Religião
Afro-Brasileira. Texto de Yamunisiddha Arhapiagha. Mestre Tântrico Curador.
Médium F. Rivas Neto. Capítulo Quatorze. UMBANDA E SUA RITUAL LITURGIA —
Vivência Ritualística na Umbanda Popular — Sincretismo — Tipos de Rituais —
Modelos de Templos — Teoria e Prática dos Processos de Imantação, Cruzamento e
Assentamento — Umbanda Esotérica — Rituais Secretos e Seletos. Dentro do
Movimento Umbandista da atualidade, enfocaremos 3 modelos de rituais, que se
adaptam às várias unidades religiosas denominadas grupamentos, tendas, cabanas
etc, e por dentro delas os diversos graus de consciência das humanas criaturas.
Como sabemos, os rituais visam evocar as Divindades, as Potestades Espirituais
ou quem as represente. Em nosso caso, evocamos o Orisha Ancestral e toda sua
Hierarquia, composta por Orishas Menores, Guias e Protetores, com o objetivo de
atrair sobre essa mesma coletividade a proteção, a cobertura e a presença
dessas ditas Entidades Espirituais. E da forma como se processa essa evocação
místico-ritualística que se preocupará este nosso capítulo. Antes, porém,
queremos ressaltar que estaremos nos referindo aos rituais do Movimento
Umbandista e não às suas ramificações. Estaremos citando desde o espaço físico,
denominado terreiro, até os atos místico religiosos processados nos congás
dessas tendas ou cabanas relativas ao Movimento Umbandista, o qual foi e é um
possante Movimento de Luz ordenado pela Confraria dos Espíritos Ancestrais (a
pura Raça Vermelha) que interpenetrou todos os cultos, os ditos de origem
afro-brasileira. E esse um grandioso Movimento, o de Umbanda, sendo maiúscula
sua tarefa, e não menos difícil, a qual seja de interpenetrar, sanear, arejar,
elevar e direcionar para planos mais elevados muitos cultos que infelizmente
não são condizentes com a era de paz, amor e harmonia que se aproxima
celeremente, e que será vivente no 3º milênio. Dentro do propósito de elucidar
e elevar o nível místico-vibratório dos milhões de Filhos de Fé que estão
agrupados, segundo suas crenças e concepções sobre as coisas da Umbanda, nos
milhares de terreiros, é que nos propomos a escrever sobre o que há de mais
simples dentro da rito-liturgia do Movimento Umbandista. Antes, porém, vejamos
qual o mecanismo dos diversos rituais, que embora diferentes entre si buscam os
mesmos objetivos. Todo ritual, de maneira bem simples e didática, possui três
partes, que são: Primeira parte — PREPARATÓRIA; Segunda parte — ATRAÇÃO DE
FORÇAS; Terceira parte — MOVIMENTAÇÃO DESSAS FORÇAS SEGUNDO O OBJETIVO VISADO.
Como o Filho de Fé e leitor amigo pode observar, não há nenhum culto religioso,
que tendo ritual, não siga essas partes ou fases por nós aludidas. E justamente
nessas 3 fases ou partes que calcaremos toda a nossa dissertação sobre os 3
modelos de rituais que se seguirão no decorrer deste capítulo. Antes de lá chegarmos,
devem o Filho de Fé e o leitor amigo estar pensando sobre o vocábulo
rito-liturgia, já que falamos sobre rito ou ritual e não expressamos nossa
palavra sobre Liturgia. Para nós, liturgia não é apenas o sinônimo de rito ou
rito público; são as formas, meios, atos, posições e objetivos usados dentro de
um ritual. A vestimenta, esta ou aquela posição, a pronúncia desta ou daquela
palavra, a postura vibratória, fazem parte de um contexto, o qual chamamos
rito-liturgia. Esperamos que fique bem claro que, daqui para a frente,
rito-liturgia é para nós um contexto em que se enquadram: preparação, atração
das correntes e manipulação dessas correntes. No caso das Entidades
Espirituais, o processo é o mesmo: preparação astral e física do ambiente;
evocação das ditas Entidades; o trabalho dessas Entidades. Iniciemos pois nossa
explanação sobre os 3 modelos de rituais: 1º MODELO Este ritual, temos certeza,
atenderá ao maior número de adeptos do Movimento Umbandista na atualidade, pois
o mesmo, além de ser simples, atende às necessidades psico espirituais de
milhares de Filhos de Fé, que até o presente momento vinham e vêm fazendo
(muitos, mas não todos) um ritual segundo tinham visto ou aprendido. Quando
viram e resolveram fazer igual, seguramente, na época, eram inexperientes,
muitos até vindos de outros setores Filo religiosos. Assim é que o maior número
de adeptos, nesses terreiros, são recém-regressos do catolicismo, quase a
totalidade, ou dos ditos cultos evangélicos, numa pequena minoria. Esses Filhos
de Fé, como são inexperientes, vão logo adentrando no primeiro terreiro que se
lhes apresente, e como têm uma Entidade que os protege, sentem alguma coisa
diferente e logo interessam-se, sendo essa uma forma de se chegar ao terreiro,
aliás a mais frequente. Outras formas são várias, mas nunca comparando, em
quantidade, com a que citamos. Esses Filhos de Fé, ditos por nós inexperientes,
o são por pouquíssimos tempos, ficando logo muito "sabidos" e
procuram, com a ajuda dos seus próprios mentores, através da intuição ou mesmo
pelo pedido direto, um "terreiro" condizente com seus graus
conscienciais sobre as coisas do espiritual. Em geral, os próprios Filhos de
Fé, descontentes e desiludidos por não acharem nada condizente com aquilo que
está dentro de suas afinidades, começam a correr gira, isto é, vão a todos os
terreiros que lhes indicam. E nada. Nesta situação, procuram abrir seus
próprios terreiros, e sem dúvida assim o fazem, não se importando se estão
aptos ou não a chefiar vibratoriamente uma Casa Espiritual e o tipo de ritual
que farão, na verdade nem sequer sabem bem como se processarão suas sessões,
bem como os casos e coisas que por lá ocorrerão. Assim, sem cogitar de nada,
abrem seus terreiros. Na verdade, esse será mais um local que o submundo astral
poderá usar como campo avançado de suas intenções. Sim, pois como dissemos,
esses médiuns são inexperientes, e sua sabedoria sobre as coisas da Umbanda
está baseada naquilo que viram e ouviram nos terreiros em que passaram, onde na
maior parte da vezes predominava o sincretismo afro-católico. Quando não,
derivavam para os cultos nefandos do Catimbó. Até pouco tempo, eram as Filhas
de Fé que se constituíam no maior número de médiuns a terem um terreiro desse
tipo. Hoje já se igualou o número de homens e mulheres; dividem-se igualmente
na chefia desses terreiros. O que é de se lamentar é que, como dissemos no
início, saíram dos terreiros que frequentavam pois estavam fora de sintonia
vibratória, e seus próprios mentores assim o quiseram. Após essa fase,
tornam-se completamente surdos ao apelo do astral que os tirou de um lugar que
não lhes era conveniente. Abrem seus terreiros esquecendo-se de que são apenas
médiuns; quem deve decidir se deveriam abrir seus terreiros são seus dirigentes
do astral, os quais são completamente esquecidos. Pobre Filhos de Fé, já estão
perdendo aquilo que lhes era mais importante em sua vida, ou seja, o
mediunismo. Nessa condição, sem consultar seu mentor espiritual, abrem seu
terreiro, em verdade seu terreiro, pois de seu mentor não é. Aliás, ele não foi
nem consultado. Palavra de Caboclo que muitos Filhos de Fé assim procedem, e
têm seus terreiros. O termo se aplica bem; repetimos seu terreiro, pois de seu
mentor não é. Então, de quem é? Ah, Filho de Fé, aí é que é a coisa (...)! Mas
nosso dever é esclarecer e impedir que isso aconteça; assim, daremos um modelo
de ritual e de terreiro, podendo é claro sofrer ligeiras modificações, com a
certeza de que terá a outorga do astral superior. Veja o Filho de Fé que
falamos sobre um verdadeiro médium, mas que se esqueceu de que era apenas
médium, e também quis ser o próprio mentor! Esses, se quiserem ainda voltar a
sintonizar-se com seus mentores, reentrarão no equilíbrio de seus mediunismos.
E outros que nem médiuns são. São apenas autos sugestionados ou acometidos de
um profundo neuro animismo (exteriorização da própria personalidade,
personificando a "entidade" imaginada, com todas as suas
características físico psíquicas. De repente abrem seus terreiros, e como não
há nenhum mentor, ficarão nas mãos de Entidades atrasadas e infelizes, as quais
na gíria de terreiro são chamadas de kiumbas ou rabos de encruza. Embora os
indivíduos não tenham mediunidade ativa, sendo sim neuro anímicos, o submundo
astral, através de seus emissários, exacerba ainda mais o neuro animismo,
fazendo com que esses indivíduos cometam os maiores desatinos aos outros e a si
mesmos. Não queremos que ninguém pense que os estamos criticando; ao contrário,
são merecedores de nossa maior atenção, e sem dúvida damos essa atenção, tanto
que, para eles, os que já estão nessa situação, estamos dando este alerta. Para
os outros, lhes mostraremos um modelo simples a ser seguido, que seguramente
obterá o aval de seus mentores, reais e verdadeiros seareiros da Corrente
Astral de Umbanda. O Recinto. Desde o início deste livro, várias vezes
reiteramos que a Umbanda é para o simples de coração e que nossos terreiros ou
templos devem ser o mais simples possível, como também o mais limpo do ponto de
vista físico e astral. Assim, cada grupo terá, no prédio que dispuser segundo
suas possibilidades, a seguinte disposição: 1. Na entrada, de qualquer um dos
lados, uma pequena casinhola que chamamos de tronqueira, que deverá estar
pintada de vermelho por dentro e ter uma porta. Mas deixemos essas explicações
para o final deste 1º modelo. 2. Se o local destinado aos consulentes, ou mesmo
adeptos, for logo após a entrada, esse local deverá conter, sem afetação,
bancos ou cadeiras, se possível iguais uns aos outros, tendo um corredor
central que permita o trânsito de pessoas. O salão que contém o reservado para
os consulentes, como também o congá propriamente dito, deve ser pintado de
branco, pois essa é uma cor que reflete todas as demais, e como cor é energia,
sendo que energia é vibração, haverá profunda reflexão positiva de vibrações
enviadas pelos Caboclos, Pretos-Velhos, etc. Faça-se, prosseguindo, sem
afetação, algo bem simples, uma separação entre o local destinado às coisas
sagradas do congá propriamente dito e o local onde permanecerão os consulentes.
Que essa divisão seja uma pequena mureta ou mesmo um anteparo de madeira
pintada de branco, nunca as tão usadas cortinas. E por que não cortinas? Porque
a cortina impede os consulentes que chegam ou vão chegando antes do início dos
trabalhos espirituais, por meio das suas correntes de pensamentos, de irem
acalmando seu psiquismo ao olharem esta ou aquela imagem que está no congá, que
mais lhes seja interessante ou em que mais tenham fé. Na verdade, a mesa do
congá se presta para isso, ou seja, para as projeções, imantações e mesmo
dissipações de correntes mentais das humanas criaturas. Pode ter certeza, Filho
de Fé, que assim fazendo sentirá que seus trabalhos surtirão maiores efeitos e
benefícios a todos aqueles que lhe procuram. Caso haja cortina, que seja aberta
logo que o terreiro for aberto, só fechando-a quando o último consulente for
embora. Ainda no caso de haver cortina, que achamos plenamente dispensável, que
seja na cor azul, que é a cor da espiritualidade superior. Faltou-nos falar
sobre os vestiários, pois os médiuns não deverão vir vestidos com suas
vestimentas ritualísticas (a roupa branca, na gíria de terreiro), e sim
trocarem-se no terreiro, no recinto dos vestuários! Os vestuários deverão ser
simples, um reservado aos médiuns masculinos e outro aos médiuns femininos e
só. Fisicamente, é o necessário para processar-se uma sessão dentro dos moldes
do Movimento Umbandista da atualidade. 3. O congá é o recinto destinado aos
rituais propriamente ditos, o local onde as Entidades mediunizam seus médiuns
para atuarem nos diversos ritos de terreiro. É portanto um local sagrado,
destinado às coisas sagradas. No mesmo encontraremos a mesa do congá, ou o
congá propriamente dito, também chamado peji. E como é esta mesa? Deve ser de
madeira, apoiada na parede. Sobre ela, colocam-se 7 imagens, representativas
dos Orishas. Segundo o sincretismo que já explicamos no Capítulo anterior,
aconselhamos imagens sugestivas e de tamanho regular, segundo as posses do
grupo umbandista. As imagens que aconselhamos são: JESUS CRISTO representando
OXALÁ (ORIXALÁ). NOSSA SENHORA (A VIRGEM) representando YEMANJÁ. COSME E DAMIÃO
representando CRIANÇAS. SÃO JORGE
representando OGUM. SÃO SEBASTIÃO representando OXOSSI. SÃO JERÔNIMO representando
XANGÔ. SÃO CIPRIANO OU SÃO LÁZARO representando PRETO. Como dissemos, podem ser
posicionadas sobre a mesa, e que essa contenha uma alva toalha, sendo que na
frente da mesa, ainda na dita toalha, se faça em bordado o ponto riscado do
Guia-Chefe, na cor de sua Vibração ou Linha, ou um pentagrama em azul claro,
fixado por 7 cruzes (que representam as Luzes ou Forças) e por 7 pontos (que
representam os 7 Princípios da Umbanda). Além da mesa por nós citada, pode-se
também fazer (de madeira) em forma de pequena estante, com 7 degraus, assim: Em
cada degrau pode ficar um castiçal, ou mesmo um pires branco, para acender 1
vela branca ou abrir-se a gira, ou mesmo quando de uma necessidade. Próximo da
vela pode-se deixar 1 copo com água, o qual servirá para fixar as vibrações
ainda mais, sendo trocado somente na próxima sessão. Queremos frisar que esses
copos captam as energias dos mentores e não as descargas do congá, que vêm pela
corrente de Seres astralizados negativos ou mesmo pela corrente negativa
proveniente das humanas criaturas que acorrem ao terreiro. Neste momento, já
ensinaremos como os Filhos de Fé poderão resguardar-se da vampirização fluídica
e mesmo dessas correntes negativas ou descargas que são projetadas no congá.
Debaixo da mesa, na sua parte oca, recoberta pela toalha da frente, coloca-se
uma madeira cortada em triângulo. O triângulo equilátero deverá ter 35 ou 49
cm. Em cada vértice do triângulo, coloca-se uma agulha de aço, ou melhor, a
agulha penetra na madeira, ficando de pé. Risca-se um ponto de repulsão no
triângulo, e ao iniciar-se a gira, coloca-se um copo com água e sal dentro do
triângulo. O vértice do triângulo deve ficar voltado para a assistência. Caso
seja possível, faça-se um furo no chão do terreiro, no local em que colocaremos
o triângulo, até atingir a terra. No buraco feito, coloca-se sal com carvão e
57 agulhas de aço. Nesse buraco vai um estilete de aço envolvido com fio de
cobre, o qual fica ligado com as 3 agulhas do triângulo, assim como mostra a
ilustração: O triângulo com as agulhas, já com o ponto riscado, fica sobre o
buraco, que deve ser fechado, deixando-se, é claro, sair o fio de cobre para
ligar as 3 agulhas, as quais ficarão ligadas entre si, tornando-se um poderoso
repulsivo de correntes negativas, como também um higienizador
elétrico-magnético muito útil para os terreiros, pois é para o congá que se
dirigem as maiores sobrecargas, quer sejam das humanas criaturas ou dos Seres
astralizados, bem como toda sorte de larvas, miasmas e correntes vibratórias
várias. Acreditamos não ser difícil colocar em prática o que expusemos; com um
pouco de paciência e boa vontade, o Filho de Fé fará de seu congá um templo
agradável, em que todos sentir-se-ão bem e livres das influências maléficas das
forças negativas. O piso do congá deverá ser do material que se possa, mantendo
sempre a discrição e a simplicidade. Estando o congá assim arrumado, não
podemos nos esquecer que os médiuns-chefes deverão lembrar-se de quais os dias
mais propícios para suas sessões; se em dias que correspondam às 2as, 4as, ou
6as feiras ou nas 3as, 5as ou sábados. Assim fazendo, estarão tornando tudo
mais propiciatório para seu campo mental e astral, onde atuam as Entidades
Espirituais. Assim é que vamos dar uma pequena tabela que os médiuns-chefes e
só eles, pois os demais estarão debaixo de sua vibratória, deverão seguir para
melhor aproveitar os influxos positivos de suas sessões, não só para si como
para todas as pessoas que procuram seu terreiro em busca de ajuda e socorro
para todos os seus males. Tabela de dias favoráveis: 2ª , 4ª e 6ª -feira — para
os nascidos nos seguintes signos: Touro, Capricórnio, Virgem, Câncer, Peixes e
Escorpião. 3ª , 5ª e sábado — para os nascidos nos seguintes signos: Leão,
Sagitário, Áries, Libra, Gêmeos e Aquário. Demos uma tabela simples, em que os
signos da terra (Touro, Capricórnio, Virgem) e da água (Câncer, Peixes e
Escorpião) são considerados positivos nas 2as, 4as, e 6as feiras, e negativos
às 3as, 5as e sábados. Os signos do fogo (Leão, Sagitário e Áries) e os do ar
(Libra, Aquário e Gêmeos) são considerados positivos nas 3ªs, 5ªs e sábados, e
negativos nas 2ªs, 4ªs e 6ªs-feiras. O domingo é considerado conjugado,
servindo para todos os signos de maneira geral. Estando com tudo isso em mãos,
o médium-chefe pode abrir ou mesmo reabrir o seu terreiro, só faltando algo de
suma importância, que é o assentamento e o cruzamento do terreiro, que agora
tornaremos bem claro ao Filho de Fé, por meio de nossa exposição. 4. Para o
assentamento, imantação e cruzamento, o médium-chefe fará os seguintes
preceitos: A. Desimpregnação ou descarga do terreiro: O médium-chefe acende as
7 velas na mesa do congá, entoa as preces cantadas mais afins, e cantando o
ponto da Entidade-chefe, defuma, com o vaso de barro, com a seguinte mistura de
ervas: arruda, guiné e casca de limão, secas. Enquanto defuma, no centro do
congá, no chão, está um copo com água e sal, o qual também reterá as cargas
negativas do ambiente, sendo que, juntamente com a defumação, desimpregnará
todo o ambiente do terreiro (defuma-se todos os recintos da tenda, é claro).
Repita-se esse ato de defumação durante 3 dias seguidos, no horário das 21
horas. (O médium-chefe não reúne a corrente nesses 3 dias, mas pode escolher 2
ou 3 médiuns mais velhos ou mais experientes para ajudá-lo.) Após a defumação,
fará a seguinte evocatória: Ó Pai do Universo! Estenda Teu beneplácito através
de Oxalá aos Orishas e a todas as Entidades Emissários da Luz: Permita que este
humilde terreiro do Caboclo (Preto-Velho) Tal (...) tenha sido purificado, e
todas as correntes negativas tenham sido dissipadas. E assim, que as Luzes dos
Orishas estejam presentes neste humilde terreiro do Caboclo ou Preto-Velho Tal
(...) B. Imantação e cruzamento do terreiro: Depois de 4 dias da última
defumação, o médium chefe reúne todos os médiuns do terreiro que, após estarem
com suas vestimentas ritualísticas, deixam, caso as tenham, as guias no congá
(na mesa). O médium-chefe já deve ter preparado uma vasilha de louça branca,
que contenha água do mar, água da cachoeira e pétalas de flores diversas, nas 3
cores: branca, vermelha e amarela. Também deve ter deixado sobre a mesa do
conga, 4 velas de cera nas seguintes cores: lilás, alaranjada (substitui
vermelha), azul e verde. Com isso à mão, o médium-chefe inicia o ritual com uma
defumação (às 20 h) de incenso e mirra, em todo o ambiente e em seus médiuns.
Após ter defumado com o congá aceso (7 velas), iniciar a imantação, cruzamento
e consagração do congá. É importante, antes de prosseguirmos, que deixemos
expressar que a corrente mediúnica formada deverá ter os médiuns masculinos à
direita do congá e os médiuns femininos à esquerda. Os médiuns devem ficar em
corrente vibrada, isto é, dando-se as mãos, sendo que a mão direita fica sobre
a esquerda, assim sucessivamente, até fechar-se completamente a corrente. Assim
posicionada a corrente, o médium-chefe dirige-se ao congá, apanha a tigela de
louça branca, se ajoelha de frente para o congá, levanta a tigela com as 2 mãos
e profere com fé a seguinte evocatória: Pai Oxalá — Mestre e Senhor do planeta
Terra: Evocamos Tua infinita misericórdia e Tua permissão para cruzarmos,
imantarmos e consagrarmos este congá para o Caboclo (Preto-Velho) (diz o nome
da Entidade-chefe da casa). Que a Tua Santa permissão desça sobre a Corrente
Astral de Umbanda e que ela vibre e filie nosso congá à Corrente das Santas
Almas do Cruzeiro Divino. Assim, eu (diz o nome), médium-chefe deste terreiro,
peço agô para imantar, cruzar e consagrar este terreiro ao Caboclo ou Preto
Velho Tal (...), que neste instante nasce para a Luz e a Caridade. Louvado seja
TUPÃ (3 vezes). Neste instante, o médium-chefe dirige-se às imagens e tudo o
que estiver no congá e vai aspergindo a água com as pétalas; depois, derrama a
água com as pétalas na cabeça dos médiuns. Depois de ter feito isso, coloca novamente
a bacia no centro do terreiro. Dirige-se ao congá e pega as 4 velas coloridas.
Bem, o Filho deve estar vendo a ilustração que expressa exatamente o que
desejamos falar. A bacia fica no centro. No ponto cardeal norte (que não
precisa ser de frente para o congá), acende-se uma vela lilás; no cardeal leste
acende-se uma vela azul; no cardeal sul acende-se uma vela verde e no cardeal
oeste acende-se uma vela alaranjada. Com os 4 pontos iluminados, o médium-chefe
pede que os Orishas façam o cruzamento do seu terreiro, nas forças dos Senhores
dos Elementos, e que esses elementos vibrem nesta hora em que o terreiro está
nascendo. Pronto. O médium-chefe, nessa hora, pode dar início à sua sessão,
isto é, evocar as Entidades que queiram baixar e imantar ainda mais, com suas
vibrações, o novo terreiro que nasceu. A bacia com água e as flores, se é que
sobraram, são entregues em uma mata limpa, após 3 dias.* Ao entregar-se a
bacia, coloca-se dentro da mesma vinho tinto suave com mel e 7 velas brancas em
torno dela. Esse vinho com o mel é entregue ao Caboclo chefe, que sabe como
manipulá-lo, isto é, sabe como dar esses elementos, que se astralizarão, aos
ditos Espíritos da Natureza. Com isso feito, está pronto o terreiro para
receber os consulentes e proceder uma sessão de caridade. C. Ritual 1ª Parte —
Preparação do ambiente O médium-chefe ou quem ele escolher deve fazer uma
pequena prédica, visando elevar não só o psiquismo dos médiuns como também dos
consulentes. A prédica deve ser algo que verse sobre a Umbanda, ou mensagens de
otimismo a todos (não ultrapassar nunca a 10 minutos). Após essa prédica, o
médium-chefe faz uma evocatória aos moldes umbandistas, e louva os 7 Orishas ou
as 7 Linhas. A seguir, procede-se à defumação nos médiuns e em todo o terreiro
e consulentes. Nesta hora, e só nesta hora, os médiuns pegam suas guias que
estavam sobre o congá. 2ª Parte — Evocação Entoam-se os pontos afins ao
terreiro, até o momento de cantar-se o ponto da Entidade-chefe, a qual, ao
chegar, traz também os seus auxiliares, ou seja, os outros médiuns também ficam
mediunizados com seus mentores. 3a Parte — O trabalho em si As Entidades
atendem os consulentes com consultas, passes, trabalhos, etc. Os pontos deverão
ser cantados com intervalos ou segundo as necessidades do próprio trabalho.
Após findarem-se os conselhos, consultas e passes, canta-se o ponto de subida
dos Caboclos, e também do Guia-chefe. Após a subida das Entidades, o
médium-chefe prepara um defumador forte, com arruda, guiné e casca de limão e
defuma todo o corpo mediúnico, enquanto deixa um copo de água e sal no centro
do terreiro, onde já se pembou (com pemba branca) um triângulo apontado para a
porta de saída. Após defumar todo o terreiro, leva-se o defumadouro à porta da
tronqueira, sobre a qual voltamos a falar. No início, tínhamos dito que a
tronqueira deveria ser pintada de vermelho, caso houvesse condições. O
importante é que ela esteja sempre limpa, e nunca se coloque dentro dela essas
imagens inverossímeis dos ditos Exus. Coloque-se, sim, os verdadeiros elementos
de imantação e ligação desse Agente da Justiça Kármica, que é o Exu de Umbanda.
Cada um coloque em sua tronqueira aquilo que achar necessário, mas jamais
aquelas imagens irreais que nunca, em tempo algum, representaram nem o que há
de mais trevoso no submundo astral, quanto mais o verdadeiro Exu Guardião. Não
se coloque ebós, isto é, oferendas com sacrifícios, pois o verdadeiro Exu de
Umbanda jamais pediu ou pede tais elementos sangrentos que têm ligação e
afinidades com o baixo astral e todo seu cortejo de Entidades ignorantes e
atrasadas, quando não sumamente frias e cruéis. Caso não se tenha nenhuma
ordem, aconselhamos que se salve o Exu com uma quartinha sobre um ponto riscado
próprio, e dentro dessa tenha aguardente, e também uma taça com cidra. Deixe-se
uma vela acesa, branca ou vermelha, nunca a preta, em louvor à guarda de Exu.
Caso a tronqueira comporte, os médiuns, após baterem a cabeça no congá e
deixarem suas guias sobre a mesa do dito congá, podem ir saravar o Exu Guardião
do terreiro, como também podem pedir cobertura ao seu Exu. Não se cante dentro
do terreiro o ponto cantado de Exu, a não ser que a ordem venha de uma Entidade
de fato e de direito, e mesmo que venha, tira-se o ponto no final do trabalho,
depois defuma-se todo o congá. Pode-se tirar o ponto de Exu lá na sua
tronqueira, que é o local de ação e reação do trabalho desses vanguardeiros da
Luz para as Sombras. Ao terminarmos, não citamos o atabaque, o qual também
achamos dispensável no trabalhos de caridade e muito principalmente no
desenvolvimento mediúnico. Mas, caso haja o atabaque, que o mesmo seja batido
por quem saiba, no ritmo certo, e nunca usado em desenvolvimento mediúnico,
pois o som do atabaque faz vibrar certos centros anímicos e, em vez de o médium
receber seu Caboclo ou Preto-Velho, recebe sim é a si mesmo ou a Entidade
subconsciente! 2º MODELO. Assim como o primeiro modelo, este segundo visa
trazer aos Filhos de Fé um ritual simples, harmonioso e positivo, onde as
Entidades Espirituais possam atuar sem embargos vibratórios e suas correntes
possam ser fixadas no ambiente etéreo-físico do terreiro, e essas vibrações ou
correntes possam beneficiar a todos. Este modelo, que humildemente entregamos
aos Filhos de Fé mais tarimbados em nosso meio, que buscam aprimorar seus
rituais, visa permitir um melhor atendimento aos consulentes que os procuram. A
maior parte desses médiuns são de Umbanda, isto é, nasceram em seu seio
vibratório e vieram com compromissos de trabalhar mediunicamente na seara
umbandista. A outra pequeníssima minoria é originária das várias Escolas
Filosóficas, do ocultismo e do kardecismo. São médiuns que procuram entender o
mecanismo da Corrente Astral de Umbanda, como também estudam a mediunidade e as
ditas Sagradas Escrituras, procurando interpretá-las segundo os conceitos
umbandistas, tudo visando posicionarem-se no dito Movimento, e para isso são
incentivados por seus mentores, que de fato e de direito baixam e ordenam esses
Filhos. Ao contrário dos outros Filhos de Fé inexperientes, esses Filhos de Fé
abrem seus terreiros porque foram ordenados por uma entidade que se
responsabilizou por essa ordenação e cobertura, tanto por cima, do ponto de
vista astral, como por baixo, aqui no plano físico denso. Alguns desses Filhos
de Fé estão no Movimento Umbandista há mais de 10 anos, sendo a grande maioria
representada por Filhos de Fé médiuns masculinos. Muitos desses médiuns têm
conceitos muito precisos sobre a LEI DO KARMA, REENCARNAÇÃO, PLANOS DE EVOLUÇÃO
DO SER ESPIRITUAL, e muito principalmente do porquê do Movimento Umbandista da
atualidade, como entendem também a necessidade de fazer-se adaptações de ordem
humana, visando interpenetrar e elevar várias consciências que por motivos
vários dirigem-se aos seus terreiros. Além do aspecto fenomênico mediúnico,
manipulam, através de seus mentores espirituais, aspectos leves da magia
etéreo-astrofísica, sempre em benefício do próximo. Conhecem as ações e reações
de certas ervas que atuam no corpo astral, refletindo-se no complexo
etéreo-físico, revitalizando-o ou curando doenças e restaurando o equilíbrio.
Esses Filhos de Fé jamais fazem uso da matança de bichos, sejam de pelo ou de
penas, fato esse superado por eles nesta encarnação. Conhecem outros elementos
mais sutis e mais potentes para atuarem em seus rituais, principalmente no
desmancho de certos trabalhos ou cargas oriundas de baixa magia. Como podem ver
pela nossa descrição, a maior parte desses Filhos de Fé são muito conscientes
de seus compromissos, e em seus terreiros fazem um ritual simples, mas profundamente
positivo, trazendo invariavelmente segurança e auxílio espiritual a todos os
consulentes que para ali acorrem. Não obstante, daremos aqui, à guisa de
bússola, não para esses médiuns, mas para os que estão chegando a esse plano,
um modelo de ritual. O RECINTO Os mesmos moldes de simplicidade com os quais
nos referimos no lº modelo deverão nortear o recinto deste nosso 2º modelo. A
simplicidade dos detalhes, aliada a uma perfeita limpeza física e astral, são
os requisitos básicos para o templo cumprir suas funções. Os Filhos de Fé afins
a este modelo são aqueles que desejam praticar a Umbanda pautada nos seus
ensinamentos mais puros, para isso apelam às correntes de Caboclos e
Pretos-Velhos a fim de ajudá-los nesse intento. Procuram fazer um ritual suave
mas eficiente, sem palmas e sem atabaques (não os usam, nunca). Aproveitam,
sim, a força vibratória e a eufonia etéreo-física de certos pontos cantados,
que sabem ser de raiz, isto é, foram dados por uma Entidade quando no
"reino", incorporada em um Filho de Fé. Após ligeiras palavras em que
reiteramos nossa opinião sobre esses Filhos de Fé, passemos aos seus templos,
sua conformação, disposição etc. Claro está que o grupo terá o recinto ou o
prédio segundo suas posses, tendo ciência de que, se houver merecimento, nós,
os mentores, os ajudaremos a conquistar dependências mais propícias e que
possam melhor se ajustar ao número de pessoas que os buscarão. Sempre que
possível, o terreiro deverá ser no nível da rua, nem inferior nem superior a
ela; isso deve-se aos escoadouros naturais, que encontram no elemento terra os
fins necessários para as dissipações de vários miasmas, elementos mórbidos e
correntes primárias inferiores. Então, vamos à descrição: Na entrada do
terreiro, em qualquer um dos lados, haverá uma casinhola, de tamanho variável,
a qual chamamos de tronqueira. Sua cor interna é independente, contanto que não
seja preta: a cor vermelha ou a cinza se prestam bem a essa finalidade. A
vermelha por ser primária, que degrada correntes maléficas. A cor cinza é
importante nos processos de ação e reação mágica de uma tronqueira em virtude
de ter em sua composição a cor branca, que reflete as demais cores, e a preta,
que é ausência de cor, e também absorve todas as demais cores ou vibrações.
Como explicamos, é possível entender que o cinza é uma mistura do branco com o
preto, servindo tanto para processos reflexivos como condensantes. E claro que
essa tronqueira não terá imagens, pois os Filhos de Fé afins a esses
agrupamentos jamais aceitariam e não aceitam Exu tal qual a mitologia
greco-romana; enfim, para esses Filhos de Fé, o Exu está muito longe dessas
formas anômalas, sendo de péssimo mau gosto fazer-lhes tal similitude. Para
eles, o Exu não é o diabo ou mesmo um emissário de Satã. E, sim, um EMISSÁRIO
DA LUZ PARA AS SOMBRAS, serventia de uma Entidade que pode ser Caboclo,
Preto-Velho ou Criança, os quais servem-se dessas Entidades para combater e
frenar as cargas e os magos oriundos do submundo astral. Assim fazem com o Exu,
pois os mesmos estão complementando seus karmas passivos, para futuramente
entrarem nas paralelas ativas, desvinculando-se dessas funções pesadas,
difíceis e não menos importantes. Sabem também que as tronqueiras são os locais
vibratórios onde os assentamentos de Exu, dentro das ações e reações mágicas,
se prestam a dinamizar correntes mágicas que serão utilizadas pelos mentores
superiores, como também há fortes elementos dissipadores e até repulsores de
certa classe de correntes ou forças. Para isso, necessário se faz que a tronqueira
tenha os seguintes elementos: A) Deve estar firmada na terra, por ser o
escoadouro natural de qualquer carga, precisando é claro de algo que conduza
essas cargas até a terra. B) Nos 4 cantos da tronqueira fazem-se buracos e em
cada um deles enterram-se sal grosso, carvão e 7 agulhas de aço. C) No meio da
tronqueira faz-se um buraco, colocando-se sal grosso, carvão e 21 agulhas de
aço. Sobre esse buraco, depois de fechado com a própria terra, coloca-se uma
madeira de tamanho condizente com a tronqueira, onde serão fixados os sinais de
pemba que correspondam aos movimentos de ordem mágico-vibratória que se
processam no terreiro, como também conduzam energias usadas na magia
astrofísica e dissipem outras cargas deletérias, provenientes de Seres
astralizados malfeitores ou de baixa corrente de pensamentos oriundos das
humanas criaturas. Abaixo, daremos um sinal de pemba que ordena os Exus na
manipulação da atração ou repulsão de certa energia ou energias. Serve para
qualquer Exu. Só não explicaremos os detalhes em virtude de serem de única
competência do astral ou do verdadeiro médium-magista, o qual não encontrará
nenhuma dificuldade em identificar os sinais e suas ordens. Aqueles que
desconhecem esses sinais, Caboclo avisa que os mesmos são relativos à nossa
ALTA MAGIA e tenham certeza de que funcionam, pois estão relacionados com o que
há de mais positivo dentro da grafia etéreo-física e seus respectivos
movimentos de ação e reação, com seus movimentos de clichês elementares e certa
classe de Entidades evocadas a prestarem seus serviços em defesa do terreiro.
Veja com atenção o ponto riscado, Filho de Fé: Este sinal deverá ser feito na
pemba vermelha ou branca, nunca na pemba preta, pois são sinais de Exus de Lei,
que não se prestam à Magia Negra. São ordens de cima para baixo, ou seja, a Luz
ordenando seus emissários para as sombras, que são os Exus de Lei. Nessa mesma
madeira vai um ponteiro cravado no centro. Próximo ao ponteiro, que fique uma
pedra preta e uma pedra branca. Os elementos fixadores e dinamizadores da
tronqueira serão: as pedras já citadas e as quartinhas com álcool, aguardente e
água, isso de maneira geral, sem entrarmos em maiores fundamentos. Afirmamos
ser altamente positivo este tipo de tronqueira, imunizando e higienizando o
ambiente astral do terreiro da pertinaz e voraz corrente de vampirização dos
magos-negros e seu séquito de almas aflitas, penadas, sofridas e desesperadas,
que invariavelmente chegam em aluvião aos terreiro. Se o terreiro não tiver
seus escudos defensivos, o mesmo, em pouco tempo, torna-se presa dessas
infelizes e perversas Entidades, as quais destrambelham completamente o
terreiro em seu tônus vibratório
desestruturam astro psiquicamente todos os médiuns ou, quando não,
trazem-lhes tão profundas perturbações que as mesmas se estendem aos seus
lares, serviços e compromissos, surgindo as tão faladas pancadarias do astral
inferior. Antes disso acontecer, o Filho de Fé previdente fará o seu escudo
adequado, através de uma tronqueira segura e fixada pelas ordens de cima, ou
seja, por um Caboclo, Preto Velho, etc. Demos especial atenção à tronqueira em
virtude desses médiuns serem, devido ao seu verdadeiro compromisso, muito
visados pelo submundo astral, que sempre procura obstar e dificultar a jornada
desses verdadeiros Filhos de Fé, sendo esse o motivo de insistirmos em sua
guarda feita na tronqueira pelo verdadeiro Exu Guardião. É claro que a conduta
do médium será de fundamental importância na abertura ou não dessas brechas,
mas como os melhores Filhos de Fé custam a assimilar essas verdades, precisam
então estar escudados em portentosos campos defensivos de seus auras e de toda
sua constituição etéreo-astrofísica. Após essas considerações, falemos do congá
propriamente dito. O CONGÁ As dependências internas do templo, segundo as
possibilidades do grupo umbandista, deverão consistir de um recinto para o
santuário e uma sala para os consulentes, sendo que a mesma deverá ter bancos
ou cadeiras, permanecendo um corredor central para o trânsito dos consulentes.
Não há necessidade de homens sentarem-se de um lado e mulheres do outro, pois
isto é plenamente dispensável e até indesejável, em virtude de que, assim
fazendo, pessoas com laços áuricos, necessitando de ajustes, são afastadas,
mesmo porque as divisões dividem apenas fisicamente, portanto... Essa sala ou
recinto destinado aos consulentes deve estar sempre higienizada, em virtude de
muitas pessoas recorrerem ao terreiro, sendo benéfico para todos a higienização
física e astral do ambiente. A parede deverá ser pintada de branco, bem como as
dependências do santuário propriamente dito. Esse, por sua vez, deverá ser o
mais simples possível, sendo que a mesa do congá propriamente dita não conterá
nenhuma imagem, a não ser a de Jesus, que pode também ser um quadro sugestivo,
e nunca o mesmo pregado à cruz. Assim, o modelo que sugerimos é o que se vê na
ilustração abaixo. Na parede onde se assenta a mesa do congá colocam-se, na
posição indicada acima, 7 pedaços de compensado de cedro de 30 x 30 cm, cada um
com o ideograma correspondente às chaves evocativas que se relacionam com as 7
Vibrações Originais dos 7 Orishas Planetários. Entre esses 7 sinais, que
deverão ser pintados à tinta, vai a estampa em quadro do Senhor Jesus. Abaixo
vai madeira de cedro, no tamanho que se possa, com os 7 sinais da Lei de Pemba,
ou o ponto riscado do Guia-chefe, o qual dará a pemba com suas Ordens e
Direitos de trabalho. Caso não se tenha essa oportunidade, poderá riscar-se a
seguinte pemba, que está ligada com a Confraria dos Espíritos Ancestrais: Este
sinal deverá ser riscado na pemba branca ou azul. Sobre a mesa, que será de
cedro, caso seja possível, deverão ir 2 jarros para conter as flores e 1
pequeno triângulo de cedro, em cujo centro haverá um copo com água e um cristal
dentro, servindo como copo da vidência, ou condensador da Luz
etéreo-astrofísica do ambiente. No triângulo, vão os seguintes sinais: Sobre a
mesa, deverá haver também 7 pires ou 7 castiçais, onde serão acesas as 7 velas
do congá. Sob o congá, colocar o mesmo indicado no Modelo 1. O ritual será
similar ao Modelo 1. Deixamos de citar os rituais de imantação e assentamento
do Congá, pois esses Filhos são sabedores desses rituais. Após essas ligeiras
orientações sobre o 2° modelo, partamos já para o 3° modelo, o qual é de
caráter iniciático. 3º MODELO Esse 3º modelo que daremos se afiniza com Filhos
de Fé que atualmente estão em reduzida minoria. São aqueles raríssimos que
dizemos possuírem ordens e direitos de trabalho. Essas Ordens e Direitos de
Trabalho significam que são os únicos aos quais ensinamos certos ângulos
profundos, quer sejam no aspecto moral, doutrinário-mediúnico ou mesmo no
âmbito da dita magia astro etéreo-física. São médiuns que trabalham em nosso
Movimento há mais de 3 encarnações, possuindo sólida cultura, não só sobre as
coisas do espiritual ou das ciências herméticas de nossa Umbanda, mas também
cultura acadêmica da Terra, credenciando-se a melhor entenderem todos os nossos
movimentos, quer sejam de ordem superior ou astral, ou mesmo de interpenetração
nas humanas criaturas. Em outras reencarnações, foram também, muitos deles,
célebres figuras beneméritas, na área da ciência, da filosofia, das artes e do
misticismo. São, pois, os únicos que permitimos que movimentem a terapêutica
dita como natural e astral, dentro da magia positiva, sempre para o bem comum,
e que se firma nos verdadeiros sinais riscados já mencionados como Lei de
Pemba. Esses médiuns são mediunizados ou montados não somente na mecânica de
incorporação, mas muito principalmente por meio da clarividência,
clariaudiência e da dita sensibilidade psicoastral. São eles que, na verdade,
dentro de seus respectivos graus, podem ser chamados de praticantes da Umbanda
Iniciática. Dentro dessa Umbanda Iniciática, raríssimos Filhos de Fé alcançaram
o grau de MESTRE DE INICIAÇÃO DE 7° GRAU NO 3° CICLO, o qual, em verdade, por
conhecer os verdadeiros fundamentos da Umbanda em sua teoria e prática, conhece
e manipula habilmente o oponifá verdadeiro, com os 21 dendês. Podem ser
chamados de Babalawôs ou Magos. Seus sacerdotes auxiliares são os Mestres de
Iniciação de 7° Grau e os de 6° GRAU, os quais não manipulam o oponifá, mas
seus iniciadores lhes ensinam outro oráculo, de acordo com seus graus de
Iniciação e graus conscienciais. Também podem manipular levemente a magia,
sendo justo chamá-los de operadores da magia ou magistas. Assim, agora daremos,
em poucas linhas, o ritual de um Templo-Terreiro de um desses médiuns ditos
Babalawôs, Magos, Mestres de Iniciação de 7° Grau, 3º Ciclo. Para entender-se
bem este ritual, iniciemos desde a porta do templo até os recônditos do mesmo.
Quando entramos num desses templos, através do portal que o separa da via
pública, encontramos a casinhola dita tranqueira, a qual é fechada, sendo local
de assentamento de certos elementos de defesa vibratório-magnética, onde atuam
os Guardiães do Templo - o Exu e sua falange responsável pela guarda vibratória
do templo. Nesse local, por onde todas as pessoas obrigatoriamente têm de
passar (por ser passagem para quem entra), é que o Exu começa a selecionar os
casos que serão passados às Entidades para que nas consultas sejam dados os
caminhos adequados, além de impedirem que certos acompanhantes astralizados
penetrem no recinto juntamente com o Ser encarnado que os trouxe. Outras vezes,
ao contrário, há essa permissibilidade. Muitas vezes, inclusive a assistência,
composta de consulentes ou mesmo necessitados desencarnados, se beneficiam, por
estarem muito densificados, pelas defumações e certos rituais que se processam
nesses templos. Aproveitemos o ensejo para informar aos Filhos de Fé que o
verdadeiro Exu Guardião, que trabalha na guarda desses templos juntamente com
sua falange, às vezes vai até buscar o necessitado encarnado em sua casa. É
interessante, nesses locais, para os não acostumados, ouvirem certas pessoas
dizerem que não queriam ir ao terreiro, mas não sabem como explicar, e estão
ali! Outros estão prontos para sair de casa e, de repente, visitas ou algo
inesperado os impedem de comparecer! Em ambos os casos o mecanismo é o mesmo;
os Exus manipulam certas mensagens-pensamento e ficam percutindo no mental do
indivíduo ou criam certas condições para que os indivíduos não possam
comparecer ao ritual. Como vêm, Filhos de Fé, o trabalho do Exu Guardião
começa, às vezes, até dias antes de realizar-se a sessão. Bem, continuemos nos
detalhes do ritual. Após a passagem pela tronqueira, dirigem-se ao salão onde
os consulentes sentam-se, na medida do possível, e os médiuns dirigem-se aos
vestiários. Após colocarem suas vestimentas ritualísticas, vão ao recinto
sagrado do congá (muitos deles têm piso de areia) e na mesa do mesmo deixam
suas guias e fazem suas evocatórias de ligação com o astral, permanecendo
sentados no chão com as pernas cruzadas, em concentração. Esses congás, apesar
de simples, são potentes condensadores de energias várias, inclusive as
espirituais superiores. Como é ele de um médium Mestre de Iniciação, há a
madeira de cor amarela em semicírculo, com os 7 sinais riscados na grafia dos
Orishas. Sobre ele há a Cruz Triangulada da CÚPULA DA CORRENTE ASTRAL DE
UMBANDA, e no topo, no ponto mais superior, há uma gravura de JESUS-INICIADO.
Na mesa do congá há vários elementos captadores, condensadores, emissores e
mesmo dissipadores de energias várias, inclusive os sinais de pemba identificadores
das Ordens e Direitos de Trabalhos. Há 7 pires para as 7 velas, os jarros para
as flores e só. Debaixo do congá, há o congá esotérico, privativo dos médiuns
Mestres de Iniciação de 72 grau, 39 ciclo. De frente, na mesa, há uma cortina
branca com o alfabeto sagrado do Tembetá em cor azul. Bem, é só isso que
constitui o congá ou recinto sagrado de um Templo Umbandista do 32 modelo.
Antes de prosseguirmos, e dando início ao ritual, deixaremos de dar os
processos ritualísticos de imantação, assentamento e cruzamento do dito congá,
em virtude de ser sumamente técnico e fugir desta nossa humilde tarefa. Antes
do início de um ritual público ou de conselhos e passes aos consulentes, o
Mestre de Iniciação ou quem o mesmo escolher fará uma pequena prédica, visando
elevar os tônus vibratórios de todos os presentes. Após a pequena palestra, o
Mestre de Iniciação profere a evocatória de abertura, pedindo a cobertura do
astral superior, ao mesmo tempo que abençoa seus Filhos de Fé em nome de Oxalá.
Após a evocatória, firmam-se as preces cantadas ou pontos cantados da raiz do
médium, ou seja, de seu astral. Logo após o término das preces cantadas, o
Mestre de Iniciação dirige-se ao centro do congá, e segurando o incensório (de
barro) nas mãos, faz um pedido aos Senhores que manipulam a Natureza, para
permitirem a purificação astral do ambiente, por meio da queima sagrada de
certas essências ou ervas secas. Antes de defumar os médiuns, defuma
ligeiramente o congá, e de novo no centro, volta-se para cada cardeal, onde evoca
os Senhores dos 4 elementos cósmicos. Sopra a defumação em cada ponto cardeal,
e começa a defumação dos médiuns, iniciando-se pelos médiuns masculinos e
terminando nos femininos. A defumação é feita só pela frente dos médiuns. Após
os médiuns defumarem-se, dirigem-se à mesa do congá e pegam suas guias, neste
exato momento bebem a água consagrada e vibrada pela Cúpula da Sagrada Corrente
Astral de Umbanda. Após a defumação do recinto do congá e dos médiuns, é feita
a defumação dos consulentes. Os consulentes, primeiro os do sexo feminino,
entram no Congá, momento em que recebem a defumação. Após todas as mulheres
entrarem e serem defumadas, o médium dirigente delega a um de seus auxiliares
que emita um mantra vigoroso sobre os consulentes, o qual é vibrado por meio do
som e da imposição dos braços e mãos. No término, as consulentes saem pela
porta lateral (caso haja) e os consulentes homens entram e recebem a defumação.
Após todos os homens terem entrado no congá, repete-se o mantra e a posição
feita às mulheres. Assim, também retiram-se do congá, defumados e vibrados com
correntes positivas. Logo a seguir, a corrente mediúnica é novamente solicitada
a fornecer uma corrente de socorro para várias pessoas que não puderam lá estar
presentes, e mesmo aqueles que desencarnaram, cujos parentes desejam uma
corrente de auxílio e intercessão para o recém-desencarnado. Isso é feito
através de um mantra e de um pedido, evocatória não decorada, mas sim de acordo
com o ambiente e a ocasião. No término dessa corrente de socorro, após pedidos,
defumações, atrações vibratórias de certas correntes pesadas ou morbosas que
vêm pelas humanas criaturas, com toda sorte de larvas, miasmas e mesmo
bactérias, fungos e vírus provenientes do campo mental, e ainda por Espíritos
endurecidos que são trazidos para uma queima de larvas, é feito o ritual do
fogo. Com agô da Entidade-chefe, por meio dos sinais riscados na verdadeira.
Lei de Pemba, o Exu Guardião e sua corrente são evocados neste ritual, que
consiste de: Em um compensado de pinho (descarrega e desimpregna) são traçados
os sinais de ordenação ao Exu Guardião e aos seus subalternos, bem como a uma
certa classe de Elementares, para que através do elemento fogo em expansão
sejam queimados e dissipados os resíduos negativos de ordem mental, astral e
física.** Assim, coloca-se o incensório sobre a madeira com os sinais, a
corrente mediúnica em posição de repulsão de cargas negativas, entoa-se um
ponto apropriado, e nesse momento coloca-se no incensório em brasa uma pequena
quantidade de pólvora, embrulhada em papel grosso. Aguarda-se de 10 a 15
segundos, até ocorrer a (pequena) explosão da pólvora, acarretando deslocamento
vibratório nos 3 planos citados. É como se tivéssemos um tapete e déssemos a
sacudida no mesmo, sendo que tudo o que estivesse próximo ou longe, mas dentro
dos limites do tapete, sofreria o abalo, descarregando se do mesmo ou mesmo se
rompendo. É o que acontece no plano astral por equivalência. É uma onda que se
propaga em seu campo de ação, desestruturando as moléculas, destruindo larvas,
miasmas, formas de pensamento e até bactérias, fungos e vírus causadores das
mais estranhas doenças, tópico que veremos em detalhes no capítulo XVII, que
trata dos Exus. Após essa purificação pelo fogo, na tábua é firmado um ponteiro,
o qual, ao penetrar na madeira, é como se contundisse o equivalente astral ou
se aprofundasse no plano astral. Além disso, as larvas são destruídas pelas
pontas, em virtude das cargas elétricas fugirem pelas pontas, desestruturando a
arquitetura molecular no plano astral, a qual é muito plástica. Tudo isso é
magia, o que explicaremos mais detalhadamente no Capítulo concernente. Após
esse ritual de dissipação e liberação de cargas negativas, o congá está pronto
para receber as Entidades Espirituais que virão mediunizar seus médiuns e darão
consultas, conselhos, passes, etc. Após o término dessa fase de trabalho,
quando os médiuns já desincorporaram os Caboclos ou Pretos-Velhos, o médium
dirigente faz agradecimento à gira e a seus Guias comandantes e, após o ponto
cantado, dispensa a corrente por 15 minutos. Após esse período, haverá gira
daqueles que foram os primeiros a chegar no terreiro e sempre serão os últimos
a sair, os Exus Guardiães. Os médiuns voltarão com a mesma vestimenta que
estavam e no mesmo local onde girou o Caboclo ou o Preto-Velho, girarão agora
os Exus Guardiães. Podem girar no terreiro, pois são ordenanças de seus mestres
no astral, os Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças. Dão suas consultas e fazem
seus trabalhos sem nenhum problema de qualquer ordem e, caso sintam necessidade
de uma queima mais direta ou mais pesada, vão até a tranqueira e lá fazem seus
trabalhos na ação e reação da magia, da qual são exímios executores. Após o
término do atendimento, o Exu Guardião responsável, se achar necessário, fará a
limpeza astral do ambiente. Após as despedidas por meio do ponto cantado, Exu
vai oló (unló). O cambono prepara uma defumação de guiné, arruda e casca de
limão secas e defuma todo o congá, dos fundos para a frente. Assim, o Mestre de
Iniciação faz a evocatória de agradecimentos, abençoa a todos, entoa o ponto de
despedida ou encerramento da gira e abençoa todos os seus Filhos de Fé. Pronto,
mais uma tarefa cumprida, mais uma sessão de Umbanda realizada nos terreiros,
verdadeiros ambulatórios de almas que buscam a cura de vários males através da
fé. Bem, Filho de Fé, antes de encerrarmos este 3º modelo, queremos ressalvar
que não demos o croqui ou planta do congá em virtude de ser, como dissemos,
reduzidíssimo o número de Filhos de Fé que se interessam ou tenham ordens para
montar um congá nestes moldes. Deixaremos os detalhes para o interior dos
raríssimos templos em que a Iniciação é a estrela-guia. Assim, pedimos ao Filho
de Fé interessado que busque no interior desses templos os detalhes de que
necessita. Ao encerrarmos este capítulo, não poderíamos deixar de citar, dentro
dos rituais, o uso das vestimentas ritualísticas, como também as guias
ritualísticas usadas nos diversos rituais. B. Vestimenta Ritualística A
vestimenta ritualística ou Vestimenta de Santé é a famosa roupa branca usada em
todos os terreiros de Umbanda. Sendo o mediunismo uma faculdade por demais
séria, requer do verdadeiro médium grande dose de responsabilidade. Deve ele
saber que para o intercâmbio entre o mundo astral e o físico processar-se
fluentemente deverá estar ele (o médium) higienizado tanto em sua mente e
coração como em sua constituição física. Pede-se aos Filhos de Fé que tenham
especial cuidado com suas vestimentas ritualísticas, as quais merecem respeito
como qualquer outro elemento do terreiro. Sua lavagem deve ser feita em
separado. Sua secagem ao sol da manhã. Ao guardá-las, separe-as de outras
roupas, deixando-as envolvidas em plástico, e que o mesmo tenha sido perfumado
com um algodão que contenha essência propiciatória. A vestimenta na Sagrada
Corrente Astral de Umbanda é branca na sua totalidade, sendo que cada grupo
escolhe seu modelo e todos do terreiro deverão usar o mesmo modelo, isto é, um
modelo uniforme. O uso da vestimenta ritualística na cor branca é milenar.
Iremos encontra- la entre vários povos: egípcios, hindus, árabes, tibetanos,
chineses, etc. A cor branca pode ser explicada simplesmente por ser a somatória
de todas as cores. Sendo a somatória de todas as cores, é pois essencialmente refletora,
o que é deveras positivo para o médium umbandista. Como regra geral, temos que
as cores claras são refletoras e as escuras absorventes; portanto, o branco é a
cor mais refletora, assim como o preto é a cor mais absorvente. Quanto aos
Mestres de Iniciação de 7º Grau de 3º ciclo ou Babalawôs, e mesmo dependendo
dos rituais, mormente os internos e iniciáticos, podem eles usar a calça branca
com a túnica azul-celeste, ou muito principalmente o violeta-claro ou lilás,
sendo essa, no astral superior, a cor Luz-Vibração do Comando
Mágico-Espiritual. Após essas ligeiras noções sobre a vestimenta de santé, sem
mais demoras tentemos explicar o mecanismo das tão faladas guias ou talismãs
vibratórios. C. As Guias As guias usadas em forma de colares nos rituais do
Movimento Umbandista são de duas espécies: as guias naturais, que movimentam
forças naturais, e as guias sugestivas, as quais têm efeito psicológico
positivo sobre o Filho de Fé que delas faz uso. As guias naturais são aquelas
com as quais seus constituintes captam energias, formando campos
elétricos/magnéticos e gerando campos de forças atrativas ou repulsivas. Abaixo
damos um esquema para fácil entendimento. Todos os elementos naturais têm suas
funções específicas, mas que só terão valor se passarem pelo ritual de
imantação e ligação com as Entidades atuantes dentro, é claro, do verdadeiro
cabalismo. É bom deixar bem claro que as guias, embora tenham os fluidos
básicos da Entidade atuante e em maior quantidade os fluidos do médium, são um
escudo para o médium, sendo que ele e somente ele é que precisa do uso de guias
e escudos, já que sua Entidade não tem necessidade nenhuma, mas os pede para
preservar seu médium de possíveis correntes que são prontamente desassociadas
pelo efeito vibratório das pedras que compõem a guia, como também das correntes
de metal, ou mesmo para facilitar a ligação do médium aos elementos vibratórios
do corpo sideral (planeta, astro) que a Entidade Espiritual manipula. A guia,
bem imantada e ligada com sabedoria aos elementos certos, é verdadeiro escudo e
arma até de ataques contra certas correntes negras ou oriundas de baixa magia,
sendo pois seu uso indispensável. O que se pede é que não haja grandes
quantidades. Uma única guia bem preparada supera em muito 10 ou 100 sem nenhum
preparo. O importante é a qualidade e não a quantidade. As guias sugestivas são
as miçangas, as porcelanas e as contas de vidro, as quais são isolantes, não
captando energia nenhuma. Funcionam apenas elevando o tônus mental do
indivíduo, predispondo-o a maiores defesas naturais. Têm efeitos mínimos na
magia, embora na parte psicológica sejam utilíssimas, inclusive nas várias
cores, sendo que cada uma tem uma história particular. As guias brancas trazem
pensamentos de pureza e são refletoras. As guias vermelhas são repulsivas e
quebram correntes negativas. As guias azuis são calmantes e predispõem o
psiquismo para as coisas superiores. As guias amarelas são fortes para cortar
quebrantos e maus-olhados, tal qual a vermelha e a alaranjada. As guias verdes
são boas para higienizar a mente e trazer fluidos mentais curativos. As guias
rosas são boas para elevar o pensamento às coisas do amor puro. As guias
brancas e prestas não se prestam para nada, nem sugestivamente falando. As
pretas, é claro, também não têm ligação com as coisas positivas, sendo somente
ativas nas coisas maléficas. De forma alguma somos contra essas guias de
miçangas ou de porcelana, mas afirmamos que guias de fundamento mágico mesmo
são somente as naturais, sendo as demais de efeito sugestivo. Bem, Filho de Fé,
mais um capítulo encerramos, na expectativa de você estar nos seguindo. Assim,
vimos alguns pequenos exemplos sobre rituais, em diversos grupamentos do
Movimento Umbandista da atualidade. Retomemos fôlego, Filho de Fé, porque
Caboclo vai falar da MAGIA, MÃE-GERATRIZ DE TODAS AS CIÊNCIAS. E vamos à MAGIA
(...). Livro A Proto Síntese Cósmica. Abraço. Davi.
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