quarta-feira, 1 de junho de 2016

Upanishad. ISHA.



Hinduísmo. Upanishad. Isha. De acordo com a versão inglesa de Swami Prabhavananda e Frederick Manchester. "Assim como fumaça e faíscas se erguem de um fogo acendido com lenha umedecia. Maitreyi aspirou do Eterno todo o conhecimento e toda a sabedoria. O que conhecemos como o Rig Veda, o Yajur Veda, e o resto. Eles são o fôlego do Eterno. Capítulo 1. ISHA. A visão no mundo e a vida no espírito não são incompatíveis. O trabalho, ou a ação, não é contrario ao conhecimento de Deus, porém, nas verdade, se realizado sem  apego, é um instrumento para ele. Por outro lado, a renúncia significa renúncia do ego, do egoísmo, não da vida. A finalidade, tanto do trabalho como da renúncia é conhecer o Eu interiormente e Brahman exteriormente, e perceber sua identidade. O Eu é Brahman, e Brahman é tudo. Preenchidas totalmente com Brahman estão as coisas que vemos. Preenchidas totalmente com Brahman as coisas que não vemos. De Brahman flui tudo o que existe. De Brahman tudo, todavia, ele ainda é o mesmo. OM (...). Paz, paz, paz. NO CORAÇÃO de todas as coisas, de tudo o que existe no Universo, habita Deus. Somente ele é realidade. Portanto, renunciando as vãs  aparências, rejubilai-vos nele. Não cobiceis a riqueza de ninguém. Bem pode ficar satisfeito de viver cem anos aquele que age sem apego, que realiza seu trabalho com zelo, porém, sem desejo, não ansiando por seus frutos, ele, e somente ele. Existem mundos sem sois, cobertos pela escuridão. Para esses mundos vão depois da morte os ignorantes, assassinos do Eu. O Eu é um só. Sendo imóvel, ele se move mais rápido do que o pensamento. Os sentidos não o alcançam, pois ele sempre vai primeiro. Permanecendo imóvel, ultrapassa tudo o que corre. Sem o Eu, não há vida. Para o ignorante, o Eu parece mover-se, embora ele não se mova. Ele está muito distante do ignorante, embora esteja próximo. Ele está dentro de tudo, e está fora de tudo. Aquele que vê todos os seres no Eu, e o Eu em todos os seres, não odeia ninguém. Para a alma iluminada, o Eu é tudo. Para aquele que vê harmonia em todos os lugares, como pode haver ilusão ou pesar? O Eu está em todos os lugares. Ele é brilhante, imaterial, sem mácula de imperfeição, sem osso, sem carne, puro, intocado pelo mal. Aquele que vê. Aquele que pensa. Aquele que está acima de tudo, o Auto Existente, ele é aquele que estabeleceu a ordem perfeita entre objetos e seres desde o tempo que não tem princípio. A escuridão estão destinados os que se dedicam apenas à vida no mundo, e a uma escuridão ainda maior os que se entregam apenas a meditação. Viver somente no mundo leva a um resultado, meditar apenas leva a outro. Assim falaram os sábios. Aqueles que se dedicam tanto à vida no mundo como a meditação, superam a morte através da vida no mundo, e atingem a imortalidade através da meditação. A escuridão estão destinados somente os que cultuam o corpo, e a uma escuridão ainda maior os que veneram apenas o espírito. Cultuar somente o corpo leva a um resultado, venerar apenas o espírito leva a outro. Assim falaram os sábios. Os que veneram tanto o corpo como o espírito, pelo corpo vencem a morte, e pelo espírito atingem a imortalidade (4). A face da verdade está oculta por vosso obre dourado, o Sol. Removei-o, para que Eu, que sou dedicado à verdade, possa contemplar a sua glória (5). OH! Vos que alimentais, o único que vê, o que tudo controla. O Sol que ilumina, fonte de vida para todas as criaturas, retende a vossa luz, reuni os vossos raios. Possa Eu contemplar através da vossa graça a vossa forma mais abençoada. O Ser que ai habita, mesmo esse Ser sou Eu. Permiti que minha vida agora se uma a vida que tudo permeia. As cinzas são o fim do meu corpo OM (...). Oh! Mente, lembrai-vos de Brahman. Oh! Mente das vossas ações passadas. Lembrai-vos de Brahman. Lembrai-vos das vossas ações passadas. (4). Em sânscrito, dialeto hindu, este verso e os cinco precedentes são extremamente obscuros. Os comentaristas os explicam de diversas maneiras, e não muito claramente. (5) Neste verso, o Sol simboliza o Eu, ou Brahman, como é comum nos Vedas. O orbe dourado, bem como os raios e a luz, do verso seguinte, é Maya o mundo da aparência, ilusão. Oh! Deus Agni, levai-nos à felicidade. Vós conheceis nossas ações. Preservai-nos da ilusória atração do pecado. A vós oferecemos nossas saudações, uma e outra vez (6). (6). Este verso e o precedente constituem uma oração que é pronunciada no momento da morte. Ainda hoje são empregados pelos hindus nos seus rituais fúnebres. A mente é aconselhada a se lembrar de suas ações passadas porque são essas ações que acompanham a alma que parte e determinam a natureza da encarnação seguinte. Como a cremação envolve o fogo, é natural que seja dirigida pelo deus do fogo, Agni. O deus é invocado aqui na sua própria personalidade e também como um símbolo de Brahman". Do Livro Os Upanishads. Sopro Vital do Eterno. Abraço. Davi.

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