Editor do Mosaico. Opinião. OS RECENTES ACONTECIMENTOS MUNDIAIS como a
posse do Presidente americano Donald Trump em janeiro desse ano. O resultado da
eleição americana de novembro de 2016 foi surpreendentemente apertadíssimo.
Hillary Clinton venceu no voto popular com 60.274.974 contra 59.937.338 de
Trump. Acontece que o resultado que legitima a eleição é o voto do Colégio
Eleitoral. Quem ganha nele é declarado o Presidente da República, e Donald
Trump venceu com 290 votos dos 538 delegados eleitores; 20 a mais que o
necessário. Entretanto, segundo pesquisa do Pew
Research Center o índice de desaprovação do presidente americano é um dos
maiores para o período do mandato: 56% desaprovam a gestão Trump, contra 39%
que o aprovam. Desde que assumiu a Casa Branca tem seu nome envolvido em várias polêmicas. Usa as redes sociais para
passar seus recados, falando coisas sérias e formalidades de Estado, bem como
assuntos não condizentes com sua posição de líder da maior economia do planeta.
Apareceu num vídeo vestido de boxeador lutando contra um adversário que tinha a
máscara da rede de televisão CNN que ele nocauteava com vários golpe. Sua
relação com a imprensa americana não tem sido das melhores desde antes de sua
eleição. Os protestos e manifestações populares dos americanos insatisfeitos se
multiplicam no pais nesse primeiro ano de sua gestão. A INTENSIFICAÇÃO DO
EXTREMISMO TERRORISTA na Europa realizado pelo estado islâmico. Países como
França, Alemanha e Inglaterra, além de outros pelo mundo, foram alvos destes
criminosos que impiedosamente tiram a vida de pessoas inocentes. Estão sendo
combatido por coligação de nações – uma comandada pelos Estados Unidos, outra
pela Rússia e outra pela Liga árabe sob a liderança da Arábia Saudita. O
PROCESSO DE SAÍDA DO REINO UNIDO (Brexit) da União Europeia, aprovado por um plebiscito.
Os ingleses ainda analisam as perdas e ganhos, se é que há vantagens aos
britânicos nesse particular, tanto que houve um sentimento à revogação da
votação, que foi rechaçada pelos órgãos judiciários e legislativos. Alguns
motivos da saída são: O Reino Unido é composto dos países – Inglaterra,
Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte implicando na saída de todos. Ainda
permanecem na União Europeia; a votação ganhou com 52% do (sim) manifestando
desejo pela saída do Bloco Econômico. Representa uma espécie de vitória
política da direita dentro dos países do Reino Unido. Apesar de fazerem parte
da União Europeia à 43 anos, agora estão na transição à saída definitiva.
Também não adotaram a moeda única – Euro, na transação comercial com os país
membros. A ANEXAÇÃO DA CRIMEIA PELA RÚSSIA e a tensão gerada por este
fato em relação a Ucrânia. A região da Crimeia historicamente, desde a época
dos czares, fazia parte do império russo e modernamente da antiga União
Soviética, tanto que sua população é de maioria russa e num plebiscitos 96,8%
decidiram voltar a fazer parte da Federação Russa. OS MILHARES DE REFUGIADOS
que de forma desumana, correndo risco de vida, desembarcam na Europa fugindo da
fome, guerra e desesperança a procura de asilo; sonhando com melhores condições
de vida. A situação é uma crise humanitária sem precedentes tanto dos que saem
quanto dos países que recebem os expatriados. Como o destino são mais os países
europeus, a UE procura criar políticas social de ajuda a esses desabrigados.
Entretanto muitos dos nacionais locais, não vêm com bons olhos a chegada deste
contingente que necessitarão de toda uma infra-estrutura capaz de recebê-los
além de moradia, emprego, educação e apoio interdisciplinar envolvendo o
aprendizado da língua e cultura estrangeira. Alguns países da UE, fecharam as
fronteiras para estes emigrados, dizendo que, o número que receberam excedeu a
cota que foi proposta na Comissão de Refugiados. A GUERRA CONTRA AS ATROCIDADES DO
GRUPO TERRORISTA estado islâmico, que abusa e escraviza mulheres e crianças
para seu inescrupuloso serviço. Exemplo é a retomada da importante cidade de
Mosul, a segunda maior do Iraque, sob a posse dos extremistas desde julho de
2014, que a consideravam sede do seu califado. Nesse período o exército iraquiano
junto aos combatentes do Curdistão, e apoiado por aviões bombardeios americanos
expulsaram os membros do grupo. Oficialmente ontem (10/07), a cidade foi
declarada novamente parte do território do Iraque. Os três anos de guerra
deixou Mosul em ruínas, mais de milhão de refugiados, milhares de órfãos e
dezena de milhares de feridos e mortos. OS PROBLEMAS ECONÔMICOS E POLÍTICOS NO BRASIL. O
Procurador Geral da República denunciou o Presidente Miguel Temer ao Supremo
Tribunal Federal sob a acusação de corrupção passiva, obstrução de justiça e
participação em organização criminosa. Uma delação premiada homologada pela
Justiça divulgou uma gravação em que o empresário Joesley Batista, dono de um
dos maiores grupos empresariais brasileiro, é recebido pelo Presidente no Palácio
residencial do Jaburu - Brasília - Brasil. Na gravação o empresário oferece
propina de R$ 500.000,00 reais mensais a um amigo de confiança do Presidente
que foi deputado federal. Também outro amigo do Presidente, coronel da Polícia
Militar de São Paulo receberia R$ 1.000.000,00 de reais. Na gravação o
empresário diz está negociando favores políticos à seu conglomerado empresarial
com um procurador da república e um membro do CAF (Comissão de Acompanhamento e
Fiscalização dos Projetos de Investigação e Desenvolvimento Associados aos
Grandes Contratos Públicos) para fins de propina. A denúncia está sendo
considerada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos
Deputados, tendo já um parecer favorável do relator há sua admissibilidade,
(aceitação) podendo ser aprovada ou rejeitada por maioria simples pelos
membros. Qualquer que seja o resultado na Comissão, ela irá ao Plenário da
Câmara que com seus 513 deputados deverá para ser admitida criminalmente
alcançar 2/3 de votos dos parlamentares, ou seja, 234 votos. Caso haja
deferimento (autorização) do Plenário, a denúncia segue ao Supremo Tribunal
Federal que terá duas sessões para confirmar a abertura do processo, sendo o
Presidente Temer afastado por 180 dias. Se a maioria dos onze ministros da
Corte Suprema ou seis votarem favoráveis a denúncia (condenação), Temer perde o
cargo definitivamente, assumindo a Presidência da República interinamente o
Presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, que convocará em 30 dias
eleições indiretas (o Congresso Nacional escolherá) à escolha do novo
Presidente da República. A recessão econômica brasileira dá sinais que está chegando ao fim. Mesmo com mais de 14 milhões de desempregados e 1,4 milhões de postos de trabalho fechado, o crescimento da economia avaliado em - 0,3% nesse ano. O FMI estima que o crescimento em 2017 será de 1,3%, apesar de todos os problemas políticos enfrentados. A DESORDEM INSTITUCIONAL NA VENEZUELA parece uma
herança populista iniciada no mandato do ex-presidente Hugo Chaves, que
governou o país 14 anos de 1999 a 2013 ano de sua morte. Como é a décima quinta
produtora de petróleo do mundo sofre com os baixos preços no mercado
internacional, já que o produto é o principal componente da balança comercial
do país. Isso provoca um enorme déficit público e um drástico encolhimento do
Produto Interno Bruto com aumento de inflação, juros altos e desabastecimento
interno como no caso da Venezuela. O presidente Nicolas Maduro não tem a
confiança popular para liderar o país, que quase diariamente é abalado com
manifestações violentas, inclusive ataque ao parlamento. Os políticos não se
entendem (situação e oposição) para um diálogo duradouro e construtivo, Também
o Judiciário segundo a imprensa está na mão de Maduro. A TENSÃO ENTRE AS
(Norte e Sul) DUAS COREIAS, onde o regime do ditador Kim Jong Un ameaça o mundo
com mísseis de longo alcance, projetados e testados para 2 mil quilômetros de
distância, chega ao limite de uma possível intervenção internacional. Kim em
seu estilo fanfarrão despreocupado esconde sua sagacidade maquiavélica
surpreendentemente perigosa. A Coreia do Norte, um país totalmente dependente
em quase tudo desde produtos básico de consumo, matéria prima e bens perecíveis
e duráveis, alcançou um razoável nível em tecnologia voltada para conflitos
militares. A ONU fornece ajuda humanitária os norte coreanos, pois 75% da
população sofre com a insegurança alimentar não tendo acesso a uma dieta
adequada e diversificada à uma vida saudável. A China é seu grande parceiro
comercial adquirindo 82% de sua exportação, fornecendo a custo baixo produtos
de primeira necessidade e doando alimentos ao governo local. OS DESGOVERNOS DA
LÍBIA E SÍRIA composto atualmente por facções dissidentes que lutam para se
estabelecer no poder, são o resultado da primavera árabe, movimentos rebeldes,
que pelas armas, procuravam derrubar as ditaduras militar na África e Oriente
Médio. No caso da Líbia, o coronel Muama Gaddafi (1942-2011) foi deposto e
execrado em praça pública, mas os rebeldes vencedores não encontraram consenso
à formar um governo único que equilibrasse as forças antagônicas. Resultado
lutam entre si, permitindo espaços vazios (brecha) nas fronteiras para entrada
do estado islâmico que domina boa parte do território. Da costa Líbia milhares
de imigrantes (mulheres e crianças inclusive)
partem para a Europa embarcados precariamente, tanto que, muitos não
completam o percurso afundado devido à más condições e superlotação, além da
revolta marítima. Geralmente pagam “pedágio” aos traficante líbios pelo
desumano serviço de transporte. Na Síria ocorreu um processo semelhante,
contudo peculiar quanto a que o ditador Bashar Al Assad não foi destituído do
governo, resistindo até agora as investidas dos rebeldes em quase 6 anos de
guerra fratricida. Também o estado islâmico aproveitando-se dessa situação
entrou no território sírio ocupando quase 30% de seu espaço tomando o controle
da cidade de Palmira. Esta situação tomou proporções internacional onde
interesses geopolíticos movimentam as potências mundiais: Estados Unidos e
Rússia. De um lado os americanos tem interesse que o ditador Bashar entregue o
poder, dando oportunidade à eleições gerais. Do outro lado os russo desejam
mantê-lo no poder, pois um acordo autoriza o governo russo permanecer com uma
base naval militar (base de Tartus) na costa síria, defronte ao mar
Mediterrâneo para equilíbrio geo-estratégico. Quanto aos terroristas do isis as
duas potências (EUA e Rússia) mais as coalizões os combatem em espaços
geográfico sírio. A LIDERANÇA DA ALEMANHA E FRANÇA no velho continente. Chega a
ser surpreendente e espantosa a recuperação alemã pós-guerra. Praticamente
elevou-se das cinzas como o pássaro mitológico Phênix, reconstituindo,
modernizando e ampliando seu espaço geográfica. Em 1923 após o final da
Primeira Guerra Mundial a crise econômica se generalizava pelos vários setores
sociais alemão, sendo que a inflação chegou a números estratosférico onde 1
dólar valia a assustadora quantia de 4,2 trilhões de marcos. Com uma
impressionante bem sucedida austeridade econômica que visava a saúde, educação,
bem-estar e emprego da população conseguiram eliminar os quinze zeros
inflacionários começando a impressionante recuperação econômica. Com a
unificação alemã em 1990 o Bundesbank (Banco Central Alemão) investiu mais de
1,3 trilhões de euros na modernização e infraestrutura da antiga Alemanha
Oriental. A França com a eleição de Emmanuel Macron desponta como uma liderança
na União Européia. Seu histórico passado de conquistas na figura do imperador
Napoleão Bonaparte (1769-1821), sugere ao menos respeito e consideração dos
pares membros da UE. Macron tem sido considerado um monarca franco europeu.
Neste mês o parlamento francês (Assembléia Nacional e Senado) conforme sua
recomendação reuniu-se no Palácio de Versalhes e uma das propostas apresentadas
foi um referendum para a redução em 1/3 dos 577 deputados e 348 senadores. O
EXPANSIONISMO ECONÔMICO CHINÊS. A China é o país que mais cresce no mundo por
esta razão tem se destacado no cenário geopolítico mundial. O país tem exercido
grande influência política, militar e econômica no cenário regional e
internacional graças a fatores determinantes, como grande extensão de seu
território (ocupa o terceiro lugar em dimensão), elevadíssimo número de
habitantes (cerca de 1,3 bilhões, o mais populoso do mundo) e dinamismo
de sua economia - a que apresenta o maior índice de crescimento em todo o
planeta. Seu potencial militar tem contribuído para o incremento de sua
influência internacional, pois o país detém um enorme exército, o maior do
mundo com 2 milhões de militares. Têm também um numeroso e diversificado
arsenal bélico, como bombas atômicas e mísseis. O país domina tecnologias
espaciais, sendo fabricante de satélites artificiais e foguetes. Analistas
econômicos supõem que a China, até o final desse século, se tornará a maior potência
econômica do planeta. O SURGIMENTO DE IDEOLOGIAS EXTREMISTAS DE DIREITA E
ESQUERDA no mundo em compasso de mudanças é um referencial da
contemporaneidade. A população dos países pobres são os que mais sofrerão com
essa forma estereotipada de fazer política. O poder é centralizado pelos
caciques (os com mais influência, precedida pelo laço familiar, riquezas e
interesses corporativos) que legislarão mediante suborno e desvio de conduta ética e moral. A miséria e pobreza tendem a aumentar em ambiente viciados com esses. O
ABANDONO DOS PAÍSES AFRICANOS, notadamente os produtores de matérias primas que
já não as têm para fornecer ao mercado utilitarista e materialista Ocidental, é
um dos lados cruéis da selvageria do capitalismo moderno. O CONFLITO
ÁRABE-ISRAELENSE que latente, ressurge periodicamente com sua agressividade,
causando mortes e destruição. A construção de moradias judaicas nos
assentamento do lado leste de Jerusalém, região predominantemente árabe, pode
tornar-se mais um obstáculo ao diálogo e ao arrefecimento dos ânimos criando
clima para novos confrontos, pois líderes do Hamas e da Autoridade Nacional
Palestina são totalmente contrários a esta iniciativa. O Conselho de Segurança
da ONU condenou os assentamentos israelenses em territórios palestinos. Os
judeus convivem com uma população árabe-israelense de um milhão e meio de
pessoas correspondendo a 20% da população do Estado de Israel. COM O TÉRMINO DA
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945) a comunidade internacional em consenso entre
os derrotados e vencedores resolveu criar os órgãos de fiscalização e
sustentação do período que se iniciava. Precisava-se reconstruir a Europa,
devastada pelos bombardeios e conflitos de fronteiras. DEU-SE INÍCIO A POLÍTICA
DO ESTADO DE BEM-ESTAR SOCIAL (Welfare State) como prioridade de ajuda as
família que deveria reconstruir seus lares, tendo condições de montarem seus
negócios no pioneirismo empreendedorista. O Fundo Monetário Internacional (FMI)
dava condições de empréstimos às nações endividadas e empobrecidas pela guerra
repassando aos Bancos Centrais com taxas reduzidas para pagamentos em até 50
anos. O Acordo sobre Tarifas e Comércio (GATT), que 48 anos depois tornou-se a
Organização Mundial do Comércio (OMC) que cuida da legislação e litígios
envolvendo tributação internacional e preços de produtos os mais variados desde
commodities, bens duráveis e serviços. Um fórum para implementar e proteger a
livre concorrência entre os mercados, regulando de certa forma o protecionismo
dos países ricos à seus produtos em relação aos mais pobres. A Organização das
Nações Unidas (ONU) que substituiu a Liga das Nações criada com o objetivo de
promover a paz e a segurança mundial em seus variados órgãos interno é
fragilizada pelas potências que compõem o Conselho de Segurança com direito a
veto nas decisões do órgão - Rússia, França, Estados Unidos e China, que
impedem o consenso entre os mais de 180 países membros. A décadas se discute o
porquê da existência da ONU na contemporaneidade, principalmente sua
inoperância efetiva quanto ao diálogo entre países em litígio; sua legitimidade
parece está em dúvida. Um ceticismo toma conta dos analista quanto a
permanência do entidade num mundo de mudanças rápidas e constantes. Critica-se
que as grandes potências na verdade são as que ditam as regras, impondo as
soluções. A Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura
(UNESCO) visa eliminar o analfabetismo e melhorar o ensino básico, além de
promover publicação de livros e revistas, realizando debates científicos. Atua
também na restauração e preservação de espaço de valor histórico e cultural
pelo mundo. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico
(OCDE). É um fórum internacional que articula políticas públicas entre os
países mais ricos do mundo. Sua ação além do terreno econômico, abrange a área
das políticas sociais de educação, saúde, emprego e renda. A Organização
Mundial de Saúde (OMS), tendo sede em Genebra - Suíça, objetiva alcançar o
maior número possível de saúde para os povos. Elabora estudos de combate sobre
epidemias, além de normas internacionais para produtos alimentícios e
farmacêuticos. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi criada em
oposição ao antigo Pacto de Varsóvia que encerrou suas atividades em 1991.
A aliança militar ocidental supõe está medindo forças em relação ao
poderio bélico russo que é a segunda potência mundial em armamentos nucleares.
Grande parte da frota naval russa encontra-se estacionada na costa da Crimeia
no mar Cáspio, pronta para eventuais mobilizações. O presidente americano
Donald Trump reiteradamente diz que os custos para os Estados Unidos tem sido
enormes, pois eles, segundo Trump, arcam com mais de 50% do orçamento da
Aliança, insinuando que a Europa deve impreterivelmente tomar uma posição de vanguarda
econômica e liderança entre os exércitos europeus pactuados. O Banco
Internacional para A Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) ou Banco Mundial
auxiliou na reconstrução da Europa e Ásia, atualmente fomentando empréstimo aos
países membros da ONU para o crescimento e desenvolvimento. Teve participação
decisiva na ajuda financeira à países como: Chipre, Grécia, Irlanda, Portugal e
Espanha que estouraram seus orçamentos criando um déficit (despesa) superior
60% ao seu superávit (receita); resultando no aumento excessivo dos juros
anuais e inflação fora de controle. Aqui fica evidente que os países devedores
de políticas de refinanciamento de suas dívidas públicas frente ao organismos
internacionais, tornando-os refém do capitalismo global. A Organização
Internacional do Trabalho (OIT) é uma instituição responsável por regular,
fiscalizar, estudar e avaliar as relações de trabalho existentes em todo o
mundo. É considerada uma organização tripartite, ou seja, formada por três
tipos de diferentes forças: os governos de 182 países, além de representantes
de empresas empregadoras e de representantes trabalhistas ou sindicais. O PÓS
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945) trouxe, conforme analistas políticos e
historiadores um multilateralismo mundial, que possibilitou mesmo no período da
guerra fria (1947-1991) entre Estados Unidos e União Soviética, instrumentos de
freio e contrapeso que sustentaram a "instabilidade" política e
econômica, não permitindo que as diferenças fossem resolvidas por meio de um
novo conflito mundial. Exemplo patente foi a crise dos mísseis em Cuba (16-28
de outubro de 1962) onde o governo soviética implantaria uma base de projéteis
nucleares na ilha caribenha a 140 quilômetros dos Estados Unidos. Não fora a eficiente
diplomacia da época, entre os dois países, por um tris, segundo historiadores,
não se começou uma imprevisível e devastadora guerra nuclear entre as duas
superpotências. A época o arsenal nuclear poderia destruir quatorze Terra. Hoje
com os acordo de não proliferação de armas nucleares e destruição de muitas
ogivas, esse poder destrutivo caiu para duas vezes. Imaginem o perigo que ainda
corremos. O MULTILATERALISMO ESTÁ SENDO ABALADO em seus fundamentos. Em termos
políticos estamos vivendo uma perigosa situação onde as principais nações do
palco internacionais e as periféricas não se entendem em questões vitais para o
desenvolvimento do planeta. Acordos internacionais estão sendo desrespeitados
em benefício do desenvolvimento e progresso de algumas nações. Países
desenvolvidos e emergentes reiteram em descumprir cláusulas acordadas a anos em
reuniões de cúpulas com seus representantes máximos. Muitos dos acordos
comerciais não são revistos em detrimento das nações mais pobres, que sofrem
com o protecionismo das nações ricas, que sobretaxam seus produtos de
exportação. Limitando a balança comercial das nações do terceiro mundo, e
restringindo seus diminutos PIBs (produto interno bruto) tornando-as mercê dos
empréstimos a juros exorbitantes das instituições financeiras internacionais.
Outra questão importantíssima que se arrastra é a pauta do meio ambiente
global. Desde 1972 em Estocolmo se discute em fóruns internacionais esse
indispensável assunto sem uma efetiva e responsável decisão das nações
participantes. Esta pauta ecológica - o aumento do aquecimento global tão
nocivo à Terra, colocando em risco de extinção à vida humana, fauna e flora, é
sempre vista com ceticismo por alguns países ricos, que não querem abrir mão
dos vultuosos ganhos com a agressão e destruição da natureza. O incrível e
inimaginável é que existe uma falsa crença que a Natureza, sozinha, é capaz de
recompor sua degradação e perda em poucos séculos. Enquanto esses "miolos
moles" pensam assim, estamos diariamente sucumbindo e apressando nosso fim
nesse planeta azul. EXEMPLO CLARO DISSO FOI A REUNIÃO (7 e 8 de julho) DO G20,
grupo dos países considerados as maiores economias do planeta. No documento
final do encontro, os líderes dos países participantes, dentre outras decisões,
reiteraram o compromisso assumido anteriormente com a Agenda Global sobre o
Clima de reduzirem em 30% a emissão de gases poluentes na atmosfera do Planeta.
O presidente Donald Trump disse, informalmente, que os EUA não participarão do
Protocolo de Intensões sobre o Clima. Mesmo que o ex-presidente Barac Obama
tenha firmado compromisso com o meio ambiente mundial. Trump, tem revisto o
assunto e falado que o preço será enorme para o desenvolvimento do país,
preferindo assumir os riscos “para o bem do povo americano”. Também o TTP
(Acordo de Associação Transpacífico) que estabelece o livre comércio entre doze
países da Ásia, incluindo EUA, Japão, Canadá, Peru, Chile e México, está sendo
questionado pelo presidente americano, e pelo visto, será revogado. Esses e
outros fatos correlatos, tendes a isolar os americanos da Comunidade
Internacional, comprometendo sua posição de vanguarda no mundo. Assim os
espaços geoeconômicos estão hoje sendo disputados regionalmente pelos atuais
protagonista do cenário mundial. Os sinais da atual contemporaneidade são
semelhantes aos que antecederam às grandes guerras mundiais. Um filme para
pensarmos esses fatos é A Fita Branca ou Das Weisse Band, título em alemão, do
cineasta Michael Hanek. Nele é traçado um panorama histórico social que
antecedeu a Primeira Guerra Mundial. OUTRO DADO PREOCUPANTE É A ONDA DE
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA, que norteia a sociedade Ocidental e Oriental. Muitos
líderes são contrários ao diálogo ecuménico, preferindo o distanciamento que a
aproximação. Isto possibilidade o aumento da xenofobia religião e o isolamento
das crenças, vistas nesse âmbito como verdades absolutas, sem considerar o
credo diferente como também culturalmente adequado no contexto histórico social
de outros povos. PESSOAS ILUMINADAS COMO o Papa Francisco e o Dalai Lama, estão
engajados no diálogo inter-religioso. Ambos recebem e encontram-se com líderes
de outras crenças, não apenas, seus pares doutrinários. Exemplos temos: o
encontro de Francisco com o Primaz da Igreja Grega e o Patriarca da Igreja
Ortodoxa Russa, a participação do Pontífice na Conferência de Líderes
Muçulmanos no Egito. Francisco quis muito encontrar-se com o Dalai Lama, mas
para evitar problemas políticos com a China abortou a audiência. O Dalai Lama
pediu aos budistas de Mianmar e Sri Lanka que ponham fim aos atos de violência
contra os muçulmanos. Disse em julho de 2014: “Peço aos budistas destes países
que tenham em mente a imagem do Buda, antes de cometer esses crimes. O BUDA
PREGA O AMOR E A COMPAIXÃO. Se o Buda estivesse ali, protegeria os muçulmanos
dos ataques budistas”, assegurou.
Esperamos que os líderes das nações usem o bom senso e revolvam suas
divergência políticas, econômicas e influências territoriais, sempre pela via
diplomática, esgotando impreterivelmente o diálogo, antes de qualquer atitude
baseada na violência das armas. Situação indesejável à todos, que compromete a
segurança, paz e harmonia entre os povos. Sinto que devemos e podemos melhorar
o mundo em todos os sentidos – para nossos filhos, netos e bisnetos. Basta dar
o primeiro passo na direção do outro considerando-o com respeito, dignidade,
estima, probidade e honestidade. Abraço. Davi
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