domingo, 6 de setembro de 2020

I O DINHEIRO DE DEUS

 

Cristianismo. www.graodetrigo.com.br. Texto de David W. Dayer. I O DINHEIRO DE DEUS. Um assunto deveras importante que todo crente em Jesus Cristo deve entender é, como lidar com o dinheiro. Não é difícil pensar que, se gerenciarmos bem o nosso dinheiro – isto é, de acordo com a liderança de Cristo – encontraremos bênção e paz. Sentiremos satisfação em saber que estamos fazendo Sua vontade. Porém, caso não tivermos a sabedoria Dele para lidarmos com o dinheiro, poderemos ter uma experiência não tão prazerosa. É possível acabarmos em dificuldades financeiras e em situações bem desconfortáveis. Poderemos acabar envergonhados e até falidos. Há a possibilidade de achar-nos sem as coisas que queremos ou que precisamos. Se desejamos viver longe dessas situações desagradáveis e próximos das bênçãos de Deus, precisamos entender como Ele quer que gerenciemos nossas finanças. Talvez o fato básico e mais importante que precisamos entender é: quando recebemos a vida de Deus através de Jesus Cristo, uma mudança radical toma lugar em nossas vidas. Ainda que muitos não compreendam isso, ocorre em nós uma alteração dramática e verdadeira. Essa mudança consiste em não pertencermos mais a nós mesmos. Não somos mais nossos próprios senhores. A Bíblia nos ensina que fomos comprados por um preço. Veja, Alguém nos comprou! Tornamo-nos servos de Alguém. Por consequência disto, não devemos mais comandar as nossas próprias vidas. Antes de “abrirmos” nossas vidas para Deus, pertencíamos a nós mesmos. Éramos livres para fazermos o que queríamos com nosso tempo e dinheiro. Mas agora, não nos pertencemos. Pertencemos a Deus. Lemos em I Coríntios, “Vocês não são mais senhores de si mesmos porque vocês foram comprados por um alto preço...” e ainda, “Vocês foram comprados por um preço.” (I Coríntos 6:19,20; 2:23). O mais alto preço foi pago por nós. O Deus do universo sacrificou a vida de Seu próprio Filho para pagar o preço para nos comprar e resgatar. É exatamente nessa parte que muitos cristãos erram. Muito provavelmente, um grande número de crentes vem a Cristo sem esse entendimento básico e mais importante que eles têm que ter. Talvez tenham ido a Cristo por causa de alguma necessidade pessoal. Talvez, ainda, tiveram um vislumbre Dele através de alguma mensagem, livro ou até mesmo por contemplarem a natureza criada por Ele. Mesmo que tais coisas sejam boas, a maioria não entende que ir ao encontro de Jesus significa abrir mão de: seus direitos, seus próprios rumos, seus sonhos e até mesmo, suas próprias vidas. No entanto, se quisermos ter sucesso na nossa caminhada cristã e no completo conhecimento de Cristo, esse é um assunto que deverá ser resolvido. Quem dirigirá a nossa vida? Quem será o nosso Mestre? Quem tomará todas as decisões? Somos nós ou Deus? Estamos de fato entrando no Seu reino? Em outras palavras, estamos coroando Jesus como nosso Rei? Estamos vivendo em obediência total a Ele? Somos de fato um “sacrifício vivo” posto sobre Seu altar (Romanos 12:1)? Ou estamos ainda dirigindo nossas próprias vidas e, de vez em quando, gritando a Ele por socorro quando as coisas não acontecem do jeito como gostaríamos que fossem? Depois de decidirmos sobre quem comandará nossas vidas, facilmente veremos as Suas bênçãos sobre nossas finanças. Sem essa decisão tomada, é impossível acharmos contentamento e paz, financeiramente falando. Quando decidimos ter Jesus como nosso Mestre, logo precisamos entender que o nosso dinheiro já não é mais nosso. O mesmo pertence a Deus. Sendo assim, não temos mais o direito de decidir o que fazer com ele. O dinheiro não deveria mais estar sob nosso controle. Não deveríamos ser nós a tomarmos decisões financeiras a nosso próprio favor ou para nossas famílias. Todo dinheiro que já obtivemos ou ganharemos no futuro, é dinheiro de Deus, não nosso. A verdade é que a maior parte (se não todas) das dificuldades financeiras em que os cristãos se encontram hoje são o resultado de sua desobediência. São o resultado de agirem independentemente e em desobediência ao Seu Mestre. Essa verdade deveria ser uma evidência por si só. Frequentemente, ocorre termos “ideias brilhantes”. Temos tantos planos para vivermos da maneira que queremos, de como fazermos ainda mais dinheiro, como investirmos da forma que nos deixará ricos ou, ainda, como iremos fazer alguma obra maravilhosa “por” Deus. Com a mesma frequência, parece que Deus não consegue entender essas coisas tão bem como nós entendemos. Ele parece que não consegue enxergar o quanto nossos planos e ideias são fantásticas. Ele aparenta não entender quanto sucesso poderíamos ter ou quanto dinheiro poderíamos ganhar se simplesmente tomássemos algumas medidas com o dinheiro que temos em mãos ou, até mesmo, com dinheiro de empréstimos. Então, já que Deus parece ser tão lento e “cabeça-dura” para entender dessas coisas, nós tomamos a frente e agimos sem a permissão Dele. Adiantamo-nos e seguimos nossas próprias ideias e planos. Dá até para imaginar como a situação vai acabar! Esse mesmo filho de Deus cheio de “boas ideias” e “sucesso garantido” acabará vendo que tais ideias e planos não saem como esperado. Vez após vez, nada dá certo. Ele perde tempo e dinheiro. Acaba em situações vergonhosas e difíceis. Deus deixa isso acontecer para que então, Seu filho começa a se submeter a Ele e deixe que Ele governe o uso do seu dinheiro. É impressionante quantos irmãos e irmãs sofrem com dificuldades financeiras, ano após ano cometendo os mesmos erros de novo e de novo. Confiam no próprio discernimento e habilidade. Parece que eles têm total certeza que, mais cedo ou mais tarde, encontrarão seu pote de ouro. É claro que, de longe, fica evidente que isso nunca dará certo! Deus não permitirá que isso ocorra. Enquanto Seus filhos estiverem agindo de maneira independente Dele em suas finanças, Ele permitirá que falhem. Ele faz assim para o nosso próprio bem. EMPRÉSTIMOS. Um fator que leva muitos crentes a se meterem em problemas financeiros é o empréstimo. Este é um problema bem comum. Fazem empréstimos e depois passam por dificuldades na hora de pagar, ou simplesmente não conseguem pagar e finalmente chegam à falência. Na mesma linha de pensamento, qual é então o caminho de Deus? Em primeiríssimo lugar, obedecê-Lo. Os cristãos não são proibidos de fazerem empréstimos. Apesar de sermos advertidos a “não dever nada a ninguém” (Romanos 13:8), essa passagem não deve ser lida como uma proibição absoluta, em qualquer circunstância, de fazer empréstimos. Por exemplo, mesmo Jesus pegou emprestado um jumento para Sua entrada em Jerusalém. Além disso, o profeta Eliseu instruiu uma viúva a pegar emprestado muitas vasilhas de seus vizinhos (II Reis 4:3). No entanto, precisamos ser muito cuidadosos nessa área. Nosso homem natural, nossa carne, tem um apego muito grande e uma forte dependência do dinheiro. A maior parte da população no mundo atual, luta com unhas e dentes por dinheiro. Sendo assim, quando pensamos em empréstimo, devemos ter muita cautela e certeza de que estamos ouvindo a Deus. Não devemos depender da nossa própria lógica. Não podemos ser guiados pelo nosso próprio entendimento sobre o que seria para nós um “bom negócio”. Jamais podemos depender daquilo que nos parece ser “algo certo”. O grande desafio é não sermos guiados por nossos próprios impulsos, desejos, análises ou sentimentos. Devemos nos submeter e obedecer a Deus. Pois se não o fizermos, acabaremos cheios de problemas. Por que pegamos dinheiro emprestado? Muitas vezes é porque queremos fazer algo ou comprar alguma coisa para a qual não temos recursos. Mas por que não temos os recursos que precisamos? Será que Deus não nos deu recursos por alguma razão? Será que paramos para perguntarmos ao nosso Mestre a respeito do assunto? Será que damos ouvidos a Ele? Frequentemente, nessas situações, usamos nossas próprias estratégias e tentamos obter o que queremos ou que supomos que precisamos. Em vez de nos aplicarmos a verdadeira oração e confiarmos pacientemente em Deus, tomamos medidas e tentamos resolver com nossas próprias forças. Essa atitude acaba acontecendo inclusive nas questões de empréstimo. Talvez ambicionamos ter um carro novo ou um televisor. As vezes queremos reformar a nossa casa. Talvez seja uma oportunidade de negócio que “não tem como dar errado”, cujo retorno é muito lucrativo. Todos nós queremos algo, desejamos coisas. Nós as cobiçamos. Desejamos o que os outros possuem e, então, corremos atrás dessas coisas e fazemos empréstimos. Nesses casos, possivelmente usaremos nosso cartão de crédito. Ao fazermos isso, a maioria de nós acha que vai ter plenas condições de pagar o que pegamos emprestado. Talvez nosso salário ou do nosso cônjuge parecem ser suficientes para fazer os pagamentos. Possivelmente até vislumbramos como iremos utilizar o lucro que conseguimos usando o dinheiro dos outros para pagar aquilo que devemos. Nossos motivos para fazermos empréstimos podem até parecer sólidos. Podemos inclusive convencer a outros que estamos fazendo a coisa certa. Mas só Deus sabe o futuro. Por exemplo, se nós ou nossos cônjuges adoecermos amanhã? E se a economia entrar em colapso? E se houver um acidente, um incêndio, uma enchente ou qualquer evento desses que não podemos prever? Será que ainda seremos capazes de pagarmos o que devemos? Provavelmente não. Se obedecermos a Deus quando decidimos pegar dinheiro emprestado ou não, teremos a certeza que tudo se resolverá. Mas se formos a frente e nos metermos em obrigações financeiras sem O consultarmos ou sem obedecermos a Ele, muitos tipos diferentes de eventos imprevisíveis poderão interromper nossos planos e ainda nos levar a passarmos por situações difíceis, constrangedoras e até vergonhosas. Não acho que seria sábio de nossa parte fazermos uma lista daquilo que consideramos “O.K.” quanto ao uso de empréstimos. Não podemos estabelecer um conjunto de regras para esse assunto. Algumas pessoas poderão pensar, por exemplo, que empréstimos para a compra de uma casa ou um carro se encaixam perfeitamente na lista de itens que podem usufruir de empréstimos, ao passo que algo menos “essencial” como um veleiro não faria parte da vontade de Deus. Porém, a única atitude correta é nos submetermos a Deus. Devemos consultá-Lo com toda sinceridade e de maneira genuína para sabermos como vamos utilizar TODOS os nossos recursos, inclusive, se devemos ou não fazer empréstimos. Novamente, nós já não nos pertencemos. Agora temos um Mestre a quem devemos obediência. Com muita frequência, fazemos empréstimos desobedecendo a Deus. Pegamos emprestado, pois queremos algo que Ele não providenciou para nós. Somos insatisfeitos quanto ao que possuímos ou quanto ao aumento de nossa renda. Nossa carne fica ansiosa para alcançarmos nossa “independência financeira”, para conseguirmos coisas que os outros já tem, satisfazermos nossos desejos ou ainda enriquecermos. Por isso nos arriscamos com empréstimos para alcançarmos o “sucesso financeiro”. Por outro lado, as escrituras nos ensinam a estarmos contentes com o que temos. João Batista disse aos soldados que eles deveriam ser felizes com seus salários. (Lucas 3:14). Paulo explica aos filipenses: “Eu aprendi que devo estar contente em qualquer circunstância.” (Filipenses 4:11). Em outro texto lemos: “Assim, se temos o que comer e o que vestir, estejamos contentes.” (I Timóteo 6:8). O autor de Hebreus, no capítulo 13, verso 5 diz: “(...) fiquem longe do amor ao dinheiro. Estejam contentes com aquilo que vocês têm.” Em outras palavras devemos estar contentes com o que Deus achou por bem nos dar. As pessoas também fazem empréstimos por falta de fé. Elas não confiam que Deus tem em mente o que há de melhor para elas. Pensam que Deus não entende a situação em que se encontram, suas necessidades ou seus desejos. Muito provavelmente Ele espera que elas “ajam por conta própria.” Logo, em vez de pedir a Deus, elas tomam a iniciativa e fazem coisas que não dão certo. Talvez essas pessoas tenham orado insistentemente e ainda assim não possuem as coisas que desejam. Thiago nos esclarece as razões disso ocorrer. Ele diz: “(...) vocês pedem e não recebem porque pedem erroneamente, com a intenção de desperdiçar o que pedem com satisfação própria.” (Tiago 4:3 VDP). Muito frequentemente, quando damos alguns passos em nossas vidas sem consultarmos a Deus, acabamos em situações muito ruins e bem desconfortáveis. A Bíblia nos ensina que “(...) aquele que pega emprestado é servo daquele que emprestou.” (Provérbios 22:7). Quando você pega dinheiro emprestado, você se torna um servo daquele te emprestou dinheiro. Você deixa de ser livre. Você deve trabalhar duro para pagar o valor em dinheiro e os juros combinados. Você não pode se livrar desse fardo de servidão até que tenha pago o que deve. Você que deveria ser um servo de Deus, se torna servo daquele que te emprestou o dinheiro. Dessa forma, seu tempo e atenção tornam-se divididos. Em vez de serem livres para gastar seu tempo e dinheiro servindo a Jesus, você têm outras obrigações. Agora você precisa servir a pessoa ou instituição que te emprestou o dinheiro. Quantos dos preciosos filhos de Deus estão se matando de trabalhar tentando pagar coisas que compraram no crediário, servindo ao deus desse mundo no lugar de servirem a Jesus. Somos ensinados que é uma bênção não sermos o que pega emprestado, porém aquele que empresta. Aqueles que estão obedecendo a Deus, dessa maneira, experimentando Suas bênçãos, não serão aqueles que se encontram em dívidas, mas sim, aqueles que são generosos em repartir. O DINHEIRO É PARA O REINO DE DEUS. Inúmeros crentes ainda não conseguiram entender que não pertencem mais a si mesmos. Se eles foram verdadeiramente “convertidos” então eles pertencem ao Mestre. Não devem mais dirigir suas próprias vidas. Consequentemente, seu dinheiro não pode mais estar sob seu controle. Se ainda possuem controle sobre ele, então estão vivendo em desobediência ao Senhor. Quando crentes em Jesus Cristo acham que o dinheiro que têm é de fato deles, acabam por gastá-lo para seu próprio benefício, buscando a autossatisfação. Quando finalmente entenderem que o dinheiro pertence a outro Alguém, aí começarão a gastá-lo segundo a liderança Dele, do Mestre. Nosso dinheiro existe para ser utilizado para Deus e para o Seu Reino. Nossos propósitos, uma vez que recebemos Sua nova vida em nós, não são mais os mesmos que o restante da humanidade. A maioria dos seres humanos busca comida, roupas, abrigo, conforto, lazeres e até mesmo o luxo. No entanto, Jesus nos ensina que não devemos buscar tais coisas. Muito pelo contrário disso, devemos buscar o Reino de Deus (Mateus 6:33). Se ainda usamos nosso dinheiro da mesma forma que usam os que não são convertidos, nós mostramos que nossas vidas não estão debaixo da submissão a Jesus. Então, como podemos usar nosso dinheiro para o Reino de Deus? Os pensamentos que aqui seguem não representam uma lista completa, mas apenas um pequeno exemplo das coisas que Deus poderia desejar quanto ao uso do nosso dinheiro. No topo da “lista” temos: dar àqueles que são pobres. Paulo e outros irmãos da igreja primitiva estavam sempre ansiosos em ajudar os necessitados (Gálatas 2:10). O próprio Jesus nos instrui a darmos (Mateus 7:7). Salmos 112 verso 9 nos mostra o quanto Deus aprova nossa atitude quanto ao darmos aos pobres. Nós lemos: ““Ele tem espalhado; tem dado aos pobres, Sua retidão dura para sempre; Sua honra será exaltada com honra.” Na verdade, por todas as escrituras temos a ideia de que o povo de Deus deve ser generoso com o dinheiro que Deus tem colocado em suas mãos. É óbvio que não resolveremos a questão da pobreza mundial com nossos recursos financeiros limitados. Porém, certamente existem certas coisas que podemos fazer para aliviarmos esse sofrimento. Paulo nos ensina que isso se aplica principalmente a outros crentes, mas também vemos que os não crentes não podem ser excluídos (Gálatas 6:10). Assim devemos sempre estar atentos ao nosso Senhor para percebermos como, quando e onde Ele gostaria que ajudássemos a outros. Precisamos ser guiados por Deus nessas questões. É muito fácil cairmos no erro em ambos os lados desse tipo de situação. Por um lado, é fácil agirmos com mão fechada e não darmos muito, nem com muita frequência. Por outro lado, tão fácil quanto é nos deixarmos levar por emoções humanas e não ouvirmos a direção do Espírito Santo. No entanto, devemos constantemente estar alertas às oportunidades de ajudarmos a outros financeiramente, especialmente nossos irmãos e irmãs em Cristo. Algo que parece ser melhor do que apenas “lançar” dinheiro sobre os problemas é o que aqui vamos chamar “auxílio de valor duradouro”. Provavelmente todos conhecem o ditado: “Se deres um peixe a um homem faminto, vais alimentá-lo por um dia. Se o ensinares a pescar, vais alimentá-lo toda a vida” (Lao-Tsé). Isso significa buscar formas de ajuda duradoura, que possam ajudar as pessoas a sustentarem a si mesmas em vez de prover apenas uma ajuda temporária. Alguns podem precisar de um carro que os ajude a chegar ao trabalho, outros precisam de reparos ou reformas em suas casas. Há aqueles que podem ser ajudados a iniciar seu próprio negócio ou ainda melhorar o negócio que já possuem. Novos equipamentos para o trabalho podem ser de grande ajuda. Há inúmeras formas práticas de ajudar os outros se assim quisermos e abrirmos nossos corações para o Senhor. Todo crente, que anda em obediência deveria se envolver em ajudar outros financeiramente. Aqui um dos ingredientes mais importantes é a oração. Devemos permitir que o Mestre nos guie para ajudarmos os outros. Afinal de contas, o dinheiro é Dele! As vezes nos tentamos ajudar pessoas que Deus está, na verdade, disciplinando, isto é, como Pai bondoso, Ele está castigando seus filhos (Provérbios 3:12). Talvez Ele esteja usando do seu atual sofrimento para trabalhar seu caráter e corrigir sua desobediência constante na área do dinheiro. É claro que nós não gostamos de ver alguém passando por necessidades e, então, tomamos uma atitude. Porém, quando tentamos interferir na disciplina que Deus está aplicando, mesmo que tenhamos a intenção de ajudar, podemos acabar levando umas “lambadas” junto com os outros. Por favor, aceite este conselho de alguém que tem experiência no assunto. Quando tentamos ajudar alguém a quem Deus está disciplinando, nossa ajuda acaba atrapalhando e ainda pior, nós perdemos o dinheiro e recebemos em troca a vergonha. Um bom exemplo para esse tipo de situação pode ser quando tentamos ajudar aqueles que estão sempre endividados. Normalmente, eles se encontram nesse estado constante porque andam em desobediência a Deus e ao uso do dinheiro Dele. Você pode tentar ajudar essas pessoas várias vezes. Mas até que elas venham a se arrepender de sua desobediência e aprender a confiar na liderança do Senhor em relação ao seu dinheiro, não importa quantas vezes você os ajuda financeiramente a saírem das dívidas, elas voltarão a se afundar novamente. Quando você tentar ajudar nessas situações, o máximo que você vai conseguir é perder dinheiro sem qualquer resultado. Talvez sua ajuda até encoraje ainda mais o constante devedor a continuar com seu mau uso do dinheiro de Deus. Outra área onde podemos usar nosso dinheiro para o Reino de Deus é no sustento daqueles que estão fazendo o trabalho designado por Deus. Mesmo nessas circunstâncias precisamos da liderança do Mestre. Como você bem sabe, nem todos que dizem trabalhar para Deus, estão de fato fazendo Sua vontade. Há muitos charlatões que utilizam suas habilidades em nome de Deus para enriquecerem. Logo, precisamos ouvir de Deus quem iremos sustentar.  Na verdade, dar a quem já tem muito pode ser ruim para nós espiritualmente. Provérbios 22:16 nos ensina: “(...) aquele que dá ao rico, certamente chegará à pobreza.” Assim, se algum pregador ou outro tipo de pessoa como essa diz que a riqueza que tem “vem de Deus” e se você der dinheiro a ele você também se tornará rico, veja que, de acordo com as escrituras isso é uma mentira. O que acontece é exatamente o oposto. Não dê ao rico! Parece mais sábio da nossa parte ajudarmos aqueles que realmente estão fazendo o trabalho do Senhor e não tem muitos que os sustentem. Parece que um uso melhor do dinheiro de Deus seria evitar dar à organizações que consomem parte significativa do dinheiro obtido com salários burocráticos e um grande volume de despesas periféricas. Além disso, qualquer um que esteja enriquecendo por causa do evangelho obviamente não está seguindo os passos de Jesus. Há diversos versículos no Novo Testamento que nos ensinam que aqueles que fazem o trabalho do Senhor são dignos de serem financeiramente sustentados. Se ajudamos essas pessoas certamente compartilharemos com elas a recompensa futura a que estão destinadas por Deus. É muito saudável usarmos o dinheiro – que é desta terra em sua essência e, chega a ser um ídolo para os que pertencem ao mundo – para promovermos o que Deus está fazendo. É claro que Ele não precisa do nosso dinheiro, mas devemos considerar um privilégio quando temos a oportunidade de participarmos do que Ele está fazendo. Além disso, esse é absolutamente o melhor tipo de investimento que podemos fazer com nosso dinheiro. O retorno sobre o investimento é eterno e consiste no tipo de retorno que é tão grandioso que mal conseguimos imaginar. Não estou falando sobre dar o “dízimo” à uma “igreja” ou qualquer tipo de organização religiosa quando somos membros de alguma. Em vários aspectos, isso não é dar para Deus mas para nós mesmos. Se fôssemos membros de algum tipo de clube ou algo semelhante por exemplo, deveríamos pagar algum tipo de taxa mensal. Essas mensalidades são o que cobrem as despesas do clube. As despesas incluem manutenção, reparos, salários, contas, impostos (se aplicarem) e outras coisas do gênero. Essa prática não bate com o conceito de “dar” (tampouco “devolver”), antes consiste simplesmente em pagarmos a nossa parte das despesas. Outro pensamento muito parecido pode ser aplicado a nossa associação a algum tipo de organização religiosa. Se você é um membro de tal organização (tal como um sócio de um clube), você deverá pagar pela sua parte. Essa é a realidade. No entanto, vamos concordar que isso não deve ser chamado “dar a Deus”. Vamos chamar isso de pagar a sua parte sobre algo da qual você se beneficia. Energia elétrica, o telhado, o estacionamento, etc., são coisas das quais você usufrui. Talvez a organização da qual você participa tenha alguns projetos que estão acima das “obrigações” de cada um dos membros. Nesse caso, se o trabalho for realmente do Senhor poderia até ser considerado como “dar”. Caso contrário, estamos apenas nos enganando. É verdade que o “dízimo” do Velho Testamento era para “a casa do Senhor”. Mas temos a certeza pela leitura do Novo Testamento que a casa de Deus não é um prédio. Mais que isso, não é e nunca foi uma organização religiosa. A casa de Deus hoje são pessoas. São homens e mulheres que tiveram em si nascido a vida de Deus. Logo dar ou “dizimar” para a casa de Deus é, na verdade, dar a outros membros do Seu corpo, àqueles que o Senhor nos guiar à doação. Não significa manter um prédio nem a organização religiosa que utiliza o prédio. Muitos hoje falam de “dizimar” baseados nos versículos do Velho Testamento. Tal princípio se refere ao dever de doar dez por cento do que ganhamos ao Senhor. No entanto, hoje em dia não vivemos mais nos dias do Velho Testamento, mas somos parte de uma Nova Aliança. As coisas mudaram. Isso quer dizer que não temos mais que doar o dinheiro que possuímos? Não! Pelo contrário, nós temos que doar ainda mais. No início desse artigo vimos que não é apenas “dez por cento” o que pertence a Deus. Agora o que pertence a Ele é cem por cento! Não devemos mais possuir qualquer percentual sobre o “nosso próprio dinheiro”. É tudo Dele! Assim, tudo deve estar disponível a Ele para ser distribuído aos outros por nós como Ele desejar. www.graodetrigo.com.br. Abraço. Davi

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