Editor do Mosaico. Aproveitando a
oportuna visita que o papa Francisco (1936- ), fez (30/11/2015) a uma
mesquita na República Centro Africana encerrando sua viagem pela África. O Sumo Pontífice Católico pediu, nessa ocasião, o fim dos conflitos religiosos no país entre
cristãos e muçulmanos. Completando disse que muçulmanos e cristãos são irmãos e
irmãs; enfatizando que nenhuma violência pode ser cometida em nome de Deus. Nessa
perspectiva de tolerância, respeito aos desiguais e aprendizado com todas as
culturas religiosas, o Mosaico Espiritual apresenta nas próximas publicações a
biografia do profeta Maomé (Muhammad). O texto é do Centro de Cultura Islâmica da Bahia - Brasil. Segundo consta em estatísticas oficiais temos hoje no Brasil mais de 1 milhão de muçulmanos. A maior parte vivendo nos estados de São Paulo e Paraná. O Islam tem espalhado pelo território Nacional aproximadamente 100 mesquitas. Podemos dizer que o Brasil é culturalmente propenso a
diversidade. Essa é uma herança colonial deixada pelos portugueses no início do
século XVI; juntamente com os judeus Sefardins – aqueles que viviam na
península ibérica, e devido a perseguição da monarquia portuguesa e inquisição
da igreja católica, foram obrigados a deixar o país, fugindo para o Brasil com
autorização de alguns influentes da coroa lusitana. Aportaram em nossas terras
para povoar as recém criadas capitanias hereditárias. A necessidade de mão de
obra para cultivo da terra ainda incipiente pela monocultura do café e cana de
açúcar, além da extração do pau Brasil, levou a Administração Imperial
Portuguesa ao aprisionamento e captura de negros no continente africano,
trazendo-os para laborarem no trabalho servil. Bem como "adestrando"
o uso dos indígenas nos empreendimentos rurais e comerciais. Tempos difíceis aqueles
que refletem até hoje a distorção, desigualdade e discriminação social instalada
na cultura brasileira. Contudo de positivo ficou esse espírito de diversidade e
acolhimento, mesmo que não adequadamente, daqueles que chegam ao nosso país,
trazendo sua religião, espiritualidade, cultura e costumes que com o tempo
acabam se incorporando a vida nacional. Assim foi com a cultura islâmica que
tem forte influência em nossos usos e costumes, além de importantes expoente - nomes
- de origem árabe na arte, política, comércio, indústria, literatura e outros
ramos da sociedade brasileira. Islamismo. 1. MUHAMAD – O MENSAGEIRO DE DEUS – BREVE BIOGRAFIA.
"Nos anais da história dos homens, não tem faltado aqueles que notadamente
devotaram as suas vidas à reforma sócio religiosa de seus povos, encontramo em
todas as épocas e em todas as partes. Na Índia, viveram os que transmitiram ao
mundo os Vedas, e também houve Gautama Budha; a China teve o seu Confúcio;
Zoroastro deixou o Zend Avesta, no Irã. A Babilônia deu ao mundo um
dos maiores reformadores, o Profeta Abraão -
sem falar nos seus ancestrais. O
povo Judeu também merece orgulhar-se de uma série de reformadores, como Moisés,
Samuel, Davi, Salomão e Jesus entre outros. Todos esse reformadores alegavam,
ser portadores, cada um deles, de uma missão divina. Deixaram livros sagrados,
que incorporavam códigos de vida para orientação de seu povo. Mas, a isto,
sempre se seguiram guerras fratricidas, massacres e genocídios transformavam-se
na ordem do dia. Ocasionando, uns mais, outros menos, a perda quase total das
suas mensagens. Dos Livros de Abraão, restaram-nos somente os nomes; e quanto
aos livros de Moisés, a história nos conta como foram repetidamente destruídos
e só parcialmente restaurados. 1 - O CONCEITO DE DEUS. A julgar pelas
relíquias do passado, já trazido à luz, do conhecimento do ''homo sapiens'',
descobrimos que o homem sempre esteve consciente da existência de um Ser
Supremo, Senhor e Criador de tudo. Os métodos e as abordagens podem ter sido
diferentes, mas todos os povos, de todas as épocas, deixaram provas das suas
tentativas de obedecer a Deus. A comunicação com o Onipresente, porém invisível
Deus, também foi reconhecida como possível, por uma reduzida porção de homens e
por alguns espíritos nobres e exaltados. Se essa comunicação assumia a forma de
encarnação da Divindade. Ou consistia, simplesmente, na resolução de um meio
receptor das mensagens divinas, através da inspiração ou da revelação. O
propósito sempre foi o de servir de orientação para o povo. Era mais do que
natural que certas interpretações e explicações viessem a se provar mais
importantes e convincentes do que outras. No final do século V, após o
nascimento de Jesus Cristo, os homens já haviam alcançado grandes progressos,
em diversos campos da vida. Nessa época, algumas religiões, que apregoavam
abertamente que se destinavam apenas a determinadas raças e grupos de homens. Está
claro que não ofereciam remédio para os males da humanidade em geral. Havia,
também, algumas, que proclamavam a universalidade, mas declaravam que a
salvação do homem, residia na renúncia ao mundo. Estas eram religiões para a
elite, e atendiam a um número limitado de homens. Não precisamos falar das
regiões onde inexistia qualquer religião, onde o ateísmo e o materialismo
reinavam absolutos. Onde o pensamento se ocupava exclusivamente com os próprios
prazeres, sem qualquer ressalva ou consideração pelos direitos alheios. O exame
do mapa do maior hemisfério, nos mostra a Península Arábica, situada no ponto
de confluência dos três grandes continentes: Ásia, África e a Europa. Nesse
período, esse extenso subcontinente arábico, composto principalmente por
regiões desérticas, era habitado por povos sedentários. Tanto quanto por
nômades. Não raro, membros da mesma tribo dividiam-se entre ambos os modos de
vida, e preservavam o seu relacionamento. Apesar de seguirem tais caminhos
diferentes, os meios de subsistência, na Arábia, eram escassos. O deserto
oferecia inúmeras desvantagens, fazendo com que as caravanas comerciais
tivessem uma importância maior do que a agricultura e a indústria. Isto
implicava em viagens constantes, fazendo com que homens ultrapassassem a
península, para adentra a Síria, Egito, Abissínia, Iraque, Índia e outras
terras. Pouco sabemos a respeito dos Lihyanitas da Arábia Central. Contudo
o Iêmen era justificadamente conhecido como Arábia Felix. Tendo outrora sido a
sede das civilizações florescente de Sabá e de Ma'in, antes
mesmo da fundação de Roma. Também tendo, posteriormente, conquistado algumas
províncias de Bizâncio e dos persas. O grande Iêmen, que havia passado pelos
melhores dias da sua existência, encontrava-se, nessa altura, repartido em
inúmeros principados, e em parte até ocupado por invasores estrangeiros.
Os Sassânidas do Irã, que haviam penetrado no Iêmen, já tinham se
apossado da Arábia Oriental. Na capital Madaín - Ctesifonte, reinava o
caos sócio político, que se refletia nos demais territórios. A Arábia do Norte
havia sucumbido sob a influência Bizantina, e enfrentava os seus problemas. Somente
a Arábia Central permanecia imune aos efeitos desmoralizantes da ocupação
estrangeira. Nesta área limitada, a existência do triângulo; Meca,Ta'if,
Medina, parecia algo providencial. Meca desértica, carente de água e dos
benefícios da agricultura, representava por suas características físicas, a
África e o escaldante deserto. A oitenta quilômetros de distância, Ta'if;
apresentava um retrato da Europa, com suas geadas. Medina - situada mais ao
norte, não era menos fértil do que os países mais temperados, como a Síria. Se
é que o clima exercia alguma influência na natureza do caráter humano. Este
triângulo, situado no centro do maior hemisfério, era mais do que qualquer
outra região da terra, uma reprodução miniaturizada do mundo todo. E foi aí que
nasceu um descendente de Abraão da Babilônia e da egípcia Hagar, Muhammad, o
Profeta do Islam, natural de Makkah ou Meca por nascimento. Todavia
relacionado consanguineamente, tanto a Medina como a Ta'if. A
Religião do ponto de vista religioso, mostrava a Arábia idólatra. Somente uns
poucos indivíduos haviam abraçado religiões como o cristianismo, o masdeísmo
- religião dualista que obriga o homem a escolher entre o bem e mal, devido ao
juízo final, entre outras. Os nativos de Meca possuíam uma noção do Deus Único,
porém acreditavam, também, que os ídolos tinham poder de interceder junto a
Deus. Curiosamente, eles acreditavam na ressurreição e na outra vida. Haviam
preservado o ritual da peregrinação ao Deus Único, à Kaaba, um costume
instituído por inspiração divina ao seu ancestral Abraão. Entretanto, os dois
mil anos que os separava, do tempo de Abraão haviam degenerado essa
peregrinação, transformando-a num espetáculo de feira comercial e numa
oportunidade para a idolatria insensata. O que, longe de produzir qualquer bem,
servia tão somente para corromper o seu comportamento individual, tanto no
contexto social, como no espiritual. A Sociedade a despeito da relativa
pobreza de recursos naturais, Meca era a cidade mais desenvolvida. Dos três
núcleos do triângulo, somente Meca se constituíra em cidade estado. Sendo
governada por um conselho de dez chefes hereditários, que desfrutavam de uma
nítida divisão de poderes. Gozando de boa reputação como caravaneiros os
nativos de Meca conseguiam obter permissão dos impérios vizinhos. Bem como
firmar tratados com as tribos que habitavam as rotas usadas por tais caravanas,
para transitar por seus territórios e negociar, no comércio de importação e
exportação. Eles também proporcionavam escolta para os estrangeiros que passassem
pelo seu país. Bem como pelos territórios das tribos que eram suas aliadas da
Arábia. Apesar de não estarem muito interessados em preservar ideias e
registros escritos, cultivavam apaixonadamente as artes e as letras, como a
poesia, a oratória e histórias folclóricas. 2 - O NASCIMENTO DO PROFETA MUHAMAD. No ano 570,
nasceu Abulqasim Muhammad ibnAbdala ibn Abd al Mutalib ibn Hashim o
Profeta Muhammad (sallallahu 'alaihi wa sallam). Seu pai,
Abdullah, havia falecido algumas semanas antes, e foi seu avô que se encarregou
de criá-lo, de acordo com os costumes da época. A criança foi confiada aos
cuidados de uma ama de leite beduína, com quem passou alguns anos no deserto.
Todos os seus biógrafos afirmam que o Profeta Muhamad - que a Paz e a Bênção de
Deus estejam sobre ele - quando infante
mamou somente de um seio da sua ama. Deixando o outro para o sustento do seu
meio-irmão. Quando a criança foi trazida de volta ao lar, sua Amina, levou-a
aos seus tios maternos, na cidade de Medina. Durante a viagem de retorno, ele
perdeu a mãe, que sucumbiu de morte repentina, em Meca. Outra desolação o
aguardava, o falecimento do seu afetuoso avô; foi submetido a tais privações
aos oito anos de idade. Ele se viu finalmente entregue aos cuidados do seu tio,
Abu Talib, um homem generoso por natureza, mas cujos recursos estavam
sempre aquém até das necessidades da sua própria família. O jovem Muhamad ou
Maomé, se viu portanto, diante da necessidade de procurar imediatamente um meio
de ganhar a vida. Serviu, inicialmente, como menino pastor para alguns
vizinhos. Com Dez anos, acompanhou o seu tio a Síria, quando este levou uma
caravana para lá. Não se mencionam quaisquer outras viagens de Abu Talib.
Contudo existem referências de que ele teria aberto um negócio em Makka ou
Meca, e é possível que Muhammad ou Maomé, o tenha ajudado também nesse
empreendimento. Aos vinte e cinco anos de idade, Muhammad, havia se
tornado bem conhecido na cidade, por sua integridade, disposição e honestidade
de caráter. Uma viúva rica chamada Khadija o contratou à seu serviço e
determinou-lhe que levasse as suas mercadorias, para vendê-las na
Síria. Feliz com os lucros incomuns que ele obteve, bem como encantada com
o carisma pessoal do seu agente. Ela ofereceu-lhe a sua mão, diz-se que na
época ela tinha quarenta anos de idade. A união foi feliz, e mais tarde,
vemo-lo às vezes na feira de Hubacha - no Iêmen. Também pelo menos uma vez
no país dos Abd Al Kais - Bahrain e Omã, como foi mencionado
por Ibn Hanbal. Há motivos para acreditar que esta referência
diz respeito ao grande mercado de Dabá – Omã. Onde, de acordo com Ibn Al Kalbi,
se reuniam, todos os anos, os mercadores da China, do Hindi e Sind - Índia
e Paquistão - da Pérsia, do Oriente. Um sócio comercial de Muhammad, em
Meca, de nome Sa'ibrelata: ''Revezávamos um pelo outro; se Muhammad
liderava a caravana, não ia para casa, ao retornar, sem antes acertar as contas
comigo. Se era eu que liderava a caravana, quando voltava, ele perguntava sobre
o meu bem estar, sem nada dizer do capital que me estava confiado”. 3 - INÍCIO DA CONSCIENTIZAÇÃO RELIGIOSA. Pouco se sabe sobre
os hábitos religiosos do Profeta Muhammad, até seus trinta e cinco anos de
idade. Exceto que ele jamais adorou ídolos. Está afirmação é consubstanciada
pelos seu biógrafos. Podendo se afirmar que havia alguns outros poucos em Meca,
que do mesmo modo, haviam se revoltado contra a prática insensata do paganismo.
Apesar de manterem a sua fidelidade a Kaaba, como a casa dedicada ao Deus
Único, por seu construtor Abraão. Aproximadamente no ano 605 da era
cristã, os panos que cobriam a parede externa da Kaaba se
incendiaram. O edifício foi afetado e não suportou o peso das chuvas torrenciais,
que se seguiram. A reconstrução da Kaaba foi então, empreendida. Cada
cidadão contribuiu, de acordo com as suas posses; e só era aceitas doações,
provenientes de ganhos honestos. Todos participaram do trabalho de
reconstrução, e os ombros do profeta Muhammad ou Maomé, ficaram feridos, de
tanto carregar pedras. Identificaram o local onde se iniciaria o ritual de consagração,
e também foi colocada a pedra negra, na parede da Kaaba que datava da
época do próprio Abraão. Houve rivalidade entre os cidadãos pela honra de
recolocar a pedra em seu lugar, surgindo a possibilidade de correr sangue,
alguém sugeriu que se deixasse o assunto por conta da Providência. Assim, se
aceitaria o arbítrio daquele que ali chegasse primeiro. Aconteceu que
naquela momento Muhammad chegava para ajudar no trabalho. Como era normal, ele
era popularmente conhecido pela alcunha de al Amin - o honesto, e todos
aceitaram o seu arbítrio. Sem hesitar, o profeta Muhammad pediu um manto e
colocou no chão. Colocou a pedra sobre ele e pediu aos chefes de todas as
tribos da cidade para juntos levantarem o manto. Feito isto ele próprio colocou
a pedra no seu lugar certo, em um dos cantos do edifício, ficando assim todos
satisfeitos, eliminando assim a disputa. É desse momento em diante
encontramos o Profeta Muhammad, cada vez mais absorvido em meditações
espirituais. Como seu avô ele também costumava se retirar, durante o mês
inteiro de Ramadan, para uma caverna em ''Jabal an Nur''- a montanha
da luz. Essa caverna é chamada de Ghári Hirá. Ali ele orava, meditava
e compartilhava as suas parcas provisões com os viajantes, que por ali viessem
a passar. 4 - A REVELAÇÃO. Estava ele com quarenta anos de idade, e era o
quinto ano consecutivo que iniciará os seus retiros anuais. Certa noite,
próximo ao final do mês de Ramadan, um anjo veio visitá-lo, e anunciar que Deus
o havia escolhido, como seu Mensageiro para toda a humanidade. Na visão celeste
o anjo comunicou-lhe a seguinte mensagem Divina: ''Lê, em nome do
teu Senhor Que criou; criou o homem de algo que se agarra. Lê, que o teu Senhor
é Generosíssimo, que ensinou através do cálamo, ensinou ao homem o que este não
sabia.'' Alcorão Sagrado 96,1- 5. Profundamente comovido, ele voltou para
casa e contou o acontecido à sua esposa. Expressando o seu temor de que pudesse
ter sido algo diabólico, ou feito por ação de espíritos malignos. Ela o
consolou, dizendo que ele sempre fora um homem caridoso e generoso, que sempre
ajudou os pobres, os órfãos, as viúvas e os necessitados, e assegurou-lhe que
Deus o protegeria contra todo o mal. Sobreveio, então, um lapso na revelação
que duraria mais três anos. O Profeta Muhammad, deve ter sentido inicialmente
um choque seguido por uma calmaria. Um desejo ardente, e após um certo tempo de
expectativa, uma crescente impaciência. As novas da sua primeira visão
haviam-se espalhado e, diante do lapso, os céticos da cidade começaram a
escarnecer dele e a contar piadas maldosas. Chegaram ao ponto de dizer que Deus
o havia abandonado. Durante três anos de espera, o Profeta Muhammad, se
entregara mais e mais às orações e a outros hábitos espirituais. Finalmente
reiniciaram-se as revelações e Deus assegurou-lhe que de modo algum o havia
abandonado. Ao contrário, fora Ele quem o guiara no caminho reto; que portanto
ele deveria cuidar dos órfãos e dos desamparados, e proclamar a generosidade
que Deus tivera para com ele. “Pelas horas da manhã, E pela noite, quando
é serena, que o teu Senhor não te abandonou, nem te odiou. E sem dúvida que a
outra vida será melhor, para ti, do que a presente. Logo o teu Senhor te
agraciará, de um modo que te satisfaça. Porventura, não te encontrou órgão e te
amparou? Não te encontrou extraviado e te encaminhou? Não te achou necessitado
e te enriqueceu? Portanto, não maltrates o órfão, nem tampouco repudies o
mendigo. Contudo divulga a mercê do teu Senhor, em teu discurso.'' Alcorão
Sagrado 93,1-11). Na verdade esta foi uma ordem para pregar. Outra
revelação, mandou-o alertar as pessoas contra as práticas ilícitas, exortá-las a
não louvar nenhuma outra divindade. Além do Deus Único, e a abandonar tudo o
que desagradasse a Deus. ''Ó tu, emantado! Levante-te e admoesta! E
enaltece o teu Senhor! E purifica as tuas vestimentas! E foge da abominação! E
não esperes qualquer aumento em teu interesse. No entanto persevera, pela causa
do teu Senhor.'' Alcorão Sagrado 7,2-7). Ainda outra revelação
ordenou-lhe avisar aos seus próprios parentes mais próximos. ''E admoesta
os teus parentes mais próximos. '' Alcorão Sagrado 24,214. ''Proclama,
pois, o que te tem sido ordenado e afasta-te dos idólatras.'' Alcorão Sagrado
15,94. 5 - A Missão. O Profeta Muhammad ou Maomé, começou anunciar a sua missão, primeiro
secretamente entre seus amigos mais íntimos. Depois entre os membros da sua
própria tribo e dai por diante publicamente. Pela cidade e pelos seus
subúrbios, ele insistiu na crença no Deus Único e Transcendente, na
ressurreição e no Juízo Final. Conclamou os homens a caridade e a benevolência,
e tomou as providencias necessárias para preservar, por escrito as revelações
que estava recebendo. ordenou aos seus partidários que também as decorassem, e
isto continuou durante todo o resto de sua vida. Uma vez que o Alcorão Sagrado
não foi revelado todo de uma só vez, mas em fragmentos, conforme surgia a
ocasião para tal. O número dos seus seguidores aumentou gradativamente;
entretanto diante da denuncia do paganismo. A oposição também se tornou
intensa, por parte daqueles que estavam firmemente ligados às suas crenças
ancestrais. Essa oposição degenerou, ao longo do tempo, na perseguição e na
tortura física do Profeta Muhammad, e daqueles que haviam abraçado o
Islam. Estes eram estirados sobre a areia escaldante, cauterizados com
feros em brasa e presos com correntes nos pés. Alguns deles morreram em consequência
da tortura, contudo nenhum renunciou ao Islam. Em desespero, o Profeta
Muhammad, aconselhou os seus seguidores a deixarem a sua cidade de origem e a
se refugiarem no exterior, na Abissínia – Etiópia. Lá existe um rei justo, em
cujo reino ninguém é oprimido. Dezenas de muçulmanos se beneficiaram desse
conselho, mas não todos. Essas fugas em segredo incitaram uma perseguição
maior, por parte dos senhores de Makkah ou Meca, à aqueles que ficaram para
trás. O Profeta Muhammad ou Maomé, denominou a sua religião de ISLAM, isto é
submissão à vontade de Deus. As características que a distinguem são duas: Primeiro,
o equilíbrio harmônico entre as coisas temporais e espirituais - o corpo e alma
- que permite desfrutar por inteiro, de todas as graças criadas por Deus. Prescrevendo
ao mesmo tempo, para todos, deveres para com Deus. O Islam veio para
ser a religião das massas e não apenas de uns poucos
eleitos. Segundo, a universalidade do chamamento, para que todos os
crentes se tornem irmãos e iguais. Sem qualquer distinção de classe, raça ou
idioma. A única superioridade que ela admite é exclusivamente pessoal, baseada
no maior temor a Deus e na maior devoção. Alláh seja louvado". http://www.ccib.org.br. Abraço. Davi.
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