terça-feira, 16 de maio de 2017

VIII. RELATO DE UM PEREGRINO RUSSO - 3º RELATO - APRESENTAÇÃO DO PEREGRINO

Cristianismo Ortodoxo. RELATO DE UM PEREGRINO RUSSO. TERCEIRO RELATO – APRESENTAÇÃO DO PEREGRINO. A CAMINHO DE JERUSALÉM I. ANTES DE PARTIR de Irkutsk – Sibéria – Rússia, voltei ao monge, meu mestre, com o qual eu costumava conversar e lhe disse: Parto logo a caminho de Jerusalém. Vim dizer adeus e agradecer-vos a vossa caridade para comigo, pobre peregrino. Ele me disse: Que Deus abençoe teu caminho! Mas nada me contaste sobre ti mesmo. Quem és tu e de onde vens. Ouvi muitas histórias de tuas viagens. Agora gostaria de saber de tua origem e de tua existência até o momento em que começaste tua vida errante. Vou contar tudo com prazer, lhe disse. Nada se trata de uma longa história. Nasci em uma aldeia da província de Orei. Depois da morte de nossos pais, ficamos nós dois, meu irmão mais velho e eu. Ele estava com dez anos. Eu tinha três. Nosso avô nos pegou para criar em casa dele. Era um velho honrado e de posses: tinha uma hospedaria à beira da estrada e, como era um homem bom, muitos viajantes ali pernoitavam. Viemos, pois, morar com ele. Meu irmão era muito vivo, batia perna na rua por toda a aldeia. Eu, ao contrário, ficava mais em casa, junto de meu avô. Nos dias de festa, meu avô nos levava a igreja, e, em casa, sempre lia a Bíblia para nós – essa mesma que trago comigo. Meu irmão cresceu e deu em beberrão. Eu tinha apenas sete anos quando, um dia, dormimos juntos perto do fogão. Ele me empurrou e me derrubou. Machuquei o braço esquerdo e, desde então, não posso mais servir dele – ficou atrofiado. Meu avô, vendo que eu nunca poderia me empregar para trabalhar no campo, decidiu ensinar-me a ler. Como não tínhamos o alfabeto, ele se servia desta Bíblia aqui: me mostrava as letras e me obrigava a soletrar as palavras e depois a copiar as letras. Assim, não sei bem como, de tanto repetir o que ele dizia, acabei aprendendo a ler. Mais tarde, quando meu avô já não enxergava direito, ele me fazia ler a Bíblia em voz alta e me corrigia. O escrivão parava muitas vezes em nossa casa. Ele tinha uma letra linda e eu gostava de vê-lo escrever. Por mim mesmo, eu começava a formar as palavras, escrevendo como ele. Aí ele começou a me mostrar como fazer, me deu papel e tinta e preparou as penas para mim. Assim eu também aprendi a escrever. Meu avô ficou muito contente e me dizia: Deus te concedeu saberes as letras. Tu serás um homem. Agradece ao Senhor e reza muitas vezes. Nós íamos à igreja para todos os serviços e em casa também rezávamos frequentemente. Faziam-me recitar – tende piedade de mim, Senhor – e meu avô e minha avó se inclinavam até o chão ou então ficavam de joelhos. Cheguei assim à idade de dezessete anos. Minha avó morreu. Meu avô me disse: Eis-nos sem uma mulher para cuidar da casa. Como vamos fazer? Teu irmão mais velho não serve para nada. Eu vou te casar. Eu recusei por causa do meu defeito no braço, mas meu avô insistiu e me casou com uma moça muito boa e séria. Ela tinha vinte anos. Passou-se um ano. Meu avô adoeceu gravemente. Chamou-me, despediu-se de mim e disse: Eu te deixo a casa e tudo o que tenho. Vive como é teu dever, não enganes ninguém e reza a Deus mais do que tudo. É dele que tudo vem. Põe tua esperança somente em Deus, vai à igreja, lê a Bíblia e lembra-te de nós em tuas orações. Toma estes mil rublos (moeda russa) em dinheiro, guarda bem essa quantia e não gastes à toa. Não seja avarento, dá aos mendigos e às igrejas de Deus. Ele morreu e eu fiz seu enterro. Meu irmão ficou com ciúme porque eu tinha recebido em herança a hospedaria: ele me causou vários problemas e o inimigo tanto o instigou que decidiu matar-me. Uma noite, quando dormíamos e não havia viajantes na hospedaria, ele entrou no depósito de provisões e pôs fogo em tudo, depois de ter retirado todo o dinheiro que estava no cofre. Nós acordamos quando a casa toda já estava em chamas e só tivemos tempo de pular pela janela, do jeito que estávamos. Nós guardávamos a Bíblia embaixo do travesseiro e a carregamos conosco. Olhávamos a casa a arder e nós dizíamos – Deus seja louvado! Salvamos a Bíblia, ao menos poderemos consolar-nos nesta desgraça. Assim, tudo o que tínhamos se queimou e meu irmão desapareceu da região. Mais tarde, certa vez que tinha bebido, ele se vangloriou de ter levado nosso dinheiro e ter incendiado a casa. E nós acabamos sabendo. Ficamos nus e absolutamente sem nada, verdadeiros mendigos. Do jeito que pudemos e pedindo coisas emprestadas, conseguimos levantar uma cabana pequena e passamos a viver como pobres diabos. Minha mulher não tinha rival no trabalho de tecer, fiar e costurar. Ela aceitava encomendas das pessoas e trabalhava noite e dia para me sustentar. Por causa de meu braço defeituosos, eu não podia nem mesmo trançar as cascas de árvore par fazer calçados. A maior parte do tempo, ela fiava ou tecia e eu, sentado ao seu lado, lia a Bíblia. Ela escutava e, às vezes, começava a chorar. Às vezes eu lhe perguntava: Por que choras? Graças a Deus, vamos tocando, apesar de tudo. Ela respondia: Estou comovida porque, na Bíblia, tudo está tão bem escrito! Nós nos lembrávamos também das recomendações de meu avô, jejuávamos frequentemente, líamos cada manhã o hino em honra da Santíssima Virgem Maria (1) e, a noite, fazíamos cada um mil saudações diante das imagens para não cair em tentação. Vivemos assim uma vida tranquila durante dois anos. Mas há uma coisa surpreendente: nós não conhecíamos nada sobre a oração interior, feita no fundo do coração: dela nunca tínhamos ouvido falar. Rezávamos somente com os lábios, fazíamos inclinações como uns patetas e, no entanto, o desejo de rezar lá estava; essa longa prece exterior não nos parecia difícil, nós a fazíamos com gosto. Sem dúvida, tinha razão aquele professor que me disse uma vez que, no interior do homem, existe uma oração misteriosa que ele mesmo não sabe como surgiu: mas ela impele cada pessoa a rezar como pode e como sabe. Depois de dois anos vivendo assim, minha mulher apanhou uma febre muito forte e, no nono dia, depois de ter comungado, ela morreu. Fiquei sozinho, absolutamente sozinho e nada podia fazer. A única  coisa que me restara era sair mendigando pelo mundo afora. Mas eu tinha vergonha de pedir esmola. Além disso, me sentia tão infeliz lembrando minha mulher, que não sabia onde me enfiar. Quando entrava na cabana e via alguma de suas roupas ou seu lenço de cabeça, começava a soluçar e caía desmaiado. Vivendo assim naquela cabana, eu não aguentava a tristeza. Por isso vendi a cabana por vinte rublos e distribui aos pobres as minhas roupas e as de minha mulher. Por causa de meu defeito físico, deram-me um documento de identidade perpétuo. Peguei a minha Bíblia e fui embora, caminhando ao acaso. Ao chegar à estrada, me perguntei – Para onde ir agora? Irei primeiro a Kiev, me inclinarei diante dos santos de Deus e lhes pedirei para me ajudarem em minha infelicidade. Desde que tomei essa decisão, me senti melhor e cheguei, aliviado, a Kiev. Já faz treze anos que caminho sem parar. Visitei muitas igrejas e mosteiros, mas atualmente eu ando sobretudo através dos campos e estepes. Não sei se o Senhor vai permitir que eu chegue sobretudo através dos campos e estepes. Não sei se o Senhor vai permitir que eu chegue até a cidade santa de Jerusalém. Se for da vontade de Deus, seria talvez já tempo de enterrar por lá meus ossos de pecador. E quantos anos tens? Trinta e três anos. A idade de Cristo. QUARTO RELATO. A CAMINHO DE JERUSALÉM I. Salmos 73,28 “Para mim, a felicidade é me aproximar de Deus, é pôr minha confiança no Senhor Deus”. O PROVÉRBIO RUSSO. TEM RAZÃO O provérbio russo, disse com meus botões, ao voltar à casa de meu mestre espiritual – O homem põe e Deus dispõe. Eu estava certo de viajar hoje mesmo para a santa cidade de Jerusalém, mas tudo aconteceu de outra maneira: um fato inteiramente imprevisto me retém aqui por dois ou três dias ainda. Não pude deixar de vir ter convosco para comunicar esse imprevisto e pedir-vos conselho. Eis o que aconteceu. Eu já me tinha despedido de todos e, com a ajuda de Deus, retomara meu caminho. Ia atravessar a barreira quando, à porta da última casa, vi um velho peregrino que não encontrava há mais de três anos. Nós nos cumprimentamos e ele me perguntou para onde eu ia. Respondi-lhe: Se Deus quiser, até a antiga cidade de Jerusalém. Ora veja só, retrucou ele, tenho um excelente companheiro para ti. Muito obrigado! Lhe disse. Não sabes que eu nunca levo um companheiro e vou sempre sozinho? Sei, sim, mas escuta: eu sei que esse companheiro te convêm perfeitamente. Tudo vai dar certo para ele contigo, e para ti com ele. O pai do proprietário desta casa, onde estou trabalhando como operário, fez voto de ir a Jerusalém. Não terás aborrecimentos com ele, é completamente surdo. Por mais que se grite, não ouve nada! Quando alguém quer perguntar-lhe uma coisa, é preciso escrever num pedaço de papel. Ele fica sempre calado e não vai te aborrecer no caminho. Mas tu lhe serás indispensável durante todo o trajeto. Seu filho lhe dá um cavalo e uma carruagem que ele vai vender depois em Odessa. O velho  quer caminhar a pé, mas sua bagagem vai na carruagem e também algumas dádivas para o Sepulcro do Senhor. Poderás colocar nela a tua sacola. Agora, pensa bem. Achas que se pode permitir que um velho assim, completamente surdo, faça sozinho tal viagem? Procuramos em todos os lugares um guia, mas eles cobram muito caro e, além disso, é perigosos deixar esse ancião viajar sozinho como um desconhecido, pois ele tem dinheiro e está levando objetos preciosos. Quanto a mim, eu serei teu fiador e meus patrões vão ficar encantados: são gente boa e gostam muito de mim. Já faz dois anos que trabalho para eles. Depois de me ter dito tudo isso, à porta da casa, ele me fez entrar para falar com seu patrão e vi que se tratava de uma família honrada: aceitei a proposta deles. Resolvemos viajar dois dias depois do Natal, se Deus quiser, depois de participar da santa liturgia. Eis os acontecimentos imprevistos que surgem pelos caminhos da vida! Mas sempre é Deus e sua Divina Providência que age através de nossas ações e nossas intenções, como está escrito em Filipenses 2,23 “É Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar”. Meu mestre espiritual me disse: Muito me alegro, meu querido irmãos, por Deus ter permitido que eu te visse mais uma vez; E como estás livre, ficarei um pouco contigo e tu vais me contar alguns de teus encontros nessa tua vida errante. Pois tive muito gosto em ouvir teus relatos anteriores. Vou contar com muita alegria tudo o que aconteceu, respondi. E me pus a falar: Aconteceram coisas boas e coisas ruins, não dá para contar tudo. Muita coisa eu já esqueci, pois sempre me esforcei para guardar bem sobretudo as circunstâncias que levavam à oração minha alma preguiçosa. Quanto ao resto, eu raramente penso nisso, ou melhor, eu quis esquecer o passado, segundo o ensinamento do apóstolo Paulo que disse em Filipenses 3,13 “Prescindindo do passado, e me atirando ao que resta para a frente, persigo o alvo”. E o meu amigo monge me dizia que os obstáculos à oração podem vir da direita ou da esquerda, isto é, se o inimigo não consegue afastar a alma da oração através de pensamentos vãos ou imagens pecaminosas, ele faz reviver na memória lembranças edificantes ou belas ideias para arrancar nosso espírito da oração que ele não suporta. A isso chamamos de desvio da direita: a alma, desprezando a conversação com Deus, entra numa conversação deliciosa com ela mesma ou com as criaturas. Ele também me ensinou que, durante o tempo da oração, não se podia admitir no espírito nem mesmo o pensamento mais elevado e bonito. E se, no fim do dia, se percebe que se passou mais tempo na meditação e em colóquios edificantes do que na oração absoluta e pura, é preciso considerar esse fato como uma imprudência ou avidez espiritual, egoísta, principalmente entre os principiantes, para quem o tempo dedicado à oração deve ser maior do que o tempo consagrado às outras atividades piedosas. Mas a gente não consegue esquecer tudo. Algumas lembranças se gravam tão profundamente na memória que permanecem vivas sem que sejam evocadas, como, por exemplo, a lembrança dessa santa família onde Deus permitiu que eu passasse alguns dias. UMA FAMÍLIA ORTODOXA. QUANDO ATRAVESSAVA O território de Tobolsk (cidade russa e antiga capital da Sibéria), passei certo dia por uma cidadezinha. Eu quase não tinha mais pão, por isso entrei em uma casa para pedir. O dono da casa me disse: Chegas na hora certa: minha mulher acaba de retirar o pão do forno. Pega esse pãozinho quente e reza a Deus por nós. Enquanto lhe agradecia, fui enfiando o pão na minha sacola. A dona da casa viu meu gesto e disse: Que sacola miserável tens ai, toda rasgada! Eu vou te dar uma outra. E me deu uma sacola forte e boa. Agradeci a eles do fundo de meu coração e fui embora. À saída da cidade, pedi um pouco de sal na farmácia: o comerciante me deu um saco inteiro. Fiquei muito feliz e agradeci a Deus que me fez encontrar gente tão boa. Agora estou tranquilo a semana inteira, me dizia, vou poder dormir sem preocupações. Salmo 103 e 104 “Bendize, ó minha alma, ao Senhor!” (2). Já tinha feito cinco quilômetros adiante da cidade quando avistei uma aldeia insignificante, com uma modesta igreja de madeira. Entretanto, estava bem pintada por fora, e decorada com bom gosto. A estrada passava ai perto e eu fiquei com vontade de me inclinar diante do templo de Deus. Subi a escadaria e fiz uma oração. Na relva, ao lado da igreja, duas crianças brincavam: deviam ter de cinco a seis anos. Apesar de estarem bem vestidas, pensei logo que seriam filhos do padre (os sacerdotes da igreja católica ortodoxa não são obrigados ao voto do celibato, podendo assim casarem-se).Terminada minha oração fui embora. Não tinha dado nem dez passos quando ouvi que gritavam atrás de mim: Mendigo! Mendigo! Espera ai! Eram as crianças que gritavam e corriam em minha direção – um menino e uma garotinha. Eu parei e eles, chegando mais perto, me pegaram pela mão. Vamos para a casa de mamãe, ela gosta dos mendigos. Não sou mendigo, sou um andante. E para que essa sacola? É o meu pão para eu comer na estrada. Não faz mal, vem conosco, mamãe vai te dar dinheiro para tua viagem. E onde está vossa mãe? Perguntei. Lá adiante, atrás da igreja, além das árvores. Fizeram-me entrar em um esplêndido jardim que tinha no meio uma grande casa senhorial. Entramos no vestíbulo. Tudo limpinho e arrumado. Nisso chega a senhora que nos acolhe: Como estou contente! De onde Deus te manda para nós^? Senta-te, senta-te, meu amigo! Ela mesma pegou minha sacola, colocou-a em cima de uma mesa e me fez sentar em uma cadeira bem confortável. Queres comer? Tomar chá? Precisas de alguma coisa? Eu lhe agradeço com humildade, respondi, tenho o que comer na minha sacola. O chá, posso tomar, mas sou um camponês e não estou habituado a tomar chá. Sua amabilidade e cortesia me valem mais que uma refeição! Vou pedir a Deus que abençoe a senhora por essa hospitalidade evangélica. Dizendo isso, eu sentia grande desejo de recolhimento, de ficar em silêncio. A oração irrompia no meu coração e eu precisava de calma e quietude para deixar essa chama subir livremente e para esconder um pouco os sinais exteriores da oração: lágrimas, suspiros, expressões do rosto, murmúrios dos lábios. Por isso me levantei e disse: Eu lhe peço perdão, mas preciso ir andando. Que o Senhor Jesus Cristo esteja com a senhora e com as suas encantadoras crianças. Ah! Não! Deus te guarde de ir embora, eu não te deixarei sair. Meu marido volta para casa à tardinha; ele é juiz do tribunal do distrito. Vai ficar feliz em te ver! Ele considera cada peregrino como um enviado de Deus. Além do mais, amanhã será domingo: rezarás conosco o ofício e tudo o que Deus mandar. Comeremos juntos. Aqui em casa, nas festas, recebemos pelo menos trinta pobre mendigos, irmãos de Cristo. Ainda não me contaste nada sobre ti mesmo, nem de onde vens nem para onde vais! Conta-me isso, eu gosto tanto de conversar com as pessoas que veneram o Senhor. Meus filhos, levem a sacola do peregrino para o quaro do oratório, é lá que ele vai passa a noite. A essa altura, muito espantado, eu me perguntei: Será um ser humano ou uma aparição? Fiquei, pois, para esperar o senhor. Contei rapidamente a minha viagem e disse que ia a Irkutsk. Que bom! Exclamou a senhora. Deves passar por Tobolsk onde minha mãe mora, no convento: ela é enclausurada. Nós te daremos uma carta e ela vai te receber. Muita gente vai com frequência pedir-lhe conselhos espirituais. Aliás, podes levar também  um livro de João Clímaco (3) que encomendamos para ela em Moscou – capital da Federação Russa. Tudo vai dar certo! Enfim, chegou a hora do almoço e fomos para a mesa. Havia ainda quatro senhoras que almoçaram conosco. Depois do primeiro prato, uma delas se levantou, se inclinou diante do santo, depois diante de nós, e foi buscar os outros pratos. Para o terceiro prato, uma outra senhora se levantou e a cena se repetiu. Vendo isso, eu perguntei à dona da casa: Posso perguntar se essas senhoras são da sua família? São, sim; são as minhas irmãs: a cozinheira, a mulher do cocheiro, a costureira e a arrumadeira. Livro Relatos de um PEREGRINO RUSSO de Jean Gauvain. Referência: (1) - Hino em honra da Santíssima Virgem Maria, composto de 24 estrofes, na ordem alfabética do grego, intercaladas por ladainhas. Composto no século VII para a festa da Anunciação, é considerado o mais antigo e o mais belo hino mariano de toda a literatura cristã. (2) – Salmos 103,2 “Bendize ó minha alma ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios”. Esta invocação é cantada, sob forma de antífona, na primeira parte da Missa nas liturgias de São João Crisóstomo ( - 407) e São Basílio (439-532). (3) – São João Clímaco (525-616) – chamado ainda: João do Sinai – grande místico, passou a vida inteira na solidão, ao pé do Sinai, exceto alguns anos em que foi superior do mosteiro de Santa Catarina. Sua obra famosa é a Escada do Paraíso, tratado de perfeição, onde se encontra uma das primeiras alusões a oração de Jesus. Abraço. Davi.

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