Islamismo. www.ibeipr.com.br. Texto traduzido do Livro
La Doctrina Del Islam Shi’h. A luz de lãs enseñanzas de Ahl-ul-Bait. I. PROVAS
DA NECESSIDADE DA PROFECIA. Quinquagésimo quarto artigo. O ENVIO DOS MENSAGEIROS
DIVINOS PARA GUIAR E ENCAMINHAR. Deus, o Prudente, elogiou a alguns homens
probos para guiar e orientar à humanidade, fazendo-os responsáveis de fazer
chegar Sua mensagem a todos os membros da espécie humana. Estes homens são os
profetas e mensageiros por cujo meio fluiu a graça da guia de parte de Deus,
Glorificado Seja, a Seus servos. Essa graça bendita começou com a revelação de
parte de Deus, desde que o gênero humano chegou a estar preparado para
aproveitar-se dela, até a época do Grande Mensageiro do Islã (S.A.W.). Devemos
saber que a religião de cada um dos profetas se considera como a mais completa
em relação a sua época, e sua legislação como a mais íntegra. Se essa graça
divina não se tivesse prolongado, a humanidade não tivesse atingido seu nível
de perfeição. Desde que a criação do ser humano conforma um ato de Deus, o
Prudente, então necessariamente isso tem um objetivo, um propósito, e
considerando que a constituição humana, além dos instintos que lhe são comuns
com os animais, está composta de intelecto e razão, então sua criação
necessariamente deve ter um propósito razoável e um objetivo lógico. Por outro
lado, se bem o intelecto do ser humano influi e inclusive é necessário para
transitar o caminho da perfeição, não é suficiente para isso; e se em sua
procura por orientação o ser humano se contenta com valer-se de seu intelecto e
razão, nunca chegará a conhecer o caminho da perfeição de uma forma completa.
Como exemplo mencionamos a questão da “Origem” (isto é, a crença em Deus) e o “Retorno”
(isto é, a crença no Além), a qual conforma uma das questões mais importantes
do pensamento humano. A humanidade quer saber de onde vem, por que vem e a onde
vão; mas o intelecto e a razão por si só não brindam uma resposta correta e
suficiente para esta questão. Um claro depoimento disso é que apesar de todo o
desenvolvimento e progresso do que foi objeto nos âmbitos da ciência, ainda
grande parte da humanidade continua adorando ídolos. A impotência do intelecto
e o conhecimento humano não se restringem ao tema da “Origem e o Retorno”,
senão que o ser humano não pode eleger o caminho conveniente em muitos aspectos
fundamentais da vida. Os diferentes e contraposto enfoques da humanidade em
questões econômicas, morais, familiares e de outra índole, são um sinal de sua
incapacidade para realizar um correto entendimento desses assuntos, e é por
isso mesmo que vemos como surgiram escolas de pensamento contrapostas entre si.
Em consideração a tudo isto, o são raciocínio julga que, como o implica a
Prudência Divina, devem ser enviados educadores e líderes divinos para que
ensinem à humanidade (a senda reta na vida) o reto caminho da vida. Aqueles que
supõem que as “indicações lógicas” podem suprir às indicações “celestiais” devem
ter em conta duas coisas: 1. O intelecto e a
ciência humana são incapazes de lograr um conhecimento total do mesmo ser
humano e do passado e futuro de sua marcha existencial, enquanto, em base ao
juízo de que a cada faz dor conhece sua realização, o Criador do gênero humano
está completamente informado do ser humano e suas diferentes dimensões e
segredos existenciais. É a isto mesmo que se refere o Sagrado Alcorão quando
diz: «Não
conhece Ele o que criou, sendo Ele o Onisciente, o Sutilíssimo?» [1] Já
que o implica seu instinto de sobrevivência disposto em sua constituição,
consciente ou inconsciente, continuamente se encontra procurando por sua
conveniência pessoal, pelo que não pode ver-se completamente livre de
considerar uma conveniência pessoal ou grupal em seus planos e projetos.
Portanto, é natural que os planos humanos não podem ser catalogados como
totalmente reunidos, enquanto que os programas dos Profetas e Mensageiros
divinos, ao provir de parte de Deus, o Sapientíssimo, se encontram isentos de
tal carência. Considerando estes dois pontos
pode-se dizer – em forma categórica – que a humanidade nunca foi, nem jamais
será independente da orientação divina e os projetos dos profetas, senão que
permanentemente necessita disso. O
Sagrado Alcorão e os Objetivos da Profecia.
Quinquagésimo quinto artigo: O
objetivo do envio dos profetas é o fortalecimento dos princípios da unicidade. No artigo anterior nos familiarizamos com os
indícios lógicos da necessidade do envio dos profetas. A seguir analisaremos a
necessidade da profecia considerando os objetivos disso desde a perspectiva do
Sagrado Alcorão e as nobres narrações, conquanto a análise do Alcorão a respeito
é realmente um tipo de análise lógica. O Sagrado Alcorão resume os objetivos do
envio dos profetas nos seguintes assuntos: 1- Fortalecer os princípios da
unicidade e repelir qualquer tipo de desvio a este respeito. Diz o Sagrado
Alcorão: «Por verdadeiro que enviamos a toda
comunidade um mensageiro, de forma que (dissessem): Adorai a Deus e afastai-vos
do Tagut!»[2] Disse o Imam Amir Al-Mu’minin ‘Ali
(A.S.) com respeito ao porquê do envio dos profetas: “(…) Para que os servos conheçam a seu Senhor ao
ter-lhe ignorado, para que lhe reconheçam depois de ter-lhe negado, e lhe
aceitassem depois de terem lhe renegado…”[3]
2- Familiarizar às pessoas com os conceitos e mensagens divinas e com o caminho
da autopurificação; é assim que diz: «Ele
foi Quem enviou, dentre os iletrados, um Mensageiro da estirpe deles,
sabedoria, porque antes estavam em evidente erro» [4] 3- Estabelecer a Equidade na sociedade humana.
É assim que expressa: «Enviamos os Nossos mensageiros com as
evidências: e enviamos, com eles, o Livro e a balança, para que os humanos
observem a justiça…» [5] É óbvio que estabelecer a
equidade depende do fato que a gente conheça todas as dimensões e âmbitos da
justiça, bem como também depende que isso se concretize através de um governo
divino. 4- Julgar nos debates e solucionar as diferenças. Diz: «A gente constituía uma só comunidade, logo Deus
enviou aos profetas como alvíssaras e admoestador, e fez descer com eles o
Livro mediante a verdade, para que julgasse entre a gente em aquilo no qual
discrepassem» [6] É evidente que as diferenças
entre a gente não se restringem ao âmbito do doutrinal, senão que abarcam os
diferentes assuntos da vida. 5- Proporcionar aos servos indícios, suficiente
que não deixe espaço para alegar pretexto algum: «Foram mensageiros que deram boas notícias e
fizeram admoestações, para que os humanos não tivessem argumento algum ante
Allah, depois do envio deles, pois Allah é Poderoso, Prudentíssimo.» [7] Indiscutivelmente Deus, Glorificado Seja, tem
um objetivo por trás da criação do ser humano, e esse objetivo só se concreta
através da disposição de um completo programa para a totalidade dos assuntos da
humanidade, e tal programa deve chegar a mãos da humanidade, de forma que se
proporcionam às provas suficientes que não deixem lugar à desculpa para a
gente, e nada possa dizer: “eu não conhecia o programa correto de vida”.
Quinquagésimo sexto artigo: As Vias para
reconhecer os Profetas. A natureza
primitiva da humanidade julga que o ser humano não aceite sem provas nenhuma
afirmação. Aquele que aceita algo ou o pressupõe sem provas, está contrariando
sua natureza humana. A afirmação de ser profeta é a maior invocação que pode
realizar uma pessoa. É evidente que pára demonstrar tremenda pretensão deve
expor provas contundentes a respeito. Essa prova pode ser uma das três questões
seguintes: 1- Que tenha sido estipulado claramente por um profeta anterior cuja
profecia tenha sido categoricamente estabelecida, bem como o Profeta Jesus
(A.S.) anunciou e deu alvíssaras da profecia de Mohammad, o selo dos Profetas.
2- Que os diferentes sinais e evidências testemunhem a veracidade de sua
prédica. É possível inferir esses signos e evidências através de: analisar a
história de sua vida, o conteúdo de sua prédica, as personalidades que
acreditaram em ele, e assim mesmo o método de sua prédica. 3- Apresentar
milagres. Isto é, junto a sua invocação de ser profeta, tem de realizar um fato
extraordinário e desafiar aos demais a realizar algo similar, e essa ação deve
harmonizar com seu sermão. As duas primeiras vias não são gerais, enquanto a
terceira sim o é, e ao longo da história dos profetas, a humanidade se valeu
desta via, e assim mesmo os profetas a usaram para demonstrar seu sermão.
Quinquagésimo sétimo artigo: O
vínculo lógico entre o sermão dos profetas e os milagres. Existe um vínculo lógico entre o milagre e a
verificação da invocação de ser profeta, já que se é que aquele que apresenta o
milagre é veraz em sua invocação, naturalmente se verifica seu assunto; e
supondo que enquanto ao invocar a profecia, não seria congruente que Deus, o
Prudente, Quem se preocupa pela guia de Seus servos, fornecesse a capacidade de
realizar milagres a quem falsamente invoca a profecia, já que dessa maneira a
gente acreditaria nele ao observar seu poder de realizar algo extraordinário e
atuaria baseados nas suas palavras, pelo que isso arcaria o extravio da gente,
e sem lugar a dúvidas isso contrariaria a Justiça e Prudência divina. Esta
questão conforma o tema de uma das derivações do tópico do “racionalmente bom e
mau”, o qual já foi tratado antes. Quinquagésimo oitavo princípio: A diferença entre o “milagre” e o “dom” ou “carisma” A realização de um ato surpreendente associado à
invocação de ser profeta e ao fato de que harmonize com isso, recebe a
denominação por milagre “” (mu‘jizah). Mas se um ato surpreendente surge de um
servo virtuoso de Deus que não invoca a profecia, isso se denomina “carisma” (karámah).
Depoimento de que servos virtuosos de Deus – os profetas podem realizar atos
extraordinários, é a descida de uma mesa servida desde os céus para Maria
(A.S.), bem como o traslado do trono da rainha de Saba num só momento desde o
Yemen até Palestina, realizado por Ásif Ibn Barjiá, um dos mais expoentes
companheiros do profeta Salomão (A.S.). O Sagrado Alcorão informou a respeito
desses dois acontecimentos. Com respeito à Maria (A.S.) diz: «Cada vez que Zacarias chegava a vê-la no nicho (do
templo) encontrava com ela alimento. Disse: “Oh Maria! De onde vem isto?” Disse:
“Prove de Deus!”» [8] Com respeito ao trono do reino
Balquís diz o seguinte: «Disse aquele que
possuía um conhecimento do Livro: “Eu te trarei em menos tempo que um abrir e
fechar de olhos! E quando (Salomão) viu o trono ante ele, disse: Isto provém da
graça de meu Senhor…”» [9] Quinquagésimo nono
artigo: A diferença entre os milagres e a
bruxaria. A diferença entre o milagre e
qualquer outro ato extraordinário se resume nos seguintes pontos: 1- Não é viável de ser aprendido ou ensinado: O possuidor do milagre o realiza sem tê-lo
aprendido, enquanto os demais atos extraordinários são produto de uma série de
ensinos e exercícios. Depois de decorrer o período de sua juventude, o Profeta
Moisés (A.S.) voltou A Egito. No meio do caminho recebeu a profecia e lhe foi
dito: “Oh Moisés! Jogue teu cajado”, e eis que seu cajado se converteu numa grande
serpente, de maneira que o mesmo Moisés se assustou por isso. Também lhe foi
dito: “Introduza tua mão em teu peito” e quando a sacou eis que iluminava
intensamente, de forma que deslumbrava os olhos. 2- Não é viável de ser contraposto: Isto é assim já que o milagre surge do Poder
Absoluto e Infinito de Deus, pelo que é impossível que outra coisa se lhe
contraponha, ou que se possa realizar algo semelhante; enquanto é possível
enfrentar a bruxaria e a prestidigitação, e outras coisas similares que
realizam aqueles que com a prática chegam a realizar coisas surpreendentes; e
isto é assim já que surge do poder humano limitado e extinguível. 3- O desafio: O
que apresenta o milagre desafia aos demais a que o confrontem com algo
semelhante, enquanto é possível confrontar e apresentar algo semelhante ao que
realizam quem praticam a bruxaria e aqueles que mediante exercícios austeros
chegam a realizar atos surpreendentes (como os faquirês da Índia). Não fazem
tal desafio, já que é possível confrontar-lhes apresentando algo semelhante. 4- Não é limitado a um tipo de ato em particular: Os milagres dos profetas (A.S.) não se
restringem a um ou dois tipos, senão que são tão diferentes e variados, que não
é possível assinalar um denominador comum entre os mesmos. Por exemplo, que tem
que ver o fato de arrojar uma bengala e convertê-lo numa serpente com
introduzir a mão no peito e sacá-la branca e resplandecente? Assim mesmo, que
têm que ver estes dois milagres com o fato de fazer brotar a água das pedras
mediante o golpe de uma bengala? Em que se relacionam os milagres mencionados
com separar as águas do mar e abrir caminhos secos no mesmo com o só golpe de
uma bengala? Lemos que Jesus (A.S.) fez do barro a forma de um pássaro, depois
soprou nela e, com a anuência de Deus, se converteu num pássaro real. Assim
também lemos que ele curava aos cegos e aos leprosos com o mero fato de passar
a mão por seus rostos, que revelava o que a gente acumulava em suas casas, e
muitos outros milagres. 5- Fundamentalmente, aqueles que fazem milagres e são
dotados de carisma, se diferenciam dos feiticeiros que realizam coisas
insólitas, quanto ao objetivo e a espiritualidade. O primeiro grupo se propõe
objetivos transcendentes e preciosos propósitos, enquanto o segundo grupo se
propõe objetivos mundanos. Naturalmente, os dois grupos se diferenciam em no
que faz à moral. A Revelação e a Profecia. Sexagésimo
artigo: O vínculo entre o profeta e o mundo do
Além. No artigo anterior deixamos claras
as vias para reconhecer ao profeta verdadeiro e distingui-lo dos que falsamente
invocam a profecia. Agora devemos estudar a via por meio da qual os profetas se
comunicam com o mundo celestial, isto é, a forma em que se produz a “revelação”.
A revelação, a qual é a via mais importante mediante a qual o profeta se
comunica com o mundo celestial, não se origina do instinto ou do intelecto,
senão que é um conhecimento especial que Deus, Glorificado Seja, provê aos
profetas em particular, para que anunciem as Mensagens divinas à humanidade. O
Sagrado Alcorão descreve a revelação dizendo: «O
fez descer o espírito fiel (Gabriel) * sobre teu coração…» [10] Este versículo nos expõe que o conhecimento
que os profetas possuem das mensagens divinas não são produtos da utilização de
meios como os sentidos exteriores ou algo similar, senão que é o Anjo da
Revelação o que o faz descer sobre o coração do profeta. Em base a isto, não é
possível analisar a realidade da revelação com os critérios normais. Em
realidade, a descida da revelação é uma das manifestações do mundo celestial no
qual se deve ter fé, apesar de que não tenhamos em claro a realidade desse fenômeno;
como diz o Sagrado Alcorão: «…Que creem no
desconhecido…»[ 11] Sexagésimo primeiro artigo: A revelação não é produto da genialidade e
raciocínio particular dos profetas.
Aqueles que querem comparar todas as coisas e explicá-las mediante os critérios
mundanos e os meios sensoriais, e que pretendem verter as realidades celestiais
em moldes sensoriais, explicam o fenômeno da revelação de diversas maneiras,
todas elas falsas segundo nossa perspectiva. A continuação avaliará essas
explicações e análises desde diferentes pontos de vista: 1- Há um grupo que
considera aos profetas como talentosos gênios da humanidade, e consideram a
revelação como resultado de seu raciocínio pessoal, e produto da atividade de
seus sentidos internos. Para este grupo, a realidade do “espírito fiel” é o “espírito”
desses brilhantes talentos e suas puras e elevadas almas, e assim mesmo as
escrituras celestiais não são mais do que seus próprios pensamentos e noções
elevados. Este tipo de interpretações e análise do fenômeno da revelação, nada
mais é do que o deslumbre pela moderna ciência experimental a qual só se baseia
nos métodos sensoriais como meio para explicar as realidades da existência. O
grande problema desta hipótese é sua contraposição ao dito pelos profetas e
mensageiros divinos. Sobre dita base, a interpretação anterior implica atribuir
a mentira aos profetas, e isso é algo que não é próprio de sua elevada posição
e digna hierarquia, honestidade e virtude que a história credenciada nos
transmite. Em outras palavras, os reformadores se dividem em dois tipos:
reformadores que atribuem seus programas a Deus, e reformadores que os atribuem
a si mesmos e os expõe ante a sociedade como se isso fora o produto de seu
próprio intelecto e raciocínio. Pode chegar a ser que ambos tipos sejam
honestos e se caracterizem com a veracidade e o bem. Assim, não é possível
considerar estes dois tipos de pessoas reformadoras como um só. 2- Partindo da
mesma motivação mencionada na hipótese anterior, há outro grupo que considera a
revelação como produto da manifestação de estados espiritual no profeta.
Segundo este grupo, por causa de sua fé e temor a Deus, e em base à abundante
adoração do profeta a Deus, este atinge um grau no qual encontra em si mesmo
uma série de realidades elevadas e se imagina que lhe foram prover de um mundo
oculto, sendo que essas realidades que tem adquirido não surgem mais do que de
seu interior. Os que sustentam esta hipótese dizem: “Nós não duvidamos em
absoluto da veracidade dos profetas, senão que cremos que eles advertiram
elevadas realidades, só que o ponto de discussão é a fonte dessas realidades
elevadas. Desta maneira, os profetas imaginam que a fonte dessas realidades é o
mundo do oculto, o qual se encontra fora do mundo material, enquanto a fonte
disso são eles mesmos e não outra coisa”. Esta hipótese, não é totalmente nova,
senão que em realidade é uma renovada proposta de uma das hipóteses sobre a
revelação que era proposta na época pré-islâmica, só que apresentada numa nova
roupagem. O que esta hipótese conclui é que a revelação não é senão produto da
imaginação e reflexão dos profetas e seu aprofundamento em suas próprias almas,
e por causa de meditar muito em Deus, adorar-lhe e pensar na reforma de sua
comunidade e chegados, eles têm materializado essas realidades adiante de seus
olhos, e supuseram que isso lhes foi inculcado de um mundo oculto.[12] De
alguma forma, esta é a mesma conjectura sobre a revelação dos árabes
pré-islâmicos da época da ignorância, que diziam: «…Porém afirmam: è uma mistura de sonhos!…» [13] O Sagrado Alcorão refuta essa hipótese com
veemência, e põe ênfase no fato de que o Profeta (S.A.W.) é veraz em sua
invocação e sua visão do Anjo da Revelação, e que não se equivocam nem seu
coração nem sua vista; diz: «O coração não
desmentiu o que viu» «Não
se desviou o olhar nem transgrediu» [14]
Isto quer dizer que o Profeta (S.A.W.) viu realmente ao Anjo da Revelação,
tanto com o olho externo como com o olho do coração, tanto em forma manifestada
como em forma interior. A Condição
Imaculada dos Profetas. Sexagésimo segundo
artigo: Os níveis de impecabilidade dos
profetas. A impecabilidade significa a
condição de imaculado, possuindo isto níveis na profecia, a saber: 1- A
impecabilidade no referente a receber a revelação e anunciá-la. 2- A impecabilidade
com respeito à desobediência e o pecado. 3- A impecabilidade respeito de
qualquer erro nos assuntos individuais e sociais. A impecabilidade dos profetas
no primeiro nível é objeto de concordância para todas, já que a possibilidade
de erro e confusão neste nível influi na credibilidade da gente, e provoca que
não confiem em seus anúncios e palavras, pelo que finalmente se anula o
propósito da profecia. Além disto, o Sagrado Alcorão diz claramente que
Deus dispõe ao profeta sob Sua completa proteção e o mantém incólume para que
anuncie a revelação divina de uma forma correta; é assim que diz: «É o Conhecedor do oculto, não manifesta seu
segredo a ninguém mais do que àquele de quem se compraz como profeta, que
certamente que lhe dispõe uma vigilância (de anjos) por diante e por detrás
para saber se anunciaram as mensagens de seu Senhor. Ele abarca tudo o que lhes
concerne, e tem computado o número de todas as coisas» [15] Neste versículo o Sagrado Alcorão menciona dois
tipos de proteção para manter incólume a revelação: 1- Os anjos que cercam ao
profeta desde todo ângulo e aspecto. 2- Deus Mesmo, quem controla aos anjos e
ao profeta. A causa desta completa vigilância é materializar o propósito da
profecia, que é fazer chegar à revelação à humanidade. Texto traduzido do livro
La Doctrina Del Islam Shi’h. A luz de lãs enseñanzas de Ahl-Ul-Bait. Abraço.
Davi
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