sexta-feira, 14 de julho de 2017

O MUNDO EM TRANSIÇÃO.

Editor do Mosaico. Opinião. OS RECENTES ACONTECIMENTOS MUNDIAIS como a posse do Presidente americano Donald Trump em janeiro desse ano. O resultado da eleição americana de novembro de 2016 foi surpreendentemente apertadíssimo. Hillary Clinton venceu no voto popular com 60.274.974 contra 59.937.338 de Trump. Acontece que o resultado que legitima a eleição é o voto do Colégio Eleitoral. Quem ganha nele é declarado o Presidente da República, e Donald Trump venceu com 290 votos dos 538 delegados eleitores; 20 a mais que o necessário. Entretanto, segundo pesquisa do  Pew Research Center o índice de desaprovação do presidente americano é um dos maiores para o período do mandato: 56% desaprovam a gestão Trump, contra 39% que o aprovam. Desde que assumiu a Casa Branca tem seu nome envolvido em  várias polêmicas. Usa as redes sociais para passar seus recados, falando coisas sérias e formalidades de Estado, bem como assuntos não condizentes com sua posição de líder da maior economia do planeta. Apareceu num vídeo vestido de boxeador lutando contra um adversário que tinha a máscara da rede de televisão CNN que ele nocauteava com vários golpe. Sua relação com a imprensa americana não tem sido das melhores desde antes de sua eleição. Os protestos e manifestações populares dos americanos insatisfeitos se multiplicam no pais nesse primeiro ano de sua gestão. A INTENSIFICAÇÃO DO EXTREMISMO TERRORISTA na Europa realizado pelo estado islâmico. Países como França, Alemanha e Inglaterra, além de outros pelo mundo, foram alvos destes criminosos que impiedosamente tiram a vida de pessoas inocentes. Estão sendo combatido por coligação de nações – uma comandada pelos Estados Unidos, outra pela Rússia e outra pela Liga árabe sob a liderança da Arábia Saudita. O PROCESSO DE SAÍDA DO REINO UNIDO (Brexit) da União Europeia, aprovado por um plebiscito. Os ingleses ainda analisam as perdas e ganhos, se é que há vantagens aos britânicos nesse particular, tanto que houve um sentimento à revogação da votação, que foi rechaçada pelos órgãos judiciários e legislativos. Alguns motivos da saída são: O Reino Unido é composto dos países – Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte implicando na saída de todos. Ainda permanecem na União Europeia; a votação ganhou com 52% do (sim) manifestando desejo pela saída do Bloco Econômico. Representa uma espécie de vitória política da direita dentro dos países do Reino Unido. Apesar de fazerem parte da União Europeia à 43 anos, agora estão na transição à saída definitiva. Também não adotaram a moeda única – Euro, na transação comercial com os país membros.  A ANEXAÇÃO DA CRIMEIA PELA RÚSSIA e a tensão gerada por este fato em relação a Ucrânia. A região da Crimeia historicamente, desde a época dos czares, fazia parte do império russo e modernamente da antiga União Soviética, tanto que sua população é de maioria russa e num plebiscitos 96,8% decidiram voltar a fazer parte da Federação Russa. OS MILHARES DE REFUGIADOS que de forma desumana, correndo risco de vida, desembarcam na Europa fugindo da fome, guerra e desesperança a procura de asilo; sonhando com melhores condições de vida. A situação é uma crise humanitária sem precedentes tanto dos que saem quanto dos países que recebem os expatriados. Como o destino são mais os países europeus, a UE procura criar políticas social de ajuda a esses desabrigados. Entretanto muitos dos nacionais locais, não vêm com bons olhos a chegada deste contingente que necessitarão de toda uma infra-estrutura capaz de recebê-los além de moradia, emprego, educação e apoio interdisciplinar envolvendo o aprendizado da língua e cultura estrangeira. Alguns países da UE, fecharam as fronteiras para estes emigrados, dizendo que, o número que receberam excedeu a cota que foi proposta na Comissão de Refugiados. A GUERRA CONTRA AS ATROCIDADES DO GRUPO TERRORISTA estado islâmico, que abusa e escraviza mulheres e crianças para seu inescrupuloso serviço. Exemplo é a retomada da importante cidade de Mosul, a segunda maior do Iraque, sob a posse dos extremistas desde julho de 2014, que a consideravam sede do seu califado. Nesse período o exército iraquiano junto aos combatentes do Curdistão, e apoiado por aviões bombardeios americanos expulsaram os membros do grupo. Oficialmente ontem (10/07), a cidade foi declarada novamente parte do território do Iraque. Os três anos de guerra deixou Mosul em ruínas, mais de milhão de refugiados, milhares de órfãos e dezena de milhares de feridos e mortos. OS PROBLEMAS ECONÔMICOS E POLÍTICOS NO BRASIL. O Procurador Geral da República denunciou o Presidente Miguel Temer ao Supremo Tribunal Federal sob a acusação de corrupção passiva, obstrução de justiça e participação em organização criminosa. Uma delação premiada homologada pela Justiça divulgou uma gravação em que o empresário Joesley Batista, dono de um dos maiores grupos empresariais brasileiro, é recebido pelo Presidente no Palácio residencial do Jaburu - Brasília - Brasil. Na gravação o empresário oferece propina de R$ 500.000,00 reais mensais a um amigo de confiança do Presidente que foi deputado federal. Também outro amigo do Presidente, coronel da Polícia Militar de São Paulo receberia R$ 1.000.000,00 de reais. Na gravação o empresário diz está negociando favores políticos à seu conglomerado empresarial com um procurador da república e um membro do CAF (Comissão de Acompanhamento e Fiscalização dos Projetos de Investigação e Desenvolvimento Associados aos Grandes Contratos Públicos) para fins de propina. A denúncia está sendo considerada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, tendo já um parecer favorável do relator há sua admissibilidade, (aceitação) podendo ser aprovada ou rejeitada por maioria simples pelos membros. Qualquer que seja o resultado na Comissão, ela irá ao Plenário da Câmara que com seus 513 deputados deverá para ser admitida criminalmente alcançar 2/3 de votos dos parlamentares, ou seja, 234 votos. Caso haja deferimento (autorização) do Plenário, a denúncia segue ao Supremo Tribunal Federal que terá duas sessões para confirmar a abertura do processo, sendo o Presidente Temer afastado por 180 dias. Se a maioria dos onze ministros da Corte Suprema ou seis votarem favoráveis a denúncia (condenação), Temer perde o cargo definitivamente, assumindo a Presidência da República interinamente o Presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, que convocará em 30 dias eleições indiretas (o Congresso Nacional escolherá) à escolha do novo Presidente da República. A recessão econômica brasileira dá sinais que está chegando ao fim. Mesmo com mais de 14 milhões de desempregados e 1,4 milhões de postos de trabalho fechado, o crescimento da economia avaliado em - 0,3% nesse ano. O FMI estima que o crescimento em 2017 será de 1,3%, apesar de todos os problemas políticos enfrentados. A DESORDEM INSTITUCIONAL NA VENEZUELA parece uma herança populista iniciada no mandato do ex-presidente Hugo Chaves, que governou o país 14 anos de 1999 a 2013 ano de sua morte. Como é a décima quinta produtora de petróleo do mundo sofre com os baixos preços no mercado internacional, já que o produto é o principal componente da balança comercial do país. Isso provoca um enorme déficit público e um drástico encolhimento do Produto Interno Bruto com aumento de inflação, juros altos e desabastecimento interno como no caso da Venezuela. O presidente Nicolas Maduro não tem a confiança popular para liderar o país, que quase diariamente é abalado com manifestações violentas, inclusive ataque ao parlamento. Os políticos não se entendem (situação e oposição) para um diálogo duradouro e construtivo, Também o Judiciário segundo a imprensa está na mão de Maduro.  A TENSÃO ENTRE AS (Norte e Sul) DUAS COREIAS, onde o regime do ditador Kim Jong Un ameaça o mundo com mísseis de longo alcance, projetados e testados para 2 mil quilômetros de distância, chega ao limite de uma possível intervenção internacional. Kim em seu estilo fanfarrão despreocupado esconde sua sagacidade maquiavélica surpreendentemente perigosa. A Coreia do Norte, um país totalmente dependente em quase tudo desde produtos básico de consumo, matéria prima e bens perecíveis e duráveis, alcançou um razoável nível em tecnologia voltada para conflitos militares. A ONU fornece ajuda humanitária os norte coreanos, pois 75% da população sofre com a insegurança alimentar não tendo acesso a uma dieta adequada e diversificada à uma vida saudável. A China é seu grande parceiro comercial adquirindo 82% de sua exportação, fornecendo a custo baixo produtos de primeira necessidade e doando alimentos ao governo local. OS DESGOVERNOS DA LÍBIA E SÍRIA composto atualmente por facções dissidentes que lutam para se estabelecer no poder, são o resultado da primavera árabe, movimentos rebeldes, que pelas armas, procuravam derrubar as ditaduras militar na África e Oriente Médio. No caso da Líbia, o coronel Muama Gaddafi (1942-2011) foi deposto e execrado em praça pública, mas os rebeldes vencedores não encontraram consenso à formar um governo único que equilibrasse as forças antagônicas. Resultado lutam entre si, permitindo espaços vazios (brecha) nas fronteiras para entrada do estado islâmico que domina boa parte do território. Da costa Líbia milhares de imigrantes (mulheres e crianças inclusive)  partem para a Europa embarcados precariamente, tanto que, muitos não completam o percurso afundado devido à más condições e superlotação, além da revolta marítima. Geralmente pagam “pedágio” aos traficante líbios pelo desumano serviço de transporte. Na Síria ocorreu um processo semelhante, contudo peculiar quanto a que o ditador Bashar Al Assad não foi destituído do governo, resistindo até agora as investidas dos rebeldes em quase 6 anos de guerra fratricida. Também o estado islâmico aproveitando-se dessa situação entrou no território sírio ocupando quase 30% de seu espaço tomando o controle da cidade de Palmira. Esta situação tomou proporções internacional onde interesses geopolíticos movimentam as potências mundiais: Estados Unidos e Rússia. De um lado os americanos tem interesse que o ditador Bashar entregue o poder, dando oportunidade à eleições gerais. Do outro lado os russo desejam mantê-lo no poder, pois um acordo autoriza o governo russo permanecer com uma base naval militar (base de Tartus) na costa síria, defronte ao mar Mediterrâneo para equilíbrio geo-estratégico. Quanto aos terroristas do isis as duas potências (EUA e Rússia) mais as coalizões os combatem em espaços geográfico sírio. A LIDERANÇA DA ALEMANHA E FRANÇA no velho continente. Chega a ser surpreendente e espantosa a recuperação alemã pós-guerra. Praticamente elevou-se das cinzas como o pássaro mitológico Phênix, reconstituindo, modernizando e ampliando seu espaço geográfica. Em 1923 após o final da Primeira Guerra Mundial a crise econômica se generalizava pelos vários setores sociais alemão, sendo que a inflação chegou a números estratosférico onde 1 dólar valia a assustadora quantia de 4,2 trilhões de marcos. Com uma impressionante bem sucedida austeridade econômica que visava a saúde, educação, bem-estar e emprego da população conseguiram eliminar os quinze zeros inflacionários começando a impressionante recuperação econômica. Com a unificação alemã em 1990 o Bundesbank (Banco Central Alemão) investiu mais de 1,3 trilhões de euros na modernização e infraestrutura da antiga Alemanha Oriental. A França com a eleição de Emmanuel Macron desponta como uma liderança na União Européia. Seu histórico passado de conquistas na figura do imperador Napoleão Bonaparte (1769-1821), sugere ao menos respeito e consideração dos pares membros da UE. Macron tem sido considerado um monarca franco europeu. Neste mês o parlamento francês (Assembléia Nacional e Senado) conforme sua recomendação reuniu-se no Palácio de Versalhes e uma das propostas apresentadas foi um referendum para a redução em 1/3 dos 577 deputados e 348 senadores. O EXPANSIONISMO ECONÔMICO CHINÊS. A China é o país que mais cresce no mundo por esta razão tem se destacado no cenário geopolítico mundial. O país tem exercido grande influência política, militar e econômica no cenário regional e internacional graças a fatores determinantes, como grande extensão de seu território (ocupa o terceiro lugar em dimensão), elevadíssimo número de habitantes (cerca de 1,3 bilhões, o  mais populoso do mundo) e dinamismo de sua economia - a que apresenta o maior índice de crescimento em todo o planeta. Seu potencial militar tem contribuído para o incremento de sua influência internacional, pois o país detém um enorme exército, o maior do mundo com 2 milhões de militares. Têm também um numeroso e diversificado arsenal bélico, como bombas atômicas e mísseis. O país domina tecnologias espaciais, sendo fabricante de satélites artificiais e foguetes. Analistas econômicos supõem que a China, até o final desse século, se tornará a maior potência econômica do planeta. O SURGIMENTO DE IDEOLOGIAS EXTREMISTAS DE DIREITA E ESQUERDA no mundo em compasso de mudanças é um referencial da contemporaneidade. A população dos países pobres são os que mais sofrerão com essa forma estereotipada de fazer política. O poder é centralizado pelos caciques (os com mais influência, precedida pelo laço familiar, riquezas e interesses corporativos) que legislarão mediante suborno e desvio de conduta ética e moral. A miséria e pobreza tendem a aumentar em ambiente viciados com esses. O ABANDONO DOS PAÍSES AFRICANOS, notadamente os produtores de matérias primas que já não as têm para fornecer ao mercado utilitarista e materialista Ocidental, é um dos lados cruéis da selvageria do capitalismo moderno. O CONFLITO ÁRABE-ISRAELENSE que latente, ressurge periodicamente com sua agressividade, causando mortes e destruição. A construção de moradias judaicas nos assentamento do lado leste de Jerusalém, região predominantemente árabe, pode tornar-se mais um obstáculo ao diálogo e ao arrefecimento dos ânimos criando clima para novos confrontos, pois líderes do Hamas e da Autoridade Nacional Palestina são totalmente contrários a esta iniciativa. O Conselho de Segurança da ONU condenou os assentamentos israelenses em territórios palestinos. Os judeus convivem com uma população árabe-israelense de um milhão e meio de pessoas correspondendo a 20% da população do Estado de Israel. COM O TÉRMINO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945) a comunidade internacional em consenso entre os derrotados e vencedores resolveu criar os órgãos de fiscalização e sustentação do período que se iniciava. Precisava-se reconstruir a Europa, devastada pelos bombardeios e conflitos de fronteiras. DEU-SE INÍCIO A POLÍTICA DO ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL (Welfare State) como prioridade de ajuda as família que deveria reconstruir seus lares, tendo condições de montarem seus negócios no pioneirismo empreendedorista. O Fundo Monetário Internacional (FMI) dava condições de empréstimos às nações endividadas e empobrecidas pela guerra repassando aos Bancos Centrais com taxas reduzidas para pagamentos em até 50 anos. O Acordo sobre Tarifas e Comércio (GATT), que 48 anos depois tornou-se a Organização Mundial do Comércio (OMC) que cuida da legislação e litígios envolvendo tributação internacional e preços de produtos os mais variados desde commodities, bens duráveis e serviços. Um fórum para implementar e proteger a livre concorrência entre os mercados, regulando de certa forma o protecionismo dos países ricos à seus produtos em relação aos mais pobres. A Organização das Nações Unidas (ONU) que substituiu a Liga das Nações criada com o objetivo de promover a paz e a segurança mundial em seus variados órgãos interno é fragilizada pelas potências que compõem o Conselho de Segurança com direito a veto nas decisões do órgão - Rússia, França, Estados Unidos e China, que impedem o consenso entre os mais de 180 países membros. A décadas se discute o porquê da existência da ONU na contemporaneidade, principalmente sua inoperância efetiva quanto ao diálogo entre países em litígio; sua legitimidade parece está em dúvida. Um ceticismo toma conta dos analista quanto a permanência do entidade num mundo de mudanças rápidas e constantes. Critica-se que as grandes potências na verdade são as que ditam as regras, impondo as soluções. A Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura (UNESCO) visa eliminar o analfabetismo e melhorar o ensino básico, além de promover publicação de livros e revistas, realizando debates científicos. Atua também na restauração e preservação de espaço de valor histórico e cultural pelo mundo. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). É um fórum internacional que articula políticas públicas entre os países mais ricos do mundo. Sua ação além do terreno econômico, abrange a área das políticas sociais de educação, saúde, emprego e renda. A Organização Mundial de Saúde (OMS), tendo sede em Genebra - Suíça, objetiva alcançar o maior número possível de saúde para os povos. Elabora estudos de combate sobre epidemias, além de normas internacionais para produtos alimentícios e farmacêuticos. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi criada em oposição ao antigo Pacto de Varsóvia que encerrou suas atividades em 1991.  A aliança militar ocidental supõe está medindo forças em relação ao poderio bélico russo que é a segunda potência mundial em armamentos nucleares. Grande parte da frota naval russa encontra-se estacionada na costa da Crimeia no mar Cáspio, pronta para eventuais mobilizações. O presidente americano Donald Trump reiteradamente diz que os custos para os Estados Unidos tem sido enormes, pois eles, segundo Trump, arcam com mais de 50% do orçamento da Aliança, insinuando que a Europa deve impreterivelmente tomar uma posição de vanguarda econômica e liderança entre os exércitos europeus pactuados. O Banco Internacional para A Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) ou Banco Mundial auxiliou na reconstrução da Europa e Ásia, atualmente fomentando empréstimo aos países membros da ONU para o crescimento e desenvolvimento. Teve participação decisiva na ajuda financeira à países como: Chipre, Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha que estouraram seus orçamentos criando um déficit (despesa) superior 60% ao seu superávit (receita); resultando no aumento excessivo dos juros anuais e inflação fora de controle. Aqui fica evidente que os países devedores de políticas de refinanciamento de suas dívidas públicas frente ao organismos internacionais, tornando-os refém do capitalismo global. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é uma instituição responsável por regular, fiscalizar, estudar e avaliar as relações de trabalho existentes em todo o mundo. É considerada uma organização tripartite, ou seja, formada por três tipos de diferentes forças: os governos de 182 países, além de representantes de empresas empregadoras e de representantes trabalhistas ou sindicais. O PÓS SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945) trouxe, conforme analistas políticos e historiadores um multilateralismo mundial, que possibilitou mesmo no período da guerra fria (1947-1991) entre Estados Unidos e União Soviética, instrumentos de freio e contrapeso que sustentaram a "instabilidade" política e econômica, não permitindo que as diferenças fossem resolvidas por meio de um novo conflito mundial. Exemplo patente foi a crise dos mísseis em Cuba (16-28 de outubro de 1962) onde o governo soviética implantaria uma base de projéteis nucleares na ilha caribenha a 140 quilômetros dos Estados Unidos. Não fora a eficiente diplomacia da época, entre os dois países, por um tris, segundo historiadores, não se começou uma imprevisível e devastadora guerra nuclear entre as duas superpotências. A época o arsenal nuclear poderia destruir quatorze Terra. Hoje com os acordo de não proliferação de armas nucleares e destruição de muitas ogivas, esse poder destrutivo caiu para duas vezes. Imaginem o perigo que ainda corremos. O MULTILATERALISMO ESTÁ SENDO ABALADO em seus fundamentos. Em termos políticos estamos vivendo uma perigosa situação onde as principais nações do palco internacionais e as periféricas não se entendem em questões vitais para o desenvolvimento do planeta. Acordos internacionais estão sendo desrespeitados em benefício do desenvolvimento e progresso de algumas nações. Países desenvolvidos e emergentes reiteram em descumprir cláusulas acordadas a anos em reuniões de cúpulas com seus representantes máximos. Muitos dos acordos comerciais não são revistos em detrimento das nações mais pobres, que sofrem com o protecionismo das nações ricas, que sobretaxam seus produtos de exportação. Limitando a balança comercial das nações do terceiro mundo, e restringindo seus diminutos PIBs (produto interno bruto) tornando-as mercê dos empréstimos a juros exorbitantes das instituições financeiras internacionais. Outra questão importantíssima que se arrastra é a pauta do meio ambiente global. Desde 1972 em Estocolmo se discute em fóruns internacionais esse indispensável assunto sem uma efetiva e responsável decisão das nações participantes. Esta pauta ecológica - o aumento do aquecimento global tão nocivo à Terra, colocando em risco de extinção à vida humana, fauna e flora, é sempre vista com ceticismo por alguns países ricos, que não querem abrir mão dos vultuosos ganhos com a agressão e destruição da natureza. O incrível e inimaginável é que existe uma falsa crença que a Natureza, sozinha, é capaz de recompor sua degradação e perda em poucos séculos. Enquanto esses "miolos moles" pensam assim, estamos diariamente sucumbindo e apressando nosso fim nesse planeta azul. EXEMPLO CLARO DISSO FOI A REUNIÃO (7 e 8 de julho) DO G20, grupo dos países considerados as maiores economias do planeta. No documento final do encontro, os líderes dos países participantes, dentre outras decisões, reiteraram o compromisso assumido anteriormente com a Agenda Global sobre o Clima de reduzirem em 30% a emissão de gases poluentes na atmosfera do Planeta. O presidente Donald Trump disse, informalmente, que os EUA não participarão do Protocolo de Intensões sobre o Clima. Mesmo que o ex-presidente Barac Obama tenha firmado compromisso com o meio ambiente mundial. Trump, tem revisto o assunto e falado que o preço será enorme para o desenvolvimento do país, preferindo assumir os riscos “para o bem do povo americano”. Também o TTP (Acordo de Associação Transpacífico) que estabelece o livre comércio entre doze países da Ásia, incluindo EUA, Japão, Canadá, Peru, Chile e México, está sendo questionado pelo presidente americano, e pelo visto, será revogado. Esses e outros fatos correlatos, tendes a isolar os americanos da Comunidade Internacional, comprometendo sua posição de vanguarda no mundo. Assim os espaços geoeconômicos estão hoje sendo disputados regionalmente pelos atuais protagonista do cenário mundial. Os sinais da atual contemporaneidade são semelhantes aos que antecederam às grandes guerras mundiais. Um filme para pensarmos esses fatos é A Fita Branca ou Das Weisse Band, título em alemão, do cineasta Michael Hanek. Nele é traçado um panorama histórico social que antecedeu a Primeira Guerra Mundial. OUTRO DADO PREOCUPANTE É A ONDA DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA, que norteia a sociedade Ocidental e Oriental. Muitos líderes são contrários ao diálogo ecuménico, preferindo o distanciamento que a aproximação. Isto possibilidade o aumento da xenofobia religião e o isolamento das crenças, vistas nesse âmbito como verdades absolutas, sem considerar o credo diferente como também culturalmente adequado no contexto histórico social de outros povos. PESSOAS ILUMINADAS COMO o Papa Francisco e o Dalai Lama, estão engajados no diálogo inter-religioso. Ambos recebem e encontram-se com líderes de outras crenças, não apenas, seus pares doutrinários. Exemplos temos: o encontro de Francisco com o Primaz da Igreja Grega e o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, a participação do Pontífice na Conferência de Líderes Muçulmanos no Egito. Francisco quis muito encontrar-se com o Dalai Lama, mas para evitar problemas políticos com a China abortou a audiência. O Dalai Lama pediu aos budistas de Mianmar e Sri Lanka que ponham fim aos atos de violência contra os muçulmanos. Disse em julho de 2014: “Peço aos budistas destes países que tenham em mente a imagem do Buda, antes de cometer esses crimes. O BUDA PREGA O AMOR E A COMPAIXÃO. Se o Buda estivesse ali, protegeria os muçulmanos dos ataques budistas”, assegurou.  Esperamos que os líderes das nações usem o bom senso e revolvam suas divergência políticas, econômicas e influências territoriais, sempre pela via diplomática, esgotando impreterivelmente o diálogo, antes de qualquer atitude baseada na violência das armas. Situação indesejável à todos, que compromete a segurança, paz e harmonia entre os povos. Sinto que devemos e podemos melhorar o mundo em todos os sentidos – para nossos filhos, netos e bisnetos. Basta dar o primeiro passo na direção do outro considerando-o com respeito, dignidade, estima, probidade e honestidade. Abraço. Davi

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