Rosa
Cruz. www.fraternidaderosacruz.org.
Livreto Introdutório aos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental. Fraternidade Rosa
Cruz. Texto de Max Heindel (1865-1919). INICIAÇÃO. Sobre a iniciação tem-se
geralmente a ideia de que é apenas uma cerimônia pela qual alguém se converte
em membro de uma sociedade secreta e que, na maioria dos casos, pode ser
conferida a qualquer um disposto a pagar certo preço ou soma em dinheiro. Se é
verdade que seja assim a chamada iniciação em ordens fraternais e também na
maioria das ordens pseudo-ocultistas, a opinião é completamente errônea quando
aplicada às iniciações nos vários graus das verdadeiras Fraternidades Ocultas,
conforme uma rápida compreensão dos verdadeiros requisitos exigidos e de sua
razoabilidade, logo esclarecerão. Em primeiro lugar, o ouro não serve como
chave para o Templo. Toma-se em conta o mérito, não o dinheiro, pois o mérito
não se adquire num dia: é o produto acumulado das boas ações passadas. De modo
geral, o candidato à iniciação é totalmente inconsciente de que é candidato.
Quase sempre vive sua vida na comunidade, servindo ao seu próximo durante dias
e anos, sem outro pensamento para o futuro, até que um dia aparece em sua vida
o instrutor, um Hierofante dos Mistérios Menores, apropriado ao país em que ele
reside. Até esse momento o candidato esteve cultivando internamente certas
faculdades, acumulando certos poderes para servir e ajudar, dos quais é quase
sempre inconsciente ou não sabe como usar corretamente. A tarefa do iniciador é
então muito simples: mostra ao candidato as faculdades latentes, os poderes
adormecidos, e inicia-o no seu uso: explica-lhe ou demonstra-lhe pela primeira
vez como o candidato pode despertar essa energia estática, convertendo-a em
poder dinâmico. A iniciação pode efetuar-se por meio de uma cerimônia ou não.
Mas observe -se particularmente que ela é a culminação inevitável de
prolongados esforços espirituais do candidato, sejam conscientes ou não, e
positivamente nunca pode realizar-se até que, no requerido desenvolvimento
interno, tenham sido acumulados os poderes latentes que a Iniciação ensina a
empregar dinamicamente, assim como apertar o gatilho de uma arma descarregada
não produz nenhuma explosão. Não se deve temer tampouco que o instrutor deixe
de reparar em alguém que alcançou o desenvolvimento requerido. Toda ação boa e
desinteressada aumenta enormemente a luminosidade e o poder vibratório da aura
do candidato, de modo que, tão seguramente como o ímã atrai a agulha, assim
também o brilho da aura luminosa atrairá o instrutor. Naturalmente é impossível
descrever num livro dado ao público em geral os estágios de Iniciação Rosacruz.
Fazer isso seria um abuso de confiança, o que, ademais, seria impossível por
falta de palavras adequadas para expressar os fatos. Não obstante, é permitido
fazer um esboço geral e mostrar o propósito da iniciação. Os Mistérios Menores
dizem respeito somente à evolução da humanidade durante o Período Terrestre.
Nas primeiras três e meia Revoluções da onda de vida em torno dos sete globos,
os Espíritos Virginais não haviam ainda adquirido consciência. Por isso
ignoramos como chegamos a ser o que somos hoje. O candida to precisa, pois, ser
esclarecido pelos Hierofantes sobre o assunto durante o período de iniciação.
No primeiro grau, sua consciência é dirigida à página da Memória da Natureza
que contém os registros da primeira revolução, na qual recapitula-se o
desenvolvimento do Período de Saturno. Aí ele permanece em plena posse da sua
consciência diária, sabe e recorda os fatos da vida do século XX, mas está
agora observando conscientemente os progressos da evolucionante hoste de
espíritos virginais, da qual era uma unidade na Revolução de Saturno. Desse
modo aprende como no Período Terrestre foram dados os primeiros passos para a
meta da realização, que será revelada num grau posterior. Tendo aprendido a
lição, tal como praticamente descrita no Capitulo X do Conceito Rosacruz do
Cosmos, o candidato adquiriu conhecimento direto sobre este assunto, e posse em
contato direto com as Hierarquias Criadoras em sua atividade com e sobre o
homem. Tornou-se assim capaz de apreciar seus esforços benéficos no mundo e,
até certo ponto, de pôr-se em linha com eles, convertendo-se de fato num
colaborador. Quando chega o tempo de passar ao segundo grau, ele é
semelhantemente levado a dirigir sua atenção às condições da segunda Revolução
do Período Terrestre, conforme registradas na Memória da Natureza. Então, em
plena consciência, observa os progressos alcançados nesse tempo pelos Espíritos
Virginais, tal como Peter Ibbetson (o herói da obra "Peter Ibbetson",
de Jorge du Maurier (1834-1896), cuja leitura recomendamos por ser uma
descrição gráfica de certas fases de subconsciência) observava sua vida infantil
durante as noites em que "sonhava de verdade". No terceiro grau o
discípulo segue a evolução da terceira Revolução, ou Lunar, e no quarto grau vê
os progressos feitos na metade da quarta Revolução, metade acabada de passar.
Há porem outro passo a mais em cada grau: o discípulo vê também, além do
trabalho executado em cada revolução, a obra realizada na época correspondente
durante a nossa estada no Globo D, a Terra. Durante o primeiro grau ele segue a
obra da Revolução de Saturno e sua última consumação na Época Polar. No segundo
grau ele acompanha o trabalho da Revolução Solar e sua réplica, a Época
Hiperbórea. Durante o terceiro grau, ele observa a obra realizada na Revolução
Lunar e vê como esta foi a base da vida na Época Lemúrica. Durante o quarto
grau, ele vê a evolução da última meia-Revolução com seu correspondente período
de tempo em nossa estada sobre a Terra, a primeira metade da Época Atlante, que
terminou quando a atmosfera densa e nebulosa prescipitou-se e o sol começou a
brilhar pela primeira vez sobre a terra e o mar. Então terminou a noite de
inconsciência, os olhos do Ego interno abriram-se por completo e pôde dirigir a
Luz da razão para o problema da conquista do Mundo. Foi aí que nasceu o homem
tal como hoje o conhecemos. Quando, nos antigos sistemas de iniciação, dizia-se
que o candidato era mergulhado em transe durante um período de três dias e
meio, isso era apenas uma referência a essa parte da iniciação que acabamos de
descrever: os três dias e meio referem-se a estágios passados, não sendo absolutamente
dias de vinte e quatro horas. O tempo empregado varia de um para outro
candidato, mas em todos os casos ele é sempre conduzido através do
desenvolvimento inconsciente da humanidade durante as Revoluções passadas.
Quando se diz que ele é despertado ao nascer do sol do quarto dia, usa-se a
forma mística de expressar que sua iniciação, na obra da carreira
involucionária do homem, cessou quando o sol elevou sobre a clara atmosfera da
Atlântida. Então o candidato é saudado como "primogênito". Tendo-se
familiarizado com o caminho percorrido no passado, o quinto grau leva o
candidato ao final do Período Terrestre, no qual uma humanidade gloriosa estará
recolhendo os frutos deste Período, levando-os consigo dos sete globos sobre os
quais evolucionamos em cada Dia de Manifestação, ao primeiro dos cinco globos
obscuros que são nossa habitação durante as Noites Cósmicas. O mais denso deles
está situado na Região do Pensamento Abstrato, e é em realidade o
"Caos" de que se fala nas páginas anteriores. Este globo é também o
Terceiro Céu. Quando Paulo fala de ter sido levado ao Terceiro Céu, onde viu
coisas que não podia revelar, referia-se a experiências equivalentes às do
quinto grau dos Mistérios Rosacruzes atuais. Uma vez mostrada a finalidade do
quinto grau, em que o candidato familiaríza-se com os meios pelos quais essa
finalidade há de ser atingida durante as três Revoluções e meia restantes do
Período Terrestre, os quatro graus restantes são dedicados a seu esclarecimento
sobre o assunto. Por meio da percepção assim adquirida ele é capaz de cooperar
inteligentemente com os Poderes que trabalham para o Bem, tornando -se apto
para apressar o dia da nossa emancipação. Para evitar más interpretações
desejamos esclarecer aos estudantes que não somos Rosacruzes pelo fato de
estudarmos seus ensinamentos, nem tampouco nossa admissão ao templo
qualifica-nos a adotarmos esse título. O autor, por exemplo, é somente um irmão
leigo, um discípulo, e sob nenhuma circunstância denominar-se-ia a si próprio
Rosacruz. Ao concluir o curso primário um rapaz não está, por isso, capacitado
para ministrar esse curso. Deve primeiro frequentar o curso ginasial e a
universidade, podendo ainda acontecer que não se sinta inclinado a ser um
professor. De modo semelhante, na escola da vida, o fato de um homem ter-se
graduado na Escola de Mistérios Rosacruzes não significa necessariamente que
ele já seja um Rosacruz. Os graduados nas várias escolas de mistérios menores
escalam as cinco escolas de mistérios maiores onde, nas quatro primeiras passam
pelas Quatro Grandes Iniciações. Por último alcançam o Libertador, recebendo
conhecimentos relativos a outras evoluções. Então, é-lhes dado escolher entre
ficar aqui para ajudar seus irmãos ou entrar noutra evolução como Auxiliares.
Aos que escolhem ficar aqui como Auxiliares são dadas diversas tarefas, de
acordo com seus gostos e inclinações naturais. Os Irmãos da Rosacruz estão
entre estes compassivos seres, de modo que é um sacrilégio arrastar o nome
Rosacruz no lodo, usando-o como título próprio, quando nada mais somos do que
estudantes de suas elevadas doutrinas. Durante os últimos séculos os Irmãos têm
trabalhado pela humanidade ocultamente. Cada noite, à meia-noite, há um serviço
no Templo. Os Irmãos Maiores, assistidos pelos irmãos leigos que podem deixar
seu trabalho no mundo (pois muitos deles moram em lugares em que ainda é dia
quando no local do Templo Rosacruz é meia-noite), colhem de todas as partes do
Mundo Ocidental os pensamentos de sensualidade, avareza, egoísmo e
materialismo. Então procuram transmutá-los em puro amor, benevolência,
altruísmo e aspirações espirituais, enviando-os de volta ao mundo para elevação
e fortalecimento do Bem. Não fora esse potente manancial de vibrações
espirituais o materialismo já teria esmagado totalmente todo esforço
espiritual, pois nunca houve idade mais obscura, do ponto de vista espiritual,
do que os últimos trezentos anos de materialismo. Agora, entretanto, chegado os
tempos dos esforços secretos serem suplementados por um esforço mais direto, promulga-se
um ensinamento definido, lógico e consequente, relativo à origem, à evolução e
ao desenvolvimento futuro do mundo e do homem, apresentando-se ao mesmo tempo
os aspectos espiritual e científico: um ensino que não faz afirmação alguma
irreconciliável com a razão ou a lógica; que satisfaz à mente, pois apresenta
uma solução razoável a todos os mistérios; que não pede nem evita perguntas,
oferecendo explicações lúcidas e profundas ao mesmo tempo. Mas, e este é um
"Mas" muito importante, os Rosacruzes não consideram a compreensão
intelectual de Deus e do Universo como um fim em si mesma. Longe disso! Quanto
maior o intelecto tanto maior o perigo de empregá-lo mal. Portanto, este ensino
científico, lógico e completo, é dado para que o homem possa crer em seu
coração naquilo que sua cabeça tenha sancionado, e para que comece a viver uma
vida religiosa. SIMBOLOGIA. Quando investigamos o significado de qualquer mito,
lenda ou símbolo de valor oculto, é absolutamente necessário entendermos que,
assim como todo objeto do mundo tridimensional deve ser examinado de todos os
ângulos para dele obtermos uma compreensão completa, igualmente todos os
símbolos têm também certo número de aspectos. Cada ponto de vista revela uma
fase diferente das demais, e todas merecem igual consideração. Visto em toda
sua plenitude, este maravilhoso símbolo contém a chave da evolução passada do
homem, sua presente constituição e desenvolvimento futuro, mais o método de sua
obtenção. Quando ele se apresenta com uma só rosa no centro, simboliza o
espírito irradiando de si mesmo os quatro veículos: os corpos denso, vital, de
desejos e a mente significando que o espírito entrou em seus instrumentos,
convertendo -se em Espírito Humano interno. Mas houve um tempo em que essa
condição ainda não havia sido alcançada, um tempo em que o tríplice espírito
pairava acima dos seus Veículos, incapaz de neles entrar. Então a cruz
erguia-se sem a rosa, simbolizando as condições prevalecente no começo da terça
parte da Época Atlante. Houve também um tempo em que faltava o madeiro superior
da cruz. A constituição humana era pois, representada pela Tau (T), isto na
Época Lemúrica, quando o homem só dispunha dos corpos denso vital e de desejos
e carecia de mente. O que predominava então era a natureza animal. O homem
seguia os seus desejos sem reserva. Anteriormente ainda, na Época Hiperbórea,
só possuía os corpos denso e vital, faltando o de desejos. Então o homem em
formação era análogo às plantas: casto e sem desejos. Nesse tempo sua
constituição não podia ser representada por uma cruz. Era simbolizada por uma
coluna reta, um pilar ( I ). Este símbolo foi considerado fálico, indicando a
libertinagem do povo que o venerava. Por certo é um emblema de geração, mas
geração não é absolutamente sinônimo de degradação. Longe disso. O pilar é o
madeiro inferior da cruz, símbolo do homem em formação, quando era análogo às
plantas. A planta é inconsciente de toda paixão, desejo, e inocente do mal.
Gera e perpetua sua espécie de modo tão puro, tão casto, que propriamente compreendida
é um exemplo para a decaída e luxuriosa humanidade, a qual deveria venerá-la
como um ideal. Aliás, o símbolo foi dado às raças primitivas com esse objetivo.
O Falo e o Yona, empregado nos Templos de Mistério da Grécia, foram dados pelos
Hierofantes com esse espírito. No frontispício do templo colocavam-se as
enigmáticas palavras: "Homem, conhece a ti mesmo". Este lema, bem
compreendido, é análogo ao da Rosacruz, pois mostra as razões da queda do homem
no desejo, na paixão e no pecado, e dá a chave de sua liberação do mesmo modo
que as rosas sobre a cruz indicam o caminho da libertação. A planta é inocente,
porém não virtuosa. Não tem desejos nem livre escolha. O homem tem ambas as
coisas. Pode seguir seus desejos ou não, conforme queira, para aprender a
dominar-se. Enquanto foi como as plantas, um hermafrodita, ele podia gerar por
si, sem cooperação de outrem; mas ainda que fosse tão inocente e tão casto como
as plantas era também como elas, inconsciente e inerte. Para poder avançar,
necessitava que os desejos o estimulassem e uma mente o guiasse. Por isso, a
metade de sua força criadora foi retida com o propósito de construir um cérebro
e uma laringe. Naquele tempo o homem tinha a forma arrendondada. Era curvado
para dentro, semelhante a um embrião, e a laringe atual era então uma parte do
órgão criador, aderindo à cabeça quando o corpo tomou a forma ereta. A relação
entre as duas metades pode -se ver ainda hoje na mudança de voz do rapaz,
expressão do polo positivo da força geradora, ao alcançar a puberdade. A mesma
força que constrói outro corpo, quando se exterioriza, constrói o cérebro
quando retida. Compreende -se isso claramente ao sabermos que o excesso sexual
conduz à loucura. O pensador profundo sente pouquíssima inclinação para as
práticas amorosas, de modo que emprega toda sua força geradora na criação de
pensamentos, ao invés de desperdiçá-la na gratificação dos sentidos. Quando o
homem começou a reter a metade de sua força criadora para o fim já mencionado,
sua consciência foi dirigida para dentro, para construir órgãos. Ele podia ver
esses órgãos, e empregou a mesma força criadora, então sob a direção das
Hierarquias Criadoras, para planejar e executar os projetos dos órgãos, assim
como agora a emprega no mundo externo para construir aeroplanos, casas,
automóveis, telefones, etc.. Naquele tempo o homem era inconsciente de como a
metade daquela força criadora se exteriorizava na geração de outro corpo. A
geração efetuava-se sob a direção dos Anjos, que em certas épocas do ano,
agrupavam os humanos aptos em grandes templos, onde se realizava o ato criador.
O homem era inconsciente desse fato. Seus olhos ainda não tinham sido abertos,
e embora fosse necessária a colaboração de uma parceira, que tivesse a outra
metade ou o outro polo da força criadora indispensável à geração, cuja metade
ele retinha para construir órgãos internos, em princípio não conhecia sua
esposa. Na vida ordinária o homem estava encerrado dentro de si, pelo menos no
que tangia ao Mundo Físico. Isto, porém, começou a mudar quando foi posto em
Intimo contato, como acontece no ato gerador. Então, por um momento, o espírito
rasgou o véu da carne, e Adão conheceu sua esposa. Deixou de conhecer-se a si
mesmo quando sua consciência se concentrou mais e mais no mundo externo, perdendo
ele sua percepção interna, a qual não poderá ser readquirida plenamente
enquanto necessitar da cooperação de outro ser para criar, e não tenha
alcançado o desenvolvimento que lhe permita utilizar de novo e voluntariamente
toda sua força criadora. Então voltará a conhecer-se a si mesmo, como no tempo
em que atravessava o estágio análogo ao vegetal, mas com esta importantíssima
diferença: usará sua faculdade criadora conscientemente, e não será restringido
a empregá-la só na procriação de sua espécie mas poderá criar o que quiser.
Outrossim, não usará os seus atuais órgãos de geração: a laringe, dirigida pelo
espírito, falará a palavra criadora através do mecanismo coordenador do
cérebro. Assim, os dois órgãos, formados pela metade da força criadora, serão
os meios pelos quais o homem se converterá finalmente em um criador
independente e autoconsciente. Mesmo presentemente o homem já modela a matéria
pela voz e pelo pensamento ao mesmo tempo, como vimos nas experiências
científicas em que os pensamentos criaram imagens em placas fotográficas, e
noutras em que a voz humana criou figuras geométricas na areia, etc.. Em
proporção direta ao altruísmo que demonstre, o homem poderá exteriorizar a
força criadora que retiver. Isto lhe dará maior poder mental e capacita-lo a
utilizar-se de tal poder na elevação dos demais, ao invés de intentar
degradá-lo e sujeitá-los à sua vontade. Aprendendo a dominar-se, cessará de
tentar dominar aos outros, salvo quando o fizer temporariamente para o bem
deles, jamais para fins egoísticos. Somente aquele que se domina está
qualificado para orientar aos demais e, quando necessário, é competente para
julgá-los no modo que melhor lhes convenha. Vemos, portanto, que a seu devido
tempo o atual modo passional de geração será substituído por um método mais
puro e mais eficiente que o atual. Isto também está simbolizado pela Rosacruz,
em que a rosa se situa no centro, entre os quatro braços. O madeiro mais
comprido representa o corpo; os dois horizontais, os dois braços; e o madeiro
curto superior representa a cabeça. A rosa está colocada no lugar da laringe.
Como qualquer outra flor, a rosa é o órgão gerador da planta. Seu caule verde
leva o sangue vegetal, incolor e sem paixão. A rosa vermelho-sangue mostra a
paixão que inunda o sangue da raça humana, embora na rosa propriamente dita o
fluido vital não seja sensual, mas sim casto e puro. Ela é, por conseguinte,
excelente símbolo dos órgãos geradores em seu estado puríssimo e santo, estado
que o homem alcançará quando haja purificado e limpo seu sangue de todo desejo,
quando se tenha tornado casto e puro, análogo a Cristo. Por isso os Rosacruzes
esperam ardentemente o dia em que as rosas floresçam na cruz da humanidade; por
isso os Irmãos Maiores saúdam a alma aspirante com as palavras de saudação
Rosacruz: "Que as Rosas Floresçam em Vossa Cruz"; e por isso está
saudação é usada nas reuniões dos Núcleos da Fraternidade pelo dirigente,
ocasião em que os estudantes, probacionistas e discípulos presentes respondem à
saudação dizendo: "E na vossa também". Max Heindel definiu que
"A Fraternidade Rosacruz foi encarregada pelos Irmãos Maiores da missão de
promulgar o Evangelho da Era de Aquário, e conduzir uma campanha de educação e
iluminação, de modo que o mundo possa preparar-se para o que o espera".
Frequentemente ele reiterou que a Fraternidade Rosacruz é o arauto da Era de
Aquário. A Era de Aquário será uma época na qual o Cristo haja nascido em cada
indivíduo. Aquário é governado por Urano e Urano promove a independência. Por
isso, as pessoas aspirarão à liberdade na Era de Aquário, época que será
promovido o desenvolvimento da originalidade, da criatividade e a atividade
pioneira. A espada teve seu reinado na Era de Peixes, mas a ciência e a razão
regerão na Era de Aquário. Aquário também é governado por Saturno e Saturno
promove a diplomacia e a justiça. Daí que na Era de Aquário, quando se
apresente um conflito se apelará à razão para encontrar uma solução lógica e
justa. A Era de Aquário também estimulará o desenvolvimento do amor que tudo o
abarca e do altruísmo. Max Heindel apresenta uma série de indicações que são
como direções para as quais as criaturas necessitam mover-se se tiverem
realmente compreendido os Ideais Aquarianos. O propósito deste artigo é tabular
algumas dessas indicações. www.fraternidadarosacruz.org. Abraço. Davi..
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