domingo, 22 de novembro de 2020

II. TRÊS PRINCÍPIOS ESSENCIAIS

 

Cristianismo. www.graodetrigo.com. Texto de David W. Dyer. II. TRÊS PRINCÍPIOS ESSENCIAIS. Estou apenas dizendo que devemos amar “com um coração puro e ardente” os crentes que estão nesses grupos (1 Pedro 1:22). Com certeza, nunca vamos conseguir resolver o problema da divisão na Igreja atual. Há um único lugar onde podemos colocar fim à divisão. Isto é, em nossos corações. Se conseguirmos amar, o que nós podemos fazer será feito. Como temos visto, a igreja não é um lugar ou um grupo mas uma realidade espiritual que podemos experimentar. Essa experiência pode penetrar qualquer barreira exterior. Podemos ter relacionamentos espirituais verdadeiros e comunhão com crentes em todo tipo de situação. Eis a única igreja real e verdadeira. O PRINCÍPIO NÚMERO 3: “O CABEÇA” O terceiro princípio que gostaria de mencionar aqui é o senhorio de Jesus Cristo. No Novo Testamento, Paulo o apóstolo, nos adverte sobre alguns crentes que não estavam “retendo a Cabeça” (Colossenses 2:19). O que isto significa? Simplesmente que Jesus Cristo não era a autoridade principal em cada aspecto de sua experiência de igreja. Em nossos dias, poderia significar que temos elevado outras coisas (como por exemplo: líderes, ritos, doutrinas, métodos, tradições, organizações, etc.) a um patamar que não deveriam ocupar. A Bíblia nos ensina que Deus tem dado Jesus Cristo para ser “cabeça sobre todas as coisas na igreja, que é o Seu corpo” (Efésios 1:22-23). Esta palavra “todas” tem significado especial. Quer dizer completamente tudo. Em outro lugar lemos que em todas as coisas Ele deve ter primazia (Colossenses 1:18). Cada crente deve levar esse ponto muito a sério. Devemos, como cristãos, ser extremamente cuidadosos para nunca substituir ou impedir a autoridade de Jesus. Esta consideração pesa muito. Este conceito é crucial para a experiência genuína de igreja! O corpo de Jesus Cristo não pode funcionar de forma certa quando a Sua autoridade é substituída ou limitada. Seria como uma pessoa paralítica ou decapitada. Creio que não há outra verdade mais negligenciada e abusada em nossas “igrejas” modernas. Creio que se Jesus asseverasse a autoridade que tem de direito sobre muitas assembleias cristãs de hoje, quase toda “mesa” seria virada. Uma discussão do senhorio de Cristo sobre o Seu corpo vai incluir, necessariamente, dois aspectos diferentes: Sua autoridade sobre cada pessoa e Sua liderança nas reuniões da igreja. Para simplificar nossa investigação, vamos considerar cada item em separado. Para começar, Jesus tem que ser Senhor de cada cristão. Significa que Ele tem de ter controle pleno sobre cada aspecto de sua vida. Nenhuma área deve ser retida Dele. Já que Jesus não exerce por força a Sua autoridade, temos que estar completamente dispostos a deixá-Lo reinar sobre e em nós. A única posição apropriada para o crente é de uma submissão total ao Espírito Santo. Quando esse elemento está em falta, a nossa experiência de igreja sofrerá em proporção. Problemas sérios também podem ser causados por autoridade humana não bíblica. Quando cristãos começarem a ser influenciados demais pela liderança de um homem ou grupo de homens, o seu relacionamento com a Cabeça real é danificado. Sem dúvida, todos deveriam estar abertos para receber direção e conselhos de outros (e especialmente daqueles que são exemplos na vida espiritual). Mas se nós nos tornamos dependentes deles ou se os seguimos em vez de ao Senhor, estamos em perigo espiritual muito sério (Jeremias 17:5). A autoridade de Deus flui da Cabeça para Seu Corpo. Aqueles que têm intimidade com Ele, muitas vezes são usados como canais desta autoridade. Porém, ninguém nunca se torna em si essa autoridade. Aquela posição é reservada eternamente para o Cabeça. Portanto, da mesma forma que é importante estar sensível à voz de Deus que nos fala através dos outros, é essencial que nenhum ser humano tome o lugar que pertence a Ele, por direito, em nossas vidas. Outra dificuldade que temo ser muito comum é que a estrutura de muitos grupos cristãos não permite diversidade entre seus membros. Muitas vezes crentes são permitidos funcionar somente em formas que encaixem com padrões ou formatos pré-determinados. Talvez exista essa situação porque pessoas se sentem mais seguras com uniformidade. Porém, tal comportamento restringe grandemente a autoridade de Jesus. O resultado é paralisação e falta de atividade entre os membros do Seu corpo. Quantos cristãos hoje estão buscando outras coisas porque não foram permitidos achar abundância espiritual na igreja! Quantos grupos estão cheios de crentes super alimentados, mas imaturos que nunca tiveram oportunidade de se empenhar em servir aos outros! Essa situação triste não é só por culpa deles. Por muitas vezes, tais pessoas foram impedidas de desenvolver sua área de serviço por organizações terrenas e inflexíveis que consideravam ser “igreja”. REUNIÕES DE IGREJA. Estas mesmas verdades também se aplicam às nossas reuniões na igreja. Jesus quer nos liderar em tudo que fazemos. Quando Ele chega em nosso meio, Ele não vem para assistir a nossos cultos. Ele vem como nosso Sumo Sacerdote para nos liderar em nossa adoração e ministração. Se a Sua autoridade for limitada para fazer isso, a realidade espiritual de nossas assembleias serão afetadas de forma dramática. Algumas coisas que podem atrapalhar ou confinar a liderança de nosso Senhor são: reuniões pré planejadas, cultos dirigidos do “púlpito”, formalidades religiosas e o controle do grupo pelo ministério de uma só ou algumas pessoas. Tudo isso é muito comum na igreja de hoje em dia. E tudo isso serve apenas para restringir a autoridade do Cabeça e sufocar a nossa experiência de igreja. Infelizmente, muitos cristãos não reconhecem que Jesus, realmente, poderia dirigir reuniões de igreja. Talvez a ideia nunca lhes tenha passado pela cabeça. Possivelmente, estejam inseguros de que uma tarefa tão importante possa ser realizada por alguém que é (...) ah, bem, invisível. Lamentavelmente, muitos acham mais seguro organizar algo e deixar que alguém mais “qualificado” seja o líder. O fato é que Jesus Cristo é infinitamente capaz de dirigir as reuniões de Sua igreja. Simplesmente não temos dado a Ele oportunidade. Outra possibilidade é que “nós”, coletivamente, temos tão pouco contato real com Ele que não sentimos a Sua autoridade e, portanto, somos incapazes de seguir o Seu mover nas reuniões. Se estamos falhando em deixar Ele conduzir nossas vidas particulares é provável que não vamos confiar que Ele é capaz de liderar nossas reuniões. Uma reunião na igreja, em conformidade com as escrituras, é dirigida pelo Espírito Santo e fornece uma oportunidade para cada membro funcionar. Em 1 Coríntios 14:26 lemos que quando a igreja se reúne, cada um pode ter um salmo, ensinamento, língua, revelação e interpretação. Efésios 4:16 ensina que é da fonte de vida de cada parte que o corpo é edificado. Durante uma assembleia genuína, o Espírito Santo flui entre Seu povo e induz cada um a ministrar sua porção de Deus aos demais. Assim cada necessidade é suprida. Se apenas os “talentosos” funcionam, a nossa experiência será grandemente limitada. Ao contrário, quando todos têm oportunidade de compartilhar, podemos gozar plenitude tremenda. Alguns talvez pensam que estou falando contra o ministério de homens talentosos, mas não estou. Porém, muito do ministério ora realizado em reuniões de igreja – como pregações e ensinamentos extensivos – provavelmente deveriam acontecer em outro ambiente. Tempos e lugares separados podem ser facilmente arranjados para esses propósitos. Claro que, às vezes, precisamos de um tempo para pregação e ensino na igreja, mas deve ser limitado para não ocupar o espaço dos demais ministérios (leia 1 Coríntios 14:30-31). Ninguém deve dominar a assembleia com o seu ministério. Paulo, o apóstolo, ensinou na sinagoga, numa escola, na sua casa alugada e em outros lugares (Atos 19:8-9; 28:30-31). Porém, nada nos indica que ele ocupava a maior parte de cada reunião com as suas mensagens. A sua pregação em Trôade, que durou uma noite inteira, deve ser entendida devido à circunstâncias excepcionais. Já que ele estava de partida no próximo dia, ele queria aproveitar todo o tempo possível para compartilhar com os irmãos (Atos 20:6-11). Sim, o ministério de pessoas especialmente ungidas deve ser exercitado. Mas isso deve ser feito somente reconhecendo o funcionamento normal das reuniões da igreja e não substituindo para isso. Em conclusão, devo dizer que a igreja tem-se afastado muito da intenção de Deus nesses anos todos. Uma comparação entre a situação da igreja hoje e no Novo Testamento nos fornece evidências amplas deste fato. Porém, não significa que a meta de reuniões genuinamente espirituais não seja alcançável. Estou confiante de que, à medida que praticamos os princípios supracitados, a nossa experiência de igreja será grandemente aumentada. Do contrário, à medida que deixamos de implementar estas coisas estaremos limitando a nossa experiência de Deus em nosso meio. Certamente a igreja é uma realidade espiritual. É certo também que podemos e devemos experimentar essa realidade. Os fins que Deus tem em mente só serão alcançados pelos Seus métodos. Tudo mais, que seja agradável de aparência aos homens, é apenas madeira, palha e feno. Lembrem, por favor, que o sucesso pelos padrões do mundo significa nada para Deus. Multidões, sermões eloquentes, músicas dinâmicas e tantas coisas mais tão comuns em nosso meio hoje em dia não O impressionam. Somente aquilo que Ele mesmo inicia passará pelo teste no Dia do Juízo. Que Deus tenha misericórdia de nós para que conheçamos e experimentemos a realidade espiritual genuína e a presença real do Deus vivo em nossas reuniões da igreja. www.misteriograodetrigo.com. Abraço. Davi

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