Hinduísmo.
Upanishad. Isha. De acordo com a versão inglesa de Swami Prabhavananda e Frederick Manchester. "Assim como fumaça e faíscas se erguem de um fogo acendido com lenha
umedecia. Maitreyi aspirou do Eterno todo o conhecimento e toda a sabedoria. O
que conhecemos como o Rig Veda, o Yajur Veda, e o resto. Eles são o fôlego do
Eterno. Capítulo 1. ISHA. A visão no mundo e a vida no espírito não são
incompatíveis. O trabalho, ou a ação, não é contrario ao conhecimento de Deus,
porém, nas verdade, se realizado sem
apego, é um instrumento para ele. Por outro lado, a renúncia significa
renúncia do ego, do egoísmo, não da vida. A finalidade, tanto do trabalho como
da renúncia é conhecer o Eu interiormente e Brahman exteriormente, e perceber
sua identidade. O Eu é Brahman, e Brahman é tudo. Preenchidas totalmente com
Brahman estão as coisas que vemos. Preenchidas totalmente com Brahman as coisas
que não vemos. De Brahman flui tudo o que existe. De Brahman tudo, todavia, ele
ainda é o mesmo. OM (...). Paz, paz, paz. NO CORAÇÃO de todas as coisas, de
tudo o que existe no Universo, habita Deus. Somente ele é realidade. Portanto,
renunciando as vãs aparências,
rejubilai-vos nele. Não cobiceis a riqueza de ninguém. Bem pode ficar
satisfeito de viver cem anos aquele que age sem apego, que realiza seu trabalho
com zelo, porém, sem desejo, não ansiando por seus frutos, ele, e somente ele.
Existem mundos sem sois, cobertos pela escuridão. Para esses mundos vão depois
da morte os ignorantes, assassinos do Eu. O Eu é um só. Sendo imóvel, ele se
move mais rápido do que o pensamento. Os sentidos não o alcançam, pois ele
sempre vai primeiro. Permanecendo imóvel, ultrapassa tudo o que corre. Sem o
Eu, não há vida. Para o ignorante, o Eu parece mover-se, embora ele não se
mova. Ele está muito distante do ignorante, embora esteja próximo. Ele está
dentro de tudo, e está fora de tudo. Aquele que vê todos os seres no Eu, e o Eu
em todos os seres, não odeia ninguém. Para a alma iluminada, o Eu é tudo. Para
aquele que vê harmonia em todos os lugares, como pode haver ilusão ou pesar? O
Eu está em todos os lugares. Ele é brilhante, imaterial, sem mácula de
imperfeição, sem osso, sem carne, puro, intocado pelo mal. Aquele que vê.
Aquele que pensa. Aquele que está acima de tudo, o Auto Existente, ele é aquele
que estabeleceu a ordem perfeita entre objetos e seres desde o tempo que não
tem princípio. A escuridão estão destinados os que se dedicam apenas à vida no
mundo, e a uma escuridão ainda maior os que se entregam apenas a meditação.
Viver somente no mundo leva a um resultado, meditar apenas leva a outro. Assim
falaram os sábios. Aqueles que se dedicam tanto à vida no mundo como a
meditação, superam a morte através da vida no mundo, e atingem a imortalidade
através da meditação. A escuridão estão destinados somente os que cultuam o
corpo, e a uma escuridão ainda maior os que veneram apenas o espírito. Cultuar
somente o corpo leva a um resultado, venerar apenas o espírito leva a outro.
Assim falaram os sábios. Os que veneram tanto o corpo como o espírito, pelo
corpo vencem a morte, e pelo espírito atingem a imortalidade (4). A face da
verdade está oculta por vosso obre dourado, o Sol. Removei-o, para que Eu, que
sou dedicado à verdade, possa contemplar a sua glória (5). OH! Vos que
alimentais, o único que vê, o que tudo controla. O Sol que ilumina, fonte de
vida para todas as criaturas, retende a vossa luz, reuni os vossos raios. Possa
Eu contemplar através da vossa graça a vossa forma mais abençoada. O Ser que ai
habita, mesmo esse Ser sou Eu. Permiti que minha vida agora se uma a vida que
tudo permeia. As cinzas são o fim do meu corpo OM (...). Oh! Mente, lembrai-vos
de Brahman. Oh! Mente das vossas ações passadas. Lembrai-vos de Brahman.
Lembrai-vos das vossas ações passadas. (4). Em sânscrito, dialeto hindu, este
verso e os cinco precedentes são extremamente obscuros. Os comentaristas os
explicam de diversas maneiras, e não muito claramente. (5) Neste verso, o Sol
simboliza o Eu, ou Brahman, como é comum nos Vedas. O orbe dourado, bem como os
raios e a luz, do verso seguinte, é Maya o mundo da aparência, ilusão. Oh! Deus
Agni, levai-nos à felicidade. Vós conheceis nossas ações. Preservai-nos da
ilusória atração do pecado. A vós oferecemos nossas saudações, uma e outra vez
(6). (6). Este verso e o precedente constituem uma oração que é pronunciada no
momento da morte. Ainda hoje são empregados pelos hindus nos seus rituais
fúnebres. A mente é aconselhada a se lembrar de suas ações passadas porque são
essas ações que acompanham a alma que parte e determinam a natureza da
encarnação seguinte. Como a cremação envolve o fogo, é natural que seja
dirigida pelo deus do fogo, Agni. O deus é invocado aqui na sua própria
personalidade e também como um símbolo de Brahman". Do Livro Os Upanishads. Sopro Vital do Eterno. Abraço. Davi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário