Espiritualidade.
Texto de Sri Prem Baba (1965- ). Capítulo
Cinco. I. MATURIDADE – DONS E TALENTOS. O PROPÓSITO é a missão, o programa da
alma dentro da encarnação. Existe um propósito individual e um propósito
coletivo, e ambos estão relacionados: o propósito coletivo só pode ser
realizado através de cada um de nós. O propósito se revela de maneira
particular na vida de cada um, dependendo dos diferentes dons que a alma traz e
dos aprendizados que ela precisa absorver, mas em última instância, só existe
um propósito, o propósito maior, que é a nossa missão enquanto humanidade.
Assim, o propósito individual está a serviço do propósito maior. Como vimos, o
ego também tem um programa, ao qual estou chamando de “programa externo”, pois
ele é criado com base em referências externas (cultura, educação, família,
entre outros fatores sociais). Muitas vezes o programa do ego não tem nenhuma
relação com o programa interno, que é o propósito da alma. Essa contradição tem
sido a causa da maioria das crises existenciais que o ser humano enfrenta. Ao
tratar desse tema durante minhas palestras, vejo que muitos confundem o que é o
propósito com aquilo que são as habilidades ou os dons dos quais o propósito se
manifesta. O propósito interno está relacionado com aquilo que a pessoa faz no
mundo, mas o fazer em si não é propósito. O fazer é um instrumento por meio do
qual o propósito se realiza. RECONHECER POTENCIAIS – TODO SER humano nasce com
determinadas habilidades ou potenciais latentes, que também podemos chamar de
dons. Um dom, quando desenvolvido, torna-se um talento, ou seja, algo que a
pessoa faz muito bem e com facilidade. Normalmente, o talento da pessoa é algo
que ela gosta muito de fazer, é uma paixão. Vejo muitos jovens sofrerem com a
dificuldade de escolher a profissão que irão exercer na vida. Essa dificuldade
existe porque eles não conseguem reconhecer seus próprios dons, não sabem o que
realmente gostam de fazer. Esse é outro sintoma decorrente dos condicionamentos
mentais gerados por um sistema obcecado pelo dinheiro. Vivemos em uma sociedade
ambiciosa que valoriza mais o poder financeiro do que a realização pessoal.
Nosso sistema educacional não proporciona à criança o contato com aquilo de que
ela verdadeiramente gosta. Pelo contrário: somos obrigados a estudar temas e a
aprender coisas nas quais não temos interesse ou para as quais não temos
aptidão alguma e que, na maioria das vezes, não terão utilidade na nossa vida.
Também somos levados a acreditar que determinadas atividades são superiores a
outras porque elevam o status social e, teoricamente, garantem estabilidade
financeira. A profissão muitas vezes é escolhida de acordo com as tendências do
mercado, e nossas paixões acabam sendo vividas esporadicamente como hobbies de
final de semana. A mídia e as redes sociais também exercem uma grande
influência nas nossas escolhas. Nelas, personalidades, atitudes e estilos de
vida são cultuados, personagens inspiram comportamentos e pessoas tornam-se
ídolos. A publicidade gera desejos e fomenta o consumismo. Em outras palavras,
a mídia instiga o desejo de poder e a ganância. Ela alimenta o falso eu e tudo
aquilo que dá poder ao ego. E o ego é muito ambicioso. Ele sempre sonha com
coisas muito grandiosas e fantasia que veio para fazer algo muito importante e
especial, ou que, em algum momento, se tornará rico e famoso. Muitas vezes isso
acontece, mas na maioria dos casos, isso não passa de uma fantasia que impede a
pessoa de ter acesso àquilo que ela realmente veio fazer. A partir de uma
imagem mental, o indivíduo idealiza um estilo de vida e acaba perdendo muito
tempo tentando realizar algo que não tem nada a ver com aquilo que ele
realmente veio realizar. Por exemplo, vamos supor que o ego queira ser um
grande líder espiritual ou um artista famoso, mas a alma veio com o programa de
viver em uma comunidade espiritual para fazer seva. A alma veio para varrer o
salão, limpar os vidros, cozinhar para muitas pessoas, regar flores, cantar
mantras, rezar e meditar. Imagine a contradição. Uma pessoa muito ambiciosa,
que sonha com fama e poder, mas cuja realidade desenha caminhos completamente
opostos a esse, no mínimo, torna-se ansiosa e angustiada. É comum que esse
indivíduo carregue angústia e, dependendo da dimensão do conflito interno, é
normal que haja depressão ou até mesmo outras doenças físicas e psíquicas. Isso
ocorre porque por dentro a pessoa está sendo dilacerada: uma força a está
puxando para um lado, e outra força a está puxando para outro. O ego alimenta
grandes expectativas, mas a alma não tem tantas ambições. Portanto, não somos
incentivados a reconhecer, dar valor e desenvolver nossos verdadeiros dons,
aqueles que são natos. E isso impossibilita a realização do programa da nossa
alma. Para se desenvolver, um dom precisa ser cultivado. Podemos dizer que
plantamos dons para colher talentos. Para crescer e dar flores e frutos, uma
planta necessita de água e de luz, além de um solo fértil. Da mesma maneira,
nossos dons precisam ser alimentados. E isso é feito através da dedicação.
Alguns dons são tão naturais que não exigem nenhum esforço para se desenvolver.
Outros precisam de uma certa dedicação e de força de vontade. Alguns dons se
manifestam logo cedo na vida. Outros irão se manifestar somente com a
maturidade. Isso ocorre porque determinados dons servirão apenas para a
realização do programa externo e por isso serão desenvolvidos durante o período
de afirmação do ego, que é quando o indivíduo se dedica exclusivamente ao
desenvolvimento pessoal e ao sucesso material. Então, com o passar do tempo,
quando o ego já foi suficientemente cristalizado e a pessoa começa a ser
informada de que deve haver uma razão maior para estar encarnada aqui, novas
habilidades começam a ser reveladas e desenvolvidas. Alguns não passarão por esse
processo, porque de alguma maneira o programa do ego já se relaciona com o
programa da alma. Estes continuarão manifestando os mesmos talentos durante
toda a vida. O que muda nesses casos é que, em algum momento, o fazer ganha uma
nova qualidade – a ação ganha alma. A ação que antes era feita de forma
automática e superficial, apenas para corresponder às expectativas externas,
passa a ter um novo significado. Apesar do talento e da paixão envolvidos na
ação, ela ainda estava a serviço do ego e da carência. Então chega o momento em
que a ação novamente é significada e passa a servir ao propósito maior. Em
outras palavras, o karma se alinha com o dharma e ocorre um encaixe. SER E
FAZER – QUANDO OCORRE esse encaixe – o alinhamento entre os propósitos eterno e
interno – somos tomados por uma profunda sensação de completude e
pertencimento. É como se finalmente voltássemos para casa depois de muitos anos
de viagem. Isso se dá porque quando rompemos com a nossa essência e construímos
uma falsa identidade, ocorreu um desencaixe entre aquilo que somos e aquilo que
fazemos. Nós deixamos um personagem fictício tomar conta da nossa casa e
passamos a fazer aquilo que agrada aos outros e agrega valor a essa falsa ideia
de eu. Por isso esse encaixe equivale a um reencontro consigo mesmo. E a partir
desse encontro, que é fonte de uma grande alegria, a verdade de quem somos
começa a se manifestar através das nossas ações. Porque aquilo que fazemos está
intimamente relacionado com aquilo que somos. Na verdade, o ser e o fazer são
inseparáveis, assim como a rosa é inseparável do seu perfume. Nossos dons e
talentos são fragrâncias do Ser Supremo que nos habita, perfumes que são
espargidos em diferentes ações no mundo. Eles são as diversas qualidades da
nossa essência primordial: o amor. Portanto nossas ações naturalmente estão
servindo ao propósito maior. Então nós sentimos um grande conforto em estar
onde estamos e fazer o que fazemos. Muitos, porém, ainda não podem ter essa
experiência, pois não estão conscientes dos seus dons e ainda menos conscientes
do propósito da alma. Muitos outros até estão conscientes dos seus dons, mas
por alguma razão, se recusam a coloca-los em prática. Sempre que entro nesse
assunto, lembro-me de uma história que me toca muito pela riqueza de símbolos.
Trata-se de uma passagem bíblica que faz alusão a alguns dos obstáculos que o
buscador enfrenta durante o processo de despertar da consciência, que é o
caminho da autorrealização. Jonas era um fervoroso buscador da verdade. Ele
costumava ouvir a voz de Deus falando com ele. Então, em dado momento, Deus
falou com ele: ”Jonas, vá para Nínive. Eu quero salvar aquele povo e quero
fazer isso através de você. Eu vou falar através de você para salvar aquele
povo”. Jonas, porém, não gostou nem um pouco do comando e decidiu pegar uma
embarcação que ia justamente para o lado oposto. Ele foi para o porão do barco
e lá entrou em sono profundo. Então Deus mandou uma tremenda tempestade. O
barco começou a balançar de um lado para outro. Todos começaram a ficar desesperados
pelo risco de morte iminente. Então alguém encontrou Jonas, o acordou e disse:
“Como você pode dormir num momento como esse?”. Naquela época, costumava-se
jogar dados para fazer adivinhação e para se comunicar com o plano espiritual.
Então eles jogaram os dados e descobriram que a tempestade estava acontecendo
porque havia um estranho no barco. Imediatamente, eles constataram que era
Jonas e o jogaram no mar. Naquele momento, a tempestade parou, e Jonas foi
engolido por um monstro marinho. E quando estava dentro da boca do monstro
(segundo o relato bíblico um grande peixe, como comprovado em Jonas 1,17
“Preparou, pois o Senhor um grande peixe para que tragasse a Jonas. E esteve
Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe”), ele se lembrou de orar
a Deus. Foi quando novamente ouviu a voz dizendo: “Jonas, vá para Nínive”. Por
que Jonas não queria ir para Nínive? Porque guardava mágoas e ressentimentos
contra o povo de lá. Ele não queria que aquele povo fosse salvo. Estava preso
numa vingança. Quando você se recusa a seguir o caminho do coração, quando se
recusa a colocar seus dons e talentos em movimento, isso quer dizer que você
está dormindo, que está profundamente amortecido. Então Deus manda uma tremenda
tempestade que faz tudo à sua volta balançar, e você diz: Não estou sentindo
nada. Não tenha nada a ver com isso. Tudo parece estar muito bem, muito normal,
porque você está completamente amortecido. Você segue nesse estado até que algo
aconteça. Você é engolido por um monstro e entra no lugar onde fica prestes a
ser triturado. A boca do monstro representa um lugar de purificação intensa. E
somente quando passa por um susto desse tamanho você volta a sentir e a
perceber que tudo que está acontecendo é para que você abra mão de suas mágoas,
ressentimentos e vinganças. Tudo é para você aprender a se entregar para o
fluxo da vida que está sempre te levando a realizar o seu propósito. Enquanto
guardar mágoas e ressentimentos na forma de pactos de vingança (o que significa
que você não avançou no processo de purificação da natureza inferior que te
habita), não será possível entregar seus presentes ao mundo. Você pode até
entregar alguma coisa, mas não tudo. Estando preso a um pacto de vingança, não
consegue dar o seu melhor. Muitas vezes, você se recusa a oferecer seus
presentes porque tem medo da própria grandeza, tem medo do sucesso. Isso parece
absurdo, mas é muito comum. O medo da grandeza ou do seu potencial revelado é o
desdobramento de um outro medo: o de superar os pais. Algumas pessoas mantém relações
de co-dependência com seus pais, e essas relações se mostram através de um
sentimento de impotência diante deles. Então inconscientemente, essas pessoas
não querem se desenvolver, pois acreditam que, ao colocar seus dons em
movimento, irão superar seus pais e destruir a relação de co-dependência.
Alguns ainda conseguem se desenvolver, mas mantém uma certa subserviência por
causa da culpa que precisam morar longe dos pais para poderem prosperar, pois
não conseguem romper com a miséria da família e da ancestralidade. Esse é um
aspecto da natureza inferior difícil de ser compreendido. É uma forma de manter
os círculos viciosos de sofrimento. Isso ocorre porque, lamentavelmente, o ser
humano se acostumou com o sofrimento. São séculos e séculos de ignorância a
respeito do propósito maior da vida e de inconsciência sobre a nossa própria
natureza inferior. Nós aprendemos a nos defender acusando os outros. Não
conhecemos nossa própria maldade e assim seguimos procurando culpados para
nossas misérias. E a forma que encontramos para sobreviver em meio à miséria
foi sentindo prazer no sofrimento. É por isso que eu insisto na importância do
autoconhecimento. Precisamos tomar consciência das nossas maldades; precisamos
conhecer os cantos escuros da mente, que são os aspectos sombrios da
personalidade, para podermos purifica-los do nosso sistema. A purificação da
natureza inferior é a fase do processo de autoconhecimento na qual nos
dedicamos à exploração da consciência para identificar aquelas partes de nós
mesmos que, por alguma razão, não aceitamos e escondemos, e que agem à revelia
da nossa vontade consciente, sabotando nossa felicidade. Enquanto não evoluímos
o suficiente nesse processo, não podemos ser verdadeiramente felizes e
prósperos. Quando entrega os presentes que trouxe para compartilhar, quando está feliz com
aquilo que faz, você se torna um elo na corrente da felicidade e da
prosperidade – a felicidade e a prosperidade passam por você para chegar aos
outros. Seus dons e talentos, quando colocados em movimento, são o amor agindo
através de você. E isso naturalmente gera mais felicidade e prosperidade,
criando um círculo benigno. Entretanto, existem aquelas pessoas que já podem
entregar seus presentes, mas ainda não se harmonizaram com o fluxo da prosperidade.
Elas reconhecem seus dons e talentos e até conseguem coloca-los em movimento,
mas quando isso envolve dinheiro, tudo fica mais complicado. É como se houvesse
um bloqueio que as impede de dar o que têm par dar. Nesse caso, existe um não
inconsciente para a prosperidade, o que significa que, provavelmente, há uma
imagem, uma crença em relação ao dinheiro. Existe uma dificuldade em lidar com
essa energia. PACTOS DE VINGANÇA – SE VOCÊ já tem consciência dos seus dons e
talentos, mas de alguma forma se sente impedido de coloca-los em movimento; se
você não se sente confiante para fazer aquilo que tem vontade, mesmo sabendo
que pode realiza-lo, fique atento para a possibilidade de estar preso em um
pacto de vingança. No mais profundo, sempre que existe um bloqueio no fluxo de
energia vital (depressão, tristeza, preguiça, raiva, medo), isso quer dizer que
existe um pacto de vingança. Pacto s de vingança são acordos feitos
inconscientemente no momento em que a entidade sofre choque de exclusão,
humilhação, rejeição e repressão. São como contratos realizados entre o ego e o
eu inferior. As matrizes do eu inferior funcionam como guardiãs desses
contratos, mantendo o império do falso eu. Elas sustentam os pactos de vingança
e ao mesmo tempo são alimentadas por eles. Esses acordos inconscientes podem se
manifestar de diferentes maneiras na sua vida, como falta de autoconfiança,
impotência, rebeldia, vitimismo, entre muitas outras distorções. Inclusive a
falta de fé pode ser o sintoma de um pacto de vingança contra o divino. Porque
muitas vezes você culpa Deus pelo seu sofrimento. E, quando você culpa a si
mesmo, a vingança se manifesta como autodestruição auto sabotagem e auto ódio.
Os pactos de vingança podem ser identificados através de contradições. Por
exemplo, você sonha em se desenvolver profissionalmente, quer prosperar, mas
não consegue fazer aquilo que é necessário para que o seu sonho se realize. O
fato é que você pensa que quer, mas no fundo não quer. E é justamente por isso
que não consegue. Existe um não inconsciente travando o fluxo da prosperidade
na sua vida. E se você consegue identificar essa contradição; se pode, por
exemplo, perceber a atuação de um pacto de vingança se manifestando na forma de
falta de autoconfiança; se consegue ver a sua insegurança quando, de alguma
maneira, não aproveita as oportunidades que surgem na sua vida, você está
chegando a um ponto muito importante, um ponto de mutação. Identificar a
atuação de um não é como identificar um monstro interno que pode estar sugando
a sua energia vital há muito tempo. Mas esse monstro ainda é somente um soldado
raso do batalhão do eu inferior. Certamente, há um general por trás dele, dando
as ordens. Então, ao chegar nesse ponto, você precisa se aprofundar no processo
de auto investigação para que possa conhecer esse general e desfazer esse
contrato com o mal. PROSPERIDADE – A VERDADEIRA prosperidade só pode chegar
quando estivermos livres dos pactos de vingança a ela relacionados e do medo da
escassez, que é outro aspecto da natureza inferior que precisa ser identificado
e compreendido. A prosperidade nasce da confiança. Uma pessoa próspera não tem
medo da falta. Ela está sempre relaxada, porque não se preocupa com o. É claro
que é preciso saber fazer contas e honrar compromisso, mas não é necessário se
preocupar. Ser próspero não significa, necessariamente, ter uma conta bancária
muito recheada. A prosperidade não tem a ver com o tanto de dinheiro que você
tem, mas sim com a confiança de que todas as suas necessidades serão atendidas,
independentemente disso. E o dinheiro surge como uma consequência natural dessa
confiança. Já falei sobre a riqueza que é construída pelo medo da pobreza. Uma
riqueza que gera estresse porque, mesmo tendo muito dinheiro, a pessoa não se
permite relaxar e usufruir de suas posses, justamente porque não confia que a
vida suprirá suas necessidades. Ela está sempre insegura, com medo de que
alguma coisa falte, e com isso não consegue desfrutar nem compartilhar o que
tem. Nesse ponto, quero salientar uma questão muito importante a ser
compreendida: a prosperidade sobrevive do compartilhar. Não é possível ser
verdadeiramente próspero sem que se compartilhe o que é recebido. Você pode
acumular dinheiro e conhecimento, pode ter muitos talentos e muitas ideias, mas
se não compartilhar (o que significa não colocar em movimento), inevitavelmente
o fluxo da prosperidade será bloqueado. Assim como você recebe, precisa
aprender a dar. Isso porque a prosperidade é um fluxo de energia, o que
significa que ela está em constante movimento. Um fluxo é algo passando, mas
quando você tenta pegar o que está passando apenas para você, esse fluxo acaba
sendo obstruído. Se você não compartilha o que recebe, o fluxo obviamente é
bloqueado. Normalmente, a pessoa que mais tem medo de não receber é a pessoa
que menos consegue dar. O medo faz com que ela não confie que irá receber de
volta o que tem para dar, e com isso ela não entrega e acaba também deixando de
receber. Esse é um dos sintomas do medo da escassez, que é um desdobramento da
falta de confiança. A confiança é uma virtude da alma, um fruto maduro da
árvore da consciência. Ela nasce de um coração purificado. Você não pode forjar
esse estado com a mente. O que você pode fazer é dedicar-se ao autoconhecimento
para que possa acessar as imagens e crenças que te impedem de confiar. Livro
PROPÓSITO – A Coragem de Ser Quem Somos. Abraço. Davi.
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