Religião
Afro descendente. Umbanda. Texto de Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre tântrico
Curador. Médium F. Rivas Neto. Capítulo Oito. A UMBANDA NOS QUATRO CANTOS DO
PLANETA – DETURPAÇÕES – CISÃO DO TRONCO TUPY – DESAPARECIMENTO DA TRADIÇÃO
SABER – CONFUSÕES – APARECIMENTO DA TRADIÇÃO HERMÉTICA OU CIÊNCIA ESOTÉRICA. No
capítulo anterior, explicamos de forma simples e objetiva o surgimento do
Aumbandan ou Umbanda. Quisemos que todos entendessem que, quando falávamos
Umbanda ou Aumbandan, estávamos nos referindo a um bloco uno do conhecimento.
Desse CONHECIMENTO UNO faziam parte: a Religião, a Filosofia, a Ciência e a
Arte. Vimos também que tínhamos o conhecimento em dois níveis, ambos unos. A
Proto-Síntese Relígio-Científica era um conjunto de conhecimentos que
compreendia quatro pilares do conhecimento unificados. Essa Proto-Síntese
Relígio-Científica compreendia o primeiro nível de conhecimento, sendo
representada graficamente por uma PIRÂMIDE, cujo vértice expressava esse
conhecimento integrado, uno. A Proto-Síntese Cósmica era um conjunto de
conhecimentos unificados que compreendia, em essência, o AMOR CÓSMICO e a
SABEDORIA INTEGRAL ou CÓSMICA. Essa Proto-Síntese Cósmica compreendia o segundo
nível de conhecimento. Era representada graficamente, geometricamente, pelo
CÍRCULO, sendo ele limitado pela linha curva, chamada circunferência, tendo ela
infinitos pontos, expressando o CICLO, o RITMO, ou seja, Sabedoria e Amor
Cósmico, os quais fazem parte de toda a Lei Cósmica. No diagrama que
demonstraremos a seguir, a Proto-Síntese Relígio-Científica está contida na
Proto Síntese Cósmica, ou, de modo inverso, a Proto-Síntese Cósmica contém em
si a Proto-Síntese Religião Científica, sendo que a última não contém a
primeira. Aí, pois, dividiremos o conhecimento em dois níveis. Atentemos para o
gráfico: Iniciaticamente, diríamos que o Iniciando teria dois níveis a serem
superados, o primeiro sendo preparatório e o segundo sendo superior. A
INICIAÇÃO CÓSMICA preconiza que o primeiro nível é o da Proto-Síntese
Religião-Científica, sendo ele dividido em cinco graus. Os primeiros quatro
graus ou pilares, distintos a priori, são estudados e sentidos de forma individual.
Com o passar do tempo, vai havendo uma integração entre os mesmos, até culminar
com a interligação e integração total. Temos aí o quinto grau. Após esse
primeiro nível composto de cinco graus, em que o Iniciando foi, num longo
período, amadurecendo todo seu senso iniciático, surge o nível superior,
composto do sexto e sétimo graus. O sexto grau seria o AMOR CÓSMICO, e o sétimo
grau a SABEDORIA TOTAL ou CÓSMICA. Deixemos claro que nem todo Iniciando do
passado alcançava a Iniciação, nem a relativa ao primeiro nível, e muito menos
à do segundo nível. Os que alcançavam o primeiro nível, vencendo os cinco
graus, eram considerados INICIADOS NOS PEQUENOS MISTÉRIOS, e aí poderiam parar
sua Iniciação. Se prosseguissem, rasgando os véus do 2º nível, vencendo os 2 graus,
o 6º e o 7º, teriam alcançado a Iniciação Total, eram INICIADOS NOS GRANDES
MISTÉRIOS. Eram conhecedores, por cima, da Proto-Síntese Cósmica e, por baixo,
da Proto-Síntese Religião Científica. Acreditamos assim ter deixado bem
explicado esse importantíssimo tema. Eram os Iniciados nos Grandes Mistérios
que compunham o corpo de condutores morais-espirituais da pura Raça Vermelha. É
por isso que, na época, a pura Raça Vermelha conseguiu evoluir em todos os
setores, isto é, evoluíam em bloco, com um CONHECIMENTO UNO. Evoluíram tanto
que os conhecimentos mais avançados da atualidade e alguns que estão próximos
de serem descobertos já faziam parte, naquela época, de seus registros em seus
livros de arquivo, já superados há milênios. É essa poderosa e pura Raça
Vermelha, cultuadora da Religião como caminho para o Alto, da Filosofia como
caminho para uma Realidade sempre mais definida, da Ciência como veículo que os
levaria a novos planos de conhecimento, de Arte como meio que lhes facultaria a
capacidade de simbolizar, expressar e deixar com marcas indeléveis seus
sentimentos puros e fraternos, que iremos citar. É por tudo isso que a Raça
Vermelha conseguiu os mais altos patamares evolutivos em nossa CASA PLANETÁRIA.
Cumpriram suas tarefas em nossa casa planetária, pois, como degredados que
foram de Pátrias Siderais distantes, tinham se redimido e impulsionado muitos
de seus irmãos terrestres a novos planos do universo. Evoluíram fazendo outros
evoluírem, essa é a lição da Raça Vermelha que jamais será esquecida. No âmago
da Raça Vermelha daqueles tempos, sabiam seus mais altos expoentes que muitos
estavam prestes a retornar às suas Pátrias Siderais, não mais voltando a
reencarnar no planeta Terra. Não que com isso toda a Raça Vermelha iria
retornar. Nem todos, mas algum dia todos retornariam. Os grandes condutores
espirituais da pura Raça Vermelha mantinham toda a tradição sob a guarda de
verdadeiros GUARDIÃES DO SABER, os quais, quando consultados, expressavam ao
seu povo, sem fazer mistérios, tudo aquilo que era perguntado, no âmbito da
Proto-Síntese Religião Científica. Eles respondiam e explicavam, às vezes
durante muitas e muitas horas. No concernente à Proto-Síntese Cósmica, eram
eles os ouvintes de seus condutores espirituais. Essa tradição não era somente
oral; era grafada com caracteres que correspondiam ao alfabeto da língua
Abanheenga. Como dizíamos, os Altos Condutores estavam retornando às suas
Pátrias Siderais e não mais encarnariam aqui, embora tivesse sido assim que
incrementaram, de forma lúcida e coerente, o conhecimento da Proto-Síntese
Religião-Científica a todos os Seres Espirituais que constituíram a Raça
Vermelha. Embora não encarnassem mais, a maior parte deles permaneceu como
"Pais de Raça" no Astral Superior e, sempre que possível, faziam
ressurgir os conhecimentos que porventura pudessem estar sendo esquecidos ou
postergados. Assim é que esses abnegados Senhores ficaram, como sabemos, sendo
integrantes da Confraria dos Espíritos Ancestrais e da Confraria dos Magos do
Cruzeiro Divino, agremiações que se integrariam na Corrente dos Magos Brancos
do Astral. Com isso, naquela época, assumiram a paternidade moral da Raça
Vermelha, tendo também assumido a paternidade astral de todas as demais raças
que passaram pelo planeta. É claro que as demais raças tiveram seus grandes
condutores, mas todos eles reconhecem a supremacia moral da pura Raça Vermelha,
a qual, por Amor e Sabedoria, também os albergou no Governo Oculto do Astral,
sob a égide viva do AMOR-SÁBIO de OSHY, o Cristo Jesus. Com isso queremos
afirmar que, em relação aos altos comandos do astral superior, os
ex-componentes da pura Raça Vermelha são os nossos dirigentes superiores, tanto
é que não temos praticamente nenhum componente da Raça Vermelha encarnado.
Quando dissemos praticamente nenhum, não quisemos dizer que não haja vários. Há
vários sim, insignificantes porém em número, em relação à população mundial.
Não os confundamos com os aborígines das várias partes do globo que, embora
sejam nossos irmãos mais novos e menos experientes, não são nem retardatários
dos Vermelhos, são seres retardatários miscigenados. E uma das metas da Raça
Vermelha pura incrementar a evolução desejável, o mesmo acontecendo a certos
povos da Ásia, África e Oceania. Os pouquíssimos Seres Espirituais da pura Raça
Vermelha que estão encarnados no planeta Terra cumprem sérios compromissos
missionários em vários setores do mundo moderno, ajudando o homem de hoje a ser
o portentoso homem de amanhã. Estão na Ciência, na Arte, na Filosofia, na
Religião, enfim, em todo o conhecimento humano. Alguns deles têm encarnado na
CORRENTE HUMANA DE UMBANDA. Têm sido de valia ímpar no esclarecimento aos seus
irmãos de todas as raças, que se encontram em busca de uma bússola norteadora
para poderem começar a galgar o caminho a novos patamares da Consciência, isso
tudo dentro do Movimento Umbandista da atualidade. São os cavalos silenciosos,
que amam o que fazem, sendo até reconhecidos devido a suas fisionomias
diferentes. Poderiam alcançar, aqui por baixo, altíssimos postos nas Artes,
Ciências, Filosofia, etc, mas não se misturam. Têm função definida, a par das
constantes incompreensões de que são vítimas, o que para eles não significa
nada. Aliás, significa aprimoramento. Mas voltemos à temática central, ou seja,
de que os grandes condutores não reencarnariam mais. Por aqui, deixariam
sólidos conceitos espirituais, filosóficos, científicos, artísticos e vestígios
da mais pura e bela de todas as Ciências — a Ciências das Ciências, a Síntese
das Sínteses — a PROTOSÍNTESE CÓSMICA — AUMBANDAN, que teve como sinonímia,
para os mais adiantados da Raça Tupy — os Tupy-nambá e os Tupy-guarany — o
vocábulo sagrado MACAUAM. Era uma maneira de não pronunciar o Aumbandan, embora
expressasse a mesma Proto-Síntese Cósmica. Foi a primeira forma de velar o
termo sagrado. Esse próprio vocábulo, Macauam, através de uma pequena alteração
fonética, gerou Anauam, que é uma 3a forma de expressar a Proto-Síntese
Cósmica. E por que os Tubaguaçu ou Pais de Raça resolveram, já naqueles tempos,
velar o Conhecimento? Em verdade, não ocultaram ou velaram nada, apenas
preservaram as Tradições Cósmicas, que infelizmente poderiam ser, como a
posteriori foram, sabotadas. Assim é que, prevendo as deturpações que viriam
através de fortes cisões, começaram a compilar e guardar todo o Conhecimento em
seus Centros Iniciáticos, até então abertos a todos. Embora continuassem
abertos, o Conhecimento foi compilado e velado, ou melhor, guardado pelos 12
mais Velhos, ou os 12 Anciãos Guardiães de Toda a Síntese. Assim, foram preparadas
78 placas de nefrita verde, onde foi cunhada (inscrita) toda a TRADIÇÃO DO
CONHECIMENTO HUMANO. Essas 78 placas constituíam as 2 Sínteses. As primeiras 21
placas estavam relacionadas com a Proto-Síntese Cósmica, seriam os Ensinamentos
Superiores (futuramente seriam chamados ARCANOS MAIORES). As 57 restantes
constituíam as placas que estavam relacionadas com a Proto-Síntese
Relígio-Científica, seriam os Ensinamentos Menores ou preparatórios
(futuramente seriam denominados ARCANOS MENORES) . Repetimos que foram os 12
Anciãos que guardaram a 7 chaves a TRADIÇÃO UNA DO CONHECIMENTO, que até então
não era oculta. Estava Apenas Sendo Guardada. Entre eles, a ProtoSíntese
Cósmica, que englobava a Proto-Síntese Relígio-Científica, ficou conhecida como
Tuyabaé- Cuaá — a Tradição dos Velhos, ou a Sabedoria dos Velhos Payés (eram os
12 Anciãos que citamos acima). Pormenorizemos um pouco mais as placas e seu
conteúdo. As mesmas, como dissemos, foram grafadas a priori no Abanheenga, isto
é, no alfabeto correspondente a esse lº idioma universal, em frente e verso.
Esse grafismo foi escrito de tal forma que quem fosse lê-lo poderia
interpretá-lo sob ângulos diferentes, sendo que só quem conhecia as chaves
corretas poderia interpretá-lo adequadamente. Caso contrário, como de fato
aconteceu, a interpretação seria completamente dissonante da realidade. Seus
próprios números, aliás, um avanço ímpar naqueles tempos, tinham várias
interpretações, pois além de expressar quantidades, expressavam também
qualidades. O mesmo se dava com as 21 letras do alfabeto vermelho. Por aí, os
Filhos de Fé poderão perceber que muitos decifradores, e mesmo decodificadores
usurpadores, podem ter trocado número por letra e vice-versa, pois um número
podia significar uma letra, bem como uma letra poderia significar um número. Em
ambos os casos, poderiam estar dizendo respeito não à qualidade, e sim à
quantidade, e vice-versa. Agora, perguntamos nós: Aqueles que usurparam esse
Conhecimento tinham ciência de como decodificá-lo? Claro que não, pois se
tivessem não teriam confundido ou invertido tanto o sentido das coisas. Aliás,
ocorreu uma completa inversão dos valores morais, culturais e espirituais, como
veremos mais avante. Havíamos dito, porém, que as 78 placas de nefrita verde
tinham sido escritas em 3 ângulos diferentes. E por quê? Porque sabiam os
condutores da Raça Vermelha que os cismas aconteceriam. Dar-se-ia a inversão
dos valores morais, científicos, místicos e esotéricos, em favor do egoísmo,
autoritarismo, poder temporal, etc. De fato, os cismas, desde aquela época até
os de hoje, vêm atravancando a evolução, embaraçando os entendimentos em todos
os níveis. Em verdade, houve uma onda de reação perversa através de MARGINAIS
CÓSMICOS de todos os tempos. Como chegaram aqui esses marginais do cosmos?
Lembremo-nos de que o planeta Terra era um planeta novo, propício a se
desenvolver, fazendo com que vários "filhos desgarrados do universo"
aqui encontrassem a regeneração e evoluíssem. Além dos "filhos desgarrados
do universo", havia também os renitentes marginais do cosmos, os quais,
como piratas siderais, invadiam sempre que podiam vários desertos do universo.
Nem sempre conseguiam o intento, em virtude das condições morais das
"casas cósmicas" em que tentavam suas incursões, pois eram elas possuidoras
de plêiades e plêiades de poderosos Guardiães. No caso do planeta Terra, o
Cristo Jesus albergou em seu seio todos os desgarrados e não colocou empecilhos
para os de boa vontade e os sedentos de justiça e reconciliação aqui
encontrarem refúgio e escola. O que aconteceu, a par da portentosa
interferência da pura Raça Vermelha, é que devido à sua reduzida dinâmica
reencarnatória nessa época, por mais que se tentasse manter viva e acesa a
Tradição da Sabedoria e do Amor, nem sempre todos conseguiam imunizar-se contra
as daninhas ervas do egoísmo, do ciúmes, da inveja e da intriga, própria dos
Seres mais atrasados, os quais um dia teriam de evoluir, mas até lá muitas
desavenças para si e para outros teriam arrumado. Foi por esses Seres
Espirituais retrógrados que os marginais cósmicos encontraram brechas para
penetrar em suas mentes já doentes, deixando-as completamente alienadas.
Iniciou-se assim o PROCESSO PONTE, ou seja, um Ser encarnado, usando de sua
vontade, toma atitudes completamente opostas ao Bem; obviamente alguém há de
sintonizar-lhe. Isso feito, é o caminho, é a ponte entre os dois mundos, entre
os dois conceitos — o Bem e o Mal. Assim, o Mal encontrava avançados
porta-vozes através desses Seres Espirituais atrasados que estavam caminhando a
passos largos para a marginalidade, pois já estavam com as portas abertas,
claro que por sua única e inteira responsabilidade. Assim na verdade é que
ocorreu o processo pelo qual se embaralharam os Reais e Verdadeiros Fundamentos
Cósmicos. Foi também aí o início, em nosso planeta, da organização das hostes
inferiores, naquilo que se consubstanciaria na oposição declarada aos
Princípios da Lei, aos Princípios da Proto-Síntese Cósmica e de sua Proto
Síntese Relígio-Científica. Haveria desestruturação e oposição ferrenha a esses
princípios, com embaralhamento da Tradição Cósmica, o Aumbandan, que foi
combatido à socapa e diretamente também, naquilo que positivamente se
consubstanciou numa reação contra todos os seus fundamentos, na chamada
KIMBANDAN ou KIMBANDA, que nada mais é que o Oposto da Lei. Errado está, pois,
o sentido que alguns querem empregar, como sendo a Kimbanda apenas agente da
Magia Negra, e como sendo coisa recente aqui no Baratzil ou no mundo. Mas
vejamos como ocorre ou ocorreu tudo isso aqui no Baratzil. Dissemos que, pelo
processo de Ponte Vibratória, os marginais do cosmos se comunicavam com os
Seres Espirituais atrasados encarnados aqui no planeta Terra. Essa Ponte
Vibratória foi o caminho para muitos desses marginais cósmicos entrarem, ou melhor,
receberem o passe do reencarne. Marginais agora encarnados, juntamente com os
que lhes propiciaram o reencarne, teriam que sanar seus débitos para com o
planeta, entrando na linha justa do Bem. Era o que se esperava e desejava.
Muitos até que conseguiram, mas a maioria (...). A maioria delinquiu, deturpou
e confundiu a muitos. Infelizmente, esse fato permanece até os dias atuais. Ê
claro que esses fatos ocorreram no final ou no perigeu da Raça Vermelha, já
que, como vimos, sua dinâmica reencarnatória estava próxima do zero. Antes de
prosseguir e entrar no âmago das deturpações e cisões, culminando com o
desaparecimento do Aumbandan, resumamos os acontecimentos: A primeira Raça
Vermelha, no solo do Baratzil, recebeu muitos e portentosos Seres Espirituais
de evoluidíssimas Pátrias Siderais, os quais deram diretrizes e aumentaram
ainda mais o poderio da Raça Vermelha. Quando esses últimos Seres Espirituais
desceram, foi REVELADA a Proto Síntese Cósmica — o Aumbandan a toda Raça
Vermelha. Ao terminar a 3a Raça Raiz, a Lemuriana, pois foi nela que foi
revelado o AUMBANDAN, muitos Seres Espirituais da Raça Vermelha estavam em seu
comando condutor moral. Assim é que no perigeu da 3a Raça Raiz, a Lemuriana, e
no surgimento da 4a Raça Raiz, a Atlante, tiveram os Vermelhos participação
ativa. Participaram não somente os Vermelhos atlantes, mas os Negros atlantes e
Amarelos atlantes. Quando dizemos participaram, queremos nos referir aos
reencarnes de muitos dos Seres primitivos da Raça Vermelha. Isso é muito importante,
pois quando falarmos de certos conhecimentos da Raça Negra, saberemos que os
mesmos foram revelados ou mesmo "bebidos" nos tempos da Atlântida e
não recentemente, como Filhos de Fé encarnados, apenas por paixão, assim
querem. Beberam esses conhecimentos dos puros Vermelhos, ou melhor, dos
Vermelhos atlantes que, embora possuidores de uma forte Tradição, já não era
ela a mesma dos tempos da pura Raça Vermelha, no período adâmico e lemuriano. É
bom que frisemos que a Raça Negra teve um suntuoso conhecimento, oriundo da
Raça Vermelha. É o mesmo que ocorreu em outros locais; muitos Seres da pura
Raça Vermelha encarnaram no seio da Raça Negra, a qual conheceu a Síntese, a
Proto Síntese Relígio-Científica. Nas suas construções ciclópicas temos ainda
vestígios de seu poderio religioso (que foi o dos Vermelhos), filosófico,
científico e artístico. Pena que, de há muito, na Raça Negra deixaram de
encarnar, isso há milhares de anos. Por isso que seus remanescentes se ligam a
sistemas filo religiosos que jamais se correspondem ao poderio filo religioso
que um dia, no passado, teve a Raça Negra. Como veremos, tudo isso é
consequência de deturpações, cisões, etc. Continuando, antes da catástrofe
atlante, muito antes dos fatores morais, espirituais, mesológicos, telúricos e
hecatombes que dizimaram o continente atlante, os Vermelhos, representados por
seus mais altos expoentes, já não encarnavam de há muito. É interessante
observar que todas as vezes que a Raça Vermelha em sua grande maioria deixava
de encarnar em uma raça, essa fatalmente entrava em decadência. Isso aconteceu
com a Lemuriana e muito principalmente com a Raça Atlante. Entre os
remanescentes atlantes, vamos encontrar os últimos grupos dos Tupy nambá e dos
Tupy guarani, os negros asiáticos (que depois incursionaram para a África), os
povos do Himalaia, chineses, mongóis, índios da América do Norte, etc. Assim,
esses remanescentes da Raça Vermelha, principalmente os do Tronco Tupy,
estiveram presentes em todas as fases evolutivas do planeta. Mais uma vez frisamos
que os Tupy nambá não correspondem, à pura Raça Vermelha. Surgiram, sim, após
as primeiras cisões do Tronco Tupy (pura Raça Vermelha), sendo portanto seus
remanescentes. Antes da estaticidade reencarnatória da Raça Vermelha pura, no
seio dos Tupy, vejamos como estavam eles na época. Como dissemos, os Tupy-nambá
e os Tupy guarany faziam parte, ou melhor, eram o TRONCO TUPY. Foram
remanescentes da pura Raça Vermelha, recebendo influências últimas dos
Vermelhos atlantes, grupos do qual fizeram parte. Os Tupy-nambá (os mais fiéis
à Tradição, através de seus Payés) e os Tupy-guarany (os que menos guardavam a
Tradição) se separaram no tempo e no espaço e até tiveram doutrinas antagônicas
em alguns pontos vitais. Os Tupy-nambá não saíram das terras do Baratzil,
permanecendo em sua região central, sul e sudeste. Assim, velariam a Tradição
dos Velhos, dos Anciãos. Velariam as terras abençoadas e iluminadas pelo
Cruzeiro Divino, Signo Cosmogônico da Hierarquia Solar. Eram eles, os
Tupy-nambá, profundamente ligados ao Mito Solar, ao Verbo Divino. Foram também
Guardiões da 78 placas de nefrita, as quais, como vimos, sintetizavam o
Aumbandan — Macauam — o Tuyabaé — a Tradição dos 12 Anciãos. Os Tupy-guarany,
por sua vez, migraram por todo o Baratzil e muito especialmente para outros
locais da América do Sul. Muitos se instalaram nas regiões do Prata e do
Paraguai, como também incursionaram para a América Central, do Norte e Ásia.
Nessa época, ainda não tinham deturpado in totum o Conhecimento que tinham
aprendido. No seio dos Tupy-guarany, cresciam porém as disputas pelo poder, a
par de grandes líderes pacificadores tentarem impedir que tal fato viesse a
ocorrer. Infelizmente aconteceu. E por que aconteceu? Todos eles eram
descendentes diretos dos Vermelhos puros, sendo que alguns Condutores estavam
reencarnados nos 2 Troncos. Mas, por tendências nômades e conquistadoras
associadas ao belicismo, os Tupyguarany não concordavam com as atitudes de seus
irmãos Tupy-nambá, que não eram nômades, não eram conquistadores e abominavam
as armas agressivas. Nessas condições, se separaram em paz, é bom que se diga,
de seus irmãos, os Tupy-nambá. Fecharam completamente os ouvidos e os corações
aos Condutores da Raça Vermelha do Astral Superior. Queriam, pois, caminhar
sozinhos, pelos próprios poderes. Acontece que, não fazendo uso das faculdades
superiores, foram-nas deteriorando até exterminá-las por completo, exceto em
raríssimos Iniciados, mas que não eram
mais ouvidos pelo Conselho Tribal. Mesmo sem serem ouvidos, esses Iniciados-Magos
conseguiram velar a Tradição e sempre que podiam relembravam-na aos mais
jovens. Mas, enfim, os Tupy-guarany separaram-se dos Tupy-nambá, depois de
terem permanecido juntos milênios e milênios, pois faziam parte de um mesmo
Tronco, o poderoso Tronco Tupy. Ainda neste capítulo veremos como o astral os
uniu, para júbilo dos Senhores da Pura Raça Vermelha. Antes de prosseguir,
mostremos como era a crença dos Tupy, ou seja, dos Tupy-nambá e Tupy guarany.
As concepções do Tronco Tupy, sua Teogonia e sua Mística Sagrada eram
exponenciais. Eram essencialmente monoteístas, pois acreditavam numa única
Divindade Suprema, à qual chamavam de TUPÃ. Era o Supremo Espírito, o Divino
Ferreiro, o SUPREMO PODER CRIADOR. Tinham-No como PAI de TUDO, como PAI do
NADA. Emprestavamlhe essa paternidade pois sabiam que O mesmo era o SUPREMO
ESPÍRITO e abaixo Dele havia as Hierarquias. Foram essas HIERARQUIAS CÓSMICAS,
segundo eles, que teriam trazido o Tuyabaé-Cuaá — a Tradição dos 12 Anciãos.
Representavam ou velavam e cultuavam essa Tradição através de GUARACY e YACY.
Guaracy e Yacy representavam para eles, respectivamente, o Sol e a Lua. A Proto
Síntese Cósmica representavam como sendo a Sabedoria e o Amor. Futuramente,
milênios a posteriori em franca decadência, consideravam Guaracy como o Pai da
Humanidade, o Poder Ígneo da Natureza, que tudo vitalizava, o que em verdade é
correto. Discordamos apenas da profundidade da concepção, que já havia sido
perdida. O mesmo aconteceu com Yaci — a Lua — que traduziram como a Mãe Natureza,
que como afirmamos acima não é incorreto. Na mesma época surgiu um terceiro
termo, o termo RUDÁ, como sendo o Amor, no que discordamos. Rudá foi o
aparecimento do terceiro elemento, o trinitarismo substituindo o binário. Teria
sido o filho de Guaracy com Yacy, ou seja, em sentido positivo, teria sido a
Humanidade, o Homem. Em sentido hierático, seria a Proto-Síntese
Relígio-Científica. A questão fica bem clara quando dizemos que a Proto Síntese
Cósmica era composta da Sabedoria e do Amor, do masculino e do feminino, e que
ele encerrava a Proto-Síntese Relígio-Científica. Ligada intimamente ao culto
de Guaracy, que na verdade era uma Ordem essencialmente espiritual, sendo seus
Sacerdotes exclusivamente masculinos (somente o Sacerdócio, nessa Ordem era vedado
à mulher), tínhamos a ORDEM DO TEMBETÁ, como sendo o elo de ligação entre os
homens daquela época e o Poder Espiritual da Corrente de Jesus ou Oshy. Em
verdade, desde aquelas idas épocas, esboçava-se no astral uma poderosa corrente
ligada à Confraria dos Espíritos Ancestrais, que ficaria conhecida como
CORRENTE DAS SANTAS ALMAS, ou CORRENTES DO TEMBETÁ, diretamente ligada às
Cortes de Jesus, sendo de ação e execução aqui no planeta Terra através do
mediador cósmico e kármico Mikael. Na decadência da Raça ou do Tronco Tupy,
confundiu-se tudo. Colocou-se o Tembetá, que quer dizer cruz de pedra, no lábio
inferior do Ser masculino ou Abá. Também havia um culto ligado à Yacy ou às
Coisas da Natureza Cósmica. Esse culto era o do MUYRAKITAN, que em verdade não era
vedado ao homem; podíamos ter até homens Sacerdotes, mas à mulher (cunhã)
também era dado esse direito. Em verdade, no início, o culto de Guaracy e Yacy
era um só. Somente após as cisões é que foram separados, cada um representando
respectivamente o Culto do Espiritual Puro e o Culto das Forças da Natureza ou
Movimento dessas Forças. Em verdade, Macauam ou Aumbandan era traduzido por
Tuyabaé-Cuaá, o qual representava o poder de Tembetá e do Muyrakitan juntos,
UNOS. Futuramente é que houve a cisão, surgindo a Ordem do Tembetá e a Ordem do
Muyrakitan. A Ordem do Tembetá (que se ligava às Coisas Divinas — Teurgia) deu
origem à Ordem de Osíris no Egito, que também era solar, consubstanciando-se
mais tarde na Ordem Dórica. A Ordem de Muyrakitan (que se ligava aos Princípios
e Causas Naturais, tendo como básico a matéria) deu origem à Ordem de Ísis,
culto essencialmente lunar que se ligava aos Princípios da Magia Etéreo-Física,
na movimentação das forças ocultas da Natureza, degradando-se na Ordem Yônica.
Em verdade, os dois cultos, tanto o do Tembetá (solar) como o do Muyrakitan
(lunar) em suma, representavam a Lei Divina, as Sínteses Cósmica e Planetária.
Como o Filho de Fé deve estar percebendo, o Tronco Tupy, em sua pureza, muito
pouco tem em comum com o que sobre ele se escreve ou fala. Em verdade,
deturparam todos os reais e verdadeiros conceitos. Após o conceito do Culto
Solar e Lunar, voltemos à Proto-Síntese Cósmica — o Tuyabaé- Cuaá — a Tradição
dos 12 Anciãos — que mais tarde foi ocultada, ficando chamada apenas de a
Sabedoria dos Velhos Payés. Lembremos que o Tuyabaé-Cuaá, como vimos, consistia
nas 78 placas de nefrita em que estavam sintetizados todos os conhecimentos
humanos e de seus ancestrais, que já faziam parte da "População do Astral
Terreno", aliás, da primeira população do astral terreno, e isso no astral
correspondente ao Baratzil. Mas, como dizíamos, segundo reza a tradição, o
Tuyabaé-Cuaá foi conservado e velado de Mago a Mago, ou de Payé a Payé. Mas, na
decadência, esqueceram-se por completo das 78 placas de nefrita, guardando
apenas uma pequena tradição oral, que consistia em alguns conhecimentos
mágicos. Sabiam manipular o magnetismo, conheciam os medicamentos e a Medicina
Oculta, no culto do CAÁ-YARY (a Natureza como Mãe, no sentido de dentro dela
mesma encontrar-se o remédio; CAÁ — Mata, Vida, Natureza; YARY — Potência que
reina); interpretavam certos fenômenos naturais; aplicavam o mediunismo. Mas no
Tuyabaé Cuaá só ficou mesmo como fator importante o Mito Solar, ou a Lei do
Verbo Divino, em que eles guardaram a tradição de YUPITÃ, SUMAN e YURUPARY.
Interessante notar que, no período que antecedeu as deturpações, cisões, etc,
nas placas, em algumas delas ficou bem expresso que o Messias ou o Redentor, ou
seja, aquele que viria relembrar a Lei postergada, chamar-se-ia YURUPARY, o
filho de Chiucy — a virgem — e que antes dele viriam ARAPITÃ ou YURUPITÃ e
SUMAN. Não percamos o fio da meada e penetremos no âmago dessa questão. Ora, o
próprio vocábulo Arapitã é deveras significativo, traduzindo-se por Menino da
Luz, Criança Iluminada. Reza o Tuyabaé-Cuaá que, antes do Messias vir, viriam
dois outros preparar-lhe o caminho. Então, fica claro que Arapitã, embora possa
ter existido, para nós tem maior significado como sendo a representação da primeira
época ou da primeira fase da Raça Vermelha, ou seja, sua infância. Infância
essa que recebeu em seu seio, realmente, o nascimento de Yupitã, a Criança
Dourada, em sentido de prosperidade, evolução, novos conhecimentos que naqueles
tempos nasceram vindos da LUZ (ARACY), ou seja, dos planos mais elevados do
Cosmo. Atestam ainda que milênio e mais milênio após Arapitã, surge no seio
deles um velho que se chama Samany ou Suman. Nesse caso, nos parece estar mais
do que claro que a pura Raça Vermelha tinha chegado à MATURIDADE, tanto que
dizem que foi Suman quem lhe ensinou o Tuyabaé-Cuaá. Como dissemos para Yupitã,
Samany e sua Ordem podem ter existido, mas o que prevalece é que estávamos no
apogeu da Raça Vermelha. O próprio vocábulo assim se expressa — Samany —
Enviado que Traz o Pensamento Divino — ou seja, o precursor, aquele que prepara
o advento de Yurupary, isto é claro já no final dos tempos da pura Raça
Vermelha. Finalmente, Yurupary — o Agonizante, o Sacrificado. Analisemos mais
detidamente essa história do Mito Solar. Na teogonia ameríndia era Ele filho de
Chiucy — a Mãe Dolorosa. Repisemos: Ele, o Messias, o Agonizante, Filho da
Mater Dolorosa. Sem dúvida um dos Emissários da Confraria Crística, o Primeiro
Cristo, desceu no seio da Raça Tupy, visando restaurar uma raça já em
decadência. E o que nos expressa o que expusemos acima, pois o Agonizante, o
Sacrificado, cremos que seja a cisão e a decadência da grande civilização
Vermelha, em plena Atlântida, e que Chiucy, a Mãe Dolorosa, é a Proto-Síntese que
se esvai de uma raça, ou melhor, de alguns membros ou componentes, pois em
verdade a grande maioria já há milênios não mais reencarnava no seio da então
decadente Raça Vermelha. Aliás, não era a Raça Vermelha, e sim remanescentes
dessa mesma raça. Também aí está o porquê de na mente e no coração dos últimos
Vermelhos ter ficado bem clara a lembrança da CRUZ, à qual chamavam de CURUÇÁ.
O que é a Cruz senão os 4 Pilares do Conhecimento Humano, a Síntese Dispersa?
Somente um Messias colocado ou pregado nela é que poderia restabelecer a
Proto-Síntese Relígio-Científica, e isso seria feito através da Proto-Síntese
Cósmica — Amor e Sabedoria. Então, para eles como para nós, A CRUZ É SÍMBOLO DA
SÍNTESE DA DIVINDADE, DA LUZ, DO AMOR UNIDO À SABEDORIA. Em suma, foi isso que
o Cristo veio resgatar ao homem, a sua Proto Síntese Religião Científica, a sua
Proto Síntese Cósmica — a Religio Vera — Aumbandan. Filho de Fé, esperamos que
tenha assimilado nossas deduções e descrições, pois muitas vezes ouvimos
diretamente de ilustres Condutores da Raça Vermelha esses conceitos, já que os
mesmos se encontram nos arquivos kármicos da Raça Vermelha no astral superior,
no topo da pirâmide astral. ANAUAN — RA-ANGÁ — Salve a LEI DOS SENHORES DA LUZ.
Era assim que falavam os Seres Espirituais da Raça Vermelha ao venerarem suas
Potestades Espirituais. Para isso, faziam um ritual muito superior e puro, ao
qual chamavam de Guayú, que visava evocar os Ra-Angá. O prefixo RA, mais tarde,
transformar-se-ia, em pleno Egito, no sufixo do termo AMON-RA. E bom que os
Filhos de Fé e o leitor paciente vão percebendo desde cedo as analogias entre
os Tupy e os egípcios. Veremos, em futuro, que uns e outros são os mesmos, em
diferentes épocas. Queremos patentear o conceito de que Yurupary, para os Tupy-Nambá,
era o Messias, ao contrário do que muitos queriam que fosse, ou seja, o Satã, o
diabo da mitologia greco-romana. De fato, quem consagrou Yurupary como o
demônio foram os próprios Tupy-guarany. E aqui que se iniciam os grandes cismas
ou cisões, e mesmo as deturpações, interpolações, extrapolações, interpretações
pessoais, etc. Esse ponto é fundamental, pois, como vimos, a Proto-Síntese
Cósmica já havia sido postergada e, pela falta de guarida, as disciplinas que
sustentavam os 4 pilares do Conhecimento começaram a ruir. A Ciência se opôs à
Religião, a Filosofia se opôs à Ciência, essa se opôs à Arte; enfim, tivemos a
TORRE DE BABEL — A DISSOLUÇÃO DAS SÍNTESES, o término do unicismo do
Conhecimento, confusões em cima de confusões, distorções, dissensões, e as tão
famigeradas cisões ou cismas, que até hoje confundem todo o conhecimento
humano. Vejamos como essas cisões em todos os âmbitos (religioso, social e
político) aconteceram com os Tupy. Entendendo o que aconteceu com eles,
entenderemos os demais, que infelizmente ainda permanecem até nossos dias. Os
Tupy-nambá, como dissemos, predominavam no Planalto Central Brasileiro e nas
regiões sudeste e sul do Brasil, permanecendo, como também já dissemos, em solo
e astral brasileiros, como detentores da Tradição Oculta — o Tuyabaé-Cuaá — o
Aumbandan da Raça Vermelha. Os Tupy-guarany, por sua vez, perderam grande parte
dos segredos que compunham a dita Tradição, e passaram a predominar nas regiões
nordeste e norte do Brasil, depois incursionando para a América do Sul, na
região do Prata. E importante que não nos esqueçamos que, para os Tupy-guarany,
Yurupary significava o diabo, demonstrando a inversão de Conhecimentos que
caracterizava esse grupo. Com o passar do tempo, através dos processos
migratórios (de natureza física e espiritual de grupos reencarnatórios), os
Tupyguarany originaram outras civilizações na América do Sul e Central,
principalmente os Maias e Quíchuas. Quando dissemos que originaram, quisemos
dizer que eles, através das migrações espirituais, encarnaram no seio dessas
tribos, como é o caso dos Maias, Incas, Quíchuas e Astecas. Nessa época, os
Grandes Condutores das Raças, os Tubaguaçus, já não mais encarnavam, aliás de
há muito não encarnavam. Partindo dos Quíchuas e Maias, vamos encontrar os
primeiros índios habitantes da América do Norte, nas regiões do atual México do
sul dos Estados Unidos os Navajos, que posteriormente originariam um grupo
muito maior, os Sioux, cujo verdadeiro nome pronunciava-se Ciuá (originário de
Quíchua). Com o passar do tempo, esses grupos acabaram por chegar até as
regiões do atual Canadá, originando as várias nações indígenas da América do
Norte. Mais uma vez, através de processos migratórios, tanto de natureza física
(as incursões vencendo distâncias) como espiritual (reencarnações), os
remanescentes dos Tupy-guarany chegaram ao Oriente. Antes de prosseguir,
queremos informar que a todas essas plagas, onde no seio das respectivas
civilizações os Tupy-guarany encarnavam, levavam eles a evolução. Mas a
Tradição Oculta já estava totalmente deturpada. Tanto é verdade que muitos
cultos com sacrifícios humanos já estavam fazendo parte do ritual de alguns
povos. Os Tupy-guarany não tinham esses costumes, que existiam onde eles
incursionaram ou encarnaram. Como os Tupy-guarany estavam em completa
decadência, não tiveram forças morais para impedir tais atrocidades. Após essas
incursões, chegaram ao Oriente. No Oriente, a civilização que lá florescia teve
sua evolução dinamizada pelas reencarnações desses remanescentes, que chegaram
até a influenciar a Raça Negra, como vimos, originária da Ásia. Quando nos
referimos ao Oriente, estamos nos referindo à Índia, Nepal (nome originado do
vocábulo Tupy Nepalâ), Tibete (originário de Tembetâ), China, Mongólia e
Manchúria. O próprio nome Himalaia, de origem Tupy, significa casa das neves.
Simbolicamente, essas neves irão funcionar como Refletoras da Luz, ou seja, A
Luz Veio do Ocidente, Iluminou o Oriente e Retorna ao Ocidente. Assim funciona
o Himalaia, como "Refletor da Luz", ou seja, dos Conhecimentos e da
Tradição, que nessa época encontravam-se nos livros Sagrados da Índia, de RAMA,
KRISHNA, BUDA (Sidarta Gautama), no Rig Veda e nos Upanishades. Aí no Oriente,
especialmente na Índia, 6 milênios antes do advento do Cristo, IRSHU fez um
grande cisma. Nessa época as Grandes Verdades já haviam sido levadas a outras
regiões do globo. Aí mesmo na Índia, Nepal e Tibete, tinham eles recebido de
Altos sacerdotes egípcios (os quais eram reencarnações dos verdadeiros
Sacerdotes da pura Raça Vermelha) a incumbência de serem os Guardiães da
Tradição Oculta, que estava agora em seu poder. Lembra-se das 78 placas de
nefrita, Filho de Fé, reveladas aqui no Baratzil, que sintetizavam toda a Lei
ou a Proto Síntese Cósmica? Visando o Conhecimento Total a outros locus do
planeta, os Tupy-nambá reencarnaram no seio do "povo do Nilo", e lá
tornaram-se poderosos SACERDOTES de OSÍRIS e de ÍSIS, velando toda a Tradição
Oculta, ou seja, o Aumbandan, o Macauam, o Tuyabaé-Cuaá. Velaram, como Guardiães
da Lei Universal que são, pois no solo brasileiro ainda permanece a original
Lei Divina em 78 placas de nefrita. Está enterrada em pleno Planalto Central
Brasileiro, e lá está como um forte talismã, já que "egregoricamente"
vibra lá toda a pura mística da Raça Vermelha. Bem, antes de voltarmos ao
Egito, passemos pela Mesopotâmia. Como havíamos dito, os Tupy-guarany, lá no
Himalaia, reencontraram-se com a Lei, através de seus sábios condutores que
agora, novamente, embora de forma lenta, retomavam o comando e construíam um
povo dócil, evoluído e mantenedor das Tradições da Lei. Muito lutaram por cima,
no plano astral superior, os ancestrais da pura Raça Vermelha, para que os
Tupy-guarany reencontrassem seu verdadeiro caminho. Desta feita vale o adágio
de se "escrever certo por linhas tortas", pois o povo Tupy-guarany
muito penou, muito perambulou antes de alcançar novamente a linha justa. Já que
eles mesmos procuraram as dissensões, então teriam que responsabilizar-se pelos
choques ocasionados, pois na verdade até nossos dias temos seus reflexos.
Assim, até hoje lutam desassombradamente, sem tréguas, na esperança de verem
restaurada a Proto-Síntese Cósmica — o Aumbandan. Como falávamos em linhas
anteriores, voltemos à Mesopotâmia. Então, a partir da Índia, a Tradição difunde-se
pela Mesopotâmia, na Assíria e na Caldéia (caracterizada por evoluídos
conhecimentos na área da Astronomia), atingindo finalmente o Egito. Façamos
aqui um lembrete ao leitor amigo. Os Tubaguaçus, originários dos Tupy-nambá, já
haviam encarnado no Egito, como também na Índia, velando pelos Mistérios
Maiores da Proto-Ssíntese. Pela imigração, os Tupy-guarany chegam também ao
Egito, chegam recuperados, e de novo se juntam a seus irmãos Tupy-nambá. É a
Lei Kármica em ação. Repetindo: no Egito, encarnam não só os antigos Tubaguaçus
originários dos Tupy-nambá, mas também os originários dos Tupy-guarany, além
dos outros Seres originários, que até lá chegaram pelo processo de imigração
espiritual (correntes reencarnatórias), ocorrendo aí a fusão dos dois grupos
desde há muito separados pelas citadas cisões de ordem religiosa, social e
política. Nessa época, a Tradição Oculta é sintetizada pelas Ordens de Yo:
Yoshi (conhecida como ORDEM DE ÍSIS) e Yoshirá (conhecida como ORDEM DE
OSÍRIS), cujos Templos situavam-se em três cidades principais: Mênfis, Tebas e
Almarak. Devemos frisar a importante atuação, nessas Ordens, de Grandes
Sacerdotes originários do primitivo Tronco Tupy. No Egito, grande parte da
Tradição permaneceu oculta e acabou por se perder. Mesmo assim, o Egito
influenciou de forma significativa toda a África, principalmente o povo Bantu
(Congo, Angola, Cassange) que mais tarde retornaria ao Brasil através do
processo escravagista, que trouxe muitos africanos ao solo brasileiro. Com essa
nossa pequena viagem aos 4 cantos do mundo, através do espaço-tempo, fica claro
que, com o ressurgimento do Movimento Umbandista no Brasil, a Tradição até
então oculta estará retornando à sua verdadeira origem. Em solo brasileiro, sob
a Luz do Cruzeiro Divino, a Tradição do Saber e do Conhecimento Humano se fará
presente, como há muito tempo, tempo em que a Raça Vermelha vivia no apogeu.
Bom, Filho de Fé, após longas passagens, onde interpenetramos os 4 cantos do
Universo, observamos que a Lei, de todas as formas, tentava se fazer presente,
mesmo com os vários obstáculos. Vimos também que a Proto-Síntese sempre esteve
presente, de forma velada, com todos os povos. Em virtude dos marginais
cósmicos é que a Proto-Síntese precisou ser ocultada, surgindo assim as CIÊNCIAS
OCULTAS ou TRADIÇÕES HERMÉTICAS. Foi então, desde essa época, que o
Conhecimento foi fragmentado e disperso. A Corrente Astral de Umbanda, através
do Movimento Umbandista, o qual será motivo de estudo em outros capítulos, visa
estabelecer a Síntese perdida. Até lá a Tradição estará oculta. Logo após a
restauração da Umbanda, a Tradição deixará de ser oculta: nada que está velado
deixará de ser revelado, depende apenas do momento certo de sê-lo. Sabemos que
o Conhecimento está todo embaraçado, todo adulterado. Até a própria Tradição, a
Proto-Síntese Cósmica, o Tuyabaé-Cuaá, teve seus fundamentos mais simples
invertidos, começando pela sua Numerologia Sagrada. Assim é que, através do
povo egípcio, um Sacerdote Iniciado em seus Templos Sagrados, que mais tarde
iria reunir as 12 tribos judias, formulou ao povo hebreu ou judeu a
Proto-Síntese, chamando-a de Cabala, que para eles significava "A Potência
dos 22". Em sentido hierático, Cabala significa: "Aquela que
Acoberta", "A Guardiã da Lei Divina". Assim é que ASSARSSIF, seu
nome de Iniciação nos Templos egípcios, velou ao seu povo a VERDADEIRA
TRADIÇÃO, pois além de chamar a Tradição de Cabala, dividiu-se em Arcanos.
Chamou os Arcanos de Maiores (22) e Menores (56) e guardou na Arca Sagrada da
qual se falam maravilhas, mas que em verdade era uma pilha de grandes
proporções e, como é óbvio, provocava, quando aberta, pois fechava então um
pequeno circuito elétrico, a eclosão de faíscas elétricas, com verdadeiras
descargas Como vimos, caro Filho de Fé, as deturpações e as confusões foram
muitas e todas vieram embaralhar cada vez mais todos os entendimentos. A dita
Escritura Sagrada, ou Bíblia, veio ocidentalizar-se totalmente adulterada,
composta segundo o desejo de uns e outros, à revelia dos verdadeiros e reais Princípios.
Muito já foi adulterado, e daqui para a frente muito terá de ser mudado. Em
outros capítulos, entraremos mais detidamente em tópicos em que aqui só
passamos por alto. Ao terminar este capítulo, vamos nos preparar para o outro,
que fala do mediunismo, que aliás somente surgiu para restaurar a VERDADE, a
PROTO-SÍNTESE CÓSMICA. Assim, sem demora, falemos do mediunismo. Livro A Proto
Sintese Cósmica. Abraço. Davi.
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