Islamismo.
www.ibeipr.com.br. Texto traduzido do
livro La Doctrina Del Slam Shi’ah. A luz de lãs enseñanzas de Ahl-ul-Bait. II.
AS PROVAS DA NECESSIDADE DA PROFECIA. Sexagésimo terceiro artigo. A
IMPECABILIDADE DOS PROFETAS A RESPEITO DE QUALQUER DESOBEDIÊNCIA OU PECADO. Os
profetas e mensageiros de Deus são completamente imaculados do pecado e os
erros, no referente às normas da shari‘ah. Fundamentam o propósito do envio dos
profetas se materializa se estes gozam de tal impecabilidade, já que se não
observam as normas divinas que lhes foi encomendado anunciar à gente, não teria
confiança em suas palavras, e dessa maneira não se concretizaria o objetivo de
seu envio. O Muhaqqiq At-Tusi assinala este argumento em resumidas palavras da
seguinte maneira: “É imprescindível a impecabilidade no profeta para que se consiga
a confiança e se atinja o objetivo”. [16] A impecabilidade dos profetas
respeito da desobediência é um assunto enfatizado pelo Sagrado Alcorão em
diferentes versículos, algumas das quais citamos a continuação: 1- O Sagrado
Alcorão considera aos profetas como pessoas guiadas e eleitas por parte de
Deus, Glorificado Seja: «… E lhes elegemos e lhes guiamos para o caminho reto…» [17] 2- O
Sagrado Alcorão nos recorda que aquele a quem Deus guia, não poderá ser
desviado por ninguém. Diz: «Aquele a quem Deus guia não terá quem lhe desvie» [18] 3-
Considera a desobediência como extravio: «Extraviou a muitíssimos de vocês» [19]
Destes versículos inferimos que os profetas são imaculados em respeito de
qualquer tipo de extravio, e incólume de qualquer forma de desobediência. O
argumento lógico que expusemos anteriormente sobre a impecabilidade dos
profetas, indica também sua impecabilidade antes de seu envio como tais, já que
o ser humano que passou parte de sua vida no meio do pecado e a desobediência,
se depois hastear a bandeira da guia e a orientação, não lhe será possível conseguir
a confiança das pessoas, a diferença daquele, cuja vida decorreu sem ter sido
respingado por deslize algum, já que este pode facilmente atrair a confiança da
gente. Ademais, em tal caso os denegridores da mensagem divina poderiam
facilmente desautorizar ao profeta mediante o fato de teimar em seu passado e
dessa maneira manchar sua pessoa e sua mensagem. Aquele que, por causa de ter
podido ter uma vida pura e reta no meio de uma atmosfera corrupta, é chamado “Muhammad
O Fiel”, é a única pessoa que, mediante sua elevada e pura personalidade, pode
apartar os véus da maliciosa propaganda hostil, desbaratar as pretensões de
seus inimigos e opositores à mensagem divina, e ilumina paulatinamente a escura
atmosfera da ignorância pré-islâmica mediante sua surpreendente resistência.
Ademais, é evidente que uma pessoa que foi imaculada desde o começo de sua
vida, é melhor do que outra em quem se tem manifestado o atributo de imaculada
só a partir do momento em que foi designado profeta; assim mesmo, é indubitável
que seu papel orientador é bem mais forte, e a sapiência divina implica eleger
ao melhor indivíduo e ao mais perfeito. Sexagésimo quarto artigo: Os profetas são imaculados de
qualquer engano. Os profetas, além de sua condição de imaculados do pecado, são
assim mesmo imaculados nos seguintes assuntos: 1- Ao julgar nos pleitos e ao
solucionar as diferenças. Conquanto o profeta é comissionado para julgar de
acordo às evidências apresentadas pelo demandante, ou em base ao juramento de
negação do acusado, no caso que a evidencia esteja errada ou se tenha mentido
no juramento, a ele não lhe é velada à verdade, apesar de que não lhe é opinado
julgar em base a ela por causa dos benefícios sociais de atuar em conformidade
aos critérios e regulamentações estipuladas divinamente. 2- Ao determinar os
temas das normas religiosas, como por exemplo, no caso de um líquido que não se
sabe se é um embriagante ou não. 3- Nas questões cotidianas da vida. A
necessidade de que os profetas sejam imaculados em relação aos assuntos
mencionados, surge do fato que se equivocar nestes âmbitos implica o erro no
âmbito das normas religiosas, e, portanto, o erro em nestes assuntos vai a
detrimento da confiança da gente na pessoa do profeta, e ao final isso
menoscaba o propósito do envio dos profetas, conquanto a exigência da
infalibilidade nos dois primeiros assuntos é mais óbvia que no último.
Sexagésimo quinto princípio: Os profetas estão isentos das doenças que provocam aversão. Entre os
níveis da condição de imaculados dos profetas está o fato de que eles não sejam
objeto de assuntos que provoquem a aversão da gente e que lhes afaste dos
mesmos. Todos sabemos que algumas enfermidades corporais, ou alguns estados
anímicos indicam uma natureza depreciável e uma vil pessoalidade, o qual arca a
aversão e o afastamento das pessoas. É por isso que os profetas devem
encontrar-se livres desse tipo de defeitos corporais e psíquicos, já que a
aversão da gente se contrapõe com o propósito do envio dos profetas, que é
anunciar por seu intermédio às mensagens divinas. Assim também recordamos que
aqui “juízo do intelecto” tem o sentido de descobrir uma realidade, e que neste
caso é que, considerando a sapiência de Deus, Ele deve eleger para a profecia a
quem se encontre isento deste tipo de defeitos. [20] Sexagésimo sexto artigo: Um estudo sobre os versículos
que indicariam a ausência de infalibilidade. Familiarizamo-nos
com o categórico juízo do intelecto e o claro ditame do Sagrado Alcorão com
respeito à infalibilidade dos profetas, só que a este respeito existem alguns
versículos que em aparência indicariam que alguns profetas cometeram pecado e
desobediência, como por exemplo, as relacionadas ao profeta Adão (A.S.) e
outros. Que se pode dizer sobre isto? Primeiramente devemos dizer que, por
suposto, desde que não há contradição em absoluto no Sagrado Alcorão, devemos
inferir o real significado dos versículos em base aos indícios existentes nas
mesmas. É por isso que em estas questões, o aspecto linguístico superficial não
pode constituir o critério para emitir um juízo apressado. Afortunadamente, os
grandes teólogo e exegetas alcorânicos da Shi’ah procederam a explicar estes
versículos, e inclusive alguns deles têm escrito livros que tratam este tema em
forma independente. Desde que a explicação destes versículos implica que sejam
tratadas uma por uma, isso escapa a este ensaio, pelo que delegamos aos
leitores referir-se aos livros mencionados ao pé da página. [21] Sexagésimo
sétimo artigo: A
fonte e causa da Infalibilidade. É possível resumir a fonte da
infalibilidade em dois pontos: 1- Desde que os profetas gozam de um amplo
conhecimento sobre Deus, Glorificado Seja, nunca mudariam Seu beneplácito por
outra coisa. Em outras palavras, a profunda percepção que possuem da grandeza
de Deus e dos atributos de perfeição divinos, impede-lhes sentir-se atraídos
para outra coisa fora da Verdade Absoluta, e de pensar em outra coisa fora
dele. Este nível de conhecimento é esse mesmo destacado por Amir Al-Mu’minin ‘Ali
(A.S.) ao dizer: “Não
vi nada sem ter visto a Deus antes que isso, depois disso e junto com
isso” [22]. A este respeito disse o Imam As-Sádiq (A.S.): “… em mudança eu lhe adoro por
amor a Ele, e essa é a adoração dos dignos” [23]. 2-
O fato de que os profetas estejam completamente informados dos resultados e
frutos da obediência a Deus, e das funestas consequências da desobediência, é
causa de que se encontrem incólumes de contrariar a ordem divina. Conquanto a
infalibilidade absoluta é privativa de um grupo em particular de pessoas
benditas por Deus, é possível que alguns crentes piedosos se vejam isentos de
cometer desobediência em grande parte de seus atos, de maneira que o indivíduo
temente de Deus, por exemplo, não proceda a cometer suicídio ou a matar a um
inocente [24]. Incluindo algumas pessoas comuns estão incólumes da perpetuação
de algumas faltas, a modo de exemplo, nenhuma pessoa em seu são juízo procede a
tocar um cabo descascado de eletricidade pelo qual está circulando a corrente
elétrica. É evidente que a incolumidade em casos como este, surge do
conhecimento categórico do resultado de cometer esse erro. Se um conhecimento
tal fora alcançado pela pessoa no discernimento às perigosas consequências dos
pecados, isso seguramente ocasionaria que a pessoa estivesse incólume de
perpetuar os pecados. Sexagésimo oitavo princípio: Não há incompatibilidade entre
a infalibilidade e a livre eleição. Considerando a fonte da
Infalibilidade, recordamos que esta não é incompatível com a livre escolha e
vontade do imaculado, senão que a pessoa imaculada, com o conhecimento completo
que possui de Deus e dos efeitos da obediência e a desobediência, é-lhe
possível cometer desobediência, apesar de não utilizar nunca esse poder; é
semelhante ao caso de um pai terno que tem a capacidade de matar a seu próprio
filho, mas que jamais chega a fazer isso. Um exemplo mais claro é o fato de do
que de Deus não surge nenhuma ação improcedente, e conquanto tem o poder
absoluto para introduzir aos benfeitores e obedientes no inferno, ou de
introduzir os desobedientes no paraíso, Sua Justiça e Prudência lhe impedem de
realizar isso. Com esta explicação fica em claro que deixar de lado a
desobediência e fixar à obediência a Deus e a Sua adoração conforma dois
grandes orgulhos para os profetas, já que eles apesar de ter o poder para não
atuar em base à obediência e de perpetuar atos de desobediência, não o fazem
por própria vontade e arbítrio. Sexagésimo nono princípio: A condição de imaculado não
necessariamente implica ser profeta. Ao mesmo tempo em que nós
acreditamos em a condição de imaculados de todos os profetas divinos, não
sustentamos que necessariamente uma pessoa infalível deva ser profeta, já que é
possível que uma pessoa seja imaculada, mas não seja profeta. Eis que o Sagrado
Alcorão diz o seguinte com respeito à Maria (A.S.): «Oh Maria! Allah te elegeu e
purificou, e te preferiu a todas as mulheres da Humanidade» [25].
Desde que o Sagrado Alcorão utiliza a expressão “elegeu”, fica claro que ela
era imaculada, já que o mesmo termo é utilizado com respeito aos profetas: «Por verdadeiro que Deus elegeu
a Adão, Noé, à família de Abraão, e à família de Imrán ‘por sobre os seres do
universo». [26] Ademais, no versículo mencionado se fala sobre a
purificação de Maria (A.S.), e isso se refere à purificação com respeito a
qualquer tipo de impureza e desobediência, e não somente se propõe negar aquilo
com o que a acusaram os judeus por causa do nascimento de Jesus (A.S.), já que
a exoneração de Maria respeito de tal pecado foi demonstrada nos primeiros dias
do nascimento de Jesus (A.S.), ao falar o menino no berço, pelo que não teria
novamente necessidade disso. Assim mesmo, o contexto do versículo da
purificação de Maria (A.S.), indica que se refere à época em que Maria se
encontrava enclausurada no templo, quando ainda não tinha a Jesus em suas
entranhas, pelo que ainda não tinha surgido acusação que tivesse que refutar
mediante o atributo de “purificação”.
Notas:
[1]Surata Al-Mulk; 67: 14.
[2]Surata An-Nahl; 16: 36.
[3]Nahjul Balagha, dissertação Nº 147.
[4] Surata Al-Júmu‘a; 62: 2.
[5] Surata Al-Hadid; 57: 25.
[6] Surata Al-Bácara; 2: 213.
[7] Surata An-Nissá’; 4: 165.
[8] Surata Ál Imran; 3: 37.
[9] Surata An-Naml; 27: 40.
[10] Surata Ach-Chu‘Ará; 26: 193-194.
[11] Surata Al-Bácara; 2: 3.
12] Al-Wahii Al-Mohammad (A Revelação de Mohammad), pelo Seiied Mohammad Rashid Ridá, p.66.
[13] Surata Al-Anbiyá; 21: 5.
[14] SurataAn-Najm; 53: 11 y 17.
15] Surata Al-Jinn; 72: 26-28.
[16] Kashf Al-Murád fi Sharh Tayrid Al-I‘tiqád, p. 217.
[17] Surata Al-An‘Am; 6: 87.
[18] SurataAz-Zúmar; 39: 37.
[19] Surata Yá Sin; 36: 62. [20] O juízo do intelecto neste caso categórico, é por isso que algumas narrações que se referem ao Profeta Job (Aiiub) (A.S.) e o fato de que ele foi perturbado com doenças que causam aversão, bem como contrariar a opinião categórica do intelecto, também contradizem outras narrativas, a este respeito do Imames da Ahl-ul Bait (A.S.). O Imam As-Sádiq (A.S.) narrou: “Por verdadeiro que Aiiub (A.S.), apesar de tudo aquilo com o que foi afligido, não provocava fedor, nem e afetou sua imagem, nem aflorou pus nem sangue de seu corpo, nem se sentia repelido ninguém que lhe observava, nem ninguém que lhe via se espantava dele, nem se apodreceu nenhuma parte de seu corpo. É bem como Deus, Imponente e Majestoso, procede com todo aquele que prova com a aflição de entre Seus profetas e distintos santos; e se a gente se afastou dele foi por sua pobreza, pela debilidade de seu aspecto, e por ignorar sua posição ante Deus, Elevada seja Sua menção” (Al-Jisál, t.1, Os sete capítulos, Hadiz nº 107). É assim que as narrações que contrariam esta questão, não têm base e são recusadas. [21] Tanzih Al-Anbiiá’ del Saiied Al-Murtadá. ‘Ismat Al-Anbiiá’ de Al-Fajr Ar-Rázi. Mafáhim Alcorão do Shaij Ja‘far Subháni, cap.: A Infalibilidade dos profetas. [22] Bihár Al-Anwár, t.70, p.22. [23] Ibid; t.70, p.18, Hadiz 9. [24] Disse o Imam Ali Ibn Abi Talib (A.S.) em referência a este grupo: “Eles são, com respeito ao Paraíso, como quem realmente o está vendo e se encontra gozando no mesmo; e são, com respeito ao Fogo, como quem realmente o está vendo e se encontra no mesmo sendo castigado” (Nahjul Balagha, Dissertação Nº 193, a qual foi pronunciada a pedido de seu colega Hamám). [25] Surata Ál Imran; 3: 42. [26] Surata Ál Imran; 3: 33.
[2]Surata An-Nahl; 16: 36.
[3]Nahjul Balagha, dissertação Nº 147.
[4] Surata Al-Júmu‘a; 62: 2.
[5] Surata Al-Hadid; 57: 25.
[6] Surata Al-Bácara; 2: 213.
[7] Surata An-Nissá’; 4: 165.
[8] Surata Ál Imran; 3: 37.
[9] Surata An-Naml; 27: 40.
[10] Surata Ach-Chu‘Ará; 26: 193-194.
[11] Surata Al-Bácara; 2: 3.
12] Al-Wahii Al-Mohammad (A Revelação de Mohammad), pelo Seiied Mohammad Rashid Ridá, p.66.
[13] Surata Al-Anbiyá; 21: 5.
[14] SurataAn-Najm; 53: 11 y 17.
15] Surata Al-Jinn; 72: 26-28.
[16] Kashf Al-Murád fi Sharh Tayrid Al-I‘tiqád, p. 217.
[17] Surata Al-An‘Am; 6: 87.
[18] SurataAz-Zúmar; 39: 37.
[19] Surata Yá Sin; 36: 62. [20] O juízo do intelecto neste caso categórico, é por isso que algumas narrações que se referem ao Profeta Job (Aiiub) (A.S.) e o fato de que ele foi perturbado com doenças que causam aversão, bem como contrariar a opinião categórica do intelecto, também contradizem outras narrativas, a este respeito do Imames da Ahl-ul Bait (A.S.). O Imam As-Sádiq (A.S.) narrou: “Por verdadeiro que Aiiub (A.S.), apesar de tudo aquilo com o que foi afligido, não provocava fedor, nem e afetou sua imagem, nem aflorou pus nem sangue de seu corpo, nem se sentia repelido ninguém que lhe observava, nem ninguém que lhe via se espantava dele, nem se apodreceu nenhuma parte de seu corpo. É bem como Deus, Imponente e Majestoso, procede com todo aquele que prova com a aflição de entre Seus profetas e distintos santos; e se a gente se afastou dele foi por sua pobreza, pela debilidade de seu aspecto, e por ignorar sua posição ante Deus, Elevada seja Sua menção” (Al-Jisál, t.1, Os sete capítulos, Hadiz nº 107). É assim que as narrações que contrariam esta questão, não têm base e são recusadas. [21] Tanzih Al-Anbiiá’ del Saiied Al-Murtadá. ‘Ismat Al-Anbiiá’ de Al-Fajr Ar-Rázi. Mafáhim Alcorão do Shaij Ja‘far Subháni, cap.: A Infalibilidade dos profetas. [22] Bihár Al-Anwár, t.70, p.22. [23] Ibid; t.70, p.18, Hadiz 9. [24] Disse o Imam Ali Ibn Abi Talib (A.S.) em referência a este grupo: “Eles são, com respeito ao Paraíso, como quem realmente o está vendo e se encontra gozando no mesmo; e são, com respeito ao Fogo, como quem realmente o está vendo e se encontra no mesmo sendo castigado” (Nahjul Balagha, Dissertação Nº 193, a qual foi pronunciada a pedido de seu colega Hamám). [25] Surata Ál Imran; 3: 42. [26] Surata Ál Imran; 3: 33.
Texto
traduzido do livro
La Doctrina Del Islam Shi’ah
A luz de lãs Enseñanzas de Ahl-ul-Bait
(com ellos sea la paz)
Aiatul-lah Ya’far Subhânî
La Doctrina Del Islam Shi’ah
A luz de lãs Enseñanzas de Ahl-ul-Bait
(com ellos sea la paz)
Aiatul-lah Ya’far Subhânî
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