quarta-feira, 17 de maio de 2017

IX. RELATO DE UM PEREGRINO RUSSO. A CAMINHO DE JERUSALÉM II.

Cristianismo Ortodoxo. RELATO DE UM PEREGRINO RUSSO. QUARTO RELATO – A CAMINHO DE JERUSALÉM II. Posso perguntar se essas senhoras são da sua família? São, sim: são as minhas irmãs; a cozinheira, a mulher do cocheiro, a costureira e a arrumadeira. Todas elas são casadas; nesta casa não há nenhuma moça solteira. Depois de ver e ouvir tudo isso, mais espantado eu fiquei e agradeci a Deus o ter-me levado à casa de gente tão piedosa. Eu sentia que a oração brotava com força no fundo de meu coração. Assim, querendo ficar sozinho, levantei-me e disse à senhora: Certamente a Senhora tem o costume de descansar depois do almoço, mas eu estou tão acostumado a caminhar que vou dar uma volta no jardim. Não, eu não vou descansar, disse a senhora. Vou contigo ao jardim e me contarás algo de instrutivo. Se fores sozinho, as crianças não te deixarão sossegado: não vão largar de ti, pois adoram os mendigos, irmãos de Cristo, e os peregrinos. Não havia nada a fazer e fomos juntos para o jardim. Para permanecer em silêncio mais facilmente, inclinei-me diante da senhora e lhe disse: Eu lhe pergunto, minha senhora, em nome de Deus: faz tempo que a senhora leva uma vida tão santa? Conte-me como chegou a esse grau de bondade. É muito fácil, disse ela. Minha mãe é bisneta de São Josafá (1), cujas relíquias se veneram em Belgorod – cidade da Federação Russa a 40 km na fronteira com a Ucrânia. Nós tínhamos lá uma casa bem grande; uma de suas alas estava alugada a um senhor de pouca fortuna. Ele acabou morrendo e sua mulher também morreu ao dar à luz um menino. Minha mãe recolheu em sua casa esse recém-nascido órfão. No ano seguinte, eu nasci. Crescemos juntos, ele e eu, tivemos os mesmos professores, éramos como irmão e irmã. Quando morreu meu pai, minha mãe deixou a cidade e veio estabelecer-se nesta aldeia. Quando chegamos ambos à idade adulta, minha mãe me casou com meu companheiro, seu afilhado, e nos deu em herança esta aldeia. Decidiu então entrar para o convento. Depois de nos dar a sua benção, recomendou-nos viver como cristãos: rezar a Deus de todo o coração e observar sobretudo o mais importante dos mandamentos: o amor ao próximo, ajudando os pobres, irmãos de Cristo, e tratando nossos servos como irmãos. É assim que vivemos há dez anos neste lugar retirado, procurando obedecer aos conselhos de nossa mãe. Temos um asilo para os mendigos: neste momento estamos com mais de dez pessoas, inválidas ou doentes. Se quiseres, amanhã vamos ver o asilo. Quando acabou seu relato, eu lhe perguntei: E onde está esse livro de João Clímaco que a senhora quer enviar à sua mãe? Vamos para casa, eu te mostrarei. Mal começávamos a ler, chegou o dono da casa. Nós nos abraçamos cristãmente, como irmãos. Ele me levou ao seu quarto, dizendo: Venha comigo ao escritório, meu irmão, abençoe a minha cela. Acho que minha mulher o aborreceu. Quando ela encontra um peregrino ou um doente, fica tão feliz que não larga dele nem de dia nem de noite! É um velho costume da família dela. Entramos no escritório. Quanto livro! E belíssimos ícones (2) e uma grande cruz de tamanho natural; diante da cruz, um Evangelho. Eu me persignei e disse: Meu amigo, o senhor tem em seu quarto o paraíso de Deus! Olhe aqui o Senhor Jesus Cristo, sua Santa Mãe e seus santos servidores. Aqui, suas palavras e seus ensinamentos vivos e imortais. Acho que o senhor deve gostar de vir aqui muitas vezes para se entreter com os santos. Gosto sim, gosto muito de ler. Que gêneros de livros tem ai? Tenho muitos livros espirituais: olhe o Menólogo (3) as obras de João Crisóstomo (347-407), Basílio (330-379), o grande, muitos trabalhos filosóficos ou teológicos e numerosos sermões de pregadores contemporâneos. Esta biblioteca me custou cinco mil rublos. O senhor tem aí algum trabalho sobre a oração? indaguei. Gosto muito dos livros sobre a oração. Tenho – veja aqui – um opúsculo de um padre de São Petersburgo (a segunda maior cidade da Federação Russa, localizada ao longo do rio Neva, na entrada do Golfo da Finlândia no Mar Báltico). Ele retirou um comentário sobre o Pai-Nosso que começamos a ler. Nisso chegou sua mulher com o chá e as crianças, trazendo uma costa de prata cheia de pastéis e tortas, tais como eu nunca tinha comido. O senhor pegou o livro, deu-o à mulher e disse: Ela vai ler para nós. Lê muito bem! Enquanto isso, refazemos nossas forças. A senhora começou a ler. Ao escutá-la, eu sentia que a oração brotava em meu coração. Quanto mais ela lia, mais a oração se intensificava em mim, causando-me muita alegria. De repente, vi passar rápido, no ar, um vulto que parecia ser do monge, meu mestre, já falecido. Fiz um movimento brusco e, para disfarçar, disse: Perdoe-me, eu cochilei. Nesse momento tive a impressão de que o espírito do monge me iluminava: tudo ficou mais claro para mim a respeito da oração. Fiz o sinal da cruz e tratei de afastar essas ideias. A dona da casa acabou de ler e o marido me perguntou se eu tinha apreciado a leitura. Então conversamos muito sobre o assunto. Isso me agrada muito, disse. Aliás, o Pai-Nosso é a melhor e a mais preciosa dentre todas as orações escritas que nós temos: foi o próprio Senhor Jesus Cristo quem a ensinou. O comentário que foi lido é muito bom, mas está inteiramente voltado para a vida ativa do cristão, ao passo que, nos Padres da Igreja, eu li uma explicação que é sobretudo mística e orientada para a contemplação. Em que Padres tu achaste tal explicação? Nos livros de Máximo, o Confessor (4), por exemplo, e na Filocalia, nos escritos de Pedro Damasceno (5). Tu ainda te lembras? Repete para nós, se for possível. Pois não! O começo da oração – Pai-Nosso que estais no céu – no livro que o senhor leu, dizem que essas palavras significam que é preciso amar fraternalmente ao nosso próximo, pois somos todos filhos de um mesmo Pai. Está certo. Mas, os Padres da Igreja acrescentam um comentário mais espiritual: dizem que, ao pronunciar essas palavras, deve-se erguer o espírito para o Pai Celestial e lembrar a obrigação de estar sempre na presença de Deus. As palavras – Santificado seja o vosso Nome – nesse livro são explicadas no sentido do cuidado que se deve ter para não invocar em vão o Nome do Senhor. Mas os comentaristas místicos vêm nessa passagem a súplica pela oração interior do coração, isto é: para que o nome de Deus seja santificado, é preciso que se grave dentro do coração e que, pela oração perpétua, ilumine e santifique todos os sentimentos e todas as forças da alma. As palavras – Venha a nós o vosso Reino – são explicadas pelos Padres da seguinte maneira: que venham ao nosso coração a paz interior, o repouso e a alegria espiritual. No livro, comentam que a frase seguinte: O pão nosso de cada dia nos dai-nos hoje – refere-se às necessidades de nossa vida corporal e a tudo o que necessário para que possamos ajudar ao próximo. Máximo, o Confessor (580-662), entende, por pão cotidiano, o pão celeste que alimenta a alma, quer dizer, a Palavra de Deus e a união da alma com Deus pela contemplação e pela oração perpétua no interior do coração. Ah! A oração interior é uma tarefa difícil, quase impossível para aqueles que vivem no mundo, exclamou o meu interlocutor. Só para cumprir a oração habitual, sem preguiça, já nos é necessária toda a ajuda de Deus. Não fale assim, meu senhor. Se fosse uma tarefa acima das forças humanas. Deus não a teria ordenado para todos. II Coríntios 12,9 “Sua força se manifesta na fraqueza”. Padres da Igreja nos oferecem meios que facilitam o caminho para a oração interior. Nunca li nada de concreto a esse respeito, disse. Se o senhor quiser, posso ler agora algumas passagens da Filocalilia. Peguei o meu livro e procurei um trecho de Pedro Damasceno na terceira parte, página 48. E li para ele o seguinte: “É preciso exercitar-se a invocar o nome do Senhor, mais que a respiração, em todo tempo, em todo lugar e em toda ocasião. Diz o apóstolo – Rezai sem cessar. Com isso, quer ensinar que é preciso lembrar-se de Deus em todo tempo, em todo lugar e em todas as coisas. Se fabricas alguma coisa, deves pensar no Criador de tudo o que existe; se vês a luz do dia, lembra-te daquele que criou a luz para ti; se olhas o céu, a Terra e o mar e tudo o que eles contêm, admira, glorifica aquele que tudo criou; se te vestes com uma roupa, pensa naquele de quem a recebeste e lhe agradece, a Ele que provê a tua existência. Em resumo, que todo movimento seja para ti um motivo para celebrar o Senhor: assim rezarás sem cessar e tua alma estará sempre alegre”. Vejam, disse eu, como esse proceder é simples, fácil e acessível a todos aqueles que têm um pouco de sentimento humano. O texto lhes agradou muito. O senhor me abraçou com entusiasmo, agradeceu-me, olhou para minha Filocalia e disse: É preciso que eu compre esse livro. Vou encomendá-lo em São Petersburgo. Mas, para dele me lembrar melhor, vou copiar já essa passagem que leste. Dita para mim. E imediatamente transcreveu o texto com sua letra bonita e bem rápido. Em seguida, exclamou: Meu Deus! Eu tenho justamente um ícone (imagem) de São (6) Damasceno (676-749). Abriu o caixilho e fixou embaixo do ícone o papel que acabara de copiar dizendo: A palavra viva de um servidor de Deus, colocada sob sua imagem, vai me estimular frequentemente a pôr em prática esse conselho salutar. Logo fomos jantar. Todos estavam à mesa conosco – homens e mulheres. Que silêncio piedoso e que calma durante a refeição! Quando acabamos, rezamos juntos a oração, inclusive as crianças, e me fizeram ler o Hino ao Dulcíssimo Jesus. Os servos foram descansar e nós ficamos e nós ficamos, os três, na sala. Então a senhora trouxe para mim uma camisa branca e meias. Inclinei-me profundamente e disse: Minha querida senhora, eu não posso colocar essas meias. Nunca usei meias. Nós usamos sempre faixas de pano (7). Então ela saiu e voltou logo com uma velha blusa amarela, de seda fina, que cortou em faixas. E o marido, dizendo que meus sapatos não prestavam mais, trouxe para mim um par novinho em folha que ele calçava por baixo de suas botas. Entra nesse quarto, disse-me ele, aí não está ninguém. Tu poderás trocar de roupa. Fui trocar-me e voltei para junto deles. Fizeram-me sentar em uma cadeira e se puseram a me calçar: ele enrolava as faixas em meus pés e ela me enfiava os sapatos. No começo, eu não queria deixar que fizessem isso comigo. Mas eles me fizeram sentar, dizendo: Senta-te e cala-te, o Cristo lavou os pés de seus discípulos. Não aguentei mais e comecei a chorar – e eles também choravam. Então a senhora se retirou para passar a noite junto das crianças e eu, com seu marido, fomos ao jardim para conversar um pouco no quarto lá de fora. Ficamos muito tempo em vigília. Estávamos deitados no chão e conversávamos. De repente, o senhor se aproximou de mim e me disse: Responde-me em consciência e com sinceridade: Quem és tu? Deves ser de uma família nobre e te fazes de inocente. Tu pensas e falas corretamente, decerto não foste educado como um camponês. Eu lhes falei de coração puro, ao senhor e à sua esposa, e jamais pensei em mentir-lhes e enganá-los. E com que finalidade o faria? O que eu falo não vem de mim, mas daquele monge sábio e amigo, já falecido, ou dos Padres da Igreja que eu li. Quanto à oração interior que, acima de tudo, ilumina minha ignorância, não fui eu quem a inventou. Ela nasceu em meu coração pela misericórdia de Deus e graças aos ensinamentos do monge que foi meu mestre espiritual. Qualquer pessoa pode fazer a mesma coisa. Basta mergulhar mais silenciosamente no fundo do seu coração e invocar mais o nome de Jesus Cristo: imediatamente se descobre a luz interior, tudo fica mais claro e, nessa clareza, aparecem certos mistérios do Reino de Deus. E já é um grande mistério quando o homem descobre essa capacidade de entrar em si mesmo, de se conhecer verdadeiramente, de chorar baixinho sua queda e sua vontade pervertida. Não é difícil pensar com sensatez e falar às pessoas. É uma coisa possível porque o espírito e o coração já existiam antes da ciência e da sabedoria humanas. Pode-se sempre cultivar o espírito pela ciência ou pela experiência, mas lá onde não houver inteligência, de nada servirá a educação. Acontece que estamos longe de nós mesmo e não desejamos nos aproximar, fugimos sempre para não nos encontrarmos face a face com nós mesmos. Preferimos qualquer bagatela à vontade. E pensamos: Bem que eu gostaria de ter uma vida espiritual, de ocupar-me com a oração, mas não tenho tempo: os negócios e as preocupações não me permitem dedicar-me inteiramente à oração. Mas, o que é mais importante e mais necessário: a vida eterna da alma santificada ou a vida passageira do corpo pela qual tanto nos sacrificamos? É assim que as pessoas podem chegar, seja à sabedoria, seja à tolice. Desculpa, meu querido irmão, não falei por simples curiosidade, mas de boa vontade e por sentimento cristão. E, além disso, porque encontrei um caso muito curioso há dois anos. Um dia, apareceu aqui em casa um velho mendigo, muito fraquinho. Tinha documento de identidade de soldado que já deu baixa no exército e era tão pobre que estava quase nu. Falava pouco e se expressava como um camponês. Nós o recolhemos no asilo. Depois de cinco dias, adoeceu: nós o transportamos para o quarto lá do fundo e minha mulher e eu cuidamos dele o tempo todo. Quando se percebeu que ele ia morrer, nosso vigário o confessou, lhe deu a comunhão e os últimos sacramentos. Na véspera de sua morte, ele se levantou, me pediu papel e pena para escrever. Daí insistiu para que a porta ficasse fechada e que ninguém entrasse enquanto ele ia escrever o seu testamento que eu deveria fazer chegar às mãos de seu filho, em São Petersburgo. Eu fiquei bobo quando vi que ele escrevia com perfeição e que suas frases eram corretas, elegantes e cheias de ternura. Amanhã eu vou te mostrar esse testamento, do qual guardei uma cópia. Fiquei tão admirado que, louco de curiosidade, lhe pedi para me contar sua origem e a história de sua vida. Ele me fez jurar que, antes de sua morte, eu nada diria a ninguém. Então, para a maior glória de Deus, me fez o seguinte relato: “Eu era um príncipe e muito rico. Minha vida era a mais dissipada, a mais brilhante e a mais luxuosa que possa existir. Minha mulher tinha morrido e eu vivia com meu filho que era capitão da Guarda. Uma noite, quando me preparava para ir a um baile, fiquei furioso com meu criado de quarto. Na minha impaciência, bati com força na cabeça dele e dei ordem que o mandassem embora para a aldeia. Isso aconteceu à noite. No dia seguinte cedo, o criado morreu de uma inflamação no cérebro. Mas ninguém deu importância ao fato e, apesar de lastimar minha violência, eu mesmo acabei esquecendo o episódio. Seis semanas depois, o meu criado de quarto começou a me aparecer em sonhos. Toda noite ele vinha me importunar e me censurar, repetindo sem parar. Homem sem consciência! Tu me assassinaste! Com o correr do tempo, mesmo acordado, eu o via. Essa aparição foi se tornando cada vez mais frequente e, por fim, ele não me deixava um instante sequer. Enfim, além do meu criado, comecei a ver outros mortos: homens que eu tinha ofendido brutalmente, mulheres que eu tinha ofendido brutalmente, mulheres que eu tinha seduzido. Todo me censuravam e não me davam mais sossego, a tal ponto que não podia mais nem dormir nem comer nem fazer nada. Eu estava exausto e só pele e osso. Os esforços dos melhores médicos não obtinham resultado algum. Viajei para me tratar no exterior, mas depois de seis meses de tratamento, não havia melhora alguma. As terríveis aparições, porém, aumentavam cada vez mais. Trouxeram-me de volta, mais morto que vivo. Minha alma, antes de se separar do corpo, conheceu então plenamente os tormentos do inferno. Desde essa ocasião, eu acreditei no inferno e fiquei sabendo o que é o inferno. Em meio a tantas aflições, compreendi finalmente a minha infâmia. Arrependi-me, confessei-me, libertei todos os meus servos (7) e fiz voto de passar o resto de minha vida nos mais duros trabalhos e de me esconder sob a aparência de um mendigo, a fim de ser o mais humilde servidor das pessoas da mais humilde condição. Mal tinha eu tomado essa decisão, sumiram as aparições. Minha reconciliação com Deus me causava uma tal alegria, um tal sentimento de reconforto que realmente eu não posso exprimir. Compreendi então, também por experiência, o que é o paraíso e como o Reino de Deus está dentro de nossos corações. Fiquei logo completamente restabelecido e tratei de pôr em prática meu projeto. Munido de documento de identidade de um antigo soldado, eu deixei secretamente o lugar onde nasci. Já faz agora quinze anos que ando errante através da Sibéria (uma vasta região da Federação Russa e do norte do Cazaquistão integralmente no norte da Ásia. Ela estende-se dos Urais ao Oceano Pacífico (...) e até a fronteira com a Mongólia e a República Popular da China). Algumas vezes foi contratado por camponeses para trabalhos de acordo com minhas forças. Outras vezes, eu mendiguei em nome de Cristo! Ah! No meio de tantas privações, que felicidade eu senti! Que felicidade, que paz de consciência! Só pode compreender isso alguém que a misericórdia divina arrancou de um inferno de dores para transportá-lo ao paraíso de Deus” Dito isso, ele me entregou seu testamento para enviá-lo a seu filho. No dia seguinte, morreu, Veja! Na minha Bíblia que está dentro da minha sacola, tenho uma cópia do testamento do velho mendigo. Se queres ler, eu te mostrarei. Aqui está! Eu desdobrei o papel e li: “Em nome de Deus glorificado na Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. Meu amado filho”. Referência: (1) São João de Belgorod – (1705-1754) – monge desde jovem, deixou um tratado sobre os sete pecados e as sete virtudes, editado em Kiev – Federação Russa, em 1892. É pouco provável que tenha tido descendentes. Trata-se aqui de um outro Josafá, bispo de Belgorod, que foi padre e professor de seminário e que foi casado. A Igreja Oriental não exige o celibato dos sacerdotes. (2). Ícone – na Igreja Russa e Grega, quadro com pintura na madeira, representando a Jesus Cristo, a Virgem Maria e os santos. (3) Menólogo – cena de peça em que o ator, achando-se só, fala consigo mesmo ou se dirige ao público, expressando seus pensamentos e as lutas interiores de seu espírito. (4) Máximo, o Confessor – o maior teólogo grego do século VII, monge e abade de um mosteiro perto de Constantinopla – atual Turquia. Lutou contra a heresia monotelita, foi exilado e posteriormente preso, em 653; foi levado a Bizâncio e ai martirizado pela fé. Terminou sua vida no exílio. Sua principal obra foi Quatre Centuries sur la charité. (5) Pedro Damasceno – século XII – autor de obras ascéticas que permaneceram inéditas, entre as quais dois escritos sobre a Comunhão daSanta Ceia. (6) São João Damasceno – século VII – monge em Jerusalém, foi defensor das imagens na questão dos iconoclastas. Suas obras: Três discursos contra os iconoclastas e a Fonte do Conhecimento, que é uma síntese das doutrinas e filosóficas e teológicas e, ao mesmo tempo, uma coletânea das principais heresias. Chamado de Manual dogmático da Idade Média Grega, o livro foi traduzido para o latim, no século XII, sendo conhecido por Santo Tomas de Aquino (1225-1274).                                                       Livro Relato de Um Peregrino Russo, de Jean Gauvain. Abraço. Davi.







Nenhum comentário:

Postar um comentário