Cristianismo. Texto de
Geoffrey Hodson (1886-1983). “Capítulo IV. UMA CONGREGAÇÃO INVISÍVEL. Os
efeitos internos da Missa de Réquiem, realizada no Dia de Todas as Almas na Pro
Catedral de Santa Maria da Igreja Católica Liberal, em Londres – Reino Unido.
As almas desencarnadas assistem frequentemente aos serviços físicos das
igrejas, porém na ocasião especial da Missa de Réquiem vê-se presente um grande
número delas. Muitas chegam algum tempo antes do início do serviço,
concentrando-se a maior parte ao redor das alas da igreja e na galeria, e
ocupando grande parte do espaço sob o teto. Em suas consciências mais elevadas
muitos membros da congregação física podiam saudar a seus amigos super físicos.
A alegria de muitas reuniões felizes que assim ocorrem não foi em nada afetada
pelo fato de pouco ou nenhum conhecimento dos desencarnados ter penetrado na
consciência física dos encarnados. A maior parte da congregação física havia
criado nítidas formas pensamento de seus amigos particulares falecidos e estas
foram mais tarde substituídas pelos próprios amigos. Em alguns casos os
desencarnados trouxeram consigo seres com quem haviam feito amizade no outro
lado. Estes, junto a outros visitantes e os frequentadores super físicos da
Igreja, humanos e angélicos, formaram uma congregação muito grande nos mundos
ocultos. A congregação super física ficou de frente para o altar no início do
serviço, e daí em diante foi gradualmente se aproximando cada vez mais do mundo
físico. Desde o começo eles viram nitidamente os candelabros, porque a luz da
vela de cera é visível nos mundos ocultos e algumas vezes é usada como um sinal
para os do outro lado do véu. A chama de luz e força emanada do Sacramento
Reservado também é claramente vista, bem como os anjos ministrantes e as
correntes de força fluindo através dos vários símbolos e joias. Entretanto,
estranhamente alguns nada vêm, apesar de sua visão não ser limitada como a
nossa, por possuirmos corpo físico. O efeito geral, entretanto, era para
revelar o interior do plano físico da igreja, como se tivesse sido aberta uma
cortina de um palco. Este afastamento do véu não se estendeu na mesma proporção
da igreja. O conjunto da congregação ficou isolado das vibrações e fenômenos do
mundo externo. Um grande anjo, a quem nos referiremos mais tarde, vigiava este
isolamento e mantinha a congregação super física dentro de sua aura, e assim
ajudava a criar as condições em que o véu poderia ser seguramente afastado. Os
anjos da Eucaristia têm também o cuidado de incluir, tanto os vivos como os
desencarnados no edifício interno espiritual, de forma que todos possam
compartilhar tanto quanto possível das influências derramadas. Eles ajudavam as
pessoas no que era necessário e possível, e gradualmente, como resultado de
suas carinhosas ministrações e do serviço, as congregações física e super
física eram unidas uma à outra. No final do serviço os desencarnados estão
aptos a ver o edifício físico, seus amigos, e especialmente os sacerdotes e os
servidores no interior do Santuário. Isto os enchia de intensa felicidade,
embora alguns experimentassem vaga saudade e mesmo anseio de retornar à vida e
camaradagem do plano físico. Uns poucos não haviam achado a nova vida tão feliz
quanto poderia ter sido, e sentiam-se solitários ali. Para muitos, sua
consciência interna se desvanecia um tanto à medida que a percepção física
aumentava, embora alguns poucos retivessem sua visão de seus próprios mundos.
Alguns penetravam na aura de seus amigos e permaneciam de pé ou sentados com
eles, porém a maioria dos que tinham amigos físicos presentes flutuavam bem
acima deles. Quase todos sentiam a alegria da reunião e de receber os
pensamentos e recordações amorosas de seus amigos e parentes. Gradativamente, à
medida que todos se tornavam completamente harmonizados, as palavras e a música
eram ouvidas com crescente clareza. Isto os tornava muito ditosos, evocando
antigas recordações. Para eles era um grande prazer ouvir as vozes atuais de
seus amigos particulares, deixados no plano físico. Ouviam muito atentamente o
sermão, e no Credo todos inclinavam suas cabeças. Alguns deles evidentemente
conheciam bem as palavras e ajoelhavam-se no exato momento, porém, todos
acompanhavam com compreensão e assentimento reverentes. Decorrido algum tempo,
todas as considerações pessoais cederam lugar ao ato de adoração conjunta,
quando as duas congregações se integraram no ritmo e poder do serviço. Pouco a
pouco, com poucas exceções, se tornaram unificadas e harmonizadas, e os anjos
puderam tratá0las como uma unidade. As exceções foram os que não haviam sido
acostumados ao culto da igreja; estes permaneciam um tanto afastados,
observando com interesse, mas não participando. O Anjo da Presença resplandecia
em toda a perfeita beleza espiritual do Senhor, cujo amor e bênção fluíam
continuamente através Dele. Todos eram envolvidos nesse maravilhoso fluxo,
especialmente os sentados à parte, pois o Anjo parecia volver sua atenção para
eles com o mias terno e compassivo amor, que paulatinamente vencia seu
afastamento e os atraía. Um grande anjo de tipo inteiramente novo para o autor
apareceu na extremidade ocidental da igreja. Embora fosse essencialmente um
anjo de amor, e vertesse uma qualidade especial de amor e proteção sobre os
desencarnados, sua aparência externa era tal que nos fazia pensar no Anjo da
Morte. Parecia ser um representante do grande Deus da Morte, cuja mão poderosa
corta o cordão de prata que ata a alma ao corpo durante a vida terrena. Sua
fisionomia era enérgica e inspirava tímido respeito com sua inescrutável
expressão de poder e mistério. Era de
cor verde escuro e da altura do corpo da igreja. Mantinha a congregação
invisível muito coesa no interior de sua consciência e exercia uma influência
protetora sobre a mesma, de forma que nenhum dano poderia ocorrer aos vivos
como aos mortos. Ele permanecia imóvel e impassível, zelando como se mencionou
acima, o isolamento da igreja do mundo externo, e dando a impressão de uma
estátua enorme, viva e verde escura do Anjo da Morte. No mundo do além, como
neste mundo, existem muitos seres indesejáveis que tomariam vantagem imediata
das condições especiais, do íntimo intercâmbio de forças entre os dois mundos.
Esta proteção angélica era, portanto, adicionada ao isolamento propiciado pela
consagração original da igreja e pelas “paredes” do edifício eucarístico.
Parece também ter havido uma rarefação do véu no mundo externo, porém isto se
restringiu aos níveis mais elevados dos planos concernentes. Isto parece ser o
resultado de certas mudanças que ocorrem em todo sistema solar nesta época do
ano. A influência do espiritual, como distinta do material, parece ser de algum
modo aumentada e a divisão entre o espírito e a matéria como um conjunto,
parece ser marcante. Talvez haja uma lei cíclica sob a qual, nesta época do
ano, todos os véus se tornam definidamente mais tênues, de sorte que os níveis
sem forma e com forma se tornam mais intimamente associados e os planos dentro
destas divisões mais intimamente sincronizados. Os sub planos mais elevados dos
mundos mental, emocional e etérico, são fundidos e mutuamente entrelaçados de maneira
que o pulsar da vida e força no mundo material e através do mesmo é muito mais
livre do que normalmente. Dentro da igreja, onde se criam condições especiais,
isto se estende através de todos os sub planos, decrescentemente, e daí a
necessidade de medidas especiais de precaução. Aparentemente é função do Anjo
da Morte manter a necessária proteção, pois a ele concerne a passagem de poder,
consciência e vida de plano para plano, e a transferência da consciência humana
do plano físico ao plano emocional, na morte. Ele pode exercer uma função, que
é complementar e o inverso da de Nossa Senhora, a qual preside a todo
nascimento humano. Sugere-se correspondência, porém o autor não está habilitado
a dar um pronunciamento definido sobre o assunto. Retornando ao serviço em si,
notou-se que a repetição de um nome em uma cerimônia liga instantaneamente o
seu dono aonde quer que esteja, com o oficiante, e através dele, com o poder da
cerimônia. Quando foi recitada a prece pelos falecidos, os designados
fulguravam subitamente com uma luz maior, a bênção do Senhor verteu-se do
Santuário sobre eles, e fez o princípio crístico brilhar dali para dentro
deles. Os não efetivamente presentes tiveram sua atenção atraída para os ali
mencionados. Em alguns casos vieram imediatamente para a igreja, chamados pelo
poder do Senhor Cristo e pelo amor dos que os lembraram. Os próprios anjos
trouxeram para a igreja muitos daqueles cujos nomes foram mencionados, ao mesmo
tempo que adicionavam outros, não mencionados. Muitos anjos se assemelham a
lindos “pastores”, cada um com seu rebanho destas “ovelhas” humanas, que haviam
reunido e trazido à presença do Senhor. Muitos auxiliares humanos invisíveis
estavam também muito ocupados em trazer gente desencarnada para a igreja, e em
ajuda-los a assimilar a atmosfera e a bênção do serviço. O Anjo Construtor
incluía todos estes em sua esfera de trabalho, e o Anjo da Presença saudava-os
com o seu glorioso sorriso de amor e ternura à medida que chegavam. Era
maravilhosos contemplar a expressão e o sorriso do Anjo da Presença. Seu
sorriso revela muitíssimo mais do qualquer sorriso humano pode expressar;
inclui um jubiloso reconhecimento de um velho e muito amado amigo, uma profunda
compreensão espiritual de todas as suas mais elevadas esperanças e possibilidades,
e o terno amor compassivo de um pai para com o seu filho predileto. A expressão
na face do Anjo é sempre a de exaltação espiritual, enquanto que o irradiante
poder, a vida e o amor fluem através dele continuamente. Quando, pois, ele
sorri, a beleza e amor profundamente compassivo revelados excedem a toda
concepção humana, e nenhuma palavra pode retratar com propriedade a maravilha
deste gloriosos Representante angélico de Nosso Senhor. Uma tal visão do Bom
Pastor e Seus servos angélicos e seu rebanho demonstrou prontamente que Ele
conhece cada indivíduo deste planeta, que todos os homens estão envolvidos no
abraço de Seu amor, e que, de fato “por baixo estão os eternos braços”. O Anjo
da Presença reconhecia, cumprimentava, abençoava, e enviava amor a cada
indivíduo que chegava, e extraía o mais elevado no interior de cada um, em
resposta. A medida desta resposta variava consideravelmente. Alguns nessa hora
estavam preocupados e concentrados em si e não responderam completamente; todos
eram definidamente auxiliados, cada um na medida em que estava apto a receber e
assimilar a bênção vertida e o Cristo interno podia ser despertado. Aqueles que
estavam lutando com grandes dificuldades quando a bênção os atingiu –
frequentemente acompanhada por um anjo – se sentiam de repente livres da tensão
e iluminados com as soluções de seus problemas. Para muitos era um nítido ponto
de retorno no longo ciclo de encarnações: pode mesmo influenciar o restante de
sua peregrinação para a perfeição. Como fez
Filho Pródigo, desde então “se levantarão e irão a seu Pai”. Teve lugar
uma verdadeira conversão e determinaram-se desde esse dia a dedicar-se à vida
espiritual e ao trabalho profícuo. Vê-se, só por este fato, o valor não somente
do cerimonial espiritual em conjunto, porém especialmente, da Missa de Réquiem
(Missa dos mortos do latim Missa defunctorum – é uma Missa da Igreja Católica
oferecida ao repouso da alma de uma ou mais pessoas falecidas) e das orações
pelos mortos: porque muitos que são insensíveis e estão espiritualmente
adormecidos durante toda a sua vida terrena, podem mudar completamente depois
da morte. O final do serviço, a congregação invisível foi se aproximando cada
vez mais do Santuário, e grande parte dela parecia receber o Sacramento através
de seus amigos encarnados. As auras de todos os seus membros brilhavam com
crescente intensidade à medida que os momentos passaram e no encerramento
muitos deles se sentiam espiritualmente exaltados e iluminados. Logo depois do
“Ite, missa est” (Ide em paz, que Deus vos acompanhe), o véu entre o invisível
e o visível parecia tornar-se mais denso, como se a cortina fosse de novo
fechada sobre o palco da vida terrena. Alguns dos desencarnados, embora nem
todos, que ficaram para a bênção final, permaneciam por algum tempo ao lado de
seus particulares amigos físicos e mesmo os acompanhavam até fora da igreja.
Possivelmente podiam participar da vida deles durante o resto do dia, de uma
forma que normalmente não é possível. Uns poucos permaneciam na igreja para orar,
porém a maior parte da congregação invisível dispersou-se depois de ministrada
a bênção final. Observando estas coisas, parecia que de muitas maneiras a
religião seria muito mais fácil para os desencarnados, que para os vivos, pois
aqueles podem ver muito mais do lado
oculto do serviço, do que nós. O brilho irradiante da Hóstia e emanação do
poder de Cristo através da Cruz, o esplendor e a beleza do Anjo da Presença, se
manifestam claramente ante seus olhos. No conjunto, a sua resposta ao serviço
era muito maior do que a nossa. Percebia-se quanto o corpo físico impede nossa
realização e resposta às grandes verdades e forças espirituais corporificadas
pela igreja, e quanto poder, beleza e conhecimento o cérebro físico nos impede
de perceber. Parte do valor da cerimônia da igreja é que estimula e acelera
nossos corpos e cérebros para um maior grau de sensibilidade e capacidade
responsiva; de forma que o véu se alonga mais e mais à medida que nossa Mãe
espiritual nos conduz a maiores profundezas da vida religiosa. Depois de alguns
anos de serviços e de preces devemos nos tornar tão responsivos às coisas mais
profundas como os membros desencarnados da congregação. Por fim, nossa
realização será igual à dos santos anjos e não mais necessitaremos da Igreja,
salvo como um gloriosos campo de serviço para o
mundo”. Livro O Lado Interno do Culto na Igreja. Redator do Mosaico. A
invocação a Imaculada Virgem Maria, Nossa Senhora, é uma das preciosidade do
cristianismo. Os que têm experiência com o misticismo desse mantra se beneficia
em todas as área de sua vida, pois através dele contatamos a Divina Providência
que nos acolhe em nossos medos, temores e fraqueza. Além de fortalecer nosso
ser interior (emoção, sensação e percepção) para prosseguirmos a Senda
Espiritual com uma mente serena, tranquila e centrada naquilo que realmente
produz nossa evolução. A Santíssima Mãe de Deus, é a geradora de nossa
primordial vida (mônada), que viajando por vários mundos, chegou ao nosso
sistema solar. Passamos, como essa “centelha” divina, por vários planetas de nosso Sistema Solar e
aportamos na Terra. Os vários renascimentos que vivemos,
evoluindo como mineral, vegetal, animal, e hoje humanos, são a forma de
continuarmos nossa evolução cósmica. Nossa Senhora, no misticismo cristão têm
completa autoridade sobre os anjos (devas) e demônios (asuras), ordenando ou
impedimos qualquer ação dessas hostes quando exorbitam a imutável e inexorável lei do carma que nos pune segundo nossos pecados e nos recompensa conforme nossos boas atitudes e méritos. Assim,
aqueles que praticam esse chamamento com o sentimento puro, consciência limpa e
o desejo espiritual da evolução ao Brahma (O Logos Divino) alcançará a graça do
despojamento do apego terreno e transitoriedade mundana. Focando sua mente na
individualidade superior que nos eleva às coisas divinas e eternas. Oração do
Cristão: AVE MARIA, CHEIA DE GRAÇA. O SENHOR É CONVOSCO, BENDITA SOIS VÓS ENTRE
AS MULHERES. BENDITO É O FRUTO DO VOSSO VENTRE JESUS. SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, ROGAI POR
NÓS PECADOS, AGORA E NA HORA DE NOSSA MORTE. AMÉM. Abraço. Davi.
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