terça-feira, 26 de junho de 2018

O PEQUENO BUDHA.


Editor do Mosaico. O  premiado cineasta italiano Bernardo Bertolucci (1940-   ) é o produtor do filme O Pequeno Budha do qual faremos algumas ponderações. Ele tem formação acadêmica na Universidade de Roma, Itália; sendo suas principais obras inclusive, que concorreram ao Oscar da Academia de Cinema: O Conformista (1970), O Último Tango em Paris (1972) filme que escandalizou o mundo nos anos 70 e o ambicioso 1900, filme épico do gênero drama produzido em (1976). Todas essas pelicas valem conferir tal a riqueza sócio, histórico e cultural. O filme O Pequeno Budha (1993) nosso texto tema, me parece, devido ao seu conteúdo espiritualista da tradição do Budismo Tibetano, realizado preliminarmente em forma de investigação e pesquisa, levando-se um considerável tempo para esse propósito tal os conceitos religiosos envolvidos. Desse modo, separando-se os temas da doutrina filosófica budista, e organizando-os dentro da linha do roteiro que foi sugerido para ser apresentado ao público. Os leitores do Mosaico que estão estudando o Budismo, perceberão que os pressupostos elaborados estão perfeitamente dentro da filosofia religiosa da tradição do Budismo Tibetano. A temática do enredo introduz reflexões pontuais que analisaremos a partir de agora, enumerando-as para uma melhor ordenação dos fatos narrados na filmagem. 1. A REENCARNAÇÃO. Esse assunto é fundamento das tradições e religiosidades orientais, principalmente no budismo e hinduísmo. Temos visto no Mosaico que o ciclo do Samsara (nascimento, morte e renascimento estão inseridos no processo de sofrimento humano) representando a trajetória pela qual o discípulo na Senda Espiritual, passará para completar sua libertação total, alcançando o Nirvana, que é o estado de gozo e plenitude da sabedoria humana e divina. Budha ensinou em seus Sutras que podemos "apressar" esse processo através da prática das Quatro Nobres Verdades e exercitando O Caminho Octuplo. Também a meditação proporciona avanços consideráveis para chegarmos a Iluminação. Budha disse que um período de meditação, comparado ao percurso que uma formiga faz do alto de nossa testa, a ponta do nariz, repara muitos dos nossos carmas negativos, aumentando nossa possibilidade de entrar na Iluminação. Na reencarnação está implícito que todos os seres têm a semente divina (eterna) implantada em sua substância originária. Nesse processo ao exercitarmos a compaixão à todos os seres, inclusive os não humanos (sencientes), bem como praticarmos atos de justiça, virtudes, méritos e fraternidade, permanecemos num estado   búdhico experimentando por antecipação o Nirvana.  2. A INVASÃO DO TIBETE (1950-1951) por tropas chineses. Esse episódio marcou a intransigência e intolerância do governo chinês a época com os tibetanos, sua cultura, tradição e religiosidade. Essa é uma questão discutível pois envolve o aspecto político que o Governo Central de Pequim acusa os tibetanos de violarem, quando reivindicando para si o território tibetano, auto proclamando sua independência, separaram-se da dominação e tutela administrativa dos chineses. A administração de Pequim não querendo perder essa enorme porção de terra, que eles consideram como região perpetuamente incluída no território chinês; a invadiram destruindo monastérios, templos e muitos monges e milhares de tibetanos perderam suas vidas. O atual Dalai Lama Tenzin Gyatzo (1935-   ), na época com 15 anos conseguiu fugir com milhares de tibetanos.  3. OS TIBETANOS NO EXÍLIO. O exílio dos tibetanos é marcado pela transferência de sua cultura e religiosidade em países que já praticam o budismo a milênios, caso da Índia, Nepal e Butão. Grande parte desses exilados hoje vivem em Dharamsala, no norte da Índia, cidade que o governo indiano permitiu que os tibetanos se instalassem, e também é a residência oficial do Dalai Lama, e sede administrativa e religiosa do suposto Governo Tibetano no exílio, mas é importante dizer que atualmente milhares continuam em sua província, no Tibete, principalmente na capital Lhassa e outras cidades tradicionalmente budistas e hinduístas, sob a tutela dos chineses. Evidentemente os cargos administrativos e sócio políticos são dados aos chineses que moram por lá, enquanto que os tibetanos geralmente, trabalham como subalternos em posição inferiores, sendo camponeses, artesãos e comerciantes.  A querela política entre chineses e tibetanos está centrada também no aspecto de que o governo comunista, não admite a figura política do Dalai Lama, como chefe de Estado e de Governo do Tibete autônomo. Assim países que recebem o Dalai Lama como figura política são "censurados" por Pequim, e perdem privilégios econômicos e incentivos comerciais e industriais de uma das maiores economias do planeta. 4. O BODHISATTIVA, como a encarnação de um lama (líder espiritual) para continuar conduzindo o povo pelo caminho da Iluminação. O Bodhisattiva é um ser iluminado, uma pessoa que movida por grande compaixão gera bodhichitta, que é o desejo espontâneo de atingir o mesmo status de Budha, para benefício de todos os seres senciente (humanos e não humanos). De acordo com o budismo tibetano, Bodhisattiva é um dos quatro estados sublimes que um ser humano pode alcançar em vida; sendo os outros Arhat, Budha e Pratyekabudha. A religiosidade tibetana concebe a ideia da reencarnação dos Lamas; assunto chave na espiritualidade desse povo e explorado de forma precisa e contextualizada no roteiro do filme. Para averiguação da fidedignidade do assunto o atual Dalai Lama Tenzin Gyatso (1935-   ) é considerado a 14ª reencarnação dos Lamas, sendo o primeiro Dalai Lama Gedrum Drub (1391-1474), da dinastia tibetana. Assim no filme Lama Norbu, que está doente e reconhecendo a eminência de sua passagem para o outro mundo, começa a procurar a reencarnação do Lama Dorje, examinando e averiguando evidenciais de candidatos à ser futuro substituto. 5. O PROCESSO DE ESCOLHA desse lama. Kenpo Tenzin e seu mestre Lama Norbu saem do monastério no Butão, e viajam, em direção a cidade americana de Seattle, onde supõem haver indícios que um menino (Jesse) tem as características exigidas para ser a encarnação do Lama Dorje. Como Tenzin é professor de astrologia na escola em que a mãe de Jessé dar aula de matemática, marcam um encontro na casa dela. Estando sentados tradicionalmente ao chão na sala de Susan, o Lama Norbu faz observações quanto ao vazio da sala de visitas. O vazio no budismo se refere a doutrina do Anatta, isto é, a falta de substância em todos os fenômenos. Não é que nada existe, como podemos incorretamente ser levados a pensar. Mas a noção de vazio refere-se a que a realidade última de cada ser ou objeto é destituída de características próprias individuais e definidas. Os objetos existem apenas enquanto realidades convencionais, limitadas, espaço temporais, condicionados e contextualizados; não existem separadamente e independentemente do observador.  6. A VIDA NO MONASTÉRIO budista do Butão. O filme é introduzido pelas crianças, noviços de monges, ouvindo de Lama Norbu, a parábola da cabra e do sacerdote, onde é tematizado a reencarnação e a necessidade da compaixão à todos os seres. Era uma vez numa aldeia na Índia antiga onde havia uma cabra pequena e um sacerdote. Este queria sacrificá-la aos deuses. Ele ergueu o braço para cortar o pescoço da cabra, quando de repente a cabra começou a rir. O sumo sacerdote parou espantado e perguntou à cabra. Por que está rindo, não sabe que estou a ponto de cortar seu pescoço? Sei, disse a cabra. Após ter nascido 499 vezes e renascido como cabra vou finalmente renascer como ser humano. Então, a pequena cabra começou a chorar. O sacerdote disse: por que está chorando? Por você, pobre sacerdote. 500 vidas atrás, eu também era um sumo sacerdote e sacrificava cabra aos deuses. O sacerdote ajoelhou-se dizendo: Suplico que me perdoe, de hoje em diante, serei o guardião de todas as cabras da região. Então, o que está antiga fábula nos ensina? que nenhuma criatura viva deva ser sacrificada e que toda forma de vida deve ser preservada!. 7. O CENTRO DHARMA NA CIDADE de Seattle no USA. O budismo se expandiu à América após a instalação de bases militares no Japão, logo depois da 2ª Guerra mundial (1939-1945). Assim desde a segunda metade do século XX praticamente todas as tradições e escolas budistas estão presentes em solo americano, e muitas delas no Canadá. Inclusive alguns monastérios budistas foram estabelecidos nesses países. Há um expressivo número de monges, monjas, bhikkus e lamas americanos e canadenses atualmente, dessa maneira criando um ambiente de harmonia e mútua compreensão espiritual. Esse intercambio facilita a troca de conhecimento filosófico do oriente para o ocidente. Razão pela qual as tradições e filosofias orientais têm mais acesso a cultura capitalista americana que a Europeia, ainda fechada e isolada em seu ceticismo cristão; dogmas e crenças preconceituosas. Uma exceção a esse contexto é a Alemanha, que desde o final do século XVIII, com o filósofo Arthur Schopenhauer (1788-1860), vem estudando conceitos budistas que foram incorporados em sua filosofia e tradição ocidental. Também os filósofos Immanuel Kant (1724-1804) e Friedrich Nietzchen (1844-1900) continuaram essa tendência. Assim o povo alemão, têm mais aberturas em relação as tradições orientais, e mais facilidade em vivenciar essas experiências psicológicas transcendentes. Há em Berlim, um centro de referência budista O Budha Haus, que pode ser visitado por pessoas de todas as religiões e credos, sendo um valioso contato com essa importante tradição espiritual em solo alemão. O Budismo tem tido também dificuldades de penetrar na América do Sul, isso em parte, herdado do colonialismo europeu e a tradição cristã do catolicismo. Isto desde as capitanias hereditárias portuguesas, e processo similar no resto do continente classificava as filosofias orientais como primitivas e selvagens, desprovidas de elementos divinos. Mas hoje os tempos mudaram e a sociedade ocidental tem percebido o grande valor espiritual e psicológico que as tradições orientais têm passado para o mundo contemporâneo, em crise e carente de um novo modelo de realidade religiosa.  8. O CASAL AMERICANO DEAN E SUSAN e seu filho Jesse. O casal americano pais de Jesse, de classe média, viviam confortavelmente numa recém construída casa. Dean como engenheiro está profissionalmente estabelecido, até que problemas com seu sócio o perturbam tirando seu sono; quase desestabilizando a harmonia do casal. Mas a questão de Jesse ser um candidato à encarnação de um famoso Lama, apesar de a princípio trazer confusão e estranheza, logo depois as coisas se consolidam. Assim de comum acordo o casal, mesmo não acreditando na doutrina da reencarnação decidiram que iriam levar Jesse ao Nepal, para passa um período de avaliação e adaptação em Katmandu a capital desse país. 9. JESSE E AS DUAS CRIANÇAS hindus selecionadas à candidato para indicação de Bodhisattava. Susan não vai ao Nepal. Contudo Dean e Jesse tomam o avião seguindo para esse país. Ao chegarem ficam encantados com a beleza dos templos e monumentos na cidade, bem como a simplicidade do povo. O menino desgarra-se de seu pai começando a passear pela cidade; logo encontrando a outra criança candidata à ser o Bodhisattiva. Nesse ínterim surge uma nova concorrente, uma garota adolescente que segundo sua mãe, recebera a visita em sua casa do Lama Dorje pouco antes de sua morte, segundo ela, ele tocou em sua barriga sabendo que estava grávida.  O lama Norbu e alguns assistente, junto como Dean e as duas crianças seguem para a casa dessa senhora, para se certificar da veracidade dos fatos. Ao final após o examine empírico doutrinário e a consulta ao oráculo, as três crianças foram habilitadas a serem a encarnação do Lama Dorje. Lama Norbu disse que esse fato pode acontecer, mas é raro, como no caso dos três pretendentes. Assim em uma cerimônia simples, eles foram introduzidos como Lamas, onde o lama Norbu os considerou seus mestres. 10. A MANDALA BUDISTA. Ela aparece duas vezes no filme, e seu significado em sânscrito é círculo, Entretanto possui outras representações – círculo mágico, concentração de energia e universalmente ela é o símbolo da integração e da harmonia. Referencialmente são diagramas geométricos ritualísticos; alguns deles correspondem concretamente a determinado atributo divino e outros são a manifestação de certa forma de encantamento. 11. O NASCIMENTO DE SIDDHARTA GAUTAMA. A rainha Maha Maya queria ter um filho e ansiava que fosse um menino. Assim em sonho, viu chegar perto dela um bebe elefante, que com sua tromba tocou lhe o corpo. Esse presságio positivo foi interpretado como uma revelação que ela ganharia uma criança, e meses depois nasce Sidharta. 12. O REI SUDHODANA pai de Siddartha, imaginando que ele o sucederia no trono, o capacita de todos os meios disponíveis em seu reino à prepará-lo para ser o futuro soberano. 13. O PREPARO FÍSICO INTELECTUAL de Sidharta. Gauthama como um arqueiro e jovem lutador. Desde a mocidade estava integrado a comunidade em seu reino, dividindo com os demais jovens os deveres sociais e preparando seu corpo para  as batalhas que teria que enfrentar. 14. O CANTO MÁGICO QUE FASCINOU SAKIAMUNY, mudando sua vida. Em sua mocidade um fato deu novo rumo as suas pretensões com o reino de seu pai. Ao ouvir o canto de um instrumento de corda sintonizada com uma voz feminina, ficou deslumbrado, querendo saber de onde era aquela música, sendo-lhe dito que era de um reino distante do seu. 15. SAKIAMUNY SAI DO PALÁCIO para conhecer o mundo exterior. O episódio da música, o encorajou a conhecer o que estava além dos muros de seu palácio real. Isso a contra gosto de seu pai que o projetara como soberano, insistindo pra que ficasse, pois tinha família e filhos que precisavam dele. Todavia nada desses deveres e apegos familiares e sociais o impediram de seu propósito de conhecer a natureza humana suas fraquezas, dor e sofrimento. Assim Sidharta ou Sakiamuny, encontrou pela primeira vez, a dor da realidade humana. Saindo do palácio deparou-se com uma pessoa doente, um idoso e um cadáver. Essa situação do testemunho da vulnerabilidade da vida humana deixou Sakyamuni triste e decepcionado. Ele, então, determinou-se à encontrar a completa liberdade do sofrimento. A cena onde uma pessoa é incinerada numa pira de madeira, faz o príncipe Gauthama derramar lágrimas. Nós ocidentais estranhamos cenas espontâneas de incineração, pois nossa tradição concebe, que após a morte de uma pessoa devemos preparar seu sepultamento, num cortejo de pranto e lamento. Isso tem relação com o conceito inerte e passivo de morte que foi implantado em nosso consciente. Um processo no qual a antiga pessoa, deve ficar aguardando um veredito de condenação ou salvação, para depois ser levada ao céu - para gozo e desfrute ou inferno – sofrimento e dor. No budismo como temos visto, a morte é o processo que nos introduz no "outro mundo"; onde começamos o outro lado da "vida", passando a viver um novo estágio que pode ser iniciado no Devachan. Uma espécie de céu, ou se não praticamos atos dignos e nobre de fraternidade em nossa vida anterior, iniciamos um processo de disciplina corretiva, que após completada entramos no Devachan. Sendo esse período deduzido de nosso mal carma da vida passada. Após esse intervalo, renasceremos para continuar nosso processo evolutivo até conseguirmos a iluminação e libertação completa; a condição de Budha. Desse modo a filosofia budista vê a morte num aspecto mais racional e lógico; menos sentimental e emocional como os ocidentais, que parece, não ter certeza do que acontecerá no pós morte, e o que enfrentarão nesse novo estágio da existência. 16. SIDHARTA ENTRE OS ASCETAS e sua iluminação. Sidharta queria descobrir uma maneira de eliminar os sofrimento. Como sua vida luxuosa não poderia livrá-lo da doença, velhice e morte, Sidharta trocou a vida palaciana pela vida ascética na floresta. Algum tempo depois, ele encontrou dois monges, que lhe ensinaram avançadas técnicas de meditação. Porém, eles não conseguiram satisfazer as dúvidas de Sidharta quanto a natureza do Eu, nem responder a pergunta como extinguir o sofrimento. Por seis anos Sidharta foi acompanhado por outros cinco ascetas; quando percebeu que o ascetismo não traria o resultado que procurava, ele abandonou este estilo de vida. Assim compreendeu que a vida palaciana e a vida ascética são dois extremos, sendo o ideal seguir o caminho do meio, o do despertar. Uma jovem ofereceu comida para Sidharta se alimentar normalmente. Os cinco asceta pensaram que ele tinha abandonado sua busca pela iluminação e partiram sem ele. Após recuperar a sua saúde, Sidharta foi para uma região chamada de círculo da iluminação, onde os iluminados atingiram o despertar. Próximo a um rio, sentou-se em postura de meditação, jurando para si mesmo que só se levantaria após atingir a iluminação. Com 36 anos de idade Sidharta compreendeu sua própria natureza bhúdica, e consequentemente compreendeu o sofrimento, sua causa, sua extinção e o meio para extingui-lo. Desse modo alcançou a iluminação, passando a ser conhecido como Budha o Desperto, o sábio dos Sakyas ou Sakyamuni. Ele continuou meditando por 49 dias. Nesse período ele sentiu compaixão por todos os seres sencientes (humanos e não humanos), decidindo ensinar o caminho a outras pessoas. 17. O BARQUEIRO DIZ AO SEU PUPILO: não estique a corda do instrumento para não quebras, e não afrouxe-a para que não consiga tocar. Essa foi a lição que Gauthama aprendeu ao viver com os ascetas, pois nenhum extremo é razoável para se ter equilíbrio espiritual e emocional. Precisa-se de autocontrole e harmonia para uma vida pautada pelo conhecimento e a sabedoria. 18. O DEMÔNIO MARA TENTA DESVIÁ-LO de seu nobre propósito. Mara tentou Sidharta com a ilusão (Maya) deste mundo. Essa doutrina de Maya tem significado complexo no budismo pois não pode ser real se considerarmos o Absoluto (Parabrahman), como a única realidade, mas não pode ser irreal pois é a base de todo o universo objetivo. A realidade última envolve assim a compreensão da natureza de Maya sem sua negação, mas distinguindo-a do Absoluto. 19. QUANDO LAMA NORBU MORRE, é incinerado e suas cinzas são entregue aos três garotos considerados a encarnação do Lama Dorje; três corpos com um espírito formando a unidade existencial. Rajul o menino nepalês solta as cinzas pelos ares em três pequenos balões. Gita a menina nepalesa joga as cinzas na raiz da árvore parecida com a que Sidharta recebeu a iluminação de Budha. E Jesse o menino americano, coloca no mar, dentro de uma tigela as cinzas do lama Norbu que é levada pelas ondas sumindo no horizonte. Gênesis 3,19 “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela fostes tomado; porquanto és pó e em pó te tornaras”. Eclesiastes 12,7 “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu”. 20. QUASE AO TÉRMINO DO FILME é recitado algumas frases do Sutra do Coração. "Oh! Shariputra, forma não se diferencia do vazio. Vazio não se diferencia da forma. Forma é exatamente vazio, vazio é exatamente forma. O mesmo é para sentido, impulso, percepção e consciência. Oh! Shariputra, todos os Dharmas, são marcados pelo vazio, não aparecem e nem desaparecem, não são puros e nem impuros, sem perda e nem ganhos. Portanto, no vazio não há formas, nem sensações, percepções, impulsos e consciências; não há olho, ouvido, nariz, língua, corpo e mente; não há cor, cheiro, sabor, tato, objeto do pensamento; sem o mundo da visão, sem o mundo da consciência, sem ignorância e o fim da ignorância; sem velhice, sem morte, e sem  fim da velhice e da morte. Sem sofrimento, sem causa de sofrimento, sem a sua extinção e sem objetivo; sem conhecimentos e sem ganhos; sem nada obter o Bodhisattiva em paz pratica o Prajna Paramitta". http://www.sotozencuritiba.org.br. Esse Sutra é muito lindo, e queria ter discernimento para falar um pouco dele. No entanto, minha experiência é superficial para abarcar tão grande conhecimento filosófico. Contudo posso apreciar essa beleza poética, e com o tempo ter experiências de viver esse Sutra. Encorajo a todos os leitores assistirem. O Filme está disponível no youtube, dublado em vários idiomas. Abraço. Davi.

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