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II. MUHAMMAD O MANSAGEIRO DE DEUS – BREVE BIOGRAFIA. 11-RECONCILIAÇÃO. O Profeta
Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), tentou ainda, mais
uma vez, reconciliar-se com os habitantes de Makka (Meca), a obstrução da rota do
Norte, das suas caravanas, havia arruinado a sua economia, o Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), prometeu-lhes trânsito livre,
a extradição dos seus fugitivos e o atendimento de todas as condições que eles
impuseram, concordando até voltar a Madina, sem completar a peregrinação à
Kaaba, em vista disso, ambas as partes negociadoras prometeram, em Hudaibiya,
não só a preservação da paz, mas também a observância da neutralidade, nos seus
conflitos com terceiros, este pacto ficou conhecido como O Pacto de Hudaibiya. Aproveitando a paz o
Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), se lançou a
um intensivo programa de propagação da sua religião, ele enviou cartas
missionárias aos governantes de Bizâncio, do Irã, da Abissínia e de outros
países, o sacerdote autocrático Bizantino, Doughatir dos Árabes, abraçou o
Islam, mas por isso, foi linchado pela turba; o prefeito de Ma'an na Palestina
sofreu idêntico destino, sendo decapitado e crucificado pelo imperador. Um embaixador muçulmano foi
assassinado na Síria Palestina; e ao invés de punir o culpado, o imperador
Heráclito apressou-se a protege-lo, com o seu exército, da expedição punitiva,
enviada pelo Profeta Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele)
que ficou conhecido como a Batalha de Mu'ta. O idólatras de Makkah,
esperando aproveitar-se das dificuldades dos muçulmanos violaram os termos do
tratado, diante disso, o próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele), liderou um exército de dez mil homens, tomando Makkah de
surpresa e sem derramamento de sangue. Como conquistador
benevolente, reuniu os vencidos, lembrou-lhes os seus atos pecaminosos, a
perseguição religiosa, o confisco injusto das propriedades dos imigrantes, as
repetidas invasões e a hostilidade insensata e contínua dos últimos vinte anos. Perguntou-lhes: '' Agora,
o que esperam de mim ?'' Quando todos baixaram as
cabeças, envergonhados, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele), proclamou:'' Que Deus os perdoe; vão em paz; não serão
chamados à responsabilidade hoje; estão livres !'' Ele inclusive renunciou `a
reivindicação das propriedades muçulmanas confiscadas pelos idólatras de Makka,
isso produziu uma grande reviravolta psicológica de ânimos, quando um chefe,
dentre eles, se adiantou com o coração transbordante de alegria, após Ter
ouvido essa anistia geral, e decidido declarar a sua aceitação do Islam,
disse-lhe o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele): ''E, por minha vez, nomei-o
governador de Makkah !'' Sem deixar um ínico
soldado na cidade conquistada, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele), retirou-se para Madina, a Islamização de Makka, realizada
em poucas horas, foi completa. Imediatamente após a ocupação de Makka, a cidade de Ta'if,
mobilizou-se para lutar contra o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele), com alguma dificuldade, o inimigo foi dispersado, no vale
de Hunain, mas mesmo assim, os muçulmanos preferiram levantar o sítio de Ta'if
e usar meios pacíficos para quebrar a resistência dessa região. Menos de um ano depois,
uma delegação de Ta'if veio a Madina, oferecer a sua rendição, porém pedia
isenção das orações, dos impostos e do serviço militar, bem como a continuação
das práticas do adultério da fornicação e do consumo de bebidas alcoólicas,
exigiam até que lhes deixassem conservar o templo do ídolo al Lat, em Ta íf. Mas o Islam não era um
movimento materialista e imoral, e a delegação não tardou a envergonhar-se das
suas exigências, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele), concordou em conceder uma isenção dos impostos e da prestação de serviços
militares, dizendo: ''Vocês
não precisam demolir o templo com as suas próprias mãos; mandaremos gente nossa
para essa tarefa, e caso haja alguma consequência das
quais vocês temem, devido as suas superstição, ela recairá sobre os nossos
homens.'' Este ato do Profeta
Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), mostra bem que concessões
podiam ser feitas aos novos convertidos, a conversão dos habitantes de Ta'if
foi tão sincera que em pouco tempo, eles próprios renunciaram às isenções
pactuadas com o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele). Em todas essas guerras que
se estenderam por um período de dez anos, os não muçulmanos perderam no campo
de batalha não mais do que 520 homens, enquanto as perdas dos muçulmanos foram
ainda menores. Com essas poucas incisões,
toda a Península Arábica, com os seus dois milhões de quilômetros quadrados, se
viu curado do abscesso da anarquia e da imoralidade, durante esses dez anos de
lutas desinteressadas, todos os povos da Península Arábica e das regiões
vizinhas ao sul do Iraque e da Palestina haviam abraçado voluntariamente o
Islam. Alguns grupos cristãos,
judaicos e masdeístas permaneceram ligados às suas crenças, e a estes foi
concedida a liberdade de consciência religiosa, assim como a autonomia judicial
e jurídica. No ano 10 Da Hégira,
quando o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) foi
a Makkah em peregrinação (Peregrinação da Despedida) encontrou lá 140.000
muçulmanos, vindos das mais diversas regiões da Arábia, para cumprir a sua
obrigação religiosa. Pronunciou para eles o que
se tornou o seu célebre sermão, no qual resumiu os seus ensinamentos: 'A crença no Deus Único,
sem imagens ou símbolos, a igualdade de todos os fiéis, sem distinção de raça
ou classe, a superioridade dos indivíduos derivando unicamente da devoção, a
santidade da vida, da propriedade e da honra, a abolição da usura, das
vinganças e da justiça particular; o tratamento melhor para as mulheres, a
noção da possibilidade de acumulação de riquezas, a distribuição obrigatória,
dos bens dos falecidos entre os seus parentes mais próximos de ambos os sexos,
e não a concentração das mesmas nas mãos de uns poucos, o Alcorão e a conduta
do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), deveriam
servir de fundamento à lei de critérios sadios para todos os aspectos da vida
humana.'' Ao voltar para Madina, o
Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), caiu doente;
e algumas semanas mais tarde, quando exalou o seu último suspiro, o fez com a
satisfação de que havia cumprido a altura a tarefa que tinha empreendido; a de
pregar ao mundo a mensagem de Deus, o Islam. Ele legou toda a
posteridade uma religião de puro monoteísmo; criou um estado disciplinado, a
partir do caos que existia e trouxe a paz, para substituir a guerra de todos
contra todos; estabeleceu um equilíbrio harmônico entre os assuntos espirituais
e os temporais, entre a Mesquita e a cidade; deixou um novo sistema de leis,
que distribuiu a justiça imparcial, à qual até o chefe de estado estava tão
sujeito quanto qualquer plebeu, e na qual a tolerância religiosa era tanta, que
os habitantes não muçulmanos dos países muçulmanos, desfrutavam igualmente de
total autonomia judicial e cultural. Em matéria de receitas dos
Estado, estabeleceu os princípios orçamentários e se preocupou mais com os
pobres do que com os demais, as receitas foram ressalvadas terminantemente, de
vira ser transformadas em propriedades particular do chefe de estado, acima de
tudo, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele)
deixou um exemplo nobre, pela prática integral de tudo o que ensinava aos
outros. 12-A
PEREGRINAÇÃO DA DESPEDIDA. Quando o mês de Ramadan
chegou, em 632, Muhammad resolveu, ele mesmo, dirigir o cerimonial da
peregrinação. Ele saiu de Medina em 20 de fevereiro de 632, em direção a
Makkah, seguido por uma imensa multidão de fiéis, alguns a pé e outros montados
em camelos, numa fila que se perdia no horizonte. A última peregrinação de
Muhammad é de uma importância fundamental para todos os muçulmanos. Tudo o que
ele fez nessa ocasião histórica foi posteriormente incorporado ao ritual que é
seguido até os dias atuais. O seu sermão também é um legado para toda a
humanidade, uma vez que trata de questões éticas e morais que devem nortear o
comportamento dos seres humanos, independente de raça, cor, credo. Ele discursou para a
multidão reunida e entre os vários pontos enfatizados estão os de que não se
deve mentir, roubar, trair, cometer adultério, ingerir drogas, explorar quem
quer que seja, isto é, os mesmos princípios morais trazidos por todos os
mensageiros de Deus que o antecederam. Disse ainda a todos que a vida e a
propriedade de todo muçulmano são responsabilidades sagradas; que não causassem
dano a ninguém e que ninguém lhes causasse danos. E que a partir daquele
momento não deveria haver exploração econômica e nem a prática da usura e sim a
cooperação entre todos. Também disse que as mulheres deveriam ser tratadas com
bondade, pois Deus as tinha confiado a seus maridos; que os homens tinham
certos direitos sobre elas, mas que elas também tinham certos direitos sobre os
homens. É uma via de duas mãos. Um
complementa o outro, ao invés de serem adversários. Todo muçulmano é irmão de
todos os muçulmanos. O orgulho da raça ou das origens era perverso e deveria
ser abolido. Ele também ensinou que
toda a humanidade veio de Adão e Eva e que não há preferência de um árabe sobre
um não árabe, ou de um não árabe sobre um árabe; de um negro sobre um branco ou
de um branco sobre um negro. O melhor entre todos é o mais piedoso, o mais
temente e o que é o melhor em caráter. Também disse que não viria outro
apóstolo ou mensageiro depois dele e que havia deixado para os muçulmanos e
para toda a humanidade, duas coisas, e que quem as seguisse jamais se
desviaria: o Alcorão e a Sunnah. Pediu a seus seguidores
que levassem esta mensagem a todas as pessoas da terra. E assim eles o fizeram,
percorrendo o mundo, principalmente como mercadores, professores, como pessoas
que chegavam para partilhar sua experiência religiosa. E o Islam se espalhou
pelo mundo, mais pela força do exemplo, da tolerância do que pela força da
espada. Cada detalhe do ritual foi
indicado pelo Profeta, o ritual de atirar as pedras, o sacrifício de animais em
Mina, as voltas em torno da Kaaba e a vestimenta especial do peregrino. Ao
final de seu sermão, Muhammad disse aos presentes, "eu não disse a vocês o
que fazer e que completei minha missão?" Todos responderam em voz alta
"Sim, por Deus que você o fez". A seguir, ele levantou os olhos para
o céu e disse "Deus, dou o meu testemunho". Por fim, ele se despediu
dos peregrinos e voltou para Medina. Nunca mais ele veria Meca de novo. Essa
peregrinação de Muhammad passou para a história muçulmana como a Peregrinação
da Despedida. 13-O ÚLTIMO SERMÃO DO PROFETA MUHAMMAD. Após louvar
e agradecer a Deus, ele disse: "Ó gentes, ouvi-me
atentamente porque não sei se estarei entre vós depois deste ano. Portanto,
ouvi o que tenho a dizer com muita atenção e levai essas palavras àqueles que
não puderam estar presentes aqui, hoje. Ó gentes, da mesma forma que
guardai este mês, este dia, esta cidade como sagrados, respeitai também a vida
e propriedade de todo muçulmano, como uma responsabilidade sagrada. Devolvei os
bens que vos foram confiados aos seus legítimos donos. Não feri ninguém porque
assim ninguém vos ferirá. Lembrem-se de que verdadeiramente vós vos
encontrareis com o vosso Senhor e que Ele ajustará as contas. Deus proibiu a
usura (juros), portanto, todas as obrigações decorrentes de juros devem ser
postas de lado. Vosso capital, no entanto, cabe a vós mantê-lo. Jamais
imponhais e nem sofreis qualquer espécie de iniquidade. Deus sentenciou que não
haverá juros e que todos os juros devidos a Abbas ibn 'Abd'al Muttalib (tio de Muhammad)
serão anulados. Cuidado com
Satanás, para segurança de vossa religião. Ele perdeu toda a esperança de que
pudesse desviar-vos das grandes coisas, portanto, cuidado para não segui-lo nas
pequenas. Ó gentes, é verdade que
vós tendes certos direitos em relação a vossas mulheres, mas elas também têm
direitos sobre vós. Lembrai-vos de que vós as tomastes por esposas na confiança
de Allah e com a Sua permissão. Se elas forem fiéis então a elas pertence o
direito de serem alimentadas e vestidas com bondade. Tratai suas mulheres bem e
sejai gentis com elas porque elas são vossas parceiras e auxiliares
comprometidas. E é vosso direito que elas não façam amizade com quem não
aproveis, e que elas jamais sejam impuras. Ó gentes, levai-me a sério,
adorai Allah, fazei as cinco preces diárias (salat), jejuai no mês de Ramadan e
distribui de vossos bens em Zakat. Fazei o Hajj (peregrinação) desde que
possível. Toda a humanidade provém
de Adão e Eva, um árabe não é superior a um não árabe, nem um não árabe é
superior a um árabe; o branco também não é superior ao negro, nem o negro tem
qualquer superioridade sobre o branco, exceto quanto à justiça e aos bons atos.
Sabei que todo muçulmano é um irmão de todo muçulmano e que os muçulmanos
constituem uma irmandade. Nada que pertença ao irmão muçulmano é lícito para
outro muçulmano, a menos que seja dado livremente e de boa vontade. Portanto,
não praticai a injustiça entre vocês. Lembrai-vos de que um dia vós estareis
diante de Deus e respondereis por vossos atos. Portanto, cuidado, não vos
desvieis do caminho da justiça depois que eu tiver partido. Ó gentes, nenhum profeta
ou apóstolo virá depois de mim e nem surgirá uma nova fé. Raciocinai bem e
compreendei as palavras que vos estou transmitindo. Deixo-vos duas coisas, o
Alcorão e o meu exemplo, as sunnas, e se seguirdes esses dois, jamais vos
desviareis. Todos que me ouvem deverão
difundir minhas palavras para os outros, e estes para outros, e assim por
diante, e que o último que as ouvir possa compreender minhas palavras melhor do
que aqueles que agora me ouvem diretamente. Sede minha testemunha, ó Deus, de
que eu transmiti Vossa mensagem ao Vosso povo." A Morte de Muhammad (saws)
Em maio de 632, depois da Peregrinação da Despedida, Muhammad (saws)recrutou os
homens para uma expedição à Síria. Um dado curioso dessa expedição é que Usama,
filho de Zaid ibn Haritha, foi indicado o comandante, embora ele só tivesse 20
anos e nenhuma experiência de comando. A indicação provocou uma grande crítica,
especialmente entre os veteranos mais experimentados, que se viram substituídos
por um rapaz imberbe. Não há registros a respeito dos resultados dessa
expedição. Ibn Ishaq tem uma nota curta onde relata o fato de que eles fizeram
alguns prisioneiros num porto, provavelmente do mar Vermelho. Certa noite de junho de 632,
Muhammad (saws)chamou um de seus libertos e lhe disse que Allah (swt) tinha
ordenado ir ao cemitério e rezar pelos mortos. Acompanhado deste homem, ele
saiu e quando estava entre os túmulos, dirigiu-se aos mortos: "Que a paz esteja com vocês, ó povo
dos túmulos. Felizes são vocês porque estão muito melhor do que os homens
daqui. As divergências chegaram como ondas de escuridão, uma após a outra,
sendo a última pior do que a primeira." Quando ele acabou de rezar,
chamou seu liberto e voltou para casa. Na manhã seguinte, sentiu uma violenta
dor de cabeça. Ele tentou visitar suas esposas, indo a casa de cada uma delas,
mas desmaiou na casa de Maimuna. As mulheres se reuniram em volta dele e lhe
deram permissão para que, durante sua doença, ele fosse cuidado na casa de
Aisha. Devagar os
homens estavam terminando os preparativos para se juntarem à expedição de
Usama, ainda ressentidos com a indicação dele. Muhammad (saws)(saws), no
entanto, estava forte o suficiente para realizar a cerimônia de apresentação de
Usama com a bandeira de guerra, um ritual introduzido pela primeira vez por
Qusai. Então, ele
amarrou um lenço em volta de sua cabeça para acalmar a dor que incomodava muito
e fez um esforço para entrar na mesquita para as preces. A partida da expedição
de Usama foi retardada, tendo em vista do estado de saúde de Muhammad (saws).
Ele estava com muita febre. Não conseguindo dirigir as preces públicas, pediu a
Abu Bakr que o substituísse. Certa vez, na ausência de Abu Bakr, Omar ibn al
Khattab foi quem dirigiu as preces. Ao reconhecer a voz de Omar, pois a porta
do quarto de Aisha dava diretamente para a mesquita, ele gritou de sua cama,
"não, não, somente Abu Bakr." Talvez ele quisesse enfatizar o
respeito que tinha por Abu Bakr como o mais velho. Algumas de suas esposas se
reuniram com outras mulheres e decidiram forçá-lo a tomar um remédio. Muhammad
(saws)perguntou-lhes porque elas estavam agindo assim e elas disseram que estavam
com receio de que pudesse ser pleurisia. Mas ele respondeu que Allah (swt) não
o afligiria com uma doença tão diabólica. Na verdade, à luz dos
modernos conhecimentos, parece provável que Muhammad (saws) tenha morrido de
pneumonia. Talvez ele tivesse se resfriado quando saiu para rezar no cemitério,
pois na manhã seguinte ele acordou com uma terrível dor de cabeça e a partir
daí sua febre não baixou mais. No décimo dia de sua doença, a febre atingiu seu
ponto mais alto, ele ficou parcialmente consciente e seu corpo estava
atormentado pela dor. Então, na manhã seguinte, quando Abu Bakr estava
dirigindo a prece, a porta do quarto de Aisha rapidamente se abriu e Muhammad
(saws) apareceu sorrindo no pátio da mesquita. Ele acenou para os fiéis para
que continuassem a prece e se sentou no chão para descansar. Quando as
preces acabaram, Abu Bakr se aproximou dizendo feliz "ó Apóstolo de Allah
(swt), vejo que hoje você está gozando das bênçãos de Allah (swt), como todos
nós queremos." Achando que Muhammad (saws)(saws) estava recuperado, ele
pediu para visitar sua família, que vivia do outro lado do oásis. Muhammad (saws)voltou para
sua cama, deitou-se com a cabeça no peito de Aisha. Limpou seus dentes
energicamente e voltou a deitar-se. De repente, Aisha percebeu que sua cabeça
tinha ficado mais pesada. "Senhor, conceda-me o perdão", disse ele.
Seus olhos ficaram fixos. O mensageiro de Allah (swt) tinha ido encontrar-se
com seu Senhor. 14-O
Último Profeta de Deus Para Humanidade. A crença dos muçulmanos de
que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), é o
último Profeta de Deus, foi mal entendida por muitos povos, pelo que merece ser
explicada. Esta crença, em caso algum
quer dizer que Deus fechou as portas da Sua Misericórdia ou se ausentou, não
impõe restrição à ascensão das grandes personalidades religiosas, nem limita o
aparecimento dos grandes líderes espirituais, ou que obstrua a evolução dos
grandes homens piedosos. Nem quer dizer que Deus
preferiu os árabes, dos quais o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele), foi o escolhido; Deus não é partidário de qualquer raça,
povo ou geração e a porta de Sua Graça está sempre aberta e sempre acessível
aos que a procuram. Ele
fala ao ser humano por qualquer destas formas: 1ª- Por inspiração que
ocorre na forma de sugestões ou idéias colocadas por Deus nos corações e
pensamentos dos seres humanos que são piedosos; 2ª- Por detrás de um véu que aparece na
forma de visões quando aquele que está qualificado para as receber está
acordado ou num estado de transe; 3ª- Através do Mensageiro
celestial, Gabriel (que a Paz esteja com Ele), que foi mandado a terra com
palavras Divinas concretas para transmitir ao escolhido mensageiro humano, está
última forma é a mais elevada e aquela em que o Alcorão foi transmitido ao
Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), está
confinada só aos Profetas, dos quais o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), foi o último e o selo. Há outros pontos
específicos os quais mostram porque o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de
Deus estejam sobre ele), é o último profeta de Deus para toda a humanidade. 1º- O Alcorão declara em
palavras inequívocas que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele), é enviado a todos os seres humanos como Apóstolo de Deus, a
Quem pertence o domínio dos céus e da terra. Diz Deus no Alcorão: ''Dize: Ó humanos, sou o
Mensageiro de Deus, para todos vós; Seu é o reino dos céus e da terra. Não há
mais divindade além d`Ele. Ele é Quem dá a vida e a morte! Crede, pois, em Deus
e em Seu Mensageiro, o Profeta iletrado, que crê em Deus e nas Suas palavras;
segui-o, para que vos encaminheis.'' (7ª Surata, versículo 158) Também estabelece que o
Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foi enviado
só como uma graça de deus a todas as criaturas, humanas e
não humanas, igualmente. Diz Deus no Alcorão: ''E não te enviamos, senão
como misericórdia para a humanidade.'' (21ª Surata, versículo 107). E disse ainda: "Em verdade, Muhammad não
é o pai de nenhum de vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o postermo
dos Profetas; sabei que Deus é Onisciente.'' (33ª Surata, versículo 40). O Alcorão é a palavra de Deus
, e tudo o que diz é a verdade de Deus que todos os muçulmanos defendem e em
que todos os seres humanos devem refletir. A mensagem do Profeta
Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), não é simplesmente
um renascimento nacional ou um monopólio racial ou uma entrega temporária à
escravidão e opressão. Nem
foi uma mudança abrupta ou uma reversão de tendências da história, a mensagem
do Profeta Muhammad (que a paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foi e
certamente que ainda é, um renascimento universal, uma benção comum, uma
herança para toda a humanidade e uma entrega espiritual duradoura. É uma continuação que
evolui de mensagens prévias e uma bem balançada incorporação de todas as
revelações anteriores. Transcende todas as
limitações de raça, cor, e caracteres regionais, é dirigida a humanidade de
todos os tempos e é precisamente o que o ser humano precisa, assim, um
muçulmano acredita que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam
sobre ele), é o último Profeta porque o Alcorão nos dá o testemunho verdadeiro
disso e porque a mensagem do Profeta tem as mais alta qualidade de uma fé
verdadeiramente universal e concludente. 2º- O próprio Profeta
Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), declarou que era o
último Profeta de Deus, um muçulmano, ou qualquer outro, sobre este assunto não
pode duvidar da verdade desta revelação, durante a sua vida, o Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foi conhecido como o mais
verdadeiro, honesto e modesto. A sua integridade e a sua
verdade estiveram fora de dúvida não só nas visões dos muçulmanos, mas também
nas mentes dos seus oponentes mais aguerridos, o seu caráter, os seus
conhecimentos espirituais, e as suas reformas na sociedade, não tiveram
paralelo em toda a história da humanidade. E resta saber se a história pode
produzir alguma coisa igual ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele), ele disse que era o último Profeta, porque está foi a
verdade de Deus, e não porque ele quisesse qualquer glória pessoal ou visto
nisso ganhos pessoais. A
vitória não alterou a sua conduta, o triunfo não enfraqueceu a suas excelentes
virtudes, e a força não corrompeu o seu caráter, ele foi incorruptível,
consistente e inacessível a qualquer noção de ganho pessoal ou glória, as suas
palavras espalhavam deslumbrante luz de sabedoria e verdade. 3º- O Profeta Muhammad
(que A paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foi o único Profeta que
cumpriu a sua missão e completou o seu trabalho em levar a palavra de Deus aos
seres humano em vida, antes de morrer, o Alcorão expressou que a religião de
Deus tinha sido aperfeiçoada, o favor de Deus aos crentes tinha sido completo e
a verdade da revelação tinha sido guardada e será preservada com toda a
segurança, quando o Profeta Muhammad (Que a Paz e a Bênção de Deus estejam
sobre ele) faleceu, a religião do Islam foi completada e a comunidade muçulmana
crente, ficou bem estabelecida. O Alcorão foi registrado
durante a sua vida e preservado na sua total e original versão, todas estas
idéias, de que a religião de Deus, tanto no conceito como na aplicação, e que o
Reino de Deus tinham sido estabelecidos aqui na terra, foram completadas por
Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele). A missão do Profeta
Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), o seu exemplo e os
seus conhecimentos provaram o ponto de vista de que o reino de Deus não é um
ideal que não se possa atingir ou alguma coisa só do outro mundo, mas é alguma
coisa deste mundo também, alguma coisa que existiu e floresceu no tempo do
Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), e pode existir
e florescer em qualquer época enquanto houver crentes sinceros e homens de fé. 4º- A ordem de Deus de que
o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), é o último
Profeta é baseada na original e pura autenticidade do Alcorão, nos concludentes
e únicos conhecimentos do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele), na universalidade do Islam, e na aplicabilidade dos
ensinamentos do Alcorão Sagrado para todas as situações, todas as idades e
todos os homens. Esta é a religião que
transcende todas as fronteiras e consegue penetrar, apesar de todas as
barreiras de raça, cor idioma, idade e estatutos de opulência ou prestígio, é a
religião que assegura a todos os seres humanos, igualdade, fraternidade,
liberdade, dignidade, paz, honra, guia e salvação. Esta é a essência pura da
religião de Deus, Louvado Seja, e a forma de ajuda que Ele na Sua Misericórdia
sempre estendeu ao ser humano desde o início da história. Com o Profeta Muhammad
(que a paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e o Alcorão Sagrado, culminou
a evolução religiosa, no entanto, não significa o fim da história, ou que
terminou a necessidade humana do guia divino, isto é só o início de uma nova
aproximação, a inauguração de uma nova era, na qual o homem foi suficientemente
provido de encaminhamento Divino e de exemplos práticos de que necessitava. Este divino guia esta
contido no Alcorão Sagrado, como a mais autêntica e incorruptível revelação de
Deus, e estes exemplos são encontrados na personalidade do Profeta Muhammad
(SWAS). 5º- Deus ordenou que o
Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), deverá ser o
último Profeta , contudo, esta Divina ordem foi uma antecipação dos grandes
acontecimentos históricos que se seguiram, proclamou boas notícias para os
seres humanos que deveria entrar em um novo grau de maturidade intelectual e
elevação espiritual e que deveria ter de fazer ele próprio, sem novos profetas
ou novas revelações, ajudado pelos ricos legados dos Profetas e as revelações,
tais como as encontradas no Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele), e seus predecessores. Foi em antecipação deste
fato que as culturas, raças e regiões de todo o mundo se tornaram mais fechadas
aos outros que o gênero humano poderia fazer bem com uma religião universal na
qual Deus ocupa a Sua reta posição e o ser humano se sinta realizado. Foi um testemunho solene
para o grande papel que os conhecimentos avançados e os sérios compromissos
intelectuais influenciaram em termos de levar o ser humano até Deus, é a
verdade que o ser humano pode combinar os seus conhecimentos avançados e o seu
forte potencial intelectual com os ensinamentos morais e adaptar-se as Leis de
Deus. A história da ascensão dos
Profetas acabou com o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam
sobre ele), para dar ao ser humano a evidência de que ele pode amadurecer na
sua iniciativa própria, para dar à ciência uma oportunidade para funcionar
devidamente e explicar o vasto domínio de Deus, e dar a mente humana uma
oportunidade para refletir e aprofundar. A natureza do Islam é tal
que tem uma grande flexibilidade e praticabilidade e pode resolver qualquer
situação, a natureza do Alcorão é sem duvida universal, sempre reveladora e
segura o seu encaminhamento, a natureza da mensagem do Profeta Muhammad (que a
paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) é tal que é dirigida a todos os seres
humanos e a todas as gerações. O Profeta Muhammad (que a
Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), não foi meramente um líder racial ou
um libertador nacional, ele foi, e ainda é, um homem da história e o modelo
daquele que procura Deus, nele todos os exemplos podem encontrar alguma coisa
para aprender, exemplos excelentes de bondade e piedade para serem seguidos.
15-Cronologia:
Datas e locais importantes na vida do Profeta
Muhammad (saws) (S.A.A.S.)
569 Morte do pai, `Abdullah.
570 Nascimento: Meca.
570 Fracasso do ataque abissínio sobre Meca.
576 Morte da mãe.
578 Morte do avô.
583 Viagens à Síria.
595 Conhece e casa com Khadija.
610 Início da revelação do Alcorão Sagrado: Meca.
610 Apresenta-se como Profeta: Meca.
613 Começa a pregar publicamente a sua mensagem: Meca.
614 Começa a reunir seguidores: Meca.
615 Emigração de muçulmanos para a Abissínia.
616 O clã de Banu Hashim inicia boicote econômico.
618 Guerra civil medinense: Medina.
619 Termina o boicote dos Banu Hashim.
620 Isra e Miraj.
622 Emigra para Medina (Hijra).
624 Batalha de Badr.
625 Batalha de Uhud.
628 Batalha da Trincheira.
628 Tratado de Hudaybiyya.
628 Conquista acesso ao santuário da Kaaba.
628 Conquista do oásis de Khaybar.
629 Primeira peregrinação.
630 Entra em Meca, conquistando-a pacificamente.
630 Batalha de Hunayn.
630 Cerco de al-Taif.
630 Estabelece uma teocracia: Meca.
631 Ganha os corações de quase toda a Arábia.
632 Peregrinação de despedida.
632 Falecimento: Medina. www.ccib.org.br. Abraço. Davi
569 Morte do pai, `Abdullah.
570 Nascimento: Meca.
570 Fracasso do ataque abissínio sobre Meca.
576 Morte da mãe.
578 Morte do avô.
583 Viagens à Síria.
595 Conhece e casa com Khadija.
610 Início da revelação do Alcorão Sagrado: Meca.
610 Apresenta-se como Profeta: Meca.
613 Começa a pregar publicamente a sua mensagem: Meca.
614 Começa a reunir seguidores: Meca.
615 Emigração de muçulmanos para a Abissínia.
616 O clã de Banu Hashim inicia boicote econômico.
618 Guerra civil medinense: Medina.
619 Termina o boicote dos Banu Hashim.
620 Isra e Miraj.
622 Emigra para Medina (Hijra).
624 Batalha de Badr.
625 Batalha de Uhud.
628 Batalha da Trincheira.
628 Tratado de Hudaybiyya.
628 Conquista acesso ao santuário da Kaaba.
628 Conquista do oásis de Khaybar.
629 Primeira peregrinação.
630 Entra em Meca, conquistando-a pacificamente.
630 Batalha de Hunayn.
630 Cerco de al-Taif.
630 Estabelece uma teocracia: Meca.
631 Ganha os corações de quase toda a Arábia.
632 Peregrinação de despedida.
632 Falecimento: Medina. www.ccib.org.br. Abraço. Davi
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