Astrologia.
ELEMENTOS BÁSICOS DE ASTROLOGIA. PREFÁCIO. “É com imensa satisfação que
conseguimos organizar esta nova edição do livro da professora Emma Costet,
graças aos nossos esforços conjugados com Aor Costet, Altair Flamarion Klippel,
Antonio Carlos Harres e a Editora Teosófica. Lembro-me sempre da preocupação
que minha querida professora expressou, quando já estava hospitalizada, de que
o trabalho de difusão da Astrologia prosseguisse após a sua morte, pois como
ela mesma previu naquela ocasião: “Depois que Saturno (em trânsito) alcançar o
meu (signo) Ascendente (natal), não contem mais comigo”. Tal previsão, de fato,
se confirmou! Contudo, Dona Emy, como carinhosamente a chamávamos, não gostava
de fazer previsões, evitando particularmente a previsão da data da morte,
porque a Astrologia trabalha com probabilidades, ou como diziam os antigos: “Os
astros inclinam, mas não determinam”. Também dizia Charles W. Leadbeater
(1854-1934) : “É provável que, na maioria dos casos, a maneira e o momento
exato da morte não sejam fixados antes nem no momento do nascimento. Os
astrólogos dizem que, em muitos casos, não podem prever a morte. Eles mencionam
que em certas épocas as influências maléficas são fortes, e que a pessoa poderá
morrer, mas, se não morrer, sua vida continuará até outra ocasião em que os
aspectos malignos novamente a ameaçarão e assim por diante”, e Annie W. Besant
(1847-1933) complementa: “(...) pode ser decifrado no horóscopo por um
astrólogo competente”. A genuína Astrologia baseia-se essencialmente nos
aspectos que são ângulos geocêntricos formados pelos astros no céu,
dividindo-se em desarmônicos, quando derivados do quadrado, que oferece
diagonais de oposição, e harmônicos, quando derivados do triângulo equilátero,
que não apresenta diagonais de oposição. As dificuldades do cálculo astronômico
sempre tornaram a verdadeira ciência milenar da Astrologia inacessível ao
grande público, mas a era da informática vencerá este obstáculo, facilitando o
estudo de mapas astrais individuais e produzindo evidências em um volume
estatisticamente irrefutável. Desta forma, obrigará a ciência contemporânea
adequar seus paradigmas pelo peso dos fatos, dignando-se a investigar
imparcialmente a Astrologia. Como respondeu Sir Isaac Newton (1643-1727) o
descobridor do Cometa de Halley, que questionava as bases da Astrologia:
“Senhor, eu a tenho estudado, o senhor não”. Uma enorme transformação ocorrerá em nosso mundo quando,
pela pressão das evidências, a humanidade compreender que o destino ou o Karma
maduro existem e podem ser lidos pelos ângulos dos astros no céu, que o
Universo é ordenado e não um mero fruto caótico do acaso, e que há um profundo
significado pedagógico em tudo que nos acontece, porque é o efeito de nossos
pensamentos, ações e desejos do passado. Dona Emy sempre se preocupava em
difundir a Astrologia como Ciência que pode ser comprovada pela observação
diária dos trânsito dos astros em aspecto com suas posições no mapa atual de
cada indivíduo. Portanto, ao publicarmos sua obra temos a satisfação de
contribuir para tal difusão transformadora, realizando, assim, o seu último
desejo”. Astrólogo Ricardo Lindemann. APRESENTAÇÃO. “Emília, a neta da Baronesa von
Hoffmann, da Transilvânia, que no Brasil foi a astróloga e a conselheira de
muitas pessoas. Era conhecida como Emi, Emmy, Emy, Dona Emi, Dona Emma e Emma
Costet de Mascheville. Emi, como a maioria das mulheres, foi bebê, menina,
irmã, filha, neta esposa, vovó e bisavó. Como todas as mulheres, Emi
inquietou-se com o Sol, a Lua, as estrelas, o cometa Halley e as estrelas
cadentes. Mas as circunstâncias da vida tornaram estas inquietações mais
profundas e fizeram dela uma astróloga. Uma astróloga que descia o Morro do
Cristal para lavar a roupa da família na fonte, no meio da floresta, no sopé da
montanha, quando ainda havia pássaros nos arredores de Porto Alegre. Uma astróloga
que cozinhava, fazia bolos, panquecas, doces, pudins, marmeladas. Que plantava
morangos, verduras e flores e que gostava de cuidar das galinhas e de sua
cabra. Uma astróloga que deu aulas de alemão, francês e inglês para ajudar no
sustento da família e que administrava sua casa como qualquer outra mulher,
cuidando de seus familiares como mãe, esposa e filha. Que teve a ajuda de
parentes, amigos, vizinhos, conhecidos, desconhecidos e da Providência Divina,
a qual se referia como “a mão de Deus que intervém em nossa vida e nos conduz
para o caminho certo, mesmo que não seja aquele que queremos”. Foi operária,
estenógrafa, secretária, gerente, representante e vendedora de porta em porta.
Colaborou, com seu pai, na assistência aos soldados, nos campos de
prisioneiros, durante a Primeira Guerra Mundial, na assistência aos refugiados
e aos famintos no Leste europeu, através da Cruz Vermelha. Nasceu em
Heimhausen, na Bavária, no sul da Alemanha, mas sua primeira língua foi o
italiano, pois viveu seus primeiros anos de vida em Monte Veritá, junto ao
Maggiore, no norte da Itália e sul da Suíça. Esteve na Hungria e passou a
juventude mudando de cidade em cidade na Alemanha. Teria crescido nos Estados
Unidos, não fora um acidente ferroviário sofrido por seu pais, que teve de ser
hospitalizado e não pôde assumir o convite para lecionar em uma universidade
americana. A sua vinda e a de sua família ao Brasil, em princípio temporária,
tornou-se definitiva, quando aos 22 anos conheceu, em Curitiba – PR, seu futuro
esposo, amigo de sua tia. Com Cedaior, seu marido, começa o estudo da
Astrologia que, ao longo dos afazeres domésticos e dos anos, torna-se cada vez
mais profundo. Na Europa desfrutou dos círculos de interesse cultural,
artístico, literário, religioso, idealista e humanitarista, pois seu pai era
jornalista, pastor ecumênico, escritor e conferencista. Desde menina dominava
várias línguas. Estudou literatura inglesa na Universidade de Berlim. Também se
interessava por sânscrito e gostava de frequentar museus e bibliotecas. No
Brasil veio viver em contato com o caboclo goiano, o caipira paranaense, o
colono catarinense, o gaúcho rural, o operário paulista, o povo nortista e o
nordestino do Acre, os cariocas e os brasilienses, enfim, brasileiros de todo o
país. Cerca de 10 mil horóscopos que calculou e interpretou mostram seu
vigoroso e cálido pensamento, refletido em milhares de páginas datilografadas,
manuscritas ou em gravações e, principalmente, em longas conversas, pelo menos
de duas horas com cada pessoa, conforme lembram seus clientes, alunos, amigos e
parentes. Aprendeu o português com os franceses que falavam o espanhol, por
isso, em seus trabalhos escritos surgem, por vezes, galicismos, castelhanismos
e expressões platinas. Adota a pontuação germânica, de pausa – tão do agrado de
Machado de Assis (1839-1908), e a ordem latina das palavras. Aprendeu pela
antiga ortografia, a do “ph”. Suas mestras e seus mestres, agora, no
aprendizado da língua lusitana, são os colaboradores mais próximos: a
cozinheira, a lavadeira, a passadeira, o verdureiro, o comerciante, a
vendedora, o agricultor, o operário, o pedreiro, o instalador hidráulico, o
eletricista, o pastoreador, o peão rural, o analfabeto, o guarda e também
colegas, professores, inquilinos, costureiras, amigos, vizinhos, estrangeiros,
clientes (...). Tal como Sócrates (469 AC 399) da Grécia, seu grande empenho,
através da Astrologia, foi o de procurar o “Conhecer a ti mesmo”, conversando
com as pessoas, aconselhando-as para que buscassem compreender a si mesmas e,
assim pudessem compreender os seus próprios problemas, as coisas da vida e,
finalmente, chegassem a compreender os outros. Por isso, sua grande preocupação
com a criança e a educação. Através da Astrologia, buscava compreender as
pessoas, desde a sua infância até a idade adulta. Ela sabia que as mães, ao
compreenderem a si mesmas, poderiam melhor compreender os filhos e, assim,
dar-lhes uma educação mais adequada. Não especulou através de livros e teorias.
Meditou sobre cálculos e estatísticas de milhares de horóscopos. Utilizava-se
de suas experiências diárias com muitas e pessoas e situações. A começar por
seu próprio horóscopo, pela observa de seus sete filhos e das pessoas que lhe
eram mais próximas, pelas confidências e desabafos, relatos e exposições de
seus clientes, perguntas de alunos e até mesmo pelas provocações dos críticos e
dos céticos. Em seu estudo de Astrologia, testou aforismos da tradição árabe,
afirmações do conhecimento medieval, interpretações da tradição clássica,
curiosidades orientais e os ditos da tradição popular. Manteve sempre uma
atitude coerente com o método científico, baseando-se na observação dos fatos,
que devidamente correlacionados, permitiam-lhe a compreensão e o entendimento
astrológico, ao mesmo tempo em que conservava a tradição. Acumulou, ao longo de
milhares de dias e horas de entrevistas com seus clientes e conversas com seus
amigos e parentes, um vasto acervo de informações que até hoje se conservam
atuais, precisas e profundas. O seu trabalho encontra-se refletido em seus
escritos, em suas gravações, e na lembrança de milhares de mentes e corações.
Ao atender cada cliente, ela assimilava mais conhecimento, e com crescente
sabedoria, preparava-se para o atendimento do próximo consulente. Emi sempre
foi grata aos que lhe ensinaram através da vida, dos livros, dos fatos, dos
cálculos, reconhecendo sempre a Mão de Deus que lhe encaminhava as pessoas ou
os instrumentos que lhe permitiam ajudar os outros, ampliando o seu
conhecimento da Astrologia de uma forma saudável e não egoísta. Sempre foi
grata a todos que a ajudaram e os guardava em sua lembrança. Sempre procurou
retribuir a Deus. Se durante um período
da vida cobrou profissionalmente para sua sobrevivência e a de seus familiares,
por outro lado atendeu a muitos que não podiam pagar, não deixando ninguém
partir sem um aconselhamento astrológico. Para Emi, a Astrologia foi uma grande
e rica aventura que viveu por toda a vida, apesar de ter passado por todo tipo
de dificuldades e sofrimentos. Através da Astrologia compreendeu que todos
temos nossos sofrimentos e nossas alegrias, mas que o plano de distribuição
dessas experiências e oportunidades pode variar de pessoa para pessoa. Diz São
Tomás de Aquino (1225-1274) que é lícito ao homem conhecer os desígnios de Deus
através da Astrologia. Através dessa arte, ciência e técnica podemos ver que
Deus é justo, pois Ele nos traz as provas no tempo certo. E o grande Relógio,
em que estão marcados esses momentos, está no Céu, onde se movimentam as
constelações, os signos, o Sol, a Lua, os planetas, as estrelas, os comentas,
os asteroides, as estrelas cadentes (...). E assim Emi, através da Astrologia,
na busca da união da Fé e da Ciência, encontrou uma maneira de explicar, de
fazer-se compreender e de ver a Beleza da Justiça Divina e a Bondade de Deus
para com todas as pessoas, mães, jovens e futuras gerações”. Aor costet de
Mascheville. Livro Luz e Sombra – Emma Costet de Mascheville – Elementos
Básicos de Astrologia. Abraço. Davi.
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