O Mosaico Espiritual presta merecida homenagem ao empresário brasileiro na
área de Comunicação João Roberto Marinho (1953- ), vice presidente
do Grupo Globo de Comunicações. Os agradecimentos estão pautados em sua
mediação decisiva, no meu entendimento, à que se abrisse o dialogo a
compreensão das partes políticas divergentes, num momento de grande tensão e
acirramento dos ânimos (agosto de 2015) aqui no Brasil entre representantes do governo e oposição. Este fato foi agravado com
as manifestações populares dos meses de abril, março e agosto em várias capitais brasileiras, inclusive cidades do interior. Situação que
observava com muita preocupação e não fosse esse gesto magnânimo e desapegado do empresário, os
desdobramentos da crise poderiam trazer consequências imprevisíveis à sociedade
civil brasileira. As palavras conscienciosas e conciliadoras do senhor Marinho,
colocadas no lugar certo e no instante apropriado, soaram como vibração de
harmonia e sinergia (trabalho cooperativo) pelo céu de Brasília, naquele mês de
agosto, espraiando raios de magnetismo positivo à todo o Brasil. Penso que o
empresário teve um momento de iluminação transcendente, um insight místico que
deu-lhe coragem e desprendimento à falar de forma franca e honesta com a
liderança política nacional, separada pelo oceano de pontos de vistas
divergentes. O vice presidente do Grupo Globo mostrou imparcialidade em relação
a ideologia e neutralidade em relação ao partidarismo, tendo legitimidade em
seu falar e ganhando respeito por sua atitude patriótica e pacificadora.
Somente alguém com uma vida pública honrada e preocupado com os interesses do
Brasil, como ele, sem facciosismo ou idealismo, mas buscando a unidade
nacional, seria capaz de tal atitude fraterna e agregadora. Segue a íntegra da
matéria. “O vice presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho, procurou nas
últimas semanas líderes das principais forças políticas do país e integrantes
do governo para expressar preocupação com o agravamento da crise e pedir
moderação para evitar que ela se aprofunde ainda mais. Um dos proprietários do
maior grupo de comunicação do país, que inclui a maior rede de televisão e o
jornal O Globo. Marinho encontrou-se com três ministros do governo Dilma
Rousseff (PT) e reuniu-se com o vice presidente Michel Temer (PMDB) na
semana passada. No dia 5 de agosto, quando o Senado Federal organizou uma
sessão solene em homenagem aos 50 anos da TV GLOBO, Marinho se reuniu com o
presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB), e conversou
reservadamente com as bancadas do PT e do PSDB no Senado. Segundo um
integrante do governo, Marinho também esteve com o ministro da Casa Civil,
Aloízio Mercadante, principal auxiliar de Dilma, o chefe da Secretaria de
Comunicação Social, Edinho Silva, e o ministro do Turismo, Henrique Alves, dono
de uma afiliada da TV Globo no Rio Grande do Norte. Na conversa com Temer, que
ocorreu na última terça 11 de agosto, Marinho pediu uma avaliação das chances
de o Planalto conseguir recompor sua base no Congresso e questionou o vice
sobre os caminhos que o PMDB vê para o país. O empresário esteve ainda com o
presidente do PSDB, senador Aécio Neves, na reunião com a bancada do PSDB, e
falou com outros dois líderes de prestígio na sigla, o governador paulista,
Geraldo Alckmin, e o senador José Serra. Conforme relatos obtidos pela Folha
sobre essas conversas, Marinho manifestou em todos os encontros preocupação com
a situação econômica, mencionando a queda acentuada do faturamento dos grupos
de mídia e de outros setores da economia. Outros líderes empresariais
transmitiram mensagens semelhantes nas últimas semanas, mas os apelos de
Marinho tiveram ressonância entre os políticos por causa da influência da Globo
na opinião pública. Por meio de sua assessoria, ele disse à Folha que preferia
não comenta o assunto. O empresário já manifestava preocupação com o cenário
econômico e o risco de descontrole no ambiente político há cerca de dois meses,
quando recebeu o governador Geraldo Alckmin na sede da Globo, no Rio de
Janeiro. A preocupação do empresário aumentou após a decisão do presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), de romper com o governo e
patrocinar projetos que ameaçam o equilíbrio das finanças públicas. Nos últimos
dias, porém, o governo começou a discutir com lideres do PMDB no Senado Federal
uma agenda de reformas e ganhou fôlego para enfrentar os opositores que
defendem a saída de Dilma como solução para a crise”. www1.folha.uol.com.br.
Pouco mais de 90 dias, estamos em novembro de 2015, após os contatos do vice
presidente do Grupo Globo de Comunicações com lideranças políticas nacionais,
aquele clima de revanchismo, hostilidade, vingança, antipatia e ressentimento visto até a
metade desse ano diminuiu sensivelmente. O ex presidente Lula avaliou em 12/11
“que refluiu, retrocedeu o movimento pelo impeachment da presidente Dilma”. Pondero que o lugar foi ocupado por uma luz
no final do tempo e uma centelha “divina” de esperança. A semente de boa
vontade e indulgência espalhada pelo empresário João Roberto Marinho, no mês de
agosto, germina no meio político e tenho certeza que breve todos os brasileiro
colherão os frutos desse trabalho realizado com amor e consideração por alguém
preocupado com o Brasil e seu povo. Os diálogos do senhor Marinho lembrou as
movimentações diplomáticas do primeiro ministro inglês Winston Churchill
(1874-1965) na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Os alemães haviam conquistado
quase toda a Europa e preparavam-se para a grande batalha de ocupação da ultima
fronteira europeia, a União Soviética. Churchill nos bastidores, promovia
conversas construtivas com líderes da União Soviética, da França ocupada, da
Itália fascista que cedia ao diálogo. A diplomacia inglesa intensificava
contatos à entrada dos americanos no conflito. Esse, penso, foi um dos cenários
políticos que propiciou a derrota da Alemanha Nazista. Por fim o lento processo
de pacificação, reconstrução e redefinição de fronteiras do continente. Churchill
recebeu o Prêmio Nobel de literatura em 1953 (coincidentemente ano de
nascimento do senhor Marinho), por sua famosa obra em seis volumes A Segunda
Guerra Mundial. O filósofo e místico
Confúcio (551 AC 479) disse: “É melhor acender uma vela do que amaldiçoar a
escuridão”. O empresário João Roberto Marinho acendeu uma vela em nossa densa
escuridão; reacendendo a luz da esperança, entendimento e harmonia entre os
políticos de nosso parlamento. Essa luz continua acesa brilhando mais e mais
até dissipar toda treva, criando um ambiente de paz, serenidade e
congraçamento. Provérbio 4:18 “Entretanto, a vereda dos justo é como a luz da
aurora, que vai brilhando cada vez mais até a plena iluminação do dia”.
Agradeço ao senhor Marinho e ao Grupo Globo de Comunicação os esforço para
fazer o Brasil superar a crise política e econômica, voltando ao crescimento e
progresso que todos desejamos. Nós brasileiros precisamos estar dispostos
a cooperar para que esse intento se realize plenamente. Romanos 13:7 “Portanto,
dai a cada um o que deveis. A quem tributo, tributo. A quem imposto, imposto. A
quem temor, temor. A quem honra, honra”. Concluo com a íntegra do discurso do
senhor João Roberto Marinho vice presidente do Grupo Globo de Comunicações no
plenário do Senado Federal (05/08/15), quando da homenagem recebida pelos 50
anos da emissora e por sua contribuição para a formação cultural do brasileiro.
“Bom dia. Senhores Senadores, Senhoras Senadoras, é uma honra imensa ver a TV
GLOBO e o Jornal O Globo, ambos resultados do engenho do meu pai, Roberto
Marinho, e levados adiante com tanto empenho por meus irmãos e por mim, serem
homenageados nesta Casa. Nossa família toma essa homenagem de maneira humilde,
mas com imensa alegria: são os legítimos representantes do povo brasileiro para
o qual trabalhamos todos os dias, reconhecendo o bom trabalho feito por um time
excepcional de funcionários e colaboradores. Não há sentimento de satisfação
maior, acreditem. Fundado por meu avó, Irineu Marinho, O Globo teve o seu nome
escolhido pelo público em concurso que mobilizou a cidade do Rio de Janeiro. Um
anúncio publicitário, publicado em outros jornais, anunciava para breve um novo
vespertino garantindo em letras garrafais: “Ampla informação, absoluta
independência e rigorosa imparcialidade”. Nossa edição de 29 de julho passado
reproduziu esse anúncio. Foi uma oportunidade ímpar poder mostrar para o
público que os pilares do jornalismo moderno eram já os objetivos do Globo no
seu surgimento, numa época em que os grandes jornais costumavam mais defender
teses do que se dedicar ao noticiário propriamente dito. Temos sido pioneiros
no Brasil naquilo que virou uma exigência do público é motivo de grande
alegria. Posso assegurar aos senhores e as senhoras que não nos afastaremos
desses objetivos. Há um par de meses recebemos também dos senhores deputados e
senhoras deputadas, com o mesmo
espírito, homenagem pelo cinquentenário da TV Globo. Foi um dia memorável como
este que vivo hoje. Não posse deixar de fazer aqui, o que fiz lá: renovar o
compromisso da TV Globo, e também do Globo, com a defesa da democracia, da
república, do império da lei e do voto, do qual os senhores e as senhoras são a
expressão genuína. Naquela ocasião, fiz questão de deixar claro que temos a
consciência de que agradando a maior parte do público, não agradamos a todos. E
acrescentei que não poderia ser diferente, porque uma democracia sempre é
assim: viva, com múltiplos pontos de vista, projetos em choque, formas
diferentes de viver, de se comportar, de crer. E o que a TV Globo faz é colocar
tudo isso à mostra, seja em seus telejornais, seja em sua teledramaturgia, mas
sempre sem engajamentos. Como enfatizei na Câmara dos Deputados e em respeito
aos senhores e as senhoras volto a afirmar aqui, a TV Globo não defende partidos,
não defende religiões, não defende formas de comportamento, não defende formas
de agir. O que fazemos é acompanhar as mudanças na sociedade, com as
contradições que essas mesmas mudanças acarretam, mas sem proselitismos. Com
humildade, eu admito o óbvio: somos uma obra humana e, por isso, não somos
imunes ao erro. Mas, asseguramos: quando acontecem seja no Globo, seja na TV
Globo, tratamos de nos corrigir. O que nos conforta é que a escolha do público
mostra que os nossos acertos são em maior número. Em resposta a essa bonita
homenagem, em nome da Família Marinho, e diante dessa casa, eu reafirmo: o
jornal O Globo e a TV Globo não se afastarão um milímetro desses princípios e
desse modo de agir. Muito obrigado”. A fala do senhor Marinho nesse discurso está orientada na civilidade, decoro e ética; aspectos morais fundamentais numa sociedade democrática de direito como a nossa. Um exemplo para muitos de nossos congressistas representantes do povo, os deputados em número de 513. Também os representantes dos estados, os senadores em número de 81. Abraço. Davi.
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