Cristianismo.
www.graodetrigo.com. Texto de David W.
Dyer. II. TRÊS PRINCÍPIOS ESSENCIAIS. Estou apenas dizendo que
devemos amar “com um coração puro e ardente” os crentes que estão nesses grupos
(1 Pedro 1:22). Com certeza, nunca vamos conseguir resolver o problema da
divisão na Igreja atual. Há um único lugar onde podemos colocar fim à divisão.
Isto é, em nossos corações. Se conseguirmos amar, o que nós podemos fazer será
feito. Como temos visto, a igreja não é um lugar ou um grupo mas uma realidade
espiritual que podemos experimentar. Essa experiência pode penetrar qualquer
barreira exterior. Podemos ter relacionamentos espirituais verdadeiros e
comunhão com crentes em todo tipo de situação. Eis a única igreja real e
verdadeira. O PRINCÍPIO NÚMERO 3: “O CABEÇA” O terceiro princípio que gostaria
de mencionar aqui é o senhorio de Jesus Cristo. No Novo Testamento, Paulo o
apóstolo, nos adverte sobre alguns crentes que não estavam “retendo a Cabeça”
(Colossenses 2:19). O que isto significa? Simplesmente que Jesus Cristo não era
a autoridade principal em cada aspecto de sua experiência de igreja. Em nossos
dias, poderia significar que temos elevado outras coisas (como por exemplo:
líderes, ritos, doutrinas, métodos, tradições, organizações, etc.) a um patamar
que não deveriam ocupar. A Bíblia nos ensina que Deus tem dado Jesus Cristo
para ser “cabeça sobre todas as coisas na igreja, que é o Seu corpo” (Efésios
1:22-23). Esta palavra “todas” tem significado especial. Quer dizer
completamente tudo. Em outro lugar lemos que em todas as coisas Ele deve ter
primazia (Colossenses 1:18). Cada crente deve levar esse ponto muito a sério.
Devemos, como cristãos, ser extremamente cuidadosos para nunca substituir ou
impedir a autoridade de Jesus. Esta consideração pesa muito. Este conceito é
crucial para a experiência genuína de igreja! O corpo de Jesus Cristo não pode
funcionar de forma certa quando a Sua autoridade é substituída ou limitada.
Seria como uma pessoa paralítica ou decapitada. Creio que não há outra verdade
mais negligenciada e abusada em nossas “igrejas” modernas. Creio que se Jesus
asseverasse a autoridade que tem de direito sobre muitas assembleias cristãs de
hoje, quase toda “mesa” seria virada. Uma discussão do senhorio de Cristo sobre
o Seu corpo vai incluir, necessariamente, dois aspectos diferentes: Sua
autoridade sobre cada pessoa e Sua liderança nas reuniões da igreja. Para
simplificar nossa investigação, vamos considerar cada item em separado. Para
começar, Jesus tem que ser Senhor de cada cristão. Significa que Ele tem de ter
controle pleno sobre cada aspecto de sua vida. Nenhuma área deve ser retida
Dele. Já que Jesus não exerce por força a Sua autoridade, temos que estar
completamente dispostos a deixá-Lo reinar sobre e em nós. A única posição
apropriada para o crente é de uma submissão total ao Espírito Santo. Quando
esse elemento está em falta, a nossa experiência de igreja sofrerá em
proporção. Problemas sérios também podem ser causados por autoridade humana não
bíblica. Quando cristãos começarem a ser influenciados demais pela liderança de
um homem ou grupo de homens, o seu relacionamento com a Cabeça real é
danificado. Sem dúvida, todos deveriam estar abertos para receber direção e
conselhos de outros (e especialmente daqueles que são exemplos na vida
espiritual). Mas se nós nos tornamos dependentes deles ou se os seguimos em vez
de ao Senhor, estamos em perigo espiritual muito sério (Jeremias 17:5). A autoridade
de Deus flui da Cabeça para Seu Corpo. Aqueles que têm intimidade com Ele,
muitas vezes são usados como canais desta autoridade. Porém, ninguém nunca se
torna em si essa autoridade. Aquela posição é reservada eternamente para o
Cabeça. Portanto, da mesma forma que é importante estar sensível à voz de Deus
que nos fala através dos outros, é essencial que nenhum ser humano tome o lugar
que pertence a Ele, por direito, em nossas vidas. Outra dificuldade que temo
ser muito comum é que a estrutura de muitos grupos cristãos não permite
diversidade entre seus membros. Muitas vezes crentes são permitidos funcionar
somente em formas que encaixem com padrões ou formatos pré-determinados. Talvez
exista essa situação porque pessoas se sentem mais seguras com uniformidade.
Porém, tal comportamento restringe grandemente a autoridade de Jesus. O
resultado é paralisação e falta de atividade entre os membros do Seu corpo.
Quantos cristãos hoje estão buscando outras coisas porque não foram permitidos
achar abundância espiritual na igreja! Quantos grupos estão cheios de crentes
super alimentados, mas imaturos que nunca tiveram oportunidade de se empenhar
em servir aos outros! Essa situação triste não é só por culpa deles. Por muitas
vezes, tais pessoas foram impedidas de desenvolver sua área de serviço por
organizações terrenas e inflexíveis que consideravam ser “igreja”. REUNIÕES DE
IGREJA. Estas mesmas verdades também se aplicam às nossas reuniões na igreja.
Jesus quer nos liderar em tudo que fazemos. Quando Ele chega em nosso meio, Ele
não vem para assistir a nossos cultos. Ele vem como nosso Sumo Sacerdote para
nos liderar em nossa adoração e ministração. Se a Sua autoridade for limitada
para fazer isso, a realidade espiritual de nossas assembleias serão afetadas de
forma dramática. Algumas coisas que podem atrapalhar ou confinar a liderança de
nosso Senhor são: reuniões pré planejadas, cultos dirigidos do “púlpito”,
formalidades religiosas e o controle do grupo pelo ministério de uma só ou
algumas pessoas. Tudo isso é muito comum na igreja de hoje em dia. E tudo isso
serve apenas para restringir a autoridade do Cabeça e sufocar a nossa
experiência de igreja. Infelizmente, muitos cristãos não reconhecem que Jesus,
realmente, poderia dirigir reuniões de igreja. Talvez a ideia nunca lhes tenha
passado pela cabeça. Possivelmente, estejam inseguros de que uma tarefa tão
importante possa ser realizada por alguém que é (...) ah, bem, invisível.
Lamentavelmente, muitos acham mais seguro organizar algo e deixar que alguém
mais “qualificado” seja o líder. O fato é que Jesus Cristo é infinitamente
capaz de dirigir as reuniões de Sua igreja. Simplesmente não temos dado a Ele
oportunidade. Outra possibilidade é que “nós”, coletivamente, temos tão pouco
contato real com Ele que não sentimos a Sua autoridade e, portanto, somos
incapazes de seguir o Seu mover nas reuniões. Se estamos falhando em deixar Ele
conduzir nossas vidas particulares é provável que não vamos confiar que Ele é
capaz de liderar nossas reuniões. Uma reunião na igreja, em conformidade com as
escrituras, é dirigida pelo Espírito Santo e fornece uma oportunidade para cada
membro funcionar. Em 1 Coríntios 14:26 lemos que quando a igreja se reúne, cada
um pode ter um salmo, ensinamento, língua, revelação e interpretação. Efésios
4:16 ensina que é da fonte de vida de cada parte que o corpo é edificado.
Durante uma assembleia genuína, o Espírito Santo flui entre Seu povo e induz
cada um a ministrar sua porção de Deus aos demais. Assim cada necessidade é
suprida. Se apenas os “talentosos” funcionam, a nossa experiência será
grandemente limitada. Ao contrário, quando todos têm oportunidade de
compartilhar, podemos gozar plenitude tremenda. Alguns talvez pensam que estou
falando contra o ministério de homens talentosos, mas não estou. Porém, muito
do ministério ora realizado em reuniões de igreja – como pregações e
ensinamentos extensivos – provavelmente deveriam acontecer em outro ambiente.
Tempos e lugares separados podem ser facilmente arranjados para esses
propósitos. Claro que, às vezes, precisamos de um tempo para pregação e ensino
na igreja, mas deve ser limitado para não ocupar o espaço dos demais
ministérios (leia 1 Coríntios 14:30-31). Ninguém deve dominar a assembleia com
o seu ministério. Paulo, o apóstolo, ensinou na sinagoga, numa escola, na sua
casa alugada e em outros lugares (Atos 19:8-9; 28:30-31). Porém, nada nos
indica que ele ocupava a maior parte de cada reunião com as suas mensagens. A
sua pregação em Trôade, que durou uma noite inteira, deve ser entendida devido
à circunstâncias excepcionais. Já que ele estava de partida no próximo dia, ele
queria aproveitar todo o tempo possível para compartilhar com os irmãos (Atos
20:6-11). Sim, o ministério de pessoas especialmente ungidas deve ser
exercitado. Mas isso deve ser feito somente reconhecendo o funcionamento normal
das reuniões da igreja e não substituindo para isso. Em conclusão, devo dizer
que a igreja tem-se afastado muito da intenção de Deus nesses anos todos. Uma
comparação entre a situação da igreja hoje e no Novo Testamento nos fornece
evidências amplas deste fato. Porém, não significa que a meta de reuniões
genuinamente espirituais não seja alcançável. Estou confiante de que, à medida
que praticamos os princípios supracitados, a nossa experiência de igreja será
grandemente aumentada. Do contrário, à medida que deixamos de implementar estas
coisas estaremos limitando a nossa experiência de Deus em nosso meio.
Certamente a igreja é uma realidade espiritual. É certo também que podemos e
devemos experimentar essa realidade. Os fins que Deus tem em mente só serão
alcançados pelos Seus métodos. Tudo mais, que seja agradável de aparência aos
homens, é apenas madeira, palha e feno. Lembrem, por favor, que o sucesso pelos
padrões do mundo significa nada para Deus. Multidões, sermões eloquentes,
músicas dinâmicas e tantas coisas mais tão comuns em nosso meio hoje em dia não
O impressionam. Somente aquilo que Ele mesmo inicia passará pelo teste no Dia
do Juízo. Que Deus tenha misericórdia de nós para que conheçamos e experimentemos
a realidade espiritual genuína e a presença real do Deus vivo em nossas
reuniões da igreja. www.misteriograodetrigo.com.
Abraço. Davi
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