sexta-feira, 10 de novembro de 2017

A UMBANDA NOS QUATRO CANTOS DO PLANETA.

Religião Afro descendente. Umbanda. Texto de Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre tântrico Curador. Médium F. Rivas Neto. Capítulo Oito. A UMBANDA NOS QUATRO CANTOS DO PLANETA – DETURPAÇÕES – CISÃO DO TRONCO TUPY – DESAPARECIMENTO DA TRADIÇÃO SABER – CONFUSÕES – APARECIMENTO DA TRADIÇÃO HERMÉTICA OU CIÊNCIA ESOTÉRICA. No capítulo anterior, explicamos de forma simples e objetiva o surgimento do Aumbandan ou Umbanda. Quisemos que todos entendessem que, quando falávamos Umbanda ou Aumbandan, estávamos nos referindo a um bloco uno do conhecimento. Desse CONHECIMENTO UNO faziam parte: a Religião, a Filosofia, a Ciência e a Arte. Vimos também que tínhamos o conhecimento em dois níveis, ambos unos. A Proto-Síntese Relígio-Científica era um conjunto de conhecimentos que compreendia quatro pilares do conhecimento unificados. Essa Proto-Síntese Relígio-Científica compreendia o primeiro nível de conhecimento, sendo representada graficamente por uma PIRÂMIDE, cujo vértice expressava esse conhecimento integrado, uno. A Proto-Síntese Cósmica era um conjunto de conhecimentos unificados que compreendia, em essência, o AMOR CÓSMICO e a SABEDORIA INTEGRAL ou CÓSMICA. Essa Proto-Síntese Cósmica compreendia o segundo nível de conhecimento. Era representada graficamente, geometricamente, pelo CÍRCULO, sendo ele limitado pela linha curva, chamada circunferência, tendo ela infinitos pontos, expressando o CICLO, o RITMO, ou seja, Sabedoria e Amor Cósmico, os quais fazem parte de toda a Lei Cósmica. No diagrama que demonstraremos a seguir, a Proto-Síntese Relígio-Científica está contida na Proto Síntese Cósmica, ou, de modo inverso, a Proto-Síntese Cósmica contém em si a Proto-Síntese Religião Científica, sendo que a última não contém a primeira. Aí, pois, dividiremos o conhecimento em dois níveis. Atentemos para o gráfico: Iniciaticamente, diríamos que o Iniciando teria dois níveis a serem superados, o primeiro sendo preparatório e o segundo sendo superior. A INICIAÇÃO CÓSMICA preconiza que o primeiro nível é o da Proto-Síntese Religião-Científica, sendo ele dividido em cinco graus. Os primeiros quatro graus ou pilares, distintos a priori, são estudados e sentidos de forma individual. Com o passar do tempo, vai havendo uma integração entre os mesmos, até culminar com a interligação e integração total. Temos aí o quinto grau. Após esse primeiro nível composto de cinco graus, em que o Iniciando foi, num longo período, amadurecendo todo seu senso iniciático, surge o nível superior, composto do sexto e sétimo graus. O sexto grau seria o AMOR CÓSMICO, e o sétimo grau a SABEDORIA TOTAL ou CÓSMICA. Deixemos claro que nem todo Iniciando do passado alcançava a Iniciação, nem a relativa ao primeiro nível, e muito menos à do segundo nível. Os que alcançavam o primeiro nível, vencendo os cinco graus, eram considerados INICIADOS NOS PEQUENOS MISTÉRIOS, e aí poderiam parar sua Iniciação. Se prosseguissem, rasgando os véus do 2º nível, vencendo os 2 graus, o 6º e o 7º, teriam alcançado a Iniciação Total, eram INICIADOS NOS GRANDES MISTÉRIOS. Eram conhecedores, por cima, da Proto-Síntese Cósmica e, por baixo, da Proto-Síntese Religião Científica. Acreditamos assim ter deixado bem explicado esse importantíssimo tema. Eram os Iniciados nos Grandes Mistérios que compunham o corpo de condutores morais-espirituais da pura Raça Vermelha. É por isso que, na época, a pura Raça Vermelha conseguiu evoluir em todos os setores, isto é, evoluíam em bloco, com um CONHECIMENTO UNO. Evoluíram tanto que os conhecimentos mais avançados da atualidade e alguns que estão próximos de serem descobertos já faziam parte, naquela época, de seus registros em seus livros de arquivo, já superados há milênios. É essa poderosa e pura Raça Vermelha, cultuadora da Religião como caminho para o Alto, da Filosofia como caminho para uma Realidade sempre mais definida, da Ciência como veículo que os levaria a novos planos de conhecimento, de Arte como meio que lhes facultaria a capacidade de simbolizar, expressar e deixar com marcas indeléveis seus sentimentos puros e fraternos, que iremos citar. É por tudo isso que a Raça Vermelha conseguiu os mais altos patamares evolutivos em nossa CASA PLANETÁRIA. Cumpriram suas tarefas em nossa casa planetária, pois, como degredados que foram de Pátrias Siderais distantes, tinham se redimido e impulsionado muitos de seus irmãos terrestres a novos planos do universo. Evoluíram fazendo outros evoluírem, essa é a lição da Raça Vermelha que jamais será esquecida. No âmago da Raça Vermelha daqueles tempos, sabiam seus mais altos expoentes que muitos estavam prestes a retornar às suas Pátrias Siderais, não mais voltando a reencarnar no planeta Terra. Não que com isso toda a Raça Vermelha iria retornar. Nem todos, mas algum dia todos retornariam. Os grandes condutores espirituais da pura Raça Vermelha mantinham toda a tradição sob a guarda de verdadeiros GUARDIÃES DO SABER, os quais, quando consultados, expressavam ao seu povo, sem fazer mistérios, tudo aquilo que era perguntado, no âmbito da Proto-Síntese Religião Científica. Eles respondiam e explicavam, às vezes durante muitas e muitas horas. No concernente à Proto-Síntese Cósmica, eram eles os ouvintes de seus condutores espirituais. Essa tradição não era somente oral; era grafada com caracteres que correspondiam ao alfabeto da língua Abanheenga. Como dizíamos, os Altos Condutores estavam retornando às suas Pátrias Siderais e não mais encarnariam aqui, embora tivesse sido assim que incrementaram, de forma lúcida e coerente, o conhecimento da Proto-Síntese Religião-Científica a todos os Seres Espirituais que constituíram a Raça Vermelha. Embora não encarnassem mais, a maior parte deles permaneceu como "Pais de Raça" no Astral Superior e, sempre que possível, faziam ressurgir os conhecimentos que porventura pudessem estar sendo esquecidos ou postergados. Assim é que esses abnegados Senhores ficaram, como sabemos, sendo integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais e da Confraria dos Magos do Cruzeiro Divino, agremiações que se integrariam na Corrente dos Magos Brancos do Astral. Com isso, naquela época, assumiram a paternidade moral da Raça Vermelha, tendo também assumido a paternidade astral de todas as demais raças que passaram pelo planeta. É claro que as demais raças tiveram seus grandes condutores, mas todos eles reconhecem a supremacia moral da pura Raça Vermelha, a qual, por Amor e Sabedoria, também os albergou no Governo Oculto do Astral, sob a égide viva do AMOR-SÁBIO de OSHY, o Cristo Jesus. Com isso queremos afirmar que, em relação aos altos comandos do astral superior, os ex-componentes da pura Raça Vermelha são os nossos dirigentes superiores, tanto é que não temos praticamente nenhum componente da Raça Vermelha encarnado. Quando dissemos praticamente nenhum, não quisemos dizer que não haja vários. Há vários sim, insignificantes porém em número, em relação à população mundial. Não os confundamos com os aborígines das várias partes do globo que, embora sejam nossos irmãos mais novos e menos experientes, não são nem retardatários dos Vermelhos, são seres retardatários miscigenados. E uma das metas da Raça Vermelha pura incrementar a evolução desejável, o mesmo acontecendo a certos povos da Ásia, África e Oceania. Os pouquíssimos Seres Espirituais da pura Raça Vermelha que estão encarnados no planeta Terra cumprem sérios compromissos missionários em vários setores do mundo moderno, ajudando o homem de hoje a ser o portentoso homem de amanhã. Estão na Ciência, na Arte, na Filosofia, na Religião, enfim, em todo o conhecimento humano. Alguns deles têm encarnado na CORRENTE HUMANA DE UMBANDA. Têm sido de valia ímpar no esclarecimento aos seus irmãos de todas as raças, que se encontram em busca de uma bússola norteadora para poderem começar a galgar o caminho a novos patamares da Consciência, isso tudo dentro do Movimento Umbandista da atualidade. São os cavalos silenciosos, que amam o que fazem, sendo até reconhecidos devido a suas fisionomias diferentes. Poderiam alcançar, aqui por baixo, altíssimos postos nas Artes, Ciências, Filosofia, etc, mas não se misturam. Têm função definida, a par das constantes incompreensões de que são vítimas, o que para eles não significa nada. Aliás, significa aprimoramento. Mas voltemos à temática central, ou seja, de que os grandes condutores não reencarnariam mais. Por aqui, deixariam sólidos conceitos espirituais, filosóficos, científicos, artísticos e vestígios da mais pura e bela de todas as Ciências — a Ciências das Ciências, a Síntese das Sínteses — a PROTOSÍNTESE CÓSMICA — AUMBANDAN, que teve como sinonímia, para os mais adiantados da Raça Tupy — os Tupy-nambá e os Tupy-guarany — o vocábulo sagrado MACAUAM. Era uma maneira de não pronunciar o Aumbandan, embora expressasse a mesma Proto-Síntese Cósmica. Foi a primeira forma de velar o termo sagrado. Esse próprio vocábulo, Macauam, através de uma pequena alteração fonética, gerou Anauam, que é uma 3a forma de expressar a Proto-Síntese Cósmica. E por que os Tubaguaçu ou Pais de Raça resolveram, já naqueles tempos, velar o Conhecimento? Em verdade, não ocultaram ou velaram nada, apenas preservaram as Tradições Cósmicas, que infelizmente poderiam ser, como a posteriori foram, sabotadas. Assim é que, prevendo as deturpações que viriam através de fortes cisões, começaram a compilar e guardar todo o Conhecimento em seus Centros Iniciáticos, até então abertos a todos. Embora continuassem abertos, o Conhecimento foi compilado e velado, ou melhor, guardado pelos 12 mais Velhos, ou os 12 Anciãos Guardiães de Toda a Síntese. Assim, foram preparadas 78 placas de nefrita verde, onde foi cunhada (inscrita) toda a TRADIÇÃO DO CONHECIMENTO HUMANO. Essas 78 placas constituíam as 2 Sínteses. As primeiras 21 placas estavam relacionadas com a Proto-Síntese Cósmica, seriam os Ensinamentos Superiores (futuramente seriam chamados ARCANOS MAIORES). As 57 restantes constituíam as placas que estavam relacionadas com a Proto-Síntese Relígio-Científica, seriam os Ensinamentos Menores ou preparatórios (futuramente seriam denominados ARCANOS MENORES) . Repetimos que foram os 12 Anciãos que guardaram a 7 chaves a TRADIÇÃO UNA DO CONHECIMENTO, que até então não era oculta. Estava Apenas Sendo Guardada. Entre eles, a ProtoSíntese Cósmica, que englobava a Proto-Síntese Relígio-Científica, ficou conhecida como Tuyabaé- Cuaá — a Tradição dos Velhos, ou a Sabedoria dos Velhos Payés (eram os 12 Anciãos que citamos acima). Pormenorizemos um pouco mais as placas e seu conteúdo. As mesmas, como dissemos, foram grafadas a priori no Abanheenga, isto é, no alfabeto correspondente a esse lº idioma universal, em frente e verso. Esse grafismo foi escrito de tal forma que quem fosse lê-lo poderia interpretá-lo sob ângulos diferentes, sendo que só quem conhecia as chaves corretas poderia interpretá-lo adequadamente. Caso contrário, como de fato aconteceu, a interpretação seria completamente dissonante da realidade. Seus próprios números, aliás, um avanço ímpar naqueles tempos, tinham várias interpretações, pois além de expressar quantidades, expressavam também qualidades. O mesmo se dava com as 21 letras do alfabeto vermelho. Por aí, os Filhos de Fé poderão perceber que muitos decifradores, e mesmo decodificadores usurpadores, podem ter trocado número por letra e vice-versa, pois um número podia significar uma letra, bem como uma letra poderia significar um número. Em ambos os casos, poderiam estar dizendo respeito não à qualidade, e sim à quantidade, e vice-versa. Agora, perguntamos nós: Aqueles que usurparam esse Conhecimento tinham ciência de como decodificá-lo? Claro que não, pois se tivessem não teriam confundido ou invertido tanto o sentido das coisas. Aliás, ocorreu uma completa inversão dos valores morais, culturais e espirituais, como veremos mais avante. Havíamos dito, porém, que as 78 placas de nefrita verde tinham sido escritas em 3 ângulos diferentes. E por quê? Porque sabiam os condutores da Raça Vermelha que os cismas aconteceriam. Dar-se-ia a inversão dos valores morais, científicos, místicos e esotéricos, em favor do egoísmo, autoritarismo, poder temporal, etc. De fato, os cismas, desde aquela época até os de hoje, vêm atravancando a evolução, embaraçando os entendimentos em todos os níveis. Em verdade, houve uma onda de reação perversa através de MARGINAIS CÓSMICOS de todos os tempos. Como chegaram aqui esses marginais do cosmos? Lembremo-nos de que o planeta Terra era um planeta novo, propício a se desenvolver, fazendo com que vários "filhos desgarrados do universo" aqui encontrassem a regeneração e evoluíssem. Além dos "filhos desgarrados do universo", havia também os renitentes marginais do cosmos, os quais, como piratas siderais, invadiam sempre que podiam vários desertos do universo. Nem sempre conseguiam o intento, em virtude das condições morais das "casas cósmicas" em que tentavam suas incursões, pois eram elas possuidoras de plêiades e plêiades de poderosos Guardiães. No caso do planeta Terra, o Cristo Jesus albergou em seu seio todos os desgarrados e não colocou empecilhos para os de boa vontade e os sedentos de justiça e reconciliação aqui encontrarem refúgio e escola. O que aconteceu, a par da portentosa interferência da pura Raça Vermelha, é que devido à sua reduzida dinâmica reencarnatória nessa época, por mais que se tentasse manter viva e acesa a Tradição da Sabedoria e do Amor, nem sempre todos conseguiam imunizar-se contra as daninhas ervas do egoísmo, do ciúmes, da inveja e da intriga, própria dos Seres mais atrasados, os quais um dia teriam de evoluir, mas até lá muitas desavenças para si e para outros teriam arrumado. Foi por esses Seres Espirituais retrógrados que os marginais cósmicos encontraram brechas para penetrar em suas mentes já doentes, deixando-as completamente alienadas. Iniciou-se assim o PROCESSO PONTE, ou seja, um Ser encarnado, usando de sua vontade, toma atitudes completamente opostas ao Bem; obviamente alguém há de sintonizar-lhe. Isso feito, é o caminho, é a ponte entre os dois mundos, entre os dois conceitos — o Bem e o Mal. Assim, o Mal encontrava avançados porta-vozes através desses Seres Espirituais atrasados que estavam caminhando a passos largos para a marginalidade, pois já estavam com as portas abertas, claro que por sua única e inteira responsabilidade. Assim na verdade é que ocorreu o processo pelo qual se embaralharam os Reais e Verdadeiros Fundamentos Cósmicos. Foi também aí o início, em nosso planeta, da organização das hostes inferiores, naquilo que se consubstanciaria na oposição declarada aos Princípios da Lei, aos Princípios da Proto-Síntese Cósmica e de sua Proto Síntese Relígio-Científica. Haveria desestruturação e oposição ferrenha a esses princípios, com embaralhamento da Tradição Cósmica, o Aumbandan, que foi combatido à socapa e diretamente também, naquilo que positivamente se consubstanciou numa reação contra todos os seus fundamentos, na chamada KIMBANDAN ou KIMBANDA, que nada mais é que o Oposto da Lei. Errado está, pois, o sentido que alguns querem empregar, como sendo a Kimbanda apenas agente da Magia Negra, e como sendo coisa recente aqui no Baratzil ou no mundo. Mas vejamos como ocorre ou ocorreu tudo isso aqui no Baratzil. Dissemos que, pelo processo de Ponte Vibratória, os marginais do cosmos se comunicavam com os Seres Espirituais atrasados encarnados aqui no planeta Terra. Essa Ponte Vibratória foi o caminho para muitos desses marginais cósmicos entrarem, ou melhor, receberem o passe do reencarne. Marginais agora encarnados, juntamente com os que lhes propiciaram o reencarne, teriam que sanar seus débitos para com o planeta, entrando na linha justa do Bem. Era o que se esperava e desejava. Muitos até que conseguiram, mas a maioria (...). A maioria delinquiu, deturpou e confundiu a muitos. Infelizmente, esse fato permanece até os dias atuais. Ê claro que esses fatos ocorreram no final ou no perigeu da Raça Vermelha, já que, como vimos, sua dinâmica reencarnatória estava próxima do zero. Antes de prosseguir e entrar no âmago das deturpações e cisões, culminando com o desaparecimento do Aumbandan, resumamos os acontecimentos: A primeira Raça Vermelha, no solo do Baratzil, recebeu muitos e portentosos Seres Espirituais de evoluidíssimas Pátrias Siderais, os quais deram diretrizes e aumentaram ainda mais o poderio da Raça Vermelha. Quando esses últimos Seres Espirituais desceram, foi REVELADA a Proto Síntese Cósmica — o Aumbandan a toda Raça Vermelha. Ao terminar a 3a Raça Raiz, a Lemuriana, pois foi nela que foi revelado o AUMBANDAN, muitos Seres Espirituais da Raça Vermelha estavam em seu comando condutor moral. Assim é que no perigeu da 3a Raça Raiz, a Lemuriana, e no surgimento da 4a Raça Raiz, a Atlante, tiveram os Vermelhos participação ativa. Participaram não somente os Vermelhos atlantes, mas os Negros atlantes e Amarelos atlantes. Quando dizemos participaram, queremos nos referir aos reencarnes de muitos dos Seres primitivos da Raça Vermelha. Isso é muito importante, pois quando falarmos de certos conhecimentos da Raça Negra, saberemos que os mesmos foram revelados ou mesmo "bebidos" nos tempos da Atlântida e não recentemente, como Filhos de Fé encarnados, apenas por paixão, assim querem. Beberam esses conhecimentos dos puros Vermelhos, ou melhor, dos Vermelhos atlantes que, embora possuidores de uma forte Tradição, já não era ela a mesma dos tempos da pura Raça Vermelha, no período adâmico e lemuriano. É bom que frisemos que a Raça Negra teve um suntuoso conhecimento, oriundo da Raça Vermelha. É o mesmo que ocorreu em outros locais; muitos Seres da pura Raça Vermelha encarnaram no seio da Raça Negra, a qual conheceu a Síntese, a Proto Síntese Relígio-Científica. Nas suas construções ciclópicas temos ainda vestígios de seu poderio religioso (que foi o dos Vermelhos), filosófico, científico e artístico. Pena que, de há muito, na Raça Negra deixaram de encarnar, isso há milhares de anos. Por isso que seus remanescentes se ligam a sistemas filo religiosos que jamais se correspondem ao poderio filo religioso que um dia, no passado, teve a Raça Negra. Como veremos, tudo isso é consequência de deturpações, cisões, etc. Continuando, antes da catástrofe atlante, muito antes dos fatores morais, espirituais, mesológicos, telúricos e hecatombes que dizimaram o continente atlante, os Vermelhos, representados por seus mais altos expoentes, já não encarnavam de há muito. É interessante observar que todas as vezes que a Raça Vermelha em sua grande maioria deixava de encarnar em uma raça, essa fatalmente entrava em decadência. Isso aconteceu com a Lemuriana e muito principalmente com a Raça Atlante. Entre os remanescentes atlantes, vamos encontrar os últimos grupos dos Tupy nambá e dos Tupy guarani, os negros asiáticos (que depois incursionaram para a África), os povos do Himalaia, chineses, mongóis, índios da América do Norte, etc. Assim, esses remanescentes da Raça Vermelha, principalmente os do Tronco Tupy, estiveram presentes em todas as fases evolutivas do planeta. Mais uma vez frisamos que os Tupy nambá não correspondem, à pura Raça Vermelha. Surgiram, sim, após as primeiras cisões do Tronco Tupy (pura Raça Vermelha), sendo portanto seus remanescentes. Antes da estaticidade reencarnatória da Raça Vermelha pura, no seio dos Tupy, vejamos como estavam eles na época. Como dissemos, os Tupy-nambá e os Tupy guarany faziam parte, ou melhor, eram o TRONCO TUPY. Foram remanescentes da pura Raça Vermelha, recebendo influências últimas dos Vermelhos atlantes, grupos do qual fizeram parte. Os Tupy-nambá (os mais fiéis à Tradição, através de seus Payés) e os Tupy-guarany (os que menos guardavam a Tradição) se separaram no tempo e no espaço e até tiveram doutrinas antagônicas em alguns pontos vitais. Os Tupy-nambá não saíram das terras do Baratzil, permanecendo em sua região central, sul e sudeste. Assim, velariam a Tradição dos Velhos, dos Anciãos. Velariam as terras abençoadas e iluminadas pelo Cruzeiro Divino, Signo Cosmogônico da Hierarquia Solar. Eram eles, os Tupy-nambá, profundamente ligados ao Mito Solar, ao Verbo Divino. Foram também Guardiões da 78 placas de nefrita, as quais, como vimos, sintetizavam o Aumbandan — Macauam — o Tuyabaé — a Tradição dos 12 Anciãos. Os Tupy-guarany, por sua vez, migraram por todo o Baratzil e muito especialmente para outros locais da América do Sul. Muitos se instalaram nas regiões do Prata e do Paraguai, como também incursionaram para a América Central, do Norte e Ásia. Nessa época, ainda não tinham deturpado in totum o Conhecimento que tinham aprendido. No seio dos Tupy-guarany, cresciam porém as disputas pelo poder, a par de grandes líderes pacificadores tentarem impedir que tal fato viesse a ocorrer. Infelizmente aconteceu. E por que aconteceu? Todos eles eram descendentes diretos dos Vermelhos puros, sendo que alguns Condutores estavam reencarnados nos 2 Troncos. Mas, por tendências nômades e conquistadoras associadas ao belicismo, os Tupyguarany não concordavam com as atitudes de seus irmãos Tupy-nambá, que não eram nômades, não eram conquistadores e abominavam as armas agressivas. Nessas condições, se separaram em paz, é bom que se diga, de seus irmãos, os Tupy-nambá. Fecharam completamente os ouvidos e os corações aos Condutores da Raça Vermelha do Astral Superior. Queriam, pois, caminhar sozinhos, pelos próprios poderes. Acontece que, não fazendo uso das faculdades superiores, foram-nas deteriorando até exterminá-las por completo, exceto em raríssimos Iniciados, mas que não eram mais ouvidos pelo Conselho Tribal. Mesmo sem serem ouvidos, esses Iniciados-Magos conseguiram velar a Tradição e sempre que podiam relembravam-na aos mais jovens. Mas, enfim, os Tupy-guarany separaram-se dos Tupy-nambá, depois de terem permanecido juntos milênios e milênios, pois faziam parte de um mesmo Tronco, o poderoso Tronco Tupy. Ainda neste capítulo veremos como o astral os uniu, para júbilo dos Senhores da Pura Raça Vermelha. Antes de prosseguir, mostremos como era a crença dos Tupy, ou seja, dos Tupy-nambá e Tupy guarany. As concepções do Tronco Tupy, sua Teogonia e sua Mística Sagrada eram exponenciais. Eram essencialmente monoteístas, pois acreditavam numa única Divindade Suprema, à qual chamavam de TUPÃ. Era o Supremo Espírito, o Divino Ferreiro, o SUPREMO PODER CRIADOR. Tinham-No como PAI de TUDO, como PAI do NADA. Emprestavamlhe essa paternidade pois sabiam que O mesmo era o SUPREMO ESPÍRITO e abaixo Dele havia as Hierarquias. Foram essas HIERARQUIAS CÓSMICAS, segundo eles, que teriam trazido o Tuyabaé-Cuaá — a Tradição dos 12 Anciãos. Representavam ou velavam e cultuavam essa Tradição através de GUARACY e YACY. Guaracy e Yacy representavam para eles, respectivamente, o Sol e a Lua. A Proto Síntese Cósmica representavam como sendo a Sabedoria e o Amor. Futuramente, milênios a posteriori em franca decadência, consideravam Guaracy como o Pai da Humanidade, o Poder Ígneo da Natureza, que tudo vitalizava, o que em verdade é correto. Discordamos apenas da profundidade da concepção, que já havia sido perdida. O mesmo aconteceu com Yaci — a Lua — que traduziram como a Mãe Natureza, que como afirmamos acima não é incorreto. Na mesma época surgiu um terceiro termo, o termo RUDÁ, como sendo o Amor, no que discordamos. Rudá foi o aparecimento do terceiro elemento, o trinitarismo substituindo o binário. Teria sido o filho de Guaracy com Yacy, ou seja, em sentido positivo, teria sido a Humanidade, o Homem. Em sentido hierático, seria a Proto-Síntese Relígio-Científica. A questão fica bem clara quando dizemos que a Proto Síntese Cósmica era composta da Sabedoria e do Amor, do masculino e do feminino, e que ele encerrava a Proto-Síntese Relígio-Científica. Ligada intimamente ao culto de Guaracy, que na verdade era uma Ordem essencialmente espiritual, sendo seus Sacerdotes exclusivamente masculinos (somente o Sacerdócio, nessa Ordem era vedado à mulher), tínhamos a ORDEM DO TEMBETÁ, como sendo o elo de ligação entre os homens daquela época e o Poder Espiritual da Corrente de Jesus ou Oshy. Em verdade, desde aquelas idas épocas, esboçava-se no astral uma poderosa corrente ligada à Confraria dos Espíritos Ancestrais, que ficaria conhecida como CORRENTE DAS SANTAS ALMAS, ou CORRENTES DO TEMBETÁ, diretamente ligada às Cortes de Jesus, sendo de ação e execução aqui no planeta Terra através do mediador cósmico e kármico Mikael. Na decadência da Raça ou do Tronco Tupy, confundiu-se tudo. Colocou-se o Tembetá, que quer dizer cruz de pedra, no lábio inferior do Ser masculino ou Abá. Também havia um culto ligado à Yacy ou às Coisas da Natureza Cósmica. Esse culto era o do MUYRAKITAN, que em verdade não era vedado ao homem; podíamos ter até homens Sacerdotes, mas à mulher (cunhã) também era dado esse direito. Em verdade, no início, o culto de Guaracy e Yacy era um só. Somente após as cisões é que foram separados, cada um representando respectivamente o Culto do Espiritual Puro e o Culto das Forças da Natureza ou Movimento dessas Forças. Em verdade, Macauam ou Aumbandan era traduzido por Tuyabaé-Cuaá, o qual representava o poder de Tembetá e do Muyrakitan juntos, UNOS. Futuramente é que houve a cisão, surgindo a Ordem do Tembetá e a Ordem do Muyrakitan. A Ordem do Tembetá (que se ligava às Coisas Divinas — Teurgia) deu origem à Ordem de Osíris no Egito, que também era solar, consubstanciando-se mais tarde na Ordem Dórica. A Ordem de Muyrakitan (que se ligava aos Princípios e Causas Naturais, tendo como básico a matéria) deu origem à Ordem de Ísis, culto essencialmente lunar que se ligava aos Princípios da Magia Etéreo-Física, na movimentação das forças ocultas da Natureza, degradando-se na Ordem Yônica. Em verdade, os dois cultos, tanto o do Tembetá (solar) como o do Muyrakitan (lunar) em suma, representavam a Lei Divina, as Sínteses Cósmica e Planetária. Como o Filho de Fé deve estar percebendo, o Tronco Tupy, em sua pureza, muito pouco tem em comum com o que sobre ele se escreve ou fala. Em verdade, deturparam todos os reais e verdadeiros conceitos. Após o conceito do Culto Solar e Lunar, voltemos à Proto-Síntese Cósmica — o Tuyabaé- Cuaá — a Tradição dos 12 Anciãos — que mais tarde foi ocultada, ficando chamada apenas de a Sabedoria dos Velhos Payés. Lembremos que o Tuyabaé-Cuaá, como vimos, consistia nas 78 placas de nefrita em que estavam sintetizados todos os conhecimentos humanos e de seus ancestrais, que já faziam parte da "População do Astral Terreno", aliás, da primeira população do astral terreno, e isso no astral correspondente ao Baratzil. Mas, como dizíamos, segundo reza a tradição, o Tuyabaé-Cuaá foi conservado e velado de Mago a Mago, ou de Payé a Payé. Mas, na decadência, esqueceram-se por completo das 78 placas de nefrita, guardando apenas uma pequena tradição oral, que consistia em alguns conhecimentos mágicos. Sabiam manipular o magnetismo, conheciam os medicamentos e a Medicina Oculta, no culto do CAÁ-YARY (a Natureza como Mãe, no sentido de dentro dela mesma encontrar-se o remédio; CAÁ — Mata, Vida, Natureza; YARY — Potência que reina); interpretavam certos fenômenos naturais; aplicavam o mediunismo. Mas no Tuyabaé Cuaá só ficou mesmo como fator importante o Mito Solar, ou a Lei do Verbo Divino, em que eles guardaram a tradição de YUPITÃ, SUMAN e YURUPARY. Interessante notar que, no período que antecedeu as deturpações, cisões, etc, nas placas, em algumas delas ficou bem expresso que o Messias ou o Redentor, ou seja, aquele que viria relembrar a Lei postergada, chamar-se-ia YURUPARY, o filho de Chiucy — a virgem — e que antes dele viriam ARAPITÃ ou YURUPITÃ e SUMAN. Não percamos o fio da meada e penetremos no âmago dessa questão. Ora, o próprio vocábulo Arapitã é deveras significativo, traduzindo-se por Menino da Luz, Criança Iluminada. Reza o Tuyabaé-Cuaá que, antes do Messias vir, viriam dois outros preparar-lhe o caminho. Então, fica claro que Arapitã, embora possa ter existido, para nós tem maior significado como sendo a representação da primeira época ou da primeira fase da Raça Vermelha, ou seja, sua infância. Infância essa que recebeu em seu seio, realmente, o nascimento de Yupitã, a Criança Dourada, em sentido de prosperidade, evolução, novos conhecimentos que naqueles tempos nasceram vindos da LUZ (ARACY), ou seja, dos planos mais elevados do Cosmo. Atestam ainda que milênio e mais milênio após Arapitã, surge no seio deles um velho que se chama Samany ou Suman. Nesse caso, nos parece estar mais do que claro que a pura Raça Vermelha tinha chegado à MATURIDADE, tanto que dizem que foi Suman quem lhe ensinou o Tuyabaé-Cuaá. Como dissemos para Yupitã, Samany e sua Ordem podem ter existido, mas o que prevalece é que estávamos no apogeu da Raça Vermelha. O próprio vocábulo assim se expressa — Samany — Enviado que Traz o Pensamento Divino — ou seja, o precursor, aquele que prepara o advento de Yurupary, isto é claro já no final dos tempos da pura Raça Vermelha. Finalmente, Yurupary — o Agonizante, o Sacrificado. Analisemos mais detidamente essa história do Mito Solar. Na teogonia ameríndia era Ele filho de Chiucy — a Mãe Dolorosa. Repisemos: Ele, o Messias, o Agonizante, Filho da Mater Dolorosa. Sem dúvida um dos Emissários da Confraria Crística, o Primeiro Cristo, desceu no seio da Raça Tupy, visando restaurar uma raça já em decadência. E o que nos expressa o que expusemos acima, pois o Agonizante, o Sacrificado, cremos que seja a cisão e a decadência da grande civilização Vermelha, em plena Atlântida, e que Chiucy, a Mãe Dolorosa, é a Proto-Síntese que se esvai de uma raça, ou melhor, de alguns membros ou componentes, pois em verdade a grande maioria já há milênios não mais reencarnava no seio da então decadente Raça Vermelha. Aliás, não era a Raça Vermelha, e sim remanescentes dessa mesma raça. Também aí está o porquê de na mente e no coração dos últimos Vermelhos ter ficado bem clara a lembrança da CRUZ, à qual chamavam de CURUÇÁ. O que é a Cruz senão os 4 Pilares do Conhecimento Humano, a Síntese Dispersa? Somente um Messias colocado ou pregado nela é que poderia restabelecer a Proto-Síntese Relígio-Científica, e isso seria feito através da Proto-Síntese Cósmica — Amor e Sabedoria. Então, para eles como para nós, A CRUZ É SÍMBOLO DA SÍNTESE DA DIVINDADE, DA LUZ, DO AMOR UNIDO À SABEDORIA. Em suma, foi isso que o Cristo veio resgatar ao homem, a sua Proto Síntese Religião Científica, a sua Proto Síntese Cósmica — a Religio Vera — Aumbandan. Filho de Fé, esperamos que tenha assimilado nossas deduções e descrições, pois muitas vezes ouvimos diretamente de ilustres Condutores da Raça Vermelha esses conceitos, já que os mesmos se encontram nos arquivos kármicos da Raça Vermelha no astral superior, no topo da pirâmide astral. ANAUAN — RA-ANGÁ — Salve a LEI DOS SENHORES DA LUZ. Era assim que falavam os Seres Espirituais da Raça Vermelha ao venerarem suas Potestades Espirituais. Para isso, faziam um ritual muito superior e puro, ao qual chamavam de Guayú, que visava evocar os Ra-Angá. O prefixo RA, mais tarde, transformar-se-ia, em pleno Egito, no sufixo do termo AMON-RA. E bom que os Filhos de Fé e o leitor paciente vão percebendo desde cedo as analogias entre os Tupy e os egípcios. Veremos, em futuro, que uns e outros são os mesmos, em diferentes épocas. Queremos patentear o conceito de que Yurupary, para os Tupy-Nambá, era o Messias, ao contrário do que muitos queriam que fosse, ou seja, o Satã, o diabo da mitologia greco-romana. De fato, quem consagrou Yurupary como o demônio foram os próprios Tupy-guarany. E aqui que se iniciam os grandes cismas ou cisões, e mesmo as deturpações, interpolações, extrapolações, interpretações pessoais, etc. Esse ponto é fundamental, pois, como vimos, a Proto-Síntese Cósmica já havia sido postergada e, pela falta de guarida, as disciplinas que sustentavam os 4 pilares do Conhecimento começaram a ruir. A Ciência se opôs à Religião, a Filosofia se opôs à Ciência, essa se opôs à Arte; enfim, tivemos a TORRE DE BABEL — A DISSOLUÇÃO DAS SÍNTESES, o término do unicismo do Conhecimento, confusões em cima de confusões, distorções, dissensões, e as tão famigeradas cisões ou cismas, que até hoje confundem todo o conhecimento humano. Vejamos como essas cisões em todos os âmbitos (religioso, social e político) aconteceram com os Tupy. Entendendo o que aconteceu com eles, entenderemos os demais, que infelizmente ainda permanecem até nossos dias. Os Tupy-nambá, como dissemos, predominavam no Planalto Central Brasileiro e nas regiões sudeste e sul do Brasil, permanecendo, como também já dissemos, em solo e astral brasileiros, como detentores da Tradição Oculta — o Tuyabaé-Cuaá — o Aumbandan da Raça Vermelha. Os Tupy-guarany, por sua vez, perderam grande parte dos segredos que compunham a dita Tradição, e passaram a predominar nas regiões nordeste e norte do Brasil, depois incursionando para a América do Sul, na região do Prata. E importante que não nos esqueçamos que, para os Tupy-guarany, Yurupary significava o diabo, demonstrando a inversão de Conhecimentos que caracterizava esse grupo. Com o passar do tempo, através dos processos migratórios (de natureza física e espiritual de grupos reencarnatórios), os Tupyguarany originaram outras civilizações na América do Sul e Central, principalmente os Maias e Quíchuas. Quando dissemos que originaram, quisemos dizer que eles, através das migrações espirituais, encarnaram no seio dessas tribos, como é o caso dos Maias, Incas, Quíchuas e Astecas. Nessa época, os Grandes Condutores das Raças, os Tubaguaçus, já não mais encarnavam, aliás de há muito não encarnavam. Partindo dos Quíchuas e Maias, vamos encontrar os primeiros índios habitantes da América do Norte, nas regiões do atual México do sul dos Estados Unidos os Navajos, que posteriormente originariam um grupo muito maior, os Sioux, cujo verdadeiro nome pronunciava-se Ciuá (originário de Quíchua). Com o passar do tempo, esses grupos acabaram por chegar até as regiões do atual Canadá, originando as várias nações indígenas da América do Norte. Mais uma vez, através de processos migratórios, tanto de natureza física (as incursões vencendo distâncias) como espiritual (reencarnações), os remanescentes dos Tupy-guarany chegaram ao Oriente. Antes de prosseguir, queremos informar que a todas essas plagas, onde no seio das respectivas civilizações os Tupy-guarany encarnavam, levavam eles a evolução. Mas a Tradição Oculta já estava totalmente deturpada. Tanto é verdade que muitos cultos com sacrifícios humanos já estavam fazendo parte do ritual de alguns povos. Os Tupy-guarany não tinham esses costumes, que existiam onde eles incursionaram ou encarnaram. Como os Tupy-guarany estavam em completa decadência, não tiveram forças morais para impedir tais atrocidades. Após essas incursões, chegaram ao Oriente. No Oriente, a civilização que lá florescia teve sua evolução dinamizada pelas reencarnações desses remanescentes, que chegaram até a influenciar a Raça Negra, como vimos, originária da Ásia. Quando nos referimos ao Oriente, estamos nos referindo à Índia, Nepal (nome originado do vocábulo Tupy Nepalâ), Tibete (originário de Tembetâ), China, Mongólia e Manchúria. O próprio nome Himalaia, de origem Tupy, significa casa das neves. Simbolicamente, essas neves irão funcionar como Refletoras da Luz, ou seja, A Luz Veio do Ocidente, Iluminou o Oriente e Retorna ao Ocidente. Assim funciona o Himalaia, como "Refletor da Luz", ou seja, dos Conhecimentos e da Tradição, que nessa época encontravam-se nos livros Sagrados da Índia, de RAMA, KRISHNA, BUDA (Sidarta Gautama), no Rig Veda e nos Upanishades. Aí no Oriente, especialmente na Índia, 6 milênios antes do advento do Cristo, IRSHU fez um grande cisma. Nessa época as Grandes Verdades já haviam sido levadas a outras regiões do globo. Aí mesmo na Índia, Nepal e Tibete, tinham eles recebido de Altos sacerdotes egípcios (os quais eram reencarnações dos verdadeiros Sacerdotes da pura Raça Vermelha) a incumbência de serem os Guardiães da Tradição Oculta, que estava agora em seu poder. Lembra-se das 78 placas de nefrita, Filho de Fé, reveladas aqui no Baratzil, que sintetizavam toda a Lei ou a Proto Síntese Cósmica? Visando o Conhecimento Total a outros locus do planeta, os Tupy-nambá reencarnaram no seio do "povo do Nilo", e lá tornaram-se poderosos SACERDOTES de OSÍRIS e de ÍSIS, velando toda a Tradição Oculta, ou seja, o Aumbandan, o Macauam, o Tuyabaé-Cuaá. Velaram, como Guardiães da Lei Universal que são, pois no solo brasileiro ainda permanece a original Lei Divina em 78 placas de nefrita. Está enterrada em pleno Planalto Central Brasileiro, e lá está como um forte talismã, já que "egregoricamente" vibra lá toda a pura mística da Raça Vermelha. Bem, antes de voltarmos ao Egito, passemos pela Mesopotâmia. Como havíamos dito, os Tupy-guarany, lá no Himalaia, reencontraram-se com a Lei, através de seus sábios condutores que agora, novamente, embora de forma lenta, retomavam o comando e construíam um povo dócil, evoluído e mantenedor das Tradições da Lei. Muito lutaram por cima, no plano astral superior, os ancestrais da pura Raça Vermelha, para que os Tupy-guarany reencontrassem seu verdadeiro caminho. Desta feita vale o adágio de se "escrever certo por linhas tortas", pois o povo Tupy-guarany muito penou, muito perambulou antes de alcançar novamente a linha justa. Já que eles mesmos procuraram as dissensões, então teriam que responsabilizar-se pelos choques ocasionados, pois na verdade até nossos dias temos seus reflexos. Assim, até hoje lutam desassombradamente, sem tréguas, na esperança de verem restaurada a Proto-Síntese Cósmica — o Aumbandan. Como falávamos em linhas anteriores, voltemos à Mesopotâmia. Então, a partir da Índia, a Tradição difunde-se pela Mesopotâmia, na Assíria e na Caldéia (caracterizada por evoluídos conhecimentos na área da Astronomia), atingindo finalmente o Egito. Façamos aqui um lembrete ao leitor amigo. Os Tubaguaçus, originários dos Tupy-nambá, já haviam encarnado no Egito, como também na Índia, velando pelos Mistérios Maiores da Proto-Ssíntese. Pela imigração, os Tupy-guarany chegam também ao Egito, chegam recuperados, e de novo se juntam a seus irmãos Tupy-nambá. É a Lei Kármica em ação. Repetindo: no Egito, encarnam não só os antigos Tubaguaçus originários dos Tupy-nambá, mas também os originários dos Tupy-guarany, além dos outros Seres originários, que até lá chegaram pelo processo de imigração espiritual (correntes reencarnatórias), ocorrendo aí a fusão dos dois grupos desde há muito separados pelas citadas cisões de ordem religiosa, social e política. Nessa época, a Tradição Oculta é sintetizada pelas Ordens de Yo: Yoshi (conhecida como ORDEM DE ÍSIS) e Yoshirá (conhecida como ORDEM DE OSÍRIS), cujos Templos situavam-se em três cidades principais: Mênfis, Tebas e Almarak. Devemos frisar a importante atuação, nessas Ordens, de Grandes Sacerdotes originários do primitivo Tronco Tupy. No Egito, grande parte da Tradição permaneceu oculta e acabou por se perder. Mesmo assim, o Egito influenciou de forma significativa toda a África, principalmente o povo Bantu (Congo, Angola, Cassange) que mais tarde retornaria ao Brasil através do processo escravagista, que trouxe muitos africanos ao solo brasileiro. Com essa nossa pequena viagem aos 4 cantos do mundo, através do espaço-tempo, fica claro que, com o ressurgimento do Movimento Umbandista no Brasil, a Tradição até então oculta estará retornando à sua verdadeira origem. Em solo brasileiro, sob a Luz do Cruzeiro Divino, a Tradição do Saber e do Conhecimento Humano se fará presente, como há muito tempo, tempo em que a Raça Vermelha vivia no apogeu. Bom, Filho de Fé, após longas passagens, onde interpenetramos os 4 cantos do Universo, observamos que a Lei, de todas as formas, tentava se fazer presente, mesmo com os vários obstáculos. Vimos também que a Proto-Síntese sempre esteve presente, de forma velada, com todos os povos. Em virtude dos marginais cósmicos é que a Proto-Síntese precisou ser ocultada, surgindo assim as CIÊNCIAS OCULTAS ou TRADIÇÕES HERMÉTICAS. Foi então, desde essa época, que o Conhecimento foi fragmentado e disperso. A Corrente Astral de Umbanda, através do Movimento Umbandista, o qual será motivo de estudo em outros capítulos, visa estabelecer a Síntese perdida. Até lá a Tradição estará oculta. Logo após a restauração da Umbanda, a Tradição deixará de ser oculta: nada que está velado deixará de ser revelado, depende apenas do momento certo de sê-lo. Sabemos que o Conhecimento está todo embaraçado, todo adulterado. Até a própria Tradição, a Proto-Síntese Cósmica, o Tuyabaé-Cuaá, teve seus fundamentos mais simples invertidos, começando pela sua Numerologia Sagrada. Assim é que, através do povo egípcio, um Sacerdote Iniciado em seus Templos Sagrados, que mais tarde iria reunir as 12 tribos judias, formulou ao povo hebreu ou judeu a Proto-Síntese, chamando-a de Cabala, que para eles significava "A Potência dos 22". Em sentido hierático, Cabala significa: "Aquela que Acoberta", "A Guardiã da Lei Divina". Assim é que ASSARSSIF, seu nome de Iniciação nos Templos egípcios, velou ao seu povo a VERDADEIRA TRADIÇÃO, pois além de chamar a Tradição de Cabala, dividiu-se em Arcanos. Chamou os Arcanos de Maiores (22) e Menores (56) e guardou na Arca Sagrada da qual se falam maravilhas, mas que em verdade era uma pilha de grandes proporções e, como é óbvio, provocava, quando aberta, pois fechava então um pequeno circuito elétrico, a eclosão de faíscas elétricas, com verdadeiras descargas Como vimos, caro Filho de Fé, as deturpações e as confusões foram muitas e todas vieram embaralhar cada vez mais todos os entendimentos. A dita Escritura Sagrada, ou Bíblia, veio ocidentalizar-se totalmente adulterada, composta segundo o desejo de uns e outros, à revelia dos verdadeiros e reais Princípios. Muito já foi adulterado, e daqui para a frente muito terá de ser mudado. Em outros capítulos, entraremos mais detidamente em tópicos em que aqui só passamos por alto. Ao terminar este capítulo, vamos nos preparar para o outro, que fala do mediunismo, que aliás somente surgiu para restaurar a VERDADE, a PROTO-SÍNTESE CÓSMICA. Assim, sem demora, falemos do mediunismo. Livro A Proto Sintese Cósmica. Abraço. Davi.

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