si, constituindo uma forma de grande
potência e força. Eis o instrumento que perfurará essa nuvem mental e libertará
o Ego. Fique certo de que apenas pensamentos errôneos podem bloquear esse
poder. Mude, pois, seus pensamentos, e essa faculdade o livrará, operando
milagres em sua vida. Restaurará sua saúde. Modificará suas condições mentais.
Use a IMAGINAÇÃO para criar quadros de saúde abundante e de grande poder do Ego
interno e esses quadros se confundirão com outras formas de pensamento de força
e valor, convertendo-se em parte do instrumento de libertação. Então,
verificará que terá deixado de ser um escravo da falta da saúde. Você verá que
ela é complemento normal do repouso (calma) e de outras condições emocionais
equilibradas. Juntamente com esse estado sadi o virá maior disposição para o
êxito no trabalho de ordem material e espiritual. A FELICIDADE RESIDE APENAS NA
MENTE - As condições externas têm uma influência na felicidade somente onde se
lhes tenha permitido afetar as formas de pensamento. Essas formas têm a
propriedade de cobrir-se com essa substância do plano invisível que conhecemos
como Emoção. Se pensamos em otimismo e felicidade, substância emocional dessa
natureza invade-nos a mente, e somos FELIZES, apesar de todas as condições
materiais ou corporais. Se, ao contrário, elaboramos formas mentais de temor e
de fracasso, elas constroem substância emocional de infelicidade e seremos
infelizes, ainda que tenhamos todas as riquezas do mundo e uma saúde perfeita.
Fica, portanto, demonstrado que a FELICIDADE só reside na mente e que pelo
controle dos pensamentos e substituição deles temos sempre a chave da
felicidade e do progresso. Em conclusão, dar-lhes-emos três pequenas fórmulas
para ajuda própria que estão baseadas em sadios princípios metafísicos e que
têm demonstrado sua valia. PRIMEIRO, PENSAMENTO CONSTRUTIVO, POSITIVO –
Mantenha sua mente sempre positiva e aberta, não imóvel e inerte. O pensamento
construtivo fecha automaticamente a receptividade ao enxame de pensamentos que,
impedidos de entrar, cessam de influir na vida, e as criações mentais melhoram
consideravelmente através da decisão de concretizar as boas coisas. SEGUNDO, A
CHAVE DE OURO – Quando você se achar em dificuldades, quando tema perder algo
valioso, não continue a construir formas mentais negativas, porque elas apenas
contribuirão para que você se deprima. Ao contrário, inverta o processo e não
faça senão PENSAR EM DEUS. Ele envolve todas as coisas desejáveis. Recusando-se
a pensar na desgraça e pensando em Deus, você estará construindo pensamentos de
força, bondade e sucesso, ainda que não perceba. Eles, a seu tempo, se
concretizarão em forma de bem, e a calamidade que você temia se terá dissipado.
TERCEIRO, O PODER DO DEVER – O Dever cumprido um dia, e oportunamente, tem o
poder de criar bem suficiente para acompanhá-lo durante o dia inteiro. E amanhã
será outro dia no qual você pode repetir o processo. Os deveres cumpridos com
amor são um caminho para a libertação. Esta é uma chave vital de êxito em todos
os planos, material e espiritual, conforme prega a Filosofia Rosacruz, para
qualquer outro período da vida. O sucesso que se obtém como resultado do dever
cumprido não será sempre a classe do êxito que você mesmo teria escolhido, mas
será o verdadeiro êxito sob o ponto de vista do Espírito, e isso é o que
importa. Ainda mais, examinado a seu tempo, este êxito se converterá em uma
forma tal que será facilmente reconhecida e admitida como a melhor. Entretanto,
você estará livre do temor e da ansiedade porque saberá, finalmente, que
"tudo" sairá BEM. Assim, por intermédio do poder do dever cumprido,
você se capacitará para VIVER PELA FÉ NO PODER INTERNO, que é o segredo
fundamental do êxito da vida, e no cumprimento das necessidades ordinárias da
existência material e espiritual. www.fraternidaderosacruz.org. Abraço. Davi
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