Rosa
Cruz. www.fraternidaderosacruz.org.
Texto de Max Heindel (1865-1919). Livreto Introdutório aos Ensinamentos da
Sabedoria Ocidental. III. DESENVOLVIMENTO DA LUZ DO CRISTO INTERIOR. Max Heindel
estabelece que “todas as limitações devem ser abolidas antes de que possamos
esperar ter êxito na busca da Verdade”. Uma parede de credos inibe o fluxo da
luz universal e do conhecimento. Para encontrar a verdade "devemos deixar
para trás ao pai e à mãe, aos credos, dogmas, convencionalismos, opiniões
preconcebidas e desejos mundanos; não devemos temer entrar em conflito com as
autoridades estabelecidas, o que temos de fazer é seguir a voz interior,
através do fogo se for necessário." O Espírito da Verdade só pode ser
despertado em alguém que não tem medo e é livre." Max Heindel acrescenta
que nunca encontraremos a Verdade em seus livros ou nos de outros. Na medida em
que vamos atrás de mestres externos, simplesmente estamos desperdiçando a
energia - alerta ele. Os livros e os autores podem despertar nosso interesse e
urgir-nos a viver a vida, mas somente na medida em que façamos de seus
preceitos parte de nosso ser interior estaremos buscando na direção correta.
Onde buscaremos então a Verdade? Max Heindel disse que "Só há uma
resposta: dentro de nós”. Devemos aprender a seguir ao Cristo interno, e este
Cristo é diferente para cada pessoa. A autoconfiança é a virtude cardeal que se
requer que desenvolva cada aspirante à Escola de Mistérios do Ocidente. A
ninguém é permitido recostar-se em Mestres, nem seguir cegamente aos líderes.
Os Irmãos da Rosa Cruz procuram emancipar as almas que vêm a eles; os educam,
os fortalecem e os fazem seus colaboradores. Ninguém que seja um “encostado”
pode ao mesmo tempo ser um auxiliar: cada um deve aprender a permanecer
sozinho. Como vamos encontrar a Luz de Cristo dentro de nós? Devemos sintonizar
nossa natureza interior com as vibrações de Amor e viver uma vida de sacrifício
e de serviço. Devemos realizar o Exercício de Retrospecção para que aprendamos
a reconhecer nossos erros e a julgar entre o que é correto e incorreto. Devemos
aprender a realizar o Exercício de Concentração porque só na proporção em que a
mente esteja acalmada, o espírito se reflete a si mesmo no triplo corpo.
LIBERDADE INDIVIDUAL. O bebê deve engatinhar e cair; tem que levantar-se, cair
de novo e machucar-se. A experiência é desagradável, mas inevitável e
preferível às consequências de amarrar a criança a uma cadeira para evitar-se
que caia; suas pernas se tornarão inúteis. Por isso na Fraternidade Rosacruz
deve haver absoluta liberdade pessoal. Cada um deve aprender a dirigir seu
próprio destino e a ser o capitão de sua alma. É contrário ao Plano Divino
obrigar ao homem a fazer o que não quer fazer. A liberdade é a mais prezada
possessão da alma. Não há crime maior que amarrar a um ser humano de qualquer maneira.
Os Irmãos Maiores têm o cuidado para que os alunos não se sintam obrigados a
eles nem a ninguém. Os Irmãos Maiores nunca, sob nenhuma condição pedem
obediência a nenhuma ordem ou mandato para que seus pupilos façam isto ou
aquilo. Os Irmãos Maiores nunca urgem, nunca louvam nem criticam. A necessidade
deve surgir do interior de cada um. Dentro da Fraternidade Rosacruz, o
Instrutor recomendou que a rigidez da Organização se mantivesse a mais leve
possível, devido a que “na medida em que a livre vontade dos membros interfere,
não se anule o objetivo da Ordem Rosacruz, de promover a individualidade e a
autoconfiança. As leis e regulamentos são limitações e, por esta razão devem
ser tão mínimos quanto possível”. A Fraternidade Rosacruz deveria ser uma associação
inteiramente voluntária. Os membros não devem estar ligados por meio de
juramentos. Os membros devem permitir que os demais exerçam sua livre vontade,
sem forçar sua opinião sobre os demais e deve cuidar de não infringir os
direitos de ninguém. INICIATIVA INDIVIDUAL. Nós temos uma prerrogativa: por
sermos divinos deveríamos buscar oportunidades de iniciar ações e exercer os
poderes criativos. Se vemos que uma tarefa necessita ser feita, deveríamos
dizer-nos a nós mesmos: 22 Por que não eu? Necessitamos aprender a lição de
trabalhar por um propósito comum, sem liderança, cada um impulsionado pelo
Espírito do Amor, esforçando-nos desde dentro pela elevação física, moral e
espiritual do mundo. RESOLUÇÃO DE CONFLITOS. Mesmo que busquemos a Luz de Cristo
interiormente, nossa visão é ainda imperfeita. Portanto, indivíduos que exercem
seu direito ao livre pensamento podem encontrar que suas ideias entrem em
conflito com as de outros. Que fazer então? Max Heindel estabelece que o poder
não dá o direito e que "a vida inofensiva é um pré-requisito absolutamente
essencial para a vida de serviço”. A sagrada espada, que simboliza o pode r
criador no homem, incluído o poder da palavra, nunca deve ser usada para ferir,
só para curar e a amabilidade é um ideal pelo qual temos que esforçar-nos.
Portanto, os conflitos não se deve resolver pela força. Existe outro método. A
espada teve seu reinado na Era de Peixes, mas a ciência (Razão) reinará na Era
de Aquário - enfatiza ele sempre. O princípio de arbitramento das dificuldades
necessita ser estabelecido. e o tato e a diplomacia sempre são melhores que a
força. A paz é uma matéria de educação e para consegui-la a gente necessita
aprender a tratar aos demais com caridade, com justiça e de maneira aberta,
tanto em nível nacional como individual IRMANDADE UNIVERSAL. Max Heindel afirma
que "A Fraternidade está acima das diferenças raciais e se esforça por
unir a todos pelo laço do amor." e recomenda que as pessoas pratiquem a
Irmandade Universal nunca mencionando ou reconhecendo diferenças de
nacionalidade, porque todos somos um em Cristo. Urge a que olhemos mais além
das formas diferenciadas que cegam e não deixam ver a inalienável unidade de
cada alma com os demais, e a esquecer o aspecto às vezes pouco atraente de
nosso próximo e a buscar a essência divina oculta dentro de cada um. Max
Heindel acrescenta que enquanto permaneça atado por laços familiares,
nacionais, ou tribais, a pessoa está respondendo ao sangue antigo, às velhas
maneiras, que não se podem amalgamar com a Irmandade Universal. Esta só poderá
se materializar quando as pessoas se casem internacionalmente, porque quando
existem tantas nações a forma de uní-las é por meio do matrimônio individual.
Que possamos esforçar-nos para alcançar os objetivos da Era de Aquário tal como
Max Heindel delineou-nos. O PROBLEMA DA VIDA E SUA SOLUÇÃO. O PROBLEMA DA VIDA. Entre todas as
vicissitudes da vida, embora a experiência humana varie muito de indivíduo para
indivíduo, há um acontecimento que e inevitável para todos: a Morte! Não
importa qual seja a nossa posição social; se a vida que vivemos foi louvável ou
não; se nossa passagem entre os homens ficou marcada por grandes feitos; se
vivemos uma vida saudável ou de enfermidades; se fomos famosos e rodeados de
amigos ou obscuros e solitários, chegará um momento em que estaremos sós,
diante do portal da Morte, e seremos forçados a dar um salto no escuro. O
pensamento sobre esse salto e o que possa existir além, força toda criatura a
pensar. Nos anos de juventude e saúde, quando o barco da nossa vida navega nos
mares da prosperidade, quando tudo nos parece belo e brilhante, podemos por de
lado tal pensamento; mas certamente chegará um dia na vida de toda pessoa
sensata em que o problema da Vida e da Morte impor-se-á à sua consciência,
recusando -se a ser posto de lado. Nem será de grande proveito aceitar uma
solução preconcebida, forjada por qualquer um, sem reflexão e na base da fé
cega, porque esse é um problema fundamental que cada pessoa deve resolver por
si mesma, para ficar satisfeita. No limite oriental do Deserto do Saara está a
mundialmente conhecida Esfinge, com sua face impenetrável voltada para o Leste,
sempre saudando o Sol, quando seus primeiros raios anunciam um novo dia. Diz a
mitologia grega que era habito desse monstro formular um enigma a todo
viajante, devorando aqueles que não sabiam responder acertadamente. Mas quando
Édipo resolveu o enigma, a Esfinge destruiu-se a si mesma. O enigma que a
Esfinge propunha aos homens era o da Vida e o da Morte, uma questão que tinha
tanta importância naquele tempo quanto hoje, e para o qual cada um deve
encontrar uma resposta ou será devorado na mandíbula da morte. Mas, uma vez que
a pessoa tenha encontrado a solução para o problema, torna-se evidente que, na
realidade, a Morte não existe e aquilo que se parece com ela não passa da
mudança de um estado de existência para outro. Portanto, ao homem que encontra
a verdadeira solução para o enigma da vida, a Es finge da morte deixa de
existir e ele pode elevar sua voz num grito triunfante: "Oh Morte, onde
está o teu aguilhão? Oh tumulo, onde está a tua vitória?". Várias teorias
têm sido formuladas para se resolver esse problema da vida. Essas teorias podem
ser divididas em duas classes fundamentais: a teoria monística, que sustenta
que todos os fatos da vida podem ser explicados, tomando -se como base este
mundo visível no qual vivemos, e a teoria dualista, que explica uma parte
destes fatos por fenômenos da vida ocorridos em mundos que estão fora do
alcance da nossa visão física. No seu famoso quadro "A Escola de
Atenas", Rafael apresentou de uma forma muito hábil as atitudes dessas
duas escolas de pensamento. Vemos nesse maravilhoso quadro um átrio Grego,
semelhante aqueles em que os filósofos outrora costumavam congregar-se. Sobre
os diversos degraus que conduzem ao interior do edifício, vê-se um grande
número de homens mergulhados em profunda conversação, mas, no centro, no cimo
dos degraus, permanecem duas figuras que se supõe serem Platão (428 AC 347) e
Aristóteles (384 AC 322), um apontando para cima, o outro para a terra,
encarando-se mudos, mas com profunda e concentrada determinação, cada um
pretendendo convencer o outro de que sua opinião é a verdadeira, porque ambos
estão convictos em seu coração. Um deles sustenta que é feito do barro da
terra, que veio do pó, ao qual voltará; o outro advoga firmemente a ideia de
que há algo superior que sempre existiu e continuará existindo, não importa o
que possa acontecer ao corpo em que se vive agora. A questão de saber quem está
certo ainda se acha sem solução para a grande maioria da humanidade. Milhões de
toneladas de papel e muita tinta foram gastas em tentativas inúteis de
chegar-se à resolução da questão com argumentos, mas permanecerá a interrogação
para todos que não solucionaram o enigma por si mesmos, porque esta é uma
questão fundamental, faz parte da experiência da vida de cada ser humano
resolvê-la e, portanto, ninguém pode nos dar a solução final para a nossa
satisfação. Aqueles que realmente solucionaram esse problema, tudo o que podem
fazer é mostrar aos outros o caminho que os levou a encontrar a solução e,
desse modo, conduzir o investigador para que também possa pelos próprios
esforços chegar a uma conclusão. Esta é a finalidade deste pequeno livro. Não
se pretende oferecer uma solução para o problema da vida, para que ela seja
aceita cegamente, pela confiança na capacidade de investigação do autor. Os
ensinamentos aqui expostos foram oferecidos por meio da Grande Escola Ocidental
de Mistérios Ordem Rosacruz, e são o resultado dos testemunhos de grande número
de videntes exercitados, e que foram comunicados ao autor e suplementados por
sua investigação pessoal dos planos atravessados pelo Espírito na sua jornada
cíclica, desde o mundo invisível até este plano de existência e o seu retomo.
Não obstante, adverte-se o estudante de que o autor pode ter entendido de modo
errado alguns dos ensinamentos e de que, apesar do maior cuidado que teve, pode
ter tomado algum ângulo errôneo daquilo que acredita ter visto no mundo
invisível, no qual as possibilidades de se equivocar são múltiplas. Aqui, no
mundo que nos cerca, as formas são fixas, não mudam facilmente; mas no mundo ao
nosso redor, perceptível somente à visão espiritual, podemos dizer que não
existe realmente a forma e que tudo ali e vida. Para ser mais exato, as formas
são tão mutáveis que as metamorfoses descritas nos contos de fadas ocorrem ali
com uma frequência impressionante e, por esta razão, temos as surpreendentes
revelações de médiuns e clarividentes inexperientes que, embora honestos, são
enganados pela ilusão da forma, que é efêmera, por serem incapazes de ver a
vida, que constitui a base permanente da forma. É preciso que aprendamos a ver
nesse mundo. A criança de poucos meses ainda não consegue avaliar bem o espaço
e pretende apanhar objetos que estão fora do seu alcance, até que aprenda a
calcular as distâncias. Uma pessoa cega que readquire a capacidade da visão por
uma operação, no princípio estará inclinada a fechar os olhos quando for de um
lugar para outro, e dirá que, para ela, e mais fácil caminhar pelo tato do que
pela visão, devido ao fato de que ainda não aprendeu a usar sua nova faculdade.
Do mesmo modo, a pessoa cuja visão espiritual se tenha manifestado
recentemente, precisa de treinamento e, neste caso, a instrução é ainda mais
necessária do que à criança e ao cego já mencionados. Negar a alguém essa
instrução seria o mesmo que colocar uma criança recém-nascida num berçário onde
as paredes fossem recobertas por espelhos de diferentes curvaturas, côncavos e
convexos, que retorcessem e de figurassem sua própria imagem e a dos que a
assistem. Se uma criança crescesse em tal ambiente e não lhe fosse possível ver
a forma real das coisas, a sua e a dos companheiros, naturalmente acreditaria
que as formas reais seriam aquelas deformadas que se habituou a ver, quando, na
realidade, os espelhos seriam os causadores dessa ilusão. Se a criança e as
pessoas envolvidas numa experiência desta índole fossem um dia retiradas desse
lugar ilusório, não seriam capazes de reconhecer as formas naturais até que
fossem devidamente treinadas para isso. Aqueles que desenvolveram a visão
espiritual estão expostos a sofrer tais ilusões, até que sejam instruídos para
ajustar-se à distorção e ver a vida, que é permanente e estável, desprezando a
forma, que é evanescente e instável. O perigo de ver as coisas fora de foco
permanece sempre e é tão sutil que o autor sente o dever imperativo de advertir
aos leitores para que tomem todas as suas citações referentes aos mundos
invisíveis com a maior cautela, pois ele não tem a menor intenção de enganar
ninguém. Sente -se, antes, inclinado a aumentar do que a diminuir suas próprias
limitações, e aconselharia o estudante à não aceitar nada do que o autor
escreveu sem primeiro raciocinar por si mesmo. Desse modo, se ele se enganar,
ter-se-á enganado sozinho, não podendo censurar o autor por isso. TRÊS TEORIAS
DA VIDA. Apenas três teorias dignas de consideração são apresentadas como
soluções ao enigma da existência e, com o propósito de que o leitor possa fazer
a importante escolha entre elas, passamos a apresenta-las resumidamente, dando
alguns dos argumentos que nos levam a defender a doutrina do Renascimento como
o método que favorece o desenvolvimento da alma e a aquisição final da
perfeição, oferecendo a melhor solução ao problema da vida. 1) A TEORIA
MATERIALISTA ensina que toda a vida e apenas uma curta jornada do berço ao
tumulo, que não há no Cosmos inteligência superior à do homem, que sua mente e
produto de certas correlações da matéria, e que, portanto, a existência termina
com a morte e a dissolução do corpo. Houve dias em que os argumentos dos
filósofos materialistas pareciam convincentes, mas, à medida que a ciência
avança, descobre-se mais e mais evidências de que há um lado espiritual no
Universo. Que a vida e a consciência possam existir sem que disso nos seja dado
evidência alguma foi plenamente comprovado nos casos de pessoas que se
encontravam em transe profundo, consideradas como mortas durante vários dias e
que despertaram repentinamente, contando tudo o que se passou em torno do seu
corpo durante o transe. Cientistas eminentes, tais como Sir Oliver Lodge
(1851-1940), Camille Flammarion (1842-1925), Cesare Lombroso (1835-1909), e
outros homens de inteligência brilhante e capacidade cientifica, declararam
inequivocamente, como resultado de suas investigações, que a inteligência que
chamamos homem sobrevive à morte do corpo e continua vivendo em torno de nós,
independentemente de a vermos ou não, como a luz e a cor existem em torno de uma
pessoa cega, independentemente do fato dessas pessoas percebe-las ou não. Esses
cientistas chegaram a essa conclusão depois de muitos anos de cuidadosa
investigação. Eles descobriram que os chamados mortos podem, e o fazem em
determinadas circunstâncias, comunicar-se conosco, de tal forma que qualquer
engano a este respeito é inadmissível. Sustentamos que tal testemunho é muito
mais valioso do que o argumento do materialismo, porque é baseado sobre anos de
investigação cuidadosa e porque está em harmonia com Leis tão bem conhecidas
como a Lei da Conservação da Matéria e a Lei da Conservação da Energia. A mente
é uma forma de energia e está imune a destruição, contrariamente ao que afirma
o materialista. Portanto, podemos por de lado a Teoria materialista, por
considera-la imprópria devido ao fato de ela não se harmonizar com as Leis da
Natureza e com fatos bem estabelecidos. 2) A TEORIA TEOLÓGICA proclama que,
justamente antes de cada nascimento, é criada por Deus uma alma e está entra no
mundo, onde vive por um tempo que varia desde poucos minutos até um número não
muito grande de anos; que no final desse curto espaço de vida, ela retorna,
passando pelo portal da Morte ao invisível Além, onde permanece para sempre,
num estado de felicidade ou de sofrimento, conforme as ações que tenha
praticado em seu corpo durante os poucos anos em que aqui viveu. Platão
insistia na necessidade de uma definição clara dos termos como base de um
argumento, e nos confirmarmos que isso é tão necessário ao tratar-se do problema
da vida, do ponto de vista da Bíblia, como o é para os argumentos platônicos.
De acordo com a Bíblia, o homem é um ser composto, que consta de Corpo, Alma e
Espírito. Os dois últimos termos são, frequentemente, tomados como sinônimos,
mas nós insistimos em que não podem ser tomados um pelo outro e, para sustentar
nossa afirmação, apresentamos a explicação a seguir. Todas as coisas estão em
estado de vibração. As vibrações dos objetos que nos rodeiam estão
constantemente agindo sobre nós e trazem aos nossos sentidos o conhecimento do
mundo exterior. As vibrações do éter atuam sobre os nossos olhos, para que
possamos ver, e as vibrações do ar transmitem os sons aos nossos ouvidos.
Também respiramos ar éter que, desse modo, estão carregados das imagens e sons
do nosso ambiente, e assim, pelo ato da respiração, recebemos internamente um
quadro completo do ambiente que nos rodeia, em todos os movimentos da nossa
vida. Esta é uma proposição cientifica. A ciência não explica o que acontecerá
com essas vibrações, mas, de acordo com os Ensinamentos dos Mistérios
Rosacruzes, elas são transmitidas ao sangue e se gravam sobre um pequeno átomo
no coração, tão automaticamente como são produzidas, na película sensível, as
imagens cinematográficas, ou como se gravam os sons num disco. Esse registro
tem início com a primeira inalação de ar da criança recém-nascida, e termina
somente com o ultimo estertor do homem moribundo; a "alma" é um
produto da respiração. O Gênesis também mostra a relação entre a respiração e a
alma, nas seguintes palavras: "E o Senhor Deus formou o homem do pó da
terra e soprou em suas narinas o sopro da vida; e o homem se fez uma alma
vivente." (A mesma palavra: nephesh (hebraico) é traduzida como respiração
e como alma, na passagem citada.) Na existência post-mortem dispõe -se do
registro respiratório. Os bons atos da vida produzem sentimentos de prazer e a
intensidade da atração incorpora-os ao Espírito, como poder anímico. Por
conseguinte, o registro respiratório dos bons atos é a Alma que se salva e que,
pela união com o espírito, se torna imortal. Acumulando -se esse Bem, vida após
vida, nos tornamos mais ricos de alma, e, como consequência, isso também e a
base do crescimento anímico. O registro dos nossos maus atos também se processa
por meio da nossa respiração, nos momentos em que os cometemos. Cada um desses
atos maus produzem dor e sofrimento para o espírito no Purgatório, e só depois
de o espírito ter conseguido expiá-los é que esses atos se apagam do registro
respiratório. Como essa parte da alma não pode viver independentemente do seu
espírito vivificante, o registro da respiração correspondente aos nossos
pecados se desintegra pelo expurgo e, desse modo, podemos verificar que "a
alma que peca, morrerá". A recordação do sofrimento que se produz por
ocasião da purgação permanece, entretanto, com o espírito, como consciência,
para nos conter se tentarmos repetir os mesmos maus atos em vidas posteriores.
Dessa forma, todos os atos, bons ou maus, são registrados pela ação da
respiração, que é, portanto, a base da alma; mas, enquanto os registros da
respiração dos bons atos se amalgamam com o espírito, e nele vivem para sempre
como alma imortal, o registro respiratório dos maus atos se desintegra e essa é
a alma que peca e morre. Ao mesmo tempo que a Bíblia afuma que a imortalidade
da alma está condicionada as boas obras, nenhuma distinção faz com respeito ao
espírito. A afirmação é clara e conclusiva quando se diz que: "Ao
partir-se o cordão prateado... então o pó voltara a terra, de onde veio, e o espírito
voltara a Deus, que o deu." A Bíblia ensina que o corpo é feito de pó, ao
qual voltara, e que uma parte gerada pela respiração é perecível, mas que o
espírito sobrevive à morte do corpo e persiste para sempre. Portanto, uma
"alma perdida", na acepção comum do termo, não é ensinamento bíblico,
porque o espírito não foi criado e é eterno como o próprio Deus e, por isso, a
Teoria Teológica ortodoxa não pode ser verdadeira. 3) A TEORIA DO RENASCIMENTO,
ensina que cada espírito e uma parte integrante de Deus, que contém em si todas
as potencialidades divinas – assim como
a bolota contém o carvalho – que, por meio de muitas existências em corpos
terrestres, de contextura gradualmente mais perfeita, seus poderes latentes vão
sendo desenvolvidos lentamente e se tornam utilizáveis como energia dinâmica; e
que ninguém pode perder-se, mas sim que todos, por fim, alcançarão a perfeição
e a reunião com Deus, levando cada um consigo a experiência acumulada, como
fruto de sua peregrinação através da matéria. Ou, então, como podemos dizer em
forma poética: Parei na página 28 – Somos Eterno. www.fratenidaderosacruz.org.br.
Abraço. Davi
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