Cristianismo.
Texto de Watchman Nee (1903-1972). Capítulo II. CASAMENTO II. A OUTRA PARTE DO
CASAMENTO. O SENHOR ESTABELECEU
condições definidas com respeito à pessoa com quem o crente pode ou não
se casar. A Bíblia indica claramente que o casamento do povo de Deus deve ficar
limitado aos da mesma fé. Em outras palavras, se deve haver um casamento, a
outra parte deve ser procurada entre os próprios filhos de Deus. A pessoa
crente não pode casar-se com alguém que não faça parte do povo de Deus. OS
ENSINAMENTOS DO VELHO TESTAMENTO. O VELHO TESTAMENTO contém exortações
suficientes para confirmar que não devemos nos casar fora do povo de Deus. A
EXORTAÇÃO EM DEUTERONÔMIO. Deuteronômio 7,3-4 “Nem contrairás matrimônio com os
filhos dessas nações; não darás tuas filhas e seus filhos, nem tomarás suas
filhas para teus filhos: pois elas fariam desviar teus filhos de mim, par que
servissem a outros deuses, e a ira do Senhor se acenderia contra vós outros, e
depressa vos destruiria”. Não foi permitido ao povo de Israel que seus filhos
se casassem com os cananeus. Os novos irmãos e irmãs devem ver que, de acordo
com os ensinamentos do Velho Testamento, a outra parte no casamento deve ser
alguém no Senhor. Não busque uma esposa ou um marido do lado de fora da fé. O
maior problema está na possibilidade da outra pessoa afastar você do Senhor par
servir outros deuses. É muito fácil para a esposa seguir a seu marido, e para o
marido seguir a esposa na adoração de ídolos. Desde que são casados é simples
seguir o ídolo do outro. O AVISO DE JOSUÉ. Josué 23,12-13 “PORQUE SE DELE vos
desviardes e vos apegardes ao restante destas nações ainda em vosso meio, e com
elas vos aparentardes, e com elas vos misturardes, e elas convosco, sabei
certamente que o Senhor vosso Deus não expulsará mais estas nações de vossa presença,
mas vos serão por laço e rede, e açoite às vossas ilhargas, e espinhos aos
vossos olhos; até que pereçais nesta boa Terra que vos deu o Senhor vosso
Deus”. Josué também avisou sobre o povo da Terra, pois isso poderia tornar-se
um laço, uma armadilha para eles. Esposas e maridos estrangeiros seriam como
espinhos e os amarrariam até que eles fossem destruídos. A VOLTA DE NEEMIAS.
Quando Neemias retornou à Terra de Judá, depois de visitar a Terra de seu
cativeiro, ele descobriu que muitos dos filhos de Israel não podiam falar a
língua dos judeus devido aos casamentos mistos que tinham contraído. Neemias
contendeu com eles e os obrigou a se separarem completamente das mulheres
estrangeiras (ver Neemias 13,23-27). O problema do casamento com uma mulher gentia
é que mais cedo ou mais tarde os filhos seguirão a mãe e deixarão de servir a
Deus com você. Se você se casar com um gentio, com seus próprios olhos verá
seus filhos caírem no mundo. Isso seria verdadeiramente uma situação difícil. A
ÉPOCA DE MALAQUIAS. Malaquias 2,11 “JUDÁ TEM SIDO desleal, e abominação se tem
cometido em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do Senhor,
o qual Ele ama, e se casou com adoradora de deus estranho”. Casar com a filha
de um gentio, aos olhos de Deus significa profanar a sua santidade. Portanto, o
casamento cristão fica limitado. O casamento deve ser entre crentes. A FALHA DE
SALOMÃO. SALOMÃO FOI O mais sábio dos reis, contudo, ele caiu na idolatria
através de casamentos com mulheres estrangeiras. O ENSINAMENTO DO NOVO
TESTAMENTO. NO NOVO TESTAMENTO, Paulo escreve claramente com respeito a quem
pode ser a outra parte na união conjugal. UMA PALAVRA PARA AS VIUVAS. I
Coríntios 7,39 “A MULHER ESTÁ ligada enquanto vive o marido, contudo, se
falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no
Senhor”. NÃO VOS PONHAIS EM JUGO DESIGUAL. Paulo nos mostra com quem devemos
casar na famosa passagem em II Coríntios 6,14 “Não vos ponhais em jugo desigual
com os incrédulos”. EMBORA ESTAS PALAVRAS não sejam dirigidas exclusivamente ao
casamento, elas incluem o mesmo. Para um crente e um incrédulo trabalharem
juntos a fim de alcançarem um determinado alvo, seria como colocar juntos dois
tipos opostos de animais, sob um único jugo, para ararem a Terra. Isso é algo
que Deus proíbe. Deus não permite que o crente sustenha o mesmo jugo com o
incrédulo. No Velho Testamento isto é especificamente exortado em Deuteronômio
22,10 “Não lavrará com junta de boi e jumento”. O boi é lento, enquanto o
jumento é rápido. Um quer ir por um caminho e o outro insiste para ir para
outro lado. Um vai para a direção do céu, o outro para o mundo. Um busca as
bênçãos espirituais, o outro a abundância terrena. Um puxa para uma direção
enquanto que o outro puxa para outra direção. Essa é uma situação impossível.
Tal jugo não pode durar. O jugo mais sério de todos é o casamento. Dos três
exemplos: sociedade no trabalho, um compromisso tomada em conjunto, ou o
casamento, este último constitui o jugo mais pesado. É realmente difícil sustentar
juntos a responsabilidade da família. O cônjuge ideal no casamento deve ser
irmão ou irmã no Senhor. Não escolha descuidadamente um incrédulo. Se você o
fizer, terá de enfrentar imediatamente um grande problema. O crente puxa para
um caminho, enquanto que o outro corre em direção ao mundo. Um busca pelos dons
celestiais, mas o outro olha pra a prosperidade terrena. A diferença entre os
dois é tremenda. Por causa disto, a Bíblia nos manda casar com aqueles que
estão no Senhor. SE FOR CASADO COM UMA PESSOA NÃO SALVA. EIS UM PROBLEMA.
Suponhamos que um irmão já esteja casado com uma esposa incrédula, ou uma irmã
com um marido indiferente. O que ele deve fazer
numa situação assim? Isto é diferente do problema anterior, pois ele se
refere aos que ainda não são casados, aos que estão buscando um companheiro;
enquanto o problema aqui é a pessoa já casada com um incrédulo. O que deve ser
feito? SE ELE QUISER SE APARTAR, DEIXE QUE FAÇA ISSO. I Coríntios 7,12-15
responde a esta questão. O Senhor Jesus, nos Evangelhos, predisse que haveria
problemas na família. Se alguém crê no Senhor totalmente, haverá conflito no
lar, quando não acontece o mesmo com o seu cônjuge. Lucas registra o que o
Senhor disse em Lucas 12,52: “Porque daqui a diante estarão cinco divididos numa
casa: três contra dois, e dois contra três”. Tal divisão é causada pelo fato de
alguns da família crerem no Senhor. Se um marido incrédulo quiser partir por
causa da fé possuída pela esposa, dizendo: “Não quero mais você porque creu no
Senhor”, o que essa esposa deverá fazer? A Palavra de Deus é clara em I
Coríntios 9,15: “Que se aparte”. Assim também acontece à esposa incrédula de um
marido crente. Se ela insiste em se apartar, deixe-a ir. Mas uma coisa deve
ficar clara. Deixe que ele ou ela toma a iniciativa: o crente não deve iniciar
a separação. Não é o crente que quer se apartar, mas o incrédulo. É este último
que está descontente, pensando que não há mais futuro para ele, desde que o
primeiro creu no Senhor. SE ELE FICAR, O SENHOR O SALVARÁ. SE A ESPOSA ou o
marido incrédulo consente em morar com o crente, Paulo diz que este não deve deixar o seu cônjuge. Deus nos
chamou à paz. O incrédulo é santificado no convívio do crente. Pode ser que a
esposa ou o marido incrédulo seja salvo. Se tiver de haver uma separação, ela
deve partir do incrédulo, não do crente. Mas se o incrédulo não pede para se
apartar, nós cremos que o Senhor salvará aquela vida. Parece que é bem fácil o
Senhor salvar tais pessoas. Vamos, portanto, nos basear nisto com respeito a
esta questão. O NOIVADO COM UMA PESSOA NÃO SALVA. HÁ CASOS EM QUE os irmãos ou
irmãs já se acham comprometidos com um incrédulo. O que devem então fazer? O
INCRÉDULO PODE ROMPER O COMPROMISSO. ESTÁ CLARO que o Senhor não quer que
casemos com incrédulos. Mas se uma pessoa já for noiva, a questão é diferente.
Seria melhor se a noiva ou o noivo incrédulo rompesse voluntariamente o
compromisso; pois são apenas noivos, ainda não se casaram. Possa o Senhor abrir
o caminho para que o incrédulo faça a proposta de romper o noivado por causa da
fé possuída pelo crente. Isto é bom. Caso contrário haverá dificuldades. AO
CRENTE NÃO É POSSÍVEL O COMPROMISSO DESCUIDADAMENTE. TAL PROPOSTA VOLUNTÁRIA
não acontece com frequência. Ceras vezes, mesmo que a outra parte saiba que você
veio a crer no Senhor, ela pode mesmo assim desejar manter o compromisso. Nessa
hora você precisa lembrar que ao ficar noivo aceitou o compromisso com a outra
parte, fez-lhe uma promessa diante de Deus. O cristão não deve anular tal
compromisso descuidadamente, pois o mesmo é sagrado diante de Deus. Tal
sugestão não precisa ser iniciada apenas pela outra parte como acontece no caso
das pessoas casadas. Trata-se de um simples compromisso, portanto, você pode
apresentar a sugestão. Entretanto, se a outra parte insiste em que você o
cumpra, terá então de cumpri-lo. Quando o cristão dá a sua palavra, ela deve
ser cumprida, e não destruída. Pelo fato de Deus manter a sua Palavra, nós
temos a salvação; caso contrário não haveria salvação nenhuma. Assim sendo, nós
podemos esperar negociar, mas não nos cabe destruir o compromisso
unilateralmente. Se a outra parte não der o seu consentimento, o compromisso
deve ser cumprido. Salmos 15,14 “Quem há de morar no seu santo monte (...) o
que jura com dano próprio e não se retrata. Podemos ilustrar isso com a
história dos gibeonitas em Isaías 9. Eles tramaram astuciosamente contra o povo
de Israel e o enganaram com pão seco embolorado, sapatos velhos e remendados, e
roupas rotas, dizendo ter saído de um país distante. Conseguiram assim que
Josué fizesse paz com eles e os deixasse viver. Mais tarde foi descoberto que
na realidade eles moravam num país vizinho. Mas, por causa da aliança já ter
sido feita, Deus não permitiu que Israel os matasse apesar de seu engano. Em
vez disso, eles foram poupados e passaram a trabalhar como rachadores de lenha
e carregadores de água para toda a congregação. Isso indica quão seriamente uma
aliança é mantida na Bíblia. Se a outra parte deseja anular a aliança, então
estou livre para aceitar isso. Mas se ela insiste nos seus termos, devo
cumpri-la. Essa aliança com os gibeonitas produziu um aséira consequência.
Saul, em seu zelo, massacrou os gibeonita, ver II Samuel 21. Por causa disso a
chuva foi retida no céu é houve fome na Terra. Davi perguntou aos gibeonitas o
que ele poderia fazer a seu favor para que houvesse expiação. Os gibeonitas
pediram que os sete filhos de Saul fossem enforcados numa árvore. Davi teve de
obedecer a esse pedido. Deus não nos permitirá destruir uma aliança que tivermos
feito. Por isso, nesta questão de casamento, se o incrédulo não deseja
separar-se, então o crente não deve forçar a separação. O compromisso deve ser
cumprido pelo casamento. ANTES DO CASAMENTO O CRENTE DEVE NEGOCIAR CONDIÇÕES.
Uma coisa porém, o crente pode fazer; isto é, antes do casamento certas
condições poderiam ser negociadas. Primeiro, o crente deve ter da parte do
incrédulo o consentimento para servir o Senhor. Nada deve ser escondido, a
bandeira precisa ser desfraldada completamente. Como cristão, ele ou ela deve
ter liberdade para servir ao Senhor sem qualquer interferência. Em segundo
lugar, quando nascerem os filhos na família, eles devem ser educados de acordo
com os ensinamentos do Senhor. A outra parte pode não crer no Senhor, mas os
filhos devem ser instruídos na admoestação do Senhor. Essas duas coisas
precisam ser estabelecidas antes do casamento, caso contrário surgirão
dificuldades. Casar-se ou ser dado em casamento a um incrédulo é para o crente
indubitavelmente uma perda. Nós desejamos diminuir a perda e minimizar as
dificuldades. Devemos pedir pela liberdade de servir ao Senhor e de levar
nossos filhos ao Senhor. Somos cristãos, não iremos para o mundo, mas
seguiremos após o Senhor. Se a parte aposta consentir nas nossas condições, ótimo.
Caso contrário, que anule o noivado. O PROBLEMA DO DIVÓRCIO. A Bíblia é clara
com respeito ao divórcio; ele é permitido sob apenas uma condição. As nações do
mundo permitem muitas e variadas razões para o divórcio, mas a Bíblia só admite
uma. Essa única condição é o adultério, não existe qualquer outra. Crueldade
mental ou ausência física não constitui base para o divórcio nas Escrituras. O
Senhor Jesus estabelece claramente, tanto em Mateus 19 como em Lucas 16, que o
divórcio é permitido em caso de adultério. O CASAMENTO NÃO DEVE SER VIOLADO.
Você pode perguntar, por que o divórcio é permitido quando há adultério? Porque
o que Deus uniu, o homem não pode separar em Mateus 19,6. Em outras palavras, o
marido e a esposa são um só aos olhos de Deus. O divórcio é a declaração de que
essa união foi violada. O adultério a destruiu, pois aquele que comete
adultério destruiu a união entre marido e esposa. O DIVÓRCIO É PERMITIDO APÓS A
PERDA DA UNIÃO. Por que o divórcio é permitido em caso de adultério? Por que a união
já foi quebrada. Quando um marido ou uma esposa comete o pecado do adultério, a
união entre o casal é destruída; portanto, o cônjuge fica livre. Inicialmente
houve união e esta deve ser mantida; mas uma vez destruída a mesma o cônjuge
fica desimpedido. O adultério é portanto a única condição para o divórcio. Se o
marido cometer adultério, a esposa pode deixa-lo se assim o desejar. Da mesma
maneira o marido pode deixar a esposa que pratica esse ato. A igreja não deve
esconder tal coisa. O outro cônjuge pode obter o divórcio e casar-se novamente.
O divórcio não passa de uma declaração. Ele declara que a união já não existe.
Assim, a parte ofendida pode casar-se novamente. O que não passa de uma
declaração. Ele declara que a união já não existe. Assim, a parte ofendida pode
casar-se novamente. O que é então o divórcio? É a quebra da união. Isto
acontece, na realidade, na hora do adultério e não na do divórcio. O divórcio
não é nada mais do que o procedimento que declara que a união não existe mais.
Como o casamento declara a presença dessa união, o divórcio confirma o seu fim.
Essa a razão pela qual ele é permitido após o adultério. Mas divórcio sem ter
como causa o adultério é uma questão por completo diferente. Qualquer outra
base para o divórcio leva ao adultério. Reconheçamos que o casamento é uma
união. As duas pessoas não são mais duas, mas se tornaram uma só carne. O
adultério destrói essa unidade e o divórcio declara o seu rompimento. Portanto,
o que Deus união não o separa o homem. O PROBLEMA DAS VIÚVAS. A Bíblia permite
o novo casamento daquelas pessoas que perderam o seu cônjuge. O casamento
termina com a morte. Na ressurreição, o relacionamento matrimonial não existe
mais, pois após a ressurreição os homens não se casam nem se dão em casamento. O
matrimonio faz parte deste mundo. Os anjos não se casam, nem os homens irão
casar-se na ressurreição. O casamento pertence a esta vida, não à vida que
virá. Dessa forma, o casamento termina com a morte. Depois da morte de um
cônjuge, o que permanece vivo pode casar novamente, ou pode, por causa da
afeição do passado permanecer sozinho. Consideremos o ensinamento de Romanos
7,2-3. Vemos aqui que, num certo sentido, cada cristão é uma pessoa que se casa
novamente. Através da morte e ressurreição de Cristo nós nos casamos de novo. A
Palavra de Deus mostra que “a mulher casada está ligada pela lei ao marido,
enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal.
De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com
outro homem”. Romanos 7 ensina que se a lei não tivesse morrido, nós não
poderíamos pertencer a Cristo, pois isto nos faria adúlteros, desde que fomos
casados com a lei. Podemos pertencer a Cristo, pois isto nos faria adúlteros,
desde que fomos casados com a lei. Podemos escolher a Cristo hoje sem nos
formar adúlteros. Nós agora somos casados com a lei. Da mesma forma, na igreja
de hoje não deve existir o conceito de proibição dos viúvos se casarem
novamente. Um conceito como esse é de origem pagã. Como é natural, a pessoa
viúva pode perfeitamente permanecer nesse estado, vivendo sob o mesmo princípio
daqueles que mantém a sua virgindade. I Coríntios 7,8 “E aos solteiros e viúvos
digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo”. Viver
só, como uma virgem, a fim de servir ao Senhor, é absolutamente certo. Mas não
contrair novo matrimônio por causa da censura e de conceito mundano não está
correto. I Timóteo 5,14 “Quero, portanto, que as viúvas mais novas se casem”.
Assim diz Paulo a Timóteo. Essas viúvas jovens podem se casar da mesma forma
que os viúvos se casam outra vez. A questão é a pessoa ter ou não tal
necessidade, seja fisiológica ou psicologicamente. Alguns se sentem solitários.
Esse é um problema psicológico. Alguns sentem necessidade de uma família. Está
correto, portanto, tanto para o irmão que perdeu a esposa como para a irmã que
perdeu o marido, se casarem novamente. Os cristãos não devem julgar as pessoas
sob este aspecto. A QUESTÃO DO PECADO. O QUE É PECADO? O SEXO FORA do casamento
conjugal é pecado. Deus, em sua Palavra, reconhece que o sexo é correto, a
consciência do sexo é correta, e mesmo as relações sexuais são corretas. Sentir
impulso sexual (libido) não é apenas correto, mas também santo, contanto que se
limite ao relacionamento conjugal. Se isso se apresentar dentro dos laços do
casamento, é tanto certo como santo. Precisamos ensinar aos novos crentes que
não há nenhum pecado na consciência do sexo nem no impulso sexual. Mas Deus
coloca uma restrição em torno do ato sexual: é correto somente dentro do
casamento, dentro da união marido-esposa. Qualquer impulso ou ato sexual fora
do casamento é pecaminoso. Você está vendo o que é pecado? O sexo se torna
pecado quando é praticado fora do casamento. Por que? Porque o sexo fora do
casamento quebra a união entre marido e mulher. É um ato pecaminoso não pelo
sexo em si, mas porque a sua prática destrói a união. O CONSENTIMENTO
VOLUNTÁRIO ESTABELECE O PECADO. O SENHOR JESUS disse em Mateus 5,28 “Qualquer
que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou com
ela”. A palavra “olhar” aqui, envolve a vontade. Não se trata apenas de ver uma
mulher, mas de olhar para ela. Ver é passivo, mas olhar é ativo. Não é o
acender da cobiça pelo fato de ver uma mulher, mas o olhar pra uma mulher pelo
fato de cobiça-la. A cobiça vem primeiro. O segundo olhar é na realidade o
terceiro degrau. Primeiro alguém vê a mulher, em seguida a cobiça se acende em
seu coração e, finalmente, ele olha pela segunda vez, cobiçando-a. As mulheres
podem ser vistas por todos. Algumas pessoas, entretanto, não têm qualquer
controle sobre si mesmas. Elas começam a ter pensamentos sensuais e também
aceitam esses pensamentos malignos induzidos por Satanás. Elas viram e olham
pela segunda vez. Isto é pecado. Em outras palavras, o que Mateus 5 quer dizer
é que aquele que olha para uma mulher com pensamentos sensuais em seu mente, já
cometeu adultério em seu coração. Não é o primeiro olhar que está sendo
considerado aqui. Uma pessoa pode ver uma mulher na rua casualmente e não peca
se resistir aos pensamentos sensuais que Satanás tenha despertado em sua mente.
Apenas quando se volta e olha pela segunda vez é que realmente peca. Lembre-se,
portanto, consciência do sexo não é pecado, mas o consentimento do desejo é
pecado, pois o desejo consente com o sexo fora do casamento. Aquele que
consente já destruiu a união do casamento em seu desejo. É pecado destruir essa
união pela prática; é igualmente pecaminoso diante de Deus, destruir a mesma
pelo desejo. Livro A Família Cristã Normal.
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