Editor do Mosaico
Espiritual. Não tenho interesse em polemizar os argumentos apresentados pelo
site em questão: www.icp.com.br. Contudo,
sinto a necessidade de fazer justiça, esclarecendo a opinião pública que acessa
o referido texto, ficando com uma impressão tipicamente dogmática, baseado
unicamente numa vertente. Valorizando o cristianismo, que identifica os devotos
na busca pelo divino como membros do corpo de Cristo, de posse das verdades
contida na Sagrada Escrita Cristã. Não posso calar ante suposições teológicas
institucionais, que não representam a totalidade dos convertidos dessa
religião. Falarei em nome do Mosaico, somente, pelo período que participei e
eventualmente assisto às palestras na Sociedade Teosófica em Brasília.
Esclareço que em 2014 frequentei o curso de Introdução ao Pensamento Teosófico,
sendo de grande ajuda em minha caminhada pela Senda. Não tornei membro de
nenhuma Loja dessa honrada e íntegra instituição. Sou grato a Deus pelo
pensamento teosófico ter sido um dos instrumentos incentivadores da
criação do Mosaico Espiritual, na sua interação e integração com as
espiritualidades mais conhecidas. Estas que a humanidade tem encontrado para
alcançar sua evolução rumo a Verdade e o Bem Supremo – a Consciência Crística
ou Cósmica. Também, eventualmente, frequento a missa na Igreja Católica
Liberal, em comunhão com demais irmãos no sacramento do pão e vinho. Retirarei
alguns períodos do texto do pastor Natanael Rinaldi, colocando-os entre
[ ] parênteses, e comentando a luz da interatividade e
universalidade como é típico dessa página eletrônica. Sem delongas axiomáticas,
mas com funcionalidade e simplicidade. Voltada à investigação e pesquisa como
fonte de aprendizado para a harmonia, respeito e tolerância daqueles que não
professam nossa fé, mas igualmente têm Deus em seu coração como fonte de luz,
verdade e vida.
Instituto Cristão
de Pesquisa. www.icp.com.br.
DEFESA DA FÉ. TEOSOFIA – A FILOSOFIA QUE LANÇOU AS BASES PARA O ATUAL MOVIMENTO
DA NOVA ERA. Por Pastor Natanael Rinaldi. A palavra theosophia é de origem
grega e significa “sabedoria de Deus”. Surgiu no terceiro século, em Alexandria,
no Egito, com um notável pensador da época, Amônio Sacca (175-242), que foi
mestre de Plotino (204-270), sendo ambos filósofos platônicos. A teosofia (de
théos = Deus, sophia = sabedoria) vem a ser, como dizem, (1) “um corpo de
ensinamentos misteriosos revelados somente a poucas pessoas mais avançadas”.
Esse conhecimento tem recebido o título de doutrina secreta. Neste sentido,
trata-se de um (2) ramo do ocultismo, da palavra latina ocultus.
[1]. Até onde percebi, como ouvinte na Sociedade Teosófica, esses ensinamentos
misteriosos estão disponíveis a qualquer pessoa. Desde que, onde estejam,
assumam um compromisso de pureza, santidade e amor ao próximo, transmitindo
essa sabedoria à humanidade na teoria e prática cotidiana. Os grandes seres da
Confraria Universal não permitem, que indivíduos desqualificados e insubmissos
ao Eu Superior, tomem posse das Verdades que transformam a humanidade e
restauram a natureza em seus níveis de consciência ainda denso. [2]. Há um
enorme temor no Ocidente, entre os desinformados e notadamente cristão, sobre o
Ocultismo. Poderes estranhos, tentam obscurecer o conceito referindo-o
geralmente a magia negra. Isso não é verdade. Óbvio que a magia negra é um
estorvo a busca espiritual, e um retrocesso na evolução do discípulo que deve
evitar enveredar por essa Senda. Ela destrói o eu inferior, a personalidade,
corpo – físico, energético, emocional e mental antes do tempo determinado pelo
Senhor do Karma. Processo efetuado por Shiva, o deus destruir e transformador.
Isso acarreta severa disciplina por milênios ao participante, que passará
intenso sofrimento em seus futuros renascimentos. Como Ocultismo, estudei na
Teosofia que representa os poderes latentes de nossa alma que estão ocultos, e
podem ser conectados a nossa experiência. Também, diz respeito, aos mistérios
da natureza em seu nível – animal, vegetal, mineral e elemental, que podem ser
descobertos para o bem individual, coletivo e humanitário]. Essa palavra se
distingue da palavra teologia. A teologia é um discurso sobre Deus (Theós),
conhecido à luz da fé. A Bíblia afirma: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe;
porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e
que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11.6). Por outro lado, lemos: “Visto
como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria,
aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus
pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo
crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para
os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de
Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os
homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1Coríntios
1.21-25). Assim, ao passarmos a estudar sobre a (3) teosofia, não podemos deixar
de apontar aquilo que Paulo nos adverte sobre as doutrinas que surgiriam nos
últimos tempos como ensinos totalmente antagônicos à Palavra de Deus (1Timóteo
4.1,2). Por isso, devemos ter cautela, (4) para não sermos iludidos por tais
doutrinas. Diz o apóstolo: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua,
por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo
os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Colossenses 2.8). [3]. Teosofia
significa Sabedoria Divina, como bem definido pelo pastor Natanael. Entretanto,
ela tem o perfil da pesquisa e investigação da Verdade. Em nenhum momento,
quando frequentei, falou-se como um dogma exclusivista ou um único caminho que
conduz a Verdade. Percebi, ao contrário, como diz o filósofo Jiddu Krishnamurti
(1895-1986) que a “verdade é uma terra sem caminhos, o homem não pode atingi-la
por organização, credo (...) tem de encontrá-la através do espelho do
relacionamento, através do conteúdo da sua própria mente, através da
observação”. [4]. Não consigo entender, como a ampliação do conhecimento
espiritual tornasse produto ilusório de doutrina. Em vez disso, nosso universo
cognoscível e intelectivo assume uma dimensão cósmica, capaz de penetrar a
essência daquilo que é analisado e experimentado. Enxergamos os fatos e
supostas verossimilhanças, não dentro do tempo, com a influência da inferência
e indução. Todavia, de fora, como um cientista a manusear o microscópio,
percebe detalhes que nenhum indivíduo enxerga, caso não utilize o instrumento
correto. Não estou refutando a exegese bíblica, apenas examinando o outro lado
da argumentação do pastor]. Seita (5) ou religião? Procura a Sociedade
Teosófica negar o seu caráter sectário ou religioso, afirmando que “a Sociedade
não se identifica com nenhuma religião em particular, não sendo ela mesma uma
seita religiosa”. É óbvio seu interesse em não se declarar entidade religiosa
ou sectária: fazer que as pessoas religiosas não se sintam preocupadas em
estudar os ensinos religiosos da Teosofia. A propósito, o escritor Adolpho J.
Silva, membro do Conselho 1 Editorial da Editora Teosófica, em entrevista à
revista ANO ZERO, declara que “a Teosofia não chega a ser uma religião, é uma
filosofia de vida e pretende que o católico, o protestante, evangélico, dentre
outros, vivam melhor a sua religião e tenham uma visão mais ampla da
realidade”. Neste sentido, a Teosofia é um sistema, uma filosofia”. 2
Continuando sua entrevista e indagado se a Teosofia se propõe a aglutinar
membros de diferentes movimentos, religiões e sociedades secretas, a resposta
foi: “Exatamente, há uma tendência ao sincretismo religioso”. 3 Ora, como
sabemos, sincretismo é a fusão de religiões, ritos e crenças. Adolpho J. Silva
declara que “a teosofia se propõe a aglutinar membros de diferentes movimentos,
religiões e sociedades”. Isto significa que pessoas de várias religiões e
crenças chegarão a um impasse: decidir se permanecem em suas crenças ou adotam
as novas, filiando-se à Sociedade Teosófica, à medida que descobrem que os
ensinos novos da teosofia conflitam com aquilo que creem. Passaremos a
demonstrar que as doutrinas teosóficas (6) não podem conciliar-se com a
doutrina cristã e que não seria correto um cristão participar das reuniões
promovidas por eles e nem mesmo ler os livros, revistas e outras publicações
teosóficas, a menos que o faça para pesquisar e refutar com conhecimento de
causa. [5]. O conceito de seita – significando heresia, foi há algum tempo
descartado pela ciência sociológica. Estudiosos do assunto o consideram
ultrapassado e desproporcional na pós-modernidade. Ele remete ao preconceito,
intolerância e discriminação; impedimentos a harmonia cultural na atual
geração. Desse modo, a premissa colocada, pode ser falaciosa a princípio. O
sentido correto do termo no latim é secta – seguidor – duma corrente religiosa,
filosófica, institucional ou política. Caso relacionado a todos. [6]. Tanto
podem conciliar com o cristianismo, que a interpretação bíblica na teosofia não
recebe nenhuma censura, porém, é vista no mais elevado grau de liberdade,
virtude e solidariedade. Proporcionando ao homem o caminho do crescimento
espiritual, para todos chegaram a Casa do Deus Pai. Tanto que, alguns teósofos,
participam da Igreja Católica Liberal. Ela absorveu os principais ritos da
Igreja Primitiva, idealizada e proposta pelo sábio cristão primitivo Orígenes
de Alexandria (184-253). Dentre eles, os sacramentos divinos, o batismo, a
anunciação de Cristo, a ressurreição, a reencarnação dentre outros. A
reencarnação, foi doutrina da igreja cristã até o ano de 453, quando o Concílio
de Constantinopla II a baniu, não examinando a veracidade – nem o mérito –
sem defesa prévia ou juízo teológico. O imperador Constantino II, quem
realmente assinava os decretos da igreja, não viu utilidade nesse credo, para o
Imperialismo Romano]. Duas mulheres. Helena Petrovna Blavatsky. Na história da
teosofia surgem duas mulheres proeminentes, conhecidas como mestras da teosofia
moderna: Helena Petrovna Blavatsky e sua “continuadora”, Annie Besant. A Sra. Blavatsky
nasceu em Ekaterinoslaw, na Ucrânia, em 12 agosto de 1831. Era filha do coronel
Petervon Hahn e Helena Andreyevna, e sobrinha de Sergei Witte que, mais tarde,
se tornou primeiro-ministro e amigo de Gregory Rasputin (1869-1916). Sua
história pessoal, de Blavatsky, é repleta de aventuras e extremamente
conturbada. Quando criança, foi rebelde e estranha. Era paranormal e escrevia
seus livros em transe mediúnico (7), sendo inspirado, conforme dizia, por
Mestres de Sabedoria. Aos 16 anos, casou-se com o general russo Nicéforo
Blavatsky, mas, três meses depois do matrimônio, abandonou o marido. Após a separação,
passou a percorrer o mundo em busca da sabedoria. Ouviu mestres ocultistas,
magos e médiuns da Turquia, Inglaterra e Egito. Por fim, em 17 de novembro de
1875, resolveu fundar, junto com o coronel Henry Steel Olcott, em Nova York,
nos Estados Unidos, uma organização a qual deu o nome de Sociedade Teosófica. O
coronel Olcott tornou-se o primeiro presidente da Sociedade e, em 1878,
partiram, juntos (Blavatsky e Olcott), para a Índia. Em 3 de abril de 1905, foi
estabelecida a sede internacional da Sociedade Teosófica no bairro de Adyar, na
cidade de Chennay (antiga Madras), no Estado de Tamil Nadu, sul da Índia. Com a fundação da
Sociedade Teosófica, Helena Blavatsky pretendia iniciar a transferência (8) do
budismo e do hinduísmo para o ocidente, difundindo a teosofia nos Estados
Unidos. Não conseguindo de início o seu propósito, transferiu a Sociedade
Teosófica para a Índia, onde predomina o hinduísmo. Helena Blavatsky
faleceu em 8 de maio de 1891 e foi sucedida por Annie Besant. H. P. B., dentro da
teosofia, é a forma comum de mencionar a fundadora“. [7]. É fato que a senhora
Blavatsky escreveu sob a influência de um Mestre de Sabedoria do mundo superior
astral – Koot Homi. Todavia, o transe mediúnico citado, é duvidoso. Pelo que
sei, esse ser iluminado, da Grande Fraternidade Branca, que a auxiliava em seus
escritos, não exercia influência em sua consciência ao recebe a mensagem. Ela
se encontrava em perfeito estado mental consciente. Não há a ideia de possessão
por um espírito externo. Helena Blavatsky, tinha realmente poderes paranormais,
conta-se de levitava e materializava pequenos objetos. De família nobre
burguesa, estudou nas melhores escolas e universidades da época. Sua
inteligência singular acumulou grande conhecimento científico e filosófico, dos
clássicos universais e pesquisas acadêmicas de sua época. Sua obra prima A
Doutrina Secreta e o antecessor Isis Sem Véu, segundo entendidos, para ser
escrito, da forma que foi referenciado por notas de rodapé, ela deveria ter
lido mais de 30 mil livros em vida. Blavatsky esteve durante alguns anos nas
montanhas do Tibete onde conheceu a cosmogonia antiga do budismo tibetano,
corpo de doutrina, princípios (religiosos, míticos e científicos) que se ocupam
em explicar a origem do Universo – cosmo gênese. Esses registros estão nos
livros A Instância de Dzyan e a Voz do Silêncio]. Annie Wood
Besant. Annie Wood Besant nasceu em 1847, em Londres, e se casou, ainda muito
nova, com Frank Besant, com quem teve dois filhos. Ela também abandonou o
marido (8). Com a morte de Helena Blavatsky, Annie Besant colocou-se à frente
da sociedade. Assumindo a tutoria de um jovem indiano chamado Jiddu Krishnamurti,
nascido em Madabapelle, Madras, em 1895, em 1908 Annie Besant identificou esse
jovem, seu filho, como o futuro Mestre e Salvador da humanidade. Segundo ela,
Jiddu era o Cristo reencarnado (9). O tal jovem já havia supostamente passado
por 32 encarnações, gastando, para isso, 72.000 anos. Como sabemos, Jesus nos
exortou a estarmos alerta contra o surgimento de falsos cristos e Jiddu, ao que
consta, seria esse falso cristo, tido como salvador do mundo. Atentemos para o
prognóstico de Jesus: “Porque muitos virão em meu nome, dizendo: “Então, se
alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito;
porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e
prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vos
tenho predito” (Mateus 24.5, 23-25). Estas fantasias foram as responsáveis
pelas principais cisões entre os teósofos. A seção alemã, por exemplo, dirigida
por Rudolf Steiner, filósofo e pedagogo austríaco (que nasceu em Kraljevic, em
1861, e morreu nessa mesma cidade croata, em 1925), separou-se, em 1913, da
Sociedade Teosófica e fundou a Antroposofia. [8] Anne Besant também era da
burguesia inglesa, frequentando as melhores escolas e universidades britânicas.
Dotada de vasto conhecimento acadêmico era escritora erudita, militante
socialista, maçom e defensora dos direitos das mulheres e minorias hindus. Como
contemporânea do Mahatma Gandhi (1869-1948), tornou-se coadjuvante feminina na
independência da Índia contra a dominação inglesa. Militou nesses interesses,
pacificamente, no mesmo espírito fraterno e humanitário de Gandhi. Contribui
para diminuir a desigualdade social na Índia, imposta pelo cruel sistema que
dividia a sociedade em castas. Foi lembrada pelo Primeiro Parlamento Indiano,
após a libertação do colonialismo, para membro do governo federal. É temerário
a frase abandonou o marido. Claro que por traz de tudo há uma história, que não
sabemos o motivo da separação do casal. Falar sem conhecimento de causa,
parecer mera especulação, correndo-se o engano da parcialidade que não esclarece
esse fato como devidamente ocorrido. [9]. A ideia do “messianismo”, o salvador
que virá para trazer novamente a ordem fraterna do amor e harmonia entre as
pessoas está presente em todas as religiões naturais. Essas que o Divino passou
aos Avatares a mensagem original. Esses avatares e Grandes Almas tiveram seu
aspecto histórico – nascimento no tempo e espaço. Mítico – revelações cercada
de eventos mitológicos e miraculosos. Místico – a mensagem do amor ao próximo e
amor à Deus. Os cristãos esperam a Segunda Vinda de Cristo para reinaram no
plano espiritual. Os fieis do islã tem uma ideia parecida ao retorno do Profeta
Muhammad. Os judeus aguardam a restauração do Grande Israel pelo Profeta
Mashiache. Os budistas dizem que a próxima encarnação do Buda será Maitreya. O
Avatar de Krishna é esperado no bramanismo. Esses Grandes Seres da Humanidade
virão quando a religião estiver numa condição de completa ruína e deterioração
moral, ética e espiritual. A teosofia não é religião, porém admite
que o episódio envolvendo Krishnamurti foi um equívoco que trouxe boas
lições à instituição. Ele foi adotado e preparado para ser o Instrutor do
Mundo, até seu afastamento da Sociedade Teosófica em 1929, com 34 anos. Seguiu
seu próprio caminho como filósofo, palestrante, educador e espiritualista.
Fundou escolas diferenciadas nos Estados Unidos e Reino Unido, encorajando os
alunos a investigarem todos os aspectos da vida. Além do estudo da matemática,
ciência e idioma estrangeiro. Consta-se que antes de sua morte, em 1986, Krishnamurti
pediu o retorno a Sociedade Teosófica, que prontamente o aceitou novamente. em
suas fileiras, Sua obra tem sido de grande ajuda à humanidade, nessa pós
modernidade marcada pela intransigência e intolerância. Hoje, o trabalho
teosófico de investigação, pesquisa, fraternidade e solidariedade para a
harmonia dos povos, tem por foco o esforço de todos os membros das inúmeras
Lojas espalhadas pelo mundo. Cada um levando a tocha acessa, passada mão a mão.
Iluminando pela sabedoria divina as mentes e corações daqueles que ainda estão
em trevas, resgatando-os para a maravilhosa luz do autoconhecimento]. Organização e
atividades. Estão organizados em mais de sessenta países em seções nacionais e
estas, por sua vez, compõem-se em Lojas e Grupos de Estudos. A maioria das
lojas e grupos de estudo realiza reuniões públicas com palestras, cursos,
debates e outros eventos desse tipo. Existem outras atividades de
confraternização entre membros e simpatizantes. No Brasil, há dois ramos
distintos: a Sociedade Teosófica no Brasil, filiada à Sociedade Teosófica
fundada por Helena Petrovna, e a Sociedade Teosófica Brasileira, também
conhecida como Sociedade de Eubiose, fundada por Henrique José de Souza e com
sede em São Lourenço, Minas Gerais. Objetivos. A Sociedade Teosófica
afirma que possui três objetivos básicos: 1. Formar um núcleo da fraternidade
universal da humanidade, sem distinção de raça, credo, sexo, casta ou cor; 2. Estimular o
estudo comparativo das religiões, filosofias e ciências; 3. Investigar as
leis ainda não explicadas da natureza e os poderes latentes do homem. Para que uma pessoa
se torne associada da Sociedade, tem de concordar pelo menos com o primeiro
objetivo. Os outros dois são opcionais. Fonte de autoridade. O livro mais
importante da fundadora é A doutrina secreta (1888). Suas outras obras são: A
voz do silêncio (1889), Isis sem véu e A chave da teosofia. Embora a palavra
teosofia signifique a sabedoria de Deus, essa nova sabedoria, no entanto, não
tem nada em comum com a (10) verdadeira sabedoria de Deus (1Coríntios 2.6-13). Blavatsky declarou
que “não é o temor do Senhor o princípio da sabedoria, mas o (11) conhecimento
do EU que se torna a principal sabedoria” (A doutrina secreta). Os Upanishads e
os Vedas, livros sagrados do hinduísmo, constituem a base para grande parte de
suas doutrinas. O budismo também influenciou grandemente as doutrinas da
teosofia. Como lemos na Bíblia: “O temor do Senhor é o verdadeiro princípio da
sabedoria” (Salmos 111.10), e não a sabedoria aprendida nos meios ocultistas,
pois esta é “terrena, animal e diabólica. Mas a sabedoria que do alto vem é,
primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia
e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia” (Tiago 3.15,17). [10]. A
teosofia oferece mais profundidade a compreensão das escrituras sagradas das
principais tradições espirituais. Livros sagrados como o Alcorão, Bhagavad
Gita, Mahabharata, Ramayana, Yoga Sutras, Upanishads, Sunnah, Shariah, Torah,
Talmud, Cabala, Tanake, Bíblia Sagrada, Zend Avesta e tantos outros são de
divina inspiração para aqueles que tiveram o privilégio de tê-los em sua
cultura e sociedade. Especificamente, no cristianismo, Orígenes de Alexandria
(184-253) postulava que a Bíblia tem três níveis figurados de interpretação.
Referia 1º o corpo – aspecto mais superficial da explicação, passado ao grande
público ouvinte da mensagem. Aqueles com menos interesse em penetrar mais fundo
na investigação espiritual. 2º a alma – um procedimento mais apurado e
meticuloso da exegese aos discípulos compromissados; devotos com desejo de
evoluir seu Eu Superior. Nossa personalidade envolvendo sensações, emoções e
vontade sob a influência da Luz Divina. 3º o espírito – método avançado de
significação da emanação revelada. Aquilo que Jesus diz em Lucas 8,10 “A vós é
dado conhecer os mistérios do reino de Deus, mas aos outros por parábolas. Para
que vendo não vejam, e ouvindo, não entendam”. Essa lição era passada aos
evoluídos pela Senda, que tinham na virtude e fraternidade sua meta. Estando
cônscios de sua responsabilidade com o ministério cristão do amar a Deus e ao
próximo como a si mesmo. Jesus levava alguns para o monte, outros aos
jardins e mais outros para conversas particulares. Nesses locais eram passadas
as doutrinas esotéricas (profundas – aos iniciados na senda). Contudo a
multidão, lhes falava nos vales, nas montanhas e a beira dos rios. Nesses as
doutrinas exotéricas (superficiais – ao grande público). Pastor Natanael ainda
não percebeu que a luz da verdade, está revelada em todas as escrituras
sagradas das espiritualidades que conhecemos. Elas carregam para seu povo e
cultura, aquilo que de melhor pode aperfeiçoar o lado humano e espiritual do
indivíduo. [11]. Quando Blavatsky menciona o conhecimento do eu, ela está pensando
na constituição setenário do homem. O eu inferior é nossa personalidade terrena
e perecível constituída de corpo físico, energético, emocional e mente dos
desejos. Esse é representado por um quaternário. O eu superior é nossa
individualidade eterna e indestrutível, a parte do divino no homem; composto de
mente pura, intuição e vontade. Essa tem a tipologia de uma tríade. Os dois
aspectos estão ligados por um fio chamado em sânscrito de Antakarana. Quando
desenvolvemos nosso lado inferior com virtudes, solidariedade, espiritualidade
e fraternidade alcançamos o autoconhecimento, imprescindível para chegar ao
temor do Senhor, que é o princípio da Sabedoria]. A mãe da Nova
Era. Um grande número de estudiosos procura uma data específica para o início
do Movimento Nova Era (MNE), e indicam esse ponto de partida como sendo a data
da fundação da Sociedade Teosófica, em 1875, na cidade de Nova York. A teosofia
declara ser “a essência de todas as religiões e da (12) verdade absoluta, da
qual uma gota apenas se encontra em cada crença”. 4 Seus ensinos englobam os
neoplatônicos 5, os gnósticos 6, a cabala judaica 7, a mística dos rosacruzes 8
e certas doutrinas de Paracelso 9 Um dos ensinos fundamentais da Nova Era é a
criação de uma (13) religião universal. A teosofia tem o mesmo objetivo. Tanto
uma quanto a outra procuram juntar o melhor de várias doutrinas em uma só
religião. Essa mistura religiosa é denominada sincretismo. A palavra
sincretismo designa “qualquer mistura de pensamentos e práticas diversas, com o
objetivo de formar um todo, criando, a partir dessa união, algo novo, mantendo
essencialmente as mesmas características das anteriores 10” A pergunta que se
faz é: “Em que se baseava a escritora para afirmar que a teosofia é a essência
de todas as religiões e da verdade absoluta? Por incrível que pareça, ela se
baseava no testemunho de videntes, isto é, de mestres iluminados do Tibete, no
ensinamento da Loja Branca, da Hierarquia dos Adeptos e na cultura do pretenso
continente Atlântida (14), que não passa de mera ficção literária de Platão. Tal posição é
oposta ao que Cristo afirmou sobre si mesmo, dizendo: “Eu sou o caminho, e a
verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14,6). Por sua vez,
Pedro, em sua segunda carta, declara: “Porque não vos fizemos saber a virtude e
a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente
compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade. Porquanto ele recebeu de Deus
Pai honra e glória, quando da magnífica glória lhe foi dirigida a seguinte voz:
Este é o meu Filho amado, em quem me tenho comprazido. E ouvimos esta voz
dirigida do céu, estando nós com ele no monte santo; e temos, mui firme, a
palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que
alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em
vossos corações (2 Pedro 1.16-19). Tais homens, tidos como mahatmas
(mestres iluminados), não passam de falsos cristos (15), indicados por Jesus em
Mateus 7,15. [12] Essa frase “a teosofia declara ser a essência de todas as
religiões e a verdade absoluta”, não tenho receio de dizer ser totalmente
descabida. Li alguns livros dessa instituição e nunca, nem de longe, passou-se
insinuação dessa falaciosa premissa. O estudo das religiões comparadas visa a
busca da verdade e não a posse particular dela. Nenhuma religião,
espiritualidade ou instituição pode declarar ter a verdade absoluta em seu
credo ou regra de conduta. Isso a faria exclusivista, egoísta, arrogante e
intolerante. Um extremismo fundamentalista capaz de reivindicar para si,
primazia sobre tudo e todos. Por isso, a verdade está em inúmeras vertentes
desde a filosofia, arte, poesia, música, literatura, teatro, ópera, dança,
religião e demais manifestações humanas. Um indivíduo não pode adquiri-la numa
única vida. Deverá renascer milhões de vezes para, ter condições materiais e
espirituais de mergulhar nela que é o Oceano Divino da Benção e Graça Infinita.
Em nossas encarnações acumulamos fragmentos da verdade, e mesmo 0,0001% dela
não seria motivo de orgulho para nenhum encarnado. Ao contrário, é a
misericórdia e o amor divino dado gratuitamente por sua benevolência e
caridade. Contudo, apenas evoluiremos nela, pelo nosso esforço e interesse por
obtê-la. [13] O conceito de Nova Era foi deturpado no Ocidente cristianizado.
Quando se ouvia essa expressão, era logo relacionada ao anticristo, termo que
carece de entendimento esotérico. Palavra que em dois mil anos de teologia
cristã, ainda não se chegou a um consenso sobre o que seja – se um homem, um fato,
um evento ou uma contradita para distrair o devoto de sua busca interior pela
verdade. Infelizmente a superficialidade da doutrina cria apenas medo e temor
futuro. Acho que o anticristo e o Cristo estão em nosso interior. A mentira e a
Verdade. Devemos alimentar nossa Consciência Crística para que o anticristo
seja anulado em nossa personalidade e comportamento. A demonização da noção de
Nova Era, notadamente entre os protestantes, trouxe intolerância e exclusivismo
ao cristianismo, que fechado para outras tradições, se via, supostamente
detentor da “única verdade” no mundo. Aqui louvo a atitude do Papa Francisco
(1936- ), Catolicismo Romano, por seu esforço na aproximação pela
harmonia e entendimento das principais religiões do mundo atual. Das inúmeras
palestras que assisti na teosofia, nenhuma propôs ou abordou o tema da
religião universal para toda humanidade. Isso está claramente em desacordo com
os objetivos da teosofia que são a fraternidade universal, o estudo comparado
das religiões e a investigação das leis da natureza e o poder interno do homem.
[14]. É perdoável, quando ignoramos assuntos diferentes daqueles que estamos
acostumados à leitura e reflexão. Agora fazer juízo daquilo que não lemos e
averiguamos, supondo como verdadeiro ou mentiroso, acho antiético e moralmente
indevido. A pesquisa sobre a busca da verdade, feita por Blavatsky, é
totalmente documentada e referenciada. A fundadora da Sociedade Teosófica, teve
um conhecimento enciclopédico, pouco comum a um mortal. Suas pesquisas são fidedignas
e verossímeis, ela comprovou conceitos em seu tempo, final do século XIX, que
hoje, a astronomia, sociologia e teologia tem confirmado. Seu livro A Doutrina
Secreta, era obra de cabeceira do gênio da humanidade Albert Einstein
(1879-1955). A civilização de Atlântida, que foi considerada ficção platônica,
segundo o texto acima, realmente existiu conforme recentes pesquisas
científicas. Os atlantes viveram provavelmente a 18 milhões de anos atrás,
sendo da quarta humanidade ou raça raiz, de um total de sete humanidades, desde
que as almas povoaram à Terra 4,5 bilhões de anos atrás. Para terem ideia, somos hoje a quarta humanidade a povoar este planeta. Eles, os atlantes, evoluíram
tremendamente seu lado mental criando uma civilização adiantada no progresso
material e científico. Tanto que empreenderam, para adequar a seus interesses
egoísta e gananciosos, desviar o eixo da Terra. Isso provocou uma hecatombe no
planeta, submergindo no oceano atlântico toda aquela quarta raça raiz. Há uma fenda rebaixada no Oceano Atlântico, que provavelmente seja a
civilização perdida de Atlântida, mencionada por Platão em seus Discursos Timeu
e Crístias. [15]. Mahatma, mestres iluminados, não passam de falsos cristo. Doe
ler esta frase tão equivocada e grosseira. Dzongsar Khyentse Rinpoche
(1961- ), baseado nos escritos do Buda disse: “Ignorância é simplesmente
não conhecer os fatos, ter os fatos errados ou ter conhecimento incompleto
(...). Qualquer coisa que fazemos, surgida dessa ignorância é especulativa.
Quando agimos sem compreensão ou com compreensão incompleta, não há base para a
confiança”. Acabei de falar acima dos falsos cristos. Um conceito estereotipado
na teologia cristã tradicional, que superficialmente tenta definir pela letra
morta, aquilo que está debaixo de várias camadas de conhecimento esotérico. A
interpretação profunda e desvelada, que não tende a ideologia intolerante e
dogmática, poucos terão o privilégio de conhecer]. A teosofia e a
Bíblia. Como essência de todas as religiões, a teosofia reúne os ensinos
centrais da Nova Era (16), um movimento eclético que engloba doutrinas do
hinduísmo, do taoísmo, do budismo, do cristianismo e de práticas como a ioga e
a meditação transcendental para despertar o suposto poder latente do ser
humano. O aspirante à teosofia deve submeter-se a uma disciplina: “o carma ioga,
a senda da prova” e, depois, a “senda do discípulo”, propriamente dito, que o
levarão, progressivamente, ao estado de pleno desenvolvimento e de aptidão para
o nirvana. [16]. Sinceramente não ouvir esse termo – Nova Era – até agora, nas
palestras que ouve na teosofia. Fala-se também que os seguidores desse
movimento acreditam que se aproxima uma Nova Era de paz e prosperidade mundial.
Todavia, é bom lembrar, que a Bíblia fala em 1 Tessalonicenses 5,3 “quando
disserem: há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como
as dores de parto aquela que está grávida (...)”. Assim, o termo, Nova Era, não
se aplica a teosofia, que inclusive sabe, por cálculos matemáticos baseados no
zodíaco, que aproximasse a 3ª Guerra Mundial. Um discurso duro, que precisamos
estar preparados e atentos para ouvir. Não se prognosticou a data, porém,
alguns astrólogos admitem que a partir da terceira década, do nosso século XXI,
será formado mundialmente a Confederação das Nações. Esse fato acontecera
depois do referido 3º Conflito Mundial, que ocorrerá em proporções muitos
maiores que os dois que houveram, exatamente por estarmos na era atômica. A
Liga das Nações foi instituída em 10/01/1920, após a 1ª Guerra Mundial de 1914
a 11 de novembro de 1918. A ONU – Organização das Nações Unidas foi criada em
24/10/1945, quando cessaram os combates da 2ª Guerra Mundial ocorrida em1939 a
8 de maio de 1945. A Liga das Nações confirmará a paz entre as nações no
terceiro milênio. Esse termo Nova Era, caiu em desuso a décadas no meio
cristão, sua finalizada básica foi passar uma imagem negativa das religiões
Orientais e sua filosofia, que crescentemente são aceitas hoje e praticadas no
Ocidente. Trazendo resultados positivos e progresso espiritual através do
autoconhecimento e interação saudável e lúcida com outras doutrinas]. Ensinos teosóficos
versus ensinos cristãos. Teosofia: Jesus um dos cristos. Declaram que a
atual “raça-trono” ariana já teve até agora cinco cristos, ou seja, cinco
encarnações do Supremo Mestre do Mundo, que foram: Buda, Hermes, Zoroastro,
Orfeu e Jesus. Afirmam que Cristo usou o corpo de Jesus. Desta forma, Jesus não
deve ser considerado o (17) único Filho de Deus, o Deus homem. Ele é apenas uma
das muitas manifestações ou aparições de Deus através dos séculos. Cristo é
distinto de Jesus. Cristo é uma ideia perfeita de Deus – o despertar da
divindade inerente. Jesus tem a consciência crística ou espírito crístico mais
desenvolvido do que outros, mas cada um pode desenvolver seu espírito crístico
ou consciência cósmica. Não bastasse tudo isso, ainda aguardam a chegada de um
novo cristo, que será mais poderoso do que o Senhor Jesus Cristo. Esse novo
cristo (18) unirá todas as religiões em uma só, dizem os teosofistas. [17].
Tento imaginar onde o pastor Natanael colheu tais informações, mas a ideia
apresentada acima não distorce muito dos ensinamentos cristãos no sentido
esotérico e teosóficos de que tenho conhecimento. Penso no texto bíblico de
Salmos 82,6 “Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo”. Para
entender essa passagem sagrada, devemos partir do princípio que todas as
pessoas e seres no Universo têm em sua constituição a partícula ou centelha
divina – o Atma na tradição hindu vedanta. Qualquer ser ou ente têm latente ou
oculto esse Mistério Cósmico. Sejam menos evoluídos como os elementais,
minerais, vegetais, animais, humanos, demônios. Ou os mais evoluídos como os
anjos, arcanjos, serafins, querubins, Mestres de Sabedoria, Mahatmas, Avatares
ou Cristos estão incluídos nessa Suprema Energia Infinita. O que nos separa é o
grau de progresso alcançado em nosso Eu Superior ou Consciência Crística. Deus
deseja a evolução espiritual de todas as suas criaturas, distintas em forma,
maturidade e consciência, contudo iguais na essência identitária. O processo
cósmico da transformação reencarnatória pela lei divina do carma, fara com que
todos e tudo chegue a completude com o Espirito Divino. Uma passagem que traz
essa ideia está em João 17,21 “Para que todos sejam um, como tu Oh Pai, eis em
mim, e eu em Ti. Que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu
me enviaste”. Aqui terminará o princípio metafísico da impenetrabilidade que
postula: “dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo”. Saímos
de Deus e estamos viajando pelo tempo no espaço, num aprendizado necessário e
produtivo, que purificará nosso eu inferior – personalidade, deificando nosso
corpo físico, energético, emocional e mental. Ao final, nossa mente pura,
intuição e vontade serão divinizadas entrando na bem-aventurança do Infinito Criador
Eterno. [18]. Já mencionei que tal suposição – novo cristo unirá todas as
religiões numa só – não é falada na teosofia, nem seus escritos encorajam tal
conjectura. Aqui, há claramente, distorção de conceito, que enviesados produzem
comentários destoantes da realidade]. Cristianismo: Jesus é o Cristo. Jesus e Cristo (19)
são dois nomes para a mesma pessoa. Jesus não se tornou o Cristo como pessoa
adulta, mas nasceu o Cristo (Lucas 2.11,26; João 1.41; Mateus 16.13-16; João
11.25,27). O Cristo da Bíblia é o Jesus de Nazaré histórico e o eterno Filho de
Deus. Ele se tornou homem, viveu uma vida sem pecado, sofreu a morte vicária e
ascendeu aos céus, ao seu Pai (Gálatas 4.4,5; 1Coríntios 15.3,4; Atos 1.9-11). A Bíblia apresenta
Jesus como a única manifestação de Deus na carne (João 1.1-3,14; 8.58; 14.8-10)
e admoesta que tenhamos cautela com relação aos falsos Cristos (Mateus 24.4,5,
23-25). Pedro declarou que Jesus, o Cristo, é o Filho do Deus vivo (Mateus
16.16), sendo elogiado por Jesus, que lhe disse ter sido iluminado por Deus
para fazer tal declaração (Mateus 16.17-18). Jesus disse de si mesmo que era o
único caminho para que o homem pudesse chegar a Deus (João 14.6). O apóstolo
Pedro, por sua vez, reiterou que só no nome de Jesus há salvação (Atos 4.12).
João disse que aqueles que negam que Jesus é o Cristo são anticristos (1João
2.22-23). [19] Jesus nascido da Divina Virgem Maria, Nossa Senhora, por obra e
graça do Espírito Santo, como homem participou da seita dos nazarenos. Esses
eram gnósticos que misturavam doutrina egípcia, platônica e misticismo judaico.
Eram chamados de nazireus. Tinham como característica, cabelos e barbas
compridos, vivência comunitária, divisão de bens e alimentos em comum. Tinham
conhecimento secreto de cura e exorcismo ritual, celibato votivo, repúdio ao
sacrifício de animais e cerimônia de banho por imersão. No esoterismo é dito
que o Jesus histórico, possivelmente antes de assumir sua missão divina
adquiriu habilidades na taumaturgia (capaz de fazer milagres) e teurgia (comunicação
com espíritos celestes) com os egípcios que visitava periodicamente. Entrou em
contato com os escritos do filosofo grego Platão, especialmente alguns de seus
diálogos e a obra A República. Se verídica a suposição que esteve na biblioteca
de Alexandria, pesquisadores sugerem que tenha lido alguns Sutras do Iluminado
Buda Sakyamuni. O Cristo mítico é a encarnação da deidade, o Avatar emanado do
Mistério Divino ao mundo. Como Filho de Deus, Grande Mestre de Sabedoria, a
Emanação do Verbo e Profeta Divino não arrogou para si, a primazia sobre outros
Profetas e Avatares que Deus enviara à outras culturas. Em João 8,53-54
perguntaram-lhe se é maior que o Profeta Abraão, o pai da nação judaica e do
povo muçulmano. Jesus declarou-lhe: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha
glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vos dizeis que é vossa
Pai]. Teosofia: Tudo (20) é um. Toda a realidade é um todo unitário.
Ou seja, toda a realidade (e aqui estão incluídos Deus, a humanidade, o
universo criado, a terra, o tempo e o espaço) faz parte do todo. Esta ideia é
conhecida como monismo e é basicamente um conceito hinduísta.
[20]. Pensando assim, o Mestre Divino Jesus em sua mansidão e humilde,
conheceu a filosofia hindu monista. As escrituras dizem em Colossenses 1,17
"Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele”.
Também no mesmo livro em 1,17 fala "Nessa nova vida não há diferença entre
grego e judeus (...) Cristo é tudo em todos". [20] O monismo do grego
mónos - sozinho, único. É o nome dado as teorias filosóficas que defendem a
unidade da realidade com o todo - em metafísica - ou a identidade entre mente e
corpo. Sendo essa a concepção Oriental. Já no Ocidente cristianizado o conceito
é do pluralismo de realidades separadas. Espírito como a essência divina
eterna em toda substância e matéria. Alma expressando vontade, consciência e intuição. Corpo físico nossa
parte perecível que terminará no pó]. Cristianismo: o Deus bíblico é (21)
pessoal. A ideia bíblica de Deus envolve um Pai pessoal de amor, a quem os
cristãos se dirigem chamando-o de “Aba, Pai” (Romanos 8.15; Gálatas 4.6).
Existem evidências que comprovam a natureza pessoal de Deus, pois Ele ouve
(Êxodo 2.24; Salmos 94.6), vê (Gênesis 1.4), conhece (2Timóteo 2.19), tem
vontade (Mateus 6.10) e demonstra emoção (Gênesis 6.6). [21]. As religiões
islâmica, judaica e cristã são consideradas monoteísta - creem num Único Deus,
tendo-o na forma pessoal. Na Trindade Divina cristã, Deus é o Pai, Jesus é o
Filho e o Espírito Santo o Consolador. Também a Santíssima Virgem Maria tem seu
lugar no trono celeste como a Mãe Divina, Mestra e Rainha do Universo. Os
judeus têm em Yhwh (Yavé) o Senhor Todo Poderoso. No islã Deus é o Senhor e
Criador do Universo e seu Profeta Muhammad a expressão viva de sua manifestação
ao povo muçulmano e toda a humanidade. No bramanismo, jainismo, confucionismo e taoismo,
Deus não tem necessariamente uma forma pessoal, podendo manifestar-se em outros
reinos da natureza. No budismo que é considerada uma religião não teísta,
diferente de ateísta. A forma e expressão de Deus está relacionada a
impermanência, vazio ou o nada. Aqui, não é pensado em aspecto pessoal divino, contudo
uma emanação da consciência num ponto de concentração, atenção plena e auto
realização]. Teosofia: tudo é Deus . “Na teosofia não se admite a figura
de um Deus potente e poderoso presidindo a formação de tudo. Deus seria o
Princípio Transcendental Supremo, chamado de Logos Cósmico”.11 “A teosofia é
panteísta: Deus é tudo e tudo é Deus”.12 “A teosofia não acredita no (22) Deus
bíblico, nem no Deus dos cristãos. Rechaço a ideia de um Deus pessoal. O Deus
da teologia é um ninho de contradições (23) e uma impossibilidade”. [22]. Temos
visto no Mosaico a imensurável conceituação de Deus nas espiritualidades
humanas. Não concordamos com a ideia de que essa ou aquela religião seja
detentora da verdade absoluta, como já explicamos acima. Todavia, a teosofia
não despreza e nem faz juízo do mérito sobre os dogmas cristãos ou qualquer
outro do tipo. Todos e todas são apreciadas com respeito e consideração pelos
membros, que também podem ter suas crenças desde que não emitam juízo de valor
exclusivista ou intolerante. Na primeira Loja teosófica em Londres, havia um
grupo de budistas e de cristãos na composição dos membros. [23]. Se essa
afirmação fosse verdadeira, a teosofia não estudaria as religiões comparadas.
Como um centro de investigação e pesquisa das espiritualidades mundiais, é
normal discorrer sobre as filosofias do Ocidente e Oriente não dando
preferência à nenhuma vertente seja científica, matemática, lógica, metafísica
ou religiosa]. Cristianismo: a Bíblia nega que tudo seja Deus. O Deus da Bíblia
criou o homem, que é uma pessoa distinta e à parte do Criador (Gênesis 1.27). Deus é uma
personalidade consciente (Êxodo 3.14; Isaías 48.12). É um espírito pessoal
(João 4.23,24), com vontade própria (Romanos 12.1,2; Hebreus 10.9). É um Deus Trino:
três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo, mas numa só essência ou
natureza divina (Mateus 28.19; 3.16,17; 2Coríntios 13.13; Gálatas 3.20). Teosofia: o homem é
Deus e Deus é o homem. O objetivo da vida é despertar o deus que dorme no interior do ser
humano. Cada pessoa é mais do que sublime, porque somos divinos. “Não é o temor
do Senhor o princípio da sabedoria, mas o conhecimento do EU que se torna a própria
sabedoria”.13 “O homem traz latentes no seu interior todos os atributos da
divindade que podem ser progressivamente desenvolvidos e atraídos à
manifestação através do pensamento puro e reto comportamento”.14 Cristianismo: Deus
é distinto do homem. A Bíblica ensina que o ser humano foi criado à
imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.26,27). Deus é distinto do homem (Ec
5.2; Números 23.19; Oséias 11.9). A própria ignorância do homem sobre a sua
suposta divindade mostra que ele não é Deus. Vejamos algumas diferenças entre
Deus e o homem: a) Deus é Todo-Poderoso (Mateus 19.26); o homem tem poder limitado
(Hebreus 4.15). b) Deus é onipresente (Salmos 139.7-12); o homem é confinado no espaço e
no tempo (João 1.50). c) Deus é eterno (Salmos 90.2); o homem é criado no tempo (Gênesis
1.26). d) Deus é verdade (Isaías 65.16); o coração do homem é enganoso
(Jeremias 17.9). Teosofia: o homem (24) não é pecador. O problema do homem é ignorar sua
divindade. Desde que não exista o problema do pecado, ele também não tem necessidade
de salvação. Consequentemente, Jesus não morreu na cruz para providenciar a
salvação do pecador. Os homens precisam de iluminação para reconhecer sua
divindade. Pela reencarnação, uma pessoa pode retornar a Deus. A única coisa
que o homem precisa é de iluminação, para reconhecer sua divindade. A
iluminação ou alteração da consciência é chamada também nova consciência. As
técnicas para a alteração da consciência ou nova consciência são: meditação
transcendental, ioga, hipnoses, mantras, diálogo com canalizadores, entre
outros. Cristianismo: o problema do homem é o pecado. [24]. Essa frase parece um
equívoco, quando confrontada com as várias formas de salvação que o Logos
Divino providenciou em cada cultura espiritual humana. No Ocidente cristianizado
o processo se dar por meio da redenção, efetuada pelo sacrifício vicário de
Jesus Cristo na cruz do calvário, para libertar todos da escravidão do pecado.
A ideia bíblica do “quem crê e for batizado, será salvo, mas quem não crê já
está condenado”. O crê diz respeito ao arrependimento e confissão dos pecados.
Esse método é pela fé, tendo a participação indireta da pessoa, pois o preço
pelos vícios e deméritos já foram pagos pelo Salvador Jesus. No Oriente,
destacadamente, entre os bramanistas, jainistas e budistas a salvação têm a
participação direta da pessoa. Ela mesma, deve tomar a iniciativa da iluminação
de seu ser interior. Aqui está envolvido o conceito de carma. O carma – para
cada ação existem uma reação – são os atos positivos e negativos que realizamos
ao longo de nossa encarnação. Essa lei é inexorável e baseada na Justiça
Divina. Os méritos vão nos evoluindo e os demérito vão regredindo a busca pelo
divino. Nossos atos de justiça – baseado na fraternidade, solidariedade, ética,
moral, os métodos de meditação, atenção plena, e concentração – baseados na
yoga e suas variações, produzem antecipação da salvação completa nirvana ou
samadhi. Esse termo salvação que leva ao céu ou perdição que condena ao
inferno, é inadmissível nas religiões orientais. Para eles a salvação faz parte
dum procedimento de milhares de reencarnações, baseadas no ciclo do samsara
(nascimento, sofrimento, velhice, morte e renascimento) que pode ser abreviado
praticando as quatro nobres verdades: existe sofrimento, a dor tem causa, o
sofrimento acaba e existe um caminho que conduz ao fim do sofrimento. No islã a
salvação é alcançada obedecendo aos mandamentos divinos ditados por Deus ao seu
Profeta Muhammad e contidos no Sagrado Alcorão, Sunnah e Shariah. No judaísmo o
conceito espiritual de salvação não existe em sua bíblia, a chamada Tanakh.
Para alcançar o mundo vindouro o judeu deve viver em integridade moral, ética e
espiritual, cumprindo os mandamentos divinos, amando o próximo e respeitando a
natureza, também manifestação da deidade]. O cristianismo começa com uma
distinção entre o Criador e a criação. Oposto ao ensino monista panteísta,
existe um abismo entre o Criador e o homem (Is 45.18). O homem de fato tem
pecado contra a Deus (Romanos 3.23) e precisa necessariamente de salvação
(Romanos 5.18; 6.23). O Jesus bíblico ensinou que o homem não tem simplesmente
um problema de ignorância da sua divindade, mas um problema grave de pecado que
precisa resolver (Mateus 12.33,34; Lucas 11.13). O Jesus bíblico ensinou que sua missão
foi prover, por sua morte na cruz, expiação pelo pecado da humanidade (Mateus
20.28; 26.26-28). Ensinou, ainda, que a salvação do homem só é possível por fé
nele (Jesus), e não por iluminação ou nova consciência (João 3.16). Teosofia: prega a
reencarnação e o carma. A vida e o destino do homem são governados pela lei do carma (ação em
sânscrito), a lei da causa e efeito.15 O homem precisa progredir muitas vezes
até chegar à unidade com o Um. Se o homem adquire bom carma (reação a toda
ação), benefícios positivos o acompanharão em outras vidas. O mau carma
produzirá futuros castigos. Eventualmente, deixará o ciclo de nascimento e
renascimentos pelas práticas de iluminação ou nova consciência, efetuando,
dessa forma, sua própria salvação. Cristianismo: nega veementemente a
reencarnação (Hebreus 9.27). O tipo de reencarnação adotado pela
teosofia não é igual ao de Allan Kardec. O mais importante argumento contra a
reencarnação é o esquecimento geral das vidas passadas. Se é verdade que já vivemos
algumas vezes, como se explica o esquecimento geral das vidas anteriores?16 A reencarnação
constituiria um castigo injusto. Pois: de que serviria a uma alma voltar à
carne se ignora as etapas que já percorreu na sua purificação espiritual? A
reencarnação prende-se, geralmente, ao falso conceito de Deus; ou seja, ao
panteísmo, junto com o qual a reencarnação é professada na Índia. De fato, se
não há um Deus pessoal, a quem homem possa invocar, é o próprio homem (homem)
quem tem de remir a si mesmo. Ora, os esforços do homem em demanda
da perfeição são sempre lentos. De onde se segue que uma série de encarnações
sucessivas se impõe como solução para o problema? Esta solução errônea, por
apregoar a auto redenção, não deixa de ser sedutora, pois bajula o orgulho da
criatura humana, dando-lhe a ilusão de que ela não depende de ninguém. Por outro lado, o
homem que crê em um Deus pessoal e distinto do mundo, sabe que é amado por este
Deus que provou o seu amor doando seu Filho Jesus para que pudéssemos obter redenção
(1Jo 4.8). “Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu
Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor, não em
que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu
Filho para propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.9,10). Jesus é o nosso
Advogado, e nos defende do pecado (1Jo 2.1.2,12). Teosofia: nega a eficácia da (25)
oração 17. “Não acreditamos na eficácia da oração enquanto súplica externa dirigida
a um Deus desconhecido”.17 [25] No livro A Chave da Teosofia, perguntaram a
Blavatsky. “Então não creem na oração? Ela respondeu: Não em oração composta de
tais ou quais palavras, que se repetem exteriormente, se é que você entende por
oração a súplica exterior dirigida a um Deus desconhecido. Nova pergunta a ela:
Existe outro tipo de oração? Ela respondeu: Sem dúvida: nós a
chamamos de Oração da Vontade, e é muito mais uma ordem, um comando, um
mandamento interno do que uma petição”. Desde modo a teosofia não nega a eficácia
da oração. Tem, ao contrário, uma opinião diferente do conceito tradicional do
termo. Blavatsky, com sua mente mística, e adiantada no tempo, já imaginava,
que esse tão importante instrumento para elevar nossa comunhão com Deus seria
deturpado, reduzido a formalismo e ritual vazio. Quantos de nós, usamos a
oração, para pedir isso ou aquilo. Sem perceber que esse não é o verdadeiro
sentido dela. Usar a oração como um amuleto, ou utensílio de barganha com Deus,
negociando nossa necessidade em troca de favores espirituais é ridículo. Somos
enquadrados em Isaías 29,13 “O Senhor disse: Este povo vem a mim apenas com
palavras e me honra só com os lábios, enquanto seu coração está longe de mim. E
o temor que ele me testemunha é convencional e rotineiro”. Blavatsky está certíssima,
falando aquilo que precisamos ouvir, pois temos medo da verdade, devido nossa
covardia e descompromisso com ela]. Cristianismo: o cristão ora. Jesus ensinou aos
discípulos a orar (Mt 6.9-13). Frequentemente, Jesus era encontrado em oração
de manhã, de tarde e de madrugada. Pedro foi livre das mãos de Herodes pela
oração da Igreja em seu favor (At 12.5-8). Paulo recomendou que os cristãos
devem orar sem cessar (1Ts 5.17). Teosofia: declara que a redenção por
Cristo é perniciosa. Falando sobre a redenção efetuada por Cristo, L.W.
Rogers declara: “É esta perniciosa doutrina de que o erro cometido por um pode
ser consertado pelo sacrifício de outro. É simplesmente surpreendente que tal
crença tenha sobrevivido à Idade Média e continue a encontrar milhões de
pessoas que a aceitam nesses dias de pensamento claro. O homem, que busca
comprar a felicidade, através da agonia de outro, é indigno do céu, e não
poderia reconhecê-lo, se estivesse lá. Um céu habitado pelos que vêm no
sacrifício vicário um arranjo feliz, o qual lhes permite viver no prazer e
bem-estar, não é digno de ser possuído”.18 Cristianismo: a base da redenção é o
sangue de Cristo (Mateus 26.28; Efésios 1.7; 1João 1.7,9). Jesus ensinou a
regeneração, e não a reencarnação (Jo 3.1-7). A queda da raça humana, relatada
em Gênesis 3.1-5, indica a origem da rebelião contra Deus (1Samuel 15.23). O
cristianismo afirma que a única solução é o homem converter-se de sua rebelião
contra Deus e depositar sua fé em Jesus Cristo (Isaías 55.6,7; Lucas 13.3; 19.10). Salvação é mais do
que mudança de consciência: é um processo pelo qual a graça de Deus transforma
a pessoa em uma nova criatura (2Coríntios 5.17). O lema da Sociedade Teosófica. “Não há religião
superior à verdade, este era o antigo lema da família de Kasi, ou Varanasi,
também adotado como lema da Sociedade Teosófica”.19 A verdade essencial da
teosofia é que existe a unidade por trás de toda a diversidade. Concordamos com o
fato de que as inúmeras religiões não são superiores à verdade, entretanto, é salutar
esclarecer que verdade é esta, e, neste intento, é adequado apontá-la como
nosso lema, cujo fundamento é exarado de forma explícita e absoluta na Bíblia. Jesus se
identificou como a verdade, quando declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade e a
vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14.6). E ainda acrescentou: “a
tua palavra é a verdade” (João 17.17). Fica claro, em suas declarações, que
Jesus não considerava a possibilidade de acesso a Deus por meio de uma
diversidade de outros líderes religiosos, “iluminados”, pois suas palavras são
incisivas: “ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (26) Não há aqui qualquer
margem de espaço para Buda, Krishna, Maomé e outros. A verdade essencial
do cristianismo não esconde atrás de si uma diversidade de caminhos para a
salvação. O apóstolo Pedro ratificou essa doutrina ao declarar: “e em nenhum
outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado
entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12; grifo do autor). O
apóstolo Paulo complementa: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus
e os homens, Jesus Cristo homem” (1Timóteo 2.5; grifo do autor). Atentemos para a
exclusividade reclamada pelas expressões “ninguém vem ao Pai senão por mim”
(João 14.6), “em nenhum outro há salvação” (Atos 4.12) e “um só mediador”
(1Timóteo 2.5). De acordo com as Sagradas Escrituras, Jesus é a verdade.
Qualquer religião que ignorar ou deturpar este lema não poderá oferecer a
verdadeira salvação. Entre outros, este é um dos principais atrativos que a Nova Era resgatou
de sua precursora, isto é, o ideal de harmonizar e unificar valores religiosos
em busca da verdade, apresentando, com isso, uma religião sincrética.
Logicamente, em nossos dias, essa pregação simpática encontrará o acolhimento
de pessoas que não querem se comprometer com uma verdade moral e um Deus
pessoal. Nós, em contraste, continuaremos irredutivelmente apregoando a
mensagem da verdade, independente de como ela for recebida. Afinal de contas,
como Charles Haddon Spurgeon (1834-1892) disse: “mil erros podem viver em paz
uns com os outros, mas a verdade é um martelo que os quebra a todos em
pedaços”. [26] O exclusivismo argumentativo apequena nossa compreensão de fatos
tão relevantes à humanidade tendo reflexo em todo o Universo. Espero, um dia,
que seja revelado a todos o mistério das Grandes Almas, Avatares Divinos que vêm
ao mundo com uma específica missão de conduzir determinadas culturas nacionais
pelo caminho da mais elevada espiritualidade. Cada um desses Avatares, Mestre Iluminados, Mahatmas como Muhammad, Buda, Krishna, Jesus, Mashiach, Moisés,
Zoroastro, Confúcio, Lao Tsé e outros foram usados pela Consciência Cósmica como Salvadores do mundo. Não tem como confrontar o grau de grandeza e sublimidade
de cada um. Todos deram exemplo de amor, abnegação, altruísmo, fraternidade,
solidariedade, renúncia e determinação pela causa espiritual. Eles, por si, são
o esplendor da essência divina nas religiões das quais tornaram-se Oráculo e
Mensageiro. Nenhum deles reivindicou a primazia sobre a religião ou
espiritualidade da qual são os celestes portadores e transmissores. Todavia tinham
em Deus, a fonte de toda a luz e verdade que emanaram para seus povos. A
questão é que desejamos, que todos sigam os mesmos caminhos que seguimos, e
vivam as mesmas experiências humanas e espirituais que vivemos. Deus, porém,
anela o contrário, desejando que compreendamos, que é na diversidade e
diferença que Ele se manifesta. Esse ideal duma única religião universal,
congregando todas as nacionalidades, imagino, nunca passou pela mente divina. É
impossível tal iniciativa, descontextualizada no micro e macrocosmo que
vivemos. Tudo é diferente e dessemelhante. Imaginar que nenhuma pessoa é igual
tendo cada uma sua digital e seu código genético é fantástico. Todos os
minerais, vegetais e animais tem seu agrupamento de DNA único. As espécies nos
vários reinos são semelhantes, algumas até idênticas, mas desiguais em sua
essência e substância, porém uma com o Tri-uno Deus. Os sois, os cometas, as estrelas e os universos são
diferente. Os mundos superiores são diferentes. Agora, dizer que todos e tudo
nessa singularidade e especificidade que vivemos estamos caminhando ao encontro
da Unidade com o Eterno e Infinito é outra coisa. A evolução com o processo
divino de disciplina cármica, aperfeiçoará todos os seres, que alcançarão esse
ideal da harmonia e identidade única com o Logos Divino num futuro de milhões
de anos adiante. No entanto, essa diversidade em todos os âmbitos continuará
entre nós por milênios, até que o ciclo do progresso espiritual da humanidade
se complete nesse planeta Terra. Aqui concluo meus comentários, esperando que
eles tenham ajudado a esclarecer tantos pontos obscuros nesse texto referido no
site. Anelo que os leitores continuem com essa visão da unidade na diversidade,
tolerância na inflexibilidade e consideração aos que não pensam necessariamente
como ponderamos]. O emblema da Sociedade Teosófica. Segundo os adeptos da teosofia, o
emblema da Sociedade “é uma perfeita equação algébrica com todos os termos
expressos encerrando uma infinidade de valores, representando a intenção da
teosofia de redimir a humanidade da miséria, aflição e pecado, frutos da
ignorância, causa de todo o mal”. Como podemos constatar abaixo, o
conjunto de elementos que encerra o emblema deste grupo religioso é constituído
de símbolos declarados pela Nova Era. Vejamos: Os dois triângulos
equiláteros entrelaçados simbolizam o Universo como a dualidade
espírito-matéria. O de vértice para cima é o do fogo, espírito ou Pai; o de
vértice para baixo é o da água, matéria ou Mãe. Os lados do triângulo do fogo,
entre outras coisas, significam: existência, consciência e bem-Aventurança; os
do triângulo da água significam as três características da matéria: inércia,
movimento e equilíbrio. Os doze lados iguais formados pelo cruzamento das
linhas da figura consideradas em conjunto representam os “dozes deuses” da
Cabala e de outras religiões antigas, os doze signos do Zodíaco, os doze meses
do ano. A cruz “ansata”, ou Tau, encerrada dentro do duplo triângulo é o símbolo
do espírito que desce à matéria e nela está crucificado, porém, que ressuscitou
da morte e permanece triunfante nos braços do vitimário já vencido e, por isso,
é chamada de “Cruz da Vida”, simbolizando a ressurreição. Nas pinturas egípcias
pode-se ver que esta cruz era aplicada sobre os lábios da múmia, quando a alma
voltava ao corpo. Acima, o torvelinho da Cruz Ígnea, ou Svástika (Cruz Alada ou Cruz de
Fogo) é o símbolo da energia vertiginosa que cria um Universo, “abrindo buracos
no espaço” ou, dizendo em forma menos poética, formando os torvelinhos ou
átomos para a construção dos mundos. Ao contrário do que muitos acreditam, a
suástica é usada há mais de três mil anos pelos chineses, tibetanos e antigas
nações germânicas; encontrada também entre os bompas e budistas; usada como
símbolo do budismo esotérico, figurando a frente de todos os símbolos
religiosos de todas as nações antigas, sendo o mais sagrado e místico símbolo
da Índia. Segundo afirmam, tem estreita relação e até identidade com a cruz
cristã. Como diagrama místico de bom augúrio “svástika”, ou seja, signo de
saúde, não mantém relação alguma com o símbolo usado na Segunda Grande Guerra. A serpente que
morde a própria cauda, o ouroboros, é o milenar símbolo da eternidade, o
círculo sem começo nem fim em que todos os universos crescem e declinam, nascem
e morrem. Ao redor do símbolo, o lema do Maharâja de Benares: Satyât nâsti paro
Dharma (Não há religião superior à verdade). Este sinal, a sílaba sagrada AUM,
em sânscrito, é a representação gráfica e sonora (OM) do mistério do PRINCÍPIO
UNO, manifestado em seus três aspectos: a Trindade. A letra A representa o nome
de Vishnu (o preservador); a letra U, o nome de Shiva (o destruidor) e a letra
M, o de Brahmâ (o criador). AUM é o nome místico da divindade, a palavra mais
sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que
começam os Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. Todas as grandes
religiões falam da Trindade, ainda que dando nomes diferentes. Assim, segundo
os teósofos, por exemplo, no cristianismo são: PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO
(27); na Teosofia: 1º, 2º e 3º LOGOS. [27] Último comentário. Não poderia
deixar passar a oportunidade de tocar nesse ponto. As religiões naturais,
aquelas iniciadas pelos Avatares Divino, geralmente têm uma Trindade Divina.
Isso não é regra, contudo é visto em varias delas. O cristianismo não deu
início a esse procedimento, como muitos imaginam. Nada é tirado do vazio, tudo o
que pensamos ou falamos está no mundo das ideias, como disse Platão. Desde que existe
o homem, em todas as áreas ele pensou, projetou e realizou. O misticismo
humano vêm de anteriores milênios, sendo um legado espiritual das culturas e
tradições. Vejamos a trindade divina nas religiões antigas. No cristianismo temos Pai, Filho e Espírito Santo. Lembrando da Divindade Imaculada da Santíssima Virgem Maria, a Mãe de Deus. O vedantismo ou
hinduísmo traz Brahma, Vishnu e Shiva. No antigo Egito tínhamos Osíris, Hórus e
Ísis. Na Suméria havia Nimrod, Tamuz e Semírades. No Zoroastrismo eram Ahru
Mazda, Mitra e Vohu Mano. Na Grécia antiga existiam Zeus, Athena e Hera. Na
antiga Roma Júpiter, Minerva e Juno. Na civilização Asteca Ometeoti,
Quetzalcoah e Ehecati. Os Nórdicos tinham Odin, Thor e Frigga. Os Maias
Hunab-ku, Kukulkan e Chiknawi. E outras que não mencionei. Isso evidencia que
todas as religiões naturais e as reveladas, têm em sua origem o mesmo
princípio, a busca pela verdade e o interesse em amar a Deus e ao próximo]. [A menção do hipnotismo, no texto, relacionado a Yoga e meditação é pura ignorância. A hipnose, mesmo tendo o reconhecimento do uso no Ocidente por profissionais odontólogos, médicos, fisioterapeutas e psicólogos-psicanalistas no tratamento auxiliar ou terapia relacionada nas áreas correspondentes. No Oriente, contudo, não é unanimidade sua aplicação nas áreas médicas derivadas. O iogue Paramahansa Yogananda (1893-1952), dotado de grande saber filosófico e espiritual escreveu em sua obra: "Auto biografia de Um Iogue, página 59 "O hipnotismo tem sido usado por médicos em pequenas operações como uma espécie de clorofórmio psíquico para pessoas que podem correr risco com a anestesia. Mas o estado hipnótico é nocivo às pessoas a ele submetidas com frequência; ao seu efeito psicológico negativo segue-se, com o tempo, a degeneração das células cerebrais. Hipnotizar é violar o território da consciência alheia". Assim Yogananda, baseado na antiga tradição da ciência Yoga, desaconselha que esse procedimento seja realizado em pessoas, com o suposto fundamento do benefício médico ou terapêutico]. Fonte: http://www.mcanet.com.br/lotusbranco/simbologia.htm. www.icp.com.br.
Abraço. Davi
Referências do
site www.icp.com.br: 1 Folheto Teosofia
e a Sociedade Teosófica. 2 Revista ANO ZERO n. 24, de abril de 1993, p. 43. 3
Ibid. 4 The Key of Theosophy. Helena P. Blavatsky, p. 85, edição em francês de
19l6. 5 Corrente doutrinária fundada por Amônio Sacas (séc. II), em Alexandria,
e cujos representantes principais são: Plotino, filósofo romano (240-270), em
Roma; Jâmblico, filósofo grego (250-330), na Síria; e Proclo, filósofo grego
(410-485), em Atenas. Caracterizava-se pelas teses da absoluta transcendência
do ser divino, da emanação e do retorno do mundo a Deus pela interiorização
progressiva do homem. 6 Existem várias correntes diferentes do gnosticismo,
porém, todas elas foram influenciadas pelo neoplatonismo e pelo pensamento
grego em geral. Rejeitavam a matéria por achar que ela era má e, com isso,
rejeitavam também a encarnação do Verbo, o que gerou posições absurdas e
conflitantes no que se referia à morte e à ressurreição de Cristo. Ao que
parece, foi uma das primeiras heresias cristãs, visto que, conforme a opinião
de alguns, os escritos do apóstolo João foram redigidos visando combater estas
ideias errôneas a respeito de Cristo. 7 Cabala é o nome dado ao conhecimento
judaico místico, originalmente transmitido de forma oral. O misticismo gnóstico
já se fazia presente na Haggadah (livro que narra o Êxodo e apresenta a ordem
de Sêder – as bênçãos, símbolos, orações e, principalmente, a exposição
rabínica do tema). As pessoas buscavam a presença de Deus. Essa presença
substituía toda a erudição e todo o esforço humanos. Assim, a alma humana
entraria em harmonia com o Ser divino. As pessoas andavam atrás da perfeição,
da santidade e da autopurificação, para que pudessem chegar à presença de Deus.
O instrumento usado para isso era a cabala que, naturalmente, incorporava
muitas ideias pagãs, no campo dos conceitos, como a adivinhação. A cabala era
usada como a Bíblia do misticismo. 8 Segundo a própria Ordem Rosa Cruz, sua
finalidade é estudar, testar e ensinar as leis de Deus. Vejamos o que declaram:
“A finalidade da Ordem é estudar, testar e ensinar as leis de Deus e da
natureza capazes de tornar nossos membros mestres do sagrado templo (o corpo
físico) e obreiros do divino laboratório (os reinos da natureza). Isto nos
permite prestar auxílio mais eficaz aos que ainda não conhecem aquelas leis e
que precisam de assistência. Todo iniciado tem o dever de servir, considerando
imperativo estudar e praticar as leis ensinadas em nossa Ordem, aplicando-as
sempre que oportuno”. 9 Mestre de Alquimia, médico e filósofo alemão que
conseguiu difundir suas doutrinas sem ser condenado pela Igreja. É considerado
o personagem mais característico do Naturalismo alemão na Renascença. Definia o
fundamento da Medicina como uma conjugação entre o mundo exterior e as
diferentes partes do organismo humano. Tornou-se célebre pela doutrina dos
medicamentos específicos e pela teoria da múmia, bálsamo natural que deveria
preparar todos os tecidos. 10 Dicionário de religiões, crenças e ocultismo.
Mather & Nichols. Editora Vida, p. 415, 2000. 11 Revista ANO ZERO n. 24, de
abril de 1993, p 46. 12 The Key to Theosophie. Helena P. Blavatsky, p. 63. 13 A
doutrina secreta. Helena P. Blavastky. 14 Folheto Princípios teosóficos. 15.
Ibid.. 16 A reencarnação dos espíritos, p. 192, 1946. 17 Revista ANO ZERO n.
24, abril de 1993, p.46.18 Citado no Dicionário de religiões, crenças e
ocultismo.
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