Os três textos atribuído ao Jornal O Globo não
são estritamente a opinião do Mosaico, entretanto, a gravidade da situação
política envolvendo diretamente a pessoa do atual presidente da República,
leva-nos a tomar posição diante de fatos, claramente explicitados em gravações já periciadas por especialistas. Mesmo que estas gravações suscitem suspeitas de irregularidades ou apontem para maquiamento de áudio ou transcrição de ondas de rádio. Esse fato não tira o comprometimento do Presidente, ao meu ver, por não informar aos órgãos policiais e judiciais competentes a ilicitude. Sua passividade e omissão ficam claros ao se observar o diálogo com o empresário. Assim, o suposto álibi não justifica o encontro. É inacreditável
que sua excelência tenha recebido na residência oficial, no porão do Palácio,
as 22 horas e 30 minutos, o empresário Joesley Batista, investigado pelo
Ministério Público, acusado de distribuir propinas para políticos, sendo que desde
2003, na gestão dos governos do PT, atua no submundo empresarial, favorecido
por benesses do governo em contrato ilícitos e suspeitos, acobertados por
autoridades públicas e privadas, que atuavam nos setores onde seu conglomerado econômico tinha
interesse. Recebeu facilitação de empréstimos do BNDE de mais de R$ 8 bilhões
de reais. Sua empresa a JBS teve faturamento de mais de R$ 170 bilhões de reais
em 2016, e iniciava contatos para entrar no trilionário mercado de ações americano,
a Bolsa de Nova Iorque. O empresário, Joesley Batista, segundo a Forbes, tem
fortuna avaliada em mais de R$ 3 bilhões de reais, foi pego pela Operação Lava Jato
da Polícia Federal, que (desde 17/03/2014) investiga a generalização sistêmica
da corrupção no país. Assinou o instituto da Delação Premiada com o Ministério
Público Federal, expondo todos os seus ilícitos pessoais e da empresa delatando
os envolvidos, com a intenção de diminuição de sua pena, quando for julgado
pela Justiça Federal. Disse que mais de 1.829 políticos, dentre eles
congressistas (Senadores, Deputados e Governadores) foram beneficiados com
dinheiro ilícito via Caixa Dois, notas frias e outros subterfúgios. Sua empresa
a JBS, com esses crimes injetou mais de R$ 500 milhões de reais na política
brasileira. O Presidente Temer, com essa atitude se fragiliza, pois disse que “não
está envolvido em nenhum crime, e que os recursos que financiaram as suas
campanhas eleitorais foram declarados segundo a lei”. Reiterou em dois rápidos
discursos, ontem e hoje que não renunciará. Contudo é quase impossível, com
essas revelações, o governo Temer permanecer no comando da nação brasileira. Não existe
mais o mínimo de moralidade e ética, além de praticamente pouquíssima
sustentação política. Segue a opinião do jornal para os senhores tirarem suas
conclusões. Editorial do Jornal O Globo.
“A RENÚNCIA DO PRESIDENTE. Um presidente da República aceita receber a visita
de um megaempresário alvo de cinco operações da Polícia Federal que apuram o
pagamento de milhões em propinas entregues a autoridades públicas, inclusive a
aliados do próprio presidente. O encontro não é às claras, no Palácio do
Planalto, com agenda pública. Ele se dá quase às onze horas da noite na
residência do presidente, de forma clandestina. Ao sair, o empresário combina
novos encontros do tipo, e se vangloria do esquema que deu certo: "Fui
chegando, eles abriram. Nem perguntaram o meu nome". A simples decisão de
recebê-lo já guardaria boa dose de escândalo. Mas houve mais, muito mais. Em diálogo que revela
intimidade entre os dois, o empresário quer saber como anda a relação do
presidente com um ex-deputado, ex-aliado do presidente, preso há meses, acusado
de se deixar corromper por milhões. Este ex-deputado, em outro inquérito, é
acusado inclusive de receber propina do empresário para facilitar a vida de
suas empresas no FI-FGTS da Caixa Econômica Federal. O presidente se mostra
amuado, e lembra que o ex-deputado tentou fustigá-lo, ao torná-lo testemunha de
defesa com perguntas que o próprio juiz vetou por acreditar que elas tinham por
objetivo intimidá-lo. Ao ouvir esse relato do presidente, o empresário procura tranquilizá-lo
mostrando os préstimos que fez. Diz, abertamente, que "zerou" as
"pendências" com o ex-deputado, que tinha ido "firme" contra
ele na cobrança. E que ao zerar as pendências, tirou-o "da frente".
Mais tarde um pouco, em outro trecho, diz que conseguiu "ficar de
bem" com ele. Como o presidente reage? Com um incentivo: "Tem que
manter isso, viu?" Não é preciso grande esforço para entender o significado dessa sequência
de diálogos. Afinal, que pendências, senão o pagamento de propinas ainda não
entregues, pode ter o empresário com um ex-deputado preso por corrupção? Que
objetivo terá tido o empresário quando afirmou que, zerando as pendências,
conseguiu ficar de bem com ele, senão tranquilizar o presidente quanto ao fato
de que, com aquelas providências, conseguiu mantê-lo quieto? E, por fim, que
significado pode ter o incentivo do presidente ("tem que manter isso,
viu"), senão uma advertência para que o empresário continue com as
pendências zeradas, tirando o ex-deputado da frente e se mantendo bem com ele? Esses diálogos falam
por si e bastariam para fazer ruir a imagem de integridade moral que o
presidente tem orgulho de cultivar. Mas houve mais. O empresário relata as suas
agruras com a Justiça, e, abertamente, narra ao presidente alguns êxitos que
suas práticas de corrupção lhe permitiram ter. Conta que tem em mãos dois
juízes, que lhe facilitam a vida, e um procurador, que lhe repassa informações.
Um escândalo. O que faz o presidente? Expulsa o empresário de sua casa e o
denuncia as autoridades? Não. Exclama, satisfeito: "Ótimo, ótimo". Não é tudo, porém. Em
menos de 40 minutos de conversa, o empresário ainda encontra tempo para se
queixar de um ex-funcionário seu, atual ministro da Fazenda. Diz, com
desfaçatez, que tem enfrentado resistência no ministro da Fazenda para
conseguir a troca dos mais altos funcionários do governo na área econômica: o
secretário da Receita Federal, a presidente do BNDES, o presidente do Cade e
o presidente da CVM. Pede, então, que seja autorizado a usar o nome do
presidente quando for novamente ao ministro da Fazenda com tais pleitos. O que
faz o presidente? Manda-o embora, indignado? Não, de forma alguma. O presidente
autoriza: "Pode fazer". Este jornal apoiou desde o primeiro instante o projeto reformista do
presidente Michel Temer. Acreditou e acredita que, mais do que dele, o projeto
é dos brasileiros, porque somente ele fará o Brasil encontrar o caminho do
crescimento, fundamental para o bem-estar de todos os brasileiros. As reformas
são essenciais para conduzir o país para a estabilidade política, para a paz
social e para o normal funcionamento de nossas instituições. Tal projeto fará o
país chegar a 2018 maduro para fazer a escolha do futuro presidente do país num
ambiente de normalidade política e econômica. Mas a crença nesse
projeto não pode levar ao autoengano, à cegueira, a virar as costas para a
verdade. Não pode levar ao desrespeito a princípios morais e éticos. Esses
diálogos expõem, com clareza cristalina, o significado do encontro clandestino
do presidente Michel Temer com o empresário Joesley Batista. Ao abrir as portas de sua
casa ao empresário, o presidente abriu também as portas para a sua derrocada. E
tornou verossímeis as delações da Odebrecht, divulgadas recentemente, e as de Joesley, que vieram agora a público. Nenhum cidadão,
cônscio das obrigações da cidadania, pode deixar de reconhecer que o presidente
perdeu as condições morais, éticas, políticas e administrativas para continuar
governando o Brasil. Há os que pensam que o fim deste governo provocará, mais
uma vez, o atraso da tão esperada estabilidade, do tão almejado crescimento
econômico, da tão sonhada paz social. Mas é justamente o contrário. A realidade
não é aquilo que sonhamos, mas aquilo que vivemos. Fingir que o escândalo não
passa de uma inocente conversa entre amigos, iludir-se achando que é melhor
tapar o nariz e ver as reformas logo aprovadas, tomar o caminho hipócrita de
que nada tão fora da rotina aconteceu não é uma opção. Fazer isso, além de
contribuir para a perpetuação de práticas que têm sido a desgraça do nosso país,
não apressará o projeto de reformas de que o Brasil necessita desesperadamente.
Será, isso sim, a razão para que ele seja mais uma vez postergado. Só um
governo com condições morais e éticas pode levá-lo adiante. Quanto mais
rapidamente esse novo governo estiver instalado, de acordo com o que determina
a Constituição, tanto melhor. A renúncia é uma decisão unilateral do presidente. Se desejar, não o que
é melhor para si, mas para o país, está acabará sendo a decisão que Michel
Temer tomará. É o que os cidadãos de bem esperam dele. Se não o fizer,
arrastará o Brasil a uma crise política ainda mais profunda que, ninguém se
engane, chegará, contudo, ao mesmo resultado, seja pelo impeachment, seja por
denúncia acolhida pelo Supremo Tribunal Federal. O caminho pela frente não será
fácil. Mas, se há um consolo, é que a Constituição cidadã de 1988 tem o roteiro
para percorrê-lo. O Brasil deve se manter integralmente fiel a ela, sem
inovações ou atalhos, e enfrentar a realidade sem ilusões vãs. E, passo a
passo, chegar ao futuro de bem-estar que toda a nação deseja”. www.oglobo.globo.com.br. Texto
da jornalista Miriam Leitão com a cooperação de Álvaro Gribel e Marcelo Loureiro. “O FIM DO GOVERNO. Estava tudo
errado naquela reunião. O presidente Michel Temer recebeu na calada da noite um
alvo da Justiça que relatou estar tentando interferir na Lava-Jato, querendo
influir em órgãos reguladores e dando dinheiro a um investigado. A única saída boa
para aquela conversa era Temer chamar o procurador-geral da República e relatar
os crimes que ouviu. Seu silêncio fala mais que as palavras. O empresário
demonstrou intimidade com Temer até na maneira cifrada de falar e no pedido
para outros encontros noturnos. Aquele foi depois das 22h. Temer se pega a
detalhes, achando que basta provar que não pediu para Joesley mandar dinheiro para Cunha. O que é
estarrecedor é o conjunto da reunião. Joesley reclama de um procurador, diz que deu
uma “segurada” em dois juízes, avisa que tem um procurador que passa
informações da Força Tarefa. Só isso já é claramente obstrução de Justiça, é
confissão de crime. Ele continuou falando sobre interferir na CVM e no Cade, órgãos que regulam empresas.
Conta que falou com o “Henrique” Meirelles sobre mexer na Receita Federal.
Meirelles trabalhou quatro anos no grupo J&F. Na parte do diálogo sobre o
ex-deputado Eduardo Cunha, Joesley usa palavras que por si só são
comprometedoras. “Zerei o que eu tinha”, “zerou tudo”, “ele cobrou”. Significa
dizer que ele devia dinheiro a Eduardo Cunha e o presidente Temer sabia,
entendeu essas frases entrecortadas, em que ele avisava que tinha pagado uma
dívida com Cunha. O contexto em que o presidente Temer diz a frase “tem que
manter isso” é depois de o empresário ter falado que estava “bem com o
Eduardo”. Não era exatamente após ele falar que estava dando mesada. Ainda
assim, o que Joesley estava ali
falando era que estava bem com outro investigado, porque tinha quitado dívidas. Joesley e Eduardo Cunha estão no mesmo caso,
investigados pela Operação Sepsis,
do uso dos recursos do FI-FGTS envolvendo pagamento de propina e empréstimos
com vantagens indevidas e que foram intermediadas por um amigo de Joesley,
Lúcio Funaro, e um indicado de Cunha para a vice-presidência da Caixa, Fábio
Cleto. Então ele só poderia estar “bem com Eduardo”, depois que “zerou tudo”,
se fosse pagamento de propina. Nada há de republicano em parte alguma daquela
conversa. Estão errados o local, a hora, o tom, os temas, a intimidade. Não é
por uma frase que Temer tem que ser investigado a propósito dessa reunião, mas
por toda ela. O governo ontem, agarrava-se na possibilidade de que o áudio
fosse provar a versão do presidente Temer de que ele não pediu para que Joesley desse dinheiro a Eduardo Cunha. Um
ministro disse que o governo tentaria ver se “as ruas” aceitariam a versão de
Temer. Não há rua alguma a favor de Temer, e até a versão que ele dá para a
conversa é ruim o suficiente. Antes havia uma crise política no país, agora é a
crise Temer. O presidente é o ponto de instabilidade. Em um país sem governo, o
que pode acontecer com os ativos? A forte oscilação que houve ontem. A bolsa
despencou. O risco-país disparou. A Petrobras caiu 15%, o Banco do Brasil, 20%,
ao longo do dia. Após o anúncio do presidente de que não ia renunciar, a ação
do BB caiu 7%. O dólar abriu a R$ 3,13 e chegou a R$ 3,40. A variação poderia
ser ainda maior. O BC ofertou o equivalente a US$ 4 bi em contratos que
funcionam como venda futura de moeda e a cotação terminou o dia em R$ 3,38,
alta de 8%, a maior em um dia desde a maxidesvalorização de janeiro de 1999. De
hoje até terça-feira, haverá outros três leilões de swap, no total de US$ 6 bi.
O BC vinha reduzindo o estoque desses contratos, mas a volatilidade mudou essa
orientação. Isso já se esperava. A questão não é um dia de pânico, mas a
sensação de que não há horizonte rápido para a solução do problema político. Um ministro do governo admitiu ontem ao
fim do dia que “é muito difícil reverter o quadro” mas acrescentou: “até para
terminar é preciso amadurecer”. É simplesmente uma questão de tempo para que o
presidente Temer deixe o governo. Pode ser renúncia ou através da saída menos
demorada que é o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O importante é ser uma
solução constitucional”. www.blogs.oglobo.globo.com.br.
Abraço.
Davi. Por Carolina Morand. “OS
SETE PECADOS DE TEMER NA CONVERSA COM JOESLEY BATISTA. Presidente não
repreendeu empresário após o relato de um crime, entre outros pecados. O
presidente Michel Temer, da República Federativa do Brasil, recebeu o
empresário Joesley Batista, dono da JBS, por volta das 22h30 do dia 7 de março
de 2017, uma terça-feira, no Palácio Jaburu em Brasília. Temer acabara de
voltar de uma festa. Os dois falaram a sós, fora da agenda oficial, durante
cerca de 40 minutos - e, como revela a gravação feita por Joesley, falaram em
tom de intimidade. Joesley começa perguntando ao presidente: "Como é que
tá a correria?". Um pouco de conversa adiante, o empresário diz ao
presidente que um dos motivos da visita era que não se encontravam havia algum
tempo: "Ainda não tinha te visto desde quando você assumiu". Um
comentário em tom informal. No final, os dois se despedem dizendo que gostaram
de se ver e concluem que essa forma de encontro é boa. No finalzinho da
conversa, Temer comenta: "Você emagreceu". Joesley, dono do
conglomerado gigante que tem embutidos e comidas processadas em seu portfólio,
explica: "Estou comendo coisa mais saudável, menos doce, menos
industrializado." Pode-se considerar que, na conversa entre os amigos,
Temer comete pecados capitais. Não repreendeu Joesley por relatar fatos
criminosos nem há registro de que tenha levado adiante alguma denúncia. Veja os
sete pecados da conversa: PRIMEIRO PECADO: Joesley Batista diz
que recebeu cobranças de Eduardo Cunha mesmo quando o ex-deputado já estava na
prisão. Depois acrescenta que está “de bem com o Eduardo”, e Temer responde:
“Tem que manter isso, viu?”. Se o áudio, com trechos inaudíveis, não é
definitivo sobre o aval de Temer à compra do silêncio de Cunha (a afirmação
sobre o aval foi feita pelo Ministério Público com base no contexto da conversa
e no conjunto das investigações), ele mostra o presidente endossando a
tentativa de Joesley de manter bom relacionamento com o ex-presidente da
Câmara, preso por corrupção. SEGUNDO PECADO: Joesley
afirma que estaria “segurando” dois juízes que atuam em processos nos quais é
investigado, dando a entender que subornou os magistrados. Temer comenta:
“Ótimo, ótimo”. Ao Ministério Público, o empresário disse que a declaração foi
um blefe, mas àquela altura Temer não sabia disso. Sobre esse trecho da
gravação, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da
República divulgou uma nota afirmando que "o presidente Michel Temer não
acreditou na veracidade das declarações". Não há registro de que Temer
tenha solicitado qualquer investigação sobre as afirmações de Joesley, apesar
de sua gravidade. TERCEIRO PECADO: Em dois trechos,
Joesley revela que tem um informante dentro do Ministério Público. Temer se
cala. Em 18 de maio, o procurador da República Ângelo Goulart Villela,
integrante da força-tarefa da operação Greenfield, foi preso, acusado de
repassar informações sigilosas Joesley. QUARTO PECADO: Joesley diz que está atuando para tentar trocar
o procurador que o investiga. Temer, mais uma vez, não se opõe. Nem mesmo faz
uma crítica após ouvir essa informação. QUINTO
PECADO: Joesley pergunta qual é a
melhor forma de resolver uma questão de interesse da JBS. Temer indica que ele
procure Rodrigo. O Rodrigo em questão é o deputado Rodrigo Rocha Loures. Dias
depois da conversa, o dono da JBS marcou um encontro com Rocha Loures em
Brasília e conversou com ele sobre uma demanda da empresa no Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Pelo serviço, Joesley ofereceu
propina de 5% e o deputado concordou. Rocha Loures foi filmado pela Polícia
Federal recebendo uma bolsa com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer aceitou
ter um intermediário para discutir os interesses de um grupo privado e indicou
alguém que fazia parte de um esquema de corrupção. SEXTO PECADO: Joesley diz que quer “ter uma sintonia” com Temer para conversar com o
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O empresário sugere que pretende
influenciar a escolha dos presidentes do Cade e da CVM. Temer não interrompe a
conversa e inclusive autoriza Joesley a falar com Meirelles. SÉTIMO PECADO: Temer sugeriu a Joesley que o Comitê de
Política Monetária (Copom) poderia vir a cortar os juros em 1 ponto porcentual
na reunião seguinte. A reunião do Copom ocorreu pouco mais de um mês depois da
gravação, no dia 12 de abril, quando o BC resolveu cortar a taxa básica de
juros em 1 ponto porcentual, para 11,25% ao ano. O corte de 1 ponto percentual
era a aposta que economistas do mercado começavam a fazer em março, mas Temer
não faz essa ressalva na conversa. Há um peso quando o presidente fala de uma
aposta sobre juros, sobretudo porque o Copom é independente para decidir a taxa”. www.oglobo.globo.com.br.
“OS QUATRO CAMINHOS QUE PODEM DEPOR
TEMER DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: 1 – Impeachment. Oito pedidos já foram protocolados na
Câmara dos Deputados contra o Presidente da República. O número não é incomum,
o volume ajuda a pressionar uma decisão favorável à saída do Chefe do
Executivo. 2 – Supremo Tribunal Federal (STF). Caso a Procuradoria Geral da
República afirme que (PGR) afirme que Temer cometeu um crime durante seu
mandato, ela pode fazer uma denúncia penal perante o STF. Em seguida o Supremo
encaminha o pedido para a Câmara dos Deputados, que com uma aprovação de 2/3 do
Plenário, manda de volta a denúncia ao STF. Se o Supremo aceitar a denúncia
Temer é afastado de seu cargo por 180 dias. Sendo considerado culpado nesse
meio tempo, perde o cargo permanentemente. 3 – Tribunal Superior Eleitoral. Uma
terceira possível rota para a queda de Temer começou antes mesmo dele assumir
como Vice-Presidente reeleito. No TSE tramita um pedido de cassação da Chapa
Dilma-Temer. A ação teve início em 2014, e a justificativa é que a campanha
eleitoral teria usado dinheiro de Caixa Dois, doações ilícitas não declaradas à
Justiça Eleitoral, havendo toneladas de provas que foram mesmo usadas, como
virtualmente todas as campanhas de grande porte. Este julgamento está marcado
para o dia 06 de junho. 4 – Renúncia. A pressão sobre Temer é maior do que a
que pairava sobre Dilma. Semelhante a que viveu Fernando Collor em 1992. O
Editorial acima do Jornal O Globo dá o tom, pede sua saída imediata
acrescentando: Temer está só”. www.exame.abril.com.br.
Abraço. Davi.
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