sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Palestra Espiritismo Segundo o Evangelho. Caio Fábio II.

Continuamos o texto do Caio Fábio sobre Espiritismo Segundo o Evangelho. Dentre as muitas evidências que Deus compartilhou comigo,  algumas são provas incontestáveis de que não fora Samuel, de modo algum, quem“baixou” naquela médium e falou com Saul. Por que não era Samuel? Em I Samuel 15.23 o profeta diz: “Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei”. Será que Samuel era um indivíduo que achava a mediunidade algo possível, ou que esta pudesse vir da parte do Senhor? Ele diz no texto que a rebelião era como o pecado de feitiçaria, ele tinha ódio disso tudo. A ordem dada em Israel era extirpar médiuns e adivinhos, e fora até mesmo reiterada pela boca do próprio Samuel. O que os textos de um modo geral dizem sobre a mediunidade? “Chegando alguns dos saduceus; homens que dizem não haver ressurreição...” Lucas 20.27 A palavra de Deus coloca o seguinte fato: a única alternativa bíblica para a volta de um homem a este mundo é chamada de ressurreição. Essa é a doutrina mais batida e mais forte de todas as Escrituras. A volta de um homem a este mundo tem de ser através da própria ressurreição. Textos do Novo Testamento, como o de Apocalipse 21:8, lançam um golpe fulminante e mortal sobre a feitiçaria e sobre a mediunidade. Voltando a I Samuel 28.7,8, toda essa história começa da seguinte maneira: Em primeiro lugar, observemos quem contou essa história. Os versos 7 e 8 dizem que foram os servos de Saul, porque se Saul foi com dois de seus servos até a casa da médium, e morreu alguns dias depois, essa história não foi perpetuada e narrada pelo próprio Saul. Ele mesmo não iria contar porque implicaria abominação para si mesmo. Era proibido em Israel consultar médiuns, e só depois da sua morte a história foi contada, e se foi contada, foi pelos dois servos que foram com ele. E quem eram esses servos? O capítulo 21 de I Samuel, em seu verso 7, diz que normalmente eram homens estrangeiros. “Achava-se ali naquele dia um dos servos de Saul, detido perante o Senhor, cujo nome era Doegue, edomita, o maioral dos pastores de Saul”. Os servos de Davi, seus valentes homens, eram na sua maioria estrangeiros, e Saul também estava cercado por boa parte de servos estrangeiros. I Samuel 28.7 diz que eram homens muito comumente supersticiosos, porque quando Saul pediu para que lhe apontassem uma mulher que fosse médium, eles de início já sabiam onde havia. Como naqueles dias
estava proibido consultar os médiuns, Saul deveria pensar que não houvesse mais nenhum por lá, porém foi no meio dos seus servos. “homens estrangeiros”, comumente supersticiosos”, que ele encontrou a médium que procurava. Mas como foi essa manifestação? A palavra usada para médium no hebraico é “obi” ou seja, espírito adivinhador, espírito familiar, palavra falada através de uma pessoa que recebe um espírito, e fala como ventríloquo, que muda até a voz, que fala com a tonalidade, com o timbre da voz daquele que diz estar possuindo, da mesma forma que acontece no Espiritismo. Os versos 11 e 14 dizem que a manifestação foi subjetiva. A mulher entrou em transe e disse estar vendo um homem subindo. Quando Saul lhe perguntou sobre sua aparência, ela disse que era um velhinho, de cabeça branca com uma capa tal, e descreveu a roupa de Samuel. A Bíblia diz que Saul então conclui, no verso 14, que era Samuel. Foi uma conclusão, foi uma interpretação subjetiva. Saul não viu nada, e sim a mulher que descreveu a cena, vindo ele a concluir, como costuma acontecer no Espiritismo. Mas a pergunta é: Seria de Deus essa manifestação? O verso 7 diz: “Então disse Saul aos seus servos: Apontai-me uma mulher que seja médium, para que eu me encontre com ela e a consulte”. A resposta é, absolutamente não! Não é de Deus por causa de I Crônicas 10.13,14, como segue: “Assim morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante, e não ao Senhor...”. Esse texto coloca claramente que consultar necromante, implica não consultar ao Senhor. Logo, essa manifestação é contundentemente diabólica.
O que não vem do Senhor nessa questão de revelação, vem de fontes malignas, tenha certeza disto, meu caro leitor. O verso 6 diz que se Deus falasse com Saul, a manifestação teria de ser diferente. Em
primeiro lugar, Deus falaria através de uma revelação sacerdotal, no caso, Urim, aquela do cara e coroa: do sim e não; pode e não pode; vai e não vai. O Urim e Tumim não detalhavam nada e eram usados para o seguinte: - Eu posso ir? - Sim. - Eu posso ir? - Não. Urim e Tumim não era uma revelação usada para dizer “vai, que vai ser assim, vai acontecer isso, três dias depois será assim”. Era uma revelação ultra definida, específica, trabalhava em cima do sim e do não, e era uma revelação que Deus dava através do sacerdote. A segunda maneira de Deus revelar-se, seria através de uma revelação pessoal. O verso 6 diz que seria através de sonhos, falando com o próprio Saul. E a terceira maneira, a revelação inspiracional através de profetas. Deus daria inspiração a alguém que fosse compartilhar a sua palavra com Saul. Bem, se fosse Samuel, quem estaria falando seria Deus. Mas não provinha de Deus porque sempre que ele falava através de um profeta, essa palavra do profeta vinha dele mesmo, o Senhor. E quando um pseudo profeta fala e a Bíblia diz que não foi do Senhor que falou, não resta a menor dúvida de quem falou pela médium. O que a Bíblia diz sobre a vida depois da morte é muito importante para que se entenda sobre essas coisas. Em Lucas 16.27-31, a teologia do texto nos coloca diante do seguinte dogma: há dois grandes abismos nesse invisível mundo da morte. Pelo menos no estado intermediário, concomitante à existência da nossa história hoje. Primeiro, há o abismo entre o rico e Lázaro, o abismo entre o céu e o inferno. Pai Abraão disse: “Não dá para passar para cá, porque há um grande abismo. Quem está de um lado não pode passar para o outro e vice-versa”. Duvido muito que quem está no céu, queira ir para o outro lado. Esse, portanto, é o primeiro abismo, o abismo entre o céu e o inferno. O segundo grande abismo está entre os mortos e os vivos, porque o rico disse: “Então, Pai Abraão, manda Lázaro a minha casa pra dizer umas palavrinhas de advertência ao pessoal, para saírem do consumismo, daquelas orgias, para que eles se convertam e não venham para esse lugar de tormento, manda!”. Pai Abraão respondeu: “Não. Ainda que vá alguém ressuscitar dentre os mortos. Eles têm a Lei, eles têm as Escrituras, ouçam às Escrituras.” A alternativa que o rico pedia era a mediúnica. Hebreus 9.27 afirma que “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, e depois disto o juízo”. Mas a pergunta agora é: Esse “Samuel” falou a verdade? Não, ele mentiu. No verso 19 de I Samuel 28, vemos que ele mentiu quando disse que Saul seria entregue nas mãos dos filisteus. Comprovamos isso quando lemos no verso 4 do capítulo 31, pois lá não diz que Saul foi entregue nas mãos dos filisteus, mas narra o primeiro exemplo de suicídio na Bíblia. Deve ter havido muitos outros antes, mas descrito de modo objetivo, vemos o de Saul. Embora não o fosse no aspecto filosófico, Saul teria sido o primeiro existencialista jean-paul-sartreano nesse sentido de angústia. Para completar, o verso 11 diz que Saul foi cremado pelos homens de Jabes-Gileade. Portanto, não foram os filisteus que o mataram, nem o sepultaram ou ficaram com seu corpo. Na verdade a profecia falhou, e o próprio Saul fez questão de fazer a profecia falhar tanto quanto a do Brasil se tornar tetra campeão mundial de futebol, feita através do jogo de búzios. Lembro-me do meu coração dividido ao ouvir aquela profecia. Por um lado, como crente pedia ao Senhor que desse uma zebra tremenda, mas como bom brasileiro queria o tetra. Quando o Brasil perdeu, fui à janela e vi todo aquele pessoal enxugando os olhos na bandeira, um rapaz querendo bater na namorada, toda aquela situação terrível, e pensei comigo: - Que pena desse povo, mas os macumbeiros devem ter ficado doidinhos com o resultado. Do mesmo modo esse “Samuel” predisse que os filhos de Saul seriam mortos, e isso não aconteceu, pois nem todos morreram, apenas três, sendo Jônatas um deles, como está escrito em I Samuel 31,8, e II Crônicas 10.2,6. “Sucedeu, pois, que vindo os filisteus ao outro dia a despojar os mortos, acharam a Saul e a seus três filhos caídos no monte Gilboa.” “Os filisteus perseguiram a Saul e a seus filhos, e mataram a Jônatas, a Abinadabe e a Malquisua, filhos de Saul. “Assim morreram Saul e seus três filhos;...” Outros três ficaram vivos. “Da idade de quarenta anos era IsBosete, filho de Saul, quando começou a reinar sobre
Israel, e reinou dois anos; somente a casa de Judá seguia a Davi.” II Samuel 2.10. Esse foi o primeiro filho de Saul que ficou vivo. Armoni e Mefibosete, são os outros sobreviventes citados em II Samuel 21.8. “Porém tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha de Aiá, que tinha tido de Saul, a saber a Armoni e a Mefibosete, como também os cinco filhos de Merabe, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita;” A profecia desse “pseudo-Samuel”, falhou também, porque o verso 19 diz que Saul ia morrer no dia seguinte, e ele só morreu uns dezenove dias depois. “Sucedeu, pois, que, chegando Davi e os seus homens ao terceiro dia a Ziclague, já os amalequitas tinham dado com ímpeto contra o sul e Ziclague, e a esta ferido e queimado a fogo;” I Samuel 30.1. Lendo-se atentamente o capítulo inteiro, observa-se que esse fato é exatamente paralelo ao encontro de Saul com a médium. Com isso já eram passados três dias. No verso 13, mais três dias; no verso 17, mais um dia de luta. Com os oito dias que Davi gastou para voltar e mais dois dias registrados em II Samuel 1:1 chegamos à soma de dezenove dias caindo, portanto, por terra a profecia do “pseudo-Samuel” que afirmara a Saul: “Amanhã você vai estar comigo”. A providência de Deus, que ia trazer juízo sobre Saul, fez todavia que o fato acontecesse 19 dias depois. Além disso, a profecia falhou também pelo fato de “Samuel” ter dito a Saul que ele juntamente com os filhos estariam com ele no dia seguinte. Fico pensando que aqui o diabo tenha batido palmas dizendo “ôba, é amanhã”, pois sabia que Saul estava longe de Deus e que lhe havia desagrado. A Bíblia mostra que Deus havia se desafeiçoado e rejeitado a Saul e II Crônicas 10.13 afirma que ele morreu em pecado e longe de Deus. Samuel, na verdade estava na presença de Deus, sendo assim, como então Saul, que estava em pecado, morreria e iria para o mesmo lugar onde Samuel estava. A menos que esse “Samuel” fosse um Samuel muito suspeito, que estivesse de boca aberta dizendo: “Você nem imagina quem estará falando quando você chegar aqui e eu tirar a capa e a peruca branca...”. Que coisa terrível! Faz-se ainda necessário responder a seguinte pergunta: “de onde vem, quem vem do céu?” O texto bíblico deveria dizer assim: “Então, se verá o sinal do Filho do Homem vindo da “terra”, com poder e grande glória”. Analisando o texto de Apocalipse nos surge a pergunta: Quem vem da terra, caro irmão? “Vi emergir da terra um anjo”. Quem foi? Foi a Besta. A médium pergunta a Saul quem é que ela deveria fazer subir. Isso pressupõe que esse “Samuel” estivesse elevadíssimo, não é? O céu não está relacionado com este universo físico, portanto, não está em cima, nem embaixo. No entanto, para efeitos referenciais no tempo e no espaço, e para questões históricas, quem vem do céu, vem de cima; quem vem do inferno, vem de baixo. É isso que está nas páginas das Escrituras, em toda a cosmologia bíblica. Céu em cima, inferno embaixo. Não há razão para pensar que não fosse o diabo. Existem ainda uma série de argumentos para comprovar esse fato, como o gramatical, exegético, ontológico, profético, escatológico, teológico, processual e tantos outros. É evidente, portanto, que esse homem era o diabo, como acontece no Espiritismo. Quero compartilhar duas histórias, e antes de contá-las fazer a seguinte introdução: Numa sessão espírita, é inegável o fato de que exista realidade ali. Não existe verdade, mas realidade. E é preciso fazer uma distinção entre as duas. O livro de Apocalipse, aliás, faz essa distinção de uma maneira linda. Nas cenas do céu, encontramos verdade, e nas cenas da terra, realidade. É sempre o choque da Verdade versus Realidade. A realidade, nem sempre é verdade, toda verdade, no entanto impõe realidades, porque a verdade subsiste como verdade, independente de fatos. E os fatos subsistem como fatos, independente de verdades. Concluímos que, numa sessão espírita existe realidade. Ninguém pode negar que há seres espirituais mantendo contato. Mas existe mentira naquela realidade. A mentira está no fato de que aqueles seres se passam por pessoas que na verdade não são. Eles se manifestam doutrinando e instruindo pessoas; consolando um coração tristonho, abatido, desconsolado com a perda de um ente querido e de muitas outras maneiras. Nesse sentido, há realidade, ninguém pode negar o fenômeno, mas a verdade dos fatos é outra. É o pseudo-Samuel quem fala e não o verdadeiro Samuel. É um espírito maligno, mentiroso; um psicólogo milenar, capaz de se disfarçar, capaz de conhecer intentos, pensamentos. Imagine se eu fosse invisível e fosse pastorear a sua igreja desse modo. Provavelmente ia ser o maior profeta do mundo por detrás de um púlpito. Entraria nas casas sem tocar campainha, vendo os “gladiadores” do lar se agredindo, se confrontando; o marido tratando a mulher de maneira errada e indo à igreja com a Bíblia sobre o peito dizendo “a paz do Senhor, irmão”. Quem visse poderia dizer: “Ele é um santo, que homem inspirado...”. Se eu realmente fosse invisível, as pessoas poderiam até pensar que eu era a própria verdade encarnada, tal a descrição dos detalhes a minha disposição. Não precisaria nem ler  pensamento. Ao ver aquela pessoa duas horas no espelho, não seria difícil perceber um narcisismo doentio, ou um outro com mil problemas de comportamento, de temperamento, disso e daquilo... Agora imagine um ser invisível, uma legião; milhares de seres invisíveis, milenares, pesquisando nossa vida, nosso mundo. Não é de admirar que esses seres possam, de todas as maneiras, dizer o que uma pessoa, gostava antes de morrer, com quem se relacionava; falar das contas bancárias que ela deixou, das dívidas não quitadas, dos e das amantes que teve, dos problemas todos, tal qual ocorre no Espiritismo. Há uma história muito interessante de um homem que começou a frequentar sessões espíritas “bastante científicas”. Os médiuns eram daqueles que “ecto plasmavam”, que entravam em transe, soltavam plasmas, uns cristais, pelos braços, pela boca. Se alguém tocasse naquilo, o médium levava um choque e caia longe. Um Espiritismo “evoluidíssimo”. E numa das sessões, eles começaram a realizar um fenômeno chamado de “megafone”, durante o qual o médium entrava em transe, e suas forças e poderes psico físicos levantavam um megafone que ia flutuando a mensagem ao ouvido de cada um dos presentes. Esse homem, impressionado e entusiasmado com isso, resolveu levar sua mãe, que não tinha muita instrução, não era crente, não frequentava igreja evangélica, mas que amava e lia a Bíblia. Ela o acompanhou e começou a achar tudo aquilo estranho. Lá veio o megafone levantando, falando com um, falando com outro até pousar perto do seu ouvido dizendo algo que a chocou. Ela então exclamou: “Ué, mas não é isto que a Bíblia diz”. Seu filho pensou: “Ih! O espírito vai já dar uma tremenda bronca.” Mas o megafone não disse nada, e foi embora com o rabinho entre as pernas. Ele estranhou porque normalmente quando alguém contestava, o megafone falava: dessa vez, porém, o megafone silenciara. Ele, então, que nunca em sua vida tivera uma Bíblia, decidiu lêla e foi logo comprando a maior que encontrara, pensando que deveria ter a história completa. Abrindo ao acaso, ele leu: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora. Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem, e presentemente já está no mundo.” I João 4,1,2,3. Disse então para si mesmo: “Achei a chave!” Voltou à sessão, louco para pôr o teste em prática. Nesse dia, depois do médium entrar em transe, o espírito veio e comunicou que não haveria a sessão do megafone, mas que iria responder perguntas, doutrinar, etc. Cada um deveria fazer três perguntas. Quando chegou sua vez, perguntou: - Ó soberano espírito de luz e de verdade, por favor responda-me: Jesus Cristo é o Salvador do mundo? - É claro, meu filho, por que duvidas? Crê somente e viverás. Com certo espanto pensou: “Misericórdia ...!! Ah! Mas eu não fiz a pergunta direito.” E voltando para o espírito perguntou novamente: - Ó espírito de luz, Jesus Cristo morreu na cruz do Calvário pelos pecados dos homens? - Claro! Ou tu não sabes quanta virtude havia nele e tal... Ainda mais espantado conjecturou: “Mas que negócio é esse? A Bíblia diz que se fosse um espírito ruim, ia pular fora”. Voltou a terceira vez para ele, querendo lembrar da pergunta. De repente lembrou. - Ó espírito de luz, tu confessas que Jesus Cristo é o Filho de Deus vivo, que se manifestou em carne, que se encarnou para destruir todas as obras do diabo? Então, o médium foi jogado longe e bufando e o rapaz levantou e foi embora. Quero dizer que eu, pessoalmente, já tenho visto isso ás dezenas. Espíritos falantes pregando sobre coisas boas, virtudes maravilhosas, ate mesmo elogiando Jesus e a igreja. No entanto, Deus mostrava que era possessão de demônios e mentira. Ao confrontar o demônio ordenando em nome de Jesus Cristo que repetisse as palavras: “Jesus Cristo...” O demônio repetia: - Jesus Cristo...“...é o Filho de Deus vivo...” - ...é o Filho de Deus vivo... „ “...que se manifestou em carne...” -...que se manifestou em car, car, car, car. Não digo isso. “Então saia em nome de Jesus.” E o demônio saia do homem. Não foi uma, nem duas, nem três, nem poucas, mas muitas vezes os vi fugir dali. Quando o homem está oprimido, confessa; quando está sob sujeição, confessa; o homem possesso, no entanto, não confessa. O texto de I João está falando mais exatamente sobre a doutrina agnóstica, que não confessava que Deus havia se encarnado. Muitas são as outras doutrinas falsas que, como esta, não confessam que Deus assumiu a carne humana entre as quais o Espiritismo e o hinduísmo. Na verdade nenhuma outra falsa doutrina e nenhum espírito maligno confessam que Deus veio em carne humana; que Deus, em Jesus Cristo, veio para destruir todas as obras do diabo. Escrevi um livro, intitulado “Nos Bastidores dos Espíritos”, publicado pela Editora Betânia, onde narro à impressionante história de um homem, que foi diretor da Antarctica para todo o Brasil. Ele era médium e eu o conheci numa manhã de quarta-feira, na Igreja Presbiteriana de Manaus, onde compartilhei de Jesus com ele. Deus lhe deu graça, e elediscerniu que aquilo tudo vinha do diabo. Deus o libertou e, em nome de Jesus, ele hoje é diácono, presidente dos homens da Igreja Presbiteriana de Manaus, e vai prosperando no Senhor Jesus, louvado seja o Seu Nome. Pois bem, esse homem “ecto plasmava”. Entrava em transe e soltava plasmas pela boca, pelo nariz, pelo ouvido; esses plasmas se condensavam e andavam pela sala, curavam pessoas, sendo vistos por quinze ou vinte pessoas de uma só vez. Ele, em transe, sustentava a materialização desse plasma e curava milhares de pessoas. Fez cirurgias com gilletes, operava cânceres, raspava cataratas sem que saísse sangue; foi médium de dois presidentes da República e de uma sessão espírita de generais em Botafogo, no Rio de Janeiro. Ele nunca poderia imaginar que aqueles fenômenos fossem do diabo. Nunca ganhara dinheiro com aquilo. Os espíritas lhe diziam que aquilo era um dom de Deus, e que ele havia recebido de graça, portanto deveria dar de graça. Passou fome, mas nunca recebeu dinheiro
dos “beneficiados”. Quando ele foi a minha casa, e começamos a conversar, eu disse que aquilo era do diabo, e ele não hesitou em contestar: - Mas como é que pode ser do diabo, pastor, se eu nunca recebi nada em troca. Eles só fazem o bem, têm salvo tantas pessoas, como pode ser tudo isto do diabo? E eu disse: - Meu querido, gostaria que você soubesse de duas coisas. Suponhamos que você tivesse um inimigo, um homem ao qual você odiasse mesmo e de quem você quisesse ver-se livre; e
esse homem fosse um desesperado, quisesse morrer e estivesse a ponto de suicidar-se. Muito bem, o que você lhe oferecia, um banquete ou uma faca? Ele respondeu: - Se eu o odiasse, e ele que quisesse morrer, eu daria uma faca, pois com sua morte, eu estaria livre dele, feliz da vida, sem que nenhuma culpa caísse sobre mim. Continuei: - Agora suponhamos que você tivesse um inimigo ao qual você odiasse muito, quisesse matá-lo, mas esse homem amasse a vida. Como você o mataria? Oferecendo um banquete ou uma faca? - Não, faca não, pois ele não queria morrer. Uma estratégia, talvez, fosse lhe oferecer umbanquete e envenenar a comida. Então raciocinei com ele: - Olhe, a macumba está para os desesperados, assim como a faca está para os suicidas, e o banquete envenenado para os bem intencionados e que amam a vida, assim como o Espiritismo para uma multidão de gente sincera que quer o bem. Ele ficou pensando naquilo enquanto eu continuava: - Imagine se eu ganhasse um peruzinho de presente no primeiro dia do ano. Pequenininho, não fazia nem gulu-gulu. Aí, eu começava a dar milhinho para o bichinho e lá para junho ele já estaria dando os gritinhos dele, bem gordinho; em agosto, mais gordo ainda, eu continuaria dando milho. Se ele pensasse, lá por volta de outubro ele ia dizer, “esse pastor é uma benção, como engordei, ganhei ração”. No dia 20 de dezembro, comida nele. Finalmente no dia 24 para 25, o peru estaria, sem nenhuma pena, rodando na minha mesa, e eu com garfo e faca pronto para cair em cima dele. Durante os 360 dias do ano, ninguém poderia dizer que eu tratara mal o peru. Fui uma benção para ele. Só fiz o bem! Eu o engordei, engordei, engordei e comi cevado. Disse então para ele: - O senhor desculpe a comparação, mas o que o diabo está fazendo com você e com milhares de pessoas é exatamente isso. Nós ainda não chegamos ao fim do ano, ao dia da matança, e enquanto isso ele está engordando, engordando, beneficiando, apaixonando, cativando. É uma fraude cativante, realmente. E vai comer gordinha a sua alma, enganada, se você não abrir os olhos. - Quer dizer então que é do diabo mesmo?- perguntou. - Não tenha dúvida - ratifiquei. - Mas o meu Espiritismo é bom, não é macumba... - insistiu. Mostrei o texto de Deuteronômio 18 e perguntei: - Há alguma diferença entre magia negra e Espiritismo Kardecista? Começa com quem mata os filhos, termina com quem consulta os mortos e diz que tudo é abominação ao Senhor. Não há escala entre mesa preta, branca, macumba, espiritismo ou candomblé; é tudo farinha mesmo saco, e está podre. - Então o que é que vou fazer agora se eu servi o diabo tantos anos? Como é que vou me ver livre dele? Olhe, pastor, eu estou me sentindo como um rato que é apanhado pelo rabo e  colocado em cima de uma panela com água fervendo, prestes a ser jogado lá dentro. Disse-lhe então que colocasse o pé na Rocha dos séculos, que cresse em Jesus Cristo, e assim o diabo não o perturbaria mais. Seu medo era de que nunca o deixassem em paz, mas
afirmei: De hoje em diante não vão mais perturbá-lo, você não vai mais ficar possesso. Basta você ser fiel a Jesus. Se você permanecer na fé, o diabo não tocará em você. O que eu disse àquela pessoa de Manaus é o mesmo que digo a você: Se você quiser deixar a força e o poder dos espíritos, a hora é esta! Basta você invocar o nome de Jesus. Ele é o libertador. Comece a ler a Palavra de Deus, a Bíblia, e procure uma igreja evangélica onde esta palavra seja pregada e onde as pessoas creiam no poder libertador de Jesus. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Amém". Agora minha fala. Farei algumas observações quanto ao texto no período que diz: "A única alternativa bíblica para a volta de um homem a este mundo é a chamada ressurreição". A palavra ressurreição traz no significado do dicionário o que se segue: Ato de ressuscitar; retorno de um deus ou pessoa mortos à vida como o mesmo indivíduo. Muitas religiões primitivas do Oriente Médio pregavam que os deuses morriam e retornavam à vida. Por exemplo, a ressurreição do deus Osiris transformou-se em um dos mitos religiosos mais importantes do Antigo Egito. Continuamos na parte III. Beijo. Davi.

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