Islamismo. www.ccib.org.br. A MULHER NO ISLAM. Tendo
visto como as mulheres foram cruelmente tratadas por diferentes religiões,
Civilizações e Culturas, ser-nos-á, agora, possível entender corretamente e
apreciar os alcances gloriosos do Islam nesta questão, e de como ele, de fato,
elevou a posição da mulher na sociedade. Por isso, ao longo deste trabalho,
tentaremos refutar as alegações das pessoas desencaminhadas contra o Islam em
relação à mulher, e elaborar a sua real posição no Islam. No meio das trevas
que mergulharam o mundo, a Revelação Divina ecoou, no deserto hostil da Arábia,
com uma Mensagem Lúcida, nobre e Universal para a humanidade: ''Ó humanos,
temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira
e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres. Temei a Deus, em nome
do Qual exigis os vossos direitos mútuos e reverenciai os laços de parentesco,
porque Deus é vosso Observador.'' (Alcorão Sagrado 4:1). O famoso sábio
muçulmano, Al-Khuli Al Babi, ponderou sobre este versículo e declarou: ''É
crença geral que não existe texto, quer antigo, quer moderno, que diga respeito
à humanização da mulher sobre os aspectos da vida, numa tal espantosa
brevidade, eloquência, profundidade e originalidade, como no Decreto
Divino." Assim, com um simples traço magistral, o Islam removeu o estigma
da ''fraqueza" e da "impureza", com as quais as religiões
mundiais caracterizaram a mulher. O Islam proclama que homens e mulheres provêm
da mesma essência e, por conseguinte, se a mulher podia ser tida como fraca, o
homem, também, poderia ser visto como tal, ou se o homem tinha uma centelha de
nobreza, então a mulher, também, a deveria possuir. A propósito, o Profeta
Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse: ''As mulheres
são almas gêmeas dos homens.'' A elevação da posição da mulher e os seus
respectivos direitos, patenteados nesta obra, estão garantidos pelo Próprio
Deus, e podem ser facilmente encontrados nas duas mais importantes e autênticas
fontes do Islam, ou seja, o Sagrado Alcorão e os Ahadith do Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele). Os direitos garantidos por
Reis, ou por Assembleias Legislativas, podem ser tão facilmente removidos, quão
o são conferidos; mas nenhum indivíduo, ou instituição tem autoridade para
eliminar, ou emendar os direitos conferidos por Deus. Todos aqueles que
pretendem ser Muçulmanos, têm que aceitar, reconhecer e reforçar os direitos
sancionados por Deus. Se falharem em reforçá-los, ou os violarem, o veredicto
do Alcorão é inequívoco: ''Aqueles que não julgam pelos preceitos que Deus
revelou são descrentes.'' (Alcorão Sagrado 5:44). E o seguinte versículo também
proclama: ''Eles são os Iníquos.'' (Alcorão Sagrado 5:45). Um terceiro versículo
do mesmo capítulo diz: ''Eles são os prevaricadores." (Alcorão Sagrado
5:47). Por outras palavras; se as autoridades temporais consideram as suas
próprias palavras e decisões como certas, e as de Deus como erradas, eles não
são crentes. Se, por outro lado, eles consideram os mandamentos de Deus como
certos, mas rejeitam-nos deliberadamente em favor das suas decisões, então são
Iníquos. Os prevaricadores ou infratores da lei são aqueles que desrespeitam a
limitação da fidelidade. 1º- ASPECTO ESPIRITUAL - A MULHER TEM, EFETIVAMENTE, ALMA: Em algumas religiões
durante muito tempo se acreditava que a mulher não possuía alma, mas com a
chegada do Islam este conceito foi totalmente abolido pelo Profeta Muhammad.
Nas tradições do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele), encontramos uma prova clara de que a mulher tem, realmente, alma.
Abdullah bin Mass'ud, reporta que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de
Deus estejam sobre ele), disse: "De fato, a criação de cada um de vós
(macho ou fêmea) foi levada a cabo conjuntamente no ventre da mãe, durante
quarenta dias, sob a forma de uma semente, depois um coágulo de sangue (algo
que se agarra) por igual período e, então, é-lhe enviado o anjo que assopra a
respiração da vida, ou seja dá-lhe alma (o feto: macho ou fêmea). "
(Bukhari e Muslim). Fica claro, a partir desta tradição, que o feto de todo o
ser humano adquire vida quando a alma, por ordem de Deus, é assoprada para ele.
Uma vez mais, é do conhecimento geral que nenhum ser humano (macho ou fêmea)
pode viver sem alma. Agora, será que as mulheres nem vivem, nem morrem? É então
evidente que elas têm alma, tal e qual como os homens. 2º- IMAN (FÉ): O Islam é bastante
explícito em relação ao fato da mulher ser completamente equiparada ao homem,
perante Deus, em termos da fé; pois Deus diz: ''Ó fiéis, quando se vos
apresentarem as fugitivas fiéis, examinai-as, muito embora Deus conheça a sua
fé melhor do que ninguém; porém, se as julgardes fiéis, não as restituais aos
incrédulos.'' (Alcorão Sagrado 60:10). E também diz: ''Sabe, portanto, que não
há mais divindade, além de Deus e implora o perdão das tuas faltas, assim como
das dos fiéis e das fiéis, porque Deus conhece as vossas atividades e os vossos
destinos. '' (Alcorão Sagrado 47:19). Nos dois versículos anteriores, Deus,
denomina-as de mulheres crentes, sendo assim, quem tem, autorização para
refutar o que Deus proclama? 3º - IBADA (ADORAÇÃO): Em termos de
obrigações religiosas e de adoração, tais como as cinco orações diárias, a
zakat, o jejum e a peregrinação a Makkah, a mulher não é diferente do homem. A
este respeito Deus, diz: ''Os fiéis (homens e mulheres) que praticarem o bem,
observarem a oração e pagarem o zakat, terão a sua recompensa no Senhor e não
serão presas do temor, nem se atribularão.'' (Alcorão Sagrado 2:277). "Ó
vós que credes (homens e mulheres)! É-vos prescrito o jejum como foi prescrito
aos vossos antepassados, para que possais temer a Deus." (Alcorão Sagrado
2:183). 4º - JAZAA (RECOMPENSA): Deus promete recompensa, indiscriminadamente, para
o homem e a mulher que sejam crentes e trabalhem honestamente. Ele diz: ''A
quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida
agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações. ''
(Alcorão Sagrado 16:97). ''Aqueles que praticarem o bem, sejam homens ou
mulheres, e forem fiéis, entrarão no Paraíso e não serão defraudados, no mínimo
que seja.'' (Alcorão Sagrado 4:124). "Entrai no jardim (Paraíso), vós e
vossas esposas e alegrai-vos.'' (Alcorão Sagrado 43:70). 5º - EVA NÃO É A
CAUSA DO PECADO DE ADÃO (QUE DEUS ESTÁ SATISFEITO COM AMBOS): De acordo com o
Alcorão Sagrado, a mulher não é culpada do primeiro erro de Adão. Ambos erraram
na sua desobediência a Deus, ambos se arrependeram, e ambos foram perdoados.
Podemos ler o seguinte no Alcorão: ''Determinamos: Ó Adão, habita o Paraíso com
a tua esposa e desfrutai dele com a prodigalidade que vos aprouver; porém, não
vos aproximeis desta árvore, porque vos contareis entre os iníquos. Todavia,
Satã os seduziu, fazendo com que saíssem do estado (de felicidade) em que se
encontravam.'' (Alcorão Sagrado 2:35-36). ''Então, seu Senhor os admoestou: Não
vos havia vedado esta árvore e não vos havia dito que Satanás era vosso inimigo
declarado? Disseram: Ó Senhor nosso, nós mesmos condenamo-nos e, se não nos
perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados! '' (Alcorão Sagrado
7:22-23). De acordo com o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele): "Toda a criança nasce com igual natureza...'' Tal
significa que todo o recém-nascido carrega consigo (seja ele ou ela) uma igual
e inocente natureza, e nunca nasce pecador, isto encontra-se em total
contradição com o Credo Cristão do pecado inato. A CONDIÇÃO DA
MULHER NO ISLAM. Tudo que é do outro, que não faz parte da nossa realidade mais imediata,
tende a nos assustar e a ser objeto de nossa rejeição. Raríssimas vezes nos
detemos nas questões que nos escapam e, por isso mesmo, fazemos julgamentos
apressados, superficiais, e incorporamos conceitos sempre carregados de
preconceitos, porque fundamentados na ignorância dos fatos. Nos dias atuais,
onde tantas questões polêmicas são colocadas diariamente, onde mal temos tempo
de digerir o noticiário, tal a rapidez com que as coisas acontecem no mundo,
vamos estabelecendo nossos julgamentos e entendimentos em bases que carecem de
uma análise mais profunda. Assim é com relação ao Islam, tão incompreendido,
tão desconhecido. Assim é a questão da mulher no Islam, onde preconceitos e
falsas informações estão disseminados de tal forma que ocupam o imaginário dos
não muçulmanos, estereotipando essas mulheres, transformando-as em personagens
que nunca correspondem à realidade. Tomamos para nós alguns conceitos, que
passam a ser verdade, a nossa verdade, que sequer é nossa, e engrossamos o rol
desta vasta legião de meros repetidores de falsas verdades, aliás, uma
característica do nosso tempo. Mas, o que é o Islam? Como o Islam trata
realmente a questão dos sexos? Qual é o papel da mulher muçulmana numa
sociedade islâmica? Para se falar sobre a mulher no Islam, como ela é vista,
qual a sua função, qual o seu papel, quais os seus direitos e deveres, torna-se
necessário comparar este mesmo papel com outras culturas, outras religiões,
quais os seus direitos e deveres, quais as suas conquistas, enfim, devemos
considerar todos os aspectos, sejam sociais, políticos, econômicos, éticos ou
morais e não, simplesmente, nos determos em aspectos culturais isolados. Por
isso, nada melhor do que enfocar a condição da mulher no Islam, levando em
conta essa mesma condição no Ocidente, e, mais especificamente no Brasil, de
tradições, cultura e religião tão diferentes do Oriente. No que a muçulmana é
diferente da mulher ocidental? Que valores éticos, morais, sociais e religiosos
regem essas duas mulheres? Que padrões comportamentais fazem essas duas
mulheres tão diferentes? Há 1400 anos, o Islam afirmou que a mulher é um ser
humano, que tem uma alma da mesma natureza que a do homem, e que ambos, homens
e mulheres, gozam dos mesmos direitos. No Islam, a mulher é um ser responsável
e não pode ser desrespeitada ou discriminada em razão de seu sexo. No ocidente,
apesar dos avanços conseguidos pelos movimentos feministas, as conquistas
alcançadas não representam sequer a terça parte do que o Islam já havia
garantido. Sabemos que a mulher ainda é discriminada, o maior contingente de
analfabetos está na população feminina, ela é vítima da violência, que começa
em casa, recebe um salário menor para o exercício de funções que ela executa em
igualdade de condições com o homem, etc. Em 1995, há alguns anos atrás, na
Quarta Conferência Mundial da Mulher, ocorrida em Pequim, os governos
participantes reconheceram a péssima condição feminina e firmaram uma
Declaração, onde entre outros tópicos, afirmavam o seguinte: “Nós, os governos
que participamos da Quarta Conferência Mundial da Mulher (…) estamos
convencidos de que: (…) Os direitos da mulher são direitos humanos; (…) A
igualdade de direitos, de oportunidades e de acesso aos recursos, à
distribuição equitativa entre homens e mulheres das responsabilidades relativas
à família … são indispensáveis ao seu bem-estar e ao de sua família, assim como
para a consolidação da democracia. (…) A paz global, nacional e regional só
pode ser alcançada com o progresso das mulheres, que são uma força fundamental
de liderança, resolução de conflitos e promoção de uma paz duradoura em todos
os níveis”. A diferença básica entre esses dois mundos, o oriental e o
ocidental, é que o Islam, conforme revelado ao Profeta Mohammad, está pronto,
bastando ser seguido por todos. O Islam dignifica o ser humano, garante
direitos. Sua mensagem, ainda que dirigida inicialmente aos árabes, é universal
e se aplica a todos os homens e mulheres, em qualquer lugar e em qualquer
tempo. As origens do Islam são as mesmas que as das religiões anteriores e
Mohammad foi o último profeta de Deus. Deus esclarece no Alcorão que, ao longo
de toda a história da humanidade, cada povo teve o seu mensageiro, em sua
própria língua, em linguagem compatível com a compreensão do ser humano,
anunciando a unicidade de Deus, confirmando o Dia do Juízo Final e determinando
a subordinação ao que foi legislado por Ele. Prescreveu-vos a mesma
religião que tinha instituído para Noé, a qual te revelamos, a qual
recomendamos a Abraão, a Moisés e Jesus (dizendo-lhes): Observai a religião e
não discrepeis acerca disso.(cap. 14:5). A crença nos profetas e nos livros são
artigos de fé para o muçulmano. Depois de Mohammad não haverá mais nenhum
profeta e nem revelação alguma será feita. Hoje, aperfeiçoei a religião
para vós; agraciei-vos generosamente e aponto o Islam por religião. (Cap. 5:3).
A IMPORTÂNCIA DA MULHER NO ISLAM. Desde tempos imemoriais que o Islam tem
sido vítima de uma distorção deliberada por parte dos Não-Muçulmanos. O lado
mais negativo de tal fato é o de que não foram apenas não Muçulmanos que
elaboraram falsas concepções relativas ao Islam; infelizmente um certo número
de seguidores do Islam é incapaz de compreender a essência deste Delicado mas
Abrangente Código de Vida, desde que ficaram sob o impacto da Civilização
Ocidental. Muito tem sido dito contra a posição da mulher no Islam por parte
dos não-Muçulmanos preconceituosos e fanáticos. Como consequência, o Islam tem
sido, impiedosa e perpetuamente, objeto de ataques violentos, baseados em
falsas suposições e fatos distorcidos acerca da real posição da mulher nesta
Religião. Esta é a questão fundamental de todo o mundo não Muçulmano, em geral,
e do mundo ocidental em particular. O Ocidente conhece o Islam há mais de 13
séculos. No entanto, esse conhecimento foi adquirido de uma forma negativa como
um inimigo e uma ameaça. Por isso, não é de forma alguma surpreendente que no
Ocidente o Islam tenha sido descrito como uma religião hostil, tirânica e
violenta. Da mesma forma a própria Cultura Islâmica tem sido narrada com cores
sombrias e tristes. Este estado de coisas não pode continuar e torna-se um
dever imperativo defender o Islam e clarificar esta questão. Consequentemente,
tentaremos, neste pequeno trabalho, elucidar a forma como o Islam emancipou a
mulher e elevou a sua posição. Mas antes de passar um veredicto sobre um
costume, é necessário que seja levada em conta não só a História daquele tempo,
mas também, todas as circunstâncias então prevalecentes. É, por isso,
necessário que consultemos a História e verifiquemos, por nós próprios, quão
aviltadas, desprezadas e humilhadas as mulheres foram em diferentes
civilizações e religiões do mundo, antes do advento do Profeta Muhammad (que
Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele). Embora não seja possível descrever,
neste apontamento, todos os acontecimentos da História relacionados com esta
questão, aqui ficam descritos alguns que julgamos serem oportunos e
suficientemente elucidativos. A CIVILIZAÇÃO GREGA. A Civilização Grega é tida como a mais
gloriosa de todas as civilizações antigas. Durante o decorrer desta
Civilização, a mulher era menosprezada moral e socialmente, e não tinha
quaisquer direitos legais. Os Gregos olhavam para a mulher como uma criatura
sub-humana, cuja posição na sociedade era, em todos os sentidos, inferior à do
homem, para o qual estava reservada a honra, bem como um lugar de
superioridade. A prostituição estava fortemente implantada na sociedade Grega,
e as relações com mulheres adúlteras não eram consideradas pecaminosas. Mais
tarde, os Gregos foram arrastados pelo egoísmo, bem como pela perversão sexual.
Como consequência, modificou-se o modo de olhar a mulher, e as adúlteras
obtiveram uma tal proeminência, de que não existe paralelo na História. As
casas de prostitutas tornaram-se o centro das atenções de todas as classes da
sociedade, atraindo os seus filósofos, poetas, historiadores e pensadores. Esse
tipo de mulher não somente promovia funções literárias mas, também, questões
políticas de grande relevo, que eram decididas sob a sua influência. É
realmente estranho que o conselho de uma mulher que não ficava ligada a um
homem por mais de três noites consecutivas, fosse largamente tido em conta,
sobretudo em questões de cuja solução dependia a vida, ou a morte da nação. O
homem comum considerava o matrimônio como algo desnecessário, sendo a liberdade
sexual tida como perfeitamente lícita e correta. De tal forma assim era, que,
estes males tomaram-se numa parte da sua religião: foi deste modo que o culto à
Afrodite, a deusa do amor e da beleza, se propagou por toda a Grécia. De acordo
com a sua mitologia, esta deusa, que era esposa de um deus, desenvolveu
relações ilícitas com três outros deuses, bem como com um mortal. Como
resultado desta última relação ilícita nasceu um deus bastardo, Cupido, o deus
do amor! Com o louvor dos deuses (satânicos) do amor na Grécia, as casas de
prostituição tornaram-se em locais de veneração. As prostitutas eram
consideradas como jovens pias dedicadas a templos, e o adultério foi elevado ao
estatuto de piedade e revestido de toda a santidade religiosa. Nenhuma nação no
mundo foi capaz de se elevar novamente após tal declínio moral. E tal é o que
afirma Deus no Alcorão Sagrado: ''E quando temos que destruir uma cidade Nós
mandamos ordens aos seus habitantes que vivem na opulência e que, a seguir,
cometem abominações; então, a Palavra (do castigo) é pronunciada e, Nós,
punimo-la com completa destruição.'' (Alcorão Sagrado 17:16). A História é testemunha
de que após o término do, seu período de glória, a nação Grega nunca mais
obteve uma segunda oportunidade de recolher os seus passos em grandeza e
orgulho. A posição da mulher na Civilização Grega pode ser resumida nas
palavras de Sócrates, o grande pensador e filósofo grego: ''A Mulher é a grande
fonte do caos e da ruptura no mundo. Ela é como a árvore de "dafali",
cujo aspecto externo é extremamente belo, mas se os pássaros a comerem,
morrerão com toda a certeza". Anderoosky descreve o conceito grego da
mulher, nas seguintes palavras: ''É possível curar-se de uma queimadura e da
mordida de cobra, mas é impossível prender a subtilidade feminina." A CIVILIZAÇÃO
CHINESA. Nas escrituras Chinesas as mulheres são apelidadas de ''águas da
desgraça", que desperdiçam toda a sua boa sorte, a mulher foi sempre vista
como inferior ao homem, não lhe sendo concedido qualquer tipo de direitos. A
mulher era eternamente tida como menor, não sendo as crianças olhadas como
verdadeiramente suas. Sempre que quisesse, o homem podia repudiar a sua mulher,
podendo mesmo chegar a vendê-la como concubina. Após a viuvez, ela permanecia
como propriedade da família do marido, sendo-lhe, praticamente, impossível
voltar a casar. A par com isto estavam a escravatura e o infanticídio. A CIVILIZAÇÃO
ROMANA. Nesta Civilização o homem possuía todo o poder e autoridade sobre a sua
família, incluindo o direito de tirar a vida à sua própria mulher. Um esposo
romano podia facilmente afastar a sua mulher por mero capricho. Entre os
romanos a mulher não possuía personalidade legal. Ela nunca podia aparecer no
tribunal como queixosa. Era vista como uma menor, demente, como uma pessoa
incapaz de fazer ou de agir de acordo com a sua preferência. A sua propriedade
passava para as mãos do seu marido pelo casamento. Ela não podia obter ou deter
qualquer tipo de propriedade. Não podia ser testemunha, não podia comprar ou
vender, nem fazer parte de qualquer contrato. Com o avanço da civilização, o
conceito humano com respeito à posição da mulher sofreu uma profunda alteração.
As regras que determinavam o casamento sofreram, gradualmente, uma completa
"metamorfose" que as condições mudaram para pior. O divórcio foi
facilitado, e o matrimônio era efetuado com bases que eram pouco sólidas. Séneca
(4 AC- 65 DC.), o famoso filósofo e estadista romano, criticou os seus
compatriotas pela elevada incidência do divórcio entre eles. Séneca afirmou:
"Agora, o divórcio não é mais visto como algo de vergonhoso em Roma, as
mulheres calculam a sua idade pela quantidade de homens que tiveram como
mandos. "Naqueles dias, as mulheres tinham por hábito casarem-se diversas
vezes; S. Jerônimo (340 - 420) menciona uma mulher maravilhosa, cujo último
marido tinha sido o seu 23º, tendo sido, ela própria, a 21º mulher do seu
marido. A Flora tornou-se um desporto romano muito popular, no qual mulheres
nuas competiam em concursos de raça. Homens e mulheres tomavam banho juntos nos
banhos públicos. Quando os Romanos ficaram de tal maneira absorvidos por
paixões animalescas, a sua glória desapareceu por completo, sem sequer deixar
rasto atrás de si. Hinduísmo. A Asura, como forma de casamento entre os antigos
hindus, nada mais era do que uma espécie de venda da filha pelo pai. A
legalização só muito dificilmente salvou mulheres de mãos cruéis, uma vez que
nunca herdavam qualquer tipo de propriedade. Na Índia, nos seus primórdios (e
mesmo agora, em algumas partes), as moças eram (e são) delicadas aos deuses,
frequentemente, sendo-lhes oferecidas em matrimônio para que, desta maneira,
pudessem usufruir dos seus serviços da mesma forma que os maridos se serviam
das suas mulheres. Por consequência, elas ficavam sob a dependência dos
sacerdotes ''dharmakarthas'', ou dos mandatários ligados aos templos. Nos
tempos dos Vedas, as mulheres eram tratadas como recompensas de guerra, após a
vitória, as mulheres eram levadas à força e distribuídas como artigos de saque.
Por isso, o tratamento dado as mulheres era o pior possível. De acordo com
Manu, mentir é uma particularidade feminina, ainda segundo a ordem de Manu, no
Hinduísmo. "Uma mulher nunca deve procurar a independência e nunca deve
fazer seja o que for de acordo com a sua satisfação”. A lei do Hinduísmo diz:
"Por uma moça por uma jovem mulher, ou até mesmo por uma idosa, nada deve
ser feito independentemente, mesmo na sua própria casa. Na infância uma fêmea
deve ser submetida ao seu pai, na juventude ao seu marido, e quando da morte do
seu senhor, aos seus filhos; uma mulher nunca deve ser independente." A
professora Indka, no seu livro "Posição das Mulheres em Mahabharata",
escreve: "Não existe criatura mais pecadora do que a mulher. A mulher é o
fogo ardente. Ela é o gume afiado da navalha. É o conjunto de tudo isto. Os
homens não devem amá-las (...) destruição." Sir R. G. Bhandarkar (1837-1925)
comenta: ''A Bhagavad Gita dá expressão à crença geral de que é somente uma
alma pecadora que nasceu como mulher". Naqueles tempos, como agora, um
casamento hindu era indissolúvel, nem o adultério, nem a prostituição, nem
mesmo a degeneração podiam dissolver um casamento hindu. O que dizer da vida,
se até mesmo após a morte do marido as viúvas não podiam exigir a separação. O
mais cruel era a prática do sati, no qual a viúva era queimada viva juntamente
com o seu esposo morto. Esta prática foi proibida somente pelos preceitos
Islâmicos. A viúva era, e ainda o é, olhada como algo repugnante, inauspicioso
e que se devia evitar. A posição das viúvas que não praticassem o ''Sati'' era
tão triste, que as pobres almas consideravam preferível serem queimadas vivas
do que suportarem uma longa e cruel tortura nas mãos de uma sociedade fria e
injusta. Até à altura da conquista da índia pelos Muçulmanos, as mulheres
hindus caminhavam quase nuas e expunham os seus atrativos sem a menor vergonha.
BUDISMO. O ensinamento da Nirvana (salvação) não pode ser levado a cabo na
companhia de mulheres, tal fato é, suficientemente, eloquente para fornecer uma
visão para a atitude do Budismo em relação às mulheres. A ideia do matrimônio,
e a vida que lhe está inerente, é contrária ao objetivo do Budismo - a
aniquilação do desejo - fato que promove o celibato. Por isso, para um Budista,
de acordo com o célebre historiador Westermark: ''As mulheres são, das ciladas
que o demônio inventou para os homens, a mais perigosa; nas mulheres estão
inerentes todas as paixões que cegam a mente do mundo." A concepção sobre
a mulher no Budismo encontra-se resumida nas palavras de um sábio Budista de
renome, lembradas por Bettany no seu livro "Religiões Mundiais", nos
seguintes termos: "Infelizmente profundo, como o percurso de um peixe na
água é o caráter da mulher, revestido de mil artifícios, com os quais se torna
difícil descortinar a verdade, para a qual uma mentira é como a verdade, e a
verdade como uma mentira". JUDAÍSMO. De acordo com as
escrituras Hebraicas, no Judaísmo a mulher encontra-se sob uma maldição eterna
e Divina. "Da mulher provém o início do pecado, e através dela todos nós
morremos". É uma crença que detém a mulher como responsável por todas as
fraquezas do homem. Por isso a sua degradação na sociedade Judaica, onde ela
era considerada não como uma criatura merecedora de honra, mas como alguém que
podia ser sujeita, justamente, a qualquer tipo de insultos, e ser reduzida à
posição de um móvel na casa. CRISTIANISMO. Toda a estrutura do credo Cristão
baseia-se na doutrina do Pecado Original, pelo qual o Cristianismo, como o
Judaísmo, responsabiliza a mulher: ''A mulher que me deste por companheiras ela
me deu da árvore, e comi" (Gênesis 3:12). Eva, segundo o Cristianismo:
''(...) foi a primeira a cometer o pecado e causadora da desgraça de Adão: por
isso, ela era realmente responsável pelos pecados da humanidade e Deus teve que
enviar o Seu único Filho, Jesus Cristo, para ser crucificado e lavar todos os
pecados do mundo com o seu próprio sangue." Esta é a suma da fé Cristã.
Mais adiante, reproduziremos algumas passagens do Novo Testamento, as quais
deverão, sem a necessidade de comentário, demonstrar a posição da mulher no
Cristianismo, e de como ela deverá ser evitada pelos candidatos ao Reino dos
Céus: "Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as
estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram."
(Lucas 23:20). "Bom seria que o homem não tocasse em mulher.'' (I Coríntios
7:1). "Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo (ou seja
solteiros). Digo, por isso, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom ficarem
como eu (ou seja, solteiros). Mas se não podem conter-se, casem-se. Porque é
melhor casar do que abrasar-se." (I Coríntios 7:9). "O solteiro cuida
nas coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor. Mas o que é casado cuida
nas coisas do mundo, em como há de agradar à mulher." (I Coríntios
7:32-33). "Mas, (ele), o que a não dá em casamento, faz melhor.''
(Coríntios 7:38). As comunicações Bíblicas sobre a fraqueza da mulher só
poderiam levar os primeiros Sacerdotes Cristãos a fazerem tão
"piedosíssimas" difamações, sobre as quais nenhuma mulher, que tenha
respeito por si própria, poderá manter-se calada. Paulo, o primeiro santo da
Cristandade, proclama: ''A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não
permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas
que esteja em silêncio. Pois primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não
foi enganado mas a mulher, sendo enganada caiu em transgressão.'' (I à Timóteo
2:11-14). Diz São Tertúlio (160-220) às mulheres: "Sabeis vós, que cada
uma de vós é uma Eva; a sentença de Deus sobre este sexo das vossas vidas nesta
era; a culpa tem de necessariamente viver, igualmente; vós sois o primeiro
desertor da Lei Divina, vós sois aquela que o persuadiu, quando o demônio ainda
não era suficientemente forte para atacar. Vós destruísses muito facilmente a
imagem de Deus no homem. Por conta da vossa deserção, ou seja, morte, até o
Filho de Deus teve que morrer." (De Cottu Feminarum). Afirma São Gregório
Taumaturgo (213-270): "Entre todos os homens, procurei a castidade
apropriada a eles, e não a encontrei em nenhum. Provavelmente pode-se encontrar
um homem casto entre mil, mas nunca entre as mulheres. "Segundo São
Gregório de Nazianzum (329-390): ''A ferocidade é característica do dragão e a
astúcia da áspide, mas a mulher tem a malícia de ambos." São João
Crisóstomo (347-407) olhava a mulher como: "Um demônio necessário, uma
calamidade desejada, um fascinador mortífero, e uma doença camuflada.” Aos
olhos de São Clemente de Alexandria (150-215): "Nada de calamitoso é
próprio do homem, que é dotado de razão, o mesmo não se pode dizer da mulher,
para a qual se è uma vergonhoso refletir sobre a sua própria natureza."
(Paeds, II:, 2.83, pag. 186). Com efeito, os construtores da Igreja Cristã, bem
como os primitivos Sacerdotes, podem ser denominados de rivais concorrentes nas
suas denúncias relativas à mulher. Ela foi descrita como: "O instrumento
do Demônio"; "O fundamento das armas do Diabo, cuja voz é o assobiar
das serpentes"; "Um escorpião sempre pronto a picar, e a lança do
demônio"; "Um instrumento que o demônio utiliza para se apoderar das
nossas almas"; "A porta do Inferno, o caminho da iniquidade, o espigo
do escorpião"; "Algo impuro, uma filha da falsidade, uma sentinela do
Inferno, o inimigo da paz, e, de todos os animais selvagens, o mais
perigoso". Ditos de São. Bernardo, São Antônio, São Boaventura, São Cipriano,
São Jerônimo e São João Damasceno, respectivamente. A mulher era tida como
"algo impuro", a "impureza" da mulher levou a Igreja Cristã
a denunciar até o sagrado matrimônio - essa grande instituição social da
humanidade. Diz São Gregório: ''Abençoado, é aquele que leva uma vida
celibatária, e não encerra em si a imagem Divina com a obscenidade da
concupiscência. "A irreparável injúria que foi infligia sobre as mulheres
na Cristandade, e sobretudo durante a Idade Média, dispensa qualquer tipo de
descrição. A condição das mulheres antes do advento do Profeta Muhammad (que
Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), era miserável por todo o mundo,
nenhuma religião lhes permitia a igualdade, nenhuma religião lhes deu uma parte
na propriedade dos seus familiares e esposos. A mulher era vista como um
demônio e como um fardo indesejado, uma fonte de desgraça e humilhação para a
família. As mulheres eram universalmente tratadas como bens e brinquedos nas
mãos dos homens. Elas nunca eram vistas como parte integrante do casamento.
Podiam ser obtidas num momento de prazer, e rejeitadas de uma forma puramente
caprichosa; somente o coração e a bolsa podiam colocar limitações. As mulheres
não tinham uma posição independente, não possuíam qualquer propriedade, não tinham
qualquer direito a herança. Na Arábia (em particular), mesmo antes do Profeta
Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), a condição da mulher
era simplesmente miserável de tal forma que as crianças recém-nascidas de sexo
feminino eram enterradas vivas. Elas não eram olhadas como pessoas humanas, com
efeito, na Arábia, a mulher permanecia algures no limbo entre o mundo animal e
a humanidade. O ISLAM REALMENTE HONROU A MULHER. O Islam exaltou generosamente a mulher,
honrou-a e tratou-a com civilidade, quer como criança e adolescente, quer como
esposa e mãe. a) – COMO CRIANÇA E ADOLESCENTE: Antes do advento do Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o mundo degradou a mulher e,
praticamente, baniu-a. Ela tinha sido atirada para tão profundo abismo, que
parecia não haver esperança na sua redenção. O Islam lutou acirradamente contra
esta injustiça, sublinhando que a vida precisava tanto do homem como da mulher.
A mulher não foi criada para ser ridicularizada e banida, como o homem, a
mulher tem o seu propósito e direito à existência, e a Natureza está a alcançar
o seu objetivo com a ajuda de ambos, homem e mulher, conforme reza o Alcorão:
"A Deus pertence a Soberania dos céus e da terra. Ele cria o que deseja. Dá
filhas a quem deseja e dá filhos a quem deseja; ou dá-lhes aos pares machos e
fêmeas, e torna estéril a quem deseja, pois Ele é Sábio e Poderoso.'' (Alcorão
Sagrado 42:49-50). Onde todas as outras religiões privam a mulher de todos os
direitos, até ao de viver, o Islam garante-lhe os mesmos direitos que ao homem.
O Islam também avisa aqueles que pretendem retirar-lhes os seus direitos,
serão, seguramente, responsáveis perante Deus no Dia do Julgamento. ''Quando as
almas forem reunidas, quando a filha, sepultada vida, for interrogada: Por que
delito foste assassinada?'' (Alcorão Sagrado 81:7-9). O Profeta Muhammad (que a
Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), instituiu numerosas instruções a
favor da mulher. Favores que ela não podia obter mesmo dos auto denominados
apoiantes modernos dos direitos da mulher. O Profeta Muhammad (que a Paz e a
Bênção de Deus estejam sobre ele), disse: ''Deus proibiu-vos a desobediência às
vossas mães, a recusa a sancionar direitos, a acumulação de riqueza de qualquer
maneira (halal e haram = lícito e ilícito) e o enterro de filhas vivas."
(Al Bukhari). Ele disse, igualmente: "Um homem que tem uma filha e não a
despreza, não a enterra viva, nem prefere o seu filho em detrimento da sua
filha, Deus admiti-lo-á no Céu." (Abu Daud). Sobre Fatima o Profeta disse:
''A minha filha é a minha carne, qualquer problema com ela causará a minha
dor." (Bukhari e Muslim). Os ensinamentos Islâmicos revolucionaram o
pensamento daqueles homens que enterravam as suas filhas vivas, e que não sentiam
qualquer vergonha ao fazê-lo. Começaram a amar e a alimentar as suas filhas.
Aqueles que no passado tinham recusado a abrigar as suas próprias filhas,
tornaram-se os guardiães das filhas de terceiros. Por ocasião da Batalha de
Uhud, o pai de Jabir, disse-lhe: "Meu filho, eu posso ser martirizado na
batalha que se avizinha; se isso acontecer, aconselho-te a tomares conta das
minhas filhas."Assim aconteceu, Jabir, que ainda era novo, desposou uma
viúva que tinha à sua responsabilidade as suas irmãs. O Profeta Muhammad (que a
Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), perguntou-lhe: "Porque é que
não casaste com uma mulher jovem?'' Ele respondeu: "Ó Rassulullah
(Mensageiro de Deus)! O meu pai foi morto na Batalha de Uhud, deixando atrás de
si nove filhas, que são minhas irmãs. Por isso, escolhi tal mulher para o meu
casamento que pudesse tomar bem conta delas."O Profeta disse: "Agiste
bem." (Al Bukhari). Estes são exemplos, que história de outras religiões
não podem apresentar. O Islam é a única religião que honrou a mulher, desde a
sua infância até à sua morte. b) – COMO ESPOSA: O casamento é a união legal entre um
homem e uma mulher para toda a vida e, consequência, não tem como objetivo ser
uma ligação temporária. É por isso que, no Islam, o "mutah", ou seja,
casamento temporário, é proibido. Assim, o casamento no Islam é compartilhado
pelas duas metades da sociedade, e os seus objetivos, para além de perpetuar a
vida humana, são o bem-estar emocional e a harmonia espiritual. A sua base é o
amor e a misericórdia. Entre os versículos mais impressionantes do Alcorão,
sobre o casamento, está o seguinte: ''Entre os Seus sinais está o de haver-vos
criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e
colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os
sensatos.'' (Alcorão Sagrado 30:21). Esta é uma importante definição da relação
existente entre esposo e esposa, através do casamento, espera-se que encontrem
tranquilidade na companhia um do outro, limitados, não somente pela relação
sexual, mas, também, pelo amor e misericórdia. Tal descrição inclui carinho
mútuo, consideração, respeito e afeto. Existem numerosas tradições,
particularmente as narradas por Aicha esposa do Profeta Muhammad (que a Paz e a
Bênção de Deus estejam sobre ele), que fornecem uma clara visão interna do modo
como o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),
tratava as suas esposas, e da forma como estas o tratavam. O aspecto mais
relevante, sobre este assunto, é o da evidência do cuidado e respeito mútuos
das relações matrimoniais. Não existe qualquer servilismo por parte das
esposas, existem quase tantas referências ao Profeta em levar a cabo
determinadas ações de modo a agradar às suas esposas, como as há destas a
retribuírem-lhe a atenção. O Alcorão refere-se às esposas de uma forma geral,
num outro capítulo, dizendo: ''Elas são vossas vestimentas e vós o sois
delas.'' (Alcorão Sagrado 2:187). Por outras palavras, assim como o vestuário
fornece calor, proteção, decência e elegância, também o marido e a esposa
oferecem a cada um intimidade, conforto e proteção para não cometer adultério,
ou outro tipo de ofensa. Tudo isto vai de encontro ao que foi retirado do
Alcorão, de que um dos mais importantes objetivos dos regulamentos que orientam
o comportamento e relações humanas, é o de preservar a unidade familiar, de tal
modo que a atmosfera de tranquilidade, amor, misericórdia e consciência de
Deus, se possa desenvolver e florescer para o benefício do marido e da esposa,
bem como das crianças nascidas do matrimônio. É evidente que, onde as outras
religiões condenaram a mulher, o Islam honrou-a. O Profeta Muhammad (que a Paz
e a Bênção de Deus estejam sobre ele) elevou a posição da mulher e forneceu-lhe
um lugar respeitável no seio da sociedade humana. C) – COMO MÃE: O Islam considera
deveras importante a bondade para os pais a seguir à adoração de Deus. O
Alcorão refere: ''O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que
sejais indulgentes com vossos pais, mesmo que a velhice alcance um deles ou
ambos, em vossa companhia; não os reproveis, nem os rejeiteis; outrossim,
dirigi-lhes palavras honrosas. '' (Alcorão Sagrado17:23). Mais do que isto, o
Alcorão Sagrado contém recomendações especiais relativas ao correto tratamento
a ter em relação às mães. ''Recomendamos ao homem benevolência para com os seus
pais. Sua mãe o suporta, entre dores e dores, e sua desmama é aos dois anos. (E
lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque retorno será a Mim.''
(Alcorão Sagrado 31:14). Numa família muçulmana, no que diz respeito à honra, o
Islam ordenou que se honrasse a mãe mais do que o pai, a irmã mais do que o
irmão, e a filha mais do que o filho. Certo homem dirigiu-se ao Profeta
perguntando: "Ó Mensageiro de Deus! Quem, de entre as pessoas, é a mais
merecedora da minha companhia?" O Profeta respondeu: ''A tua mãe". O
homem retorquiu: "Depois, quem mais?" Só então o Profeta Muhammad
disse: "O teu pai". (Bukhari e Muslim). Ainda existe o famoso dito do
Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele): "O
Paraíso encontra-se aos pés das mães" (Nassal Ibn Majah, Ibn Hanbal). Ele
também disse: "É o generoso (em caráter) aquele que é bom para as
mulheres, e é fraco aquele que as insulta". "Deus ordena-nos que
tratemos as mulheres de uma forma nobre, pois que elas são nossas mães, filhas
e tias." ASPECTO SOCIAL – DIREITOS ASSEGURADOS PELO ISLAM À MULHER. 1 - DIREITO A VIDA: O primeiro e
fundamental direito é, o direito à vida. A Lei Islâmica diz: ''Aquele que matar
um ser humano (homem ou mulher) sem que ele tenha cometido homicídio ou semeado
corrupção na terra, será considerado como se tivesse assassinado toda a
humanidade.'' (Alcorão Sagrado 5:32). "E não destruas a vida que Deus
tornou sagrada a não ser em casos de justiça." (Alcorão Sagrado 6:151).
Apesar da aceitação social do infanticídio feminino entre as tribos árabes, o
Islam proibiu este conhecido costume, e considerou-o um crime como qualquer
outro assassinato: ''Quando as almas forem reunidas, quando a filha, sepultada
vida, for interrogada: Por que delito foste assassinada?'' (Alcorão Sagrado
81:7-9). Criticando a atitude de tais pais que rejeitam crianças do sexo
feminino, Deus diz: "Quando a algum deles é anunciado o nascimento de uma
filha, o seu semblante se entristece e fica angustiado. Oculta-se do seu povo,
pela má notícia que lhe foi anunciada: deixá-la-á viver, envergonhado, ou a
enterrará viva? Quem péssimo é o que julgam! '' (Alcorão Sagrado 16:58-59).
Além disso, o Islam requer, para ela, um tratamento amável e justo. Entre os
dizeres do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),
citamos o seguinte: "Qualquer um que tenha uma filha e que não a enterra
viva, que não a insulta, nem favorece o seu filho em detrimento da sua filha,
Deus fá-lo-á entrar no Paraíso." (Ibn Hanbal). 2 – INDIVIDUALDADE. No Islam, a mulher
não é produto do diabo ou a semente do mal. No Islam, o homem não ocupa o lugar
de senhor absoluto da mulher, que, sem outra alternativa, tem que se render ao
seu domínio. No Islam só nos submetemos a Deus e só a Ele nos rendemos e
prestamos contas. No Islam, ao contrário de outras crenças e sistemas
religiosos, a mulher tem alma e é dotada de qualidades espirituais. O Islam não
considera Eva a única responsável pelo pecado original de toda a humanidade e,
por consequência, pelo sacrifício na cruz de Jesus (swas) para redimir a
humanidade do pecado original. O Alcorão esclarece que tanto Adão como Eva
erraram, ambos foram tentados, ambos pecaram e ambos foram perdoados por Deus
após ter manifestado arrependimento. Allah salienta no Alcorão que Adão
foi o único responsável por seu erro. "Havíamos firmado o pacto com Adão,
porém, ele esqueceu-se dele; e não vimos nele firme resolução" (Alcorão
20:115). "E ambos comeram (os
frutos) da árvore, (...). Adão desobedeceu a seu Senhor e foi seduzido. Mas
logo o seu Senhor o elegeu, absolvendo-o e encaminhando-o." (Alcorão
20:121-122). Portanto, não há nada na doutrina islâmica ou no Alcorão que
considere a mulher como responsável pela expulsão de Adão do Paraíso ou pela
miséria da humanidade. A mulher na lei islâmica é igual ao homem. Ela é
tão responsável por seus atos como o homem o é. Seu testemunho é solicitado e
valido na corte. Suas opiniões são buscadas e seguidas, o Profeta (sas) consultou
sua esposa, (Um Salama) sobre uma das mais importantes questões para a
comunidade muçulmana. O Alcorão menciona, especificamente, que aqueles que
buscavam informação das esposas do Profeta podiam fazê-lo, desde que atendidas
determinadas condições. "(...) E se desejardes perguntar algo a elas (suas
esposas), fazei-o detrás de cortinas." (Alcorão 33:53). Na medida em que
perguntas exigem respostas, as Mães dos crentes ofereciam fatwas àqueles que
perguntavam e narravam ahadiss a todo aquele que desejasse transmiti-los. Além
do mais, as mulheres estavam acostumadas a questionar o Profeta (sas) mesmo na
presença dos homens. Nem elas ficavam constrangidas por se fazerem ouvir nem o
Profeta as impedia de indagar. Mesmo no caso de Omar, quando ele foi desafiado
por uma mulher durante o seu sermão no minbar, ele não retrucou, pelo
contrário, admitiu que ela estava certa e ele errado e disse: "Todo mundo
é mais instruído do que Omar. "Um outro exemplo alcorânico de uma mulher
falando em público é o mencionado no versículo 28:23. Além desse, o Alcorão
relata a conversa entre Salomão e a Rainha de Sabá, assim como entre ela e seus
subordinados. Todos esses exemplos demonstram que as mulheres podem expressar
suas opiniões publicamente porque o que quer que tenha sido prescrito a elas
antes de nós está prescrito para nós, a não ser que seja unanimemente rejeitado
pela doutrina Islâmica. Portanto, a única proibição é a mulher se comportar de
modo a se insinuar ou tentar o homem. Isto está expresso no Alcorão, onde Allah
diz: "Ó esposas do Profeta, vós não sois como as outras mulheres; se sois
tementes, não sejais insinuantes na conversação, para evitardes a cobiça
daquele que possui morbidez no coração, e falai o que é justo." (Alcorão
33:32). Assim, o que é proibido é o falar insinuante que induz aqueles que têm
os corações doentes a se comportarem de forma inadequada. Mas, isto não quer
dizer que toda conversa com as mulheres seja proibida, porque Allah completa o
versículo. "(...) mas falai o que é justo." (Alcorão 33:32). O homem
é testado mais por suas bênçãos do que por suas tragédias. E Allah diz:
"(...) e vos provaremos com o mal e com o bem." (Alcorão 21:35). Em
apoio a este argumento Allah diz no Alcorão que as duas maiores bênçãos da
vida, riqueza e filhos, são provas. "E sabei que tanto vossos bens como
vossos filhos são para vos pôr à prova" (Alcorão 8:28). Uma mulher, não
obstante as bênçãos que ela espalha em seu ambiente, também pode ser uma prova,
posto que ela pode desviar um homem de sua obrigação para com Allah. Assim,
Allah cria a consciência de como as bênçãos podem ser extraviadas a ponto de se
tornarem maldições. Os homens podem usar suas esposas como uma desculpa para
não cumprir a jihad ou para fugir do sacrifício de produzir riqueza. No Alcorão
Allah avisa: "Ó fiéis, em verdade, tendes adversários entre as vossas
mulheres e os vossos filhos" (Alcorão 64:14). A advertência é a mesma para
aqueles abençoados com riqueza e descendência abundantes (63:9). Além disso, o
hadiss diz: "Por Deus não receio a pobreza para vós, mas sim que o mundo
vos seja abundante como o foi para aqueles antes de vós e assim que luteis pela
abundância da mesma forma que aqueles antes de vós lutaram e assim que sejais
destruídos assim como eles foram destruídos." Este hadiss não quer dizer
que o Profeta encorajasse a pobreza. A pobreza é uma maldição contra a qual o
Profeta buscava refúgio em Allah. Ele não pretendia que sua Ummah se privasse
da riqueza e da abundância- "O melhor da boa riqueza é para o justo."
As mulheres também são um presente para o justo, porque o Alcorão diz que o
muçulmano e a muçulmana, o crente e a crente, são ajuda e conforto um para o
outro, aqui e no além. O Profeta não condenou as bênçãos que Allah propiciou
para a sua Ummah. Antes pelo contrário, ele desejava afastar os muçulmanos e a
sua Ummah dos caminhos escorregadios, cujo fosso insondável é uma lama de
crueldade e desejo. A mulher é reconhecida no Islam como a parceira completa do
homem e igual a ele na procriação da humanidade. Ele é o pai e ela é a mãe e
ambos são essenciais para vida. O papel da mulher não é menos vital do que o do
homem. Nesta parceria as partes são iguais em cada aspecto, têm direitos e
responsabilidades iguais e são dotadas das mesmas qualidades, seja homem ou
mulher. No Islam, a mulher se iguala ao homem ao ser responsável por seus atos.
Ela possui uma personalidade independente, dotada de qualidades humanas e digna
de aspirações espirituais. Sua natureza humana não é nem inferior nem superior
à do homem. Homens e mulheres têm as mesmas obrigações e responsabilidades
sociais, morais e religiosas e devem enfrentar a consequência de seus
atos. Aqueles que praticarem o bem, sejam homens ou mulheres, e forem
fiéis, entrarão no Paraíso e não serão defraudados, no mínimo que seja. (Cap.
4:124). No Islam, a mulher é independente economicamente, uma vez que ela pode
ser proprietária, com direito a administrar seus bens e ninguém, pai, marido ou
irmão, tem ingerência no trato de questões financeiras. 3. EDUCAÇÃO E
NUTRIÇÃO.Ela se iguala ao homem na busca pelo conhecimento e educação. Quando o
Islam conclama os muçulmanos para a busca do conhecimento, ele não faz
distinção entre os sexos. A educação não é somente um direito, mas uma
responsabilidade de todos os homens e mulheres porque essa é a melhor forma de
se aproximar de Allah (swt). Ela passa a ter os seus horizontes abertos, e a
sua fé passa a ser uma fé consciente, enraizada na mente e no coração. A mulher
é a base da sociedade, pois ela é a mãe "é a melhor das escolas"; é
com ela que aprendemos tudo o que se refere aos princípios morais e boas
maneiras. Logo, se a mãe é sábia e virtuosa, seus filhos assim crescerão, e a
sociedade será consolidada na verdade e na virtude, Mohammad, há 14 séculos
atrás, foi muito claro ao afirmar que a busca do conhecimento é uma obrigação
para todo o muçulmano, seja homem ou mulher. Durante muito tempo foi negado à
mulher o direito de expor suas opiniões. Em I Coríntios 14:34/35, Paulo diz:
“Como em todas as congregações de santos, as mulheres devem permanecer caladas
nas igrejas. Não é permitido a elas falar e devem ser submissas, como a lei
diz. Se elas quiserem perguntar sobre alguma coisa que perguntem a seus maridos
em casa, porque é vergonhoso para uma mulher falar nas igrejas”. Em Timóteo I 2:11-14,
ele escreveu: “Eu não permito a uma mulher ensinar ou ter autoridade sobre um
homem; ela deve ser calada, porque Adão foi feito primeiro, e depois Eva. E
Adão não foi o que perdeu, foi a mulher que perdeu e se tornou
pecadora”. O Islam entende que uma mulher não pode se instruir se não lhe
é permitido falar. O Islam entende que uma mulher não pode crescer
intelectualmente se ela é obrigada a um estado de completa submissão. O Islam
entende que uma mulher não tem vida própria se sua única fonte de informação é
o marido em casa. 4. LIBERDADE DE EXPRESSÃO: Por isso, no Islam ela tem direito à
liberdade de expressão, tanto quanto o homem. Suas opiniões são levadas em
consideração e não podem ser desrespeitadas sob a alegação de serem
provenientes de uma mulher. Há diversos relatos a respeito da participação
efetiva das mulheres, não só expressando sua opinião como também questionando e
participando de discussões sérias com o Profeta. A propósito, o Alcorão tem a
seguinte passagem: Em verdade, Deus escutou a declaração daquela que discutia
contigo, acerca do marido, e se queixava em oração a Deus. Deus ouviu vossa
palestra, porque Ele é Oniouvinte. Aqueles, dentre vós, que repudiam as
suas mulheres através do zihar, saibam que elas não são suas mães. Estas são as
que os geraram; certamente, com tal juramento, eles proferiram algo iníquo e
falso; porém, Deus é Absolvedor, Indulgentíssimo. (Cap. 58:1-2). Este
relato se refere Khawlah, esposa de Auss Ibn Assámet, que havia se divorciado
dela, seguindo um costume idólatra, apesar de ele ser muçulmano. O expediente
era conhecido como zihar e consistia em dizer para a esposa que a partir
daquele momento ela era considerada sua mãe. Isto liberava o marido de qualquer
responsabilidade conjugal sem dar, no entanto, liberdade para ela abandonar o
lar ou contrair novo matrimônio. Tendo ouvido estas palavras de seu marido, a
mulher foi ter com o Profeta, na esperança de que ele resolvesse o seu caso. O
Profeta era de opinião que ela deveria ser paciente, desde que parecesse que
não havia outro caminho. No entanto, ela continuou questionando Mohammad quando
veio a revelação que constitui os versículos acima. Portanto, como vemos, a
mulher no Islam tem o direito de argumentar, mesmo que seja com o Profeta do
Islam. Ninguém tem o direito de instruí-la a se calar. Vida na
participação de Direito Em primeiro lugar, deve ser esclarecido que o Islam
entende que o papel da mulher na sociedade como mãe e esposa, é o mais sagrado
de todos. Nenhuma babá ou empregada pode substituir a mãe no seu papel de
educadora de uma criança. A regra geral na vida política e social é a
participação e a colaboração de homens e mulheres nas questões públicas. O
Islam não exige, como algumas pessoas pensam, que a mulher fique confinada em
sua casa até a morte. Em toda a história do Islam há relatos suficientes que
comprovam a participação da muçulmana nas questões públicas, nas funções
administrativas, na erudição e ensinamentos e mesmo nos campos de batalha, ao
lado do Profeta. Não há no Alcorão, ou nas sunnas do Profeta, qualquer texto
que impeça a mulher de exercer qualquer posição de liderança, exceto na
condução da prece, por motivos óbvios que serão vistos mais adiante, e na
liderança do estado. Um chefe de estado não é apenas decorativo. Ele exerce
funções inerentes ao cargo, viaja, negocia com outras autoridades, participa de
encontros confidenciais com tais autoridades. São atividades, muitas das vezes,
não são condizentes com as diretrizes traçadas pelo Islam para a interação
entre os sexos. Registros históricos comprovam que as mulheres participavam da
vida pública em igualdade de condições com os muçulmanos, principalmente em
tempos de emergência. Elas combatiam nas guerras, cuidavam dos feridos,
preparavam suprimentos, ajudavam os guerreiros, consultavam diretamente o
Profeta a respeito de assuntos pessoais e até íntimos, etc. Jamais houve
qualquer barreira que impedisse a integração da mulher na sociedade islâmica.
Jamais foram consideradas criaturas desprovidas de alma ou de qualquer mérito.
O aconselhamento, o ensinamento religioso, a educação espiritual são atividades
exercidas pelas mulheres desde os primórdios do Islam. 5) DIREITO AO
EMPREGO: Quanto ao direito da mulher de procurar emprego, deveria tornar-se
claro que o Islam vê o seu papel na sociedade como mulher e mãe, um papel
sagrado e essencial. Nem as empregadas, nem as amas podem substituir a mãe no
seu papel de educadora de uma criança. Tal papel, tão nobre e vital, que afeta
largamente o futuro das nações, não pode ser levado de uma forma tão
"leviana". Não obstante, não existe qualquer regra no Islam que
proíba a mulher de procurar o emprego sempre que para tal haja necessidade,
tendo em conta as normas islâmicas de castidade, e assegurando-se que estas
estão a ser respeitadas e, especialmente, em cargos que se coadunem com a sua
própria natureza, onde a sociedade dela mais necessita. Mesmo então, o Islam
ensina o princípio da divisão do trabalho, destina trabalho algo enérgico e
duro, fora da casa, ao homem, tornando-o responsável pela manutenção da
família. Olha para o lar como a principal preocupação da mulher, delegando-lhe
o cuidado da casa, a responsabilidade da educação e a vigilância das crianças
um encargo que forma o mais importante item na tarefa da construção de uma nação.
E ambos devem trabalhar em espírito de harmonia simpatia e amor. Ao fim e ao
cabo, ambos têm a sua parte a desenvolver na vida, sendo a da mulher mais
relevante tanto em importância como em nobreza. Pois que, se o homem se gaba de
ganhar dinheiro, fabricar computadores, aviões, foguetes e mísseis, a mulher
deverá, logicamente, silenciá-lo ao lembrar-lhe que ela é a parceira
indispensável na criação do próprio Homem. Assim sendo, torna-se evidente que o
aspecto econômico da mulher é mais seguro no Islam do que em qualquer outra
religião. O SEU DEVER SAGRADO. A mulher, na verdadeira acepção Islâmica, é um
relicário de santidade em contraste com o Cristianismo, onde ela é olhada como
fonte do mal. Com uma só palavra o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de
Deus estejam sobre ele) elevou-a ao mais alto pedestal, quando disse: ''A
mulher é a rainha da casa" e decerto "O Céu encontra-se sob os pés da
tua mãe". Sob os ensinamentos do Cristianismo, se a primeira mulher (Eva)
trouxe o Inferno eterno, no Islam ela abriu a porta do Paraíso! Durante os
últimos anos, tem havido luta permanente entre os dois sexos, relativamente aos
seus respectivos direitos e obrigações; mas, poderão os advogados do Movimento
Modernista reivindicar melhor posição para a mulher, do que já lhe foi
concedida pelo Islam? O Mundo deve saber e aceitar a verdade de que nenhuma
outra fé, ou cultura, deu à mulher tantos direitos e preservou a sua honra e
castidade, como o Islam o fez. Pierre Crabbites, no seu artigo sobre
"Coisas que Muhammad fez pela mulher'' observa: ''A mulher muçulmana é uma
força canalizadora, modelada por Muhammad há 13 séculos atrás, que assegurou às
mães, mulheres e filhas do Islam, uma ordem e dignidade que ainda não está
geneticamente assegurada às mulheres, pelas leis do Ocidente.''. 6 – DIREITO DE
POSSE INDEPENDENTE: De acordo com a Lei Islâmica, o Islam decretou o direito da Mulher ao
seu dinheiro, aos seus bens de raiz, ou às suas outras propriedades. O Islam
garante à mulher direitos iguais para contratar, para assumir empreendimentos,
para ter ganhos e posses independentemente. Esse direito não é dependente de
ela ser solteira, ou casada. Ela retém todos os direitos para comprar, vender,
amortizar, ou alugar qualquer das suas propriedades. A este respeito, o Alcorão
observa: ''Não ambicioneis aquilo com que Deus agraciou uns, mais do que aquilo
com que (agraciou) outros, porque aos homens lhes corresponderá aquilo que
ganharem; assim, também as mulheres terão aquilo que ganharem. Rogai a Deus que
vos conceda a Sua graça, porque Deus é Onisciente.'' (Alcorão Sagrado 4:32). É
por causa deste direito de posse independente, que ambos os mandamentos de
Zakat e de Hajj se tornaram obrigatórios para as mulheres que possam ter
recursos para esses efeitos. Somente no século passado a Europa reconheceu o
direito da mulher de contrair obrigações. No Islam, vida, propriedade, honra
são tão sagrados para ela quanto para o homem. Se ela cometer qualquer falta
sua pena não é maior ou menor do que para o homem, em casos semelhantes,
estabelecida pela shariah islâmica. Conta a tradição que certa vez alguém veio
ter com o Profeta solicitando a sua intercessão para a filha de uma autoridade
que havia sido apanhada praticando roubo. O Profeta então respondeu que ainda
que fosse Fátima, sua filha muito amada, que estivesse naquela situação, ele
não poderia impedir que a lei fosse aplicada. No Islam, a lei é igual para
todos e não exime ninguém em razão de sua posição social. Estes direitos não
estão estabelecidos de uma forma apenas retórica. O Islam tomou medidas para
salvaguardá-los e colocá-los em prática como artigos de fé. O Islam não tolera
o preconceito contra a mulher ou a discriminação entre os sexos. O Islam
reprova todo aquele que considera a mulher inferior ao homem. 7- DIREITO A
HERANÇA. Além do reconhecimento da mulher como um ser independente, considerada
como essencial para a sobrevivência da humanidade, o Islam deu à mulher o
direito à herança e de dispor dos seus bens como quiser. Diz Allah (swt), o
Altíssimo: Não ambicioneis aquilo com que Allah (swt) agraciou uns, mais do que
aquilo com que (agraciou) outros, porque aos homens lhes corresponderá aquilo
que ganharem assim, também as mulheres terão aquilo que ganharem. Rogai a Allah
(swt) que vos conceda a sua graça, porque Allah (swt) é Onisciente. (4: 32).
Este direito dado a mulher no estatuto muçulmano a 1400 anos atrás, só foi
conquistado pela mulher no Brasil em 1962, quando teve os direitos de assinar
contratos e receber herança se a autorização do marido. Na Inglaterra, só em
1882 lhe foi assegurado o direito de dispor do seu dinheiro. Antes do Islam,
ela não só era privada desta participação como era considerada propriedade do
homem. Seja ela esposa ou mãe, irmã ou filha, a mulher tem participação na
herança, e esta participação depende do seu grau de relação com o morto e o
número de herdeiros. Esta quota é dela e ninguém tem poder para negar-lhe esta
participação, ainda que o morto quisesse deserdá-la. Qualquer um pode,
legalmente, dispor de 1/3 dos seus bens, não afetando, assim, o direito de
herdeiros, sejam homens ou mulheres. Em alguns casos, o homem recebe 2 quotas
na herança ao passo que a mulher fica com uma. Isto não é sinal de preferência
ou supremacia do homem sobre a mulher. Eis algumas razões que justificam a
medida: No Islam o homem assume as responsabilidades financeiras da completa
manutenção de sua esposa e família. É sua obrigação perante a lei assumir todos
os encargos financeiros e manter seus dependentes adequadamente. Isto significa
que ele herda mais, mas ele é responsável financeiramente por outras mulheres:
filhas, esposas, mãe e irmãs ,em alguns casos ele é responsável por seus
parentes com certas necessidades, especialmente os do sexo feminino. Esta
responsabilidade não é nem, renunciada, nem reduzida, por causa da saúde da sua
mulher, ou devido ao seu acesso a alguma remuneração proveniente do trabalho,
renda, lucro, ou de outros meios legais. A mulher no Islam está protegida e
segura do ponto de vista material. Se ela é esposa, o marido é o provedor. Se
ela é mãe, cabe ao filho o encargo. Se ela é filha, o pai responsabiliza-se por
sua manutenção, se ela é irmã, o irmão, e assim por diante. Quando ela é
sozinha, não tem ninguém, é evidente que não tem herança a ser recebida e ela
passa a ser responsabilidade da sociedade como um todo, cabendo, portanto, ao
Estado, prover sua mantença através de ajuda, arrumando trabalho para que ela
ganhe seu próprio sustento. O Islam garantiu, o direito à herança de seus
pais, parentes, marido e descendentes. O Alcorão diz: ''Aos filhos varões
corresponde uma parte do que tenham deixado os seus pais e parentes. Às
mulheres também corresponde uma parte do que tenham deixado os pais e parentes,
quer seja exígua ou vasta, uma quantia obrigatória. '' (Alcorão Sagrado 4:7).
Aqui, a partilha é absolutamente dela e ninguém pode reclamar alguma coisa da
mesma, inclusive o seu pai e os seus parentes; nem mesmo o seu marido. A sua
parte é, na maioria dos casos, metade da parte do esposo, sem qualquer
implicação de que ela seja inferior ao homem. Esta variação nos direitos
hereditários é apenas consistente com as variações nas responsabilidades
financeiras do homem e da mulher, de acordo com a Lei Islâmica. A mulher, por
outro lado, está muito mais segura economicamente, e encontra-se muito menos
sobrecarregada em relação a reclamações sobre as suas riquezas. Os seus bens,
pré e pós matrimoniais, não são transferidos para o seu marido, e ela até
mantém o seu nome de solteira. Após o casamento, ela não tem qualquer obrigação
de gastar dos seus bens, ou dos seus rendimentos, seja com ela, seja com sua
família. A metade da partilha dos bens que a mulher herda pode, deste modo, ser
considerada generosa, visto que se destina só para ela. Para elucidar este
ponto, tomemos um exemplo: um pai de dois filhos - um rapaz e uma moça -
faleceu e deixou 300 reais. De acordo com a Lei Islâmica da Herança, na
ausência de outros herdeiros legais, a filha será titular de 100 reais, e o
filho de 200 reais. Quando atingirem a maioridade e pensarem em casar, o jovem
rapaz será obrigado a pagar um dote à sua mulher. Neste caso, ele terá que
gastar parte do dinheiro da sua herança, e fica, ainda, obrigado a manter a sua
família e a incorrer em todas as despesas neste sentido. Em relação à jovem, (irmã
do jovem rapaz referido) quando se casar, será intitulada a receber um dote de
seu marido; previamente ela já tinha herdado 100 reais (da herança do pai
falecido) e, agora, receberá mais algo proveniente do dote do seu marido,
perfazendo um total bastante razoável. E, nunca será obrigada a gastar nada do
seu dinheiro, por muito rica que ela seja, uma vez que o seu marido é
responsável por a manter e aos seus filhos, enquanto ela for sua esposa. Será
contraditório afirmar que o seu dinheiro aumentou, enquanto o do seu irmão
diminuiu, ou desapareceu completamente? Então, quem realmente beneficiou mais
da herança? O filho, ou a filha? Dificilmente se, poderá negar que, um exame
minucioso à Lei Islâmica da herança, dentro do estudo geral dos princípios da Chari'ah,
não só revela justiça mas, também, uma certa abundância de compaixão pela
mulher. CONCLUSÃO: Quando o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele) tomou posse do Ofício Profético em 610 (Era Cristã), a
maioria das Nações Europeias debatiam arduamente a natureza da mulher:
"Será que ela era realmente humana? Terá alma? Poderá ter fé? Poderá ela
adorar? Poderá ela ser recompensada por Deus da mesma forma que o homem? Poderá
ela ser admitida no Paraíso? Poderá ela possuir bens? Poderá ela ter direito à
herança? Em resumo, deverá ela ser tratada como um ser humano, ou apenas como
um boneco nas mãos do homem?" Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus
estejam sobre ele) o Guia da humanidade, que numa época em que nenhum país,
nenhum sistema, e nenhuma religião dava qualquer direito, ou respeito à Mulher,
solteira ou casada, esposa ou mãe; que num país onde o nascimento de uma filha
era considerado uma calamidade, assegurou à mulher direitos que, à mulher
Ocidental, no século XX, são concedidos de uma forma relutante e sob pressão,
pelo Ocidente "civilizado"; e isso merece a gratidão da humanidade.
Se Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) nada mais tivesse
feito do que emancipar a mulher, a sua reivindicação para ser o maior benfeitor
da humanidade teria sido incontestável. Não será, então, malícia por parte de
alguns críticos Ocidentais para com o salvador da espécie feminina (que
devolveu à mulher a sua posição devida na sociedade), tornando-o como seu
inimigo? Dizemos isto porque, mesmo hoje, no século XX, como no ano 610 quando
Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) tomou a seu cargo o
Ofício Profético, as pessoas desviadas do Ocidente continuam a proferir
pensamentos maléficos sobre o Islam. 8 - DIREITO AO
"MAHR" (DOTE): Para além de todas as precauções para a sua proteção na altura do
casamento, o Islam decretou, especificamente, que a mulher tem o pleno direito
ao seu "mahr" (dote), um presente matrimonial que lhe é oferecido
pelo seu marido, sendo incluído no contrato nupcial, e que tal posse não se
transmite ao seu pai, irmão, ou esposo. O conceito de "mahr'' no Islam não
é nem um preço atual, nem um preço simbólico da mulher (como, foi o caso em
certas culturas), mas será, antes de mais, um presente simbolizando de amor e
afeto. O "mahr" no Islam não é como o velho dote Europeu, que era
ofertado por um pai à filha na altura do casamento, tornando-se propriedade do
futuro marido. Nem o "mahr" Muçulmano é semelhante ao "preço"
da nora Africana, que era pago pelo noivo ao pai da noiva, como forma de
pagamento ou compensação. Pelo contrário, o "mahr" muçulmano é um
presente matrimonial do noivo à noiva, ficando este presente como exclusiva
propriedade dela. O Alcorão diz: ''Concedei os dotes que pertencem às
mulheres.'' (Alcorão Sagrado 4:4). 9 – PRIVILÉGIOS. A mulher no Islam
usufrui de certos privilégios. Durante o período menstrual ela está isenta das
preces e do jejum. Ela está isenta, também, de todas as responsabilidades
financeiras. Ela não precisa trabalhar ou dividir com o marido as despesas
domésticas. Todos os bens de família que ela leva para o casamento são seus e o
marido não tem qualquer direito sobre aqueles pertences. Cabe notar que somente
no século passado a Europa reconheceu o direito de propriedade à mulher casada,
em igualdades de condições com as solteiras, viúvas e divorciadas, com a Lei da
Propriedade da Mulher Casada, de 1879. Nenhuma mulher casada é obrigada a
gastar um tostão de seus bens para manter a casa. Em geral, a muçulmana tem
garantido o sustento em todas as fases de sua vida, seja como filha, esposa,
mãe ou irmã. Como filha e irmã ela tem garantido o sustento pelo pai ou irmão
respectivamente. Ela também é livre para trabalhar, se assim o quiser, e
participar com o seu trabalho das responsabilidades familiares. Não ohá no
Alcorão ou na Suna qualquer texto explícito que categoricamente proíba a
muçulmana de procurar um emprego lícito. Inclusive, algumas podem ser forçadas
a buscar emprego a fim de sobreviverem, principalmente em países onde inexistam
medidas que assegurem a estabilidade financeira das viúvas ou divorciadas. A
mulher muçulmana foi privilegiada por Allah (swt) em relação aos pais, pois a
posição da mãe é três vezes superior à do pai. O profeta disse: " O paraíso
jaz aos pés das mães ". Portanto, a obediência aos pais é uma obrigação do
muçulmano, principalmente a mãe, pois ela é a base da família e ela sofreu as
dores do nosso parto, de nos educar e sofrer para o nosso bem. Assim também, o
Islam respeita a mulher como filha e ordena que pai e mãe zelem pela educação
das meninas e prometeu o paraíso para o muçulmano que educar uma filha e a
ensinar os bons modos islâmicos após terem difundido na Arábia pré-islâmica que
ter uma filha era motivo de vergonha e desonra. Diz o Alcorão Sagrado: *E
atribuem filhas a Allah (swt)! Glorificado seja! E anseiam, para si, somente o
que desejam. Quando a algum deles é anunciado o nascimento de uma filha, o seu
semblante se entristece e fica angustiado. Oculta-se do seu povo, pela má
notícia que lhe foi anunciada: deixa-la viver, envergonhado, ou a enterrará
viva? Quem péssimo é o que julgam! (16:57-59). 10. DIREITO QUANTO AO CASAMENTO. A mulher tem o
direito de escolher com quem irá casar e também manter o seu nome de solteira
após o casamento, pois o nome é parte da identidade e da personalidade da
pessoa e, uma das formas de aprisionar a mulher e colocá-la sob o domínio do
homem, foi fazê-la adotar o nome do marido após o casamento, como um objeto que
é passado de uma pessoa para a outra. A primeira mulher a ir contra essa
agressão foi Lucy Stones, em 1885. De acordo com a Lei Islâmica, a mulher não
pode ser forçada a casar sem o seu consentimento, não é legal que um tutor
force uma moça adulta a casar-se. Ninguém, nem mesmo o pai, ou o soberano,
pode, legalmente, casar uma mulher adulta sem a permissão desta, seja ela
virgem, ou divorciada. Abd Allan Ibn Abbas (619-687) narrou que uma jovem
dirigiu ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e
relatou que o seu pai a tinha forçado a casar-se sem o seu consentimento. O
Profeta deu-lhe a escolher entre aceitar o casamento, ou invalidá-lo. (Ibn
Hanbal (780-855). Para além de todas as prevenções relativas à sua proteção
durante o tempo do matrimônio, o Islam decreta, especificadamente, que a mulher
tem todo o direito ao seu "Mahr" (dote). As regras para a vida de
casado no Islam são claras e encontram-se em harmonia com a verdadeira natureza
humana. No tocante aos aspectos psicológico e fisiológico do homem e da mulher,
cada um possui iguais direitos e exigências sobre o outro, à exceção de um tipo
de responsabilidade o do chefe. Este é um assunto natural de qualquer vida em
comum, e que é consistente na natureza do homem. Por isso, o Alcorão declara: "E
elas (as mulheres) têm direitos sobre eles, como eles os têm sobre elas,
condignamente; mas os maridos conservam um grau (de primazia) sobre elas.''
(Alcorão Sagrado 2:228). Tal grau é "Qiwamah" (a manutenção e a
proteção), isto refere-se à diferença natural entre os sexos, que sujeita o
sexo fraco à proteção. Tal não implica qualquer tipo de superioridade, ou de
vantagem, perante a lei. Todavia, o papel masculino de chefe em relação à sua
família, não significa a prepotência do marido sobre a sua esposa. Para além
dos seus deveres básicos como esposa, existe o direito que é, vivamente,
recomendado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele) e vem sublinhado no Alcorão, o tratamento amistoso e companheirismo.
''Harmonizai-vos entre elas, pois se as menosprezardes, podereis estar
depreciando seres que Deus dotou de muitas virtudes.'' (Alcorão Sagrado 4:19).
O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) disse:
"O Melhor entre vós é aquele que for melhor para a sua família; e eu sou o
melhor entre vós para a minha família." "Os Crentes mais perfeitos
são os melhores em conduta, e os melhores de entre vós são aqueles que são
melhores para as suas esposas." (Ibn Hanbal). "Quanto mais cívico e
amistoso for um Muçulmano para com a sua esposa mais perfeita é a sua fé.
"(Tirmidhi). ''A mulher" - disse ele - ''É a rainha da sua
casa." Para o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre
ele) a mulher não é "um instrumento do Demônio", mas, sim, uma
"Muhsanah" (uma fortaleza contra Satanás). Antes do advento do Islam,
a união matrimonial do homem e da mulher tinha sido vista com desaprovação,
tendo sido considerada como depreciativa para o homem em algumas religiões. Mas
o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) deitou
abaixo todas estas considerações, de uma vez por todas: "O casamento está
no meu destino, e quem declinar este meu caminho, não é meu apoiante (ou seja
não é meu seguidor).'' (Bukhari e Muslim). Assim como é reconhecido o direito à
mulher de decidir sobre o seu casamento, também é reconhecido o seu direito a
procurar finalizar um matrimônio mal sucedido. 11 - DIREITO AO DIVÓRCIO. Apesar de, no Islam,
o casamento não ser uma relação temporária, sendo considerado para durar toda a
vida, a sua dissolução será inevitável se ele falhar ao servir os seus
propósitos. É nessa altura que surge o divórcio. Devemos esclarecer que, no
Islam, o divórcio é o último recurso quando todos os esforços conciliatórios
falharem. A propósito do divórcio, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de
Deus estejam sobre ele) avisou com veemência: "De todas as coisas legais,
o divórcio é a mais detestável aos olhos de Deus. " O Islam não confina o
direito ao divórcio só ao homem ou à mulher, se a mulher não se sente segura,
ou feliz com o seu marido, ou se este é cruel para ela, ou se tornou impossível
viver a o seu lado, ela tem o direito de procurar o divórcio através de um
Tribunal Muçulmano, sendo tal tipo de divórcio denominado de "Khul'ah".
Em qualquer dos casos, mesmo que o divórcio seja concedido, ela deve ser
tratada amistosamente. O Alcorão diz: ''O divórcio revogável só poderá ser
efetuado duas vezes. Depois, tereis de conservá-las convosco dignamente ou
separar-vos com benevolência. Está-vos vedado tirar-lhes algo de tudo quanto
lhes haveis dotado'' (Alcorão Sagrado 2:229). Islam garantiu aos casais o
direito ao divórcio. Aqui cabem algumas explicações a respeito do assunto, uma
vez que também o divórcio é objeto de falsas interpretações. Não é verdade que
a qualquer tempo basta um marido dizer à sua esposa “Eu quero o divórcio” e
pronto, ele está divorciado, largando a mulher (e provavelmente os filhos) à
própria sorte, em menos de 1 minuto. O sistema de divórcio no Islam é o mais
justo que existe. Se o casal decide se separar, o marido pede o divórcio
dizendo “Eu quero o divórcio”. A partir de então, começa um tempo de espera que
dura 3 períodos menstruais para que seja certificado que a mulher não está
grávida. Este período o permite ao casal ter um tempo para pensar sobre o que
estão fazendo e se é isso mesmo que eles querem. Durante este período, o marido
é obrigado a alimentar, vestir e abrigar a esposa. Não há ninguém, nem mesmo
advogado, envolvido nesta questão. Findo os três meses, e comprovado que a
mulher não está grávida, o divórcio se consuma. Se, por um acaso, a mulher
estiver grávida, o marido é obrigado a prover a ex esposa do necessário até o
período do desmame, normalmente 2 anos. Como podemos observar, não há como
comparar as diferentes abordagens, uma vez que o comum no ocidente, pelo menos
no Brasil, é a mulher sair sempre lesada de uma separação, sem garantia de
direitos mínimos para a sua sobrevivência. Pior, até bem pouco tempo atrás, ela
entrava nessa sociedade conjugal com seus próprios bens, que acabava perdendo
pelo instituto da comunhão universal de bens, no caso de separação. Somente em
1977, com a lei do divórcio é que a dissolução do casamento favoreceu um pouco
mais a mulher, com a introdução do regime da comunhão parcial de bens. Mas,
ainda assim, prevalece o conceito de que a obrigação alimentar devida pelo
ex-marido fica diretamente relacionada à “conduta moral” da esposa, o que no
Brasil, como bem sabemos, quer dizer, essa mulher não pode se casar de novo.
Por outro lado, só a partir de 1962, com a Lei 4.121, conhecida como o Estatuto
da Mulher Casada, é que a mulher brasileira alcançou sua capacidade jurídica
plena. Até então, ela era considerada relativamente incapaz, do ponto de vista
jurídico. O casamento no Islam é uma bênção santificada, que não deve ser
quebrado, exceto por razões relevantes. Os casais são instruídos a procurar
salvar a instituição do casamento, por todos os meios possíveis. O divórcio não
é comum, a não ser que não haja outra solução. Em outras palavras, o Islam
reconhece o divórcio mas não o encoraja. O Islam dá à mulher muçulmana o
direito de pedir o divórcio pois reconhece que ela não pode ser refém de um mau
marido. Finalmente, é bom lembrar que o divórcio só muito mais tarde foi introduzido
na Europa e, no Brasil, há apenas muito pouco tempo, através da Lei nº 65l5, de
26.12.77, do Sen. Nelson Carneiro. 12 – VIDA SEXUAL. O Islam garantiu a
mulher o direito ao prazer sexual, direito que a ocidental só conquistou após a
revolução sexual, pois antes a mulher que demonstrava sentir prazer era
considerada prostituta. No Islam é diferente, é estabelecido o casamento como
único entre homem e mulher e, dentro das regras do casamento o profeta Muhammad
(sallallaahu `alayhi wa sallam) disse: "Não tenhais relações com vossas
esposas como os animais. Que haja entre vós uma ligação! Perguntaram-lhe: Que
ligação é essa? Então disse: O beijo e a conversa. O Islam não nega, em
hipótese alguma, a sexualidade do ser humano. O Islam não advoga a supressão do
anseio sexual através do celibato ou do monasticismo. O homem é dotado por seu
Criador de impulsos que o impelem às várias atividades que garantem a sua
sobrevivência. O principal objetivo do sexo é a própria espécie. O Islam
reconhece que o ser humano é tomado por emoções inexplicáveis que o atraem
irresistivelmente para o sexo oposto e, por isso mesmo, normatiza as relações
entre homens e mulheres. O Islam reconhece a importância do instinto sexual,
mas só admite a sua realização através do casamento lícito, proibindo
rigorosamente o sexo fora do casamento e tudo aquilo que possa conduzir à sua
prática de modo ilícito. Há uma tradição do Profeta onde ele menciona que a
relação sexual entre um casal é recompensada por Deus. Os companheiros ficaram
espantados: como era possível ter os desejos e prazeres completamente
satisfeitos e, ainda assim, obter recompensa divina? O Profeta, então,
respondeu que da mesma forma que uma relação extraconjugal era punida. O Islam
se baseia na crença na revelação divina. A sua lei e a sua moral estão baseadas
nos mandamentos divinos. Dentro desse contexto, homens e mulheres devem
obedecer a certas regras de comportamento e disciplina, a fim de evitar que o
ilícito seja praticado. O Islam tem imposto, recomendado e encorajado certos
hábitos com o fim de reduzir as oportunidades para a prática do ilícito. Além
disso, toma as precauções necessárias e possíveis, no tocante a sanções
materiais, tais como, proibição da promiscuidade, dos encontros reservados
entre pessoas do sexo oposto sem a presença de terceiros, etc. O fato de a
mulher ficar atrás do homem durante as orações não indica que ela seja inferior
ao homem. Faz parte da disciplina da oração o muçulmano se colocar em fila,
ombro a ombro com o seu irmão. As preces islâmicas envolvem atos, movimentos,
posturas de prostração, genuflexões que ocasionam contatos corporais e toque
involuntário na pessoa que está ao lado, diminuindo a concentração daquele que
está em prece. Além do mais, seria inapropriado e desconfortável para uma
mulher ficar em tal posição, prostra-se, inclinar-se e colocar a testa no chão,
tendo atrás de si uma fileira de homens. Assim, para evitar qualquer embaraço
de ambas as partes, o Islam ordenou a organização de filas, homens na frente, e
mulheres atrás. O que deve ser ressaltado é que as proibições são dirigidas a
ambos os sexos. O que o Islam proíbe para a mulher, também o faz para o homem.
A modéstia é recomendada tanto para homens como para mulheres. A castidade até
a realização do casamento é imperativo para homens e mulheres, igualmente. O
adultério é proibido tanto para homens como para as mulheres. Em suma, a forma
como Islam encara o sexo é uma linha muito estreita entre dois extremos. O
primeiro é desqualificá-lo ao ponto de sua total abstenção, através do celibato
ou monasticismo, negando a própria natureza humana, e o segundo é achar que é
muito natural fazer sexo com quem quer que seja, em qualquer lugar, sempre que
se quiser. Enquanto no ocidente a sensualidade, o amor entre um homem e uma mulher,
atributos humanos concedidos por Deus, são reduzidos à sua condição mais baixa
e se transformam em libertinagem, pornografia, o Islam não aceita, em hipótese
nenhuma, a superexposição do sexo, o sexo pelo sexo, com qualquer um, em
qualquer lugar. 13 – DIREITO AO VOTO. A mulher muçulmana também pode votar. Enquanto ela
teve este direito há 1400 anos, nos Estados Unidos, a mulher só conseguiu esse
direito em 1916, e no Brasil, em 1932. 14 – DIGNIDADE HUMANA: Como ser humano, a
mulher é perfeitamente igual ao homem, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção
de Deus estejam sobre ele), declarou: "Na verdade, as mulheres são as
irmãs dos homens." Tal implica que ambos, homem e mulher, provêem dos
mesmos pais, ou seja, de Adão e Eva, sendo assim, como pode a mulher ser
inferior ao homem, se ela surge dos mesmos pais? Realçando o mesmo, o Alcorão
Sagrado observa: ''Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea ...
Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que
Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado. '' (Alcorão Sagrado 49:13). Por
outras palavras, a honra perante o Criador nunca será dependente do sexo, mas
sim da piedade. 15- DIREITO Á JUSTIÇA: Uma igualdade absoluta entre homem e mulher foi
estabelecida no Islam, no que diz respeito às leis civis e penais, a Lei
Islâmica não reconhece qualquer distinção entre elas no tocante à proteção da
vida e da propriedade, da honra e da reputação, Deus diz: "E elas (as
mulheres) têm mesmos direitos sobre eles, como eles os têm sobre elas.''
(Alcorão Sagrado 2:228). ''Ó fiéis (homens e mulheres), sede firmes em
observardes a justiça, atuando de testemunhas, por amor a Deus, ainda que o
testemunho seja contra vós mesmos, contra os vossos pais ou contra os vossos
parentes, seja contra vós mesmos, contra os vossos pais ou contra os vossos
parentes, seja o acusado rico ou pobre, porque a Deus incumbe protegê-los.
Portanto, não sigais os vossos caprichos, para não serdes injustos; e se
falseardes o vosso testemunho ou vos recusardes a prestá-lo, sabei que Deus
está bem inteirado de tudo quanto fazeis.'' (Alcorão Sagrado 4:135). A Lei
Islâmica dita a pena de morte ao assassino, tenha ele morto um homem ou uma
mulher, uma vez que a vida desta é tão sagrada quanto a daquele. Se uma mulher perdoar
o assassino de um parente, os outros familiares não têm autoridade para anular
o seu consentimento no perdão. 16 – IGUALDADE PERANTE A LEI: No que diz respeito
à prescrição das penas, o Islam condena da mesma forma, seja homem ou mulher,
tomemos três exemplos: assassinato, roubo e adultério. Vejamos quais as penas
que o Islam aplica ao homem e à mulher. No Alcorão Sagrado podemos ler: ''Ó
fiéis, está-vos preceituado o talião para o homicídio: livre por livre, escravo
por escravo, mulher por mulher. Mas, se o irmão do morto perdoar o assassino,
devereis indenizá-lo espontânea e voluntariamente. Isso é uma mitigação e
misericórdia de vosso Senhor. Mas quem vingar-se, depois disso, sofrerá um
doloroso castigo. '' (Alcorão Sagrado 2:178). ''Quanto ao ladrão e à ladra,
decepar a mão, como castigo de tudo quanto tenham cometido.'' (Alcorão Sagrado
5:38). ''Quanto à adúltera e ao adúltero, vergastai-os com cem vergastadas,
cada um; que a vossa compaixão não vos demova de cumprir a lei de Deus, se
realmente credes em Deus e no Dia do Juízo Final. Que uma parte dos fiéis
testemunhe o castigo.'' (Alcorão Sagrado 24:2). Assim, a partir dos versículos
acima citados, fica perfeitamente patente que a Lei Islâmica aplica,
indiscriminadamente, os mesmos castigos a ambos os transgressores, homem e
mulher. CONCLUSÃO. A mulher pode exercer qualquer função que não vá contra os princípios do
Islam, que não agrida a sua natureza feminina e que não a ocupe totalmente,
fazendo com que descuide da família, pois isso causa sérios prejuízos a
sociedade, pois acarreta na não educação materna, no abandono dos filhos que
serão entregues as "mães artificiais". No Islam, a mulher tem o
direito de ser sustentada pelo pai, irmão ou marido, visto ser uma injustiça
querer que ela trabalhe dentro e fora de casa. A mulher tem grande
importância dentro do Islam, pois Allah (swt) é justo e distribui os direitos e
deveres de acordo com sua plena justiça. E por incrível que pareça, o
Islam cresce mais entre as mulheres, e as novas muçulmanas alegam ter
encontrado no Islam o respeito que procuravam e os seus direitos garantidos sem
segundas intenções. Os direitos conquistados pela mulher têm custado para a
mulher ocidental o que não custou para a mulher muçulmana. A mulher no ocidente
está a cair numa verdadeira armadilha. Dizem a ela: "Nós vamos te
libertar, você vai ser livre e ter os seus direitos". Porém, estes
direitos não garantem o principal direito: o respeito a mulher como ser humano,
como mãe, como esposa , como irmã, como filha, como educadora. Em nome da
liberdade, a mulher é usada e manipulada na sociedade. Seu corpo é vendido; é
usado como uma estátua para enfeitar os programas de auditório; a mulher é
comparada a objetos em comerciais, por acaso não lembram dos comerciais de
cerveja na TV, em um deles perguntam: O que o brasileiro mais gosta, mulher,
cerveja, praia ou futebol? Em outra propaganda aparece um senhor ao lado de
duas moças com o seguinte slogan: "troquei" uma de 51 por duas de 21.
Comparar a mulher a futebol e cerveja e trocá-la faz parte dos seus direitos?!
Se a mulher tem um corpo formoso e belo é valorizada e considerada, se não é
mais uma! A moda que difundem na sociedade tende a expor cada vez mais o corpo
da mulher, e a convenceram de que isto é liberdade, está sendo usada e
assediada e acredita que isto lhe trará respeito e dignidade, não percebe que
assim ela está sendo submissa ao homem e está a atender aos seus desejos e
impulsos ilimitados. Ao garantir os direitos da mulher devemos nos preocupar em
não prejudica a em nome deste direito, a sobrecarregando e impondo a ela junto
com estes direitos deveres que não fazem parte de sua natureza. A condição da
mulher no Islam é algo ímpar, novo, sem qualquer semelhança com qualquer outro
sistema. Se olharmos para as nações democráticas do ocidente, vamos perceber
que a mulher não desfruta dessa posição. Ela é mais subjugada a padrões e
regras de comportamento do que se supõe que a mulher muçulmana o seja. Ela é o
reflexo do poder masculino, onipresente na sociedade ocidental cristã, que tem
por objetivo delimitar o papel das mulheres, normatizar seus corpos e almas,
esvaziá-las de qualquer saber ou poder ameaçador. A mídia exerce hoje o
monopólio, antes exercido pela Igreja, na construção (desconstrução) dessa
mulher, impondo valores, regulamentando o cotidiano das pessoas, determinando o
uso do corpo de uma perspectiva escatológica. No ocidente, a mulher é compelida
a perseguir noções abstratas de beleza, e, muitas das vezes, não percebe que
está sendo manipulada pelas companhias de cosméticos, indústrias de roupas e
remédios. É um produto tão descartável quanto qualquer mercadoria de
supermercado. O rótulo (a aparência) da mulher ocidental tem que obedecer a
regras impostas de cima e ingenuamente ela supõe que é livre para escolher a
sua roupa, o seu sapato, a cor do seu cabelo. A mulher ocidental, desde
criança, é ensinada que o seu valor é proporcional à sua beleza, aos seus
atrativos. Só consegue um lugar ao sol aquela que se veste assim, que fala
assado, que vai ao lugar tal. No Brasil, por exemplo, só consegue emprego quem
tem “boa aparência”. A mulher, desde cedo é empurrada para um mercado de
trabalho selvagem, deslealmente competitivo, tendo de se submeter a toda sorte
de humilhações para conseguir o seu sustento. Foi através de muita luta que a
mulher ocidental alcançou esse esboço de liberdade. Foram séculos de uma árdua
luta para a mulher conquistar o direito de aprender, de trabalhar, de ganhar o
seu próprio sustento, de ter a sua própria identidade, de ter personalidade e
capacidade jurídica. Esta mulher pagou um alto preço para provar sua condição
de ser humano, provido de alma. A posição que a mulher ocidental de nossos dias
desfruta foi conquistada pela força e não por um processo de mútuo
entendimento. Ela abriu o seu caminho à força, a custa de muitos sacrifícios,
abrindo mão de sonhos e ideais. Muitas vezes as circunstâncias a empurraram
para um campo de batalha até então desconhecido. E apesar disso tudo, de toda
essa guerra, de tão pesados sacrifícios e lutas dolorosas, ela ainda não
conquistou o que o Islam estabeleceu para a mulher muçulmana por decreto
divino. De tudo o que foi dito, podemos inferir que a condição das mulheres nas
sociedades islâmicas atuais é a ideal? É compatível com o que estabelece o Islam?
Não, é claro que não. Mas, rotular a condição da mulher no mundo muçulmano de
hoje como “islâmica” está tão longe da verdade quanto imaginar que a condição
da mulher ocidental é de total liberdade para usufruir direitos. Sabemos que em
muitas partes do mundo muçulmano ainda proliferam as condições opressivas e
injustas. Os erros de alguns muçulmanos na condução dos destinos de suas
respectivas sociedades apenas provam que o ser humano tem suas limitações. É
absurdo tomar como regra geral islâmica o que não passa de interpretações
pessoais, contaminadas por todo um contexto sócio-cultural. Os muçulmanos não
podem ser julgados com base nas ações de uns poucos e nem esses poucos são
amostras significativas do verdadeiro significado do Islam. O que precisa ficar
claro é que não é o Alcorão que necessita ser reexaminado, ou a Suna, e sim a
prática humana, que muitas vezes reflete aspectos culturais tão enraizados que
distorcem o que foi decretado por Deus. É preciso confrontar o passado e
rejeitar práticas e costumes que se contraponham aos preceitos do Islam. Assim,
por exemplo, a condição da mulher no Afeganistão, que está condenada a ficar
reclusa dentro de casa, não reflete os ensinamentos do Alcorão nem tão pouco o
exemplo de milhares de muçulmanas, que através da História, tiveram
participação efetiva em suas respectivas comunidades. A mulher na Arábia
Saudita está proibida de dirigir? Sim, está, mas esta é uma lei saudita,
humana, que não vigora no Irã, por exemplo. O que devemos compreender é que
existe uma imensa diferença entre a crença propriamente dita, conforme revelada
no Alcorão, e a prática de algumas sociedades supostamente islâmicas. Tais
práticas atendem muito mais a aspectos culturais específicos, a interesses
particulares, e não representam necessariamente o Islam e nem podem servir de
base para se denegrir o verdadeiro sentido do Islam. O Islam ainda tem muito a
oferecer à mulher de hoje, em termos de respeito, dignidade, reconhecimento.
Basta que ela tenha consciência disso e lute para implantar os ensinamentos
islâmicos. Para isso, ela tem todos os os instrumentos à sua disposição. www.ccib.org.br. Abraço. Davi
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