quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

ASTROLOGIA - PREFÁCIO E APRESENTAÇÃO.



Astrologia. ELEMENTOS BÁSICOS DE ASTROLOGIA. PREFÁCIO. “É com imensa satisfação que conseguimos organizar esta nova edição do livro da professora Emma Costet, graças aos nossos esforços conjugados com Aor Costet, Altair Flamarion Klippel, Antonio Carlos Harres e a Editora Teosófica. Lembro-me sempre da preocupação que minha querida professora expressou, quando já estava hospitalizada, de que o trabalho de difusão da Astrologia prosseguisse após a sua morte, pois como ela mesma previu naquela ocasião: “Depois que Saturno (em trânsito) alcançar o meu (signo) Ascendente (natal), não contem mais comigo”. Tal previsão, de fato, se confirmou! Contudo, Dona Emy, como carinhosamente a chamávamos, não gostava de fazer previsões, evitando particularmente a previsão da data da morte, porque a Astrologia trabalha com probabilidades, ou como diziam os antigos: “Os astros inclinam, mas não determinam”. Também dizia Charles W. Leadbeater (1854-1934) : “É provável que, na maioria dos casos, a maneira e o momento exato da morte não sejam fixados antes nem no momento do nascimento. Os astrólogos dizem que, em muitos casos, não podem prever a morte. Eles mencionam que em certas épocas as influências maléficas são fortes, e que a pessoa poderá morrer, mas, se não morrer, sua vida continuará até outra ocasião em que os aspectos malignos novamente a ameaçarão e assim por diante”, e Annie W. Besant (1847-1933) complementa: “(...) pode ser decifrado no horóscopo por um astrólogo competente”. A genuína Astrologia baseia-se essencialmente nos aspectos que são ângulos geocêntricos formados pelos astros no céu, dividindo-se em desarmônicos, quando derivados do quadrado, que oferece diagonais de oposição, e harmônicos, quando derivados do triângulo equilátero, que não apresenta diagonais de oposição. As dificuldades do cálculo astronômico sempre tornaram a verdadeira ciência milenar da Astrologia inacessível ao grande público, mas a era da informática vencerá este obstáculo, facilitando o estudo de mapas astrais individuais e produzindo evidências em um volume estatisticamente irrefutável. Desta forma, obrigará a ciência contemporânea adequar seus paradigmas pelo peso dos fatos, dignando-se a investigar imparcialmente a Astrologia. Como respondeu Sir Isaac Newton (1643-1727) o descobridor do Cometa de Halley, que questionava as bases da Astrologia: “Senhor, eu a tenho estudado, o senhor não”. Uma enorme  transformação ocorrerá em nosso mundo quando, pela pressão das evidências, a humanidade compreender que o destino ou o Karma maduro existem e podem ser lidos pelos ângulos dos astros no céu, que o Universo é ordenado e não um mero fruto caótico do acaso, e que há um profundo significado pedagógico em tudo que nos acontece, porque é o efeito de nossos pensamentos, ações e desejos do passado. Dona Emy sempre se preocupava em difundir a Astrologia como Ciência que pode ser comprovada pela observação diária dos trânsito dos astros em aspecto com suas posições no mapa atual de cada indivíduo. Portanto, ao publicarmos sua obra temos a satisfação de contribuir para tal difusão transformadora, realizando, assim, o seu último desejo”. Astrólogo Ricardo Lindemann. APRESENTAÇÃO. “Emília, a neta da Baronesa von Hoffmann, da Transilvânia, que no Brasil foi a astróloga e a conselheira de muitas pessoas. Era conhecida como Emi, Emmy, Emy, Dona Emi, Dona Emma e Emma Costet de Mascheville. Emi, como a maioria das mulheres, foi bebê, menina, irmã, filha, neta esposa, vovó e bisavó. Como todas as mulheres, Emi inquietou-se com o Sol, a Lua, as estrelas, o cometa Halley e as estrelas cadentes. Mas as circunstâncias da vida tornaram estas inquietações mais profundas e fizeram dela uma astróloga. Uma astróloga que descia o Morro do Cristal para lavar a roupa da família na fonte, no meio da floresta, no sopé da montanha, quando ainda havia pássaros nos arredores de Porto Alegre. Uma astróloga que cozinhava, fazia bolos, panquecas, doces, pudins, marmeladas. Que plantava morangos, verduras e flores e que gostava de cuidar das galinhas e de sua cabra. Uma astróloga que deu aulas de alemão, francês e inglês para ajudar no sustento da família e que administrava sua casa como qualquer outra mulher, cuidando de seus familiares como mãe, esposa e filha. Que teve a ajuda de parentes, amigos, vizinhos, conhecidos, desconhecidos e da Providência Divina, a qual se referia como “a mão de Deus que intervém em nossa vida e nos conduz para o caminho certo, mesmo que não seja aquele que queremos”. Foi operária, estenógrafa, secretária, gerente, representante e vendedora de porta em porta. Colaborou, com seu pai, na assistência aos soldados, nos campos de prisioneiros, durante a Primeira Guerra Mundial, na assistência aos refugiados e aos famintos no Leste europeu, através da Cruz Vermelha. Nasceu em Heimhausen, na Bavária, no sul da Alemanha, mas sua primeira língua foi o italiano, pois viveu seus primeiros anos de vida em Monte Veritá, junto ao Maggiore, no norte da Itália e sul da Suíça. Esteve na Hungria e passou a juventude mudando de cidade em cidade na Alemanha. Teria crescido nos Estados Unidos, não fora um acidente ferroviário sofrido por seu pais, que teve de ser hospitalizado e não pôde assumir o convite para lecionar em uma universidade americana. A sua vinda e a de sua família ao Brasil, em princípio temporária, tornou-se definitiva, quando aos 22 anos conheceu, em Curitiba – PR, seu futuro esposo, amigo de sua tia. Com Cedaior, seu marido, começa o estudo da Astrologia que, ao longo dos afazeres domésticos e dos anos, torna-se cada vez mais profundo. Na Europa desfrutou dos círculos de interesse cultural, artístico, literário, religioso, idealista e humanitarista, pois seu pai era jornalista, pastor ecumênico, escritor e conferencista. Desde menina dominava várias línguas. Estudou literatura inglesa na Universidade de Berlim. Também se interessava por sânscrito e gostava de frequentar museus e bibliotecas. No Brasil veio viver em contato com o caboclo goiano, o caipira paranaense, o colono catarinense, o gaúcho rural, o operário paulista, o povo nortista e o nordestino do Acre, os cariocas e os brasilienses, enfim, brasileiros de todo o país. Cerca de 10 mil horóscopos que calculou e interpretou mostram seu vigoroso e cálido pensamento, refletido em milhares de páginas datilografadas, manuscritas ou em gravações e, principalmente, em longas conversas, pelo menos de duas horas com cada pessoa, conforme lembram seus clientes, alunos, amigos e parentes. Aprendeu o português com os franceses que falavam o espanhol, por isso, em seus trabalhos escritos surgem, por vezes, galicismos, castelhanismos e expressões platinas. Adota a pontuação germânica, de pausa – tão do agrado de Machado de Assis (1839-1908), e a ordem latina das palavras. Aprendeu pela antiga ortografia, a do “ph”. Suas mestras e seus mestres, agora, no aprendizado da língua lusitana, são os colaboradores mais próximos: a cozinheira, a lavadeira, a passadeira, o verdureiro, o comerciante, a vendedora, o agricultor, o operário, o pedreiro, o instalador hidráulico, o eletricista, o pastoreador, o peão rural, o analfabeto, o guarda e também colegas, professores, inquilinos, costureiras, amigos, vizinhos, estrangeiros, clientes (...). Tal como Sócrates (469 AC 399) da Grécia, seu grande empenho, através da Astrologia, foi o de procurar o “Conhecer a ti mesmo”, conversando com as pessoas, aconselhando-as para que buscassem compreender a si mesmas e, assim pudessem compreender os seus próprios problemas, as coisas da vida e, finalmente, chegassem a compreender os outros. Por isso, sua grande preocupação com a criança e a educação. Através da Astrologia, buscava compreender as pessoas, desde a sua infância até a idade adulta. Ela sabia que as mães, ao compreenderem a si mesmas, poderiam melhor compreender os filhos e, assim, dar-lhes uma educação mais adequada. Não especulou através de livros e teorias. Meditou sobre cálculos e estatísticas de milhares de horóscopos. Utilizava-se de suas experiências diárias com muitas e pessoas e situações. A começar por seu próprio horóscopo, pela observa de seus sete filhos e das pessoas que lhe eram mais próximas, pelas confidências e desabafos, relatos e exposições de seus clientes, perguntas de alunos e até mesmo pelas provocações dos críticos e dos céticos. Em seu estudo de Astrologia, testou aforismos da tradição árabe, afirmações do conhecimento medieval, interpretações da tradição clássica, curiosidades orientais e os ditos da tradição popular. Manteve sempre uma atitude coerente com o método científico, baseando-se na observação dos fatos, que devidamente correlacionados, permitiam-lhe a compreensão e o entendimento astrológico, ao mesmo tempo em que conservava a tradição. Acumulou, ao longo de milhares de dias e horas de entrevistas com seus clientes e conversas com seus amigos e parentes, um vasto acervo de informações que até hoje se conservam atuais, precisas e profundas. O seu trabalho encontra-se refletido em seus escritos, em suas gravações, e na lembrança de milhares de mentes e corações. Ao atender cada cliente, ela assimilava mais conhecimento, e com crescente sabedoria, preparava-se para o atendimento do próximo consulente. Emi sempre foi grata aos que lhe ensinaram através da vida, dos livros, dos fatos, dos cálculos, reconhecendo sempre a Mão de Deus que lhe encaminhava as pessoas ou os instrumentos que lhe permitiam ajudar os outros, ampliando o seu conhecimento da Astrologia de uma forma saudável e não egoísta. Sempre foi grata a todos que a ajudaram e os guardava em sua lembrança. Sempre procurou retribuir a Deus. Se durante  um período da vida cobrou profissionalmente para sua sobrevivência e a de seus familiares, por outro lado atendeu a muitos que não podiam pagar, não deixando ninguém partir sem um aconselhamento astrológico. Para Emi, a Astrologia foi uma grande e rica aventura que viveu por toda a vida, apesar de ter passado por todo tipo de dificuldades e sofrimentos. Através da Astrologia compreendeu que todos temos nossos sofrimentos e nossas alegrias, mas que o plano de distribuição dessas experiências e oportunidades pode variar de pessoa para pessoa. Diz São Tomás de Aquino (1225-1274) que é lícito ao homem conhecer os desígnios de Deus através da Astrologia. Através dessa arte, ciência e técnica podemos ver que Deus é justo, pois Ele nos traz as provas no tempo certo. E o grande Relógio, em que estão marcados esses momentos, está no Céu, onde se movimentam as constelações, os signos, o Sol, a Lua, os planetas, as estrelas, os comentas, os asteroides, as estrelas cadentes (...). E assim Emi, através da Astrologia, na busca da união da Fé e da Ciência, encontrou uma maneira de explicar, de fazer-se compreender e de ver a Beleza da Justiça Divina e a Bondade de Deus para com todas as pessoas, mães, jovens e futuras gerações”. Aor costet de Mascheville. Livro Luz e Sombra – Emma Costet de Mascheville – Elementos Básicos de Astrologia. Abraço. Davi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário