Rosa
Cruz. Livreto Introdutório aos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. www.fraternidaderosacruz.org.
TEMAS ROSA CRUZES. FRATERNIDADE ROSA CRUZ MAX HEINDEL. A Fraternidade Rosacruz
Max Heindel não é uma seita ou organização religiosa, mas sim uma grande Escola
de Pensamento. Sua finalidade precípua é divulgar a admirável filosofia dos
Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por Max Heindel (1865-1919),
escolhido para esse fim pelos Irmãos Maiores da Ordem Espiritual. I UMA BREVE HISTÓRIA DO MOVIMENTO ROSA CRUZ. A
Fraternidade Rosacruz é fundamentalmente uma Escola de reforma interna para a
humanidade, uma Escola de desenvolvimento das faculdades espirituais. Os
serviços da Fraternidade são mantidos com as contribuições voluntárias de
nossos estudantes e simpatizantes, que tem a oportunidade de ajudar de acordo
com suas posses e ditames do seu coração. Assim se cumpre a LEI DE DAR E
RECEBER. Lema e Missão ROSACRUZ: Uma MENTE PURA – Um CORAÇÃO NOBRE – Um CORPO
SÃO. UMA BREVE HISTÓRIA DO MOVIMENTO ROSACRUZ. A antiga Fraternidade Rosacruz
consistia de seres altamente espiritualizados, puros e de incomensurável
sabedoria. Eram alquimistas médicos e matemáticos, doze indivíduos do século
XIV, que foram orientados por um ser conhecido como "Cristão Rosa
Cruz". Esses seres trabalharam secretamente e formaram uma fraternidade
conhecida como "Ordem Rosacruz". Os conhecimentos de tal Ordem foram
ministrados à apenas alguns sábios, sendo que nada foi revelado até o ano de
1614, data da publicação da Fama Fraternitatis, o primeiro manifesto Rosacruz.
Essa sociedade secreta ainda existe e ainda trabalha pela elevação da
humanidade. Somente aqueles que possuem um amplo desenvolvimento espiritual são
admitidos como membros no círculo interno do movimento Rosacruz. Tais
"médicos da alma" engajados no controle interno deste grande movimento,
estão intimamente associados à evolução do mundo. Esses irmãos trabalham de
forma secreta, incansável e abnegadamente pelo bem da humanidade. Em 1908, Max
Heindel que era de origem dinamarquesa, após ser testado em sinceridade de
propósitos e desejo desinteressado em ajudar seus semelhantes, foi escolhido
como o mensageiro dos Irmãos Maiores, para transmitir os ensinamentos
Rosacruzes ao Ocidente, preparando a humanidade para a futura Era de
Fraternidade Universal. Por meio de intensa autodisciplina e devoção ao serviço
ele conquistou o status de Irmão Leigo (Iniciado) na exaltada Ordem Rosacruz.
Sob a direção dos Irmãos Maiores da Rosa Cruz, gigantes espirituais da raça
humana, Max Heindel escreveu o Conceito Rosacruz do Cosmos, um livro que marcou
época se tornando uma referência marcante para todos os pesquisadores da
tradição ocultista ocidental e aspirantes à espiritualidade. Por meio de seu
próprio desenvolvimento ele foi capaz de verificar por si mesmo muitos aspectos
dos ensinamentos recebidos dos Irmãos Maiores, sintetizados no Conceito
Rosacruz do Cosmos, fornecendo um conhecimento adicional mais tarde
corporificado em seus numerosos livros. Uma das condições básicas na qual os
Ensinamentos da Sabedoria Ocidental foram dados à Max Heindel era que nenhum preço
poderia ser estabelecido para eles. Tal condição foi fielmente observada por
ele até o fim de sua vida terrestre e tem sido cuidadosamente cumprida pelos
dirigentes da Fraternidade Rosacruz (The Rosicrucian Fellowship). Ainda que os
livros da Fraternidade sejam vendidos a preços acessíveis, que garantam a
continuidade de suas publicações, os cursos por correspondência e os serviços
devocionais e de cura são inteiramente gratuitos. A Fraternidade é mantida
através de doações voluntárias de seus estudantes e simpatizantes, não have ndo
taxas ou mensalidades obrigatórias. Passado um determinado tempo e estando
ainda tais ensinamentos sob a sua responsabilidade, foi instruído a retornar à
América e revelar ao público tais ensinamentos, até então secretos. Nessa
época, a humanidade tinha alcançado o estágio mais avançado da religião cristã,
quando os mistérios (que Cristo menciona em Mateus 13:11 e Lucas em 8:10)
tinham que ser ministrados à muitos e não apenas para alguns. Quando Max
Heindel chegou à América, ele publicou esses elevados conhecimentos em seu
livro "O Conceito Rosacruz do Cosmos" que foi traduzido em diversas
línguas e continua a ser editado em várias partes do mundo. Também estabeleceu
a Fraternidade Rosacruz como uma Escola Preparatória para a verdadeira, eterna
e invisível Ordem Rosacruz, a Escola de Mistérios do Mundo Ocidental. Ainda que
a palavra Rosacruz seja usada por várias organizações, a Fraternidade Rosacruz
não tem nenhuma conexão com estas. PRINCÍPIOS E FINALIDADE. A Fraternidade Rosacruz,
cuja sede mundial está situada em Mt. Ecclesia, Oceanside, California, foi
fundada em 1909 por Max Heindel, que organizou e dirigiu todos os seus
trabalhos até 1919, data de sua partida física. Sucedeu-o sua esposa senhora.
Augusta Foss Heindel (1865-1949), que durante trinta anos dirigiu a Obra a
frente de um Conselho Diretor. A Fraternidade Rosacruz é uma organização de
místicos cristãos compostas por homens e mulheres que estudam a Filosofia
Rosacruz segundo as diretrizes apresentadas no Conceito Rosacruz do Cosmos. Tal
Filosofia é conhecida como os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental e estabelece
uma ponte entre a ciência e a religião. Seus estudantes estão espalhados por
todo o mundo; mas sua Sede Internacional está localizada em Oceanside, California,
E.U.A. A Fraternidade Rosacruz não tem conexão com nenhuma outra organização.
Foi fundada durante o verão e outono de 1909, após um ciclo de conferências
proferido por Max Heindel em Seattle. Um Centro de Estudos foi formado e a Sede
da Fraternidade se localizou temporariamente naquela cidade. Providencias foram
tomadas para a publicação do Conceito Rosacruz do Cosmos. Com a publicação
deste trabalho a Fraternidade Rosacruz foi definitivamente estabelecida. A
Fraternidade Rosacruz Max Heindel não é uma seita ou organização religiosa, mas
sim uma grande Escola de Pensamento. Sua finalidade precípua é divulgar a
admirável filosofia dos Rosacruzes, tal como ela foi transmitida ao mundo por
Max Heindel, escolhido para esse fi m pelos Irmãos Maiores da Ordem Espiritual.
Seus ensinamentos projetam luz sobre o lado científico e o aspecto espiritual
dos problemas relacionados à origem e evolução do homem e do Universo. Tais
ensinamentos, contudo, não constituem um fim em si mesmo, mas um meio para o
ser humano tornar-se melhor em todos os sentidos, desenvolvendo assim o
sentimento de altruísmo e do dever, para o estabelecimento da Fraternidade
Universal. O fim a que se destina a Filosofia Rosacruz é despertar a humanidade
para o conhecimento das Leis Divinas, que conduzem toda a evolução do homem, e,
ainda: (1) explicar as fontes ocultas da vida. O homem, conhecendo as forças
que trabalham dentro de si mesmo, pode fazer melhor uso de suas qualidades; (2)
ensinar o objetivo da evolução, o que habilita o homem para trabalhar em
harmonia com o Plano Divino e desenvolver suas próprias possibilidades, ainda
desconhecidas para grande parte da humanidade; (3) mostrar as razões pelas
quais o Serviço amoroso e desinteressado ao próximo é o caminho mais curto e
mais seguro para a expansão da consciência espiritual. Foram publicados livros
e organizados Cursos por Correspondência para os aspirantes que desejam estudar
as verdades espirituais, mas como auxílio e não como fim em si mesmo, pois o
estudo, em si só, não basta. A teoria precisa da experiência, obtida mediante a
prática, para ser desenvolvida em sabedoria e poder. E, precisamente, a
Fraternidade Rosacruz destina-se a prestar a orientação necessária aos
aspirantes, para se chegar à aplicação da Lei Espiritual na solução dos
problemas individuais e coletivos. O Movimento Rosacruz, publica e mundialmente
iniciado pelo engenheiro Max Heindel, é fundamentalmente uma Escola de reforma
interna para a humanidade, uma Escola de desenvolvimento e expansão de
consciência, tratando de nossa origem espiritual e da finalidade de nossa
evolução. RELATIVO A OUTRAS SOCIEDADES ROSACRUZES. "É frequente recebermos
cartas de estudantes dizendo o que esta ou aquela sociedade pregam em relação a
uma determinada matéria e perguntam: o que há de verdadeiro nisso? Como
conciliar essas informações com nossos ensinamentos? Porque nossos ensinamentos
são diferentes? Gostaríamos de dizer, de uma vez por todas, que é impossível
responder a tais perguntas, porque não é política da Fraternidade Rosacruz
discutir os ensinamentos de outras sociedades. Divulgar nossos próprios
ensinamentos toma todo o nosso tempo e se nossa literatura for bem estudada, a
razão para estes ensinamentos será sempre encontrada. Não existe nenhuma
afirmação feita pela Fraternidade Rosacruz que não seja respaldada pela razão e
pela lógica e estamos sempre desejosos de reiterar e de intensificar esse
aspecto. Procuramos de todas as formas possíveis satisfazer aos estudantes, mas
não podemos tomar ao nosso cargo, rebater ou dar explicações sobre os
ensinamentos que integram outras sociedades." Max Heindel, “Ecos”,
setembro de 1914. Esta nota de Max Heindel representa a nossa política até hoje
e embora saibamos que possa existir um interesse natural em conhecer até que
ponto outras organizações ou sociedades diferenciam-se da nossa ou se
assemelham a ela, sentimos que a explicação mais satisfatória de objetivos,
propósitos, política, etc., só pode ser dada pela própria organização. A
FRATERNIDADE ROSACRUZ não tem nenhuma conexão com QUALQUER outra organização;
seguimos o exemplo de Max Heindel e limitamos nossa informação e ensinamentos
ao que foi divulgado na Filosofia Rosacruz, estando certos de que, lendo as
explicações dadas por Max Heindel, apreciarão a nossa atitude. “Considerando a
força e a potência da palavra humana podemos compreender, ainda que vagamente,
a potente magnitude da Palavra de Deus, o Fiat Criador”. Christian Rosenkreuz
(1378-1484) e a ORDEM DOS ROSACRUZES – Verdades Antigas em Roupagens Novas.
Nota-se entre o público um grande desejo de descobrir algo sobre a Ordem dos
Rosacruzes. Como em nossa civilização ocidental e até entre os nossos
estudantes, não se compreenda bem o importante lugar ocupado pelos Irmãos da
Rosacruz, é conveniente dar algumas informações autênticas sobre o assunto.
Tudo no mundo está sujeito à lei, inclusive nossa evolução, de modo que os
progressos espiritual e físico caminham de mãos dadas. O Sol é o doador de luz
física e, como sabemos, caminha aparentemente de Leste para Oeste trazendo luz
e vida a todas as partes da terra. Mas o Sol visível é apenas uma parte do Sol,
assim como o corpo visível é apenas uma pequena parte do homem composto. Há um
Sol invisível e espiritual cujos raios estimulam o crescimento anímico em todas
as partes da terra, assim como o Sol visível promove o crescimento da forma.
Este impulso espiritual também caminha na mesma direção do Sol físico, de leste
para oeste. Seiscentos ou setecentos anos A.C. uma nova onda de espiritualidade
iniciou-se nas margens ocidentais do Oceano Pacífico, para iluminar a nação
chinesa. Hoje em dia, milhões de habitantes do Celeste Império professam a
religião de Confúcio. Notamos o efeito posterior dessa onda na religião de
Buda, um ensinamento destinado a despertar as aspirações de milhões de hindus e
chineses ocidentais. Em seu curso para Oeste, surge entre os gregos mais
intelectuais, nas filosofias elevadas de Pitágoras (570 AC 495) e Platão (428
AC 347), e por último, invade o mundo ocidental e alcança os precursores da
raça humana, onde assume a elevada forma da Religião Cristã. O Cristianismo
abriu gradualmente seu caminho para Oeste até a costa do Oceano Pacífico, onde
vem reunindo e concentrando as aspirações espirituais. Ali alcançará um ponto
culminante, antes de prosseguir através do Oceano para inaugurar no Oriente um
despertar mais elevado e mais nobre, muito mais do que existente até agora
nessa parte da Terra. Assim como o dia e a noite, o verão e o inverno, o fluxo
e refluxo, seguem -se uns aos outros em ininterrupta sucessão, de acordo com a
lei dos ciclos alternantes, assim também a aparição de uma onda de despertar
espiritual em qualquer parte do mundo é seguida por um período de reação
material, a fim de que o desenvolvimento não se torne unilateral. Religião,
Arte e Ciência são os três meios mais importantes da educação humana e
constituem uma trindade na unidade, não podendo ser separada sem que se altere
o nosso ponto de vista sobre qualquer coisa que investiguemos. A verdadeira
Religião inclui, por sua vez, a ciência e a arte, porque ensina a viver uma
vida preciosa em harmonia com as leis da Natureza. A verdadeira Ciência é
artística e religiosa no mais elevado sentido porque nos ensina a reverenciar e
a nos conformar com as leis que governam nosso bem-estar, e explica por que a
vida religiosa conduz à saúde e à beleza. A verdadeira Arte é tão educativa
quanto a ciência e tão elevada em sua influência quanto a religião. Na
arquitetura encontramos a mais sublime representação das linhas de força
cósmica do universo. Imbui o observador espiritual de uma poderosa devoção e
adoração, nascida da respeitosa e inspirada concepção da esmagadora grandeza e
majestade de Deus. A escultura e a pintura, bem como a música e a literatura,
inspiram-nos com um transcendental encanto de Deus, o imutável manancial e meta
de todo este formoso mundo. Nenhuma outra coisa, a não ser tal ensinamento
integral, pode corresponder permanentemente às necessidades humanas. Houve um
tempo, na Grécia, em que a Religião, a Arte e a Ciência eram ensinadas
conjuntamente nos Templos de Mistérios. Mas, para o melhor desenvolvimento de
cada uma, tornou-se necessário separá-las durante algum tempo. A Religião
reinou suprema nas chamadas "idades negras". Durante esse tempo ela
escravizou a Ciência e a Arte, atando-as de mãos e pés. Depois veio o período
da renascença, quando a Arte floresceu em todos os seus domínios. Mas a
Religião era ainda muito forte, pelo que a Arte era frequentemente prostituída
a seu serviço. Por último, chegou a vez da Ciência moderna, que com mão de
ferro subjugou a Religião. Foi em detrimento do mundo que a Religião oprimiu a
Ciência. A Ignorância e a Superstição produziram males sem conta, mas o homem,
não obstante, abrigava então elevados ideais espirituais, e esperava uma vida superior
melhor. É infinitamente mais desastroso que a Ciência esteja sufocando a
Religião, porque agora até a Esperança, o último dom deixado pelos deuses na
Caixa de Pandora, pode desvanecer-se ante o Materialismo e o Agnosticismo. Tal
estado de coisas não pode continuar. Precisa haver uma reação. Se não a
Anarquia dominará o Cosmos. Para evitar tal calamidade a Religião, a Ciência e
a Arte devem reunir-se numa expressão do Bem, do Verdadeiro e do Belo, mais
elevada ainda do que fora antes da separação. Os acontecimentos futuros
projetam antecipadamente suas sombras. Quando os Grandes Guias da humanidade
viram a tendência para o ultra materialismo, que agora grassa no mundo
ocidental, tomaram certas medidas para enfrentá-lo e transmutá-lo. Não
desejaram destruir a Ciência florescente, conforme esta última vinha sufocando
a Religião, pois divisavam o resultado final que será o bem, quando uma Ciência
avançada tornar-se-á novamente colaboradora da Religião. Uma religião
espiritual porém, não pode unir-se com uma Ciência materialista, assim como o
azeite não pode misturar-se com a água. Portanto, medidas foram adotadas para
espiritualizar a Ciência e tornar científica a Religião. No século XIII um
elevado instrutor espiritual, usando o simbólico nome Christian Rosenkreuz –
CRISTÃO ROSACRUZ – pareceu na Europa para iniciar esse trabalho. Fundou a
misteriosa Ordem dos Rosacruzes objetivando lançar uma luz oculta sobre a
mal-entendida Religião Cristã, e para explicar o mistério da Vida e do Ser do
ponto de vista científico, em harmonia com a Religião. Muitos séculos
decorreram desde o seu nascimento como Christian Rosenkreuz, o Fundador da
Escola de Mistérios Rosacruzes, cuja existência é por muitos considerada um
mito. Todavia, seu nascimento como Christian Rosenkreuz marcou o princípio de
uma nova era na vida espiritual do mundo ocidental. Esse Ego excepcional tem
estado, desde então, em contínuas existências físicas, num ou noutro dos países
europeus. Toda vez que seus sucessivos veículos perdem sua utilidade, ou as circunstâncias
tornam necessária uma mudança de campo em suas atividades toma um novo corpo.
Ainda mais, hoje em dia está encarnado. É um Iniciado de grau superior, ativo e
potente fator em todos os assuntos do Ocidente, se bem que desconhecido para o
mundo. Trabalhou com os alquimistas séculos antes do advento da ciência
moderna. Foi ele que, por um intermediário, inspirou as agora mutiladas obras
de Bacon. Jacob Boehme (1575-1624) e outros receberam dele a inspiração que tão
espiritualmente iluminou suas obras. Nos trabalhos do imortal Goethe e nas
obras primas de Wagner encontramos a mesma influência. Todos os espíritos
intrépidos, que se recusam subordinar-se a qualquer ciência ou religião
ortodoxa, que fogem das escravi dões e procuram penetrar nos domínios
espirituais sem pretensões de glória ou de vaidade, tiram sua inspiração da
mesma fonte, como fez e faz o grande espírito que animou Christian Rosenkreuz.
Seu próprio nome é a corporificação da maneira e dos meios pelos quais o homem
atual é transformado em Divino Super-homem. Esse símbolo, C. R. C. ou CRISTÃO
ROSA CRUZ – mostra o fim e o objetivo da evolução humana, o caminho a ser
percorrido e os meios pelos quais alcançará essa meta. A cruz branca, os galhos
verdes da planta que a entrelaçam, os espinhos e as rosas vermelho-sangue,
ocultam a solução do Mistério do Mundo: a evolução passada do Homem, sua
constituição presente, e especialmente o segredo do seu futuro desenvolvimento.
Este segredo, que se oculta ao profano, é revelado ao Iniciado tanto mais
claramente quanto mais este se esforce, dia a dia, em construir para si mesmo a
mais valiosa de todas as gemas, a Pedra Filosofal - mais preciosa que o
diamante Kohinoor, mais preciosa ainda do que todas as riquezas terrestres! O
símbolo recorda-lhe como a humanidade, em sua ignorância, malbarata a todo
instante o autêntico material concreto que poderia usar na formação desse
tesouro inestimável. Para mantê-lo firme e verdadeiro através de todas as
adversidades, a Rosacruz se ergue ante ele como uma inspiração, como a gloriosa
realização que espera aquele que suplanta, e aponta Cristo como a Estrela da
Esperança, "os primeiros frutos", Que lavrou essa maravilhosa Pedra
enquanto habitava o corpo de Jesus. As investigações mostram que em todos os
sistemas religiosos sempre houve um ensinamento reservado ao clero, não
acessível à multidão. Cristo também falou ao povo em parábolas, mas só aos
discípulos explicou o significado que ocultavam, proporcionando-lhes assim uma
compreensão mais profunda e adequada às suas mentes desenvolvidas. Paulo dava
"leite" às criancinhas, ou membros mais novos da comunidade, mas
"carne" para os fortes, os que tinham estudado mais profundamente.
Assim, sempre tem havido um ensinamento interno e um ensinamento externo. Os
ensinamentos internos foram dados nas assim chamadas Escolas de Mistérios, as
quais modificam -se de tempos em tempos a fim de adaptarem-se às necessidades
dos povos entre os quais destinam-se a operar. A Ordem dos Rosacruzes não é
meramente uma sociedade secreta: é uma das Escolas de Mistérios. Os Irmãos são
Hierofantes dos Mistérios Menores, guardiões dos Sagrados Ensinamentos.
Constituem um poder espiritual muito mais potente na vida do Mundo Ocidental do
que qualquer governo visível, se bem que não interferem com a humanidade a
ponto de privá-la de seu livre arbítrio. Como a senda do desenvolvimento
depende em todos os casos do temperamento do aspirante, há sempre dois caminhos
a seguir: o místico e o intelectual. O místico geralmente carece de
conhecimentos intelectuais. Ele segue os ditames do seu coração e esforça-se
por fazer a vontade de Deus tal como a sente, elevando -se sem estar consciente
de qualquer meta definida, e por fim alcança o conhecimento. Na Idade Média as
pessoas não eram tão intelectuais como são hoje em dia. Assim, os que sentiam o
chamado para a vida superior seguiam geralmente o caminho místico. Nos últimos
séculos, contudo, desde o advento da ciência moderna, uma humanidade mais
intelectual povoou a Terra. A cabeça venceu completamente o coração, o
materialismo dominou todo o impulso espiritual e a maioria das pessoas que
pensam, não creem em nada que não possam tocar, provar ou manejar. Portanto, é
necessário apelar para o seu intelecto, a fim de que o coração possa crer
naquilo que o intelecto haja sancionado. Respondendo a esse anseio, os
Ensinamentos de Mistérios Rosacruzes visam correlacionar fatos científicos com
verdades espirituais. No passado esses ensinamentos eram mantidos em segredo
para todos, exceto para uns poucos Iniciados, e ainda hoje estão entre os mais
misteriosos e secretos do mundo ocidental. Todos os chamados
"descobrimentos" do passado, que pretendiam revelar os segredos dos
Rosacruzes, não foram mais do que fraude ou resultado de traição de algum
profano, que acidentalmente ou de outra maneira conseguiu captar fragmentos de
conversações, incompreensíveis para todos, menos para os possuidores da chave.
É possível viver-se sob o mesmo teto, em estreita intimidade, com um Iniciado
de qualquer escola, e ainda assim seu segredo permanecer oculto em seu peito,
até o amigo alcançar o ponto de poder converter-se num Irmão Iniciado. A
revelação dos segredos não depende da vontade do Iniciado, mas da qualificação
do aspirante. Como as demais Ordens de Mistérios, a Ordem dos Rosacruzes é
formada segundo linhas cósmicas: se, com esferas do mesmo tamanho, procurarmos
saber quantas são necessárias para cobrir e ocultar da vista uma delas, veremos
que são necessárias 12 para cobrir uma décima - terceira. A última divisão da
matéria física, o átomo verdadeiro que se encontra no espaço interplanetário,
está agrupado assim: doze em torno de um. Os doze signos do Zodíaco que
envolvem nosso sistema solar; os doze semitons da escala musical que contém a
oitava; os doze apóstolos que se agrupavam em torno de Cristo, etc., são outros
tantos exemplos desse agrupamento de doze e um. Por tal razão a Ordem dos
Rosacruzes é também composta de 12 Irmãos e mais um décimo - terceiro. Mas há
outras divisões que devem ser notadas. Como vimos, da Hoste Celestial de Doze
Hierarquias Criadoras que estiveram em atividade em nosso sistema evolutivo,
cinco se retiraram à liberação, ficando sete ocupadas com o nosso progresso
ulterior. Harmoniza-se com isso o fato de que o homem de hoje, o Ego Interno, o
microcosmo, atua externamente por meio de sete orifícios visíveis do seu corpo:
2 olhos, 2 ouvidos, 2 fossas nasais e a boca, estando os cinco orifícios
restantes total ou parcialmente fechados: as glândulas mamarias, o umbigo e os
dois órgãos de excreção. As sete rosas que adornam o nosso formoso emblema e as
cinco pontas da radiante estrela que lhes ficam atrás, simbolizam as doze
Grande Hierarquias Criadoras que têm ajudado o espírito humano evolucionante
através dos anteriores estados mineral, vegetal e animal, quando ainda carecia
de consciência própria e era incapaz de cuidar de si mesmo no mínimo grau.
Destas doze Hostes de Grandes Seres, três classes trabalharam sobre e com o
homem por sua livre vontade e sem nenhuma obrigação de fazê-lo. Essas classes estão
simbolizadas pelas três pontas da estrela do nosso emblema, que apontam para
cima. Mais duas dessas Grandes Hierarquias estão a ponto de retirar-se, sendo
simbolizadas pelas duas pontas da estrela que se irradiam do centro para baixo.
As sete rosas indicam que ainda existem sete Grandes Hierarquias Criadoras em
atividade no desenvolvimento dos seres da Terra. Como todas essas várias
classes, da menor à maior, não são mais do que partes de Um Grande Todo a quem
chamamos Deus, todo o emblema é um símbolo de Deus em manifestação. O axioma
Hermético diz: "Como em cima, assim é embaixo". Os instrutores
menores da humanidade estão também agrupados segundo as mesmas linhas cósmicas
de 7, 5, e 1. Há sobre a Terra sete escolas de Mistérios Menores, cinco de
Mistérios Maiores e o total está agrupado em torno de um Cabeça Central, que é
chamado o Libertador. Na Ordem dos Rosacruzes, sete Irmãos vêm ao Mundo toda
vez que as circunstâncias o requerem. Aparecem como homens entre os homens, ou
trabalham em seus veículos invisíveis com ou sobre os demais, conforme seja
necessário. Entretanto, deve-se te bem presente que jamais influenciam qualquer
pessoa contra sua vontade ou contra seus desejos. Apenas reforçam o bem aonde
quer que o encontrem. Os cinco Irmãos restantes nunca abandonam o Templo, e
ainda que possuam corpos físicos executam todo o seu trabalho nos mundos
internos. O Décimo Terceiro é o Chefe da Ordem, o elo com o Conselho Central
Superior, composto dos Hierofantes dos Mistérios Maiores, que não tratam absolutamente
com a humanidade comum, mas somente com os graduados nos Mistérios Menores. O
Cabeça da Ordem está oculto do mundo externo pelos Doze Irmãos, tal como a
esfera central do nosso exemplo anterior. Nem mesmo os discípulos da Escola o
vem, porém, nos serviços noturnos do Templo, sua presença é sentida por todos a
qualquer momento em que entre, sendo este o sinal para começarem a cerimônia.
Reunidos em volta dos Irmãos da Rosacruz, como seus alunos, há certo número de
"Irmãos Leigos", pessoas que vivem em diversas partes do mundo
ocidental e que são capazes de sair dos seus corpos conscientemente, comparecer
aos serviços e participar da obra espiritual no Templo. Foram
"iniciados" todos e cada um, no método de assim atuar, por um dos
Irmãos Maiores, sendo que a maioria é capaz de recordar tudo o que lhe
acontece. Todavia, alguns que adquiriram, em vida anterior dedicada ao bem, a
faculdade de deixar o corpo, têm o cérebro incapacitado a receber impressões do
trabalho executado pelo Ego fora do corpo em razão de alguma enfermidade
adquirida na presente existência, ou pelo hábito de tomarem drogas.
www.fraternidaderosacruz.org. Abraço
Davi.
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