sexta-feira, 22 de junho de 2018

DEFESA DA FÉ. TEOSOFIA - A FILOSOFIA QUE LANÇOU AS BASES PARA O ATUAL MOVIMENTO DA NOVA ERA.


Editor do Mosaico Espiritual. Não tenho interesse em polemizar os argumentos apresentados pelo site em questão: www.icp.com.br. Contudo, sinto a necessidade de fazer justiça, esclarecendo a opinião pública que acessa o referido texto, ficando com uma impressão tipicamente dogmática, baseado unicamente numa vertente. Valorizando o cristianismo, que identifica os devotos na busca pelo divino como membros do corpo de Cristo, de posse das verdades contida na Sagrada Escrita Cristã. Não posso calar ante suposições teológicas institucionais, que não representam a totalidade dos convertidos dessa religião. Falarei em nome do Mosaico, somente, pelo período que participei e eventualmente assisto às palestras na Sociedade Teosófica em Brasília. Esclareço que em 2014 frequentei o curso de Introdução ao Pensamento Teosófico, sendo de grande ajuda em minha caminhada pela Senda. Não tornei membro de nenhuma Loja dessa honrada e íntegra instituição. Sou grato a Deus pelo pensamento teosófico ter sido um dos instrumentos incentivadores da criação do Mosaico Espiritual, na sua interação e integração com as espiritualidades mais conhecidas. Estas que a humanidade tem encontrado para alcançar sua evolução rumo a Verdade e o Bem Supremo – a Consciência Crística ou Cósmica. Também, eventualmente, frequento a missa na Igreja Católica Liberal, em comunhão com demais irmãos no sacramento do pão e vinho. Retirarei alguns períodos do texto do pastor Natanael Rinaldi, colocando-os entre [   ] parênteses, e comentando a luz da interatividade e universalidade como é típico dessa página eletrônica. Sem delongas axiomáticas, mas com funcionalidade e simplicidade. Voltada à investigação e pesquisa como fonte de aprendizado para a harmonia, respeito e tolerância daqueles que não professam nossa fé, mas igualmente têm Deus em seu coração como fonte de luz, verdade e vida.
    

Instituto Cristão de Pesquisa. www.icp.com.br. DEFESA DA FÉ. TEOSOFIA – A FILOSOFIA QUE LANÇOU AS BASES PARA O ATUAL MOVIMENTO DA NOVA ERA. Por Pastor Natanael Rinaldi. A palavra theosophia é de origem grega e significa “sabedoria de Deus”. Surgiu no terceiro século, em Alexandria, no Egito, com um notável pensador da época, Amônio Sacca (175-242), que foi mestre de Plotino (204-270), sendo ambos filósofos platônicos. A teosofia (de théos = Deus, sophia = sabedoria) vem a ser, como dizem, (1) “um corpo de ensinamentos misteriosos revelados somente a poucas pessoas mais avançadas”. Esse conhecimento tem recebido o título de doutrina secreta. Neste sentido, trata-se de um (2) ramo do ocultismo, da palavra latina ocultus.  [1]. Até onde percebi, como ouvinte na Sociedade Teosófica, esses ensinamentos misteriosos estão disponíveis a qualquer pessoa. Desde que, onde estejam, assumam um compromisso de pureza, santidade e amor ao próximo, transmitindo essa sabedoria à humanidade na teoria e prática cotidiana. Os grandes seres da Confraria Universal não permitem, que indivíduos desqualificados e insubmissos ao Eu Superior, tomem posse das Verdades que transformam a humanidade e restauram a natureza em seus níveis de consciência ainda denso. [2]. Há um enorme temor no Ocidente, entre os desinformados e notadamente cristão, sobre o Ocultismo. Poderes estranhos, tentam obscurecer o conceito referindo-o geralmente a magia negra. Isso não é verdade. Óbvio que a magia negra é um estorvo a busca espiritual, e um retrocesso na evolução do discípulo que deve evitar enveredar por essa Senda. Ela destrói o eu inferior, a personalidade, corpo – físico, energético, emocional e mental antes do tempo determinado pelo Senhor do Karma. Processo efetuado por Shiva, o deus destruir e transformador. Isso acarreta severa disciplina por milênios ao participante, que passará intenso sofrimento em seus futuros renascimentos. Como Ocultismo, estudei na Teosofia que representa os poderes latentes de nossa alma que estão ocultos, e podem ser conectados a nossa experiência. Também, diz respeito, aos mistérios da natureza em seu nível – animal, vegetal, mineral e elemental, que podem ser descobertos para o bem individual, coletivo e humanitário]. Essa palavra se distingue da palavra teologia. A teologia é um discurso sobre Deus (Theós), conhecido à luz da fé. A Bíblia afirma: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11.6). Por outro lado, lemos: “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1Coríntios 1.21-25). Assim, ao passarmos a estudar sobre a (3) teosofia, não podemos deixar de apontar aquilo que Paulo nos adverte sobre as doutrinas que surgiriam nos últimos tempos como ensinos totalmente antagônicos à Palavra de Deus (1Timóteo 4.1,2). Por isso, devemos ter cautela, (4) para não sermos iludidos por tais doutrinas. Diz o apóstolo: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Colossenses 2.8). [3]. Teosofia significa Sabedoria Divina, como bem definido pelo pastor Natanael. Entretanto, ela tem o perfil da pesquisa e investigação da Verdade. Em nenhum momento, quando frequentei, falou-se como um dogma exclusivista ou um único caminho que conduz a Verdade. Percebi, ao contrário, como diz o filósofo Jiddu Krishnamurti (1895-1986) que a “verdade é uma terra sem caminhos, o homem não pode atingi-la por organização, credo (...) tem de encontrá-la através do espelho do relacionamento, através do conteúdo da sua própria mente, através da observação”. [4]. Não consigo entender, como a ampliação do conhecimento espiritual tornasse produto ilusório de doutrina. Em vez disso, nosso universo cognoscível e intelectivo assume uma dimensão cósmica, capaz de penetrar a essência daquilo que é analisado e experimentado. Enxergamos os fatos e supostas verossimilhanças, não dentro do tempo, com a influência da inferência e indução. Todavia, de fora, como um cientista a manusear o microscópio, percebe detalhes que nenhum indivíduo enxerga, caso não utilize o instrumento correto. Não estou refutando a exegese bíblica, apenas examinando o outro lado da argumentação do pastor]. Seita (5) ou religião? Procura a Sociedade Teosófica negar o seu caráter sectário ou religioso, afirmando que “a Sociedade não se identifica com nenhuma religião em particular, não sendo ela mesma uma seita religiosa”. É óbvio seu interesse em não se declarar entidade religiosa ou sectária: fazer que as pessoas religiosas não se sintam preocupadas em estudar os ensinos religiosos da Teosofia. A propósito, o escritor Adolpho J. Silva, membro do Conselho 1 Editorial da Editora Teosófica, em entrevista à revista ANO ZERO, declara que “a Teosofia não chega a ser uma religião, é uma filosofia de vida e pretende que o católico, o protestante, evangélico, dentre outros, vivam melhor a sua religião e tenham uma visão mais ampla da realidade”. Neste sentido, a Teosofia é um sistema, uma filosofia”. 2 Continuando sua entrevista e indagado se a Teosofia se propõe a aglutinar membros de diferentes movimentos, religiões e sociedades secretas, a resposta foi: “Exatamente, há uma tendência ao sincretismo religioso”. 3 Ora, como sabemos, sincretismo é a fusão de religiões, ritos e crenças. Adolpho J. Silva declara que “a teosofia se propõe a aglutinar membros de diferentes movimentos, religiões e sociedades”. Isto significa que pessoas de várias religiões e crenças chegarão a um impasse: decidir se permanecem em suas crenças ou adotam as novas, filiando-se à Sociedade Teosófica, à medida que descobrem que os ensinos novos da teosofia conflitam com aquilo que creem. Passaremos a demonstrar que as doutrinas teosóficas (6) não podem conciliar-se com a doutrina cristã e que não seria correto um cristão participar das reuniões promovidas por eles e nem mesmo ler os livros, revistas e outras publicações teosóficas, a menos que o faça para pesquisar e refutar com conhecimento de causa. [5]. O conceito de seita – significando heresia, foi há algum tempo descartado pela ciência sociológica. Estudiosos do assunto o consideram ultrapassado e desproporcional na pós-modernidade. Ele remete ao preconceito, intolerância e discriminação; impedimentos a harmonia cultural na atual geração. Desse modo, a premissa colocada, pode ser falaciosa a princípio. O sentido correto do termo no latim é secta – seguidor – duma corrente religiosa, filosófica, institucional ou política. Caso relacionado a todos. [6]. Tanto podem conciliar com o cristianismo, que a interpretação bíblica na teosofia não recebe nenhuma censura, porém, é vista no mais elevado grau de liberdade, virtude e solidariedade. Proporcionando ao homem o caminho do crescimento espiritual, para todos chegaram a Casa do Deus Pai. Tanto que, alguns teósofos, participam da Igreja Católica Liberal. Ela absorveu os principais ritos da Igreja Primitiva, idealizada e proposta pelo sábio cristão primitivo Orígenes de Alexandria (184-253). Dentre eles, os sacramentos divinos, o batismo, a anunciação de Cristo, a ressurreição, a reencarnação dentre outros. A reencarnação, foi doutrina da igreja cristã até o ano de 453, quando o Concílio de Constantinopla II a baniu, não examinando a veracidade – nem o mérito – sem defesa prévia ou juízo teológico. O imperador Constantino II, quem realmente assinava os decretos da igreja, não viu utilidade nesse credo, para o Imperialismo Romano]. Duas mulheres. Helena Petrovna Blavatsky. Na história da teosofia surgem duas mulheres proeminentes, conhecidas como mestras da teosofia moderna: Helena Petrovna Blavatsky e sua “continuadora”, Annie Besant. A Sra. Blavatsky nasceu em Ekaterinoslaw, na Ucrânia, em 12 agosto de 1831. Era filha do coronel Petervon Hahn e Helena Andreyevna, e sobrinha de Sergei Witte que, mais tarde, se tornou primeiro-ministro e amigo de Gregory Rasputin (1869-1916). Sua história pessoal, de Blavatsky, é repleta de aventuras e extremamente conturbada. Quando criança, foi rebelde e estranha. Era paranormal e escrevia seus livros em transe mediúnico (7), sendo inspirado, conforme dizia, por Mestres de Sabedoria. Aos 16 anos, casou-se com o general russo Nicéforo Blavatsky, mas, três meses depois do matrimônio, abandonou o marido. Após a separação, passou a percorrer o mundo em busca da sabedoria. Ouviu mestres ocultistas, magos e médiuns da Turquia, Inglaterra e Egito. Por fim, em 17 de novembro de 1875, resolveu fundar, junto com o coronel Henry Steel Olcott, em Nova York, nos Estados Unidos, uma organização a qual deu o nome de Sociedade Teosófica. O coronel Olcott tornou-se o primeiro presidente da Sociedade e, em 1878, partiram, juntos (Blavatsky e Olcott), para a Índia. Em 3 de abril de 1905, foi estabelecida a sede internacional da Sociedade Teosófica no bairro de Adyar, na cidade de Chennay (antiga Madras), no Estado de Tamil Nadu, sul da Índia. Com a fundação da Sociedade Teosófica, Helena Blavatsky pretendia iniciar a transferência (8) do budismo e do hinduísmo para o ocidente, difundindo a teosofia nos Estados Unidos. Não conseguindo de início o seu propósito, transferiu a Sociedade Teosófica para a Índia, onde predomina o hinduísmo. Helena Blavatsky faleceu em 8 de maio de 1891 e foi sucedida por Annie Besant. H. P. B., dentro da teosofia, é a forma comum de mencionar a fundadora“. [7]. É fato que a senhora Blavatsky escreveu sob a influência de um Mestre de Sabedoria do mundo superior astral – Koot Homi. Todavia, o transe mediúnico citado, é duvidoso. Pelo que sei, esse ser iluminado, da Grande Fraternidade Branca, que a auxiliava em seus escritos, não exercia influência em sua consciência ao recebe a mensagem. Ela se encontrava em perfeito estado mental consciente. Não há a ideia de possessão por um espírito externo. Helena Blavatsky, tinha realmente poderes paranormais, conta-se de levitava e materializava pequenos objetos. De família nobre burguesa, estudou nas melhores escolas e universidades da época. Sua inteligência singular acumulou grande conhecimento científico e filosófico, dos clássicos universais e pesquisas acadêmicas de sua época. Sua obra prima A Doutrina Secreta e o antecessor Isis Sem Véu, segundo entendidos, para ser escrito, da forma que foi referenciado por notas de rodapé, ela deveria ter lido mais de 30 mil livros em vida. Blavatsky esteve durante alguns anos nas montanhas do Tibete onde conheceu a cosmogonia antiga do budismo tibetano, corpo de doutrina, princípios (religiosos, míticos e científicos) que se ocupam em explicar a origem do Universo – cosmo gênese. Esses registros estão nos livros A Instância de Dzyan e a Voz do Silêncio]. Annie Wood Besant. Annie Wood Besant nasceu em 1847, em Londres, e se casou, ainda muito nova, com Frank Besant, com quem teve dois filhos. Ela também abandonou o marido (8). Com a morte de Helena Blavatsky, Annie Besant colocou-se à frente da sociedade. Assumindo a tutoria de um jovem indiano chamado Jiddu Krishnamurti, nascido em Madabapelle, Madras, em 1895, em 1908 Annie Besant identificou esse jovem, seu filho, como o futuro Mestre e Salvador da humanidade. Segundo ela, Jiddu era o Cristo reencarnado (9). O tal jovem já havia supostamente passado por 32 encarnações, gastando, para isso, 72.000 anos. Como sabemos, Jesus nos exortou a estarmos alerta contra o surgimento de falsos cristos e Jiddu, ao que consta, seria esse falso cristo, tido como salvador do mundo. Atentemos para o prognóstico de Jesus: “Porque muitos virão em meu nome, dizendo: “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vos tenho predito” (Mateus 24.5, 23-25). Estas fantasias foram as responsáveis pelas principais cisões entre os teósofos. A seção alemã, por exemplo, dirigida por Rudolf Steiner, filósofo e pedagogo austríaco (que nasceu em Kraljevic, em 1861, e morreu nessa mesma cidade croata, em 1925), separou-se, em 1913, da Sociedade Teosófica e fundou a Antroposofia. [8] Anne Besant também era da burguesia inglesa, frequentando as melhores escolas e universidades britânicas. Dotada de vasto conhecimento acadêmico era escritora erudita, militante socialista, maçom e defensora dos direitos das mulheres e minorias hindus. Como contemporânea do Mahatma Gandhi (1869-1948), tornou-se coadjuvante feminina na independência da Índia contra a dominação inglesa. Militou nesses interesses, pacificamente, no mesmo espírito fraterno e humanitário de Gandhi. Contribui para diminuir a desigualdade social na Índia, imposta pelo cruel sistema que dividia a sociedade em castas. Foi lembrada pelo Primeiro Parlamento Indiano, após a libertação do colonialismo, para membro do governo federal. É temerário a frase abandonou o marido. Claro que por traz de tudo há uma história, que não sabemos o motivo da separação do casal. Falar sem conhecimento de causa, parecer mera especulação, correndo-se o engano da parcialidade que não esclarece esse fato como devidamente ocorrido. [9]. A ideia do “messianismo”, o salvador que virá para trazer novamente a ordem fraterna do amor e harmonia entre as pessoas está presente em todas as religiões naturais. Essas que o Divino passou aos Avatares a mensagem original. Esses avatares e Grandes Almas tiveram seu aspecto histórico – nascimento no tempo e espaço. Mítico – revelações cercada de eventos mitológicos e miraculosos. Místico – a mensagem do amor ao próximo e amor à Deus. Os cristãos esperam a Segunda Vinda de Cristo para reinaram no plano espiritual. Os fieis do islã tem uma ideia parecida ao retorno do Profeta Muhammad. Os judeus aguardam a restauração do Grande Israel pelo Profeta Mashiache. Os budistas dizem que a próxima encarnação do Buda será Maitreya. O Avatar de Krishna é esperado no bramanismo. Esses Grandes Seres da Humanidade virão quando a religião estiver numa condição de completa ruína e deterioração moral, ética e espiritual. A teosofia não é religião, porém admite que o episódio envolvendo Krishnamurti foi um equívoco que trouxe boas lições à instituição. Ele foi adotado e preparado para ser o Instrutor do Mundo, até seu afastamento da Sociedade Teosófica em 1929, com 34 anos. Seguiu seu próprio caminho como filósofo, palestrante, educador e espiritualista. Fundou escolas diferenciadas nos Estados Unidos e Reino Unido, encorajando os alunos a investigarem todos os aspectos da vida. Além do estudo da matemática, ciência e idioma estrangeiro. Consta-se que antes de sua morte, em 1986, Krishnamurti pediu o retorno a Sociedade Teosófica, que prontamente o aceitou novamente. em suas fileiras, Sua obra tem sido de grande ajuda à humanidade, nessa pós modernidade marcada pela intransigência e intolerância. Hoje, o trabalho teosófico de investigação, pesquisa, fraternidade e solidariedade para a harmonia dos povos, tem por foco o esforço de todos os membros das inúmeras Lojas espalhadas pelo mundo. Cada um levando a tocha acessa, passada mão a mão. Iluminando pela sabedoria divina as mentes e corações daqueles que ainda estão em trevas, resgatando-os para a maravilhosa luz do autoconhecimento]. Organização e atividades. Estão organizados em mais de sessenta países em seções nacionais e estas, por sua vez, compõem-se em Lojas e Grupos de Estudos. A maioria das lojas e grupos de estudo realiza reuniões públicas com palestras, cursos, debates e outros eventos desse tipo. Existem outras atividades de confraternização entre membros e simpatizantes. No Brasil, há dois ramos distintos: a Sociedade Teosófica no Brasil, filiada à Sociedade Teosófica fundada por Helena Petrovna, e a Sociedade Teosófica Brasileira, também conhecida como Sociedade de Eubiose, fundada por Henrique José de Souza e com sede em São Lourenço, Minas Gerais. Objetivos. A Sociedade Teosófica afirma que possui três objetivos básicos: 1. Formar um núcleo da fraternidade universal da humanidade, sem distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor; 2. Estimular o estudo comparativo das religiões, filosofias e ciências; 3. Investigar as leis ainda não explicadas da natureza e os poderes latentes do homem. Para que uma pessoa se torne associada da Sociedade, tem de concordar pelo menos com o primeiro objetivo. Os outros dois são opcionais. Fonte de autoridade. O livro mais importante da fundadora é A doutrina secreta (1888). Suas outras obras são: A voz do silêncio (1889), Isis sem véu e A chave da teosofia. Embora a palavra teosofia signifique a sabedoria de Deus, essa nova sabedoria, no entanto, não tem nada em comum com a (10) verdadeira sabedoria de Deus (1Coríntios 2.6-13). Blavatsky declarou que “não é o temor do Senhor o princípio da sabedoria, mas o (11) conhecimento do EU que se torna a principal sabedoria” (A doutrina secreta). Os Upanishads e os Vedas, livros sagrados do hinduísmo, constituem a base para grande parte de suas doutrinas. O budismo também influenciou grandemente as doutrinas da teosofia. Como lemos na Bíblia: “O temor do Senhor é o verdadeiro princípio da sabedoria” (Salmos 111.10), e não a sabedoria aprendida nos meios ocultistas, pois esta é “terrena, animal e diabólica. Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia” (Tiago 3.15,17). [10]. A teosofia oferece mais profundidade a compreensão das escrituras sagradas das principais tradições espirituais. Livros sagrados como o Alcorão, Bhagavad Gita, Mahabharata, Ramayana, Yoga Sutras, Upanishads, Sunnah, Shariah, Torah, Talmud, Cabala, Tanake, Bíblia Sagrada, Zend Avesta e tantos outros são de divina inspiração para aqueles que tiveram o privilégio de tê-los em sua cultura e sociedade. Especificamente, no cristianismo, Orígenes de Alexandria (184-253) postulava que a Bíblia tem três níveis figurados de interpretação. Referia 1º o corpo – aspecto mais superficial da explicação, passado ao grande público ouvinte da mensagem. Aqueles com menos interesse em penetrar mais fundo na investigação espiritual. 2º a alma – um procedimento mais apurado e meticuloso da exegese aos discípulos compromissados; devotos com desejo de evoluir seu Eu Superior. Nossa personalidade envolvendo sensações, emoções e vontade sob a influência da Luz Divina. 3º o espírito – método avançado de significação da emanação revelada. Aquilo que Jesus diz em Lucas 8,10 “A vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros por parábolas. Para que vendo não vejam, e ouvindo, não entendam”. Essa lição era passada aos evoluídos pela Senda, que tinham na virtude e fraternidade sua meta. Estando cônscios de sua responsabilidade com o ministério cristão do amar a Deus e ao próximo como a si mesmo.  Jesus levava alguns para o monte, outros aos jardins e mais outros para conversas particulares. Nesses locais eram passadas as doutrinas esotéricas (profundas – aos iniciados na senda). Contudo a multidão, lhes falava nos vales, nas montanhas e a beira dos rios. Nesses as doutrinas exotéricas (superficiais – ao grande público). Pastor Natanael ainda não percebeu que a luz da verdade, está revelada em todas as escrituras sagradas das espiritualidades que conhecemos. Elas carregam para seu povo e cultura, aquilo que de melhor pode aperfeiçoar o lado humano e espiritual do indivíduo. [11]. Quando Blavatsky menciona o conhecimento do eu, ela está pensando na constituição setenário do homem. O eu inferior é nossa personalidade terrena e perecível constituída de corpo físico, energético, emocional e mente dos desejos. Esse é representado por um quaternário. O eu superior é nossa individualidade eterna e indestrutível, a parte do divino no homem; composto de mente pura, intuição e vontade. Essa tem a tipologia de uma tríade. Os dois aspectos estão ligados por um fio chamado em sânscrito de Antakarana. Quando desenvolvemos nosso lado inferior com virtudes, solidariedade, espiritualidade e fraternidade alcançamos o autoconhecimento, imprescindível para chegar ao temor do Senhor, que é o princípio da Sabedoria]. A mãe da Nova Era. Um grande número de estudiosos procura uma data específica para o início do Movimento Nova Era (MNE), e indicam esse ponto de partida como sendo a data da fundação da Sociedade Teosófica, em 1875, na cidade de Nova York. A teosofia declara ser “a essência de todas as religiões e da (12) verdade absoluta, da qual uma gota apenas se encontra em cada crença”. 4 Seus ensinos englobam os neoplatônicos 5, os gnósticos 6, a cabala judaica 7, a mística dos rosacruzes 8 e certas doutrinas de Paracelso 9 Um dos ensinos fundamentais da Nova Era é a criação de uma (13) religião universal. A teosofia tem o mesmo objetivo. Tanto uma quanto a outra procuram juntar o melhor de várias doutrinas em uma só religião. Essa mistura religiosa é denominada sincretismo. A palavra sincretismo designa “qualquer mistura de pensamentos e práticas diversas, com o objetivo de formar um todo, criando, a partir dessa união, algo novo, mantendo essencialmente as mesmas características das anteriores 10” A pergunta que se faz é: “Em que se baseava a escritora para afirmar que a teosofia é a essência de todas as religiões e da verdade absoluta? Por incrível que pareça, ela se baseava no testemunho de videntes, isto é, de mestres iluminados do Tibete, no ensinamento da Loja Branca, da Hierarquia dos Adeptos e na cultura do pretenso continente Atlântida (14), que não passa de mera ficção literária de Platão. Tal posição é oposta ao que Cristo afirmou sobre si mesmo, dizendo: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14,6). Por sua vez, Pedro, em sua segunda carta, declara: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo; e temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações (2 Pedro 1.16-19). Tais homens, tidos como mahatmas (mestres iluminados), não passam de falsos cristos (15), indicados por Jesus em Mateus 7,15. [12] Essa frase “a teosofia declara ser a essência de todas as religiões e a verdade absoluta”, não tenho receio de dizer ser totalmente descabida. Li alguns livros dessa instituição e nunca, nem de longe, passou-se insinuação dessa falaciosa premissa. O estudo das religiões comparadas visa a busca da verdade e não a posse particular dela. Nenhuma religião, espiritualidade ou instituição pode declarar ter a verdade absoluta em seu credo ou regra de conduta. Isso a faria exclusivista, egoísta, arrogante e intolerante. Um extremismo fundamentalista capaz de reivindicar para si, primazia sobre tudo e todos. Por isso, a verdade está em inúmeras vertentes desde a filosofia, arte, poesia, música, literatura, teatro, ópera, dança, religião e demais manifestações humanas. Um indivíduo não pode adquiri-la numa única vida. Deverá renascer milhões de vezes para, ter condições materiais e espirituais de mergulhar nela que é o Oceano Divino da Benção e Graça Infinita. Em nossas encarnações acumulamos fragmentos da verdade, e mesmo 0,0001% dela não seria motivo de orgulho para nenhum encarnado. Ao contrário, é a misericórdia e o amor divino dado gratuitamente por sua benevolência e caridade. Contudo, apenas evoluiremos nela, pelo nosso esforço e interesse por obtê-la. [13] O conceito de Nova Era foi deturpado no Ocidente cristianizado. Quando se ouvia essa expressão, era logo relacionada ao anticristo, termo que carece de entendimento esotérico. Palavra que em dois mil anos de teologia cristã, ainda não se chegou a um consenso sobre o que seja – se um homem, um fato, um evento ou uma contradita para distrair o devoto de sua busca interior pela verdade. Infelizmente a superficialidade da doutrina cria apenas medo e temor futuro. Acho que o anticristo e o Cristo estão em nosso interior. A mentira e a Verdade. Devemos alimentar nossa Consciência Crística para que o anticristo seja anulado em nossa personalidade e comportamento. A demonização da noção de Nova Era, notadamente entre os protestantes, trouxe intolerância e exclusivismo ao cristianismo, que fechado para outras tradições, se via, supostamente detentor da “única verdade” no mundo. Aqui louvo a atitude do Papa Francisco (1936-  ), Catolicismo Romano, por seu esforço na aproximação pela harmonia e entendimento das principais religiões do mundo atual. Das inúmeras palestras que assisti na teosofia, nenhuma propôs ou abordou o tema da religião universal para toda humanidade. Isso está claramente em desacordo com os objetivos da teosofia que são a fraternidade universal, o estudo comparado das religiões e a investigação das leis da natureza e o poder interno do homem. [14]. É perdoável, quando ignoramos assuntos diferentes daqueles que estamos acostumados à leitura e reflexão. Agora fazer juízo daquilo que não lemos e averiguamos, supondo como verdadeiro ou mentiroso, acho antiético e moralmente indevido. A pesquisa sobre a busca da verdade, feita por Blavatsky, é totalmente documentada e referenciada. A fundadora da Sociedade Teosófica, teve um conhecimento enciclopédico, pouco comum a um mortal. Suas pesquisas são fidedignas e verossímeis, ela comprovou conceitos em seu tempo, final do século XIX, que hoje, a astronomia, sociologia e teologia tem confirmado. Seu livro A Doutrina Secreta, era obra de cabeceira do gênio da humanidade Albert Einstein (1879-1955). A civilização de Atlântida, que foi considerada ficção platônica, segundo o texto acima, realmente existiu conforme recentes pesquisas científicas. Os atlantes viveram provavelmente a 18 milhões de anos atrás, sendo da quarta humanidade ou raça raiz, de um total de sete humanidades, desde que as almas povoaram à Terra 4,5 bilhões de anos atrás. Para terem ideia, somos hoje a quarta humanidade a povoar este planeta. Eles, os atlantes, evoluíram tremendamente seu lado mental criando uma civilização adiantada no progresso material e científico. Tanto que empreenderam, para adequar a seus interesses egoísta e gananciosos, desviar o eixo da Terra. Isso provocou uma hecatombe no planeta, submergindo no oceano atlântico toda aquela quarta raça raiz. Há uma fenda rebaixada no Oceano Atlântico, que provavelmente seja a civilização perdida de Atlântida, mencionada por Platão em seus Discursos Timeu e Crístias. [15]. Mahatma, mestres iluminados, não passam de falsos cristo. Doe ler esta frase tão equivocada e grosseira. Dzongsar Khyentse Rinpoche (1961-  ), baseado nos escritos do Buda disse: “Ignorância é simplesmente não conhecer os fatos, ter os fatos errados ou ter conhecimento incompleto (...). Qualquer coisa que fazemos, surgida dessa ignorância é especulativa. Quando agimos sem compreensão ou com compreensão incompleta, não há base para a confiança”. Acabei de falar acima dos falsos cristos. Um conceito estereotipado na teologia cristã tradicional, que superficialmente tenta definir pela letra morta, aquilo que está debaixo de várias camadas de conhecimento esotérico. A interpretação profunda e desvelada, que não tende a ideologia intolerante e dogmática, poucos terão o privilégio de conhecer]. A teosofia e a Bíblia. Como essência de todas as religiões, a teosofia reúne os ensinos centrais da Nova Era (16), um movimento eclético que engloba doutrinas do hinduísmo, do taoísmo, do budismo, do cristianismo e de práticas como a ioga e a meditação transcendental para despertar o suposto poder latente do ser humano. O aspirante à teosofia deve submeter-se a uma disciplina: “o carma ioga, a senda da prova” e, depois, a “senda do discípulo”, propriamente dito, que o levarão, progressivamente, ao estado de pleno desenvolvimento e de aptidão para o nirvana. [16]. Sinceramente não ouvir esse termo – Nova Era – até agora, nas palestras que ouve na teosofia. Fala-se também que os seguidores desse movimento acreditam que se aproxima uma Nova Era de paz e prosperidade mundial. Todavia, é bom lembrar, que a Bíblia fala em 1 Tessalonicenses 5,3 “quando disserem: há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto aquela que está grávida (...)”. Assim, o termo, Nova Era, não se aplica a teosofia, que inclusive sabe, por cálculos matemáticos baseados no zodíaco, que aproximasse a 3ª Guerra Mundial. Um discurso duro, que precisamos estar preparados e atentos para ouvir. Não se prognosticou a data, porém, alguns astrólogos admitem que a partir da terceira década, do nosso século XXI, será formado mundialmente a Confederação das Nações. Esse fato acontecera depois do referido 3º Conflito Mundial, que ocorrerá em proporções muitos maiores que os dois que houveram, exatamente por estarmos na era atômica. A Liga das Nações foi instituída em 10/01/1920, após a 1ª Guerra Mundial de 1914 a 11 de novembro de 1918. A ONU – Organização das Nações Unidas foi criada em 24/10/1945, quando cessaram os combates da 2ª Guerra Mundial ocorrida em1939 a 8 de maio de 1945. A Liga das Nações confirmará a paz entre as nações no terceiro milênio. Esse termo Nova Era, caiu em desuso a décadas no meio cristão, sua finalizada básica foi passar uma imagem negativa das religiões Orientais e sua filosofia, que crescentemente são aceitas hoje e praticadas no Ocidente. Trazendo resultados positivos e progresso espiritual através do autoconhecimento e interação saudável e lúcida com outras doutrinas]. Ensinos teosóficos versus ensinos cristãos. Teosofia: Jesus um dos cristos. Declaram que a atual “raça-trono” ariana já teve até agora cinco cristos, ou seja, cinco encarnações do Supremo Mestre do Mundo, que foram: Buda, Hermes, Zoroastro, Orfeu e Jesus. Afirmam que Cristo usou o corpo de Jesus. Desta forma, Jesus não deve ser considerado o (17) único Filho de Deus, o Deus homem. Ele é apenas uma das muitas manifestações ou aparições de Deus através dos séculos. Cristo é distinto de Jesus. Cristo é uma ideia perfeita de Deus – o despertar da divindade inerente. Jesus tem a consciência crística ou espírito crístico mais desenvolvido do que outros, mas cada um pode desenvolver seu espírito crístico ou consciência cósmica. Não bastasse tudo isso, ainda aguardam a chegada de um novo cristo, que será mais poderoso do que o Senhor Jesus Cristo. Esse novo cristo (18) unirá todas as religiões em uma só, dizem os teosofistas. [17]. Tento imaginar onde o pastor Natanael colheu tais informações, mas a ideia apresentada acima não distorce muito dos ensinamentos cristãos no sentido esotérico e teosóficos de que tenho conhecimento. Penso no texto bíblico de Salmos 82,6 “Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo”. Para entender essa passagem sagrada, devemos partir do princípio que todas as pessoas e seres no Universo têm em sua constituição a partícula ou centelha divina – o Atma na tradição hindu vedanta. Qualquer ser ou ente têm latente ou oculto esse Mistério Cósmico. Sejam menos evoluídos como os elementais, minerais, vegetais, animais, humanos, demônios. Ou os mais evoluídos como os anjos, arcanjos, serafins, querubins, Mestres de Sabedoria, Mahatmas, Avatares ou Cristos estão incluídos nessa Suprema Energia Infinita. O que nos separa é o grau de progresso alcançado em nosso Eu Superior ou Consciência Crística. Deus deseja a evolução espiritual de todas as suas criaturas, distintas em forma, maturidade e consciência, contudo iguais na essência identitária. O processo cósmico da transformação reencarnatória pela lei divina do carma, fara com que todos e tudo chegue a completude com o Espirito Divino. Uma passagem que traz essa ideia está em João 17,21 “Para que todos sejam um, como tu Oh Pai, eis em mim, e eu em Ti. Que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste”. Aqui terminará o princípio metafísico da impenetrabilidade que postula: “dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo”. Saímos de Deus e estamos viajando pelo tempo no espaço, num aprendizado necessário e produtivo, que purificará nosso eu inferior – personalidade, deificando nosso corpo físico, energético, emocional e mental. Ao final, nossa mente pura, intuição e vontade serão divinizadas entrando na bem-aventurança do Infinito Criador Eterno. [18]. Já mencionei que tal suposição – novo cristo unirá todas as religiões numa só – não é falada na teosofia, nem seus escritos encorajam tal conjectura. Aqui, há claramente, distorção de conceito, que enviesados produzem comentários destoantes da realidade]. Cristianismo: Jesus é o Cristo. Jesus e Cristo (19) são dois nomes para a mesma pessoa. Jesus não se tornou o Cristo como pessoa adulta, mas nasceu o Cristo (Lucas 2.11,26; João 1.41; Mateus 16.13-16; João 11.25,27). O Cristo da Bíblia é o Jesus de Nazaré histórico e o eterno Filho de Deus. Ele se tornou homem, viveu uma vida sem pecado, sofreu a morte vicária e ascendeu aos céus, ao seu Pai (Gálatas 4.4,5; 1Coríntios 15.3,4; Atos 1.9-11). A Bíblia apresenta Jesus como a única manifestação de Deus na carne (João 1.1-3,14; 8.58; 14.8-10) e admoesta que tenhamos cautela com relação aos falsos Cristos (Mateus 24.4,5, 23-25). Pedro declarou que Jesus, o Cristo, é o Filho do Deus vivo (Mateus 16.16), sendo elogiado por Jesus, que lhe disse ter sido iluminado por Deus para fazer tal declaração (Mateus 16.17-18). Jesus disse de si mesmo que era o único caminho para que o homem pudesse chegar a Deus (João 14.6). O apóstolo Pedro, por sua vez, reiterou que só no nome de Jesus há salvação (Atos 4.12). João disse que aqueles que negam que Jesus é o Cristo são anticristos (1João 2.22-23). [19] Jesus nascido da Divina Virgem Maria, Nossa Senhora, por obra e graça do Espírito Santo, como homem participou da seita dos nazarenos. Esses eram gnósticos que misturavam doutrina egípcia, platônica e misticismo judaico. Eram chamados de nazireus. Tinham como característica, cabelos e barbas compridos, vivência comunitária, divisão de bens e alimentos em comum. Tinham conhecimento secreto de cura e exorcismo ritual, celibato votivo, repúdio ao sacrifício de animais e cerimônia de banho por imersão. No esoterismo é dito que o Jesus histórico, possivelmente antes de assumir sua missão divina adquiriu habilidades na taumaturgia (capaz de fazer milagres) e teurgia (comunicação com espíritos celestes) com os egípcios que visitava periodicamente. Entrou em contato com os escritos do filosofo grego Platão, especialmente alguns de seus diálogos e a obra A República. Se verídica a suposição que esteve na biblioteca de Alexandria, pesquisadores sugerem que tenha lido alguns Sutras do Iluminado Buda Sakyamuni. O Cristo mítico é a encarnação da deidade, o Avatar emanado do Mistério Divino ao mundo. Como Filho de Deus, Grande Mestre de Sabedoria, a Emanação do Verbo e Profeta Divino não arrogou para si, a primazia sobre outros Profetas e Avatares que Deus enviara à outras culturas. Em João 8,53-54 perguntaram-lhe se é maior que o Profeta Abraão, o pai da nação judaica e do povo muçulmano. Jesus declarou-lhe: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vos dizeis que é vossa Pai]. Teosofia: Tudo (20) é um. Toda a realidade é um todo unitário. Ou seja, toda a realidade (e aqui estão incluídos Deus, a humanidade, o universo criado, a terra, o tempo e o espaço) faz parte do todo. Esta ideia é conhecida como monismo e é basicamente um conceito hinduísta. [20]. Pensando assim, o Mestre Divino Jesus em sua mansidão e humilde, conheceu a filosofia hindu monista. As escrituras dizem em Colossenses 1,17 "Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”. Também no mesmo livro em 1,17 fala "Nessa nova vida não há diferença entre grego e judeus (...) Cristo é tudo em todos". [20] O monismo do grego mónos - sozinho, único. É o nome dado as teorias filosóficas que defendem a unidade da realidade com o todo - em metafísica - ou a identidade entre mente e corpo. Sendo essa a concepção Oriental. Já no Ocidente cristianizado o conceito é do pluralismo de realidades separadas. Espírito como a essência divina eterna em toda substância e matéria. Alma expressando vontade, consciência e intuição. Corpo físico nossa parte perecível que terminará no pó]. Cristianismo: o Deus bíblico é (21) pessoal. A ideia bíblica de Deus envolve um Pai pessoal de amor, a quem os cristãos se dirigem chamando-o de “Aba, Pai” (Romanos 8.15; Gálatas 4.6). Existem evidências que comprovam a natureza pessoal de Deus, pois Ele ouve (Êxodo 2.24; Salmos 94.6), vê (Gênesis 1.4), conhece (2Timóteo 2.19), tem vontade (Mateus 6.10) e demonstra emoção (Gênesis 6.6). [21]. As religiões islâmica, judaica e cristã são consideradas monoteísta - creem num Único Deus, tendo-o na forma pessoal. Na Trindade Divina cristã, Deus é o Pai, Jesus é o Filho e o Espírito Santo o Consolador. Também a Santíssima Virgem Maria tem seu lugar no trono celeste como a Mãe Divina, Mestra e Rainha do Universo. Os judeus têm em Yhwh (Yavé) o Senhor Todo Poderoso. No islã Deus é o Senhor e Criador do Universo e seu Profeta Muhammad a expressão viva de sua manifestação ao povo muçulmano e toda a humanidade. No bramanismo, jainismo, confucionismo e taoismo, Deus não tem necessariamente uma forma pessoal, podendo manifestar-se em outros reinos da natureza. No budismo que é considerada uma religião não teísta, diferente de ateísta. A forma e expressão de Deus está relacionada a impermanência, vazio ou o nada. Aqui, não é pensado em aspecto pessoal divino, contudo uma emanação da consciência num ponto de concentração, atenção plena e auto realização]. Teosofia: tudo é Deus . “Na teosofia não se admite a figura de um Deus potente e poderoso presidindo a formação de tudo. Deus seria o Princípio Transcendental Supremo, chamado de Logos Cósmico”.11 “A teosofia é panteísta: Deus é tudo e tudo é Deus”.12 “A teosofia não acredita no (22) Deus bíblico, nem no Deus dos cristãos. Rechaço a ideia de um Deus pessoal. O Deus da teologia é um ninho de contradições (23) e uma impossibilidade”. [22]. Temos visto no Mosaico a imensurável conceituação de Deus nas espiritualidades humanas. Não concordamos com a ideia de que essa ou aquela religião seja detentora da verdade absoluta, como já explicamos acima. Todavia, a teosofia não despreza e nem faz juízo do mérito sobre os dogmas cristãos ou qualquer outro do tipo. Todos e todas são apreciadas com respeito e consideração pelos membros, que também podem ter suas crenças desde que não emitam juízo de valor exclusivista ou intolerante. Na primeira Loja teosófica em Londres, havia um grupo de budistas e de cristãos na composição dos membros. [23]. Se essa afirmação fosse verdadeira, a teosofia não estudaria as religiões comparadas. Como um centro de investigação e pesquisa das espiritualidades mundiais, é normal discorrer sobre as filosofias do Ocidente e Oriente não dando preferência à nenhuma vertente seja científica, matemática, lógica, metafísica ou religiosa]. Cristianismo: a Bíblia nega que tudo seja Deus. O Deus da Bíblia criou o homem, que é uma pessoa distinta e à parte do Criador (Gênesis 1.27). Deus é uma personalidade consciente (Êxodo 3.14; Isaías 48.12). É um espírito pessoal (João 4.23,24), com vontade própria (Romanos 12.1,2; Hebreus 10.9). É um Deus Trino: três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo, mas numa só essência ou natureza divina (Mateus 28.19; 3.16,17; 2Coríntios 13.13; Gálatas 3.20). Teosofia: o homem é Deus e Deus é o homemO objetivo da vida é despertar o deus que dorme no interior do ser humano. Cada pessoa é mais do que sublime, porque somos divinos. “Não é o temor do Senhor o princípio da sabedoria, mas o conhecimento do EU que se torna a própria sabedoria”.13 “O homem traz latentes no seu interior todos os atributos da divindade que podem ser progressivamente desenvolvidos e atraídos à manifestação através do pensamento puro e reto comportamento”.14 Cristianismo: Deus é distinto do homem. A Bíblica ensina que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.26,27). Deus é distinto do homem (Ec 5.2; Números 23.19; Oséias 11.9). A própria ignorância do homem sobre a sua suposta divindade mostra que ele não é Deus. Vejamos algumas diferenças entre Deus e o homem: a) Deus é Todo-Poderoso (Mateus 19.26); o homem tem poder limitado (Hebreus 4.15). b) Deus é onipresente (Salmos 139.7-12); o homem é confinado no espaço e no tempo (João 1.50). c) Deus é eterno (Salmos 90.2); o homem é criado no tempo (Gênesis 1.26). d) Deus é verdade (Isaías 65.16); o coração do homem é enganoso (Jeremias 17.9). Teosofia: o homem (24) não é pecadorO problema do homem é ignorar sua divindade. Desde que não exista o problema do pecado, ele também não tem necessidade de salvação. Consequentemente, Jesus não morreu na cruz para providenciar a salvação do pecador. Os homens precisam de iluminação para reconhecer sua divindade. Pela reencarnação, uma pessoa pode retornar a Deus. A única coisa que o homem precisa é de iluminação, para reconhecer sua divindade. A iluminação ou alteração da consciência é chamada também nova consciência. As técnicas para a alteração da consciência ou nova consciência são: meditação transcendental, ioga, hipnoses, mantras, diálogo com canalizadores, entre outros. Cristianismo: o problema do homem é o pecado. [24]. Essa frase parece um equívoco, quando confrontada com as várias formas de salvação que o Logos Divino providenciou em cada cultura espiritual humana. No Ocidente cristianizado o processo se dar por meio da redenção, efetuada pelo sacrifício vicário de Jesus Cristo na cruz do calvário, para libertar todos da escravidão do pecado. A ideia bíblica do “quem crê e for batizado, será salvo, mas quem não crê já está condenado”. O crê diz respeito ao arrependimento e confissão dos pecados. Esse método é pela fé, tendo a participação indireta da pessoa, pois o preço pelos vícios e deméritos já foram pagos pelo Salvador Jesus. No Oriente, destacadamente, entre os bramanistas, jainistas e budistas a salvação têm a participação direta da pessoa. Ela mesma, deve tomar a iniciativa da iluminação de seu ser interior. Aqui está envolvido o conceito de carma. O carma – para cada ação existem uma reação – são os atos positivos e negativos que realizamos ao longo de nossa encarnação. Essa lei é inexorável e baseada na Justiça Divina. Os méritos vão nos evoluindo e os demérito vão regredindo a busca pelo divino. Nossos atos de justiça – baseado na fraternidade, solidariedade, ética, moral, os métodos de meditação, atenção plena, e concentração – baseados na yoga e suas variações, produzem antecipação da salvação completa nirvana ou samadhi. Esse termo salvação que leva ao céu ou perdição que condena ao inferno, é inadmissível nas religiões orientais. Para eles a salvação faz parte dum procedimento de milhares de reencarnações, baseadas no ciclo do samsara (nascimento, sofrimento, velhice, morte e renascimento) que pode ser abreviado praticando as quatro nobres verdades: existe sofrimento, a dor tem causa, o sofrimento acaba e existe um caminho que conduz ao fim do sofrimento. No islã a salvação é alcançada obedecendo aos mandamentos divinos ditados por Deus ao seu Profeta Muhammad e contidos no Sagrado Alcorão, Sunnah e Shariah. No judaísmo o conceito espiritual de salvação não existe em sua bíblia, a chamada Tanakh. Para alcançar o mundo vindouro o judeu deve viver em integridade moral, ética e espiritual, cumprindo os mandamentos divinos, amando o próximo e respeitando a natureza, também manifestação da deidade]. O cristianismo começa com uma distinção entre o Criador e a criação. Oposto ao ensino monista panteísta, existe um abismo entre o Criador e o homem (Is 45.18). O homem de fato tem pecado contra a Deus (Romanos 3.23) e precisa necessariamente de salvação (Romanos 5.18; 6.23). O Jesus bíblico ensinou que o homem não tem simplesmente um problema de ignorância da sua divindade, mas um problema grave de pecado que precisa resolver (Mateus 12.33,34; Lucas 11.13). O Jesus bíblico ensinou que sua missão foi prover, por sua morte na cruz, expiação pelo pecado da humanidade (Mateus 20.28; 26.26-28). Ensinou, ainda, que a salvação do homem só é possível por fé nele (Jesus), e não por iluminação ou nova consciência (João 3.16). Teosofia: prega a reencarnação e o carmaA vida e o destino do homem são governados pela lei do carma (ação em sânscrito), a lei da causa e efeito.15 O homem precisa progredir muitas vezes até chegar à unidade com o Um. Se o homem adquire bom carma (reação a toda ação), benefícios positivos o acompanharão em outras vidas. O mau carma produzirá futuros castigos. Eventualmente, deixará o ciclo de nascimento e renascimentos pelas práticas de iluminação ou nova consciência, efetuando, dessa forma, sua própria salvação. Cristianismo: nega veementemente a reencarnação (Hebreus 9.27). O tipo de reencarnação adotado pela teosofia não é igual ao de Allan Kardec. O mais importante argumento contra a reencarnação é o esquecimento geral das vidas passadas. Se é verdade que já vivemos algumas vezes, como se explica o esquecimento geral das vidas anteriores?16 A reencarnação constituiria um castigo injusto. Pois: de que serviria a uma alma voltar à carne se ignora as etapas que já percorreu na sua purificação espiritual? A reencarnação prende-se, geralmente, ao falso conceito de Deus; ou seja, ao panteísmo, junto com o qual a reencarnação é professada na Índia. De fato, se não há um Deus pessoal, a quem homem possa invocar, é o próprio homem (homem) quem tem de remir a si mesmo. Ora, os esforços do homem em demanda da perfeição são sempre lentos. De onde se segue que uma série de encarnações sucessivas se impõe como solução para o problema? Esta solução errônea, por apregoar a auto redenção, não deixa de ser sedutora, pois bajula o orgulho da criatura humana, dando-lhe a ilusão de que ela não depende de ninguém. Por outro lado, o homem que crê em um Deus pessoal e distinto do mundo, sabe que é amado por este Deus que provou o seu amor doando seu Filho Jesus para que pudéssemos obter redenção (1Jo 4.8). “Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.9,10). Jesus é o nosso Advogado, e nos defende do pecado (1Jo 2.1.2,12). Teosofia: nega a eficácia da (25) oração 17. “Não acreditamos na eficácia da oração enquanto súplica externa dirigida a um Deus desconhecido”.17 [25] No livro A Chave da Teosofia, perguntaram a Blavatsky. “Então não creem na oração? Ela respondeu: Não em oração composta de tais ou quais palavras, que se repetem exteriormente, se é que você entende por oração a súplica exterior dirigida a um Deus desconhecido. Nova pergunta a ela: Existe outro tipo de oração?  Ela respondeu: Sem dúvida: nós a chamamos de Oração da Vontade, e é muito mais uma ordem, um comando, um mandamento interno do que uma petição”. Desde modo a teosofia não nega a eficácia da oração. Tem, ao contrário, uma opinião diferente do conceito tradicional do termo. Blavatsky, com sua mente mística, e adiantada no tempo, já imaginava, que esse tão importante instrumento para elevar nossa comunhão com Deus seria deturpado, reduzido a formalismo e ritual vazio. Quantos de nós, usamos a oração, para pedir isso ou aquilo. Sem perceber que esse não é o verdadeiro sentido dela. Usar a oração como um amuleto, ou utensílio de barganha com Deus, negociando nossa necessidade em troca de favores espirituais é ridículo. Somos enquadrados em Isaías 29,13 “O Senhor disse: Este povo vem a mim apenas com palavras e me honra só com os lábios, enquanto seu coração está longe de mim. E o temor que ele me testemunha é convencional e rotineiro”. Blavatsky está certíssima, falando aquilo que precisamos ouvir, pois temos medo da verdade, devido nossa covardia e descompromisso com ela]. Cristianismo: o cristão oraJesus ensinou aos discípulos a orar (Mt 6.9-13). Frequentemente, Jesus era encontrado em oração de manhã, de tarde e de madrugada. Pedro foi livre das mãos de Herodes pela oração da Igreja em seu favor (At 12.5-8). Paulo recomendou que os cristãos devem orar sem cessar (1Ts 5.17). Teosofia: declara que a redenção por Cristo é perniciosa. Falando sobre a redenção efetuada por Cristo, L.W. Rogers declara: “É esta perniciosa doutrina de que o erro cometido por um pode ser consertado pelo sacrifício de outro. É simplesmente surpreendente que tal crença tenha sobrevivido à Idade Média e continue a encontrar milhões de pessoas que a aceitam nesses dias de pensamento claro. O homem, que busca comprar a felicidade, através da agonia de outro, é indigno do céu, e não poderia reconhecê-lo, se estivesse lá. Um céu habitado pelos que vêm no sacrifício vicário um arranjo feliz, o qual lhes permite viver no prazer e bem-estar, não é digno de ser possuído”.18 Cristianismo: a base da redenção é o sangue de Cristo (Mateus 26.28; Efésios 1.7; 1João 1.7,9). Jesus ensinou a regeneração, e não a reencarnação (Jo 3.1-7). A queda da raça humana, relatada em Gênesis 3.1-5, indica a origem da rebelião contra Deus (1Samuel 15.23). O cristianismo afirma que a única solução é o homem converter-se de sua rebelião contra Deus e depositar sua fé em Jesus Cristo (Isaías 55.6,7; Lucas 13.3; 19.10). Salvação é mais do que mudança de consciência: é um processo pelo qual a graça de Deus transforma a pessoa em uma nova criatura (2Coríntios 5.17). O lema da Sociedade Teosófica. “Não há religião superior à verdade, este era o antigo lema da família de Kasi, ou Varanasi, também adotado como lema da Sociedade Teosófica”.19 A verdade essencial da teosofia é que existe a unidade por trás de toda a diversidade. Concordamos com o fato de que as inúmeras religiões não são superiores à verdade, entretanto, é salutar esclarecer que verdade é esta, e, neste intento, é adequado apontá-la como nosso lema, cujo fundamento é exarado de forma explícita e absoluta na Bíblia. Jesus se identificou como a verdade, quando declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14.6). E ainda acrescentou: “a tua palavra é a verdade” (João 17.17). Fica claro, em suas declarações, que Jesus não considerava a possibilidade de acesso a Deus por meio de uma diversidade de outros líderes religiosos, “iluminados”, pois suas palavras são incisivas: “ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (26) Não há aqui qualquer margem de espaço para Buda, Krishna, Maomé e outros. A verdade essencial do cristianismo não esconde atrás de si uma diversidade de caminhos para a salvação. O apóstolo Pedro ratificou essa doutrina ao declarar: “e em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12; grifo do autor). O apóstolo Paulo complementa: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1Timóteo 2.5; grifo do autor). Atentemos para a exclusividade reclamada pelas expressões “ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6), “em nenhum outro há salvação” (Atos 4.12) e “um só mediador” (1Timóteo 2.5). De acordo com as Sagradas Escrituras, Jesus é a verdade. Qualquer religião que ignorar ou deturpar este lema não poderá oferecer a verdadeira salvação. Entre outros, este é um dos principais atrativos que a Nova Era resgatou de sua precursora, isto é, o ideal de harmonizar e unificar valores religiosos em busca da verdade, apresentando, com isso, uma religião sincrética. Logicamente, em nossos dias, essa pregação simpática encontrará o acolhimento de pessoas que não querem se comprometer com uma verdade moral e um Deus pessoal. Nós, em contraste, continuaremos irredutivelmente apregoando a mensagem da verdade, independente de como ela for recebida. Afinal de contas, como Charles Haddon Spurgeon (1834-1892) disse: “mil erros podem viver em paz uns com os outros, mas a verdade é um martelo que os quebra a todos em pedaços”. [26] O exclusivismo argumentativo apequena nossa compreensão de fatos tão relevantes à humanidade tendo reflexo em todo o Universo. Espero, um dia, que seja revelado a todos o mistério das Grandes Almas, Avatares Divinos que vêm ao mundo com uma específica missão de conduzir determinadas culturas nacionais pelo caminho da mais elevada espiritualidade. Cada um desses Avatares, Mestre Iluminados, Mahatmas como Muhammad, Buda, Krishna, Jesus, Mashiach, Moisés, Zoroastro, Confúcio, Lao Tsé e outros foram usados pela Consciência Cósmica como Salvadores do mundo. Não tem como confrontar o grau de grandeza e sublimidade de cada um. Todos deram exemplo de amor, abnegação, altruísmo, fraternidade, solidariedade, renúncia e determinação pela causa espiritual. Eles, por si, são o esplendor da essência divina nas religiões das quais tornaram-se Oráculo e Mensageiro. Nenhum deles reivindicou a primazia sobre a religião ou espiritualidade da qual são os celestes portadores e transmissores.  Todavia tinham em Deus, a fonte de toda a luz e verdade que emanaram para seus povos. A questão é que desejamos, que todos sigam os mesmos caminhos que seguimos, e vivam as mesmas experiências humanas e espirituais que vivemos. Deus, porém, anela o contrário, desejando que compreendamos, que é na diversidade e diferença que Ele se manifesta. Esse ideal duma única religião universal, congregando todas as nacionalidades, imagino, nunca passou pela mente divina. É impossível tal iniciativa, descontextualizada no micro e macrocosmo que vivemos. Tudo é diferente e dessemelhante. Imaginar que nenhuma pessoa é igual tendo cada uma sua digital e seu código genético é fantástico. Todos os minerais, vegetais e animais tem seu agrupamento de DNA único. As espécies nos vários reinos são semelhantes, algumas até idênticas, mas desiguais em sua essência e substância, porém uma com o Tri-uno Deus. Os sois, os cometas, as estrelas e os universos são diferente. Os mundos superiores são diferentes. Agora, dizer que todos e tudo nessa singularidade e especificidade que vivemos estamos caminhando ao encontro da Unidade com o Eterno e Infinito é outra coisa. A evolução com o processo divino de disciplina cármica, aperfeiçoará todos os seres, que alcançarão esse ideal da harmonia e identidade única com o Logos Divino num futuro de milhões de anos adiante. No entanto, essa diversidade em todos os âmbitos continuará entre nós por milênios, até que o ciclo do progresso espiritual da humanidade se complete nesse planeta Terra. Aqui concluo meus comentários, esperando que eles tenham ajudado a esclarecer tantos pontos obscuros nesse texto referido no site. Anelo que os leitores continuem com essa visão da unidade na diversidade, tolerância na inflexibilidade e consideração aos que não pensam necessariamente como ponderamos]. O emblema da Sociedade Teosófica. Segundo os adeptos da teosofia, o emblema da Sociedade “é uma perfeita equação algébrica com todos os termos expressos encerrando uma infinidade de valores, representando a intenção da teosofia de redimir a humanidade da miséria, aflição e pecado, frutos da ignorância, causa de todo o mal”. Como podemos constatar abaixo, o conjunto de elementos que encerra o emblema deste grupo religioso é constituído de símbolos declarados pela Nova Era. Vejamos: Os dois triângulos equiláteros entrelaçados simbolizam o Universo como a dualidade espírito-matéria. O de vértice para cima é o do fogo, espírito ou Pai; o de vértice para baixo é o da água, matéria ou Mãe. Os lados do triângulo do fogo, entre outras coisas, significam: existência, consciência e bem-Aventurança; os do triângulo da água significam as três características da matéria: inércia, movimento e equilíbrio. Os doze lados iguais formados pelo cruzamento das linhas da figura consideradas em conjunto representam os “dozes deuses” da Cabala e de outras religiões antigas, os doze signos do Zodíaco, os doze meses do ano. A cruz “ansata”, ou Tau, encerrada dentro do duplo triângulo é o símbolo do espírito que desce à matéria e nela está crucificado, porém, que ressuscitou da morte e permanece triunfante nos braços do vitimário já vencido e, por isso, é chamada de “Cruz da Vida”, simbolizando a ressurreição. Nas pinturas egípcias pode-se ver que esta cruz era aplicada sobre os lábios da múmia, quando a alma voltava ao corpo. Acima, o torvelinho da Cruz Ígnea, ou Svástika (Cruz Alada ou Cruz de Fogo) é o símbolo da energia vertiginosa que cria um Universo, “abrindo buracos no espaço” ou, dizendo em forma menos poética, formando os torvelinhos ou átomos para a construção dos mundos. Ao contrário do que muitos acreditam, a suástica é usada há mais de três mil anos pelos chineses, tibetanos e antigas nações germânicas; encontrada também entre os bompas e budistas; usada como símbolo do budismo esotérico, figurando a frente de todos os símbolos religiosos de todas as nações antigas, sendo o mais sagrado e místico símbolo da Índia. Segundo afirmam, tem estreita relação e até identidade com a cruz cristã. Como diagrama místico de bom augúrio “svástika”, ou seja, signo de saúde, não mantém relação alguma com o símbolo usado na Segunda Grande Guerra. A serpente que morde a própria cauda, o ouroboros, é o milenar símbolo da eternidade, o círculo sem começo nem fim em que todos os universos crescem e declinam, nascem e morrem. Ao redor do símbolo, o lema do Maharâja de Benares: Satyât nâsti paro Dharma (Não há religião superior à verdade). Este sinal, a sílaba sagrada AUM, em sânscrito, é a representação gráfica e sonora (OM) do mistério do PRINCÍPIO UNO, manifestado em seus três aspectos: a Trindade. A letra A representa o nome de Vishnu (o preservador); a letra U, o nome de Shiva (o destruidor) e a letra M, o de Brahmâ (o criador). AUM é o nome místico da divindade, a palavra mais sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. Todas as grandes religiões falam da Trindade, ainda que dando nomes diferentes. Assim, segundo os teósofos, por exemplo, no cristianismo são: PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO (27); na Teosofia: 1º, 2º e 3º LOGOS. [27] Último comentário. Não poderia deixar passar a oportunidade de tocar nesse ponto. As religiões naturais, aquelas iniciadas pelos Avatares Divino, geralmente têm uma Trindade Divina. Isso não é regra, contudo é visto em varias delas. O cristianismo não deu início a esse procedimento, como muitos imaginam. Nada é tirado do vazio, tudo o que pensamos ou falamos está no mundo das ideias, como disse Platão. Desde que existe o homem, em todas as áreas ele pensou, projetou e realizou.  O misticismo humano vêm de anteriores milênios, sendo um legado espiritual das culturas e tradições. Vejamos a trindade divina nas religiões antigas. No cristianismo temos Pai, Filho e Espírito Santo. Lembrando da Divindade Imaculada da Santíssima Virgem Maria, a Mãe de Deus. O vedantismo ou hinduísmo traz Brahma, Vishnu e Shiva. No antigo Egito tínhamos Osíris, Hórus e Ísis. Na Suméria havia Nimrod, Tamuz e Semírades. No Zoroastrismo eram Ahru Mazda, Mitra e Vohu Mano. Na Grécia antiga existiam Zeus, Athena e Hera. Na antiga Roma Júpiter, Minerva e Juno. Na civilização Asteca Ometeoti, Quetzalcoah e Ehecati. Os Nórdicos tinham Odin, Thor e Frigga. Os Maias Hunab-ku, Kukulkan e Chiknawi. E outras que não mencionei. Isso evidencia que todas as religiões naturais e as reveladas, têm em sua origem o mesmo princípio, a busca pela verdade e o interesse em amar a Deus e ao próximo].  [A menção do hipnotismo, no texto, relacionado a Yoga e meditação é pura ignorância. A hipnose, mesmo tendo o reconhecimento do uso no Ocidente por profissionais odontólogos, médicos, fisioterapeutas e psicólogos-psicanalistas no tratamento auxiliar ou terapia relacionada nas áreas correspondentes. No Oriente, contudo, não é unanimidade sua aplicação nas áreas médicas derivadas. O iogue Paramahansa Yogananda (1893-1952),  dotado de grande saber filosófico e espiritual escreveu em sua obra: "Auto biografia de Um Iogue, página 59 "O hipnotismo tem sido usado por médicos em pequenas operações como uma espécie de clorofórmio psíquico para pessoas que podem correr risco com a anestesia. Mas o estado hipnótico é nocivo às pessoas a ele submetidas com frequência; ao seu efeito psicológico negativo segue-se, com o tempo, a degeneração das células cerebrais. Hipnotizar é violar o território da consciência alheia". Assim Yogananda, baseado na antiga tradição da ciência Yoga, desaconselha que esse procedimento seja realizado em pessoas, com o suposto fundamento do benefício médico ou terapêutico].      Fonte: http://www.mcanet.com.br/lotusbranco/simbologia.htmwww.icp.com.br. Abraço. Davi

Referências do site www.icp.com.br1 Folheto Teosofia e a Sociedade Teosófica. 2 Revista ANO ZERO n. 24, de abril de 1993, p. 43. 3 Ibid. 4 The Key of Theosophy. Helena P. Blavatsky, p. 85, edição em francês de 19l6. 5 Corrente doutrinária fundada por Amônio Sacas (séc. II), em Alexandria, e cujos representantes principais são: Plotino, filósofo romano (240-270), em Roma; Jâmblico, filósofo grego (250-330), na Síria; e Proclo, filósofo grego (410-485), em Atenas. Caracterizava-se pelas teses da absoluta transcendência do ser divino, da emanação e do retorno do mundo a Deus pela interiorização progressiva do homem. 6 Existem várias correntes diferentes do gnosticismo, porém, todas elas foram influenciadas pelo neoplatonismo e pelo pensamento grego em geral. Rejeitavam a matéria por achar que ela era má e, com isso, rejeitavam também a encarnação do Verbo, o que gerou posições absurdas e conflitantes no que se referia à morte e à ressurreição de Cristo. Ao que parece, foi uma das primeiras heresias cristãs, visto que, conforme a opinião de alguns, os escritos do apóstolo João foram redigidos visando combater estas ideias errôneas a respeito de Cristo. 7 Cabala é o nome dado ao conhecimento judaico místico, originalmente transmitido de forma oral. O misticismo gnóstico já se fazia presente na Haggadah (livro que narra o Êxodo e apresenta a ordem de Sêder – as bênçãos, símbolos, orações e, principalmente, a exposição rabínica do tema). As pessoas buscavam a presença de Deus. Essa presença substituía toda a erudição e todo o esforço humanos. Assim, a alma humana entraria em harmonia com o Ser divino. As pessoas andavam atrás da perfeição, da santidade e da autopurificação, para que pudessem chegar à presença de Deus. O instrumento usado para isso era a cabala que, naturalmente, incorporava muitas ideias pagãs, no campo dos conceitos, como a adivinhação. A cabala era usada como a Bíblia do misticismo. 8 Segundo a própria Ordem Rosa Cruz, sua finalidade é estudar, testar e ensinar as leis de Deus. Vejamos o que declaram: “A finalidade da Ordem é estudar, testar e ensinar as leis de Deus e da natureza capazes de tornar nossos membros mestres do sagrado templo (o corpo físico) e obreiros do divino laboratório (os reinos da natureza). Isto nos permite prestar auxílio mais eficaz aos que ainda não conhecem aquelas leis e que precisam de assistência. Todo iniciado tem o dever de servir, considerando imperativo estudar e praticar as leis ensinadas em nossa Ordem, aplicando-as sempre que oportuno”. 9 Mestre de Alquimia, médico e filósofo alemão que conseguiu difundir suas doutrinas sem ser condenado pela Igreja. É considerado o personagem mais característico do Naturalismo alemão na Renascença. Definia o fundamento da Medicina como uma conjugação entre o mundo exterior e as diferentes partes do organismo humano. Tornou-se célebre pela doutrina dos medicamentos específicos e pela teoria da múmia, bálsamo natural que deveria preparar todos os tecidos. 10 Dicionário de religiões, crenças e ocultismo. Mather & Nichols. Editora Vida, p. 415, 2000. 11 Revista ANO ZERO n. 24, de abril de 1993, p 46. 12 The Key to Theosophie. Helena P. Blavatsky, p. 63. 13 A doutrina secreta. Helena P. Blavastky. 14 Folheto Princípios teosóficos. 15. Ibid.. 16 A reencarnação dos espíritos, p. 192, 1946. 17 Revista ANO ZERO n. 24, abril de 1993, p.46.18 Citado no Dicionário de religiões, crenças e ocultismo.

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