sexta-feira, 1 de junho de 2018

UMBANDA E SUA RITUAL LITURGIA


Religião Afro-Brasileira. Texto de Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico Curador. Médium F. Rivas Neto. Capítulo Quatorze. UMBANDA E SUA RITUAL LITURGIA — Vivência Ritualística na Umbanda Popular — Sincretismo — Tipos de Rituais — Modelos de Templos — Teoria e Prática dos Processos de Imantação, Cruzamento e Assentamento — Umbanda Esotérica — Rituais Secretos e Seletos. Dentro do Movimento Umbandista da atualidade, enfocaremos 3 modelos de rituais, que se adaptam às várias unidades religiosas denominadas grupamentos, tendas, cabanas etc, e por dentro delas os diversos graus de consciência das humanas criaturas. Como sabemos, os rituais visam evocar as Divindades, as Potestades Espirituais ou quem as represente. Em nosso caso, evocamos o Orisha Ancestral e toda sua Hierarquia, composta por Orishas Menores, Guias e Protetores, com o objetivo de atrair sobre essa mesma coletividade a proteção, a cobertura e a presença dessas ditas Entidades Espirituais. E da forma como se processa essa evocação místico-ritualística que se preocupará este nosso capítulo. Antes, porém, queremos ressaltar que estaremos nos referindo aos rituais do Movimento Umbandista e não às suas ramificações. Estaremos citando desde o espaço físico, denominado terreiro, até os atos místico religiosos processados nos congás dessas tendas ou cabanas relativas ao Movimento Umbandista, o qual foi e é um possante Movimento de Luz ordenado pela Confraria dos Espíritos Ancestrais (a pura Raça Vermelha) que interpenetrou todos os cultos, os ditos de origem afro-brasileira. E esse um grandioso Movimento, o de Umbanda, sendo maiúscula sua tarefa, e não menos difícil, a qual seja de interpenetrar, sanear, arejar, elevar e direcionar para planos mais elevados muitos cultos que infelizmente não são condizentes com a era de paz, amor e harmonia que se aproxima celeremente, e que será vivente no 3º milênio. Dentro do propósito de elucidar e elevar o nível místico-vibratório dos milhões de Filhos de Fé que estão agrupados, segundo suas crenças e concepções sobre as coisas da Umbanda, nos milhares de terreiros, é que nos propomos a escrever sobre o que há de mais simples dentro da rito-liturgia do Movimento Umbandista. Antes, porém, vejamos qual o mecanismo dos diversos rituais, que embora diferentes entre si buscam os mesmos objetivos. Todo ritual, de maneira bem simples e didática, possui três partes, que são: Primeira parte — PREPARATÓRIA; Segunda parte — ATRAÇÃO DE FORÇAS; Terceira parte — MOVIMENTAÇÃO DESSAS FORÇAS SEGUNDO O OBJETIVO VISADO. Como o Filho de Fé e leitor amigo pode observar, não há nenhum culto religioso, que tendo ritual, não siga essas partes ou fases por nós aludidas. E justamente nessas 3 fases ou partes que calcaremos toda a nossa dissertação sobre os 3 modelos de rituais que se seguirão no decorrer deste capítulo. Antes de lá chegarmos, devem o Filho de Fé e o leitor amigo estar pensando sobre o vocábulo rito-liturgia, já que falamos sobre rito ou ritual e não expressamos nossa palavra sobre Liturgia. Para nós, liturgia não é apenas o sinônimo de rito ou rito público; são as formas, meios, atos, posições e objetivos usados dentro de um ritual. A vestimenta, esta ou aquela posição, a pronúncia desta ou daquela palavra, a postura vibratória, fazem parte de um contexto, o qual chamamos rito-liturgia. Esperamos que fique bem claro que, daqui para a frente, rito-liturgia é para nós um contexto em que se enquadram: preparação, atração das correntes e manipulação dessas correntes. No caso das Entidades Espirituais, o processo é o mesmo: preparação astral e física do ambiente; evocação das ditas Entidades; o trabalho dessas Entidades. Iniciemos pois nossa explanação sobre os 3 modelos de rituais: 1º MODELO Este ritual, temos certeza, atenderá ao maior número de adeptos do Movimento Umbandista na atualidade, pois o mesmo, além de ser simples, atende às necessidades psico espirituais de milhares de Filhos de Fé, que até o presente momento vinham e vêm fazendo (muitos, mas não todos) um ritual segundo tinham visto ou aprendido. Quando viram e resolveram fazer igual, seguramente, na época, eram inexperientes, muitos até vindos de outros setores Filo religiosos. Assim é que o maior número de adeptos, nesses terreiros, são recém-regressos do catolicismo, quase a totalidade, ou dos ditos cultos evangélicos, numa pequena minoria. Esses Filhos de Fé, como são inexperientes, vão logo adentrando no primeiro terreiro que se lhes apresente, e como têm uma Entidade que os protege, sentem alguma coisa diferente e logo interessam-se, sendo essa uma forma de se chegar ao terreiro, aliás a mais frequente. Outras formas são várias, mas nunca comparando, em quantidade, com a que citamos. Esses Filhos de Fé, ditos por nós inexperientes, o são por pouquíssimos tempos, ficando logo muito "sabidos" e procuram, com a ajuda dos seus próprios mentores, através da intuição ou mesmo pelo pedido direto, um "terreiro" condizente com seus graus conscienciais sobre as coisas do espiritual. Em geral, os próprios Filhos de Fé, descontentes e desiludidos por não acharem nada condizente com aquilo que está dentro de suas afinidades, começam a correr gira, isto é, vão a todos os terreiros que lhes indicam. E nada. Nesta situação, procuram abrir seus próprios terreiros, e sem dúvida assim o fazem, não se importando se estão aptos ou não a chefiar vibratoriamente uma Casa Espiritual e o tipo de ritual que farão, na verdade nem sequer sabem bem como se processarão suas sessões, bem como os casos e coisas que por lá ocorrerão. Assim, sem cogitar de nada, abrem seus terreiros. Na verdade, esse será mais um local que o submundo astral poderá usar como campo avançado de suas intenções. Sim, pois como dissemos, esses médiuns são inexperientes, e sua sabedoria sobre as coisas da Umbanda está baseada naquilo que viram e ouviram nos terreiros em que passaram, onde na maior parte da vezes predominava o sincretismo afro-católico. Quando não, derivavam para os cultos nefandos do Catimbó. Até pouco tempo, eram as Filhas de Fé que se constituíam no maior número de médiuns a terem um terreiro desse tipo. Hoje já se igualou o número de homens e mulheres; dividem-se igualmente na chefia desses terreiros. O que é de se lamentar é que, como dissemos no início, saíram dos terreiros que frequentavam pois estavam fora de sintonia vibratória, e seus próprios mentores assim o quiseram. Após essa fase, tornam-se completamente surdos ao apelo do astral que os tirou de um lugar que não lhes era conveniente. Abrem seus terreiros esquecendo-se de que são apenas médiuns; quem deve decidir se deveriam abrir seus terreiros são seus dirigentes do astral, os quais são completamente esquecidos. Pobre Filhos de Fé, já estão perdendo aquilo que lhes era mais importante em sua vida, ou seja, o mediunismo. Nessa condição, sem consultar seu mentor espiritual, abrem seu terreiro, em verdade seu terreiro, pois de seu mentor não é. Aliás, ele não foi nem consultado. Palavra de Caboclo que muitos Filhos de Fé assim procedem, e têm seus terreiros. O termo se aplica bem; repetimos seu terreiro, pois de seu mentor não é. Então, de quem é? Ah, Filho de Fé, aí é que é a coisa (...)! Mas nosso dever é esclarecer e impedir que isso aconteça; assim, daremos um modelo de ritual e de terreiro, podendo é claro sofrer ligeiras modificações, com a certeza de que terá a outorga do astral superior. Veja o Filho de Fé que falamos sobre um verdadeiro médium, mas que se esqueceu de que era apenas médium, e também quis ser o próprio mentor! Esses, se quiserem ainda voltar a sintonizar-se com seus mentores, reentrarão no equilíbrio de seus mediunismos. E outros que nem médiuns são. São apenas autos sugestionados ou acometidos de um profundo neuro animismo (exteriorização da própria personalidade, personificando a "entidade" imaginada, com todas as suas características físico psíquicas. De repente abrem seus terreiros, e como não há nenhum mentor, ficarão nas mãos de Entidades atrasadas e infelizes, as quais na gíria de terreiro são chamadas de kiumbas ou rabos de encruza. Embora os indivíduos não tenham mediunidade ativa, sendo sim neuro anímicos, o submundo astral, através de seus emissários, exacerba ainda mais o neuro animismo, fazendo com que esses indivíduos cometam os maiores desatinos aos outros e a si mesmos. Não queremos que ninguém pense que os estamos criticando; ao contrário, são merecedores de nossa maior atenção, e sem dúvida damos essa atenção, tanto que, para eles, os que já estão nessa situação, estamos dando este alerta. Para os outros, lhes mostraremos um modelo simples a ser seguido, que seguramente obterá o aval de seus mentores, reais e verdadeiros seareiros da Corrente Astral de Umbanda. O Recinto. Desde o início deste livro, várias vezes reiteramos que a Umbanda é para o simples de coração e que nossos terreiros ou templos devem ser o mais simples possível, como também o mais limpo do ponto de vista físico e astral. Assim, cada grupo terá, no prédio que dispuser segundo suas possibilidades, a seguinte disposição: 1. Na entrada, de qualquer um dos lados, uma pequena casinhola que chamamos de tronqueira, que deverá estar pintada de vermelho por dentro e ter uma porta. Mas deixemos essas explicações para o final deste 1º modelo. 2. Se o local destinado aos consulentes, ou mesmo adeptos, for logo após a entrada, esse local deverá conter, sem afetação, bancos ou cadeiras, se possível iguais uns aos outros, tendo um corredor central que permita o trânsito de pessoas. O salão que contém o reservado para os consulentes, como também o congá propriamente dito, deve ser pintado de branco, pois essa é uma cor que reflete todas as demais, e como cor é energia, sendo que energia é vibração, haverá profunda reflexão positiva de vibrações enviadas pelos Caboclos, Pretos-Velhos, etc. Faça-se, prosseguindo, sem afetação, algo bem simples, uma separação entre o local destinado às coisas sagradas do congá propriamente dito e o local onde permanecerão os consulentes. Que essa divisão seja uma pequena mureta ou mesmo um anteparo de madeira pintada de branco, nunca as tão usadas cortinas. E por que não cortinas? Porque a cortina impede os consulentes que chegam ou vão chegando antes do início dos trabalhos espirituais, por meio das suas correntes de pensamentos, de irem acalmando seu psiquismo ao olharem esta ou aquela imagem que está no congá, que mais lhes seja interessante ou em que mais tenham fé. Na verdade, a mesa do congá se presta para isso, ou seja, para as projeções, imantações e mesmo dissipações de correntes mentais das humanas criaturas. Pode ter certeza, Filho de Fé, que assim fazendo sentirá que seus trabalhos surtirão maiores efeitos e benefícios a todos aqueles que lhe procuram. Caso haja cortina, que seja aberta logo que o terreiro for aberto, só fechando-a quando o último consulente for embora. Ainda no caso de haver cortina, que achamos plenamente dispensável, que seja na cor azul, que é a cor da espiritualidade superior. Faltou-nos falar sobre os vestiários, pois os médiuns não deverão vir vestidos com suas vestimentas ritualísticas (a roupa branca, na gíria de terreiro), e sim trocarem-se no terreiro, no recinto dos vestuários! Os vestuários deverão ser simples, um reservado aos médiuns masculinos e outro aos médiuns femininos e só. Fisicamente, é o necessário para processar-se uma sessão dentro dos moldes do Movimento Umbandista da atualidade. 3. O congá é o recinto destinado aos rituais propriamente ditos, o local onde as Entidades mediunizam seus médiuns para atuarem nos diversos ritos de terreiro. É portanto um local sagrado, destinado às coisas sagradas. No mesmo encontraremos a mesa do congá, ou o congá propriamente dito, também chamado peji. E como é esta mesa? Deve ser de madeira, apoiada na parede. Sobre ela, colocam-se 7 imagens, representativas dos Orishas. Segundo o sincretismo que já explicamos no Capítulo anterior, aconselhamos imagens sugestivas e de tamanho regular, segundo as posses do grupo umbandista. As imagens que aconselhamos são: JESUS CRISTO representando OXALÁ (ORIXALÁ). NOSSA SENHORA (A VIRGEM) representando YEMANJÁ. COSME E DAMIÃO representando CRIANÇAS.  SÃO JORGE representando OGUM. SÃO SEBASTIÃO representando OXOSSI. SÃO JERÔNIMO representando XANGÔ. SÃO CIPRIANO OU SÃO LÁZARO representando PRETO. Como dissemos, podem ser posicionadas sobre a mesa, e que essa contenha uma alva toalha, sendo que na frente da mesa, ainda na dita toalha, se faça em bordado o ponto riscado do Guia-Chefe, na cor de sua Vibração ou Linha, ou um pentagrama em azul claro, fixado por 7 cruzes (que representam as Luzes ou Forças) e por 7 pontos (que representam os 7 Princípios da Umbanda). Além da mesa por nós citada, pode-se também fazer (de madeira) em forma de pequena estante, com 7 degraus, assim: Em cada degrau pode ficar um castiçal, ou mesmo um pires branco, para acender 1 vela branca ou abrir-se a gira, ou mesmo quando de uma necessidade. Próximo da vela pode-se deixar 1 copo com água, o qual servirá para fixar as vibrações ainda mais, sendo trocado somente na próxima sessão. Queremos frisar que esses copos captam as energias dos mentores e não as descargas do congá, que vêm pela corrente de Seres astralizados negativos ou mesmo pela corrente negativa proveniente das humanas criaturas que acorrem ao terreiro. Neste momento, já ensinaremos como os Filhos de Fé poderão resguardar-se da vampirização fluídica e mesmo dessas correntes negativas ou descargas que são projetadas no congá. Debaixo da mesa, na sua parte oca, recoberta pela toalha da frente, coloca-se uma madeira cortada em triângulo. O triângulo equilátero deverá ter 35 ou 49 cm. Em cada vértice do triângulo, coloca-se uma agulha de aço, ou melhor, a agulha penetra na madeira, ficando de pé. Risca-se um ponto de repulsão no triângulo, e ao iniciar-se a gira, coloca-se um copo com água e sal dentro do triângulo. O vértice do triângulo deve ficar voltado para a assistência. Caso seja possível, faça-se um furo no chão do terreiro, no local em que colocaremos o triângulo, até atingir a terra. No buraco feito, coloca-se sal com carvão e 57 agulhas de aço. Nesse buraco vai um estilete de aço envolvido com fio de cobre, o qual fica ligado com as 3 agulhas do triângulo, assim como mostra a ilustração: O triângulo com as agulhas, já com o ponto riscado, fica sobre o buraco, que deve ser fechado, deixando-se, é claro, sair o fio de cobre para ligar as 3 agulhas, as quais ficarão ligadas entre si, tornando-se um poderoso repulsivo de correntes negativas, como também um higienizador elétrico-magnético muito útil para os terreiros, pois é para o congá que se dirigem as maiores sobrecargas, quer sejam das humanas criaturas ou dos Seres astralizados, bem como toda sorte de larvas, miasmas e correntes vibratórias várias. Acreditamos não ser difícil colocar em prática o que expusemos; com um pouco de paciência e boa vontade, o Filho de Fé fará de seu congá um templo agradável, em que todos sentir-se-ão bem e livres das influências maléficas das forças negativas. O piso do congá deverá ser do material que se possa, mantendo sempre a discrição e a simplicidade. Estando o congá assim arrumado, não podemos nos esquecer que os médiuns-chefes deverão lembrar-se de quais os dias mais propícios para suas sessões; se em dias que correspondam às 2as, 4as, ou 6as feiras ou nas 3as, 5as ou sábados. Assim fazendo, estarão tornando tudo mais propiciatório para seu campo mental e astral, onde atuam as Entidades Espirituais. Assim é que vamos dar uma pequena tabela que os médiuns-chefes e só eles, pois os demais estarão debaixo de sua vibratória, deverão seguir para melhor aproveitar os influxos positivos de suas sessões, não só para si como para todas as pessoas que procuram seu terreiro em busca de ajuda e socorro para todos os seus males. Tabela de dias favoráveis: 2ª , 4ª e 6ª -feira — para os nascidos nos seguintes signos: Touro, Capricórnio, Virgem, Câncer, Peixes e Escorpião. 3ª , 5ª e sábado — para os nascidos nos seguintes signos: Leão, Sagitário, Áries, Libra, Gêmeos e Aquário. Demos uma tabela simples, em que os signos da terra (Touro, Capricórnio, Virgem) e da água (Câncer, Peixes e Escorpião) são considerados positivos nas 2as, 4as, e 6as feiras, e negativos às 3as, 5as e sábados. Os signos do fogo (Leão, Sagitário e Áries) e os do ar (Libra, Aquário e Gêmeos) são considerados positivos nas 3ªs, 5ªs e sábados, e negativos nas 2ªs, 4ªs e 6ªs-feiras. O domingo é considerado conjugado, servindo para todos os signos de maneira geral. Estando com tudo isso em mãos, o médium-chefe pode abrir ou mesmo reabrir o seu terreiro, só faltando algo de suma importância, que é o assentamento e o cruzamento do terreiro, que agora tornaremos bem claro ao Filho de Fé, por meio de nossa exposição. 4. Para o assentamento, imantação e cruzamento, o médium-chefe fará os seguintes preceitos: A. Desimpregnação ou descarga do terreiro: O médium-chefe acende as 7 velas na mesa do congá, entoa as preces cantadas mais afins, e cantando o ponto da Entidade-chefe, defuma, com o vaso de barro, com a seguinte mistura de ervas: arruda, guiné e casca de limão, secas. Enquanto defuma, no centro do congá, no chão, está um copo com água e sal, o qual também reterá as cargas negativas do ambiente, sendo que, juntamente com a defumação, desimpregnará todo o ambiente do terreiro (defuma-se todos os recintos da tenda, é claro). Repita-se esse ato de defumação durante 3 dias seguidos, no horário das 21 horas. (O médium-chefe não reúne a corrente nesses 3 dias, mas pode escolher 2 ou 3 médiuns mais velhos ou mais experientes para ajudá-lo.) Após a defumação, fará a seguinte evocatória: Ó Pai do Universo! Estenda Teu beneplácito através de Oxalá aos Orishas e a todas as Entidades Emissários da Luz: Permita que este humilde terreiro do Caboclo (Preto-Velho) Tal (...) tenha sido purificado, e todas as correntes negativas tenham sido dissipadas. E assim, que as Luzes dos Orishas estejam presentes neste humilde terreiro do Caboclo ou Preto-Velho Tal (...) B. Imantação e cruzamento do terreiro: Depois de 4 dias da última defumação, o médium chefe reúne todos os médiuns do terreiro que, após estarem com suas vestimentas ritualísticas, deixam, caso as tenham, as guias no congá (na mesa). O médium-chefe já deve ter preparado uma vasilha de louça branca, que contenha água do mar, água da cachoeira e pétalas de flores diversas, nas 3 cores: branca, vermelha e amarela. Também deve ter deixado sobre a mesa do conga, 4 velas de cera nas seguintes cores: lilás, alaranjada (substitui vermelha), azul e verde. Com isso à mão, o médium-chefe inicia o ritual com uma defumação (às 20 h) de incenso e mirra, em todo o ambiente e em seus médiuns. Após ter defumado com o congá aceso (7 velas), iniciar a imantação, cruzamento e consagração do congá. É importante, antes de prosseguirmos, que deixemos expressar que a corrente mediúnica formada deverá ter os médiuns masculinos à direita do congá e os médiuns femininos à esquerda. Os médiuns devem ficar em corrente vibrada, isto é, dando-se as mãos, sendo que a mão direita fica sobre a esquerda, assim sucessivamente, até fechar-se completamente a corrente. Assim posicionada a corrente, o médium-chefe dirige-se ao congá, apanha a tigela de louça branca, se ajoelha de frente para o congá, levanta a tigela com as 2 mãos e profere com fé a seguinte evocatória: Pai Oxalá — Mestre e Senhor do planeta Terra: Evocamos Tua infinita misericórdia e Tua permissão para cruzarmos, imantarmos e consagrarmos este congá para o Caboclo (Preto-Velho) (diz o nome da Entidade-chefe da casa). Que a Tua Santa permissão desça sobre a Corrente Astral de Umbanda e que ela vibre e filie nosso congá à Corrente das Santas Almas do Cruzeiro Divino. Assim, eu (diz o nome), médium-chefe deste terreiro, peço agô para imantar, cruzar e consagrar este terreiro ao Caboclo ou Preto Velho Tal (...), que neste instante nasce para a Luz e a Caridade. Louvado seja TUPÃ (3 vezes). Neste instante, o médium-chefe dirige-se às imagens e tudo o que estiver no congá e vai aspergindo a água com as pétalas; depois, derrama a água com as pétalas na cabeça dos médiuns. Depois de ter feito isso, coloca novamente a bacia no centro do terreiro. Dirige-se ao congá e pega as 4 velas coloridas. Bem, o Filho deve estar vendo a ilustração que expressa exatamente o que desejamos falar. A bacia fica no centro. No ponto cardeal norte (que não precisa ser de frente para o congá), acende-se uma vela lilás; no cardeal leste acende-se uma vela azul; no cardeal sul acende-se uma vela verde e no cardeal oeste acende-se uma vela alaranjada. Com os 4 pontos iluminados, o médium-chefe pede que os Orishas façam o cruzamento do seu terreiro, nas forças dos Senhores dos Elementos, e que esses elementos vibrem nesta hora em que o terreiro está nascendo. Pronto. O médium-chefe, nessa hora, pode dar início à sua sessão, isto é, evocar as Entidades que queiram baixar e imantar ainda mais, com suas vibrações, o novo terreiro que nasceu. A bacia com água e as flores, se é que sobraram, são entregues em uma mata limpa, após 3 dias.* Ao entregar-se a bacia, coloca-se dentro da mesma vinho tinto suave com mel e 7 velas brancas em torno dela. Esse vinho com o mel é entregue ao Caboclo chefe, que sabe como manipulá-lo, isto é, sabe como dar esses elementos, que se astralizarão, aos ditos Espíritos da Natureza. Com isso feito, está pronto o terreiro para receber os consulentes e proceder uma sessão de caridade. C. Ritual 1ª Parte — Preparação do ambiente O médium-chefe ou quem ele escolher deve fazer uma pequena prédica, visando elevar não só o psiquismo dos médiuns como também dos consulentes. A prédica deve ser algo que verse sobre a Umbanda, ou mensagens de otimismo a todos (não ultrapassar nunca a 10 minutos). Após essa prédica, o médium-chefe faz uma evocatória aos moldes umbandistas, e louva os 7 Orishas ou as 7 Linhas. A seguir, procede-se à defumação nos médiuns e em todo o terreiro e consulentes. Nesta hora, e só nesta hora, os médiuns pegam suas guias que estavam sobre o congá. 2ª Parte — Evocação Entoam-se os pontos afins ao terreiro, até o momento de cantar-se o ponto da Entidade-chefe, a qual, ao chegar, traz também os seus auxiliares, ou seja, os outros médiuns também ficam mediunizados com seus mentores. 3a Parte — O trabalho em si As Entidades atendem os consulentes com consultas, passes, trabalhos, etc. Os pontos deverão ser cantados com intervalos ou segundo as necessidades do próprio trabalho. Após findarem-se os conselhos, consultas e passes, canta-se o ponto de subida dos Caboclos, e também do Guia-chefe. Após a subida das Entidades, o médium-chefe prepara um defumador forte, com arruda, guiné e casca de limão e defuma todo o corpo mediúnico, enquanto deixa um copo de água e sal no centro do terreiro, onde já se pembou (com pemba branca) um triângulo apontado para a porta de saída. Após defumar todo o terreiro, leva-se o defumadouro à porta da tronqueira, sobre a qual voltamos a falar. No início, tínhamos dito que a tronqueira deveria ser pintada de vermelho, caso houvesse condições. O importante é que ela esteja sempre limpa, e nunca se coloque dentro dela essas imagens inverossímeis dos ditos Exus. Coloque-se, sim, os verdadeiros elementos de imantação e ligação desse Agente da Justiça Kármica, que é o Exu de Umbanda. Cada um coloque em sua tronqueira aquilo que achar necessário, mas jamais aquelas imagens irreais que nunca, em tempo algum, representaram nem o que há de mais trevoso no submundo astral, quanto mais o verdadeiro Exu Guardião. Não se coloque ebós, isto é, oferendas com sacrifícios, pois o verdadeiro Exu de Umbanda jamais pediu ou pede tais elementos sangrentos que têm ligação e afinidades com o baixo astral e todo seu cortejo de Entidades ignorantes e atrasadas, quando não sumamente frias e cruéis. Caso não se tenha nenhuma ordem, aconselhamos que se salve o Exu com uma quartinha sobre um ponto riscado próprio, e dentro dessa tenha aguardente, e também uma taça com cidra. Deixe-se uma vela acesa, branca ou vermelha, nunca a preta, em louvor à guarda de Exu. Caso a tronqueira comporte, os médiuns, após baterem a cabeça no congá e deixarem suas guias sobre a mesa do dito congá, podem ir saravar o Exu Guardião do terreiro, como também podem pedir cobertura ao seu Exu. Não se cante dentro do terreiro o ponto cantado de Exu, a não ser que a ordem venha de uma Entidade de fato e de direito, e mesmo que venha, tira-se o ponto no final do trabalho, depois defuma-se todo o congá. Pode-se tirar o ponto de Exu lá na sua tronqueira, que é o local de ação e reação do trabalho desses vanguardeiros da Luz para as Sombras. Ao terminarmos, não citamos o atabaque, o qual também achamos dispensável no trabalhos de caridade e muito principalmente no desenvolvimento mediúnico. Mas, caso haja o atabaque, que o mesmo seja batido por quem saiba, no ritmo certo, e nunca usado em desenvolvimento mediúnico, pois o som do atabaque faz vibrar certos centros anímicos e, em vez de o médium receber seu Caboclo ou Preto-Velho, recebe sim é a si mesmo ou a Entidade subconsciente! 2º MODELO. Assim como o primeiro modelo, este segundo visa trazer aos Filhos de Fé um ritual simples, harmonioso e positivo, onde as Entidades Espirituais possam atuar sem embargos vibratórios e suas correntes possam ser fixadas no ambiente etéreo-físico do terreiro, e essas vibrações ou correntes possam beneficiar a todos. Este modelo, que humildemente entregamos aos Filhos de Fé mais tarimbados em nosso meio, que buscam aprimorar seus rituais, visa permitir um melhor atendimento aos consulentes que os procuram. A maior parte desses médiuns são de Umbanda, isto é, nasceram em seu seio vibratório e vieram com compromissos de trabalhar mediunicamente na seara umbandista. A outra pequeníssima minoria é originária das várias Escolas Filosóficas, do ocultismo e do kardecismo. São médiuns que procuram entender o mecanismo da Corrente Astral de Umbanda, como também estudam a mediunidade e as ditas Sagradas Escrituras, procurando interpretá-las segundo os conceitos umbandistas, tudo visando posicionarem-se no dito Movimento, e para isso são incentivados por seus mentores, que de fato e de direito baixam e ordenam esses Filhos. Ao contrário dos outros Filhos de Fé inexperientes, esses Filhos de Fé abrem seus terreiros porque foram ordenados por uma entidade que se responsabilizou por essa ordenação e cobertura, tanto por cima, do ponto de vista astral, como por baixo, aqui no plano físico denso. Alguns desses Filhos de Fé estão no Movimento Umbandista há mais de 10 anos, sendo a grande maioria representada por Filhos de Fé médiuns masculinos. Muitos desses médiuns têm conceitos muito precisos sobre a LEI DO KARMA, REENCARNAÇÃO, PLANOS DE EVOLUÇÃO DO SER ESPIRITUAL, e muito principalmente do porquê do Movimento Umbandista da atualidade, como entendem também a necessidade de fazer-se adaptações de ordem humana, visando interpenetrar e elevar várias consciências que por motivos vários dirigem-se aos seus terreiros. Além do aspecto fenomênico mediúnico, manipulam, através de seus mentores espirituais, aspectos leves da magia etéreo-astrofísica, sempre em benefício do próximo. Conhecem as ações e reações de certas ervas que atuam no corpo astral, refletindo-se no complexo etéreo-físico, revitalizando-o ou curando doenças e restaurando o equilíbrio. Esses Filhos de Fé jamais fazem uso da matança de bichos, sejam de pelo ou de penas, fato esse superado por eles nesta encarnação. Conhecem outros elementos mais sutis e mais potentes para atuarem em seus rituais, principalmente no desmancho de certos trabalhos ou cargas oriundas de baixa magia. Como podem ver pela nossa descrição, a maior parte desses Filhos de Fé são muito conscientes de seus compromissos, e em seus terreiros fazem um ritual simples, mas profundamente positivo, trazendo invariavelmente segurança e auxílio espiritual a todos os consulentes que para ali acorrem. Não obstante, daremos aqui, à guisa de bússola, não para esses médiuns, mas para os que estão chegando a esse plano, um modelo de ritual. O RECINTO Os mesmos moldes de simplicidade com os quais nos referimos no lº modelo deverão nortear o recinto deste nosso 2º modelo. A simplicidade dos detalhes, aliada a uma perfeita limpeza física e astral, são os requisitos básicos para o templo cumprir suas funções. Os Filhos de Fé afins a este modelo são aqueles que desejam praticar a Umbanda pautada nos seus ensinamentos mais puros, para isso apelam às correntes de Caboclos e Pretos-Velhos a fim de ajudá-los nesse intento. Procuram fazer um ritual suave mas eficiente, sem palmas e sem atabaques (não os usam, nunca). Aproveitam, sim, a força vibratória e a eufonia etéreo-física de certos pontos cantados, que sabem ser de raiz, isto é, foram dados por uma Entidade quando no "reino", incorporada em um Filho de Fé. Após ligeiras palavras em que reiteramos nossa opinião sobre esses Filhos de Fé, passemos aos seus templos, sua conformação, disposição etc. Claro está que o grupo terá o recinto ou o prédio segundo suas posses, tendo ciência de que, se houver merecimento, nós, os mentores, os ajudaremos a conquistar dependências mais propícias e que possam melhor se ajustar ao número de pessoas que os buscarão. Sempre que possível, o terreiro deverá ser no nível da rua, nem inferior nem superior a ela; isso deve-se aos escoadouros naturais, que encontram no elemento terra os fins necessários para as dissipações de vários miasmas, elementos mórbidos e correntes primárias inferiores. Então, vamos à descrição: Na entrada do terreiro, em qualquer um dos lados, haverá uma casinhola, de tamanho variável, a qual chamamos de tronqueira. Sua cor interna é independente, contanto que não seja preta: a cor vermelha ou a cinza se prestam bem a essa finalidade. A vermelha por ser primária, que degrada correntes maléficas. A cor cinza é importante nos processos de ação e reação mágica de uma tronqueira em virtude de ter em sua composição a cor branca, que reflete as demais cores, e a preta, que é ausência de cor, e também absorve todas as demais cores ou vibrações. Como explicamos, é possível entender que o cinza é uma mistura do branco com o preto, servindo tanto para processos reflexivos como condensantes. E claro que essa tronqueira não terá imagens, pois os Filhos de Fé afins a esses agrupamentos jamais aceitariam e não aceitam Exu tal qual a mitologia greco-romana; enfim, para esses Filhos de Fé, o Exu está muito longe dessas formas anômalas, sendo de péssimo mau gosto fazer-lhes tal similitude. Para eles, o Exu não é o diabo ou mesmo um emissário de Satã. E, sim, um EMISSÁRIO DA LUZ PARA AS SOMBRAS, serventia de uma Entidade que pode ser Caboclo, Preto-Velho ou Criança, os quais servem-se dessas Entidades para combater e frenar as cargas e os magos oriundos do submundo astral. Assim fazem com o Exu, pois os mesmos estão complementando seus karmas passivos, para futuramente entrarem nas paralelas ativas, desvinculando-se dessas funções pesadas, difíceis e não menos importantes. Sabem também que as tronqueiras são os locais vibratórios onde os assentamentos de Exu, dentro das ações e reações mágicas, se prestam a dinamizar correntes mágicas que serão utilizadas pelos mentores superiores, como também há fortes elementos dissipadores e até repulsores de certa classe de correntes ou forças. Para isso, necessário se faz que a tronqueira tenha os seguintes elementos: A) Deve estar firmada na terra, por ser o escoadouro natural de qualquer carga, precisando é claro de algo que conduza essas cargas até a terra. B) Nos 4 cantos da tronqueira fazem-se buracos e em cada um deles enterram-se sal grosso, carvão e 7 agulhas de aço. C) No meio da tronqueira faz-se um buraco, colocando-se sal grosso, carvão e 21 agulhas de aço. Sobre esse buraco, depois de fechado com a própria terra, coloca-se uma madeira de tamanho condizente com a tronqueira, onde serão fixados os sinais de pemba que correspondam aos movimentos de ordem mágico-vibratória que se processam no terreiro, como também conduzam energias usadas na magia astrofísica e dissipem outras cargas deletérias, provenientes de Seres astralizados malfeitores ou de baixa corrente de pensamentos oriundos das humanas criaturas. Abaixo, daremos um sinal de pemba que ordena os Exus na manipulação da atração ou repulsão de certa energia ou energias. Serve para qualquer Exu. Só não explicaremos os detalhes em virtude de serem de única competência do astral ou do verdadeiro médium-magista, o qual não encontrará nenhuma dificuldade em identificar os sinais e suas ordens. Aqueles que desconhecem esses sinais, Caboclo avisa que os mesmos são relativos à nossa ALTA MAGIA e tenham certeza de que funcionam, pois estão relacionados com o que há de mais positivo dentro da grafia etéreo-física e seus respectivos movimentos de ação e reação, com seus movimentos de clichês elementares e certa classe de Entidades evocadas a prestarem seus serviços em defesa do terreiro. Veja com atenção o ponto riscado, Filho de Fé: Este sinal deverá ser feito na pemba vermelha ou branca, nunca na pemba preta, pois são sinais de Exus de Lei, que não se prestam à Magia Negra. São ordens de cima para baixo, ou seja, a Luz ordenando seus emissários para as sombras, que são os Exus de Lei. Nessa mesma madeira vai um ponteiro cravado no centro. Próximo ao ponteiro, que fique uma pedra preta e uma pedra branca. Os elementos fixadores e dinamizadores da tronqueira serão: as pedras já citadas e as quartinhas com álcool, aguardente e água, isso de maneira geral, sem entrarmos em maiores fundamentos. Afirmamos ser altamente positivo este tipo de tronqueira, imunizando e higienizando o ambiente astral do terreiro da pertinaz e voraz corrente de vampirização dos magos-negros e seu séquito de almas aflitas, penadas, sofridas e desesperadas, que invariavelmente chegam em aluvião aos terreiro. Se o terreiro não tiver seus escudos defensivos, o mesmo, em pouco tempo, torna-se presa dessas infelizes e perversas Entidades, as quais destrambelham completamente o terreiro em seu tônus vibratório  desestruturam astro psiquicamente todos os médiuns ou, quando não, trazem-lhes tão profundas perturbações que as mesmas se estendem aos seus lares, serviços e compromissos, surgindo as tão faladas pancadarias do astral inferior. Antes disso acontecer, o Filho de Fé previdente fará o seu escudo adequado, através de uma tronqueira segura e fixada pelas ordens de cima, ou seja, por um Caboclo, Preto Velho, etc. Demos especial atenção à tronqueira em virtude desses médiuns serem, devido ao seu verdadeiro compromisso, muito visados pelo submundo astral, que sempre procura obstar e dificultar a jornada desses verdadeiros Filhos de Fé, sendo esse o motivo de insistirmos em sua guarda feita na tronqueira pelo verdadeiro Exu Guardião. É claro que a conduta do médium será de fundamental importância na abertura ou não dessas brechas, mas como os melhores Filhos de Fé custam a assimilar essas verdades, precisam então estar escudados em portentosos campos defensivos de seus auras e de toda sua constituição etéreo-astrofísica. Após essas considerações, falemos do congá propriamente dito. O CONGÁ As dependências internas do templo, segundo as possibilidades do grupo umbandista, deverão consistir de um recinto para o santuário e uma sala para os consulentes, sendo que a mesma deverá ter bancos ou cadeiras, permanecendo um corredor central para o trânsito dos consulentes. Não há necessidade de homens sentarem-se de um lado e mulheres do outro, pois isto é plenamente dispensável e até indesejável, em virtude de que, assim fazendo, pessoas com laços áuricos, necessitando de ajustes, são afastadas, mesmo porque as divisões dividem apenas fisicamente, portanto... Essa sala ou recinto destinado aos consulentes deve estar sempre higienizada, em virtude de muitas pessoas recorrerem ao terreiro, sendo benéfico para todos a higienização física e astral do ambiente. A parede deverá ser pintada de branco, bem como as dependências do santuário propriamente dito. Esse, por sua vez, deverá ser o mais simples possível, sendo que a mesa do congá propriamente dita não conterá nenhuma imagem, a não ser a de Jesus, que pode também ser um quadro sugestivo, e nunca o mesmo pregado à cruz. Assim, o modelo que sugerimos é o que se vê na ilustração abaixo. Na parede onde se assenta a mesa do congá colocam-se, na posição indicada acima, 7 pedaços de compensado de cedro de 30 x 30 cm, cada um com o ideograma correspondente às chaves evocativas que se relacionam com as 7 Vibrações Originais dos 7 Orishas Planetários. Entre esses 7 sinais, que deverão ser pintados à tinta, vai a estampa em quadro do Senhor Jesus. Abaixo vai madeira de cedro, no tamanho que se possa, com os 7 sinais da Lei de Pemba, ou o ponto riscado do Guia-chefe, o qual dará a pemba com suas Ordens e Direitos de trabalho. Caso não se tenha essa oportunidade, poderá riscar-se a seguinte pemba, que está ligada com a Confraria dos Espíritos Ancestrais: Este sinal deverá ser riscado na pemba branca ou azul. Sobre a mesa, que será de cedro, caso seja possível, deverão ir 2 jarros para conter as flores e 1 pequeno triângulo de cedro, em cujo centro haverá um copo com água e um cristal dentro, servindo como copo da vidência, ou condensador da Luz etéreo-astrofísica do ambiente. No triângulo, vão os seguintes sinais: Sobre a mesa, deverá haver também 7 pires ou 7 castiçais, onde serão acesas as 7 velas do congá. Sob o congá, colocar o mesmo indicado no Modelo 1. O ritual será similar ao Modelo 1. Deixamos de citar os rituais de imantação e assentamento do Congá, pois esses Filhos são sabedores desses rituais. Após essas ligeiras orientações sobre o 2° modelo, partamos já para o 3° modelo, o qual é de caráter iniciático. 3º MODELO Esse 3º modelo que daremos se afiniza com Filhos de Fé que atualmente estão em reduzida minoria. São aqueles raríssimos que dizemos possuírem ordens e direitos de trabalho. Essas Ordens e Direitos de Trabalho significam que são os únicos aos quais ensinamos certos ângulos profundos, quer sejam no aspecto moral, doutrinário-mediúnico ou mesmo no âmbito da dita magia astro etéreo-física. São médiuns que trabalham em nosso Movimento há mais de 3 encarnações, possuindo sólida cultura, não só sobre as coisas do espiritual ou das ciências herméticas de nossa Umbanda, mas também cultura acadêmica da Terra, credenciando-se a melhor entenderem todos os nossos movimentos, quer sejam de ordem superior ou astral, ou mesmo de interpenetração nas humanas criaturas. Em outras reencarnações, foram também, muitos deles, célebres figuras beneméritas, na área da ciência, da filosofia, das artes e do misticismo. São, pois, os únicos que permitimos que movimentem a terapêutica dita como natural e astral, dentro da magia positiva, sempre para o bem comum, e que se firma nos verdadeiros sinais riscados já mencionados como Lei de Pemba. Esses médiuns são mediunizados ou montados não somente na mecânica de incorporação, mas muito principalmente por meio da clarividência, clariaudiência e da dita sensibilidade psicoastral. São eles que, na verdade, dentro de seus respectivos graus, podem ser chamados de praticantes da Umbanda Iniciática. Dentro dessa Umbanda Iniciática, raríssimos Filhos de Fé alcançaram o grau de MESTRE DE INICIAÇÃO DE 7° GRAU NO 3° CICLO, o qual, em verdade, por conhecer os verdadeiros fundamentos da Umbanda em sua teoria e prática, conhece e manipula habilmente o oponifá verdadeiro, com os 21 dendês. Podem ser chamados de Babalawôs ou Magos. Seus sacerdotes auxiliares são os Mestres de Iniciação de 7° Grau e os de 6° GRAU, os quais não manipulam o oponifá, mas seus iniciadores lhes ensinam outro oráculo, de acordo com seus graus de Iniciação e graus conscienciais. Também podem manipular levemente a magia, sendo justo chamá-los de operadores da magia ou magistas. Assim, agora daremos, em poucas linhas, o ritual de um Templo-Terreiro de um desses médiuns ditos Babalawôs, Magos, Mestres de Iniciação de 7° Grau, 3º Ciclo. Para entender-se bem este ritual, iniciemos desde a porta do templo até os recônditos do mesmo. Quando entramos num desses templos, através do portal que o separa da via pública, encontramos a casinhola dita tranqueira, a qual é fechada, sendo local de assentamento de certos elementos de defesa vibratório-magnética, onde atuam os Guardiães do Templo - o Exu e sua falange responsável pela guarda vibratória do templo. Nesse local, por onde todas as pessoas obrigatoriamente têm de passar (por ser passagem para quem entra), é que o Exu começa a selecionar os casos que serão passados às Entidades para que nas consultas sejam dados os caminhos adequados, além de impedirem que certos acompanhantes astralizados penetrem no recinto juntamente com o Ser encarnado que os trouxe. Outras vezes, ao contrário, há essa permissibilidade. Muitas vezes, inclusive a assistência, composta de consulentes ou mesmo necessitados desencarnados, se beneficiam, por estarem muito densificados, pelas defumações e certos rituais que se processam nesses templos. Aproveitemos o ensejo para informar aos Filhos de Fé que o verdadeiro Exu Guardião, que trabalha na guarda desses templos juntamente com sua falange, às vezes vai até buscar o necessitado encarnado em sua casa. É interessante, nesses locais, para os não acostumados, ouvirem certas pessoas dizerem que não queriam ir ao terreiro, mas não sabem como explicar, e estão ali! Outros estão prontos para sair de casa e, de repente, visitas ou algo inesperado os impedem de comparecer! Em ambos os casos o mecanismo é o mesmo; os Exus manipulam certas mensagens-pensamento e ficam percutindo no mental do indivíduo ou criam certas condições para que os indivíduos não possam comparecer ao ritual. Como vêm, Filhos de Fé, o trabalho do Exu Guardião começa, às vezes, até dias antes de realizar-se a sessão. Bem, continuemos nos detalhes do ritual. Após a passagem pela tronqueira, dirigem-se ao salão onde os consulentes sentam-se, na medida do possível, e os médiuns dirigem-se aos vestiários. Após colocarem suas vestimentas ritualísticas, vão ao recinto sagrado do congá (muitos deles têm piso de areia) e na mesa do mesmo deixam suas guias e fazem suas evocatórias de ligação com o astral, permanecendo sentados no chão com as pernas cruzadas, em concentração. Esses congás, apesar de simples, são potentes condensadores de energias várias, inclusive as espirituais superiores. Como é ele de um médium Mestre de Iniciação, há a madeira de cor amarela em semicírculo, com os 7 sinais riscados na grafia dos Orishas. Sobre ele há a Cruz Triangulada da CÚPULA DA CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA, e no topo, no ponto mais superior, há uma gravura de JESUS-INICIADO. Na mesa do congá há vários elementos captadores, condensadores, emissores e mesmo dissipadores de energias várias, inclusive os sinais de pemba identificadores das Ordens e Direitos de Trabalhos. Há 7 pires para as 7 velas, os jarros para as flores e só. Debaixo do congá, há o congá esotérico, privativo dos médiuns Mestres de Iniciação de 72 grau, 39 ciclo. De frente, na mesa, há uma cortina branca com o alfabeto sagrado do Tembetá em cor azul. Bem, é só isso que constitui o congá ou recinto sagrado de um Templo Umbandista do 32 modelo. Antes de prosseguirmos, e dando início ao ritual, deixaremos de dar os processos ritualísticos de imantação, assentamento e cruzamento do dito congá, em virtude de ser sumamente técnico e fugir desta nossa humilde tarefa. Antes do início de um ritual público ou de conselhos e passes aos consulentes, o Mestre de Iniciação ou quem o mesmo escolher fará uma pequena prédica, visando elevar os tônus vibratórios de todos os presentes. Após a pequena palestra, o Mestre de Iniciação profere a evocatória de abertura, pedindo a cobertura do astral superior, ao mesmo tempo que abençoa seus Filhos de Fé em nome de Oxalá. Após a evocatória, firmam-se as preces cantadas ou pontos cantados da raiz do médium, ou seja, de seu astral. Logo após o término das preces cantadas, o Mestre de Iniciação dirige-se ao centro do congá, e segurando o incensório (de barro) nas mãos, faz um pedido aos Senhores que manipulam a Natureza, para permitirem a purificação astral do ambiente, por meio da queima sagrada de certas essências ou ervas secas. Antes de defumar os médiuns, defuma ligeiramente o congá, e de novo no centro, volta-se para cada cardeal, onde evoca os Senhores dos 4 elementos cósmicos. Sopra a defumação em cada ponto cardeal, e começa a defumação dos médiuns, iniciando-se pelos médiuns masculinos e terminando nos femininos. A defumação é feita só pela frente dos médiuns. Após os médiuns defumarem-se, dirigem-se à mesa do congá e pegam suas guias, neste exato momento bebem a água consagrada e vibrada pela Cúpula da Sagrada Corrente Astral de Umbanda. Após a defumação do recinto do congá e dos médiuns, é feita a defumação dos consulentes. Os consulentes, primeiro os do sexo feminino, entram no Congá, momento em que recebem a defumação. Após todas as mulheres entrarem e serem defumadas, o médium dirigente delega a um de seus auxiliares que emita um mantra vigoroso sobre os consulentes, o qual é vibrado por meio do som e da imposição dos braços e mãos. No término, as consulentes saem pela porta lateral (caso haja) e os consulentes homens entram e recebem a defumação. Após todos os homens terem entrado no congá, repete-se o mantra e a posição feita às mulheres. Assim, também retiram-se do congá, defumados e vibrados com correntes positivas. Logo a seguir, a corrente mediúnica é novamente solicitada a fornecer uma corrente de socorro para várias pessoas que não puderam lá estar presentes, e mesmo aqueles que desencarnaram, cujos parentes desejam uma corrente de auxílio e intercessão para o recém-desencarnado. Isso é feito através de um mantra e de um pedido, evocatória não decorada, mas sim de acordo com o ambiente e a ocasião. No término dessa corrente de socorro, após pedidos, defumações, atrações vibratórias de certas correntes pesadas ou morbosas que vêm pelas humanas criaturas, com toda sorte de larvas, miasmas e mesmo bactérias, fungos e vírus provenientes do campo mental, e ainda por Espíritos endurecidos que são trazidos para uma queima de larvas, é feito o ritual do fogo. Com agô da Entidade-chefe, por meio dos sinais riscados na verdadeira. Lei de Pemba, o Exu Guardião e sua corrente são evocados neste ritual, que consiste de: Em um compensado de pinho (descarrega e desimpregna) são traçados os sinais de ordenação ao Exu Guardião e aos seus subalternos, bem como a uma certa classe de Elementares, para que através do elemento fogo em expansão sejam queimados e dissipados os resíduos negativos de ordem mental, astral e física.** Assim, coloca-se o incensório sobre a madeira com os sinais, a corrente mediúnica em posição de repulsão de cargas negativas, entoa-se um ponto apropriado, e nesse momento coloca-se no incensório em brasa uma pequena quantidade de pólvora, embrulhada em papel grosso. Aguarda-se de 10 a 15 segundos, até ocorrer a (pequena) explosão da pólvora, acarretando deslocamento vibratório nos 3 planos citados. É como se tivéssemos um tapete e déssemos a sacudida no mesmo, sendo que tudo o que estivesse próximo ou longe, mas dentro dos limites do tapete, sofreria o abalo, descarregando se do mesmo ou mesmo se rompendo. É o que acontece no plano astral por equivalência. É uma onda que se propaga em seu campo de ação, desestruturando as moléculas, destruindo larvas, miasmas, formas de pensamento e até bactérias, fungos e vírus causadores das mais estranhas doenças, tópico que veremos em detalhes no capítulo XVII, que trata dos Exus. Após essa purificação pelo fogo, na tábua é firmado um ponteiro, o qual, ao penetrar na madeira, é como se contundisse o equivalente astral ou se aprofundasse no plano astral. Além disso, as larvas são destruídas pelas pontas, em virtude das cargas elétricas fugirem pelas pontas, desestruturando a arquitetura molecular no plano astral, a qual é muito plástica. Tudo isso é magia, o que explicaremos mais detalhadamente no Capítulo concernente. Após esse ritual de dissipação e liberação de cargas negativas, o congá está pronto para receber as Entidades Espirituais que virão mediunizar seus médiuns e darão consultas, conselhos, passes, etc. Após o término dessa fase de trabalho, quando os médiuns já desincorporaram os Caboclos ou Pretos-Velhos, o médium dirigente faz agradecimento à gira e a seus Guias comandantes e, após o ponto cantado, dispensa a corrente por 15 minutos. Após esse período, haverá gira daqueles que foram os primeiros a chegar no terreiro e sempre serão os últimos a sair, os Exus Guardiães. Os médiuns voltarão com a mesma vestimenta que estavam e no mesmo local onde girou o Caboclo ou o Preto-Velho, girarão agora os Exus Guardiães. Podem girar no terreiro, pois são ordenanças de seus mestres no astral, os Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças. Dão suas consultas e fazem seus trabalhos sem nenhum problema de qualquer ordem e, caso sintam necessidade de uma queima mais direta ou mais pesada, vão até a tranqueira e lá fazem seus trabalhos na ação e reação da magia, da qual são exímios executores. Após o término do atendimento, o Exu Guardião responsável, se achar necessário, fará a limpeza astral do ambiente. Após as despedidas por meio do ponto cantado, Exu vai oló (unló). O cambono prepara uma defumação de guiné, arruda e casca de limão secas e defuma todo o congá, dos fundos para a frente. Assim, o Mestre de Iniciação faz a evocatória de agradecimentos, abençoa a todos, entoa o ponto de despedida ou encerramento da gira e abençoa todos os seus Filhos de Fé. Pronto, mais uma tarefa cumprida, mais uma sessão de Umbanda realizada nos terreiros, verdadeiros ambulatórios de almas que buscam a cura de vários males através da fé. Bem, Filho de Fé, antes de encerrarmos este 3º modelo, queremos ressalvar que não demos o croqui ou planta do congá em virtude de ser, como dissemos, reduzidíssimo o número de Filhos de Fé que se interessam ou tenham ordens para montar um congá nestes moldes. Deixaremos os detalhes para o interior dos raríssimos templos em que a Iniciação é a estrela-guia. Assim, pedimos ao Filho de Fé interessado que busque no interior desses templos os detalhes de que necessita. Ao encerrarmos este capítulo, não poderíamos deixar de citar, dentro dos rituais, o uso das vestimentas ritualísticas, como também as guias ritualísticas usadas nos diversos rituais. B. Vestimenta Ritualística A vestimenta ritualística ou Vestimenta de Santé é a famosa roupa branca usada em todos os terreiros de Umbanda. Sendo o mediunismo uma faculdade por demais séria, requer do verdadeiro médium grande dose de responsabilidade. Deve ele saber que para o intercâmbio entre o mundo astral e o físico processar-se fluentemente deverá estar ele (o médium) higienizado tanto em sua mente e coração como em sua constituição física. Pede-se aos Filhos de Fé que tenham especial cuidado com suas vestimentas ritualísticas, as quais merecem respeito como qualquer outro elemento do terreiro. Sua lavagem deve ser feita em separado. Sua secagem ao sol da manhã. Ao guardá-las, separe-as de outras roupas, deixando-as envolvidas em plástico, e que o mesmo tenha sido perfumado com um algodão que contenha essência propiciatória. A vestimenta na Sagrada Corrente Astral de Umbanda é branca na sua totalidade, sendo que cada grupo escolhe seu modelo e todos do terreiro deverão usar o mesmo modelo, isto é, um modelo uniforme. O uso da vestimenta ritualística na cor branca é milenar. Iremos encontra- la entre vários povos: egípcios, hindus, árabes, tibetanos, chineses, etc. A cor branca pode ser explicada simplesmente por ser a somatória de todas as cores. Sendo a somatória de todas as cores, é pois essencialmente refletora, o que é deveras positivo para o médium umbandista. Como regra geral, temos que as cores claras são refletoras e as escuras absorventes; portanto, o branco é a cor mais refletora, assim como o preto é a cor mais absorvente. Quanto aos Mestres de Iniciação de 7º Grau de 3º ciclo ou Babalawôs, e mesmo dependendo dos rituais, mormente os internos e iniciáticos, podem eles usar a calça branca com a túnica azul-celeste, ou muito principalmente o violeta-claro ou lilás, sendo essa, no astral superior, a cor Luz-Vibração do Comando Mágico-Espiritual. Após essas ligeiras noções sobre a vestimenta de santé, sem mais demoras tentemos explicar o mecanismo das tão faladas guias ou talismãs vibratórios. C. As Guias As guias usadas em forma de colares nos rituais do Movimento Umbandista são de duas espécies: as guias naturais, que movimentam forças naturais, e as guias sugestivas, as quais têm efeito psicológico positivo sobre o Filho de Fé que delas faz uso. As guias naturais são aquelas com as quais seus constituintes captam energias, formando campos elétricos/magnéticos e gerando campos de forças atrativas ou repulsivas. Abaixo damos um esquema para fácil entendimento. Todos os elementos naturais têm suas funções específicas, mas que só terão valor se passarem pelo ritual de imantação e ligação com as Entidades atuantes dentro, é claro, do verdadeiro cabalismo. É bom deixar bem claro que as guias, embora tenham os fluidos básicos da Entidade atuante e em maior quantidade os fluidos do médium, são um escudo para o médium, sendo que ele e somente ele é que precisa do uso de guias e escudos, já que sua Entidade não tem necessidade nenhuma, mas os pede para preservar seu médium de possíveis correntes que são prontamente desassociadas pelo efeito vibratório das pedras que compõem a guia, como também das correntes de metal, ou mesmo para facilitar a ligação do médium aos elementos vibratórios do corpo sideral (planeta, astro) que a Entidade Espiritual manipula. A guia, bem imantada e ligada com sabedoria aos elementos certos, é verdadeiro escudo e arma até de ataques contra certas correntes negras ou oriundas de baixa magia, sendo pois seu uso indispensável. O que se pede é que não haja grandes quantidades. Uma única guia bem preparada supera em muito 10 ou 100 sem nenhum preparo. O importante é a qualidade e não a quantidade. As guias sugestivas são as miçangas, as porcelanas e as contas de vidro, as quais são isolantes, não captando energia nenhuma. Funcionam apenas elevando o tônus mental do indivíduo, predispondo-o a maiores defesas naturais. Têm efeitos mínimos na magia, embora na parte psicológica sejam utilíssimas, inclusive nas várias cores, sendo que cada uma tem uma história particular. As guias brancas trazem pensamentos de pureza e são refletoras. As guias vermelhas são repulsivas e quebram correntes negativas. As guias azuis são calmantes e predispõem o psiquismo para as coisas superiores. As guias amarelas são fortes para cortar quebrantos e maus-olhados, tal qual a vermelha e a alaranjada. As guias verdes são boas para higienizar a mente e trazer fluidos mentais curativos. As guias rosas são boas para elevar o pensamento às coisas do amor puro. As guias brancas e prestas não se prestam para nada, nem sugestivamente falando. As pretas, é claro, também não têm ligação com as coisas positivas, sendo somente ativas nas coisas maléficas. De forma alguma somos contra essas guias de miçangas ou de porcelana, mas afirmamos que guias de fundamento mágico mesmo são somente as naturais, sendo as demais de efeito sugestivo. Bem, Filho de Fé, mais um capítulo encerramos, na expectativa de você estar nos seguindo. Assim, vimos alguns pequenos exemplos sobre rituais, em diversos grupamentos do Movimento Umbandista da atualidade. Retomemos fôlego, Filho de Fé, porque Caboclo vai falar da MAGIA, MÃE-GERATRIZ DE TODAS AS CIÊNCIAS. E vamos à MAGIA (...). Livro A Proto Síntese Cósmica. Abraço. Davi.

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