Religião
Afro-brasileira. Texto de Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico Curador.
Médium F. Rivas Neto. Capítulo doze. UMBANDA E SUA HIERARQUIA — Hierarquia
Divina — Hierarquia no Cosmo Espiritual — Hierarquia no Reino Natural —
Hierarquia Galática — Hierarquia Solar — Numerologia Sagrada — Os Números:
Aspectos Geométricos e Qualitativos. Filho de Fé, após nossos apontamentos
ligeiros sobre as 7 Linhas ou Vibrações Originais, abordemos agora a HIERARQUIA
dentro da Corrente Astral de Umbanda, iniciando nossos estudos pela Hierarquia
do Cosmo Espiritual, até chegarmos ao nosso planeta. No capítulo em que
tratávamos da Deidade ou Divindade Suprema, dissemos que no Cosmo Espiritual
existia, como realidade única, o Ser Espiritual em consciência, percepção,
inteligência, etc. Nesse mesmo Cosmo Espiritual havia uma realidade acima de
todos os Seres Espirituais, sendo essa a realidade absoluta, o Supremo
Espírito, o Qual denominamos, sem defini-lo ou limitá-lo, como Deus. Assim,
nesse Cosmo Espiritual, a Suprema Luz Espiritual estende suas Vibrações
Espirituais aos primeiros 7 Puros Espíritos, na chamada Coroa Divina, ou seja,
aquelas Potestades de Sublime Luz que estendem suas Vibrações a todos os Seres
do Cosmo Espiritual. São os 7 Espíritos Virginais por nós denominados ORISHAS
VIRGINAIS. Ainda no Cosmo Espiritual ou Reino Virginal, esses 7 Orishas
Virginais estendem suas Vibrações àqueles que seriam Senhores e Reguladores do
Karma Causal e toda sua sistemática evolutiva, inimaginável para nós; Arcano
Divino de domínio único da Deidade. Seriam pois os Senhores das Causas do Karma
Causal, sendo denominados ORISHAS CAUSAIS. Eram e são reguladores daqueles que
tinham superado o Enigma Causal por cima, fazendo-os ascender na escala
evolutiva dentro do karma causal, a qual é infinita. Descendo na Hierarquia do
Cosmo Espiritual, encontramos os Orishas Refletores. São Refletores da Luz
Espiritual, dos Orishas do Karma Causal. São esses Orishas Refletores que
preparam a via, condições e locus cósmicos para os Seres Espirituais que no
Reino Virginal ou Cosmo Espiritual não conseguem superar o Enigma Causal,
necessitando uma Segunda Via de Evolução, naquilo que já explicamos como reino
natural ou universo astral. Esses Orishas Refletores enviam suas Vibrações
particulares aos chamados Orishas Originais, que são os Senhores do Karma Constituído,
isso já no universo astral, sendo pois Senhores de todos os Seres Espirituais
que desceram ao universo astral. Com esses ORISHAS ORIGINAIS inicia-se a
Hierarquia Cósmica ou do Universo Astral, sendo Eles, pois, os SENHORES DO
UNIVERSO ASTRAL, os 7 Espíritos Representantes dos Orishas Refletores. Com
esses 7 Orishas Originais inicia-se também a Lei que regula as relações dos
Seres Espirituais, agora astralizados, no Reino Natural, na energia
diferenciada em seus 7 estados. Esses mesmos Orishas Originais são os
responsáveis não só pela aferição da descida, mas também da subida ou ascensão,
onde o Ser Espiritual desvincula-se de seus 7 veículos de manifestação do mundo
das energias condensadas em vários níveis, ou de massa positiva, aniquilando-a
pela passagem no mundo da energia de massa negativa ou anti matéria. Descendo
ainda na Escala Hierárquica, teremos os ORISHAS SUPERVISORES. São esses 7
Espíritos que são os Senhores das Galáxias, coordenando toda a sistemática
evolutiva dentro das mesmas. São as POTESTADES MÁXIMAS DAS GALÁXIAS,
supervisionando as Leis Universais, as quais são aplicadas aos diversos
sistemas solares através dos Orishas Intermediários, que são os Senhores dos
Tribunais Solares, como são também os representantes diretos do Verbo Divino,
através dos Orishas Ancestrais, Senhores Detentores de toda a Hierarquia
Planetária. São as Potestades Máximas do Planeta. São os 7 Espíritos
Planetários, difusores do Verbo Divino, sendo supervisionados pela Hierarquia
Crística. Não nos esqueçamos que o CRISTO JESUS, da Hierarquia Crística
Cósmica, é o Tutor Máximo de nosso planeta e, com toda a sua Hierarquia,
supervisiona os 7 Orishas Ancestrais e todas as humanas criaturas que estão
debaixo de suas Faixas Espirituais ou Vibrações Originais. Os 7 ORISHAS
ANCESTRAIS (todos Seres Espirituais da pura Raça Vermelha), são aqueles que
conhecemos em nossa Corrente Astral de Umbanda como ORIXALÁ, OGUM, OXOSSI,
XANGÔ, YORIMÁ, YORI e YEMANJÁ. Vimos anteriormente que os 7 Orishas Ancestrais
são também chamados de Senhores das 7 Vibrações Originais, pois na verdade.
Eles representam os Orishas Originais, aqui em nossa casa planetária. Após a
representação esquemática de toda a Hierarquia Divina, desde o Cosmo Espiritual
até um planeta do universo astral, entremos sem mais delongas na Hierarquia da
Umbanda, no Movimento Umbandista da atualidade. Já vimos que os 7 Orishas ou
Vibrações Originais que conhecemos como Orixalá, Ogum, Oxossi, Xangô, Yorimá,
Yori e Yemanjá são denominados Orishas Ancestrais. Esses Donos Vibratórios de
cada Linha ou Vibração Original também promovem suas Hierarquias dentro do
planeta Terra e, em especial, no nosso caso, na Corrente Astral e Humana de
Umbanda. Assim é que, dentro da Faixa Vibratória Espiritual do Orisha
Ancestral, temos 3 Planos que se subdividem em 7 Graus ou Vibrações
descendentes. Desse modo, o Orisha Ancestral promove a Hierarquia de lº Plano.
Chamemos essas Entidades de Orishas, pois são Senhores da Luz, Luz como
Evolução, Sabedoria, Amor e Conhecimento, relativos ao nosso sistema
planetário. Esses Orishas, Entidades de lº Plano dentro da Faixa Vibratória do
Orisha Ancestral, subdividem-se em 3 Graus. O Orisha de 7º Grau é o chamado
chefe de legião. O Orisha de 6º Grau é o chamado chefe de falange. O Orisha de
5º Grau é o chamado chefe de subfalange. Essas Entidades são pois as Detentoras
da Luz. No 2º Plano, que só tem um Grau, o 4º Grau, chamamos as Entidades de
Guias, os quais são os Refletores da Luz dos Orishas. É o chamado chefe de
grupamento. No 3º Plano, que como o 1º Plano subdivide-se em 3 Graus, 3º, 2º e
1º Graus, chamamos as Entidades atuantes de Protetores, que são os Executores
da Luz, os chamados integrantes de grupamentos. Como veremos ainda neste
capítulo, esses 3 Plano se associam também com o grau mediúnico das humanas
criaturas, veículos de Entidades Espirituais que militam na Corrente Astral de
Umbanda. Médiuns de karma missionário ou iniciados superiores têm como
Entidades Espirituais dirigentes de seu mediunismo as Entidades de lº Plano ou
Orishas, quer no 7º, 6º ou 5º Grau, dependendo do evolutivo alcançado pelo
médium Iniciado. Esses, quando recebem a assistência de Entidades no Plano ou
Orisha de lº Grau, positivamente podem ser chamados de Médiuns Magistas
Superiores ou Babalawô (Babá — Pai; Awô — vem de Raô, assim, o termo correto
seria Babaraô, termo que já vimos quando falamos sobre os Ifaraô, Awô —
Mistério, Segredo, Luz, portanto Mago). São também chamados de Mestres de
Iniciação, pois são os únicos que podem iniciar, ordenar e consagrar, estendendo
a cobertura astral sobre um Filho de Fé, dando-lhe condições para seguir sua
tarefa, seja ela qual for, desde a mais simples até a mais completa, ou seja, a
de ser um Mestre de Iniciação de 7º Grau de 3º Ciclo e Médium-Magista ou Mago.
Médiuns de karma evolutivo têm como Entidade dirigentes de seu mediunismo as
Entidades de 2º Piano ou no 4º Grau, que é dos Guias. São também Iniciados, mas
não são magos; podem ser magistas, isto é, receberam de seus Iniciadores a
outorga da manipulação leve de certos ângulos da magia etérico-física.
Aprenderam com seus Mestres de Iniciação encarnados, ao contrário do mago, que
interpenetra as regiões do astral e os seus próprios arquivos vivos de várias
reencarnações, além de terem filiação direta com a Confraria dos Magos Brancos,
Augusta Confraria sediada no 7º Plano do Astral Superior. Esses médiuns
poderiam na verdade ser chamados de Babarishi (baba — Pai; rishi — Sábio), nome
que atualmente vulgarizou-se no termo Babalorisha, todos usando esse grau
sacerdotal sem terem a qualificação e a cobertura precisa, que vem pelo astral
superior por meio de uma Entidade de profundos conhecimentos. Como dissemos,
esse termo hoje vulgarizou-se, sendo que muitos, bastando abrir um terreiro, já
se autodenominam de Babalorisha, quando não o fazem com o título de Babalawô.
Neste exato momento, faz-se necessário que esclareçamos que de maneira alguma
esses termos são originários do solo ou astral africano. Já o dissemos em
capítulos anteriores, mas reafirmamos agora, que esses vocábulos são de origem
Abanheenga, isto é, da pura Raça Vermelha. Tanto isso é verdade que aqui em
terras do Baratzil pronunciava-se Tubabaraô. Perdeu-se o fonema tu, sendo
pronunciado na Índia baba e na África, muito a posteriori, também babá
(significando pai). Assim, com todo o respeito que nos merecem os adeptos dos
Cultos de Nação Africana, que também dão aos seus sacerdotes o nome de
Babalorisha ou Babalaxé e, raramente, Babalawô (não existem mais, nos
praticantes dos Cultos de Nação, nem aqui no Brasil e muito menos na África),
achamos justo que se dê a origem real desses termos, que como vimos são da Raça
Vermelha, a qual surgiu primeiramente aqui no Baratzil. Veremos no capítulo que
trata da iniciação que o verdadeiro Mago, Babalawô ou Mestre de Iniciação é
conhecedor do verdadeiro Oponifá e da Lei de Pemba e esses raríssimos Babalawôs
de alto nível estão na Corrente Humana de Umbanda. Por ora é só. No 3º Plano
estão os médiuns de karma probatório, aqueles que são veículos das Entidades no
plano de Protetores, em seus diversos graus ou sub graus. Esses médiuns podem,
quando têm em sua cobertura astral um Protetor Superior, ser iniciado nos
pequenos mistérios e ter o comando vibratório de um templo em que basicamente
são movimentados os aspectos da pura mediunidade e aspectos leves de magia,
movimentados pelo Protetor Superior, nunca pelo médium sem aval. E óbvio que
nesses terreiros os demais médiuns estão também debaixo de um karma probatório
e seus Mentores são auxiliares do Protetor Superior dirigente do terreiro. Não
obstante o plano em que se encontram os aparelhos mediúnicos (cavalos), todos
podem passar pelos processos iniciáticos, mas de acordo com o grau de
entendimento e segundo o alcance vibratório mediúnico de cada um, o qual deverá
ser seguido à risca, para que não se danifiquem as estruturas mento astrais do
médium, o que sem dúvida trará prejuízos incalculáveis sobre sua constituição
mento astrofísica, podendo prolongar-se os danos por uma ou mais reencarnações.
Colocar sobre as costas de alguém um peso para o qual o mesmo não veio
preparado a suportar é querer vê-lo afundar fragorosamente. Isso seria desumano
e desleal; portanto, o critério, a caridade e o bom senso devem nortear os
dirigentes na orientação e no preparo adequado daqueles que de fato sejam
médiuns da Corrente Astral de Umbanda. Prepará-los corretamente quer dizer dar
condições a eles para que possam exercer seu mediunismo em paz e serenamente,
dentro de seu grau exclusivamente. Bem, esperamos ter deixado claro esses
aspectos, que em futura obra particular desdobraremos, embora voltemos a citar
esses fatores quando falarmos sobre a Iniciação na Sagrada Corrente de Umbanda,
ainda nesta obra, em capítulo futuro. Relembrando então o que tentamos expor
sobre a mediunidade e sua hierarquia, esquematizaremos para melhor entendimento
dos Filhos de Fé e do leitor amigo. Assim o fazemos para clarear o entendimento
dos Filhos de Fé que peregrinam pelos milhares de terreiros e cabanas, muito
principalmente aqueles que têm o comando vibratório, ou mesmo aquele que não
tenha mas queira se inteirar das minúcias da hierarquia da Umbanda, adquirindo
conhecimentos para melhor servir, pois Iniciação não é disputa, não é status e
nem muito menos meio ou fim para extravasar orgulho, vaidade ou egoísmo. Quem
assim pensa e age seguramente está muito distante da Iniciação e mais longe de
ser um verdadeiro Iniciado. Iniciar-se deve ser o anseio daquele que tem no
Espírito o querer servir desinteressadamente, pois tem respeito e amor pelo seu
semelhante. O Iniciado na verdade entende que seu conhecimento não é para ser
ostentado, nem muito menos para sobrepujar quem quer que seja, mas sim para
servir e orientar seus irmãos ainda distanciados não só das grandes Verdades
Universais, mas das Verdades Elementares, que custam a ser assimiladas pela
grande massa popular. O verdadeiro Iniciado é simples, humilde, nunca é soberbo
e muito menos vaidoso. Sempre acha que nada sabe e se alguma coisa sabe é por
obra da Misericórdia Divina e sua Hierarquia. Quanto mais se é Iniciado, mais
interesse existe pelos simples e ignorantes. Busca o Iniciado meios sinceros e
verdadeiros de elevá-los a níveis superiores de consciência, fazendo isso de
maneira simples e sem afetação. E, Filho de Fé, relembremos Oxalá, que como
MAGO DOS MAGOS, não deixou de pregar para as grandes massas populares as
Verdades Universais, como também falava a seus discípulos mais diretos em
linguagem iniciática, visando preparar a continuação de sua tarefa-missão. Após
esses lembretes aos Filhos de Fé, façamos o esquema que dissemos que faríamos:
• MÉDIUNS MISSIONÁRIOS — KARMA MISSIONÁRIO — assistidos pelos ORISHAS — São
raros na atualidade do Movimento Umbandista. São os chamados Mestres de
Iniciação que têm a outorga de manipular a magia etérico física ou a alta
magia, a teurgia, através de seus seletos e secretos rituais. Manipulam o
Oponifá e Lei de Pemba ou Grafia dos Orishas, sendo portanto sacerdotes que
podem ser denominados babalawôs — raríssimo — 1 ou 2 na atualidade do Movimento
Umbandista (o 2° está no ápice de sua Iniciação).* Além da incorporação,
utilizamos suas outras faculdades, principal mente a sensibilidade psico astral
ou a clarividência apurada. São veículos de nossas instruções à coletividade
umbandista. Não obstante nossa cobertura, são os mais visados pelas correntes
das trevas e suas hostes satanizadas, em virtude de se oporem às suas ações e
trabalhos nefastos. São os verdadeiros médiuns-magistas, que quando no 7° Grau
são denominados magos ou babalawôs. • MÉDIUNS EVOLUTIVOS — KARMA EVOLUTIVO —
assistidos pelas Entidades no Grau de GUIAS — Embora se encontrem em maior
número do que os médiuns de karma missionário, mesmo assim são raros,
considerando-se o grande número de médiuns na faixa umbandista e mesmo de
outros setores filo mediúnicos. São também Iniciados dentro de seus graus — são
os sacerdotes de iniciação, que também poderiam ser chamados de verdadeiros
babalorishas (como dissemos, termo hoje em dia tão vulgarizado e adulterado em
seu sentido real e verdadeiro). Podem atuar em movimentos leves da magia
astrofísica, sendo auxiliares diretos dos Mestres de Iniciação — Magos. Seus
Templos são simples, sem ostentação. Usam do mediunismo real de que são
possuidores para incrementar a fé e a confiança nas humanas criaturas que acorrem
aos seus terreiros. Seus trabalhos são positivos, pois os fazem com
conhecimento de causa e invariavelmente dão certo, atraindo um número maior de
crentes — que, a par de melhorar vão adquirindo conceitos mais puros e
verdadeiros sobre a Corrente Astral de Umbanda. Há nesses terreiros doutrina
para o corpo mediúnico, com aulas, palestras, tudo visando incrementar a
evolução das humanas criaturas médiuns, dando-lhes também condições de evoluir
e melhor servir seu próximo através do aprimoramento mediúnico. Seus trabalhos
e movimentos são leves mas eficientes. Há verdadeiros magos do astral
assistindo-os. Muitos desses médiuns, pelos seus próprios méritos, conseguem a
outorga do astral superior para movimentar o magismo, credenciando-se a receber
a cobertura maior que vem pelo Orisha Chefe da sub falange que ordena o Guia do
tal dito médium. Como dissemos, infelizmente ainda são raros no Movimento
Umbandista da atualidade. Esperemos tranquilamente, mas trabalhando, que eles
aumentem em número, o que sem dúvida será um novo marco de progresso e evolução
para a nossa coletividade. Entendemos que de quarenta anos passados até os
nossos dias atuais, muito progresso já foi conseguido, muitas arestas foram
aparadas, muitos reforços de ordem humana desceram através do reencarne. Vieram
Seres Espirituais com tarefas determinadas, misturando-se no meio da massa
umbandista e foram eles que logo que puderam começaram a lançar conceitos que
começaram a mudar a mentalidade então vigente. O processo é lento, mas
contínuo, é uma tremenda luta da luz do entendimento contra as trevas da
ignorância que ainda campeiam por esses terreiros afora. Mas como dissemos no
início, em nossa primeira fase, a fase de Ogum, chamaríamos a todos e num
futuro selecionaríamos. Estamos ainda na fase do chamamento, mas já estamos
lançando a doutrina através de uns e outros médiuns cujo karma os qualifica
como Missionários ou Evolutivos. MÉDIUNS PROBATÓRIOS — KARMA PROBATÓRIO —
assistidos pelas Entidades no Grau de PROTETORES — São o maior número de
contingentes no Movimento Umbandista da atualidade. São auxiliares
importantíssimos dos médiuns evolutivos. Em geral, estão como auxiliares nos
terreiros, não obstante poderem também ter seus templos. Quando têm seus
templos, os mesmos ainda necessitam ter uma pequena amalgamação, ou seja, o
sincretismo ainda é vigente, mas sem desmandos. Seus médiuns sabem que as
imagens que representam os Orishas servem para os crentes fixarem suas
correntes mentais, pois ainda muitos deles não conseguem abstrair, precisando
de imagens e estátuas que concretizem ou predisponham seus conscienciais às
coisas do espiritual no terreiro. Usam a vestimenta branca e são muito simples
em tudo que fazem. Seus médiuns podem até usar guias sugestivas, mas nada de
excessos. Não há atabaques nem palmas. Nunca há a tão famigerada e deletéria
matança de animais, seja de 2 ou 4 patas, nem para o desmancho de trabalhos e
muito menos para louvar seus Orishas ou Entidades afins. Não confundi-los com
os sub planos desses terreiros, que em verdade são a grande maioria, a qual
mistura muitos ritos ameríndios com os de origem africana, atraindo muitos
Seres do submundo astral, mas que mesmo assim, no futuro, alcançarão o
entendimento de que só o Bem é definitivo e todos, direta ou indiretamente, encaminham-se
para ele. Assim, o terreiro com comando vibratório de um Protetor, com seu
médium em karma probatório é, em geral, positivíssimo nos primeiros passos para
todos aqueles que querem adentrar no conhecimento da Ciência do Espírito. São
transformações importantíssimas. São planos de transição mental, que
seguramente vão mudar a postura da sociedade brasileira; é só aguardarmos.
Assim, damos muita assistência e valor a esses terreiros, verdadeiras Unidades
Luz que iluminarão as consciências atormentadas e desorientadas, que amanhã
serão os orientadores do futuro. Que Oxalá os abençoe a todos. Nosso saravá
sincero pelo devotamento e abnegação, aos manos Protetores em seu trabalho
redentor. Que suas forças cubram seus Filhos de Fé. Oxalá já os acobertou e os
abençoou de há muito. Bem, Filho de Fé, em linhas singelas vimos a Hierarquia
da Corrente Humana afeita ao Movimento Umbandista da atualidade. Vejamos
também, de forma bem simples, a Hierarquia relacionada com a NUMEROLOGIA
SAGRADA, referente à Corrente Astral de Umbanda. Como já mostramos, o número
relacionase com as próprias leis, sendo expressões delas. Tudo neste Universo
obedece às qualidades e quantidades. Assim, vejamos os números da Corrente
Astral de Umbanda, na certeza de que começaremos a entender suas sábias e
imutáveis Leis. Iniciemos pelo Orisha Ancestral ou Vibração Original, que se
expande em Planos e Graus. Exemplifiquemos uma Vibração Original e entenderemos
as seis demais. * Em cada linha, como já vimos, temos 7 Orishas ditos de Intermediação
ou Menores. Exemplificaremos um deles, dentro de uma linha, e entenderemos os
demais. Que o Filho de re entenda que expressamos apenas 1 Orisha de
Intermediação (Orisha Menor) de uma Vibração Original. Vejamos pois o que
encontraremos na Numerologia Sagrada do Orisha. Assim, temos no 1° Plano o
número 3 — os 3 graus em que se entrosam os ditos Orishas de Intermediação. É o
Ternário Superior. No 2a Plano o número 1 — o único grau que expressa a
Vibração do Guia. Somado ao Ternário Superior dá o Quaternário (3 + 1). No 3°
Plano temos também o número 3 — os 3 graus em que se entrosam os Protetores. É
o Ternário Inferior. Se somado ao número 1 do Guia, voltamos ao Quaternário,
isto é, o Guia é o Intermediário entre as ordens de cima e as execuções por
baixo. Se somarmos simplesmente o número que representa os Orishas com o número
que representa os Guias e o número que representa os Protetores, teremos: 3 + 1
+ 3 = 7 gerou o Setenário ou as 7 Vibrações ou Graus Descendentes desse Orisha.
Nós vimos apenas um Orisha de Intermediação ou Menor de uma Vibração Original
do Orisha Ancestral. Se multiplicarmos por 7, teremos o total de Entidades
dentro de uma faixa vibratória. Vejamos pois essa expansão. Em cada linha
temos: 1º PLANO — ORISHA MENOR 7° Grau — Chefes de Legiões
.......................... 1 x 7 = 7 6° Grau — Chefes de
Falanges.......................... 7 x 7 = 49 5° Grau — Chefes de Subfalanges
............... 49 x 7 = 343 399 2° PLANO — GUIAS 4° Grau — Chefes de
Grupamentos............. 343 x 7 = 2.401 2.401 3o PLANO — PROTETORES 3o Grau
Chefes Integrantes de Grupamentos .............................................
2.401 x 7 = 16.807 2o Grau Subchefes Integrantes de Grupamentos
.......................................... 16.807 x 7 = 117.649 1o Grau
Integrantes de Grupamentos ............. 117.649 x 7 = 823.543 957.999. Vejamos
primeiro o total de Entidades que estão debaixo de um Orisha de Intermediação.
Citemos como exemplo o Caboclo Urubatão da Guia da Vibratória de Orixalá. 57 +
343 + 136.857 = 137.257 137.257 = 1+3 + 7 + 2 + 5 + 7 = 25 = 2 + 5 = 7.
Somando-se ou centralizando-se segundo a Numerologia Sagrada, chegamos no
Setenário, número sagrado que representa a Lei, ou seja, esse Orisha Menor,
assim como os demais, representa ou é detentor da Lei Universal. Também
significa os 7 Graus ou 7 Vibrações Descendentes desse Orisha. Continuemos e
vejamos a Numerologia Sagrada dentro da Vibração de Orixalá no total: Entidade
debaixo da Vibratória de Orixalá: 399 + 2.401 + 957.999 = 960.799 960.799 = 9 +
6 + 0 + 7 + 9 + 9 = 40 = 4 + 0 = 4 Dentro da Vibração de Orixalá, como das
demais 6, encontraremos o 4, o quaternário; são os 4 pilares do Conhecimento
Uno, da Proto Síntese Relígio Científica, ou seja, cada Orisha Ancestral é
Senhor dos Elementos.* Bem, Filho de Fé, vamos mais avante. Iniciamos por um
Orisha Menor de 1 linha, depois vimos a linha toda, falta-nos ver agora o
conjunto das 7 Linhas da Umbanda. 1º PLANO — ORISHAS MENORES Se em cada linha
temos 399 Orishas, nas 7 linhas teremos 399 x 7 = 2.793. 2º PLANO — GUIAS Se em
cada linha temos 2.401 Guias, nas 7 linhas teremos 2.401 x 7 = 16.807. 3º PLANO
— PROTETORES Se em cada linha temos 957.999 Protetores, nas 7 linhas teremos
957.999 x 7 = 6.705.993. Vejamos Plano a Plano como se entrosam esses números
que expressam quantidades e qualidades. Assim, observamos que
quantitativamente, no lº Plano, encontramos o 3, que qualitativamente
representa-nos o Ternário superior (os 3 Graus Descendentes dos Orishas). Em
expansão, o Ternário determina o Quaternário, ou seja, os Guias. Somando os
algarismos dos 2 Planos, temos ou chegamos no Setenário, esse composto do
Ternário Superior mais o Quaternário. Partindo do Quaternário compreendido no
produto 16.807, vamos encontrar, por expansão em 7, três vezes o produto
6.705.993, que determina os Protetores, produto esse que somado em si revela o
Ternário Inferior, como já foi visto. Vejamos o produto dos três Planos
novamente somados: Somando-se os algarismos chegamos na Unidade ou Lei. Eis,
pois, de forma simplista, a Numerologia Sagrada ou a Lei Sagrada — o Aumbandan.
Antes de encerrarmos, temos algo importante a dizer, mas comecemos pela
Numerologia Decimal, e vejamos seus significados e sua relação com os 7 Orishas
Ancestrais ou as 7 Vibrações Originais. NÚMERO 1 (ORIXALÁ)— associado à unidade
geométrica, que o ponto é a Unidade — o Princípio, podendo ser Lei;
condensação. NÚMERO 2 (YEMANJÁ) — associado à expansão do ponto, ou
diversidade; opondo-se, equilibrando-se; geometricamente é a Linha Singela. É
também a representação do Princípio Feminino. NÚMERO 3 (YORI) — associado ao 32
elemento — o ponto, saindo da linha simples, formando o plano. Geometricamente
é o Triângulo, símbolo dos 3 reinos, símbolo do perfeito; o Princípio dos
Planos Manifestos. NÚMERO 4 (XANGÔ) — associado aos 4 elementos da Natureza, ao
equilíbrio vibratório, ao equilíbrio kármico, pois temos a união de 2
princípios em expansão (2 retas). Geometricamente é o Quadrado. É também a base
dos 4 pilares do Conhecimento Uno — da Proto Síntese Relígio-Científica — a
Religião, a Ciência, a Filosofia e a Arte. É também símbolo de coesão. NÚMERO 5
(YORIMÁ) — associado aos elementos dinâmicos. Dá a idéia de dinamismo,
movimento básico. É um símbolo sintético. É a síntese da movimentação mágica. É
o símbolo plano da Proto-Síntese. O homem dominando os elementos.
Geometricamente associa-se ao Pentagrama ou Pentágono. NÚMERO 6 (OXOSSI) —
associado aos elementos estáticos. Dá a idéia de fixação. Fixação das forças
sutis da Natureza. È o antagonismo equilibrado. É um símbolo fortíssimo, ligado
às correntes mágicas. Geometricamente associase ao Hexágono ou Hexagrama.
NÚMERO 7 (OGUM) — é o número da expansão da Lei, é o ternário dominando o
Quaternário. É o número da magia em ação. Geometricamente associa-se ao Heptágono
ou Heptagrama. NÚMERO 8 (EXU) — é o duplo equilibrador, é o oposto que domina
os elementos. É também símbolo da execução e da justiça, em seus aspectos
passivos ou de cobranças. É uma força composta de 7 + 1 — a unidade
movimentando a magia. Geometricamente associa-se ao Octógono ou Octograma.
NÚMERO 9 (TRIPLO TERNÁRIO) — é o movimento do ternário nos 3 Planos mental,
astral e físico. E o símbolo do perfeito. Os triângulos entrelaçados. É o
número da movimentação mágica superior dos Espíritos Ancestrais.
Geometricamente associa-se ao Eneágono ou Eneagrama. NÚMERO 10 (A LEI) — é o
máximo da década, sendo o símbolo da lei, como infinitos são os pontos que o
compõem. È também o número da realização, sendo associado aos mistérios
superiores. Geometricamente associa-se ao Círculo. Após essa ligeira explicação
sobre a numerologia, sim, ligeira, pois a parte esotérica preferimos deixá-la
para o interior do templo, dentro da Iniciação, mostremos como os números foram
adulterados, como sofreram deturpações, haja vista que no próprio Tarô
inverteram as associações numéricas qualitativas, isto é, seus valores
filosóficos, artísticos, científicos, místicos e metafísicos. Isso deveu-se aos
vários CISMAS, mas muito principalmente ao Cisma de Irshu, oriundo da Índia há
mais de 5.500 anos. Na época, como já explicamos, reinava a Ordem Dórica, que
sustentava o princípio espiritualista, o qual não era autoritário nem
despótico, sendo essencialmente sinárquico, isto é, governado por todos, de
forma harmônica, dando-se valor às ciências do Espírito, às ciências das
distribuições de valores e às ciências das atividades da terra. Essa Ordem
Dórica foi combatida ferozmente pela Ordem Yônica, onde imperava o princípio
feminista naturalista, sendo um sistema essencialmente autoritário,
militarista, despótico e anárquico. Esse sistema é um dos responsáveis pela
atual desigualdade entre as nações e dentro dessas pelas diferenças gritantes
de vários segmentos sociais, religiosos, políticos, etc. As diferenças devem
existir, pois nem todos têm as mesmas experiências ou as mesmas qualidades ou
debilidades, mas isso não seria motivo para tantas desigualdades e
arbitrariedades como estão ocorrendo nesses nossos tempos. Assim, como
falávamos, a Ordem Yônica combateu ferozmente a Ordem Dônica e suas academias,
suas ordens ou santuários, além de seus sacerdotes, só escapando o célebre
Melquisedeque, último patriarca da Ordem de Rama. Vejamos como Moysés, que era
da Ordem de Rama, velou a Tradição Oculta no Tarô, alterando o sentido real de 57
Arcanos Menores e 21 Maiores para 56 e 22. Preste atenção, Filho de Fé e leitor
amigo estudioso, mesmo você que lê e é adepto das ditas ciências ocultas ou
magistas ou da Cabala, pois o que vamos mostrar a você é realmente uma
revelação. O astral superior liberou esse ensinamento, que embora simples, vem
modificar muitos conceitos. Provaremos matemática e geometricamente que os
Arcanos Menores sempre foram 57 (o número revelado pela numerologia da Umbanda
por meio de seus expoentes militantes no grau de Orisha) e os Maiores sempre
foram 21, ao contrário do que se diz e é de ensino geral, como sendo 56 e 22,
respectivamente. Vamos humildemente desvelar esses Arcanos, esses Mistérios,
que como afirmamos, não foram revelados até o presente momento, desde seu ocultamento,
a nenhuma outra Ordem Iniciática, em nenhum dos 4 cantos do orbe terreno. Esse
ensinamento é dado nas escolas do astral superior e iremos torná-lo público
agora. Bem, Filho de Fé, como você sabe, os Arcanos Maiores e Menores somados
dão 78. Iniciemos a revelação: lª CHAVE — Separemos os números primos* de 1 a
22, pois segundo os cabalistas os Arcanos Maiores são 22. Observação: números
primos são divisíveis apenas pela unidade (número 1) e por si mesmo. Vamos lá.
Os números primos de 1 a 22 são: 1, 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19. Somemos esses
números: 1 + 2 + 3 + 5 + 7 + 11 + 13 + 17 + 19 = 78. Interessante, não é, Filho
de Fé? Com os números primos somados entre si, chegamos ao 78, que é a síntese
dos Arcanos. É a centralização dos 78 Arcanos tidos como de 1a , 2a e 3a ordem.
2a CHAVE — Continuemos separando os números primos de 22 a 78. Ei-los: 23, 29,
31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, 61, 67, 71 e 73. Observaremos aqui que encontramos
13 números primos, que somados com 9 já anteriormente encontrados nos dão o
número 22, que em verdade são os Arcanos Principais e não Maiores, pois Maiores
são 21, como veremos logo em nossa explanação. Antes, façamos um esquema do que
expusemos, para maior facilidade visual e de entendimento. NUMEROLOGIA E
GEOMETRIA QUALITATIVA RELATIVA AOS ARCANOS — CENTRALIZADOS DOS 78 ARCANOS
Maiores (Geradores-Unidades) — Os 9 números primos encontrados entre 1 e 22 (1a
chave). EQUILÍBRIO ESTÁVEL ASTRAL Menores (Gerado/Gerante) — Os 13 números
primos encontrados entre 22 e 78 (2a chave). Arcano 23 — VITÓRIA NAS LUTAS
Arcano 29 — DESTRUIÇÃO, DEMANDAS Arcano 31 — LUTAS PELA VIDA Arcano 37 —
PROTEÇÃO ASTRAL Arcano 41 — DESEQUILÍBRIO MENTAL Arcano 43 — FELICIDADE AMOROSA
— AFETIVA Arcano 47 — AMOR ESPIRITUAL Arcano 53 — FORÇAS OCULTAS PARA TRIUNFAR
Arcano 47 — HARMONIA MATERIAL Arcano 61 — TRABALHO MATERIAL / MANUTENÇÃO
EXISTENCIAL Arcano 67 — SUCESSO NO ASTRAL Arcano 71 — MAGIA NEGRA —
DEMANDA-DESTRUIÇÃO Arcano 73 — ALCANCE MENTAL ESPIRITUAL. EQUILÍBRIO PARCIAL —
INSTÁVEL — MATERIAL 9 + 13 = 22 — Eis o porquê do leigo ou mesmo alguns
pesquisadores considerarem a Cabala como tendo duas ordens de Arcanos, os
Maiores como 22 e os Menores como 56. Como vimos, velaram propositalmente, em
uma chave de interpretação, a chave que mostramos aos Filhos de Fé. Os 22
Arcanos são os principais e não os maiores. Os 9 Maiores, se somados, dão 78.
São portanto os 9 a síntese de toda a tradição; eis o porquê de dizermos que o
número 9 é a chave da magia, é o símbolo do perfeito. Daremos agora a Chave
definitiva que provará que os Arcanos Maiores são 21 e os Menores são 57.
Provemos numérica e geometricamente. 3a CHAVE — Coloquemos os 12 primeiros
números naturais em sequência. 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12. Após essa seqüência,
faremos a seguinte operação: iniciemos pelo número 1, somando com o
subsequente, e assim sucessivamente, até o número 12. Na verdade, esse conjunto
de 12 números deu origem aos 12 signos, às 12 letras sagradas do Verbo, pois
surgiram dos 12 anciãos do templo que velaram o Tuyabaé-cuaá — a Proto-Síntese
Cósmica, que a posteriori foi também velada e chamada de Tarô. Preste atenção,
e provaremos geometricamente que 21 são os Arcanos Maiores e 57 os Menores.
Como o Filho de Fé sabe, o mesmo acontecendo com o leitor amigo, a
circunferência tem 360°. Dividimo-la em 12, e cada setor terá 30°. Se de 0o a
180° temos 21 (semicírculo) e de 180° a 360° temos 78, chegamos à conclusão
que, se o total é 78 e a metade do círculo é 21, subtraímos de 78 o 21 e
chegamos ao 57, como queríamos provar. Assim, os Arcanos Maiores são 21 e os
Menores 57, como já citamos em outro capítulo. Assim surgiu o hexagrama, que é
formado por 2 triângulos entrecruzados em seus centros com os vértices
invertidos. Esperamos ter deixado claro para o Filho de Fé esses aspectos herméticos
de nossa doutrina, que só revelamos por ordem dos mais altos mentores de nossa
Corrente Astral de Umbanda. Ao terminarmos, queremos também dar aos Filhos de
Fé, principalmente àqueles que leram alguns conceitos das então denominadas
ciências ocultas, pois dizem ser arcanos dos mais profundos e que não tem
solução a prova da quadratura do círculo, a qual demonstraremos agora. Aguce
sua atenção, Filho de Fé e leitor amigo; desvelaremos mais um Arcano. O círculo
tem como perímetro, ou seja, sua medida ou comprimento, dado pela fórmula: C —
2 TER, onde C é o comprimento e R o raio da circunferência. Vejamos
graficamente ou geometricamente a quadratura do círculo. O C, o comprimento, é
a própria circunferência; portanto C = (circunferência). O raio R é igual à
linha, pois o raio é o segmento da reta que vai do centro até a periferia da
circunferência. Damos-lhe, como é uma reta, o valor numérico 2 (como já foi
visto); assim temos: Como vimos, o círculo era a Proto-Síntese Cósmica, os 4
pilares representados pelo quadrado eram a Proto Síntese Relígio-Científica. O
próprio π é o círculo e o quadrado. Como vimos, o círculo é a Proto-Síntese
Cósmica, sendo o quadrado os 4 Pilares da Proto Síntese Relígio Científica, ou
seja, a Lei. O π é a própria Lei. Assim,
Filho de Fé, ao término de mais um capítulo, pedimos a toda hierarquia
constituída que aqui foi mencionada que lhe cubra com bênçãos renovadas de paz
e entendimento. Que o silêncio da sabedoria possa interpenetrar seu eu, estamos
trabalhando para isso. Ao encerrarmos este capítulo, já nos preparamos para o
início do próximo, onde poderemos permanecer juntos mais uma vez. Vamos juntos,
Filho de Fé e leitor amigo. Depois de profunda reflexão, vamos conhecer as
Ramificações Atuais da Umbanda do Brasil, sua vivência místico-religiosa, suas
crendices, seus mitos e seus vários ritos. Interpenetremos pois o Âmago Místico
dos vários cultos, ramos atuais de nossa Umbanda. ADENDO. Para mais fácil
assimilação e entendimento, daremos na página ao lado o Alfabeto Adâmico ou
Devanagárico, que como já dissemos foi uma transformação do primeiro alfabeto
fonético, que proveio da língua Abanheenga, falada pela sublime Raça Vermelha.
Os Sacerdotes do Alto Nilo e muito principalmente os brâmanes na Índia,
guardaram suas morfologias-som que expressam quantidades e qualidades, sendo um
alfabeto que produz auto logicamente termos universais; é a Coroa do Verbo, é a
própria Ciência do Verbo Vivo. Vejamos, pois, suas letras-som, relacionando-as
com seus valores numéricos, astros e signos, e com os correspondentes Orishas.
Observar a analogia entre C e E, sendo que o C originou o E. Esses sinais,
tanto em C como em E, são derivados da primeira escrita (Abanheenga), a qual
constitui-se nos sinais riscados na chamada Lei de Pemba, de posse e
conhecimento exclusivo do astral superior e de raros Iniciados. Do Alfabeto
Devanagárico deduz-se: Bem, após essa demonstração, veja o Filho de Fé que
chegamos a 22 letras, pois temos 3 que são arquetipais. Isso já é uma
deturpação, ou melhor, deve-se ao surgimento do TRINITARISMO no lugar do
BINÁRIO. Graficamente, é possível demonstrar ao Filho de Fé nossa assertiva.
Assim, atente e analise bem: As 3 letras arquetipais são A, S, Th. Vejamos na
grafia DEVANAGÁRICA sua expressão: Olhe bem para esse conjunto, Filho de Fé,
observe que a linha já contém os 2 pontos, não necessitando pois repetir sua
representação. Assim teríamos as 21 letras sagradas; ao invés de 3 arquetipais,
teríamos 2 (representando o PRINCÍPIO BINÁRIO de todas as coisas). Mais uma vez
perceba que quando a linha corta o círculo desdobrado passa pelo seu centro,
tendo portanto os pontos básicos (intrínsecos) de formação do círculo (o centro
da circunferência). Assim o fizemos para elucidarmos e lustrarmos a quadratura
do círculo. Após esse adendo, esperamos sinceramente ter elucidado ainda mais
ao Filho de Fé e leitor amigo. Desvelamos respeitosamente Arcanos sublimes, os
quais estão arquivados nas escolas Iniciáticas do astral superior, e entregamos
a ti, Filho de Fé Iniciado. Livro A Proto Síntese Cósmica. Abraço. Davi.
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