terça-feira, 7 de novembro de 2017

II. A CRIAÇÃO DE DEUS E O HOMEM TRIPARTIDO.

Cristianismo. Texto Hélcio Bruno de Almeida. A CRIAÇÃO DE DEUS E O HOMEM TRIPARTIDO II. Capítulo Dois. IV. NA CRIAÇÃO DE DEUS, A VIDA HUMANA SENDO A VIDA MAIS ELEVADA. A. O HOMEM SENDO CRIADO SEGUNDO A IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS. O homem não apenas possui a vida criada mais elevada, mas também foi feito a imagem de Deus e conforme a Sua semelhança - Gênesis 1,26-27. Além do homem, nenhuma outra criatura se parece com Deus em imagem e semelhança. O homem é o que Deus criou de mais elevado, e foi criado a imagem de Deus e conforme a sua semelhança. Na criação de Deus, o homem é o melhor recipiente preparado por Deus para o seu plano. Nesse plano, Deus ordenou que os homens possuíssem a sua vida, para que eles fossem irmãos do seu Filho, portanto, em sua criação, Ele fez com que o homem tivesse a sua imagem e semelhança. A imagem refere-se às partes interiores, tais com a mente, emoção e vontade. A mente, emoção e vontade humanas, que constituem o homem intangível, foram criadas à imagem de Deus. Portanto, as funções humanas do pensamento, opinião e amor se parecem com as de Deus. A imagem de Deus também se refere as características dos seus atributos. Os atributos mais proeminente de Deus manifestos no homem são: amor, luz, santidade e justiça. Quando Deus criou o homem, ele o criou a sua imagem, segundo os atributos das suas virtudes, para que o homem pudesse expressá-lo através dessas virtudes. Dessa maneira, o homem possui o desejo de ter amor, luz, santidade e justiça, e essas virtudes deveriam ser expressas no seu comportamento. O que o homem possui, contudo, é apenas a imagem, e não a realidade. O homem precisa receber Deus como a sua vida e conteúdo e, depois o amor de Deus, a sua luz, santidade e justiça encherão e enriquecerão as virtudes humanas do amor, luz, santidade e justiça, para que se tornem realidade. A semelhança refere-se ao corpo exterior que constitui o homem tangível. O corpo exterior do homem foi criado conforme a semelhança de Deus. Deus possui assim a sua semelhança. Antes de se encarnar para ser um homem, Deus frequentemente aparecia às pessoas no Velho Testamento na forma de um homem (Gênesis 18,2,16-17; Juízes 13,9-10, 17-19. A forma do homem é a forma de Deus, pois o homem foi criado conforme a semelhança de Deus. 1. PARA QUE O HOMEM EXPRESSE A DEUS. O principal propósito da restauração e posterior criação de Deus foi ter o homem, um homem corporativo, para expressá-lo - Gênesis 1,26-27. O homem que Deus criou era um homem corporativo. Deus não criou muitos homens. Deus criou a humanidade coletivamente em uma pessoa, Adão. Deus criou Adão, e Adão era um homem corporativo, um homem coletivo. Quando Adão foi criado, todos fomos criados. Todos estávamos incluídos em Adão. Portanto, no versículo 26, Deus disse: "Tenham eles" - um homem, mas o pronome é eles. Isso prova que esse homem é corporativo. Nesse versículo, assim como "façamos" está na primeira pessoa do plural, significando que Deus é tri-uno, assim também o "tenham eles" significa que o homem é corporativo. Deus criou tal homem corporativo à sua própria imagem e conforme a sua própria semelhança, a fim de que o homem pudesse expressar o próprio Deus. 2. PARA QUE O HOMEM EXERÇA O DOMÍNIO DE DEUS. "Também disse Deus: Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenham eles domínio (...)". Deus criou um homem corporativo para exercer o seu domínio - Gênesis 1,26-28. A palavra domínio inclui mais do que apenas autoridade. Domínio significa ter um reino como uma esfera na qual a autoridade é exercida. a. PARA TRATAR COM O INIMIGO DE DEUS. O primeiro aspecto da intenção de Deus é tratar com o seu inimigo, tratar com Satanás, o qual é tipificado pelos répteis que rastejam - Gênesis 1,26. Na Bíblia os répteis que rastejam são demoníacos, diabólicos e satânicos. A Bíblia usa a serpente para tipificar Satanás - Gênesis 3,1. Em Apocalipse 12,9 Satanás é chamado de a "antiga serpente". Na criação original de Deus, Ele tinha somente um propósito - expressar-se. Todavia, por causa da rebelião de Satanás, Deus agora possui outro propósito, que é tratar com o seu inimigo. Portanto, Ele criou o homem à sua própria imagem para que o homem pudesse expressá-lo, e deu-lhe o domínio para que o homem tratasse com o seu inimigo. b. PARA RECUPERAR A TERRA: O segundo aspecto da intenção de Deus em dar o domínio ao homem é recuperar a Terra - Gênesis 1,26-28. O homem deve ter o domínio sobre a Terra, para subjugá-la e conquistá-la. Subjugar a Terra implica que o inimigo já está lá e que uma guerra está sendo travada. Portanto, devemos lutar e conquistar. c. PARA INTRODUZIR A AUTORIDADE DE DEUS. O terceiro aspecto da intenção de Deus em dar ao homem o domínio é introduzir a autoridade de Deus, para que esta seja exercida sobre a Terra. O homem tem de exercer a autoridade de Deus para que o reino de Deus possa vir à Terra, para que a vontade de Deus seja feita na Terra, e para que a glória de Deus possa ser manifesta na Terra. B. O HOMEM SENDO CRIADO EM TRÊS PARTES – ESPÍRITO, ALMA E CORPO. Deus criou o homem em três partes - espírito, alma e corpo - I Tessalonicenses 5,23. Primeiramente, Deus formou o corpo do homem do pó da Terra. Em seguida, soprou para dentro do corpo do homem o sopro da vida, o qual se tornou o espírito do homem. Quando o espírito, o sopro de vida, entrou no corpo do homem, a alma foi produzida. Portanto, exteriormente, o homem possui um corpo visível, e, interiormente, ele possui um espírito invisível entre os dois está a alma. O corpo está no lado de fora, para contatar as coisas do mundo físico. O espírito está no lado de dentro, para contatar as coisas do mundo espiritual. A alma, como o homem intermediário, está entre o coro e o espírito, para contatar as coisas do mundo psicológico. O corpo tem os diferentes órgãos de sentido que podem contatar as coisas materiais. O espírito possui as funções da consciência, da intuição e da comunhão com Deus, que podem contatar as coisas de Deus e as coisas espirituais. A mente da alma é o órgão pensante do homem; este pensa e considera - essas são as funções da mente. A vontade da alma é o órgão para a tomada de decisões, o homem decide, julga, propõe-se, escolhe e recusa - essas são as funções da vontade. A emoção da alma é a parte que governa os prazeres do homem, sua ira, tristeza e alegria; o homem ama, odeia, se empolga e fica deprimido - essas são as funções da emoção. Estas três - mente, vontade e emoção - juntas equivalem à alma. o espírito é a parte mais profunda de todo o nosso ser, o receptor para recebermos a Deus, e o órgão para contatarmos a Deus e todas as coisas espirituais - João 4,24; Romanos 1,9. Em nosso interior, nosso sentimento da necessidade de Deus, nosso sentimento e entendimento de Deus de Deus no mais profundo do nosso ser, e a censura ou a aprovação da nossa consciência são todos funções do espírito. Pelos sentidos do nosso corpo podemos provar as coisas materiais, semelhantemente, somente podemos provar as coisas de Deus e as coisas espirituais pelo espírito. O espírito do homem foi formado por Deus de maneira específica - Zacarias 12,1; Jó 32,8. Zacarias 12,1 diz que Deus estendeu os céus, fundou a Terra e formou o espírito do homem dentro nele. No Universo há três coisas igualmente importantes: os céus, a Terra e o espírito do homem. Os céus são para a Terra, a Terra é para o homem, e o homem possui um espírito para Deus. Deus criou os céus para Terra. Sem os céus, a Terra não pode produzir coisa alguma. A Terra foi criada para a existência do homem, e o homem possui um espírito no seu interior para conter Deus. Assim, o homem é o centro da criação de Deus, e o centro do homem é o seu espírito. No que diz respeito a Deus, se não houvesse espírito dentro do homem, este seria uma casca vazia. Se não houvesse o homem nesta Terra, esta seria vazia, e, no que diz respeito ao homem, os céus tornar-se-iam sem sentido. Portanto, os céus servem a Terra, a Terra serve o homem e o home possui um espírito para receber a Deus. C. O HOMEM SENDO CRIADO BOM E RETO. Eclesiastes 7,29 diz que Deus fez o homem reto. Quando o homem, no princípio, saiu das mãos criadoras de Deus, ele não era perverso, mal ou contaminado, mas reto, bom e puro. Naquele época, ele não tinha nenhum pecado, corrupção ou defeito. Assim, Deus considerou o homem "muito bom" - Gênesis 1,31. Se dúvida, o vaso que o Deus reto e bom havia preparado para sua vida santa e resplandecente não podia ser mal e perverso; pelo contrário, devia ser bom e reto. D. A VIDA HUMANA SENDO APENAS UMA VIDA CRIADA. Apesar de o homem ter sido criado à imagem de Deus e conforme a semelhança de Deus, a sua vida é apenas uma vida criada, diferente da vida de Deus, que é incriada. Como o homem é um ser criado, a vida dele também é uma vida criada. O homem possui um início e um fim, por isso a vida do homem também possui um início e um fim. Diferente da vida de Deus que não tem início nem fim, que é de eternidade a eternidade. Embora a vida humana seja elevada, ela é muito inferior a vida de Deus. A vida de Deus é eterna; a vida humana é temporária. A vida de Deus é divina e gloriosa; a vida humana é, no máximo, pura e boa, mas sem a natureza gloriosa de Deus. Embora o homem tenha a forma de Deus exteriormente, e a imagem de Deus interiormente, ele não tem a vida de Deus interiormente. Apesar de ter um espírito que o capacita a conhecer Deus e ter comunhão com Ele, o espírito do homem não tem a vida de Deus nem a sua natureza. O homem é apenas uma criatura de Deus, não tendo a vida incriada de Deus no inteirior. Neste sentido o homem necessita nascer de novo para tornar-se filho de Deus em vida e natureza, bem como poder herdar as riquezas da vida divina, as quais o homem terá toda a eternidade para desfrutá-la - João 1,12; Efésios 1,5. V. DEUS COLOCANDO O HOMEM EM FRENTE A ÁRVORE DA VIDA PARA QUE O HOMEM O RECEBA COMO VIDA. Após ter criado o homem, Deus não colocou a vida divina dentro dele. Em vez disso, deu ao homem um livre arbítrio. Ele queria que o homem exercesse o livre arbítrio para escolher, para tomar a sua vida. Para tanto, Deus o colocou em frente da árvore da vida - Gênesis 2,8-17. Para dar ao homem uma oportunidade de escolha, Deus colocou a árvore do conhecimento do bem e do mal ao lado da árvore da vida. A árvore da vida denota Deus como a fonte da vida; a árvore do conhecimento do bem e do mal significa Satanás como a fonte da morte. Essas duas árvores tipificam as duas fontes do Universo. Muitas pessoas pensam que, se Deus não tivesse permitido que a árvore do conhecimento do bem e do mal ficasse ao lado da árvore da vida, não teria havido problemas, posteriormente. Contudo, Deus não o fez dessa maneira. Ele é grandioso. Ele, como o Deus da glória, é tão atraente. Ele não obrigou o homem a escolhê-lo. Em vez disso, permitiu que o homem exercesse seu livre arbítrio para escolher o que pensasse ser bom. Foi segundo esse princípio que, no jardim do Éden, Deus colocou Adão em frente de duas árvores; Ele queria que o homem o escolhesse, tomasse-o como vida. Na nova criação o Senhor veio novamente colocar diante do homem a sua livre escolha: "Entrai pela porta estreita (larga é aporta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida e são poucos os que acertam com ela". - Mateus 7,13-14. "Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me" - Mateus 16,24. Livro As Doze Lições Básicas do Ministro do Evangelho. Abraço. Davi









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